O documento discute a relação entre cultura e política nas festividades do Dois de Julho na Bahia. A comemoração é uma representação do povo baiano, evolui constantemente e envolve manifestações culturais, desfiles de políticos e movimentos sociais. A festa também reflete as tensões e transformações da sociedade baiana ao longo do tempo.
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O Dois de Julho em Salvador
1. CULTURA e POLÍTICA:
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências
HACA01| Estudos da Contemporaneidade
Prof. Angela Franco
3. A RELAÇÃO
De acordo com Gilroy (2001, p.129)
“ [...] a arte se tornou a espinha dorsal das
culturas políticas dos escravos e de sua
história cultural. Ela continua a ser o meio pelo
qual os militantes culturais ainda hoje se
engajam em “resgatar críticas” do presente
tanto pela mobilização de recordações do
passado como pela intervenção de um estado
passado imaginário que possa alimentar suas
esperanças utópicas.”
4. ANTECEDENTES
• Transferência da família real para o Brasil;
• Revolução do Porto;
• Junta Provisória;
• Mudança do Comandante das Armas;
• Morte de Joana Angélica;
• Conflitos na capital e no Recôncavo Baiano - 25 de
junho
5.
6. PERSONAGENS HISTÓRICOS
MARIA QUITÉRIA GENERAL LABATUT
JOANA ANGÉLICA
MARIA FELIPA
LORDE COCHRANE JOÃO DAS BOTAS
JOSÉ JOAQUIM
DE LIMA E SILVA
ANTÔNIO JOAQUIM
PIRES DE CARVALHO
7. BATALHAS
E EXPULSÃO
• 14 de julho: D. Pedro envia Pedro Labatut para
comandar o Exército Pacificador/Libertador.
• O cerco à Capital de Província.
• 7 de setembro: O Grito do Ipiranga.
• 8 de novembro: A Batalha de Pirajá.
• A Falsificação de moedas.
• A ação dos inimigos internos.
• Os negros em Salvador.
8.
9. e a ABOLIÇÃO
da ESCRAVATURA
Dia 13 de maio em Santo Amaro
Na Praça do Mercado
Os pretos celebravam
(Talvez hoje inda o façam)
O fim da escravidão
Da escravidão
O fim da escravidão
Tanta pindoba!
Lembro do aluá
Lembro da maniçoba
Foguetes no ar
Pra saudar Isabel
Ô Isabé
Pra saudar Isabé
13 de Maio
Música e Letra | Caetano Veloso
CD Noites do Norte
10. Bailes
NO COMEÇO
DO SÉCULO XX
Festa de São
Pedro
A ordem das
coisas
Bando
Anunciador
Caixeiro
Viajante,
Operários e
cavaleiros
Sambas e
Festas
Elites Baianas,
Estudantes de
Medicina e o
Nacional
Enfeites
Jogos
Higiene
Instituto
Geográfico e
Histórico da
Bahia
11. Nas sociedades tradicionais, o passado é venerado e
os símbolos são valorizados porque contêm e
perpetuam a experiência de gerações. A tradição é
um meio de lidar com o tempo e o espaço, inserindo
qualquer atividade ou experiência particular na
continuidade do passado, presente e futuro, os quais,
por sua vez, são estruturados por práticas sociais
recorrentes (Giddens, 1990, pp. 37-38)
12. O 2 de Julho acontece em
cenário de clima junino e
de Copa do Mundo
13 de Maio
Música e Letra | Caetano Veloso
CD Noites do Norte
13. 13 de Maio
Música e Letra | Caetano Veloso
CD Noites do Norte
Tradição de decorar as
casas para a passagem
do Desfile
14. Manifestações Culturais
Regionais do Recôncavo:
Chicana de Saubara,
Mulher da Barquinha e
Capoeira
13 de Maio
Música e Letra | Caetano Veloso
CD Noites do Norte
16. Uma vez que a identidade muda de acordo com
a forma como o sujeito é interpelado ou
representado, a identificação não é automática,
mas pode ser ganhada ou perdida. Ela tornou-se
politizada. (Hall,2006, p.21)
17. A Cabocla e o Caboclo
13 de Maio
Música e Letra | Caetano Veloso
CD Noites do Norte
18. Governador e Prefeito
13 de Maio
Música e Letra | Caetano Veloso
CD Noites do Norte
Desfile de Políticos e seus Partidos
19. Os mesmos candidatos de
sempre da direita
13 de Maio
Música e Letra | Caetano Veloso
CD Noites do Norte
20. Os mesmos candidatos de
sempre da esquerda
13 de Maio
Música e Letra | Caetano Veloso
CD Noites do Norte
21. E o PT que não sabe o
que é
13 de Maio
Música e Letra | Caetano Veloso
CD Noites do Norte
22. Deputado Estadual Sargento Pastor Isidoro Ex-Gay, Ex-Drogado, Ex-Bandido,
Ex-HIV Positivo e seus pacientes de Candeias.
24. E hoje um batuque um
batuque com a pureza de
meninos uniformizados de
escola secundária em dia de
parada. E a grandeza épica
de um povo em formação nos
atrai, nos deslumbra e
estimula. Não importa nada:
Nem o traço do sobrado,
nem a lente do fantástico,
nem o disco de Paul Simon.
Ninguém, ninguém é
cidadão.
(Haiti Caetano Veloso)
33. Então, vimos que a relação entre cultura e política está
presente nas festividades do Dois de Julho por ser uma
comemoração em constante evolução, que se transforma a
cada ano, representa o civismo, enaltece a festa de uma
independência que não chegou a todo seu povo. Trata-se de
um cortejo extremamente popular e democrático, no qual os
políticos se expõem abertamente e a utilizam, a cada dois
anos, para lançar suas candidaturas. As manifestações de
indignação, as críticas em tom irônico e as ofensas são
toleradas nessa festa. Recentes formas de protesto foram
incorporadas ao desfile. As particularidades dessa festa e sua
dinâmica são uma grande representação do nosso povo
festeiro e uma lição de tolerância, o que a torna preciosa e
única.
34. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
• AMARAL, Bras Hemergenildo do. História da Independência na Bahia. Salvador:
Progresso, 1957.
• TAVARES, Luis Henrique Dias. História da Bahia. Salvador: EDUFBA, 2001.
• CHAUÍ, Marilena. Cidadania cultural: o direito à cultura. São Paulo: Editora Fundação
Perseu Abramo, 2006.
• http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ribeiraopreto/2013/09/1349044-marcha-das-
vadias-tem-seios-a-mostra-e-protesto-em-igreja-em-ribeirao.shtml acessado em 23/07/14
http://ensopadosdahistoria.blogspot.com.br/2011/05/marcha-das-vadias-o-movimento-
anti.html acessado em 23/07/14
• RUBIM, Antônio Albino Canelas. Políticas Culturais: entre o possível e o impossível.
Trabalho apresentado no II ENECULT. Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura,
realizado de 03 a 05 de maio de 2006, na Faculdade de Comunicação/UFBa,Salvador-
Bahia-Brasil .