SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  7
Télécharger pour lire hors ligne
JEDi - UNISINOS
Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa
Professores: Tiago Lopes



                        ALTERNATE REALITY GAME – ARG



       Um Jogo de Realidade Alternativa (ARG) é uma narrativa interativa
que usa o “mundo real” como plataforma, frequentemente fazendo uso
de múltiplas mídias e de elementos de jogos.
       ARGs são descritos como a primeira forma de narrativa nativa da
Internet, por causa do modo como a narrativa se desenvolve sobre dois tipos
de ação que caracterizam este meio: procurar e dividir informação.
       O gênero não é apenas uma nova direção dos jogos em geral, mas
parte de uma evolução mais abrangente das mídias e da narrativa, e uma
reação à nossa crescente habilidade e desejo como consumidores para
aceitar e explorar muitas mídias em paralelo e simultaneamente.
       Um ARG se caracteriza pelo envolvimento intenso do jogador com a
história que acontece em tempo-real e que evolui de acordo com suas ações.
Diferentemente de, por exemplo, um jogo de videogame em que o
personagem é controlado por inteligência artificial, num ARG o jogador entra
em contato direto com os personagens que são controlados pelos game
designer’s do jogo. O jogador deve resolver desafios que vão aparecendo ao
longo da narrativa e frequentemente trabalham em comunidade para
analisar a história e relacionar as ações do jogo que acontecem na “vida
real” e nos diferentes suportes, que podem ser telefones, e-mail, correio
convencional, etc. normalmente utilizando a Internet como meio central.
       ARGs estão se tornando populares, surgindo sob diferentes condições
e apresentando diversos tipos de experimentação e formação de subgêneros.
Normalmente são gratuitos. Podem ser usados para promover produtos que
já existem.


Exemplos de ARG

Perplex City; Halo 2 (I Love Bees); Lost (Lost Experience); Guaraná (Zona
Incerta); Batman; Inteligência Artificial (The Beast); Vivo (Vivo em Ação);
McDonalds (Lost Ring)


Termos

Mestre (puppetmaster): é o indivíduo que projeta e/ou executa o jogo. É ao
mesmo tempo aliado e adversário dos jogadores, pois cria obstáculos e
oferece recursos para solucioná-los, conduzindo a evolução do jogo.
Normalmente o Mestre fica nos bastidores e sua identidade pode ou não ser
revelada ao longo do jogo.

Bastidores (curtain): a cortina é uma metáfora para designar a separação
existente entre o ambiente de jogo e o Mestre.


                                                                          1
JEDi - UNISINOS
Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa
Professores: Tiago Lopes



Rabbithole: Marca o primeiro contato do jogador com o jogo, que pode se
dar através de contato direto, um website, um enigma etc. que conduz ao
início do jogo.

Pistas (Trailhead): Têm a função de oferecer um caminho para o jogador no
interior do jogo. Podem ser facilmente encontradas ou estarem ocultadas.
Muitos ARGs empregam trailheads em diversas mídias, para maximizar a
probabilidade de as pessoas conhecerem o jogo.

This is not a gama (TINAG): esta característica tem como função diferenciar
o ARG de outros jogos: por exemplo, se um numero de telefone é dado em
um determinado site (ou e-mail) este numero deve funcionar. Da mesma
forma, um ARG não deve prover um espaço designado para o jogo ou um
conjunto de regras prévios para os jogadores.


ARG X outras formas de entretenimento

Jogos de computadores/console/vídeo games: Enquanto ARG usam
geralmente a internet como meio central, eles não são jogados
exclusivamente em um computador e usualmente não requerem o uso de
software especial ou interfaces. Personagens do jogo são controlados em
tempo real pelos puppet masters e não por AI.

RPGs e LARPS: O papel do puppetmaster em um ARG ao criar a narrativa e
interagir com os jogadores é muito semelhante ao do mestre de RPG.
Entretanto, o papel dos jogadores é diferente. Na maioria dos ARGs não há
regras fixas – jogadores descobrem as regras e os limites do jogo através de
tentativa e erro - e não requer que os jogadores assumam identidades
ficcionais (ainda que nem todos os RPGs tenham esta premissa).

Massively multiplayer online role-playing games (MMORPGs): personagens
do jogo são controlados por pessoas reais; não requerem softwares especiais
ou interfaces para jogar, não requerem jogadores para criar avatares e
“roleplay” e ARGs geralmente usam múltiplas mídias e vida real como
complemento da internet para distribuir as partes da narrativa. MMOG
geralmente são jogados individualmente, enquanto ARGs sugerem um tipo
de jogabilidade coletiva.

Marketing viral: embora os ARGs sejam usados frequentemente como um
tipo de marketing viral, diverge no sentido de não corroborar com a filosofia
por detrás de consumidores patrocinados ou outras práticas que buscam
ludibriar os consumidores na crença de que as ações virais realizadas para
um produto são “independentes” de interesses propagandísticos.




                                                                           2
JEDi - UNISINOS
Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa
Professores: Tiago Lopes




Tipos de ARG

Promocional (Promotional): É o tipo responsável pela massificação dos ARGs.
I Love Bees é um exemplo. São ARGs que estão vinculados necessariamente
à divulgação de um produto ou marca: Halo2 – I love Bees; Gun’s – Last Call
Poker; AI’s – The Beast; Lost – Lost Experience; Audi – Art of the Heist.
   Podem ser jogados independentemente do produto em si, ainda que se
vinculem diretamente ao mesmo, principalmente nas fases finais quando o
jogo está próximo de ser concluído. Pode atrair números expressivos de
jogadores (10 mil a três milhões).

Independente (Grassroots): É o tipo de produção independente de ARG,
normalmente produzido por fãs deste tipo de entretenimento. Operam com
orçamentos muito mais reduzidos que, por exemplo, os ARGs do tipo
promocionais. Possuem maior flexibilidade em termos de condução da
história, uma vez que não estão condicionados ao controle de uma
companhia. Integram o conjunto mais vasto dentre os sub-gêneros ARG. O
tipo de falha mais freqüente é o risco de “implosão” (desandar) e conclusões
“fracas” que desapontam o público, ou até mesmo não-conclusões.

Comercial (Productized): É um tipo de ARG que se define como um produto
comercial em si, no qual os jogadores devem pagar para jogar. Ex. Majestic.

Single-Player: Embora a maioria dos exemplos que compõem este tipo de
sub-gênero possa ser enquadrada como pertencente ao tipo Promocional,
alguns ARGs são desenvolvidos de forma que as pessoas possam jogá-los de
forma independente. São geralmente desenvolvidos para acontecerem de
forma independente de limites de tempo. Os tipos de desafios também são
mais “acessíveis”, no sentido de não requererem o esforço necessariamente
coletivo para suas resoluções. Normalmente, após a “primeira onda” de
jogadores, todas as respostas para os enigmas são colocadas de alguma
maneira à disposição de outros jogadores que chegarem depois. O uso
massivo de websites e, em caso de interação com personagens, chat-bots,
configuram-se como os recursos mais utilizados neste tipo de sub-gênero.

Treinamento/Educacional (Training/Educational): Integram o tipo menos
conhecido de sub-gênro ARG. São usados por companhias para treinamentos
de funcionários e em instituições de estudo como forma de engajar os alunos
numa forma de aprendizado que estreita a relação entre conhecimento e
entretenimento. São desenvolvidos com finalidades para públicos bastante
específicos, variando de acordo com os objetivos almejados base de
desenvolvimento do jogo.




                                                                          3
JEDi - UNISINOS
Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa
Professores: Tiago Lopes

MÉTODOS E MECÂNICAS

        ARG = EXPOSIÇÃO + INTERAÇÃO + DESAFIOS

       O uso destes três componentes é essencial para que um jogo seja
chamado de ARG, ainda que a maneira de se fazerem presentes varie de um
ARG para o outro. Claro que se poderia dizer que a essência de um ARG é a
do tipo desafio-recompensa. No entanto, esta é a base de qualquer jogo de
vídeo-game. Um ARG, diferentemente, demonstra maior complexidade em
relação aos tipos de desafios, somando-se ainda o fato de estar associado a
um modo coletivo de jogabilidade para resolver os desafios.


Exposição

       O primeiro problema que aparece na narrativa de um ARG é como
conciliar a exposição da informação: apresentar um grupo de personagens e
suas motivações, elaborar os mundos onde eles vivem, disponibilizar história
sobre seu mundo passado e ao mesmo tempo sobre suas ações no presente.
No vídeo-game tradicional, a exposição de informação acontece através de
excertos de história que acontecem em cenas ou em informações em boxes,
já no ARG muitos outros mecanismos podem ser utilizados.
       A exposição de conteúdo é usada como forma de recompensa ao
jogador, quando este consegue alcançar o final de um desafio. Nos ARGs
esta é basicamente a principal forma de engajamento no jogo e a quantidade
de informação que o jogador deve conseguir é normalmente muito maior do
que em um jogo de vídeo-game tradicional.
       Outra coisa que acontece é que nos ARGs os elementos textuais e
outras formas de mostrar conteúdo são rigorosamente analisadas pelos
jogadores, no sentido de encontrarem pistas escondidas. Já nos jogos de
vídeo-game tradicionais, uma vez que o jogador tem acesso a um
determinado pacote de informações, dificilmente volta a acessá-lo
novamente.
       Por fim, o uso da exposição de conteúdo serve para manter o
engajamento dos usuários em um ARG devido à impossibilidade de estarem
presentes em todos os lugares onde acontece ação. O que é disponibilizado
na maior parte do tempo são “registros” de acontecimentos que aconteceram
ou que estão acontecendo.

Blogs: É o método mais simples de conciliar informação verbal direta, iniciar
desafios, indicar progressos e mudanças nos rumos da história. Pode ser
considerado a “voz da equipe de desenvolvimento” e às vezes é a única
forma de oferecer informações a partir dos interesses de um personagem.
       É também um modo simples de os jogadores poderem entender
rapidamente os eventos que estão acontecendo e também aqueles que já
aconteceram. É como acessar um arquivo onde as informações estão
dispostas em ordem cronológica de acontecimentos.



                                                                           4
JEDi - UNISINOS
Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa
Professores: Tiago Lopes

      Deve ser atualizado frequentemente. Deve se ter cuidado com a
relação entre blogs dos personagens do jogo (ex: homem que trai mulher
pode ser “denunciado” pelos jogadores...)

Audiovisual: Servem normalmente como recompensa dentro do mecanismo
desafio-recompensa do jogo. São descobertas bastante excitantes para os
jogadores que acessam esse tipo de conteúdo. São usados também como
maneira de divulgar informação que não seria plausível de ser contada
através de um blog, tais como acontecimentos secretos ou de outra natureza
que não poderia ser explicitamente contado em um meio onde o personagem
se apresenta em primeira pessoa.
       São usados também como enigmas secundários, onde os jogadores
devem reconstruir uma narrativa única através de fragmentos dispersos. (ex:
I Love Bees e Lost Experience)

Websites: São usados para os mais diferentes propósitos. Podem apresentar
informações sobre organizações envolvidas na trama dentre outros objetivos.
O problema de usar este tipo de recurso é garantir que as informações
contidas não irão prejudicar a crença TINAG, mesmo sem atualizações e sem
setores do site que parem de fornecer informação ao longo do jogo.
Principalmente em se tratando de jogadores que chegarem tarde no jogo.

Outras Mídias: Jornais e revistas (normalmente classificados ou anúncios);
televisão (comerciais, ou amarrações dentro de programas que já existem);
Filmes; Rádio; Pôster/flyers/cartazes/adesivos.


Interação

       É quase a característica que define um ARG. Por interação entende-se
a relação direta de troca entre jogadores e o mundo onde se passa o jogo,
incluindo seus personagens. Através da interação os jogadores podem
influenciar o andamento da história, mesmo quando não há nenhum tipo
específico de desafio acontecendo. A interação oferece um nível profundo de
imersão com a história e é muitas vezes o gancho que irá prender o jogador
no jogo, mais do que resolver desafios ou acessar informações escondidas.
Infelizmente pode ser custosa em termos financeiros e de dispêndio de
energia produtiva, como também tem um alcance limitado.

Chat: Pode ser de dois tipos: bot-style ou por interação humana. Em ARGs
não comerciais é comum a escolha por um grupo de jogadores-alvo através
de uma conversa de chat curta mas eficiente.
       O problema dos bot-style chat é a possibilidade de o jogador descobrir
que está dialogando com uma máquina. Já o site com seres humanos é
dispendioso em termos de tempo e produção e normalmente “anulam” um
dos membros da equipe principal, uma vez que a pessoa que assume a
identidade do personagem deve ser um dos roteiristas do jogo.



                                                                           5
JEDi - UNISINOS
Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa
Professores: Tiago Lopes



Telefone: Como no chat, há duas maneira de haver este tipo de interação:
por mensagem gravada ou por interação humana. As mensagens gravadas
snao mais fáceis de usar, principalmente quando se está lidando com uma
escala muito grande de jogadores. Mas nada se compara à conversar
diretamente com um ser humano no outro lado da linha.
       A dificuldade maior neste tipo de interação é obter os números de
telefone dos jogadores.
       Alguns ARGs usam o telefone como formas de solucionar enigmas,
através de voice mail box para serem “invadidas” pelos usuários.

E-mail: Três tipos básicos de interação: auto-resposta, e-mail massivo e
conversacional.
       O recurso de auto-resposta é usado como forma de prover
informações que não estão disponíveis em outro lugar. Muitas vezes a equipe
de desenvolvimento provê um endereço de e-mail com uma auto-resposta
pré-setada.
       O e-mail massivo como forma de divulgar informações às vezes é
preferível ser substituído pelo blog.
       A conversa por e-mail é um tipo de interação que representa um ótimo
tipo de recompensa para o jogador e realmente o engaja no jogo. O
problema é justamente quando se está tratando com uma escala muito
grande de jogadores.

SMS: Usada mais para avisos emergenciais não pré-divulgados.

Eventos ao vivo: É um dos tipos de interação que mais empolgam a base de
jogadores. Pode ser online ou físico. A maioria requer que o jogador tome
parte em alguma atividade em determinado momento. A maioria de eventos
deste tipo tem características de interação e desafio.
       Interações online tem como propósito algum tipo de ação conjunta
como por exemplo participar de uma conversa de chat, jogar poker ou outro
jogo, ou ainda invadir um sistema de segurança.


Desafios

Criptografia: Pode ser de vários tipos, dependendo do nível de dificuldade
que se queira passar. Por exemplo: código morse, braille, ou outro. Dupla
encriptação é comum também.
       Jogadores de ARG normalmente esperam muito este tipo de desafio e
por isso analisam qualquer informação textual ou gráfica com muita
intensidade.

Games: Muitos ARGs promovem tarefas onde jogos são jogados pelos
usuários. Ex: em Last Call Poker os jogadores jogavam várias partidas de
poker.



                                                                         6
JEDi - UNISINOS
Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa
Professores: Tiago Lopes

Engajamento: Forma de desafio que utiliza um grande grupo de indivíduos
unidos por uma causa comum. Reunir pistas, informações, escrever um livro,
etc. Ex: em Zona Incerta os jogadores tinham como tarefa encontrar
garrafas escondidas

Engenharia social: Tem como propósito convencer um personagem a adotar
um comportamento ou mudança de atitude, ou fornecer uma informação.

Enigmas: podem ser do tipo obscuros (ocultos em textos, vídeos, imagens
etc.); charadas; uso de interfaces não convencionais.


Outros tipos de desafio:

        -   Localizar alguma coisa no mundo real através de mapas ou outras
            coordenadas;
        -   Jogar através de text adventure;
        -   Oferecer algum serviço para um personagem (por exemplo provar
            que esteve em determinado lugar através de uma foto);
        -   Identificar ou completar citações literárias;
        -   Traduzir linguagens obscuras;
        -   Interpretar informação altamente específica de um campo
            especializado.




                                                                         7

Contenu connexe

Tendances

Seminário - Video game e suas convergências
Seminário - Video game e suas convergênciasSeminário - Video game e suas convergências
Seminário - Video game e suas convergênciasRafael da Silva
 
Inteligência Artificial em Jogos Eletrônicos
Inteligência Artificial em Jogos EletrônicosInteligência Artificial em Jogos Eletrônicos
Inteligência Artificial em Jogos EletrônicosAndré Kishimoto
 
Palestra Introdução ao Game Design
Palestra Introdução ao Game DesignPalestra Introdução ao Game Design
Palestra Introdução ao Game DesignLeonardo Zamprogno
 
Conectando Conceitos a partir dos Jogos
Conectando Conceitos a partir dos JogosConectando Conceitos a partir dos Jogos
Conectando Conceitos a partir dos JogosJulio Matos
 
Artigo inteligencia artifical-jogos
Artigo inteligencia artifical-jogosArtigo inteligencia artifical-jogos
Artigo inteligencia artifical-jogosFernando Vargas
 

Tendances (7)

Seminário - Video game e suas convergências
Seminário - Video game e suas convergênciasSeminário - Video game e suas convergências
Seminário - Video game e suas convergências
 
Inteligência Artificial em Jogos Eletrônicos
Inteligência Artificial em Jogos EletrônicosInteligência Artificial em Jogos Eletrônicos
Inteligência Artificial em Jogos Eletrônicos
 
Game Design e Educação
Game Design e EducaçãoGame Design e Educação
Game Design e Educação
 
Palestra Introdução ao Game Design
Palestra Introdução ao Game DesignPalestra Introdução ao Game Design
Palestra Introdução ao Game Design
 
Conectando Conceitos a partir dos Jogos
Conectando Conceitos a partir dos JogosConectando Conceitos a partir dos Jogos
Conectando Conceitos a partir dos Jogos
 
Artigo inteligencia artifical-jogos
Artigo inteligencia artifical-jogosArtigo inteligencia artifical-jogos
Artigo inteligencia artifical-jogos
 
Jornalismo e Videogame
Jornalismo e VideogameJornalismo e Videogame
Jornalismo e Videogame
 

Similaire à ARG

Conceitos básicos sobre Advergames
Conceitos básicos sobre AdvergamesConceitos básicos sobre Advergames
Conceitos básicos sobre AdvergamesAle Santos
 
Gamification: Como as mecânicas de games podem contribuir para criar engajame...
Gamification: Como as mecânicas de games podem contribuir para criar engajame...Gamification: Como as mecânicas de games podem contribuir para criar engajame...
Gamification: Como as mecânicas de games podem contribuir para criar engajame...Trianons
 
Palestra pesquisas em games 0.6
Palestra   pesquisas em games 0.6Palestra   pesquisas em games 0.6
Palestra pesquisas em games 0.6Mauro Berimbau
 
Webore Games_Palestra FAAP
Webore Games_Palestra FAAPWebore Games_Palestra FAAP
Webore Games_Palestra FAAPFernando Chamis
 
ARG O PROJETO (2006)
ARG O PROJETO (2006)ARG O PROJETO (2006)
ARG O PROJETO (2006)Tiago Lopes
 
Contributos para uma análise etnográfica do Entretenimento Imersivo
Contributos para uma análise etnográfica do Entretenimento ImersivoContributos para uma análise etnográfica do Entretenimento Imersivo
Contributos para uma análise etnográfica do Entretenimento ImersivoMário
 
LUDICIDADE E GAMES NA EDUCAÇÃO
LUDICIDADE E GAMES NA EDUCAÇÃOLUDICIDADE E GAMES NA EDUCAÇÃO
LUDICIDADE E GAMES NA EDUCAÇÃOabcgtecnologia
 
Palestra - Introdução ao desenvolvimento de Jogos
Palestra - Introdução ao desenvolvimento de JogosPalestra - Introdução ao desenvolvimento de Jogos
Palestra - Introdução ao desenvolvimento de Jogosjuliocoopergames
 
ESPM GameLab - Game Design como ferramenta de comunicação
ESPM GameLab - Game Design como ferramenta de comunicaçãoESPM GameLab - Game Design como ferramenta de comunicação
ESPM GameLab - Game Design como ferramenta de comunicaçãoMauro Berimbau
 
Análise do gameplay
Análise do gameplayAnálise do gameplay
Análise do gameplayediqueli
 
Análise do gameplay
Análise do gameplayAnálise do gameplay
Análise do gameplayediqueli
 

Similaire à ARG (20)

ARG e Advergame
ARG e AdvergameARG e Advergame
ARG e Advergame
 
Conceitos básicos sobre Advergames
Conceitos básicos sobre AdvergamesConceitos básicos sobre Advergames
Conceitos básicos sobre Advergames
 
ARG e Advergames
ARG e AdvergamesARG e Advergames
ARG e Advergames
 
Jogos
JogosJogos
Jogos
 
Gamification: Como as mecânicas de games podem contribuir para criar engajame...
Gamification: Como as mecânicas de games podem contribuir para criar engajame...Gamification: Como as mecânicas de games podem contribuir para criar engajame...
Gamification: Como as mecânicas de games podem contribuir para criar engajame...
 
Role Play Games
Role Play GamesRole Play Games
Role Play Games
 
Palestra pesquisas em games 0.6
Palestra   pesquisas em games 0.6Palestra   pesquisas em games 0.6
Palestra pesquisas em games 0.6
 
Webore Games_Palestra FAAP
Webore Games_Palestra FAAPWebore Games_Palestra FAAP
Webore Games_Palestra FAAP
 
ARG O PROJETO (2006)
ARG O PROJETO (2006)ARG O PROJETO (2006)
ARG O PROJETO (2006)
 
Contributos para uma análise etnográfica do Entretenimento Imersivo
Contributos para uma análise etnográfica do Entretenimento ImersivoContributos para uma análise etnográfica do Entretenimento Imersivo
Contributos para uma análise etnográfica do Entretenimento Imersivo
 
LUDICIDADE E GAMES NA EDUCAÇÃO
LUDICIDADE E GAMES NA EDUCAÇÃOLUDICIDADE E GAMES NA EDUCAÇÃO
LUDICIDADE E GAMES NA EDUCAÇÃO
 
RPG.pptx
RPG.pptxRPG.pptx
RPG.pptx
 
Palestra - Introdução ao desenvolvimento de Jogos
Palestra - Introdução ao desenvolvimento de JogosPalestra - Introdução ao desenvolvimento de Jogos
Palestra - Introdução ao desenvolvimento de Jogos
 
Prototipação de Jogos
Prototipação de JogosPrototipação de Jogos
Prototipação de Jogos
 
ESPM GameLab - Game Design como ferramenta de comunicação
ESPM GameLab - Game Design como ferramenta de comunicaçãoESPM GameLab - Game Design como ferramenta de comunicação
ESPM GameLab - Game Design como ferramenta de comunicação
 
Análise do gameplay
Análise do gameplayAnálise do gameplay
Análise do gameplay
 
Análise do gameplay
Análise do gameplayAnálise do gameplay
Análise do gameplay
 
Apostila gamificação
Apostila gamificaçãoApostila gamificação
Apostila gamificação
 
tecnologia em design
tecnologia em designtecnologia em design
tecnologia em design
 
tecnologia em design
tecnologia em designtecnologia em design
tecnologia em design
 

Plus de Tiago Lopes

Narrativa e Colaboração
Narrativa e ColaboraçãoNarrativa e Colaboração
Narrativa e ColaboraçãoTiago Lopes
 
JOGO DE CONTAR HISTÓRIAS
JOGO DE CONTAR HISTÓRIASJOGO DE CONTAR HISTÓRIAS
JOGO DE CONTAR HISTÓRIASTiago Lopes
 
Narrativas Transmidiáticas
Narrativas TransmidiáticasNarrativas Transmidiáticas
Narrativas TransmidiáticasTiago Lopes
 
Narrativas móveis
Narrativas móveisNarrativas móveis
Narrativas móveisTiago Lopes
 
JOGOS MÓVEIS LOCATIVOS
JOGOS MÓVEIS LOCATIVOSJOGOS MÓVEIS LOCATIVOS
JOGOS MÓVEIS LOCATIVOSTiago Lopes
 
Introdução às Mídias Digitais
Introdução às Mídias DigitaisIntrodução às Mídias Digitais
Introdução às Mídias DigitaisTiago Lopes
 
Cultura da Convergência
Cultura da ConvergênciaCultura da Convergência
Cultura da ConvergênciaTiago Lopes
 
Narrativas Interativas - as lógicas do digital em experiências de escrita col...
Narrativas Interativas - as lógicas do digital em experiências de escrita col...Narrativas Interativas - as lógicas do digital em experiências de escrita col...
Narrativas Interativas - as lógicas do digital em experiências de escrita col...Tiago Lopes
 
AUDIOVISUAL E INTERATIVIDADE
AUDIOVISUAL E INTERATIVIDADEAUDIOVISUAL E INTERATIVIDADE
AUDIOVISUAL E INTERATIVIDADETiago Lopes
 
NARRATIVAS INTERATIVAS E LITERATURA
NARRATIVAS INTERATIVAS E LITERATURANARRATIVAS INTERATIVAS E LITERATURA
NARRATIVAS INTERATIVAS E LITERATURATiago Lopes
 
IMERSÃO EM NARRATIVAS INTERATIVAS
IMERSÃO EM NARRATIVAS INTERATIVASIMERSÃO EM NARRATIVAS INTERATIVAS
IMERSÃO EM NARRATIVAS INTERATIVASTiago Lopes
 
INTRODUÇÃO ÀS NARRATIVAS INTERATIVAS
INTRODUÇÃO ÀS NARRATIVAS INTERATIVASINTRODUÇÃO ÀS NARRATIVAS INTERATIVAS
INTRODUÇÃO ÀS NARRATIVAS INTERATIVASTiago Lopes
 
Linguagens e suportes para narrativas interativas
Linguagens e suportes para narrativas interativasLinguagens e suportes para narrativas interativas
Linguagens e suportes para narrativas interativasTiago Lopes
 
Projeto áFrica 2010
Projeto áFrica 2010Projeto áFrica 2010
Projeto áFrica 2010Tiago Lopes
 
Onde Está Belchior
Onde Está BelchiorOnde Está Belchior
Onde Está BelchiorTiago Lopes
 
Convergência e Narrativas Transmidiáticas
Convergência e Narrativas TransmidiáticasConvergência e Narrativas Transmidiáticas
Convergência e Narrativas TransmidiáticasTiago Lopes
 

Plus de Tiago Lopes (20)

Narrativa e Colaboração
Narrativa e ColaboraçãoNarrativa e Colaboração
Narrativa e Colaboração
 
JOGO DE CONTAR HISTÓRIAS
JOGO DE CONTAR HISTÓRIASJOGO DE CONTAR HISTÓRIAS
JOGO DE CONTAR HISTÓRIAS
 
Narrativas Transmidiáticas
Narrativas TransmidiáticasNarrativas Transmidiáticas
Narrativas Transmidiáticas
 
Narrativas móveis
Narrativas móveisNarrativas móveis
Narrativas móveis
 
JOGOS MÓVEIS LOCATIVOS
JOGOS MÓVEIS LOCATIVOSJOGOS MÓVEIS LOCATIVOS
JOGOS MÓVEIS LOCATIVOS
 
Introdução às Mídias Digitais
Introdução às Mídias DigitaisIntrodução às Mídias Digitais
Introdução às Mídias Digitais
 
Cultura da Convergência
Cultura da ConvergênciaCultura da Convergência
Cultura da Convergência
 
Emergência
EmergênciaEmergência
Emergência
 
Narrativas Interativas - as lógicas do digital em experiências de escrita col...
Narrativas Interativas - as lógicas do digital em experiências de escrita col...Narrativas Interativas - as lógicas do digital em experiências de escrita col...
Narrativas Interativas - as lógicas do digital em experiências de escrita col...
 
AUDIOVISUAL E INTERATIVIDADE
AUDIOVISUAL E INTERATIVIDADEAUDIOVISUAL E INTERATIVIDADE
AUDIOVISUAL E INTERATIVIDADE
 
NARRATIVAS INTERATIVAS E LITERATURA
NARRATIVAS INTERATIVAS E LITERATURANARRATIVAS INTERATIVAS E LITERATURA
NARRATIVAS INTERATIVAS E LITERATURA
 
IMERSÃO EM NARRATIVAS INTERATIVAS
IMERSÃO EM NARRATIVAS INTERATIVASIMERSÃO EM NARRATIVAS INTERATIVAS
IMERSÃO EM NARRATIVAS INTERATIVAS
 
INTRODUÇÃO ÀS NARRATIVAS INTERATIVAS
INTRODUÇÃO ÀS NARRATIVAS INTERATIVASINTRODUÇÃO ÀS NARRATIVAS INTERATIVAS
INTRODUÇÃO ÀS NARRATIVAS INTERATIVAS
 
Linguagens e suportes para narrativas interativas
Linguagens e suportes para narrativas interativasLinguagens e suportes para narrativas interativas
Linguagens e suportes para narrativas interativas
 
INTERATIVDADE
INTERATIVDADEINTERATIVDADE
INTERATIVDADE
 
Projeto áFrica 2010
Projeto áFrica 2010Projeto áFrica 2010
Projeto áFrica 2010
 
Onde Está Belchior
Onde Está BelchiorOnde Está Belchior
Onde Está Belchior
 
Convergência e Narrativas Transmidiáticas
Convergência e Narrativas TransmidiáticasConvergência e Narrativas Transmidiáticas
Convergência e Narrativas Transmidiáticas
 
Mobio Threat
Mobio ThreatMobio Threat
Mobio Threat
 
Pac-Manhattan
Pac-ManhattanPac-Manhattan
Pac-Manhattan
 

Dernier

COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 

Dernier (20)

COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 

ARG

  • 1. JEDi - UNISINOS Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa Professores: Tiago Lopes ALTERNATE REALITY GAME – ARG Um Jogo de Realidade Alternativa (ARG) é uma narrativa interativa que usa o “mundo real” como plataforma, frequentemente fazendo uso de múltiplas mídias e de elementos de jogos. ARGs são descritos como a primeira forma de narrativa nativa da Internet, por causa do modo como a narrativa se desenvolve sobre dois tipos de ação que caracterizam este meio: procurar e dividir informação. O gênero não é apenas uma nova direção dos jogos em geral, mas parte de uma evolução mais abrangente das mídias e da narrativa, e uma reação à nossa crescente habilidade e desejo como consumidores para aceitar e explorar muitas mídias em paralelo e simultaneamente. Um ARG se caracteriza pelo envolvimento intenso do jogador com a história que acontece em tempo-real e que evolui de acordo com suas ações. Diferentemente de, por exemplo, um jogo de videogame em que o personagem é controlado por inteligência artificial, num ARG o jogador entra em contato direto com os personagens que são controlados pelos game designer’s do jogo. O jogador deve resolver desafios que vão aparecendo ao longo da narrativa e frequentemente trabalham em comunidade para analisar a história e relacionar as ações do jogo que acontecem na “vida real” e nos diferentes suportes, que podem ser telefones, e-mail, correio convencional, etc. normalmente utilizando a Internet como meio central. ARGs estão se tornando populares, surgindo sob diferentes condições e apresentando diversos tipos de experimentação e formação de subgêneros. Normalmente são gratuitos. Podem ser usados para promover produtos que já existem. Exemplos de ARG Perplex City; Halo 2 (I Love Bees); Lost (Lost Experience); Guaraná (Zona Incerta); Batman; Inteligência Artificial (The Beast); Vivo (Vivo em Ação); McDonalds (Lost Ring) Termos Mestre (puppetmaster): é o indivíduo que projeta e/ou executa o jogo. É ao mesmo tempo aliado e adversário dos jogadores, pois cria obstáculos e oferece recursos para solucioná-los, conduzindo a evolução do jogo. Normalmente o Mestre fica nos bastidores e sua identidade pode ou não ser revelada ao longo do jogo. Bastidores (curtain): a cortina é uma metáfora para designar a separação existente entre o ambiente de jogo e o Mestre. 1
  • 2. JEDi - UNISINOS Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa Professores: Tiago Lopes Rabbithole: Marca o primeiro contato do jogador com o jogo, que pode se dar através de contato direto, um website, um enigma etc. que conduz ao início do jogo. Pistas (Trailhead): Têm a função de oferecer um caminho para o jogador no interior do jogo. Podem ser facilmente encontradas ou estarem ocultadas. Muitos ARGs empregam trailheads em diversas mídias, para maximizar a probabilidade de as pessoas conhecerem o jogo. This is not a gama (TINAG): esta característica tem como função diferenciar o ARG de outros jogos: por exemplo, se um numero de telefone é dado em um determinado site (ou e-mail) este numero deve funcionar. Da mesma forma, um ARG não deve prover um espaço designado para o jogo ou um conjunto de regras prévios para os jogadores. ARG X outras formas de entretenimento Jogos de computadores/console/vídeo games: Enquanto ARG usam geralmente a internet como meio central, eles não são jogados exclusivamente em um computador e usualmente não requerem o uso de software especial ou interfaces. Personagens do jogo são controlados em tempo real pelos puppet masters e não por AI. RPGs e LARPS: O papel do puppetmaster em um ARG ao criar a narrativa e interagir com os jogadores é muito semelhante ao do mestre de RPG. Entretanto, o papel dos jogadores é diferente. Na maioria dos ARGs não há regras fixas – jogadores descobrem as regras e os limites do jogo através de tentativa e erro - e não requer que os jogadores assumam identidades ficcionais (ainda que nem todos os RPGs tenham esta premissa). Massively multiplayer online role-playing games (MMORPGs): personagens do jogo são controlados por pessoas reais; não requerem softwares especiais ou interfaces para jogar, não requerem jogadores para criar avatares e “roleplay” e ARGs geralmente usam múltiplas mídias e vida real como complemento da internet para distribuir as partes da narrativa. MMOG geralmente são jogados individualmente, enquanto ARGs sugerem um tipo de jogabilidade coletiva. Marketing viral: embora os ARGs sejam usados frequentemente como um tipo de marketing viral, diverge no sentido de não corroborar com a filosofia por detrás de consumidores patrocinados ou outras práticas que buscam ludibriar os consumidores na crença de que as ações virais realizadas para um produto são “independentes” de interesses propagandísticos. 2
  • 3. JEDi - UNISINOS Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa Professores: Tiago Lopes Tipos de ARG Promocional (Promotional): É o tipo responsável pela massificação dos ARGs. I Love Bees é um exemplo. São ARGs que estão vinculados necessariamente à divulgação de um produto ou marca: Halo2 – I love Bees; Gun’s – Last Call Poker; AI’s – The Beast; Lost – Lost Experience; Audi – Art of the Heist. Podem ser jogados independentemente do produto em si, ainda que se vinculem diretamente ao mesmo, principalmente nas fases finais quando o jogo está próximo de ser concluído. Pode atrair números expressivos de jogadores (10 mil a três milhões). Independente (Grassroots): É o tipo de produção independente de ARG, normalmente produzido por fãs deste tipo de entretenimento. Operam com orçamentos muito mais reduzidos que, por exemplo, os ARGs do tipo promocionais. Possuem maior flexibilidade em termos de condução da história, uma vez que não estão condicionados ao controle de uma companhia. Integram o conjunto mais vasto dentre os sub-gêneros ARG. O tipo de falha mais freqüente é o risco de “implosão” (desandar) e conclusões “fracas” que desapontam o público, ou até mesmo não-conclusões. Comercial (Productized): É um tipo de ARG que se define como um produto comercial em si, no qual os jogadores devem pagar para jogar. Ex. Majestic. Single-Player: Embora a maioria dos exemplos que compõem este tipo de sub-gênero possa ser enquadrada como pertencente ao tipo Promocional, alguns ARGs são desenvolvidos de forma que as pessoas possam jogá-los de forma independente. São geralmente desenvolvidos para acontecerem de forma independente de limites de tempo. Os tipos de desafios também são mais “acessíveis”, no sentido de não requererem o esforço necessariamente coletivo para suas resoluções. Normalmente, após a “primeira onda” de jogadores, todas as respostas para os enigmas são colocadas de alguma maneira à disposição de outros jogadores que chegarem depois. O uso massivo de websites e, em caso de interação com personagens, chat-bots, configuram-se como os recursos mais utilizados neste tipo de sub-gênero. Treinamento/Educacional (Training/Educational): Integram o tipo menos conhecido de sub-gênro ARG. São usados por companhias para treinamentos de funcionários e em instituições de estudo como forma de engajar os alunos numa forma de aprendizado que estreita a relação entre conhecimento e entretenimento. São desenvolvidos com finalidades para públicos bastante específicos, variando de acordo com os objetivos almejados base de desenvolvimento do jogo. 3
  • 4. JEDi - UNISINOS Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa Professores: Tiago Lopes MÉTODOS E MECÂNICAS ARG = EXPOSIÇÃO + INTERAÇÃO + DESAFIOS O uso destes três componentes é essencial para que um jogo seja chamado de ARG, ainda que a maneira de se fazerem presentes varie de um ARG para o outro. Claro que se poderia dizer que a essência de um ARG é a do tipo desafio-recompensa. No entanto, esta é a base de qualquer jogo de vídeo-game. Um ARG, diferentemente, demonstra maior complexidade em relação aos tipos de desafios, somando-se ainda o fato de estar associado a um modo coletivo de jogabilidade para resolver os desafios. Exposição O primeiro problema que aparece na narrativa de um ARG é como conciliar a exposição da informação: apresentar um grupo de personagens e suas motivações, elaborar os mundos onde eles vivem, disponibilizar história sobre seu mundo passado e ao mesmo tempo sobre suas ações no presente. No vídeo-game tradicional, a exposição de informação acontece através de excertos de história que acontecem em cenas ou em informações em boxes, já no ARG muitos outros mecanismos podem ser utilizados. A exposição de conteúdo é usada como forma de recompensa ao jogador, quando este consegue alcançar o final de um desafio. Nos ARGs esta é basicamente a principal forma de engajamento no jogo e a quantidade de informação que o jogador deve conseguir é normalmente muito maior do que em um jogo de vídeo-game tradicional. Outra coisa que acontece é que nos ARGs os elementos textuais e outras formas de mostrar conteúdo são rigorosamente analisadas pelos jogadores, no sentido de encontrarem pistas escondidas. Já nos jogos de vídeo-game tradicionais, uma vez que o jogador tem acesso a um determinado pacote de informações, dificilmente volta a acessá-lo novamente. Por fim, o uso da exposição de conteúdo serve para manter o engajamento dos usuários em um ARG devido à impossibilidade de estarem presentes em todos os lugares onde acontece ação. O que é disponibilizado na maior parte do tempo são “registros” de acontecimentos que aconteceram ou que estão acontecendo. Blogs: É o método mais simples de conciliar informação verbal direta, iniciar desafios, indicar progressos e mudanças nos rumos da história. Pode ser considerado a “voz da equipe de desenvolvimento” e às vezes é a única forma de oferecer informações a partir dos interesses de um personagem. É também um modo simples de os jogadores poderem entender rapidamente os eventos que estão acontecendo e também aqueles que já aconteceram. É como acessar um arquivo onde as informações estão dispostas em ordem cronológica de acontecimentos. 4
  • 5. JEDi - UNISINOS Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa Professores: Tiago Lopes Deve ser atualizado frequentemente. Deve se ter cuidado com a relação entre blogs dos personagens do jogo (ex: homem que trai mulher pode ser “denunciado” pelos jogadores...) Audiovisual: Servem normalmente como recompensa dentro do mecanismo desafio-recompensa do jogo. São descobertas bastante excitantes para os jogadores que acessam esse tipo de conteúdo. São usados também como maneira de divulgar informação que não seria plausível de ser contada através de um blog, tais como acontecimentos secretos ou de outra natureza que não poderia ser explicitamente contado em um meio onde o personagem se apresenta em primeira pessoa. São usados também como enigmas secundários, onde os jogadores devem reconstruir uma narrativa única através de fragmentos dispersos. (ex: I Love Bees e Lost Experience) Websites: São usados para os mais diferentes propósitos. Podem apresentar informações sobre organizações envolvidas na trama dentre outros objetivos. O problema de usar este tipo de recurso é garantir que as informações contidas não irão prejudicar a crença TINAG, mesmo sem atualizações e sem setores do site que parem de fornecer informação ao longo do jogo. Principalmente em se tratando de jogadores que chegarem tarde no jogo. Outras Mídias: Jornais e revistas (normalmente classificados ou anúncios); televisão (comerciais, ou amarrações dentro de programas que já existem); Filmes; Rádio; Pôster/flyers/cartazes/adesivos. Interação É quase a característica que define um ARG. Por interação entende-se a relação direta de troca entre jogadores e o mundo onde se passa o jogo, incluindo seus personagens. Através da interação os jogadores podem influenciar o andamento da história, mesmo quando não há nenhum tipo específico de desafio acontecendo. A interação oferece um nível profundo de imersão com a história e é muitas vezes o gancho que irá prender o jogador no jogo, mais do que resolver desafios ou acessar informações escondidas. Infelizmente pode ser custosa em termos financeiros e de dispêndio de energia produtiva, como também tem um alcance limitado. Chat: Pode ser de dois tipos: bot-style ou por interação humana. Em ARGs não comerciais é comum a escolha por um grupo de jogadores-alvo através de uma conversa de chat curta mas eficiente. O problema dos bot-style chat é a possibilidade de o jogador descobrir que está dialogando com uma máquina. Já o site com seres humanos é dispendioso em termos de tempo e produção e normalmente “anulam” um dos membros da equipe principal, uma vez que a pessoa que assume a identidade do personagem deve ser um dos roteiristas do jogo. 5
  • 6. JEDi - UNISINOS Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa Professores: Tiago Lopes Telefone: Como no chat, há duas maneira de haver este tipo de interação: por mensagem gravada ou por interação humana. As mensagens gravadas snao mais fáceis de usar, principalmente quando se está lidando com uma escala muito grande de jogadores. Mas nada se compara à conversar diretamente com um ser humano no outro lado da linha. A dificuldade maior neste tipo de interação é obter os números de telefone dos jogadores. Alguns ARGs usam o telefone como formas de solucionar enigmas, através de voice mail box para serem “invadidas” pelos usuários. E-mail: Três tipos básicos de interação: auto-resposta, e-mail massivo e conversacional. O recurso de auto-resposta é usado como forma de prover informações que não estão disponíveis em outro lugar. Muitas vezes a equipe de desenvolvimento provê um endereço de e-mail com uma auto-resposta pré-setada. O e-mail massivo como forma de divulgar informações às vezes é preferível ser substituído pelo blog. A conversa por e-mail é um tipo de interação que representa um ótimo tipo de recompensa para o jogador e realmente o engaja no jogo. O problema é justamente quando se está tratando com uma escala muito grande de jogadores. SMS: Usada mais para avisos emergenciais não pré-divulgados. Eventos ao vivo: É um dos tipos de interação que mais empolgam a base de jogadores. Pode ser online ou físico. A maioria requer que o jogador tome parte em alguma atividade em determinado momento. A maioria de eventos deste tipo tem características de interação e desafio. Interações online tem como propósito algum tipo de ação conjunta como por exemplo participar de uma conversa de chat, jogar poker ou outro jogo, ou ainda invadir um sistema de segurança. Desafios Criptografia: Pode ser de vários tipos, dependendo do nível de dificuldade que se queira passar. Por exemplo: código morse, braille, ou outro. Dupla encriptação é comum também. Jogadores de ARG normalmente esperam muito este tipo de desafio e por isso analisam qualquer informação textual ou gráfica com muita intensidade. Games: Muitos ARGs promovem tarefas onde jogos são jogados pelos usuários. Ex: em Last Call Poker os jogadores jogavam várias partidas de poker. 6
  • 7. JEDi - UNISINOS Material desenvolvido para a disciplina de Ficção Interativa Professores: Tiago Lopes Engajamento: Forma de desafio que utiliza um grande grupo de indivíduos unidos por uma causa comum. Reunir pistas, informações, escrever um livro, etc. Ex: em Zona Incerta os jogadores tinham como tarefa encontrar garrafas escondidas Engenharia social: Tem como propósito convencer um personagem a adotar um comportamento ou mudança de atitude, ou fornecer uma informação. Enigmas: podem ser do tipo obscuros (ocultos em textos, vídeos, imagens etc.); charadas; uso de interfaces não convencionais. Outros tipos de desafio: - Localizar alguma coisa no mundo real através de mapas ou outras coordenadas; - Jogar através de text adventure; - Oferecer algum serviço para um personagem (por exemplo provar que esteve em determinado lugar através de uma foto); - Identificar ou completar citações literárias; - Traduzir linguagens obscuras; - Interpretar informação altamente específica de um campo especializado. 7