Constituinte de aminoácidos, amidas, proteínas, ácidos nucléicos, nucleotídeos, coenzimas, hexoaminas o nitrogênio é muito requerido durante a fase vegetativa onde há crescimento e reprodução celular. Junto ao carbono e enxofre, o nitrogênio compõe compostos orgânicos. Logo, sua deficiência inibe bruscamente o crescimento vegetativo.
Um nutriente pouco lembrado e que tem ganhado visibilidade no campo com novos produtos e posicionamentos o molibdênio é um grande aliado para mantermos as plantas bem nutridas. Importante na fixação de N, o Molibdênio atua de forma muito ativa e bem demonstrada no metabolismo do nitrogênio auxiliando inclusive nas defesas naturais contra pragas e doenças. Para a fase vegetativa o molibdênio pode ser aplicado via semente e ou via foliar (V3-V4 tanto em gramíneas como em leguminosas). Hoje há várias fontes desse micronutriente e vários produtos comerciais contendo molibdênio em suas formulações para atender à essa demanda da planta.
2. Em milho a aplicação de Mo aumentou o teor de
Proteína.
Em milho aumentou em média 20 sc/ha a
produtividade.
Em soja aumenta tamanho e massa de nódulos.
Participa de pelo menos 5 enzimas:
Nitrogenase (N2 atm.);
Oxidase da xantina (Produz H2O2 e ácido úrico)
Redutase do nitrato (NH3 em NH4) dem. Em arroz
em 1957 por Malavolta;
Oxidase de aldeído ;
Oxidase do sulfato.FIGURA 1: MALAVOLTA 2006. 638p.
3. FIGURA 4: MALAVOLTA 2006. 638p.
FIGURA 3: MALAVOLTA 2006. 638p.
FIGURA 2: MALAVOLTA 2006. 638p.
5. Leg-hemoglobina de nódulos de plantas
tratadas com Cobalto e Molibdênio.
Leg-hemoglobina de nódulos de plantas não
tratadas com Cobalto e Molibdênio.
6. FIGURA 5: Controle + B à esquerda: maior número de bactérias fixadoras de N, 3 dias após a fixação do nódulo em lentilha; Tratamento -B à
direita: menor número de bactérias fixadoras de N, 3 dias após a fixação do nódulo. TAIZ E ZEIGGER, 2015.
Atualizações
7. Azospirillum spp. usa N2 do ar e libera NH4 para
raízes do milho e trigo.
Azospirillum spp. em gramíneas
e o Molibdênio
Já existem no mercado algumas estirpes de
Azospirullum brasilense.
Em experimento da EMBRAPA com Brachiaria
decumbens na região do cerrado no planalto
central o tratamento com molibdênio permitiu o
incremento de 18,5 Kg ha-1
.
Ainda nesse teste observou-se maior número de
bactérias fixadoras de nitrogênio em função da
adição de Mo.
8. Azospirillum spp. interfere no crescimento e produtividade pela fixação biológica de N;
A forma amoniacal de N que a bactéria libera (Amônio NH4) está
pronta para uso (sem gasto energético pela planta) já a forma
Nítrica NO3
-
demanda 16 atp’s para ser assimilado;
Azospirillum spp. produz fitormônios (citocininas, auxinas e
giberelinas) favorecendo raízes, crescimento vegetal e
produtividade (até 30% de incremento);
Azospirillum spp. produz sideróforos que facilitam a
absorção de ferro por bactérias;
Azospirillum spp. auxilia na solubilização de fósforo;
FOTO: Plântulas de arroz inoculadas com Azospirillum
brasilense à esquerda e sem inoculação à direita.
Azospirillum spp. pode inibir patógenos de raiz;
Azospirillum spp. reduz riscos com estiagens. Alguns dados
apontam para até 40% maior o comprimento de raízes em
milho;
9. FOTO: Coifa radicular de planta inoculada com Azospirillum brasilense.FOTO: Planta de milho inoculada com Azospirillum
brasilense à direita e controle à esquerda.
10. Tiago Firmino Boaventura de Oliveira
Engº Agrônomo IFMG – Bambuí - MG
CREA 24202/D-GO
tiagofbo.agronomo@gmail.com
OBRIGADO!!!
REFERÊNCIAS
MALAVOLTA, Ε., 1957. Contribuição ao
estudo da alimentação nitrogenada do arroz
(Oryza sativa L.), Piracicaba, ESALQ (Tese
de Cátedra).
MALAVOLTA, E. Manual de nutrição
mineral de plantas. São Paulo, Agronômica
Ceres, 2006. 638p.
EMBRAPA: Pesquisa agropecuária
brasileira, Brasília;20(5):509-513, maio
1985. Disponível em: <
http://seer.sct.embrapa.br/index.php/pab/arti
cle/view/15628 >
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