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SCHISTOSOMA MANSONI E
ESQUISTOSSOMÍASE:A DOENÇA
Introdução


 A infecção humana por schistosoma mansoni
  costuma ser, na maioria das vezes,
  assintomática mas pode produzir alterações
  anomapatológicas.
 Em considerável número de individuos
  acarreta déficit orgânico, comprometendo o
  desenvolvimento dos jovens e a
  produtividade dos adultos.
A infecção

 Os schistosoma são parasitos que requerem dois
  hospedeiros para completar sua evolução: um
  molusco aquático e um vertebrado.
 Qualquer região da pele, da conjuntiva ou da
  mucosa orofaringiana é adequada como porta de
  entrada.
 As localizações habituais do S.mansoni são as
  vênulas da parede do reto,do sigmóide e do
  intestino grosso do homem.
 Depois de permanecer na pele por tempo
  variável, entre alguns minutos e um dia
  inteiro, o esquistossômulo empreende a
  migração através do corpo do seu
  hospedeiro. Para abrir passagem nos estratos
  mais profundos da pele, utiliza a secreção
  lítica das glândulas cefálicas posteriores.
  Penetra nos vasos cutâneos e, através da
  circulação sanguínea, chega ao coração
  direito e aos pulmões.
 Do pulmão, os esquistossômulos vão para o
  coração esquerdo e são enviados pela
  circulação geral a todas as partes do
  organismo.
Processos inespecíficos de
defesa
 A pele,constitui a porta de entrada do
  schistosoma mansoni.
 A imunidade natural pode manifestar-se pela
  capacidade que tem o hospedeiro não-imune
  para destruir grande parte das cercárias que
  penetram em sua pele.
 em resposta à presença das cercárias,
  aparece na pele, uma a três horas depois,
  uma reação inflamatória local.
Imunidade adquirida

 IMUNIDADE EXPERIMENTAL
 Todos os hospedeiros vertebrados, mesmo os
  mais suscetíveis, destroem uma certa
  proporção dos parasitos que lhes invadem a
  pele, seja a esse nível, seja no pulmão ou no
  fígado.
patologia

 O quadro inicial e a evolução do processo
  patológico provocado pelo S.mansoni, no
  organismo do hospedeiro, variam
  consideravelmente com uma série de
  circunstâncias, entre as quais devem ser
  consideradas:
a) A linhagem do parasito, a carga infectante,
   as condições fisiológicas do material
   infectante e a frequência com que ocorrem
   as reinfecções;
b) As características do hospedeiro e seu meio,
   ocorrência ou não de outras infecções
   anteriores, grau de imunidade desenvolvida;
c) Carga parasitária acumulada ao longo dos
   anos e duração da infecção.
Fase aguda (Inicial)

 ALTERAÇÕES CUTÂNEAS
 A penetração das cercárias pode
  acompanhar-se de prurido e outras
  manifestações alérgicas locais
Alterações gerais

 O mesmo processo discreto pode ter lugar no
  pulmão, durante a migração dos
  esquistossômulos, ou ao chegarem estes ao
  fígado. A morte de alguns vermes produz
  obstrução embólica do vaso e reação
  inflamatória. A desintegração do parasito
  costuma provocar necrose de tecido em
  torno, mais tarde substituída por tecido
  cicatricial.
 Mas, dependendo do número de parasitos e
  da sensibilidade do paciente, pode
  desenvolver-se um quadro descrito como
  forma toxêmica da esquistossomíase.
 o início é súbito, por volta do 15° ao 25° dia da
  exposição infectante.Há febre, eosinofilia,
  linfadonepatia, esplenomegalia e urticária.
 O fígado mostra um processo de hepatite que
  se agravará mais tarde, quando começarem a
  aparecer aí os ovos de schistosoma. Seu
  volume está aumentado.
 As alterações intestinais, também, começam
  antes da oviposição, chegando a
  compreender numerosas úlcerações
  necróticas hemorrágicas da mucosa, com as
  pequenas úlceras disseminadas por todo o
  intestino.
 Quando a doença dura mais tempo,encontra-
  se grande quantidade de ovos,amplamente
  disseminados em diversos órgãos e
  envolvidos por reações granulomatosas.
Fase crônica

 FORMAÇÃO DE GRANULOMAS
 Apenas metade dos ovos produzidos pelos
  parasitos alcança a luz intestinal e sai para o
  meio exterior com as fezes do paciente.
 Dentro dessa fase estão as seguintes
  doenças:
 Fibrose periportal;
 Hepatoplenomegalia;
 Lesõs cardiopulmonares;
 Lesões renais;
 Lesões neurológicas;
Esquistossomíase aguda

 Tudo pode começar duas a seis semanas mais
  tarde, de forma súbita, com febre, mal-estar,
  dores abdominais e diarréia.
 A febre pode ser o único sintoma inicial.Ela é
  irregular, podendo chegar a 40C, com calafrios e
  suores.Acompanha-se geralmente de
  cefaléia,prostração,dores pelo
  corpo,anorexia,náuseas e algumas vezes tosse.
 As evacuações, por vezes precedidas de cólicas,
  são de fezes líquidas ou pastosas e podem conter
  muco e manchas de sangue.
 Em outros casos, os sintomas são vagos,
  predominantemente abdominais, com pouca
  febre ou sem ela. O exame físico vai
  encontrar um abdome distendido e doloroso.
  Fígado e baço podem estar aumentados e
  dolorosos ao exame.
 Os ovos de schistosoma mansoni aparecem
  nas fezes por volta da sexta semana, após a
  infecção.
Esquistossomíase crônica

 Depois da fase aguda, os sintomas regridem,
  permanecendo a maioria dos pacientes
  assintomáticos.
 FORMA INTESTINAL
 Os sintomas são geralmente vagos: perda de
  apetite com desconforto abdominal,surtos
  diarréicos,prisão de ventre,dor abdominal.
 FORMA HEPATOINTESTINAL
 O fígado já revela lesões hepáticas discretas na
  forma intestinal permanecendo o paciente com
  os mesmos sintomas mas de forma mais
  acentuada.
 FORMA HEPATOSPLÊNICA
 O fígado e o baço são vistos como órgãos
  mais atingidos pela doença.
 FORMA CARDIOPULMONAR
 Apresenta tosse quase sempre seca ou com
  secreção por vezes, laivos de
  sangue.Podendo haver também febre e sinais
  de bronquite ou broncopneumonia,crises
  asmáticas.
diagnóstico

 A palpação de um fígado aumentado e duro e
    de um baço palpável devem alertar para a
    possibilidade desta doença.
   Dispõe-se para diagnóstico:
   Exame de fezes;
   Eclosão de miracídios;
   Biópsia retal.
Tratamento

 quimioterápico
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  • 2. Introdução  A infecção humana por schistosoma mansoni costuma ser, na maioria das vezes, assintomática mas pode produzir alterações anomapatológicas.  Em considerável número de individuos acarreta déficit orgânico, comprometendo o desenvolvimento dos jovens e a produtividade dos adultos.
  • 3. A infecção  Os schistosoma são parasitos que requerem dois hospedeiros para completar sua evolução: um molusco aquático e um vertebrado.  Qualquer região da pele, da conjuntiva ou da mucosa orofaringiana é adequada como porta de entrada.  As localizações habituais do S.mansoni são as vênulas da parede do reto,do sigmóide e do intestino grosso do homem.
  • 4.  Depois de permanecer na pele por tempo variável, entre alguns minutos e um dia inteiro, o esquistossômulo empreende a migração através do corpo do seu hospedeiro. Para abrir passagem nos estratos mais profundos da pele, utiliza a secreção lítica das glândulas cefálicas posteriores. Penetra nos vasos cutâneos e, através da circulação sanguínea, chega ao coração direito e aos pulmões.
  • 5.  Do pulmão, os esquistossômulos vão para o coração esquerdo e são enviados pela circulação geral a todas as partes do organismo.
  • 6. Processos inespecíficos de defesa  A pele,constitui a porta de entrada do schistosoma mansoni.  A imunidade natural pode manifestar-se pela capacidade que tem o hospedeiro não-imune para destruir grande parte das cercárias que penetram em sua pele.  em resposta à presença das cercárias, aparece na pele, uma a três horas depois, uma reação inflamatória local.
  • 7. Imunidade adquirida  IMUNIDADE EXPERIMENTAL  Todos os hospedeiros vertebrados, mesmo os mais suscetíveis, destroem uma certa proporção dos parasitos que lhes invadem a pele, seja a esse nível, seja no pulmão ou no fígado.
  • 8. patologia  O quadro inicial e a evolução do processo patológico provocado pelo S.mansoni, no organismo do hospedeiro, variam consideravelmente com uma série de circunstâncias, entre as quais devem ser consideradas:
  • 9. a) A linhagem do parasito, a carga infectante, as condições fisiológicas do material infectante e a frequência com que ocorrem as reinfecções; b) As características do hospedeiro e seu meio, ocorrência ou não de outras infecções anteriores, grau de imunidade desenvolvida; c) Carga parasitária acumulada ao longo dos anos e duração da infecção.
  • 10. Fase aguda (Inicial)  ALTERAÇÕES CUTÂNEAS  A penetração das cercárias pode acompanhar-se de prurido e outras manifestações alérgicas locais
  • 11. Alterações gerais  O mesmo processo discreto pode ter lugar no pulmão, durante a migração dos esquistossômulos, ou ao chegarem estes ao fígado. A morte de alguns vermes produz obstrução embólica do vaso e reação inflamatória. A desintegração do parasito costuma provocar necrose de tecido em torno, mais tarde substituída por tecido cicatricial.
  • 12.  Mas, dependendo do número de parasitos e da sensibilidade do paciente, pode desenvolver-se um quadro descrito como forma toxêmica da esquistossomíase.  o início é súbito, por volta do 15° ao 25° dia da exposição infectante.Há febre, eosinofilia, linfadonepatia, esplenomegalia e urticária.  O fígado mostra um processo de hepatite que se agravará mais tarde, quando começarem a aparecer aí os ovos de schistosoma. Seu volume está aumentado.
  • 13.  As alterações intestinais, também, começam antes da oviposição, chegando a compreender numerosas úlcerações necróticas hemorrágicas da mucosa, com as pequenas úlceras disseminadas por todo o intestino.  Quando a doença dura mais tempo,encontra- se grande quantidade de ovos,amplamente disseminados em diversos órgãos e envolvidos por reações granulomatosas.
  • 14.
  • 15. Fase crônica  FORMAÇÃO DE GRANULOMAS  Apenas metade dos ovos produzidos pelos parasitos alcança a luz intestinal e sai para o meio exterior com as fezes do paciente.  Dentro dessa fase estão as seguintes doenças:
  • 16.  Fibrose periportal;  Hepatoplenomegalia;  Lesõs cardiopulmonares;  Lesões renais;  Lesões neurológicas;
  • 17. Esquistossomíase aguda  Tudo pode começar duas a seis semanas mais tarde, de forma súbita, com febre, mal-estar, dores abdominais e diarréia.  A febre pode ser o único sintoma inicial.Ela é irregular, podendo chegar a 40C, com calafrios e suores.Acompanha-se geralmente de cefaléia,prostração,dores pelo corpo,anorexia,náuseas e algumas vezes tosse.  As evacuações, por vezes precedidas de cólicas, são de fezes líquidas ou pastosas e podem conter muco e manchas de sangue.
  • 18.  Em outros casos, os sintomas são vagos, predominantemente abdominais, com pouca febre ou sem ela. O exame físico vai encontrar um abdome distendido e doloroso. Fígado e baço podem estar aumentados e dolorosos ao exame.  Os ovos de schistosoma mansoni aparecem nas fezes por volta da sexta semana, após a infecção.
  • 19. Esquistossomíase crônica  Depois da fase aguda, os sintomas regridem, permanecendo a maioria dos pacientes assintomáticos.  FORMA INTESTINAL  Os sintomas são geralmente vagos: perda de apetite com desconforto abdominal,surtos diarréicos,prisão de ventre,dor abdominal.  FORMA HEPATOINTESTINAL  O fígado já revela lesões hepáticas discretas na forma intestinal permanecendo o paciente com os mesmos sintomas mas de forma mais acentuada.
  • 20.  FORMA HEPATOSPLÊNICA  O fígado e o baço são vistos como órgãos mais atingidos pela doença.  FORMA CARDIOPULMONAR  Apresenta tosse quase sempre seca ou com secreção por vezes, laivos de sangue.Podendo haver também febre e sinais de bronquite ou broncopneumonia,crises asmáticas.
  • 21. diagnóstico  A palpação de um fígado aumentado e duro e de um baço palpável devem alertar para a possibilidade desta doença.  Dispõe-se para diagnóstico:  Exame de fezes;  Eclosão de miracídios;  Biópsia retal.