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ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA
Memórias e diários
1
Por Albertina Maria Seroido Branco Lima – N.º 1 – TAV – 1º Ano - Disciplina CLC.7 (2)
O Texto A descreve um episódio passado no dia 11 de abril de 1944, na vida de Anne
Frank, durante o período em que se encontra escondida com a sua família, num sótão
de um estabelecimento comercial, durante a ocupação nazi na Holanda.
O Texto B descreve as memórias relatadas por uma pessoa que se suicidou, através do
seu espirito, relatando o que sente quando se depara com a sua própria morte.
O que diferencia o Texto A do Texto B é que o primeiro refere-se a um relato diário,
onde é descrita alguma reflexão, enquanto que o segundo relata um acontecimento
passado há algum tempo – a morte do suicida – e as emoções sentidas, motivadas pelo
acontecimento relatado.
14 de fevereiro de 2013
Querido diário,
Hoje foi mais um dia como tantos
outros…
Acordei às 6:30h com o rádio
despertador, o banho, secar o cabelo,
o pequeno almoço… tudo
cronometrado ao pormenor, para sair
de casa uma hora depois, para mais um
dia de trabalho.
No serviço, o dia decorreu normalmente: às 8:30h reuni com o Sr. Presidente para
agendamento de diversos assuntos, às 11:00h reuni com o novo vigilante, onde foi
elaborado o planeamento do serviço da próxima semana e o restante dia com os
normais telefonemas e solicitações de ajuda.
Às 16:00h saí do serviço e dirigi-me a casa dos meus Pais, para a habitual visita diária.
Às 17:30 fui buscar a minha sobrinha Carolina à escola, como faço todos os dias. Como
sempre ela transmitiu-me o que aprendeu de novo na escola e hoje o tema foi o Dia
dos Namorados. Com o seu habitual entusiamo ela disse-me: “Tia! Hoje é o Dia dos
ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA
Memórias e diários
2
Namorados e da Amizade, para quem não tem namorado!” Esta minha sobrinha é um
encanto!... Faz-me lembrar quando eu tinha a idade dela…
Às 19:00h fui para a escola, para a aula de PRA e após a aula saí, pois tinha o “meu
namorado” à minha espera para me levar a jantar fora. Sei que o Dia dos Namorados é
meramente comercial mas foi muito bom! Fomos ao restaurante chinês e divertimo-
nos imenso! Estes momentos a sós fazem-me voltar no tempo 30 anos atrás e por
instantes esqueço que o tempo passou tão rápido…
Já não voltei à escola… fomos para casa!
Memórias da minha infância…
O meu Professor da escola primária…
Vim para Setúbal
em 1973, perto do
início do ano
letivo, tendo
ingressado no 2º
ano numa escola
totalmente
desconhecida para
mim, onde
inclusivamente se
iniciou nesse
mesmo ano, o
ensino misto.
Assim, iniciei o 2º ano numa escola onde os rapazes se faziam representar em cerca de
70% e para ajudar a Professora loira de aspeto angélico que me acompanhou no 1º
ano, deu lugar a um Professor homem e de barbas!
Perante este cenário, o primeiro dia de aulas não correu nada bem… fartei-me de
chorar agarrada às saias da minha Mãe!
O Professor disse então à minha Mãe que me levasse para casa, me acalmasse e para
regressar no dia seguinte.
Assim foi, no dia seguinte já aceitei de forma diferente e o tempo decorreu da melhor
forma possível, pois o Professor tinha uma maneira de ser bastante diferente dos
convencionais professores. Não usava régua (um instrumento bastante habitual na
ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA
Memórias e diários
3
época) e a matéria era transmitida de uma maneira que suscitava interesse nos alunos
(ou pelo menos em mim…).
Aconteceu o 25 de Abril e então o que já era diferente dos outros métodos de ensino,
passou ainda a ser mais!
O Professor – Godinho o seu nome – aboliu os livros escolares (livro de leitura,
gramática, aritmética) e passámos a ler o jornal diariamente, seguindo os
acontecimentos decorrentes da Revolução de Abril, onde treinávamos a leitura,
víamos as formas verbais, etc..
Fazíamos teatro, recriando episódios da revolução ou da ditadura e cantávamos
cânticos revolucionários, nomeadamente “Grândola Vila Morena”, “Avante
Camarada”, entre outros.
Os ideais da Revolução foram transmitidos por ele duma forma intensa e vivida (ele
próprio viveu algumas amarguras no tempo da ditadura) o que me fez crescer com
esses ideais que ainda hoje me acompanham.
Obrigado Professor, por ter sido possível viver desta forma, uma época tão marcante!

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Memórias da infância e diário pessoal

  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA Memórias e diários 1 Por Albertina Maria Seroido Branco Lima – N.º 1 – TAV – 1º Ano - Disciplina CLC.7 (2) O Texto A descreve um episódio passado no dia 11 de abril de 1944, na vida de Anne Frank, durante o período em que se encontra escondida com a sua família, num sótão de um estabelecimento comercial, durante a ocupação nazi na Holanda. O Texto B descreve as memórias relatadas por uma pessoa que se suicidou, através do seu espirito, relatando o que sente quando se depara com a sua própria morte. O que diferencia o Texto A do Texto B é que o primeiro refere-se a um relato diário, onde é descrita alguma reflexão, enquanto que o segundo relata um acontecimento passado há algum tempo – a morte do suicida – e as emoções sentidas, motivadas pelo acontecimento relatado. 14 de fevereiro de 2013 Querido diário, Hoje foi mais um dia como tantos outros… Acordei às 6:30h com o rádio despertador, o banho, secar o cabelo, o pequeno almoço… tudo cronometrado ao pormenor, para sair de casa uma hora depois, para mais um dia de trabalho. No serviço, o dia decorreu normalmente: às 8:30h reuni com o Sr. Presidente para agendamento de diversos assuntos, às 11:00h reuni com o novo vigilante, onde foi elaborado o planeamento do serviço da próxima semana e o restante dia com os normais telefonemas e solicitações de ajuda. Às 16:00h saí do serviço e dirigi-me a casa dos meus Pais, para a habitual visita diária. Às 17:30 fui buscar a minha sobrinha Carolina à escola, como faço todos os dias. Como sempre ela transmitiu-me o que aprendeu de novo na escola e hoje o tema foi o Dia dos Namorados. Com o seu habitual entusiamo ela disse-me: “Tia! Hoje é o Dia dos
  • 2. ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA Memórias e diários 2 Namorados e da Amizade, para quem não tem namorado!” Esta minha sobrinha é um encanto!... Faz-me lembrar quando eu tinha a idade dela… Às 19:00h fui para a escola, para a aula de PRA e após a aula saí, pois tinha o “meu namorado” à minha espera para me levar a jantar fora. Sei que o Dia dos Namorados é meramente comercial mas foi muito bom! Fomos ao restaurante chinês e divertimo- nos imenso! Estes momentos a sós fazem-me voltar no tempo 30 anos atrás e por instantes esqueço que o tempo passou tão rápido… Já não voltei à escola… fomos para casa! Memórias da minha infância… O meu Professor da escola primária… Vim para Setúbal em 1973, perto do início do ano letivo, tendo ingressado no 2º ano numa escola totalmente desconhecida para mim, onde inclusivamente se iniciou nesse mesmo ano, o ensino misto. Assim, iniciei o 2º ano numa escola onde os rapazes se faziam representar em cerca de 70% e para ajudar a Professora loira de aspeto angélico que me acompanhou no 1º ano, deu lugar a um Professor homem e de barbas! Perante este cenário, o primeiro dia de aulas não correu nada bem… fartei-me de chorar agarrada às saias da minha Mãe! O Professor disse então à minha Mãe que me levasse para casa, me acalmasse e para regressar no dia seguinte. Assim foi, no dia seguinte já aceitei de forma diferente e o tempo decorreu da melhor forma possível, pois o Professor tinha uma maneira de ser bastante diferente dos convencionais professores. Não usava régua (um instrumento bastante habitual na
  • 3. ESCOLA SECUNDÁRIA SEBASTIÃO DA GAMA Memórias e diários 3 época) e a matéria era transmitida de uma maneira que suscitava interesse nos alunos (ou pelo menos em mim…). Aconteceu o 25 de Abril e então o que já era diferente dos outros métodos de ensino, passou ainda a ser mais! O Professor – Godinho o seu nome – aboliu os livros escolares (livro de leitura, gramática, aritmética) e passámos a ler o jornal diariamente, seguindo os acontecimentos decorrentes da Revolução de Abril, onde treinávamos a leitura, víamos as formas verbais, etc.. Fazíamos teatro, recriando episódios da revolução ou da ditadura e cantávamos cânticos revolucionários, nomeadamente “Grândola Vila Morena”, “Avante Camarada”, entre outros. Os ideais da Revolução foram transmitidos por ele duma forma intensa e vivida (ele próprio viveu algumas amarguras no tempo da ditadura) o que me fez crescer com esses ideais que ainda hoje me acompanham. Obrigado Professor, por ter sido possível viver desta forma, uma época tão marcante!