1) O físico britânico Joseph John Thomson descobriu o elétron em 1897 ao demonstrar experimentalmente a existência de partículas menores que o átomo no raios catódicos.
2) O médico italiano Luigi Galvani observou contrações musculares em coxas de rãs após toques com um escalpelo metálico, levando-o a investigar a relação entre eletricidade e atividade muscular.
3) As descobertas de Galvani, publicadas em 1791 em "De Viribus Electricitatis", inic
1. FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI
TECNOLOGIA EM MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
TIAGO BARRANCO SANTOS
TRABALHO: MATÉRIA – TECNOLOGIA
ELETROELETRÔNICA
SÃO PAULO / SP - 2012
2. SUMÁRIO
A descoberta do elétron ____________________________3
Luigi Galvani _____________________________________4
Descobertas _____________________________________4
Vida_____________________________________________5
Docência ________________________________________5
Pesquisa ________________________________________5
Eletro-fisiologia ___________________________________6
Galvani, o Homem _________________________________7
Bibliografia _______________________________________8
3. A descoberta do elétron
O físico britânico Joseph John Thomson descobriu em 1897 o elétron, partícula elementar de
carga negativa, e contribuiu de modo significativo para a revolução científica do século XX
mediante o conhecimento da estrutura do átomo.
Joseph John Thomson nasceu em Cheetham Hill, perto de Manchester, Inglaterra, em 18 de
dezembro de 1856. Filho de um livreiro, tinha apenas 14 anos quando ingressou no Owens
College de Manchester, atual Victoria University, onde freqüentou cursos de física
experimental. Em 1876, obteve bolsa de estudos para o Trinity College, no qual colou grau em
matemática em 1880. Nesse mesmo ano assumiu o cargo de pesquisador no laboratório de
Cavendish e, sob a supervisão de James Clerk Maxwell, empreendeu as primeiras pesquisas
sobre eletromagnetismo. A qualidade de seu trabalho valeu-lhe a eleição para membro da
Royal Society em 1884 e o acesso à cátedra de física no laboratório de Cavendish.
Em 1897, Thomson sintetizou seus estudos na idéia segundo a qual a matéria, quaisquer que
sejam suas propriedades, contém partículas de mesmo tipo cuja massa é muito menor que a
dos átomos dos quais elas são parte. Essa linha de pensamento levou à descoberta de um
corpo menor do que o átomo do hidrogênio, e disso resultou a identificação das partículas que
denominou corpúsculos, depois conhecidas como elétrons. Thomson demonstrou
experimentalmente sua teoria ao comprovar a existência desses corpúsculos nos raios
catódicos, depois da passagem da corrente elétrica através de um tubo que continha vácuo.
Ampliou esse conceito em 1903 ao propor um modelo de luz constituído por partículas emitidas
de modo descontínuo, antecipando a teoria dos fótons
formulada por Einstein.
Thomson ganhou o Prêmio Nobel de física em 1906
por suas pesquisas sobre condução de eletricidade
através dos gases. Dois anos depois foi sagrado
cavaleiro da coroa britânica. Passou a integrar o corpo
docente do Trinity College em 1918. Como professor e
diretor do laboratório de Cavendish, exerceu intensa
atividade científica e de magistério. Sua principal obra
é Conduction of Electricity Through Gases (1903;
Condução de eletricidade através dos gases), na qual
reúne os resultados de suas pesquisas. Joseph John
O tubo de raios catódicos simples, usado por
Thomson morreu em Cambridge, Inglaterra, em 30 de J. J. Thomson.
agosto de 1940.
4. Luigi Galvani
Luigi Galvani (Bolonha, 9 de Setembro de 1737 — Bolonha, 4 de Dezembro de 1798)
foi um médico e investigador italiano.
Foi professor de anatomia da Universidade de Bolonha, cidade onde viveu e morreu.
Descobertas
A partir de estudos realizados em coxas de rã, descobriu que músculos e células
nervosas eram capazes de produzir eletricidade, que ficou conhecida então como
eletricidade galvânica. Mais tarde, Galvani demonstrou que essa eletricidade é
originária de reações químicas.
Galvani foi também pioneiro na moderna obstetrícia.
Em seus estudos, dissecando rãs em uma mesa, enquanto conduzia experimentos
com eletricidade estática, um dos assistentes de Galvani tocou em um nervo ciático de
uma rã com um escalpelo metálico, o que produziu uma reação muscular na região
tocada sempre que eram produzidas faíscas em uma máquina eletrostática próxima.
Tal observação fez com que Galvani investigasse a relação entre a eletricidade e a
animação - ou vida. Por isso é atribuida a Galvani a descoberta da bioeletricidade.
Galvani criou então o termo "eletricidade animal" para descrever aquilo que era capaz
de ativar os músculos daquele espécime. Juntamente com seus contemporâneos, ele
reparou que aquela ativação muscular era gerada por um fluido elétrico que era
conduzido aos músculos através dos nervos. Esse fenômeno foi então apelidado de
galvanismo, por sugestão dada por seu colega e, em alguns momentos adversário
intelectual, Alessandro Volta.
Os resultados das pesquisas e investigações de Galvani chegaram a ser mencionados
por Mary Shelley, como parte de uma lista de recomendações de leitura direta, para
um concurso de histórias de terror, em um dia chuvoso na Suíça - o que resultou no
romance Frankenstein - e sua reconstrução e reanimação através da eletricidade.
5. As investigações e descobertas de Galvani levaram à invenção da primeira bateria
elétrica, mas não por Galvani, que não percebia a eletricidade separada da biologia.
Galvani não via a eletricidade como essência da vida, a qual ele percebia ter uma
natureza intrínseca e inerente à vitalidade. Ele acreditava que a eletricidade animal
vinha do músculo. Desse modo, foi Alessandro Volta quem construiu a primeira bateria
elétrica, que ficou conhecida como a pilha voltaica.
Como Galvani acreditava, toda a vida é de fato elétrica - pelo fato de todas as coisas
vivas serem compostas de células e cada célula ter um potencial celular - a
eletricidade biológica tem as mesmas bases químicas para o fluxo de corrente elétrica
entre células eletro-químicas, desse modo podendo ser resumida de algum modo fora
do corpo. A intuição de Volta estava correta também.
O nome de Galvani também sobrevive nas células galvânicas, no galvanômetro e no
processo chamado de galvanização.
A cratera Galvani, na superfície da Lua, também foi nomeada em sua homenagem.
Vida
Luigi Galvani nasceu em 9 de setembro de 1737, em Bolonha na Itália, a cidade em
que passou quase sua vida inteira.
Trabalhando com registro de costumes, primeiramente estudou Letras e Filosofia na
Universidade. Graduou-se em Filosofia e Medicina em 1759. Freqüentava as aulas
expositivas de Gaetano Tacconi em Filosofia e Cirurgia, de Domenico Maria Gusmano
Galezzi em anatomia, e as de Jacopo Batolomeo Beccari e Giuseppe Monti em
química e história natural. Em 1762, casou com Lucia Galeazzi, filha de seu professor,
que se tornou parceira afetiva e preciosa colaboradora por toda a vida.
Docência
Galvani foi membro da Academia de Ciências no Instituto de Bolonha a partir de 1761
e foi professor de anatomia no Instituto de Ciência e curador da sala de anatomia,
além de ter exposto para cirurgiões, artista e escultores. Tornou-se ainda, leitor em
Medicina em 1768 e substituiu estas aulas pelas de Anatomia Prática em 1775. Foi
escolhido para professor de obstetrícia no Instituto e curador da sala de obstetrícia em
1782. Fez palestras públicas no teatro de anatomia e em sua casa, onde tinha uma
vasta biblioteca (por volta de 400 volumes, incluindo trabalhos sobre Hipócrates,
Galeano, Avicenna, e os mais importantes livros do século dezoito) e montou um
laboratório, onde conduzia experimentos.
Pesquisa
Sua pesquisa foi extensa no campo da anatomia comparativa. Era um entusiástico em
clarear, estudando animais, a estrutura e as funções do corpo humano, uma
significativa parte do seu trabalho foi dedicada a esta pesquisa.
Em 1762, ele publicou "De Ossibus", um estudo físico médico-cirúrgico, um verdadeiro
tratado da estrutura do osso, funções e patologia, o que esboçou a tese que ele levaria
ao debate público em 21 de Junho de 1762 (para ser um conferencista em Bolonha,
primeiramente deveria defender a tese em público e somente depois para uma
6. comissão apropriada). Em 1767, ele publicou um tratado sobre a uretra e os rins de
pássaros ("De renibus atque ureteribus volatilium") como um dos "Commentarii de
Bononiensi Scientiarum et Artium Instituto atque Academia". Seus escritos sobre a
estrutura anatômica dos ouvidos de pássaros ("De volatirium aure") foi publicado em
1783 no mesmo instituto. Sua pesquisa anatômica da membrana pituitária, Galvani
começou na academia de ciência de Bolonha em 1767. Outros trabalhos publicados e
não publicados, em ciência veterinária, hidrologia, obstetrícia, e outros, demonstram o
qual brilhantemente versátil Galvani era.
Eletro-fisiologia
A pesquisa mais importante de Galvani foi desenvolvida no campo da eletro-fisiologia,
a qual começou em 1780, ou talvez antes, continuou por uma década, e resumiu no
famoso "Commentarius de viribus elctricitatis in motu musculari". Este trabalho
primeiramente apareceu entre os panfletos no volume VII do "Bononiensis Scientiarum
et Artium Instituto atque Academia Commentarii".
Autor: Luigi Galvani
Título completo: De Motu Viribus electricitatis em Commentarius
musculares
Editor: Academia de Ciências
Local: Bolonha
Ano: 1791
Edição digital: 2000
Páginas: 57 + 4 páginas
Editor da edição digital: Marco Bresadola
Breve descrição:
‘Motu Galvani De Viribus electricitatis na muscular’ representa
uma contribuição importante na história das ciências da vida
moderna. Publicado em 1791, o tratado descrito em inquéritos
experimentais explicam as interacções entre eletricidade e
movimento muscular e sua teoria da eletricidade animal.
Experimentos de Galvani foram repetidos e sua teoria foi
debatida nos principais centros de cultura científica do século
XVIII, e contribuiu para o desenvolvimento de novos campos de
investigação, mais notavelmente o estudo da eletricidade, que
também foram exploradas por Alessandro Volta.
Foi então publicado separadamente, no ano seguinte, em uma versão editada e
anotada por seu sobrinho e apoiador, Giovanni Aldini, e expandido pela carta de Don
Bassiano Carminati a Galvani e a resposta posterior.
Antes do Commentarius, Galvani escreveu diversos itens sobre eletricidade animal,
onde sua teoria se desenvolveu. Há cinco manuscritos de Galvani que foram
publicados postumamente: "Ensaio da Força dos Nervos na relação com a
eletricidade" (datada de 25 de Novembro de 1782), uma anotação sobre "Conexões e
diferenças entre respiração, chama e sonda de uma garrafa de Leyden", uma
anotação datada de 30 de Outubro de 1786 e intitulada "De animale electricitate", uma
intitulada "Electricitas Naturalis", datada de 16 de Agosto de 1787, e outra em latim
(sem título no manuscrito de Galvani) sobre movimento dos músculos produzido pela
eletricidade.
A publicação do Commentarius foi uma sensação na comunidade científica mundial e
começou a longa controvérsia com Alessandro Volta. Preso a este debate, o qual foi
conduzido de uma maneira muito calma, se considerada a severidade de alguns
7. argumentos contemporâneos, foi a publicação do "Tratado de Uso e Efeito do Arco
Condutor na Contração do Músculo" seguido pelo Suplemento ao mesmo tratado (em
nenhum dos trabalhos o nome do autor foi mencionado, foram provavelmente atraídos
a Galvani por outro nome que fora proposto: Giovanni Aldini) e as anotações da
eletricidade Animal endereçada a Lazzaro Spallanzani.
Galvani, o homem
Muito da personalidade e trabalho de Galvani foi condicionado ao século em que
viveu. Como um cientista e homem de letras, ele escreveu alguns trabalhos literários
(pequenos poemas, elegias, sonetos, orações) em italiano e em latim (enquadrando-
se com a cultura italiana contemporânea dominada pelos clássicos). Alguns destes
com a dedicatória: Para minha muito amada esposa. Sendo profundamente religioso
(um membro da Terceira Ordem de São Francisco), ele nunca considerou que a
religião atrasasse sua pesquisa. Ao contrário, considerava que ciência e fé se auto-
interpretavam.
Seus contemporâneos o descreviam como gentil, generoso e um grande homem de
família. Em seus últimos anos, Galvani foi acometido pela dor da morte de sua esposa,
em 1790, e outros parentes. Para somar ao seu pesar familiar, foi atingido pela perda
de seu posto de professor, em 1798, porque por razões religiosas e de princípios, ele
se recusou a jurar obediência à República Cisalpina.
Ele morreu na pobreza em 4 de Dezembro de 1798, antes que ele pudesse aproveitar
seu restabelecimento como professor pensionista emérito pelas suas contribuições à
ciência.