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A filosofia da arte em
Schopenhauer e
Nietzsche
Prof. Dr. Marcos Ramon
Arthur Schopenhauer: conhecimento e Vontade
• O corpo pode ser percebido como:
1. Um objeto entre os outros;
2. Princípio imediato da Vontade.
• O ato voluntário e a ação do corpo não estão ligados pela
causalidade: são a mesma coisa.
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Schopenhauer
• O corpo é a condição de
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• Conhecendo nosso próprio
corpo, conhecemos
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• A Vontade pode ser
acompanhada de
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• A fruição do belo permite a neutralização do sofrimento, um
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• A filosofia tradicional (decorrente de Sócrates e Platão) aponta
para um predomínio da razão, do conhecimento lógico-científico.
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entre a vida e o destino.
• Dionísio não habita o Olimpo, mas a natureza. Ele representa a
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• Dionísio, deus do vinho e da
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• A verdade de Sileno: o melhor
para o homem seria não ter
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• Apolo, deus da ordem e da
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• Filosofia: predomínio do
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• A filosofia é "retrocesso".

• O apolíneo e dionisíaco se
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dialeticamente. A escolha por um
lado da balança gera um
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• Ausência de Dionísio: repressão
do desejo, do corpo, da
afirmação da vida.
Martha Graham.
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• Cristianismo: reforço do apolíneo. Incentivo para uma cultura
fraca e decadente, com predomínio de forças reativas. A ideia
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• Três metamorfoses necessárias à vida:
1. Camelo (reverência à tradição)
2. Leão (fragmentação da fé, espírito livre, niilismo)
3. Criança (afirmação da vida, Vontade de Potência)
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que interpreta o mundo.

• A verdade se identifica com
o mundo e não com o
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Autorretrato
O Nascimento da tragédia
• Existe uma dicotomia entre o discurso filosófico racional e
a expressão artística criativa.
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racional é secundária.
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valores.
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• "Aos que desprezam o
corpo quero dar o meu
parecer. O que devem
fazer não é mudar de
preceito, mas
simplesmente despedirem-
se dos seus próprios
corpos, e por conseguinte,
ficarem mudos (...) Tudo é
corpo e nada mais; a alma
é apenas o nome de
qualquer coisa do
corpo" (Assim Falou
Zaratustra)
Caspar David
Friedrich. O
viajante sobre o
mar de névoa,
1818.
Obrigado!
Prof. Dr. Marcos Ramon

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A arte na filosofia de Schopenhauer e Nietzsche

  • 1. A filosofia da arte em Schopenhauer e Nietzsche Prof. Dr. Marcos Ramon
  • 2. Arthur Schopenhauer: conhecimento e Vontade • O corpo pode ser percebido como: 1. Um objeto entre os outros; 2. Princípio imediato da Vontade. • O ato voluntário e a ação do corpo não estão ligados pela causalidade: são a mesma coisa. • Reflexão: separa o querer do fazer. Todo ato efetivo da Vontade é um ato corporal. Quando a ação vai contra a Vontade chama- se dor. Quando vai a conforme a Vontade chama-se prazer.
  • 3. Schopenhauer • O corpo é a condição de conhecimento da Vontade. • Conhecendo nosso próprio corpo, conhecemos analogamente todos os outros. • A Vontade pode ser acompanhada de conhecimento, mas isso não é algo necessário. • O conhecimento racional, assim como o intuitivo, pertence à Vontade.
  • 4. Schopenhauer (1788-1860) • Podemos rejeitar o jugo da Vontade momentaneamente (pela Arte) ou permanentemente (pelo ascetismo). • A Vontade é um esforço sem fim, sem limites ou propósitos. Esse esforço nunca é realizado ou satisfeito. • A realização dos desejos é uma ilusão. • A Arte nos coloca diante da Verdade do universo e nos livra momentaneamente do ciclo incessante do sofrimento.
  • 5. A metafísica do belo • A fruição do belo permite a neutralização do sofrimento, um apaziguamento do querer. • Metafísica do belo, não da arte. • A beleza está no mundo, mas nem todo mundo consegue contemplá-la por conta própria. • O artista empresta seus olhos à humanidade. • A verdade acessada pela arte não pode ser comunicada por conceitos.
  • 6. Nietzsche (1844-1900) • A filosofia tradicional (decorrente de Sócrates e Platão) aponta para um predomínio da razão, do conhecimento lógico-científico. • Com isso nos afastamos da natureza e dos nossos impulsos vitais, que eram celebrados na antiguidade através dos rituais dionisíacos, da dança e da embriaguez. • Tragédia: síntese da vitalidade e contradição humanas. Embate entre a vida e o destino. • Dionísio não habita o Olimpo, mas a natureza. Ele representa a força vital, a alegria de viver, algo próprio da humanidade.
  • 7. Apolo e Dionísio • Dionísio, deus do vinho e da sensualidade, representa nossa existência primária. • A verdade de Sileno: o melhor para o homem seria não ter nascido, não ser, se nada; a segunda melhor coisa é morrer cedo. • Apolo, deus da ordem e da razão, representa o homem civilizado.
  • 8. A afirmação da vida • Filosofia: predomínio do apolíneo, da racionalidade, da ordem e equilíbrio. • A filosofia é "retrocesso". • O apolíneo e dionisíaco se contrabalançavam dialeticamente. A escolha por um lado da balança gera um desequilíbrio extremo. • Ausência de Dionísio: repressão do desejo, do corpo, da afirmação da vida. Martha Graham. Lamentation.
  • 9. Nietzsche • Cristianismo: reforço do apolíneo. Incentivo para uma cultura fraca e decadente, com predomínio de forças reativas. A ideia de verdade e as determinações morais são os instrumentos dessa ideologia. • Três metamorfoses necessárias à vida: 1. Camelo (reverência à tradição) 2. Leão (fragmentação da fé, espírito livre, niilismo) 3. Criança (afirmação da vida, Vontade de Potência)
  • 10. Arte e vida • É o corpo mais que a mente que interpreta o mundo. • A verdade se identifica com o mundo e não com o supramundano. Egon Schiele - Autorretrato
  • 11. O Nascimento da tragédia • Existe uma dicotomia entre o discurso filosófico racional e a expressão artística criativa. • A forma de vida estética e fundamental e a forma de vida racional é secundária. • Por conta da inversão de valores a cultura moderna está doente.
  • 12. O eterno retorno e o Amor fati
  • 13. A vida como arte • A Arte e a Vontade de Potência são os caminhos para a transmutação dos Valores • "O homem não é apenas um artista, ele mesmo é uma obra de Arte" (Origem da Tragédia) • A música e a dança são elogios ao corpo e à vida. Por isso, estas artes são tão agressivas para o homem ressentido da vida. • O artista impõe o caos. A arte autêntica deve deslocar os valores.
  • 14. Nietzsche • "Aos que desprezam o corpo quero dar o meu parecer. O que devem fazer não é mudar de preceito, mas simplesmente despedirem- se dos seus próprios corpos, e por conseguinte, ficarem mudos (...) Tudo é corpo e nada mais; a alma é apenas o nome de qualquer coisa do corpo" (Assim Falou Zaratustra) Caspar David Friedrich. O viajante sobre o mar de névoa, 1818.
  • 15. Obrigado! Prof. Dr. Marcos Ramon Email: marcosramon@gmail.com Twitter: @mrtollens Site: www.marcosramon.net Link para baixar o slide e materiais relacionados: bit.ly/minicurso-marcosramon