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REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Anderson Aliston Florentino
Erivelto Rodrigues Teixeira
Luiz Henrique Marinho Lages

Bianca Mees Chagas
João Cleto do Nascimento
Marina Pereira Reis

Biologia
VOLUME DOIS

11° ANO
ENSINO SECUNDÁRIO
Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

1
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
José Ramos Horta
Presidente da República
Kay Rala Xanana Gusmão
Primeiro-Ministro
João Câncio de Freitas
Ministro da Educação
Paulo Assis Belo
Vice-Ministro da Educação
Antoninho Pires
Diretor do Instituto Nacional de Formação Profissional e Contínua
Armindo de Jesus Barros
Assistente Diretor do Instituto Nacional de Formação Profissional e Contínua

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República
Fernando Haddad
Ministro da Educação
Edson Marinho Duarte Monteiro
Embaixador do Brasil em Timor-Leste
Jorge Almeida Guimarães
Presidente da CAPES
Sandoval Carneiro Junior
Diretor de Relações Internacionais da CAPES
Fernando Spagnolo
Coordenador do Programa de Capacitação de Docentes e
Ensino da Língua Portuguesa em Timor-Leste

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

2
Anderson Aliston Florentino
Licenciado em Ciências Naturais com Habilitação em Biologia
Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
Bianca Mees Chagas
Licenciada e Bacharel em Ciências Biológicas
Universidade Regional de Joinville
Erivelto Rodrigues Teixeira
Especialista em Microbiologia
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas
Licenciado em Ciências Biológicas
Universidade Federal do Amazonas
João Cleto do Nascimento
Licenciado em Ciências Biológicas
Universidade de São Paulo
Bacharel em Ciências Biológicas
Universidade Guarulho
Luiz Henrique Marinho Lages
Licenciado em Ciências Biológicas
Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Marina Pereira Reis
Licenciada e Bacharel em Ciências Biológicas
Universidade de Mogi das Cruzes

Biologia
VOLUME DOIS

11˚ANO
ENSINO SECUNDÁRIO
Editor
Erivelto Rodrigues Teixeira
Revisão da Língua Portuguesa
Isabela Carvalho Macedo
Diagramação e Editoração
Erivelto Rodrigues Teixeira
Capa
Erivelto Rodrigues Teixeira

Dili, Timor-Leste
2009

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

3
© BRASILCAPES/INFPC/ME/RDTL. Anderson Aliston Florentino; Bianca Mees Chagas; Erivelto Rodrigues
Teixeira; João Cleto do Nascimento; Luiz Henrique Marinho Lages; Marina Pereira Reis, 2009. Direitos
Reservados.
Capes: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Alexandre Prestes Silveira
Coordenador-Geral de Programas de Cooperação Internacional
Idelazil Cristina do Nascimento Talhavini
Coordenadora-Geral de Programas Especiais
Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste – 2008/2009
Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa no Timor Leste
Coordenador-Geral da Cooperação Brasileira em Educação no Timor-Leste:
Prof o. Dr. Fernando Spagnolo
Projeto Procapes
Representante: Prof. Jailson Alves
Disciplina: Biologia
Prof o. Anderson Aliston Florentino;
Profa. Bianca Mees Chagas;
Prof o. Esp. Erivelto Rodrigues Teixeira;
Prof o. João Cleto do Nascimento;
Prof o. Luiz Henrique Marinho Lages;
Profa. Marina Pereira Reis.
Projeto Elpi
Profa. Isabela Carvalho Macedo
Projeto Gráfico: Erivelto Rodrigues Teixeira
Revisão da Língua Portuguesa: Isabela Carvalho Macedo
__________________________________________________
Dados para Catalogação Internacional
Biologia – Volume Dois. Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste Anderson Aliston Florentino; Bianca Mees Chagas; Erivelto Rodrigues
Teixeira; João Cleto do Nascimento; Luiz Henrique Marinho Lages; Marina
Pereira Reis – Dili: BRASIL/CAPES/INFPC/ME/RDTL, 2009.
Bibliografia
Biologia (Ensino Secundário) I. FLORENTINO, Anderson Aliston; CHAGAS,
Bianca Mees; TEIXEIRA, Erivelto Rodrigues; NASCIMENTO, João Cleto do;
LAGES, Luiz Henrique Marinho; REIS, Marina Pereira. II. Título

Código do Editor: 989-20 - Erivelto Rodrigues Teixeira
ISBN 978-989-20-1618-4 (LIVRO DO ALUNO)
ISBN 978-989-20-1619-1 (LIVRO DO PROFESSOR)
Agência Nacional ISBN
Av. Estados Unidos da América, 97 – 6º esq. • 1700-167 Lisboa
tel.: 21 847 35 91 • fax: 21 847 35 90 • e-mail: isbn@apel.pt
Site: http://www.apel.pt
Como Citar as Obras:
FLORENTINO, Anderson Aliston; CHAGAS, Bianca Mees; TEIXEIRA, Erivelto Rodrigues; NASCIMENTO, João
Cleto do; LAGES, Luiz Henrique Marinho; REIS, Marina Pereira. Biologia – Volume Dois. Cooperação
Internacional Brasil/Timor-Leste. Díli: BRASIL/CAPES/INFPC/ME/RDTL, 2009.
FLORENTINO, Anderson Aliston; CHAGAS, Bianca Mees; TEIXEIRA, Erivelto Rodrigues; NASCIMENTO, João
Cleto do; LAGES, Luiz Henrique Marinho; REIS, Marina Pereira. Biologia – Volume Dois, Livro do
Professor. Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste. Díli: BRASIL/CAPES/INFPC/ME/RDTL, 2009.
República Democrática de Timor-Leste
Ministério da Educação
Instituto Nacional de Formação Profissional e Contínua
Dili, Timor-Leste
2009

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

4
Agradecimentos
Anderson Aliston Florentino, Bianca Mees Chagas, Erivelto Rodrigues Teixeira, João Cleto do
Nascimento, Luiz Henrique Marinho Lages e Marina Pereira Reis, agradecem a todas as pessoas
que contribuíram direta ou indiretamente para o lançamento desta primeira edição do livro
Biologia – Volume Dois: Livro do Professor, com destaque especial para:
Fernando Spagnolo, pela escolha de nossos nomes para este projeto;
Idelazil Cristina do Nascimento Talhavini, pelo desafio proposto a nós, que é passar um ano em
terras Maubere;
Alexandre Pestes Silveira, nosso coordenador no Brasil;
Ricardo Araújo, por sempre responder nossos e-mails;
Isabela Carvalho Macedo, pela revisão da Língua Portuguesa;
Jailson Alves, pelo apoio moral;
Armindo de Jesus Barros, pelo respeito que sempre teve conosco;
Antoninho Pires, pela estrutura do INFPC para realização do trabalho;
A todos nossos colegas da Cooperação Brasileira, pelas grandes amizades formadas em meio a
uma convivência turbulenta, mas, com marcantes momentos de paz, amizade e confraternização
que guardaremos para sempre. O que aconteceu no Timor-Leste, ficará para sempre no TimorLeste. Partimos dessa surpreendente terra com o coração iluminado por Deus por nosso dever
cumprido;
Ao Governo da República Democrática de Timor-Leste, por nos aceitar como autores de uma obra
que fará parte da formação de toda uma geração;
Erivelto Rodrigues Teixeira, pelo duro e cansativo trabalho de editoração e formatação desta
obra;
Ao timorense nosso amigo João José, o Jhon, por sua grande ajuda com o celacanto indonésio;
A Deus, por nos permitir estarmos vivos para viver esse momento;
A nossas famílias no Brasil, pela força dada que nos permitiu não desistir dessa aventura
chamada Timor-Leste;
A nossos pais, nossa eterna gratidão e nosso amor incondicional;
A nossas esposas, maridos, filhos, netos, namoradas, namorados, amigos, que nos fazem sentir
vivos e nos dão esperança, ainda que estejamos tão longe de casa;
A todo povo timorense nosso muito obrigado por tudo que vocês representaram em nossas vidas,
não nos esqueceremos de vocês ainda que nossos corações estejam distantes, e saibam todos
que: Nesta obra, plantamos nossa alma, e que ela germine e possa nutrir o valente povo
Maubere com frutos de eterna prosperidade.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

5
SUMÁRIO
Prefácio, 7
Apresentação da Obra, 8
Estrutura Geral da Obra, 9
UNIDADE I – METODOLOGIA DO ENSINO, 10
Seção 1, Técnica de Ensino, 11
Seção 2, Planejamento, 25
Seção 3, Linhas Orientadoras, 35
Seção 4, Pedagogia, 52
UNIDADE II – SUPLEMENTO DE ATIVIDADES, 56
Seção 5, Respostas, 57
Capítulo 1, Citologia, 58
Capítulo 2, Metabolismo Celular, 67
Capítulo 3, Histologia Vegetal, 73
Capítulo 4, Fisiologia Vegetal, 78
Capítulo 5, Histologia Animal, 86
Capítulo 6, Embriologia, 91
Capítulo 7, Sistema Nervoso, 95
Capítulo 8, Sistema Sensorial, 100
Capítulo 9, Sistema Cardiovascular, 105
Capítulo 10, Sistema Respiratório, 111
Capítulo 11, Sistema Digestório, 118
Capítulo 12, Sistema Excretor, 125
Capítulo 13, Sistema Locomotor, 128
Capítulo 14, Sistema Reprodutor, 138
Vocabulário, 143
Referencial Bibliográfico, 153

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

6
Prefácio
A Cooperação entre Ministério da Educação do Brasil e Ministério de Educação de
Timor-Leste, no âmbito do “Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua
Portuguesa em Timor-Leste”, abrange projetos de formação de professores de diferentes
níveis de educação, desde a pré-primária até a de nível superior. O projeto Procapes
ocupa-se, especificamente, da capacitação de professores da educação pré-secundária e
secundária. É o maior projeto da cooperação brasileira e envolve cerca da metade de
seus integrantes.
Os professores do Procapes são licenciados e/ou pós-graduados em Matemática,
Física, Química, Biologia, História e Geografia. Graças ao trabalho que eles
desenvolveram nos últimos quatro anos, é possível hoje, nas escolas timorenses,
lecionar e estudar essas disciplinas em língua portuguesa.
A partir de 2005, quando foram elaborados os livros (sebentas) do primeiro ano
de educação pré-secundária, foram produzidos, a cada ano, os livros das séries
sucessivas. Em 2009, chegou-se até o segundo ano da secundária e espera-se, em
2010, de concluir essa coletânea de livros.
Acompanha o livro, a partir de 2007, o Guia do Professor, que contém
orientações, exercícios e respectivas soluções.
Os livros tiveram que se guiar pelo currículo indonésio - tido com currículo
transitório – por falta de um currículo definitivo da educação pré-secundária e
secundária. No entanto, inovações foram introduzidas, tanto no conteúdo quanto na
metodologia. Dessa forma, além de preencherem a grave lacuna de falta de livros em
português, eles apontam caminhos para o novo currículo.
O livro didático de nada serve se não é lido e estudado. É por isso que contêm
exercícios, glossários e outras orientações para ajudar no ensino e na aprendizagem.
Para que este livro tenha sucesso, é necessário que ele chegue a todas as escolas e que
os professores o estudem e transmitam os conhecimentos aos alunos. Estas etapas do
processo ensino-aprendizagem (compreensão, assimilação e transmissão) são as mais
difíceis e precisam de muito estudo e dedicação.
As capacitações intensivas promovidas pelo governo e o acompanhamento
continuado aos professores feito pelo Procapes é a chance de aprofundar-se em sua área
de conhecimento e de tornar-se um professor qualificado.
A Cooperação Brasileira faz votos de que este livro se torne seu companheiro de
viagem, que seja consultado, utilizado, debatido com seus alunos, e que se transforme
em instrumento efetivo de melhoria da qualidade do ensino nas escolas pré-secundárias
e secundárias de Timor-Leste.

Prof.o Dr. Fernando Spagnolo
Coordenador do Programa de Capacitação de Docentes
e Ensino da Língua Portuguesa em Timor-Leste.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

7
Apresentação da Obra
Um dia um homem disse: A humanidade é salva, na mesma proporção em que
adquire conhecimento. Mas, “salvar do quê?”, alguém poderia perguntar. A resposta
seria salvar de nós mesmos. A educação é o alicerce de um povo, e só ela é capaz de
mudar a forma de ver o mundo, de pensar. O Timor-Leste é um país que busca uma
identidade social no mundo globalizado, onde o conhecimento é uma moeda de troca, a
forma de inclusão do ser humano na nova sociedade do século XXI.
Esta obra foi idealizada pelo grupo de Professores de Biologia do Programa de
Capacitação de Docentes em Língua Portuguesa, da Cooperação Internacional
Brasil/Timor-Leste, grupo composto por brasileiros das mais diferentes origens, desde
grandes centros urbanos até regiões remotas do Brasil, mas de grande importância para
a humanidade, como por exemplo, a floresta amazônica. Essa diversidade de culturas
buscou entender a complexidade do pensamento moderno e atual do novo homem
asiático, o timorense.
O livro Biologia – Volume Dois: Livro do Professor é direcionado aos professores
timorenses do segundo ano do ensino secundário do Timor-Leste, procurando
contemplar as diversas opções de conteúdo adotadas pelo currículo timorense, dentro
dos conceitos fundamentais das Ciências Biológicas.
Entendemos este livro didático como instrumento flexível, uma fonte de
informação atualizada e que também proponha atividades e exercícios para os
estudantes timorenses, com o objetivo de estimular e promover a aprendizagem. Para
ser um apoio efetivo nesse sentido, buscamos idealizar um texto claro, explicativo,
estruturado e bem ilustrado, que convide os estudantes timorenses a vencer mais
prazerosamente os desafios inerentes à aquisição de novos conhecimentos em Língua
Portuguesa.
Esperamos que esta edição ajude os estudantes timorenses a compreender os
conceitos fundamentais em Biologia, além de facilitar a ligação conceitual aos eventos
cotidianos. Temos a intenção de que os mesmos percebam o quanto as Ciências
Biológicas têm sido importante para a humanidade, e o grande potencial para novas
descobertas que se delineia neste século XXI, principalmente aqui no Timor-Leste, um
país com um vasto campo de pesquisa pronto para ser explorado. Nossa expectativa é
que cada professor timorense possa utilizar este livro da melhor maneira possível, de
acordo com a disponibilidade de sua carga horária e de seus objetivos de aprendizagem.

Os Autores

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

8
Estrutura da Obra
O Livro do Professor da obra Biologia – Volume Dois tem a finalidade de
subsidiar o professor da disciplina Biologia, do segundo ano do ensino secundário, no
que tange ao processo ensino-aprendizagem. Está estruturado em duas unidades, e
cinco seções, com os 14 capítulos constantes no livro-texto.
Na Unidade I, Metodologia do Ensino, a seção um aborda diferentes técnicas de
ensino, detalhadas e com ilustrações de simples entendimento. Na seção dois, está o
planejamento. Nessa parte, o professor tem acesso a modelos de planos em diferentes
níveis de amplitude.
O plano de ação semanal proposto é uma alternativa para um melhor controle do
conteúdo aplicado aos alunos. Ele é dividido nas seguintes partes: Horário, onde o
professor deve indicar o dia da semana e a hora que será dada a aula. Conteúdo do
livro, nesta seção o professor deve escrever o nome do capitulo e a as páginas que
serão trabalhadas naquele dia. Na seção seguinte, Estratégia, é onde o professor deve
indicar a técnica de ensino na qual planejou a aula. As atividades, o professor deve
indicar a atividade do livro ou uma atividade feita pelo próprio professor.
O plano de aula é caracterizado pela descrição específica de tudo que o professor
realizará em classe durante as aulas de um período específico. O plano de aula deve ser
elaborado seguindo as fases da aprendizagem, ou seja, deve seguir uma linha de
ensino-aprendizagem contínua. São as fases de aprendizagem: apresentação,
desenvolvimento e integração. Na apresentação o professor prepara a classe para a
compreensão de novos conteúdos. No desenvolvimento acontece a análise. Nessa etapa
acontece o processo de orientação e aprendizagem do aluno. É nessa etapa que
acontece o estudo de um texto, a realização de um experimento, a resolução de
exercícios, etc. A integração é a etapa final. Nessa fase o professor faz a verificação dos
resultados obtidos pelos alunos na fase do desenvolvimento.
O plano de ensino é o planejamento geral, só pode ser realizado se houver um
calendário anual, pois estarão nele as atividades de um ano inteiro. Na elaboração de
um plano de ensino devem ser considerados vários pontos e critérios que unidos
especificam quais os objetivos finais o professor espera alcançar no decorrer do ano
letivo. Os critérios que o professor deve estar atento durante a confecção de seu plano
de ensino são: Adequação dos estímulos, especificação operacional, estrutura flexível e
ordenação. Na seção três estão as linhas orientadoras, onde o professor tem
informações como o número de aulas anuais. Na seção quatro oferecemos ao professor
uma abordagem simples e sucinta sobre pedagogia.
Na Unidade II, o Suplemento das Atividades do livro-texto, apresenta a seção
cinco, respostas, dividida em 14 capítulos. Em cada capítulo, o conteúdo do livro-texto é
apresentado por meio de um esquema com os principais tópicos do capítulo, seguido dos
objetivos do capítulo e dos pré-requisitos necessários ao entendimento do conteúdo.
Depois estão relacionadas às respostas de todas as atividades do livro texto,
obedecendo a mesma seqüência.
O aprendizado requer participação ativa dos estudantes. Atividades de pesquisa
bibliográfica, seminários, aulas práticas na sala e no campo, e estudos dirigidos, entre
outras estratégias pedagógicas, podem tornar altamente dinâmico e motivador um curso
de Biologia do ensino secundário.
O professor deve sempre ler os objetivos de cada capítulo a seus alunos, assim
eles saberão da importância de entender cada conteúdo ensinado. A capacidade do
aluno de aprender, não existe apenas para este se adaptar a um novo local ou a uma
nova série, mas, sobretudo para transformar sua realidade, para nela intervir, recriandoa, o professor é o mediador desse processo.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

9
UNIDADE I

Metodologia do
En s i n o
Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

10
Seção

1

TÉCNICAS DE ENSINO

A elaboração das técnicas de ensino apresentadas nesta edição do livro Biologia Volume Dois: Livro do Professor procurou ser direcionada a realidade do professor
timorense e partiu de questionamentos sobre como eram dadas as aulas nas escolas
timorenses, onde se constatou um ensino bastante tradicional, reflexo dos anos em que
o país esteve sob domínio de outras nações.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

11
1.1 TÉCNICAS DE ENSINO
A metodologia de ensino procura apresentar roteiros para diferentes situações
didáticas, conforme a corrente pedagógica adotada pelo professor ou pela escola, de
forma que o aluno se aproprie dos conhecimentos propostos e apresente suas pesquisas
e demais atividades pedagógicas.
A análise da prática pedagógica tem demonstrado que só serão possíveis
mudanças significativas na educação timorense, à medida que o professor tiver uma
compreensão profunda da razão de ser da sua prática e uma clara opção política sobre
do seu ato pedagógico.
Embora muitos professores sintam que têm um papel importante na
determinação de mudanças significativas no processo de ensino, e se frustram quando,
na busca de alternativas, nem sempre conseguem bons resultados. Se na sua prática
cotidiana o professor percebe que a metodologia adotada favorece apenas alguns
alunos, em detrimento de outros ou da maioria, é preciso que ele compreenda e tenha
claro o porquê disso, a que alunos este método favorece e porque os favorece. Sem essa
compreensão, dificilmente conseguirá mudanças que levam a resultados significativos.
O objetivo de ensino é o definidor dos critérios de seleção e organização dos
métodos e técnicas. A estrutura do assunto a ser ensinado determina o tipo de
atividade. A etapa no processo de ensino determina o tipo de atividades mais indicado.
As atividades metodológicas desenvolvidas devem ser combinadas, de forma
simultânea ou seqüencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e analisar o
assunto sob diversos ângulos.
As técnicas de ensino propostas neste livro estão relacionadas partindo de seus
devidos objetivos e uma sucinta explicação da metodologia. Os métodos de ensino
apresentados seguem três modalidades básicas:

Métodos de Ensino Individualizado
A ênfase está na necessidade de se atender às diferenças individuais, como por
exemplo: ritmo de trabalho, interesses, necessidades, aptidões, etc., predominando o
estudo e a pesquisa, o contato entre os alunos é acidental.

Métodos de Ensino Socializado
O objetivo principal é o trabalho de grupo, com vistas à interação social e mental
proveniente dessa modalidade de tarefa. A preocupação máxima é a integração do
educando ao meio social e a troca de experiências significativas em níveis cognitivos e
afetivos.

Métodos de Ensino Sócio-Individualizado
Procura equilibrar a ação grupal e o esforço individual, no sentido de promover a
adaptação do ensino ao educando e o ajustamento deste ao meio social.

Métodos Testados em Timor-Leste
As técnicas de ensino objetivam tornar a aula mais dinâmica e construtiva, que
busque levar a formação plena do aluno numa abordagem crítica e atual, e, que fuja da
aula tradicional e monótona, levando o aluno a participar do processo de ensino e
aprendizagem. Essa participação visa despertar o interesse pelos conhecimentos
biológicos, e como estes poderão ser úteis em seu dia-a-dia, tanto em Timor-Leste,

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

12
como em qualquer parte do mundo, tendo em vista que o conhecimento é universal.
O quadro a seguir sugere a escolha das técnicas em função dos objetivos a
atingir (Quadro 1.1).

Quadro 1.1
As técnicas de ensino e seus objetivos.

Modalidades
Técnicas
Básicas
Individualizado Estudo Dirigido

Ensino por fichas
Instrução
programada

Ensino por
módulos

Socializado

Discussão em
pequenos grupos
Estudo de casos
Discussão 66 ou
Phillips 66
Painel
Painel Integrado
Grupo de cochicho

Discussão dirigida
Brainstorming
Seminário

Aplicações
Estimular método de estudo e pensamento
reflexivo.
Levar a autonomia intelectual.
Atender a recuperação de estudos.
Revisão e enriquecimento de conteúdos
Apresentação de informações em pequenas
etapas e seqüência lógica.
Fornece recompensa imediata e reforço.
Permite que o aluno caminhe no seu ritmo
próprio.
Leva o estudante a responsabilidade no
desempenho das tarefas propostas.
Propõe ao aluno os objetivos a serem atingidos e
variadas atividades para alcançar esses
objetivos.
Troca de idéias e opiniões face a face.
Resolução de problemas.
Busca de informações.
Tomada de decisões.
Revisão de assuntos.
Estímulo à ação.
Troca de idéias e conclusão
Definir pontos de acordo e desacordo.
Debate, consenso e atitudes diferentes
(assuntos polêmicos)
Troca de informações.
Integração total (das partes num todo).
Novas oportunidades de relacionamento.
Máximo de participação individual.
Troca de informações.
Funciona como meio de incentivação.
Facilita a reflexão.
Solução conjunta de problemas.
Participação de todos os
Criatividade (Idéias originais).
Participação total e livre.
Estudo aprofundado de um tema.
Coleta de informações e experiências.
Pesquisa, conhecimento global do tema.
Reflexão crítica.

As técnicas descritas nessa obra foram testadas e aprovadas pelos professores
de biologia do Brasil e de Timor-Leste, durante a capacitação dos professores timorenses

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

13
em língua portuguesa no ano de 2008, nos distritos de Ainaro, Baucau, Bombonaro e
Dili, em Timor-Leste.

Leitura Marcada
Objetivos
Desenvolver a leitura interpretativa;
Reconhecer o som e a pronúncia correta de palavras
em língua portuguesa.

A técnica denominada de leitura marcada deve ter um cartaz explicativo, como
exemplificado abaixo, com seus objetivos e metodologias na sala, visível aos alunos. Ela
consiste em uma leitura feita pelos alunos, um aluno para cada parágrafo, onde o
professor deve questionar o aluno sobre o entendimento do parágrafo, para em seguida,
o professor explicar brevemente o parágrafo e assim continuar a leitura com outro aluno
escolhido pelo aluno que terminou de ler, com isso os alunos são encorajados a
participar das aulas (Fig. 1.1).

Figura 1.1
Cartaz de apresentação
da técnica de ensino:
Leitura Marcada.

Aula Explicativa com Esquema

Objetivos
Desenvolver a capacidade de síntese do professor.
Construir conhecimentos a partir da interligação de
conceitos.

Nessa técnica de ensino o professor deve montar um esquema usando uma parte

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

14
de um dos capítulos do livro Biologia – Volume Dois. O esquema pode seguir o modelo
acima (Fig. 1.2).

Figura 1.2
Representação de um esquema da glândula tireóide. (Baseado
em Amabis e Martho, 2006)

Aula Dialogada
Objetivos
Desenvolver a capacidade de raciocínio lógico;
Sistematizar conhecimentos.

A técnica de aula dialogada deve ter à disposição um cartaz explicativo ao aluno,
como uma gravura de uma planta por exemplo. O professor deve estudar bastante o
conteúdo previamente, e à medida que explica usa o quadro branco (lousa) para
registrar palavras pertinentes ao tema explicado. Mas, sem utilizar nenhuma fonte de
consulta enquanto der sua aula a fim de passar segurança e domínio de assunto para o
aluno (Fig. 1.3).

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

15
Figura 1.3
Cartaz de apresentação
da técnica de ensino:
Aula Dialogada.

Aula Expositiva
Objetivos
Interligar teoria;
Prática e construir conhecimento.

Nessa técnica o professor deve levar uma planta ou animal e colocar palavras no
quadro e explicar seu significado. Em seguida, contextualizar o tema à medida que
questiona os alunos através de diálogos diretos. O professor não poderá usar nenhuma
fonte de consulta escrita enquanto aplica sua aula, para demonstrar domínio de
conteúdo, e assim fortalecer seu vínculo com o aluno (Fig. 1.4).

Figura 1.4
Cartaz de apresentação
da técnica de ensino:
Aula Expositiva.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

16
Visita de Campo
Objetivos
Reconhecer conceitos teóricos na prática;
Buscar a interação com o aluno na redescoberta do
conhecimento.

As aulas de visita de campo servem para apresentar ao aluno o meio ambiente e
seu funcionamento além de coletar materiais para a técnica “aula expositiva”. O
professor deverá explorar os recursos e junto com o aluno construir o conhecimento,
partindo de teorias até as práticas. A aula exige um conhecimento mais aprofundado
sobre conceitos biológicos, por isso o professor deve ter visitado previamente o local e
identificado os recursos a serem usados na explicação (Fig. 1.5).

Figura 1.5
Fotografia de uma aula de campo em Dili, Timor-Leste. A professora
explica como funciona a vegetação denominada de mangue.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

17
Aula Prática
Objetivos
Inter-relacionar teoria e prática;
Reconhecer conceitos básicos da Biologia.

A aula prática consiste em incentivar o aluno a descobrir a ciência e sua
importância para o mundo. Ao término da aula o aluno deve ser incentivado a expor seu
trabalho e o professor deve questioná-lo sobre os resultados obtidos no experimento
contextualizando a teria com a prática, sendo que o aluno deverá justificar suas devidas
afirmações (Fig. 1.6).

Figura 1.6
Fotografia de aula
prática sobre o
pulmão artificial.

Seminários, Jogos e Dinâmicas de Grupo
Objetivos
Introduzir novos mecanismos de avaliação contínua;
Induzir os alunos a participar das aulas.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

18
o Tira o chapéu
O conteúdo trabalhado com essa técnica será sobre um dos capitulo do Livro
Biologia – Volume Dois. Cada um dos alunos deverá redigir uma pergunta com a devida
resposta, dentro do conteúdo trabalhado previamente pelo professor, e colocá-la em um
chapéu. Lembrando que a dinâmica incluí uma premiação: a posse de uma bala ou
bombom (rebuçado) por cada um dos alunos. Todos os alunos devem ser desafiados, um
a um pelos colegas, quem acerta a pergunta ganha a bala do desafiador, errando a
resposta, deverá entregar sua bala ao seu desafiante (Fig. 1.7).

Figura 1.7
Cartaz de apresentação da
técnica de ensino: Tira o
chapéu.

o Bingo
Nessa atividade pretende-se trabalhar uma proposta de diferenciação baseada não
em decorar os nomes, mas entender que está envolvido na formação dos mesmos ou
seus conceitos fundamentais. Cada aluno deve elaborar uma cartela de bingo contendo
diferentes nomes propostos pelo professor, por exemplo, de estruturas da célula. Em
seguida, o professor, retira de uma sacola plástica uma a uma as perguntas e o aluno
deve marcar na cartela se tiver a resposta. Por exemplo: Qual a organela responsável
pela respiração celular? Resposta: Mitocôndria (Fig. 1.8).

Figura 1.8
Cartaz de apresentação da técnica de
ensino: Bingo.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

19
o Seminários
Seminários devem ser usados para tirar dúvidas sobre os mais diversos temas da
biologia, preferencialmente com conteúdo já trabalhado pelo professor, e centrados em
avaliar o desempenho do aluno de modo a não tolir, ou seja, destruir a criatividade, e
sim incentivar a exposição de idéias.

Feira de Ciências
Objetivos
Difundir conhecimentos científicos;
Aproximar a comunidade da escola.

A idéia da feira de ciências é expor todos os materiais produzidos pelos alunos,
como experimentos, maquetes, modelos, cartazes e outros, para os visitantes da
comunidade. Cada grupo de alunos deverá receber um tema e estes deverão buscar
meios para expor o tema, o professor deve incentivar a criatividade. A feira de ciências
deve ter um tema geral como base, por exemplo, humanidade e ambiente, saúde e
higiene, entre outros temas gerais (Fig. 1.9).

Figura 1.9
Fotografia da Feira de Ciências de Ainaro de 2008.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

20
Recursos audiovisuais
Objetivos
Utilizar vídeos, imagens e software para fixar
conhecimentos específicos;
Induzir o aluno à reflexão através da visualização de
ações do cotidiano.
Com o uso de algum recurso audiovisual, os alunos são levados a conhecer temas
pertinentes à biologia através de projetores, filmes e documentários, ou mesmo algum
evento que esteja ocorrendo na cidade sobre os mais diversos temas da biologia com o
intuito de demonstrar ao aluno como ele pode explorar o cotidiano na fixação de
conhecimentos

Elaboração de atividades diversificadas
Objetivos
Diversificar as atividades diárias dos alunos buscando a
motivação na sua realização;
Incentivar a criatividade na elaboração de trabalhos
para casa.

Baseado no conteúdo do livro Biologia – Volume Dois, o professor levará o aluno a
usar a técnica de elaboração de atividades diferenciadas como a criação de gibi (revista
em quadrinhos) que exige criatividade do aluno. Um painel de seres vivos pode ser feito
a partir de visitas de campo com recolhimento de sementes, folhas e flores, e, um álbum
de folhas prensadas feito a partir da desidratação de folhas simples e compostas (Fig.
1.10).

Figura 1.10
Modelo de álbum de folhas prensadas..
Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

21
Produção e uso de cartazes
Objetivos
Direcionar enfoque em conteúdos específicos;
Visualizar temas relevantes da biologia.

Esta técnica é centrada na utilização de materiais didáticos como cartazes, sejam
estes de origem impressas ou confeccionados pelo próprio professor. A criatividade do
professor pode superar a falta de materiais, podendo utilizar materiais alternativos mais
fáceis de serem encontrados. A criatividade do professor será o diferencial do material
didático produzido (Fig. 1.11).

Figura 1.11
Apresentação de sala de aula com cartazes feitos pelo próprio
professor na Escola Secundária Santa Maria de Ainaro, TimorLeste.

1.2 MUDANÇAS COM O ENSINO
Em tempos de mudanças com o ensino que se transforma a todo tempo e novas
técnicas de ensino, o que se esperava dos alunos era uma vontade de aprender passiva
para mudar a realidade em que vive. Porém com a introdução das novas tecnologias e
Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

22
as diversas técnicas e inovações principalmente na área educacional, o professor ganhou
novos aliados para instigar nos seus alunos a vontade de aprender.

A Educação e a Integração
A educação propõe um repensar o conhecimento, pois ela é muito mais do que
desenvolver no aluno a capacidade de aprender, é a escola que redefine o papel da
sociedade atribuindo novos objetivos estimulando e aprofundando as novas habilidades
cognitivas do aluno.
Dessa forma, educar requer participações ativas do aluno. Educar é ouvir, falar,
ler, discutir, escrever, raciocinar, trocar idéias, debater crescer com os erros e acertos,
uns dos outros.
A escola deve estar sempre se atualizado e acompanhando as mudanças da
sociedade, pois a dimensão filosófica conduz o aluno a uma lógica formal e ao
desenvolvimento de valores tornando-se uma base sólida na formação da cidadania.
Dessa forma o papel do educador hoje esta mais para instigador do educando na
aventura de sua busca pelo conhecimento, não só na sala de aula, mas em toda parte,
proporcionando ao aluno condições para que este amplie seu relacionamento com o
plano social, semântico e virtual.

Quem Ensina Aprende
Visando o caráter construtivista da escola, nós professores, contamos com a
colaboração e a participação dos alunos em todos os sentidos das aulas, esclarecendo
dúvidas e buscando novas hipóteses.
A práxis educacional compreende uma atitude humana não meramente casual,
mas capaz de transformar a natureza e a sociedade sendo subsídios para essa atitude à
junção de conhecimentos teóricos e práticos.
Paulo freire, mestre neste sentido, nos informa que quem ensina aprende e quem
aprende ensina ao aprender.

A Inclusão Digital
O uso dos computadores nas escolas é uma alternativa para despertar o interesse
do aluno, desenvolvendo habilidades de leitura, interpretação, interdisciplinaridade e
interação social que contribuem com a sua formação.
As novas tecnologias que estão surgindo deixam cada vez mais no passado os
métodos antigos e tradicionais de dar aula, e dão lugar a um novo aprendizado
proporcionado pela instalação de computadores nas escolas.
A inclusão digital surgiu com a necessidade das pessoas utilizarem a informática
nas situações do cotidiano como, por exemplo, utilizar o caixa eletrônico de um banco, o
qual exige que a pessoa compreenda as informações emitidas pela máquina para que
consiga o seu objetivo. Sem entender o texto que está escrito não é possível realizar
nenhuma transação bancária no caixa eletrônico, tornando mais complicado e demorado
este procedimento.

O Professor e a Criatividade
Cabe ao professor, portanto, criar condições para que os alunos possam apropriarse de características discursivas e lingüísticas de gêneros diversos, em situações de
comunicação real. Isso pode ser feito com muita eficiência por meio de projetos
pedagógicos que visem ao conhecimento, à leitura, à discussão sobre o uso e as funções

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

23
sociais dos gêneros escolhidos e, quando pertinente, à sua produção escrita e circulação
social.
O professor deve usar tudo que estiver ao seu alcance para propiciar ao aluno um
aprendizado completo, para assim, garantir ao educando condições de conhecer e
experimentar toda tecnologia para o beneficio de sua educação e crescimento
educacional e profissional. Dessa forma, educar requer participações ativas do aluno.
Dessa forma o papel do educador hoje está mais para instigador do educando na
aventura de sua busca pelo conhecimento, não só na sala de aula, mas em toda parte,
proporcionando ao aluno condições para que este amplie seu relacionamento com o
plano social, semântico e virtual.

O Professor e a Violência
A arte da dialética, o poder de argumentação, do convencimento, está
intimamente ligada ao respeito que o professor deve ter pelo estudante. A experiência
levará o professor a perceber uma maneira só dele de dominar a sala de aula. Não há
necessidade de violência para controlar os alunos, o respeito pelo trabalho do professor
precisa ser conquistado. O processo de ensino e aprendizagem exige uma cumplicidade
do professor com o aluno. Afinal, uma coisa é o professor ensinar, e outra bem diferente
é o aluno aprender.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

24
Seção

2

PLANEJAMENTO

Planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem
como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro,
estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução
da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação.
Planejar e avaliar andam de mãos dadas.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

25
2. PLANEJAMENTO
O planejamento é o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre
recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições,
setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de
planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo
de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e
recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos
determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações.
Planejar, em sentido amplo, é um processo que visa a dar respostas a um
problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação, de modo a
atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro. Mas
considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos
contextuais e os pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e
com quem se planeja. Existem vários tipos de planejamento, um chamado de Plano de
Ação Semanal, o professor deve usar para controlar o conteúdo do livro principalmente.
É mais simples e de fácil utilização. Os outros planos seguem sendo explicados a seguir.

2.1 PLANO DE AÇÃO
O plano de ação deve ser usado pelo professor para controlar de maneira prática
seu conteúdo a ser aplicado. Nele consta o horário das aulas, o conteúdo do livro de
cada ano do ensino secundário, a técnica de ensino adotada, e as atividades de sala e de
casa (Quadro 2.1).
Quadro 2.1
Modelo de Plano de Ação.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

26
2.2 PLANO DE AULA
O plano de aula é um documento utilizado pelo professor para elaborar o seu dia
letivo, para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando
fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir plano é necessária a discussão sobre
fins e objetivos, culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é
que se podem responder as questões indicadas acima.
O plano é a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas
relativas à ação a realizar. Plano tem a conotação de produto do planejamento.
Plano de aula é um guia e tem a função de orientar a prática do professor, partindo da
própria prática e, portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a
formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez,
envolve desafios e contradições
É o processo que antecede as ações e tem função de organizador da prática
pedagógica. Para tanto necessita ter dados precisos e claros. É a previsão inteligente e
bem calculada de todas as etapas do trabalho educacional que envolvem as atividades
docentes e discentes, de modo a tornar o ensino seguro e eficiente. A esse conceito
poderíamos hoje acrescentar, ainda, colocar em ordem os passos que se devem seguir
de forma qualitativa e estruturada.
Aqui temos algumas informações necessárias para iniciarmos uma pesquisa
reflexiva para elaboração de um plano de aula diferenciado. Ao qual apresente uma
seqüência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo em sala de aula com
detalhes, objetivos a serem alcançados (conhecimento, competências e habilidades),
itens do conteúdo, as metodologias e estratégias que serão utilizadas, os procedimentos
que serão adotados e as atividades que serão desenvolvidas assim como os recursos, a
avaliação e referência.
Porém encontramos uma diversidade de modelos bastante diferenciados, uma vez
que esta atividade muda conforme o modelo de cada instituição, mas há uma matriz na
qual se pode apoiar para a construção do nosso plano de aula a fim de alcançar nossos
objetivos pedagógicos.

Embora represente apenas uma faceta da atividade docente, o plano de aula
proporciona maior qualidade, equilíbrio e segurança ao professor na sala de aula.
Sendo que, permite a esse profissional auxiliar de maneira mais eficaz os alunos;
encorajando-os assim, a serem pensadores críticos, criativos e atuantes, com
capacidade para assumirem sua própria e permanente formação.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

27
Identificação do plano
o
o
o
o
o
o

Nome da instituição de ensino (também do centro e do departamento se for o
caso);
Nome do curso (Secundário);
Ano (série);
Área do conhecimento (Disciplina);
Nome do professor ministrante;
Tema da aula ou assunto.

IDENTIFICAÇÃO DO PLANO
Escola ___________________________________________________________________
Nome do curso: Secundário
Ano: 11o – 2o secundário
Disciplina: Biologia
Nome do Professor: ________________________________________________________
Tema da aula: Citologia

Conteúdo Programático
o
o

Estabelecimento de tópicos na seqüência em que vão ser apresentados no
decorrer da aula;
Considerar que toda aula tem abertura, desenvolvimento e encerramento
(início, meio e fim).

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
A história da célula
Cientistas pioneiros;
Teoria celular
Tipos de células

Objetivos:
o

Uso de verbos como capacitar, instrumentalizar, compreender, reconhecer,
descrever, reconhecer, entre outros verbos, para traçar a meta da aula.

OBJETIVOS
Compreender que a célula é a unidade fundamental da vida.
Reconhecer os componentes da célula

Estratégias de aprendizagem e metodologia:
Procedimentos adotados para facilitar o processo de aprendizagem.
o Aulas expositivas;
o Dinâmicas;

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

28
o Debates;
o Seminários;
o Exercícios;
o Análises;
o Situações-problemas;
E outros que o professor julgue necessário.

Recursos Didáticos:
A designação dos recursos áudios-visuais mostra a dinâmica da aula.
o Quadro de giz;
o Retroprojetor;
o Datashow;
o Rádio;
o Cartazes;
o Painéis;
o Vídeo;
o DVD.
E outros que o professor julgue necessário.

Avaliação:
Designa de que forma o professor avaliará os alunos na aula.
o Participação;
o Análise de caso;
o Atividades práticas;
o Situações-problemas;
o Apresentação de trabalhos.
E outros que o professor julgue necessário.

Referências:
o Indicar conforme as normas vigentes, os autores e obras utilizados na
preparação da aula;
o Indicar periódicos e sites visitados.
A seguir apresentamos alguns modelos de formulários de plano de aula.

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29
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AULA
Escola: ______________________________________________________________
Nome do curso: __________________________________________________________
Ano:________ Disciplina:
______________________________________________
Nome do Professor: _____________________________________________________
Tema da aula: _________________________________________________________
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

OBJETIVOS

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
E METODOLOGIA

RECURSOS DIDÁTICOS

AVALIAÇÃO

REFERÊNCIAS

Assinatura da Supervisão Escolar: ______________________________________

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

30
PLANO DE AULA
Escola ____________________________________________ Data: ___/_____/___
Professor: ________________________________ Distrito: ____________________

CONTEÚDO
PROGRAMÁTICO
OBJETIVOS
METODOLOGIA

REFERÊNCIAS

RECURSOS
DIDÁTICOS

AVALIAÇÃO

_________________________________________________
Assinatura da Supervisão Escolar ou Pedagogo (a)

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

31
2.3 PLANO DE ENSINO
Aprendizagem é, por excelência, construção; ação e tomada de consciência da
coordenação das ações. Na prática pedagógica é importante o professor conhecer como
ocorre a aprendizagem e ter claro a sua posição. No ensino de Biologia, como no ensino
informatizado, existe um consenso de que as atividades experimentais são essenciais
para a aprendizagem científica, mas essas atividades devem levar o aluno a ter ações
eficazes, modificando suas estruturas e, talvez, até criando uma nova estrutura, sempre
a partir de um processo de desenvolvimento.
Um plano de ensino tem como principal objetivo fazer a distribuição do conteúdo
programático que será trabalhado durante o ano, o semestre, o trimestre, etc. e nele
ainda deverá constar o número de aula e o tempo necessário para cada assunto
abordado dentro da disciplina. É importante ressaltar que o plano de ensino deve ser
encarado como uma necessidade e não como exigência ou obrigação imposta pela
escola.
PLANO DE ENSINO
Disciplina: COLOQUE AQUI O NOME DA DISCIPLINA
Carga Horária Anual: QUANTAS AULAS ACONTECEM POR ANO
Curso: QUAL O NÍVEL DE ENSINO? SECUNDÁRIO, PRÉ-SECUNDÁRIO
Professor: SEU NOME
Horário de aulas: DIA E HORÁRIO
Objetivos da Disciplina: PARA QUE ESTUDAR ESSA MATÉRIA?
Metodologia de Ensino: O CURSO ENVOLVERÁ QUE TIPOS DE AULAS.
Ementa: LISTAR TODOS OS CONTEÚDOS A SEREM TRABALHADOS NO ANO INTEIRO.
Programa: SEPARAÇÃO DOS CAPÍTULOS POR TRIMESTRE.
Critérios de Avaliação: COMO O ALUNO SERÁ AVALIADO.
Conduta esperada:
ESPERA-SE DOS ALUNOS COMO FUNDAMENTO O RESPEITO MÚTUO.
ESSA CONDUTA INCLUI OS ELEMENTOS ABAIXO, EMBORA NÃO SE LIMITE SOMENTE A
ESTES:
• Presença nas aulas: CADA AULA SE BENEFICIA DA PRESENÇA E PARTICIPAÇÃO DE
TODOS. A NOTA DE PARTICIPAÇÃO SERÁ AFETADA NEGATIVAMENTE PELAS AUSÊNCIAS
ÀS AULAS.
• Pontualidade: QUEM CHEGA ATRASADO PODE INTERROMPER A EXPOSIÇÃO DO
PROFESSOR E AS DISCUSSÕES EM CLASSE, ALÉM DE SIGNIFICAR UM DESRESPEITO
PARA COM OS QUE CHEGARAM NA HORA.
• Minimizar interrupções: TELEMÓVEIS, PAGERS E OUTROS APARELHOS
ELETRÔNICOS DEVEM SER DESLIGADOS
Calendário Anual de Atividades
(Aula, Data, Item do programa Atividades a desenvolver e Bibliografia
Utilizada)

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

32
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

PLANO DE ENSINO
ESCOLA: _______________________________________________________
DISTRITO: _____________________________SUB-DISTRITO:____________
ANO LETIVO: ________
Disciplina:
Carga Horária Anual:
Curso:
Professor (a):
Horário de aulas:

Objetivos da Disciplina:

Metodologia de Ensino:

Ementa:

Programa:

Critérios de Avaliação:

Conduta esperada:

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

33
Calendário Anual de Atividades:
Setembro

Outubro

Dezembro

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Assinatura da supervisão escolar: ______________________________________

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34
Seção

3

LINHAS ORIENTADORAS

A escola deve estar sempre se atualizado e acompanhando as mudanças da
sociedade, pois a dimensão filosófica conduz o aluno a uma lógica formal e ao
desenvolvimento de valores tornando-se uma base sólida na formação da cidadania.
Dessa forma o papel do educador hoje esta mais para instigador do educando na
aventura de sua busca pelo conhecimento, não só na sala de aula, mas em toda parte,
proporcionando ao aluno condições para que este amplie seu relacionamento com o
plano social, semântico e virtual.
As linhas orientadoras de uma obra têm a missão de direcionar o trabalho do
professor servindo de subsídios para uma atitude de junção de conhecimentos teóricos e
práticos.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

35
3. LINHAS ORIENTADORAS
As linhas orientadoras servem para ajudar o professor a programar seu conteúdo
conforme a quantidade de aulas previstas por semana e principalmente pelas aulas
dadas.
Como entender a proposta das linhas orientadoras:
1. Verificar a quantidade de aulas previstas por semana fazer um cálculo para
descobrir a quantidade de aulas previstas para o ano letivo;
2. Separar os conteúdos conforme a quantidade de aulas previstas;
3. Na nossa proposta separamos o ano letivo em 32 semanas, mas cabe ao
professor adaptar a sua realidade.

Fonte dos Conteúdos
FLORENTINO, Anderson Aliston; CHAGAS, Bianca Mees; TEIXEIRA, Erivelto Rodrigues;
NASCIMENTO, João Cleto do; LAGES, Luis Henrique Marinho; REIS, Marina Pereira. Biologia –
Volume
Dois.
Cooperação
Internacional
Brasil/Timor-Leste.
Díli:
BRASIL/CAPES/INFPC/ME/RDTL, 2009.

Outras Referências Indicadas Pelos Autores
AMABIS, José M; MARTHO, Gilberto. Fundamentos de Biologia Moderna. São Paulo,
Moderna: 2006.
ANDERSEN, Jesper L.; SCHJERLING, Peter & SALIW, Bent. Muscle, gene and athletic
performance. Scientific American, 283:30-37, 2000.
APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S. M. Anatomia
Vegetal. Ed. UFV
- Universidade Federal de Viçosa. 2003, Viçosa.
ARMAS, Karen, CAMP, Pamela S. Biology. Orlando: Sanders college Publishing, 1995
CUTTER, E.G. 1986. Anatomia Vegetal. Parte I - Células e Tecidos. 2ª ed. Roca. São Paulo.
CUTTER, E.G. 1987. Anatomia Vegetal. Parte II - Órgãos. Roca. São Paulo.
ESAU, K. 1960. Anatomia das Plantas com Sementes. Trad. 1973. Berta Lange de
Morretes. Ed. Blucher, São Paulo.
FAVARETO, J. A; MERCADANTE, C. Componente curricular Biologia. 1ª ed. São Paulo:
Moderna, 2005.
FERRI, M.G., MENEZES, N.L. & MONTENEGRO, W.R. 1981. Glossário Ilustrado de Botânica.
Livraria Nobel S/A. São Paulo.
FRICKE, Hans. Coelacanthus: the Fish that Time forgot. National Geografic, 173, 1988, p.
824-38.
LINHARES, S.; GEWANDSNAJDER, F. Biologia Hoje, vol. 2. Rio de Janeiro, Ática: 1994
PAULINO, W. R. Biologia volume único novo ensino médio. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2003
RAVEN, P.H.; EVERT, R.F. & EICHCHORN, S.E. 2001. Biologia Vegetal. 6ª . ed. Guanabara
Koogan. Rio de Janeiro.
ROMER, A. S.; PARSONS, T. S. Anatomia comparada dos vertebrados. São Paulo,
Atheneu: 1985
SOERENSEN, B.; Animais peçonhentos. São Paulo, Atheneu: 1990
STORER, T. I.; USINGER, R. L.; STEBBINS, R. C.; NYBAKKEN, J. W.; Zoologia Geral. Rio de
Janeiro, Companhia Editora Nacional: 1991.
O Celacanto. Uma espetacular expedição à procura dos celacantos. Disponível em:
www.criptopage.caixapreta.org/secao/criptozoologic . Acesso em 10 de novembro de 2008.
The Internet Encyclopedia of Science. Anatomy & Physiology. Disponível em
www.daviddarling.info/encyclopedia/B/biceps.html Acesso em 17 de novembro de 2008.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

36
3.1 DIVISÃO DOS CAPÍTULOS POR TRIMESTRE
1.o TRIMESTRE
UNIDADE I – BASES BIOLÓGICAS
Capítulo 1, Citologia
Capítulo 2, Metabolismo Celular
Capítulo 3, Histologia Vegetal
Capítulo 4, Fisiologia Vegetal
Capítulo 5, Histologia Animal

2.o TRIMESTRE
Capítulo 6, Embriologia
UNIDADE II – SISTEMAS DE CONTROLE CORPORAL
Capítulo 7, Sistema Nervoso
Capítulo 8, Sistema Sensorial
Capítulo 9, Sistema Cardiovascular
Capítulo 10, Sistema Respiratório

3.o TRIMESTRE
Capítulo 11, Sistema Digestório
Capítulo 12, Sistema Excretor
UNIDADE III – MOVIMENTO E REPRODUÇÃO
Capítulo 13, Sistema Locomotor
Capítulo 14, Sistema Reprodutor

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

37
3.2 PRIMEIRO TRIMESTRE
Semanas:
o Aulas previstas para o primeiro trimestre
PREVISÃO DE AULAS
14 Semanas

CAPÍTULO 1, CITOLOGIA
Tópicos e Sub-Tópicos
o
o

o

o

o

A HISTÓRIA DA CÉLULA
ENVOLTÓRIOS CELULARES
o Parede Celular, Glicocálix e Membrana Plasmática
o Endocitose
o Transporte Passivo
o Tranporte Ativo
o Exocitose
CITOPLASMA
o Retículo Endoplasmático
o Ribossomos
o Complexo Golgiense
o Lisossomos
o Peroxisossomos
o Mitocôndrias
o Plastos
o Citoesqueleto
o Centríolos
o Cílios de Flagelos
NÚCLEO CELULAR
o Carioteca
o Cromatina, Nucléolo e Nucleoplasma
o Cromossomos, Genes e DNA
o O Centrômero e Classificação dos Cromossomos
O CICLO CELULAR E A MITOSE
o Interfase
o Mitose
o Meiose

Objetivos
o
o

Compreender que a célula é a unidade fundamental da vida.
Reconhecer os componentes da célula.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

38
Descrição de Linhas Gerais
A célula é a menor porção da matéria viva. Por formar e ser responsável pelo funcionamento
do corpo do ser vivo, a célula é o seu constituinte estrutural e funcional.

CAPÍTULO 2, METABOLISMO CELULAR
Tópicos e Sub-Tópicos
o

o

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA
o Água
o Vitaminas
o Glicídios
o Lipídios
o Proteínas
o Aminoácidos
o Enzimas
o Ácidos Nucléicos
METABOLISMO CELULAR
o Respiração Celular
o Glicólise
o Ciclo de Krebs
o Fosforilação Oxidativa
o Cadeia Transportadora de Elétrons
o Fermentação
o Fermentação Lática
o Fermentação Alcoólica
o Fotossíntese
o Fase Clara: Etapa Fotoquímica
o Fase Escura: Etapa Química
o Quimiossíntese

Objetivos
o

o

Reconhecer a existência de uma realidade invisível aos olhos, mas que pode ser
investigada cientificamente e utilizada para explicar fatos e processos do mundo
macroscópico.
Reconhecer que os seres vivos são constituídos por partículas minúsculas semelhantes
às encontradas em qualquer outro tipo de matéria, o que ressalta nossa identidade
com os componentes não-vivos do universo.

Descrição de Linhas Gerais
Ações químicas ocorrem o tempo todo em nosso corpo. Através delas, obtemos os nutrientes
necessários para a sobrevivência do nosso corpo. Algumas reações, para ocorrerem, recebem
energia, enquanto outras liberam energia. Neste capítulo, veremos de que maneiras essas
reações ocorrem nas células.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

39
CAPÍTULO 3, HISTOLOGIA VEGETAL
Tópicos e Sub-Tópicos
OS TECIDOS VEGETAIS
o Os Tecidos Meristemáticos
o Tipos de meristemas
o Protoderme
o Procâmbio
o Meristemas secundários
o Câmbio
o Suberofelogênico ou felogênio
o Cerne
o Alburno
o Tecidos de proteção ou revestimento
o Epiderme
o Cutícula
o Espinhos
o Acúleos
o Pêlos ou tricomas
o Estômatos
o Súber
o Periderme
o Tecidos de Sustentação
o Colênquima
o Esclerênquima
o Os Tecidos Parenquimáticos
o Parênquima clorofiliano
o Parênquima de reserva
o Tecidos Condutores
o Floema ou líber
o Xilema ou lenho

o

Objetivos
o

Identificar as partes da raiz, do caule e da folha e reconhecer a estrutura interna

o

Conhecer a estrutura e a localização na planta dos principais tecidos vegetais:
epiderme, periderme, parênquima, colênquima, xilema, floema e meristema.

microscópica de Linhas Gerais
Descrição desses órgãos quanto aos principais tecidos.

Descrição de Linhas Gerais
Na formação dos tecidos vegetais tomaremos como referência o grupo das angiospermas,
plantas dotadas de raízes, caules, folhas, flores, sementes e frutos.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

40
CAPÍTULO 4, FISIOLOGIA VEGETAL
Tópicos e Sub-Tópicos
o

o

o

o

O EQUILÍBRIO HÍDRICO I
o A absorção nos vegetais
o Estrutura de uma raiz
o A absorção de água
o Condução da seiva bruta ou inorgânica
o Anéis anuais e a idade das árvores
o Sudação ou gutação
o Condução da seiva elaborada
o Cintamento ou anel de Malpighi (anel de casca)
O EQUILÍBRIO HÍDRICO II
o Transpiração
o Estômatos
o Funcionamento dos estômatos
HORMÔNIOS E MOVIMENTOS VEGETAIS
o Auxinas ou ácido indolacético (AIA)
o Giberelinas
o Citocininas
o Ácido abscísico
o Etileno
MOVIMENTOS VEGETAIS
o Os tropismos
o Fototropismo
o Geotropismo
o Os tactismos
o Os nastismos

Objetivos
Conhecer as substâncias minerais que as plantas necessitam.Explicar como a água e
os sais minerais absorvidos pelas raízes
Descrição de Linhas Gerais chegam as folhas (transporte pelo xilema), e
como as substância produzidas nas folhas chegam às diversas partes da planta
(transporte pelo floema.).
o Caracterizar hormônio vegetal e identificar os principais grupos de hormônio,
associando-os às suas funções na planta.
o

Descrição de Linhas Gerais
Para reconhecer as necessidades básicas das plantas quanto à nutrição mineral e orgânica,
reconhecendo a importância desses conhecimentos para a preservação dos ambientes.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

41
CAPÍTULO 5, HISTOLOGIA ANIMAL
Tópicos e Sub-Tópicos
o

o

o
o

o

o

TECIDO EPITELIAL
o Especializações das Células Epiteliais
o Microvilos ou Microvilosidades
o Cílios e Flagelos
o Junções Celulares
o Tecidos Epiteliais de Revestimento
o Tecidos Epiteliais Glandulares
TECIDO CONJUNTIVO
o Tecido Conjuntivo Frouxo
o Tecido Conjuntivo Denso
o Tecido Conjuntivo Adiposo
o Tecido Conjuntivo Cartilaginoso
TECIDO ÓSSEO
TECIDO MUSCULAR
o Tecido Muscular Estriado Esquelético
o Tecido Muscular Estriado Cardíaco
o Tecido Muscular Liso
TECIDO NERVOSO
o Neurônios
o Célula da Glia
TECIDO HEMATOPOIÉTICO
o Plasma
o Glóbulos Sanguíneos

Objetivos
o
o

Reconhecer os diferentes tipos de tecidos como conjunto de células
Classificar os tecidos conforme sua função

Descrição de Linhas Gerais
Histologia é o ramo da Biologia que estuda os tecidos e as células que os formam. Tecido é um
conjunto de células que atuam de maneira integrada, desempenhando funções definidas.
Existem quatro tipos de tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.

3.3 SEGUNDO TRIMESTRE
Semanas
o Aulas previstas para o segundo trimestre
PREVISÃO DE AULAS
10 Semanas
Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

42
CAPÍTULO 6, EMBRIOLOGIA
Tópicos e Sub-Tópicos
o
o

o

EMBRIOLOGIA
GAMETOGÊNESE
o Espermatogênese
o Estrutura dos testículos
o Desenvolvimento das células espermáticas
o Fases de desenvolvimento do espermatozóide
 Multiplicação
 Crescimento
 Maturação
 Transformação
o Estrutura do espermatozóide
o Ovogênese
o Fases de Desenvolvimento
 Multiplicação
 Crescimento
 Maturação
o Estrutura do Ovário
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
o Embriologia dos Órgãos dos Sentidos
o Embriologia dos Sistemas Digestório e Respiratório
o Embriologia do Sistema Digestório
o Embriologia do Sistema Respiratório
o Embriologia do Sistema Cardiovascular
o Embriologia da Pele e Anexos
o Embriologia do Sistema Locomotor
o Embriologia do Sistema Nervoso

Objetivos
o
o

Desmistificar processos básicos de formação de um se vivo na sua concepção;
Analisar cada fase de desenvolvimento do ser até sua total formação básica
embrionária.

Descrição de Linhas Gerais
Embriologia é a ciência biológica que estuda, nos vegetais e animais, o desenvolvimento da
semente ou do ovo até constituir um espécime completo. Para alguns, seu campo de aplicação
se estende aos processos de formação dos gametas e à fecundação. A teoria da epigênese,
formulada em 1651 pelo médico e anatomista inglês William Harvey, afirmava que as
estruturas especializadas do indivíduo se desenvolviam passo a passo, a partir de formas
prévias indiferenciadas no ovo. No entanto, a prova desta teoria não aconteceu até 1759,
quando o anatomista alemão Kaspar Friedrich Wolff divulgou seu estudo sobre o
desenvolvimento do pinto no ovo e demonstrou que os órgãos derivam de um material
indiferenciado.

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43
CAPÍTULO 7, SISTEMA NERVOSO
Tópicos e Sub-Tópicos
o

o
o

SISTEMA NERVOSO CENTRAL
o Cérebro
o Tálamo, Epitálamo e Hipotálamo
o Mesencéfalo, Ponte e Cerebelo
o Bulbo Raquidiano
o Medula Espinhal
o Regeneração da Medula Espinhal
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
o Nervos
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
o Glândulas Endócrinas e Regulação Hormonal

Objetivos
o
o

Identificar os componentes e as funções do Sistema Nervoso
Compreender a relação entre o Sistema Nervoso e os outros sistemas

Descrição de Linhas Gerais
O sistema nervoso humano é composto do encéfalo, medula espinhal, nervos e dos gânglios
nervosos. Seu constituinte fundamental é o tecido nervoso. Associado ao sistema nervoso está
o sistema sensorial, formado por um conjunto de estruturas que permitem a percepção de
estímulos originados do exterior ou do interior do corpo.

CAPÍTULO 8, SISTEMA SENSORIAL
Tópicos e Sub-Tópicos
o

SISTEMA SENSORIAL
o Os sentidos nos animais invertebrados
o Os sentidos nos animais vertebrados
o Os sentidos humanos
o Tato
o Paladar
o Olfato
o Audição
o Visão
o Alguns defeitos da visão

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44
Objetivos
o
o
o
o

Compreender e comparar o sistema sensorial dos principais grupos animais e os meios
utilizados por eles na percepção e nas respostas adequadas aos estímulos recebidos.
Conhecer a anatomia dos órgãos dos sentidos do homem, compreendendo o seu
mecanismo de funcionamento.
Associar os sentidos à percepção do ambiente em que estamos inseridos e dos perigos
que nos cercam.
Compreender que o sistema sensorial estabelece relações com outros sistemas do
corpo do animal, principalmente com o sistema nervoso, a fim de manter o organismo
em equilíbrio e em pleno funcionamento.

Descrição de Linhas Gerais
Por meio de células especializadas ou órgãos sensoriais os animais são capazes de se
relacionar com os ambientes externos e internos do seu próprio corpo. Assim, dependendo do
animal, é possível distinguir estímulos sonoros, luminosos, odoríferos, gustativos e dolorosos.

CAPÍTULO 9, SISTEMA CARDIOVASCULAR
Tópicos e Sub-Tópicos
o
o
o
o

SANGUE, CORAÇÃO, VEIAS E ARTÉRIAS
SISTEMAS CIRCULATÓRIOS ABERTOS E FECHADOS
o Tipos de sistemas circulatórios
SISTEMA CIRCULATÓRIO DUPLO
CIRCULAÇÃO HUMANA

Objetivos
o
o

Conhecer os componentes básicos do sistema cardiovascular;
Compreender a fisiologia do sistema cardiovascular nos diversos tipos de animais.

Descrição de Linhas Gerais
Antes de explicarmos os tipos de circulação que existem nos diferentes grupos de animais,
vamos aprender certas características que podem ser consideradas “comuns” mesmo em
seres completamente diferentes. Por exemplo, a circulação sempre envolve um ou mais
líquidos que circulam no interior do corpo do animal. Esses líquidos, também chamados de
fluídos internos, podem ter diversas nomenclaturas, de acordo com sua composição. Nos
invertebrados de circulação aberta, o fluído transportado pelo sistema circulatório é chamado
de hemolinfa, pois transporta os nutrientes oriundos da digestão, bem como células de defesa
do organismo e uma grande quantidade de outras substâncias, principalmente hormônios. Já
no caso dos vertebrados, o fluído interno transportado pela circulação é o sangue, que além
de transportar os nutrientes, também é responsável por carregar o oxigênio.

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45
CAPÍTULO 10, SISTEMA RESPIRATÓRIO
Tópicos e Sub-Tópicos
o
o
o
o
o

COMO OS ANIMAIS RESPIRAM?
A RESPIRAÇÃO TRAQUEAL DOS INSETOS
A RESPIRAÇÃO BRANQUIAL DOS PEIXES
RESPIRAÇÃO DOS VERTEBRADOS TERRESTRES
A RESPIRAÇÃO NOS SERES HUMANOS

Objetivos
o

o

Conhecer o sistema respiratório das mais diversas espécies de animais;
Explicar como ocorrem os diversos processos de respiração dos seres vivos.

Descrição de Linhas Gerais
Todos os seres dependem de reações químicas que ocorrem no interior de cada célula para se
manterem vivos. No caso das plantas, ocorre uma reação chamada fotossíntese. No caso dos
animais, ocorre uma reação diferente chamada de respiração. Na respiração o oxigênio e a
glicose são utilizados para gerar energia para o organismo, e os resultados finais dessa reação
são o dióxido de carbono e a água. Essa é a respiração celular.No entanto para que a
respiração celular aconteça, é necessário que ocorram outros processos maiores, envolvendo o
organismo como um todo. Um desses processos é a digestão, outro é a circulação, e de
especial importância para nós nesse capítulo, a respiração. Para que a respiração ocorra, é
necessário que vários órgãos funcionem de forma coordenada, formando o que nós chamamos
de sistema respiratórios. Existem vários tipos de sistemas respiratórios diferentes, embora
todos façam a mesma função: realizar as trocas gasosas da qual dependem a respiração
celular.

3.4 TERCEIRO TRIMESTRE
Semanas
o Aulas previstas para o primeiro trimestre
PREVISÃO DE AULAS
08 Semanas

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46
CAPÍTULO 11, SISTEMA DIGESTÓRIO
Tópicos e Sub-Tópicos
o

o

O SISTEMA DIGESTÓRIO
o Digestão
o Absorção
o Egestão
o Tubo digestivo
o A digestão nos animais invertebrados
o A digestão nos animais vertebrados
o Digestão em alguns animais
o A digestão humana
o Boca
o Os dentes
o A língua
o As glândulas salivares
o Faringe e Esôfago
o Estômago e Suco Gástrico
o Intestino Delgado
o Intestino Grosso
AS GLÂNDULAS ANEXAS
o Pâncreas
o Fígado

Objetivos
o
o
o

Compreender e comparar o sistema digestório dos principais grupos animais e os meios
utilizados por eles na digestão dos alimentos.
Conhecer a anatomia do sistema digestório humano, compreendendo o papel de cada
um dos seus órgãos.
Compreender que o sistema digestório está intimamente relacionado aos outros
sistemas do corpo do animal, o que permite que ele se mantenha em atividade,
garantindo assim sua sobrevivência.

Descrição de Linhas Gerais
Os animais apresentam como característica peculiar o fato de realizarem a digestão dentro do
corpo. Na história da evolução, primeiramente, surge um tubo digestivo com uma única
abertura que ao mesmo tempo serve de entrada para do alimento e saída dos resíduos. A
digestão é o tema deste capítulo.

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47
CAPÍTULO 12, SISTEMA EXCRETOR
Tópicos e Sub-Tópicos
o

o

o

SISTEMA EXCRETOR
o A Excreção dos Animais Invertebrados
o A Excreção dos Animais Vertebrados
o Osmorregulação
o Animais osmoconformantes
o Animais Osmorreguladores
O SISTEMA EXCRETOR HUMANO
o Como funcionam os rins
o Regulação da função renal
A ELIMINAÇÃO DA URINA
o Ureter
o Bexiga urinária
o Uretra
o Suor

Objetivos
o
o

Definir o sistema excretor e suas funções nos organismos.
Promover uma contextualização de forma que possamos compreender o processo de
excreção.

Descrição de Linhas Gerais
Reconhecemos como sistema excretor qualquer conjunto de órgãos que em um organismo, é
responsável pela manutenção do meio interno, regulação do teor de água e sais minerais e
eliminação de resíduos nitrogenados formados durante o metabolismo celular. No ser humano
podemos considerar como sistemas excretores o sistema urinário (onde é produzida a urina) e
a pele (que produz suor através das glândulas sudoríparas). O sistema respiratório, ao
eliminar dióxido de carbono, que é um dos principais resíduos da respiração celular, é por
vezes, também incluído neste grupo por alguns autores (ainda que, na verdade, não seja
responsável pela produção de uma "excreção" no sentido próprio da palavra).

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48
CAPÍTULO 13, SISTEMA LOCOMOTOR
Tópicos e Sub-Tópicos
o

SISTEMA LOCOMOTOR
o A locomoção dos animais invertebrados

o

O SISTEMA MUSCULAR
o Os Tecidos Musculares
o A musculatura dos mamíferos
o A musculatura humana
o Músculos Estriados Esqueléticos
o Organização das Miofibrilas
o O cálcio e a contração muscular
o Energia para a contração muscular
o Antagonismo muscular
o Lei do tudo ou nada
o Tônus muscular
o Tensão muscular e resistência
o Contrações musculares: Isotônica e isométrica
o A musculatura das aves
o A musculatura dos répteis
o A locomoção das serpentes
o Progressão Linear
o Movimento de Propulsão
o Movimento em Espiral
o A musculatura dos Anfíbios
o A musculatura dos Peixes

o

O SISTEMA ESQUELÉTICO
o Função do Sistema Esquelético
o Articulações ósseas
o Tipos de articulações
o O esqueleto humano
o Esqueleto axial
o Esqueleto apendicular
o Ossos da cabeça
o Ossos do tronco
o Ossos dos membros
o Os cíngulos dos membros superiores e inferiores
o O esqueleto das aves
o O esqueleto dos répteis
o O esqueleto dos anfíbios
o O esqueleto dos peixes

Objetivos
o
o
o
o

Compreender a visão científica atual sobre a locomoção dos animais.
Conhecer os mecanismos responsáveis pela locomoção.
Identificar e relacionar os principais músculos do corpo humano e conhecer a
musculatura dos demais animais
Identificar e relacionar os principais ossos do corpo humano e conhecer a musculatura
dos demais animais.

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49
Descrição de Linhas Gerais
A combinação de músculos e ossos, coordenados pelo sistema nervoso, permite a realização
de movimentos precisos e elaborados. Os músculos e o esqueleto atuam em conjunto,
produzindo os mais diversos tipos de movimentos corporais. O reconhecimento nos seres
vivos das bases estruturais e fisiológicas que permitem a movimentação corporal, e a
compreensão dos aspectos básicos do funcionamento e os componentes dos sistemas
esqueléticos e musculares serão apresentados neste capítulo.

CAPÍTULO 14, SISTEMA REPRODUTOR
Tópicos e Sub-Tópicos
o

SISTEMA REPRODUTOR
o Reprodução assexuada
o Divisão binária, bipartição ou cissiparidade
o Brotamento, gemulação ou gemiparidade
o Regeneração ou Fragmentação
o Divisão múltipla
o Reprodução sexuada
o A reprodução nos animais invertebrados
o A reprodução nos animais vertebrados
o A reprodução humana
 Os órgãos sexuais masculinos
 Os órgãos sexuais femininos
o Produção das células sexuais
o Os ciclos da reprodução
o Fecundação
o Gravidez
o Gêmeos
o Contracepção e DSTs (doenças sexualmente transmissíveis)

Objetivos
o
o
o
o
o

Compreender e comparar o sistema reprodutor dos principais grupos animais e os
meios utilizados por eles para se reproduzirem.
Conhecer a anatomia do sistema reprodutor humano, compreendendo o papel de cada
um dos seus órgãos.
Compreender que a partir da reprodução, os seres vivos originam descendentes,
garantindo, assim, a perpetuação da espécie.
Reconhecer os cuidados necessários na prevenção das doenças sexualmente
transmissíveis e da gravidez não planejada.
Compreender os avanços tecnológicos e científicos nessa área, reconhecendo os
benefícios para a humanidade, bem como seus riscos.

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50
Descrição de Linhas Gerais
Na função reprodutiva, os organismos não utilizam os mesmos mecanismos reprodutores,
existindo dois grandes processos: A reprodução assexuada e a reprodução sexuada.
A capacidade de originar descendentes está presente em todos os seres vivos e é uma das
suas características básicas. Ela é de fundamental importância para a manutenção das
espécies, pois, atualmente, sabe-se que a vida surge sempre de outra vida, por mais simples
que sejam os organismos envolvidos.

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51
Seção

4

PEDAGOGIA

A pedagogia é a parte normativa do conjunto de saberes que precisamos adquirir,
e manter, se quiser desenvolver uma boa educação. A pedagogia é aquela parte do
saber que está ligada à razão que não se resume à razão instrumental apenas, mas que
inclui a racionalidade que nos possibilita o convívio, ou seja, a vigência da tolerância e,
mesmo, do amor.

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52
4.1 A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
A filosofia da educação é um saber mais independente, que pode ou não ter um
vínculo com os saberes da pedagogia e da didática, ou do saber prático (e imediato) que
faz a educação acontecer.
O termo filosofia da educação aponta para um tipo de saber que, de um modo
amplo, é aquele acumulado na discussão sobre o campo educacional. Faz assim ou para
colocar valores e fins e legitimá-los através de fundamentos, ou para colocar valores e
fins e legitimá-los através de justificações.
Há, portanto, dois grandes tipos de filosofia da educação: a que serve como
fundamentação para a pedagogia, e, a que serve como justificação. A pedagogia se
desenvolve de maneira mais específica, apontando questões filosóficas à prática do
ensino adequadas a realidade vigente.
Se ninguém se liberta sozinho, ou se ninguém liberta ninguém, ou se na
verdade, todos nos libertamos em comunhão, então é preciso que todos percebam a
mesma realidade para buscar essa transformação, e o entendimento do pensamento
pedagógico pode ser o primeiro passo rumo ao sucesso do processo de ensino e
aprendizagem.

4.2 A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
Paulo Freire, o educador brasileiro mais reconhecido no mundo inteiro, como um
percebedor da realidade por sua origem pobre, com uma situação de vida semelhante a
da maioria do povo timorense na atualidade. Tem sua luta e presença baseada na
palavra “opressão”, principalmente, por ter sido um homem que fez uma leitura concreta
do mundo do oprimido, da complexidade da relação entre o oprimido e o opressor, para,
finalmente, propor uma pedagogia libertadora que consiste em uma educação voltada
para a conscientização da opressão, a pedagogia do oprimido, e a conseqüente ação
transformadora.
A categoria “opressão” de Paulo Freire assume várias dimensões:

Opressão antropológica
A catana da cultura do homem, a destruição do seu saber enquanto homem, o
epistemicídio, ou seja, a morte do conhecimento do outro. A intolerância arma o homem
com a catana do esquecimento. O homem não tem mais o direito de manifestar sua
cultura.

Opressão psicológica
A queda do “ser”, do “eu” do homem, permitindo como conseqüência sua
coisificação e ou despersonalização. A opressão psicológica provoca o medo de
manifestar sua opinião. Durante muitos anos o Timor-Leste viveu sobre esse tipo de
opressão, que o levou a perda de sua auto-estima. Nenhum homem seja ele, português,
brasileiro, australiano ou indonésio é maior, ou melhor, do qualquer homem timorense.
As diferenças culturais não indicam que um homem é superior ou inferior a outro
homem. A submissão do homem timorense frente aos “malaes”, leva à perda da
identidade cultural, aos complexos de inferioridade. O ideal de superioridade de um
homem não está associado ao poder financeiro e sim ao poder intelectual.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

53
Opressão ontológica
A ação paralela à desumanização, enquanto “ser homem”, o processo de
hominização versus o culturamento necrófilo. A miséria que se vê, nos mais longínquos
sucos de Timor-Leste, nem de longe se compara à perda da dignidade do homem
enquanto homem, ser humano. A pobreza nunca esteve e nem nunca estará associada a
desumanização, um homem pode ter todo dinheiro do mundo e ainda assim será sujo,
pobre em sua alma. O homem que se contenta com o nada porque foi convencido a
acreditar que aquilo era o tudo. A vida em Timor-Leste é muito mais do que a
subsistência e a sobrevivência. O homem timorense deve buscar viver plenamente e não
somente sobreviver em uma existência vazia e sem ambição.

Opressão econômica
A opressão permite que os ricos estejam cada vez mais ricos e os pobres cada
vez mais pobres. A ideologia do “ter mais” se concretiza na relação cruel do dominador e
do dominado. Há na maioria das residências timorenses, agregados, parentes que se
deslocam de uma região a outra do país para estudar, ou mesmo buscar uma nova
oportunidade de vida. E acabam tendo de, em troca do abrigo e do alimento, se sujeitar
ao trabalho em regime de escravidão pelos próprios familiares, isso ocorre
principalmente com meninas, que saem de seus sucos para estudar e terminam como
escravas-do-lar.

Opressão política
A ação do poder central, o distrito, sobre a periferia, o sub-distrito, isto é, ou são
leis que beneficiam e privilegiam alguns, ou são “medidas provisórias” que retratam um
poder autoritário que é cego às necessidades e prioridades de uma grande maioria. A
hierarquia da submissão, do homem como o dono supremo do poder sobre o homem
lacraio, que se curva à catana da opressão em nome da sobrevivência. Não há vontade
própria, ninguém é capaz de pensar nada por si próprio, sua opinião é sua perdição. A
catana da rebeldia foi vencida pela catana do estado maior, Díli.

Opressão pedagógica
O caráter de opressão se estabelece na forma de leis que na prática retrocedem
às conquistas e desejos de toda comunidade educativa e também na forma de relação
professor e aluno e todas as nuances do sistema de ensino (currículo, prática pedagógica
e avaliação). Se um professor timorense “educa” seu aluno na base da palmatória
acreditando que só há respeito se houver violência, porque na sua época de estudante
ele só respeitava seu mestre quando era agredido fisicamente, e quando os pais dos
estudantes concordam e acham normal seus filhos serem espancados em um lugar que
deveriam se ensinados, em nome da disciplina, isso soa como um alerta. Violência
sempre gerou e sempre irá gerar mais violência, chegará o dia em que o professor
opressor será o professor oprimido, e quando esse dia chegar, a comunidade educativa o
abandonará em nome da lei vigente.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

54
4.3 A PEDAGOGIA DA CONSCIÊNCIA
A obra e a vida de Paulo Freire dão uma resposta para os diversos tipos de
opressão, apontando caminhos. A pedagogia da “consciência” pretende elucidar do
educando sua criticidade, criatividade e ação diante do que está dado: é preciso que o
oprimido tenha consciência de sua opressão.

4.4 A PEDAGOGIA DA PERGUNTA
Ao tratar da pedagogia da “pergunta”, Paulo Freire torna-se um sociólogo da sala
de aula e reflete a relação professor e aluno enquanto concepção bancária x concepção
libertadora, onde o primeiro (como num banco) deposita conhecimentos através da
transmissão apenas no segundo e, este o armazena e devolve na prova final.

Entre educador e o educando não há mais uma relação de verticalidade, em que
um é o sujeito e o outro objeto. Agora a pedagogia é dialógica, pois ambos são sujeitos
do ato cognoscente. É o “aprender ensinando e o ensinar aprendendo”. O diálogo exige
um pensar verdadeiro, um pensar crítico. Este não separa homens e mundo, mas os vê
em contínua interação. Como seres inacabados, os homens se fazem e refazem na
interação com mundo, objeto de sua práxis transformadora. A prática pedagógica passa
a ser uma ação política de troca de concretudes e de transformação.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

55
UNIDADE II

Suplemento de
Atividades
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56
Seção

5

RESPOSTAS

Amigo Professor (a) nesta seção se encontra todas as respostas do livro-texto.
Mas lembre-se Professor (a), se você estuda, se prepara, o aluno sentirá mais segurança
em suas aulas, e você sentirá também mais confiança. Porque quem ensina também
aprende.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

57
Capítulo

1

CITOLOGIA
Para melhor entender o capítulo sugerimos ao professor
também criar seus próprios exercícios, seja eles na forma de
questionários ou da forma que o professor esteja habituado a
avaliar seus alunos.

Esquema com os principais tópicos do capítulo

PRÉ-REQUISITOS
Conhecimentos prévios que o aluno deve ter para entender melhor o conteúdo
No conteúdo de Citologia o aluno irá encontrar conteúdos familiares, o que
facilita bastante a compreensão do capítulo. Além disso, há possibilidade de integração
com as disciplinas de Química (componentes químicos presentes na célula) e Educação
Física (como as células reagem perante exercícios físicos), o que facilita a
interdisciplinaridade.
Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

58
Como citologia é um conteúdo muito subjetivo, o professor pode trabalhar
bastante com modelos e esquemas, já que isso facilita bastante a visualização do
conteúdo estudado, caso não haja a possibilidade de aulas práticas.
Neste capítulo pode-se também abordar como algumas doenças comuns no
Timor afetam as células, caso da malária, gripe, dengue, entre outras.
OBJETIVOS
Compreender que a célula é a unidade fundamental da vida.
Reconhecer os componentes da célula.

RESPOSTAS DAS ATIVIDADES

Caro Professor,
Agora apresentamos ao senhor as respostas das atividades do
capítulo 1,Citologia..
As atividades estão numeradas da mesma forma que estão no
livro texto para que não haja dúvidas sobre as respostas.
Respostas de cunho pessoal não aparecem no livro do professor.

ATIVIDADES

01

1. Complete as frases abaixo, usando as palavras em destaque no quadro.

a) A principal diferença entre a célula animal e a célula vegetal é a ausência de
parede celular na célula animal.
b) Na fagocitose, a célula engloba partículas sólidas e, na pinocitose, a célula
engloba partículas líquidas.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

59
há.

c) No transporte passivo não há gasto de energia, enquanto no transporte ativo

d) A descoberta da célula foi feita por Robert Hooke em 1665. Em 1838,
Schleiden e Schwann, através da observação de células vegetais e animais concluíram
que os seres vivos são formados por células, dando origem à Teoria Celular.
e) A membrana plasmática da célula possui permeabilidade seletiva, o que
permite a entrada de algumas substâncias, e de outras não.

ATIVIDADES

02

1. Diga quais as estruturas comuns a todos os tipos de células, e quais as
funções dessas estruturas.
 Membrana Plasmática: isola o citoplasma do meio em que a célula se
encontra. Também permite a passagens de algumas substâncias, se assim for
de interesse para a célula.
 Citoplasma: líquido em forma de gel onde estão mergulhados o
núcleo e as organelas celulares.
 Ribossomos: responsáveis pela síntese proteica.
 Cromatina: conjunto de cromossomos em estado de repouso.
2. Elabore um esquema para explicar os conceitos de solução isotônica,
hipertônica e hipotônica.

Na figura acima, a solução A está hipertônica em relação à solução B,
por estar mais concentrada em soluto.

Na figura acima, as soluções A e B estão isotônicas, pois apresentam a
mesma concentração em soluto.

ATIVIDADES

03

1. Identifique as estruturas das figuras abaixo:

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

60
Cílios

Flagelo

Mitocôndria

Complexo Golgiense
2. A corrente citoplasmática orientada em um sentido é conhecida como:
a) Exosmose
b) Plasmólise
c) Deplasmólise
d) Osmose
e) CICLOSE

ATIVIDADES

04

1. Na década de 1930 um pesquisador alemão estava procurando entender o
papel do núcleo celular. Para seus experimentos escolheu como material de trabalho a
alga marinha unicelular Acetabularia, visível a olho nu. Esse pesquisador analisou o
comportamento de duas espécies de Acetabularia: a que possui um tipo de chapéu
crenulado em forma de guarda-chuva no ápice da célula, chamada
Acetabularia
crenulata, e outra, cujo chapéu lembra uma margarida e recebe o nome de Acetabularia
mediterranea. O pesquisador verificou que ambas as espécies apresentavam o mesmo
comportamento ao sofrerem cortes em suas células: a parte da célula que ficava com o
núcleo conseguia regenerar o restante da célula. Depois disso, ele realizou transplantes
entre as partes cortadas dessas duas espécies, conforme as figuras abaixo.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

61
No indivíduo recém-transplatado, regenerou-se um chapéu com características
intermediárias entre A. Crenulata e o de A. Mediterranea. Diante disso, o pesquisador
resolveu cortar novamente o chapéu desse indivíduo transplantado para saber o que
aconteceria. Veja qual foi o resultado na figura abaixo.

Explique os resultados desses experimentos.
Na experiência acima fica claro que quem determina o formato do
chapéu (ou umbrela) é o núcleo. Após os transplantes dos talos, observe que a
planta híbrida (misturada) possui o núcleo e o chapéu correspondentes à
mesma espécie. Exemplo: a planta que possui o núcleo da espécie A.
mediterranea possui o chapéu também da espécie A. mediterranea. A planta
que possui o núcleo da espécie A. crenulata possui o chapéu também da
espécie A. crenulata.

SUGESTÃO DE ATIVIDADES
Elabore com seus alunos um modelo de célula e suas organelas. O material
utilizado pode ser escolhido com os alunos.
Como fazer
Pode-se usar uma vasilha como membrana plasmática, uma bola de tênis como
o núcleo e gel de cabelo como citoplasma, por exemplo. É importante que os alunos
dêem sugestões dos materiais que eles têm disponíveis para a construção do modelo, a
fim de uma maior participação dos mesmos.
Para as organelas celulares, lembre-se que alguns alimentos (frutas, alimentos
cozidos, biscoitos...) não são recomendáveis, já que estragam com mais rapidez e
podem danificar o modelo.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

62
Peça, ao final da montagem, que os alunos expliquem cada estrutura
apresentada no modelo. Essa parte final pode ser feita em uma Feira de Ciências ou em
outra ocasião, caso o professor deseje a participação da comunidade.

ATIVIDADES

05

1. Escreva o trecho que irá complementar o trecho da molécula de DNA abaixo:
ATG-TTC-GGG-ATT-ACG-AAC-GTA-CGT-ACC-CCT-GGA-AGC-TTT-AGC-AAAC
TAC-AAG-CCC-TAA-TGC-TTG-CAT-GCA-TGG-GGA-CCT-TCG-AAA-TCG-TTTG
2. Como se classificam os cromossomos? Explique com o uso de desenhos.

Cromossomo Metacêntrico: o centrômero está localizado
exatamente no meio, o que deixa o cromossomo com dois braços iguais.

Cromossomo Submetacêntrico: o centrômero está localizado um
pouco acima do meio. O braço superior é mais curto que o braço inferior.

Cromossomo Acrocêntrico: o centrômero está localizado perto
de uma das extremidades. O braço superior é muito menor que o braço inferior.

Cromossomo Telocêntrico: o centrômero está localizado junto à
extremidade do braço superior. Este é quase inexistente.
3. Os cariótipos abaixo contêm mutações. Circule os cromossomos onde elas
ocorreram, e dê os nomes das doenças que resultaram dessas mutações.

a.
Síndrome de Turner

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63
b.
Síndrome de Down

c.
Síndrome de Klinefelter

d.
Síndrome de Edwards

SUGESTÃO DE ATIVIDADES
O professor pode montar, junto com os alunos, o modelo da dupla hélice do
DNA, usando barbante, balas coloridas (que sejam macias), palitos de dente e canudos.

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64
Como Fazer

Na figura acima tem-se o modelo da dupla hélice do DNA.
Para que o aluno crie o seu modelo, ele pode usar as balas coloridas para
representarem as moléculas de fosfato (letra A) e os palitos de dente (para darem
sustentação) cobertos com os canudos para representarem as bases nitrogenadas e as
pontes de hidrogênio (letra B).

ATIVIDADES

06

1. Nos quadros abaixo decifre as palavras secretas sobre a divisão celular:
a.
Corpúsculo denso, não-delimitado por membrana, presente no
interior do núcleo
N

U
b.

T

C

L

É

O

L

O

Última fase da mitose, onde os cromossomos se descondensam

E

L

Ó

F

A

S

E

c.
Processo onde há invaginação da membrana plasmática que, quando
completa, divide a célula em duas
C

I
d.
da célula

T
O
C
I
N
E
S
E
Fase da Meiose I onde os cromossomos se deslocam para os pólos

A

N

Á

F

A

S

E

I

e.
Fase da Meiose II onde os cromossomos se condensam, e há o
desaparecimento do nucléolo e da carioteca
P

R

Ó

F

A

S

E

I

I

2. Complete o quadro abaixo com as informações corretas:

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

65
FASES
Prófase
Metáfase
Anáfase
Telófase

MITOSE
Cromossomos se condensam.
Há a formação do fuso mitótico.
Placa equatorial formada pelos
cromossomos duplicados e nãoemparelhados.
Há a separação dos centrômeros.
Descondensação
cromossomos e
suas atividades.

MEIOSE
Cromossomos
homólogos
se
emparelham.
Cromossomos
prendem-se
ao
fuso acromático e atingem o grau
máximo de condensação.
Não
há
a
separação
dos
centrômeros.
dos Em cada pólo da célula, encontramretomada de se
n
cromossomos
duplicados
(díades).

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

66
Capítulo

METABOLISMO CELULAR

2

Para melhor entender o capítulo sugerimos ao professor
também criar seus próprios exercícios, seja eles na forma de
questionários ou da forma que o professor esteja habituado a
avaliar seus alunos.

Esquema com os principais tópicos do capítulo

PRÉ-REQUISITOS
Conhecimentos prévios que o aluno deve ter para entender melhor o conteúdo
O capítulo 2, Metabolismo Celular, integra conceitos químicos e biológicos, por
isso requer cuidados especiais quanto aos conceitos prévios dos estudantes,
principalmente devido a assuntos ligados à Química. Sugerimos que o professor reserve
um tempo de aula para fazer o aluno reconhecer conceitos químicos sobre átomo,
molécula, substância, elemento químico, entre outros, de modo a estabelecer o ponto de
partida no conteúdo e assim atingir os objetivos propostos.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

67
Neste capitulo, os conceitos biológicos são aplicados ao conhecimento da
composição química dos seres vivos. Mas, o professor de Biologia não se pode perder a
oportunidade de integrar os assuntos com a disciplina de Química. É o que se chama de
interdisciplinaridade.
OBJETIVOS
Metabolismo Celular
Reconhecer a existência de uma realidade invisível aos olhos, mas que pode ser
investigada cientificamente e utilizada para explicar fatos e processos do mundo
macroscópico.
Reconhecer que os seres vivos são constituídos por partículas minúsculas semelhantes às
encontradas em qualquer outro tipo de matéria, o que ressalta nossa identidade com os
componentes não-vivos do universo.

RESPOSTAS DAS ATIVIDADES

Caro Professor,
Agora apresentamos ao senhor as respostas das atividades do
capítulo 2, Metabolismo Celular.
As atividades estão numeradas da mesma forma que estão no
livro texto para que não haja dúvidas sobre as respostas.
Respostas de cunho pessoal não aparecem no livro do professor.

ATIVIDADES

01

1. Preencha corretamente os espaços em branco nos quadros abaixo, relacionando
corretamente a vitamina com suas principais fontes e deficiências:

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

68
ATIVIDADES

02

1. Ligue corretamente as moléculas e suas características fundamentais:

2. O que são enzimas e qual sua função?
São proteínas que funcionam como catalisadores biológicos. Na definição
química, um catalisador participa de uma reação química, acelerando-a, mas
sem se desgastar, podendo ser reutilizado.

ATIVIDADES

03

Responda as questões:
1. Quais os dois tipos de ácidos nucléicos?
Existem dois tipos de ácidos nucléicos: o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o
RNA (ácido ribonucléico).
2. Qual a função do DNA e do RNA?
O DNA (ácido desoxirribonucléico), que é o principal constituinte dos
cromossomos e o RNA (ácido ribonucléico), que participa principalmente do
processo de síntese de proteínas.
3. Qual a composição de um nucleotídeo?
Cada nucleotídeo é formado pelo conjunto de três componentes:

Fosfato

Açúcar (desoxirribose no DNA e ribose no RNA)

Base nitrogenada (varia entre os nucleotídeos)
4. Preencha os espaços das principais diferenças entre os ácidos nucléicos:

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

69
ATIVIDADES

04

1. O que é a respiração celular e quais são as suas três etapas?
Envolve o processo de síntese de ATP, onde o gás oxigênio atua como oxidante
de moléculas orgânicas. A respiração é um processo que ocorre em três etapas.
A primeira etapa é a glicólise, a segunda é o ciclo de Krebs e a terceira é a
fosforilação oxidativa.
2. Decifre: É uma sequência de 10 reações químicas catalisadas por enzimas livres no
citosol, onde uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico
ou piruvato (C3H4O3), liberando energia e hidrogênio.
G
L
I
C
Ó
L
I
S
E
3. Descreva como ocorre o processo de glicólise no citoplasma celular.
É uma sequência de 10 reações químicas catalisadas por enzimas livres no
citosol, onde uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de ácido
pirúvico ou piruvato (C3H4O3), liberando energia e hidrogênio.
Esse hidrogênio se combina com moléculas de NAD (sigla em inglês para
dinucleotídeo de nicotinamida-adenina), formando NADH + H+ ou simplesmente
NADH2. A energia então liberada é usada na síntese do ATP formando, no final,
2 ATPs.
4. Como a célula efetua o controle das oito reações que compõem o ciclo de Krebs?
É composto por oito reações controladas pela célula por enzimas
5. O que é a fosforilação oxidativa?
É a síntese da maior parte do ATP formado na respiração celular ocorre durante
a reoxidação das moléculas de NADH e FADH2, que se transforma,
respectivamente, em NAD e FAD.
6. Quantos ATPs são produzidos na cadeia transportadora de elétrons por cada uma das
moléculas de FADH2 e NADH?
Cada molécula de NADH permite a síntese de três moléculas de ATP, enquanto
que a molécula de FADH2 apenas permite a síntese de duas moléculas de ATP.

AULA PRÁTICA
Vamos fazer um experimento de fermentação?
Você precisará de 6 tubos de vidro, água morna, fermento fresco, açucar e
farinha de trigo.
Procedimento
Usar três tubos ou garrafas plásticas como controle e outros três para o
experimento.
Os tubos devem ficar distribuídos da seguinte maneira: TUBO 1, com água
morna, TUBO 2, com água morna e uma colher de açúcar, TUBO 3, com água morna e
uma colher de farinha de trigo, TUBO 4, com fermento biológico (fermento de pão) e

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

70
água morna; TUBO 5, com fermento biológico, água morna e uma colher de açúcar;
tubo 6 com fermento biológico, água morna e uma colher de farinha de trigo.
Ferva 20 ml de água dissolva o fermento fresco; e distribua essa solução entre
os três últimos vidros. Adicione aproximadamente seis ml em cada vidro, colocamos uma
colher de açúcar no quinto vidro e uma colher de farinha de trigo no sexto, misture e
tampe cada vidro com uma bexiga para que assim você possa visualizar a liberação de
gás carbônico.
Para o seu relatório você deve observar:
Nos três primeiros tubos não deverá ocorrer nada, porém no tubo 4 haverá
somente liberação de bolhas, no tubo 5 onde tínhamos água morna, fermento biológico
uma colher de açúcar deverá haver uma liberação de gás carbônico mais rápido que no
tubo 6, uma vez que o açúcar quebra mais rápido o amido que compõe 70% da farinha
de trigo liberando glucoses e maltoses, produtos que a levedura utiliza como fonte de
energia para o seu metabolismo, havendo então açúcares disponíveis, ela vai fermentar
a massa, ou levedar, como se costuma dizer. E levedar é fazer subir a massa, de modo a
que o miolo do pão fique leve e fofinho devido à liberação de gás. Esse gás é retido pelas
fibras protéicas (glúten) da farinha.
No tubo 6 onde há farinha de trigo ao invés de açúcar o processo é mais lento,
porém também há liberação de gás. Quando realizamos essa mistura o trabalho fica
para a água em quebrar o amido e as proteínas insolúveis da farinha de trigo, que
compõe 14% desta, formando primeiramente um precipitado.
Tivemos a oportunidade de observar a liberação do gás carbônico com o auxilio
das bexigas (balão de gás), que tampavam os vidros. Essas foram enchendo conforme o
amido se quebrava.

ATIVIDADES

05

1. O que é a fotossíntese? E quais são as etapas que a compõem?
Processo celular onde a grande maioria dos seres autotróficos obtém
substâncias orgânicas. É realizada pelos seres clorofilados, tais quais as
plantas, alguns protistas, bactérias fotossintetizantes e cianobactérias.

Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste

71
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Livro de biologia de timor leste professor

  • 1. REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Anderson Aliston Florentino Erivelto Rodrigues Teixeira Luiz Henrique Marinho Lages Bianca Mees Chagas João Cleto do Nascimento Marina Pereira Reis Biologia VOLUME DOIS 11° ANO ENSINO SECUNDÁRIO Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 1
  • 2. REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE José Ramos Horta Presidente da República Kay Rala Xanana Gusmão Primeiro-Ministro João Câncio de Freitas Ministro da Educação Paulo Assis Belo Vice-Ministro da Educação Antoninho Pires Diretor do Instituto Nacional de Formação Profissional e Contínua Armindo de Jesus Barros Assistente Diretor do Instituto Nacional de Formação Profissional e Contínua REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Luiz Inácio Lula da Silva Presidente da República Fernando Haddad Ministro da Educação Edson Marinho Duarte Monteiro Embaixador do Brasil em Timor-Leste Jorge Almeida Guimarães Presidente da CAPES Sandoval Carneiro Junior Diretor de Relações Internacionais da CAPES Fernando Spagnolo Coordenador do Programa de Capacitação de Docentes e Ensino da Língua Portuguesa em Timor-Leste Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 2
  • 3. Anderson Aliston Florentino Licenciado em Ciências Naturais com Habilitação em Biologia Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul Bianca Mees Chagas Licenciada e Bacharel em Ciências Biológicas Universidade Regional de Joinville Erivelto Rodrigues Teixeira Especialista em Microbiologia Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas Licenciado em Ciências Biológicas Universidade Federal do Amazonas João Cleto do Nascimento Licenciado em Ciências Biológicas Universidade de São Paulo Bacharel em Ciências Biológicas Universidade Guarulho Luiz Henrique Marinho Lages Licenciado em Ciências Biológicas Universidade Estadual do Rio de Janeiro Marina Pereira Reis Licenciada e Bacharel em Ciências Biológicas Universidade de Mogi das Cruzes Biologia VOLUME DOIS 11˚ANO ENSINO SECUNDÁRIO Editor Erivelto Rodrigues Teixeira Revisão da Língua Portuguesa Isabela Carvalho Macedo Diagramação e Editoração Erivelto Rodrigues Teixeira Capa Erivelto Rodrigues Teixeira Dili, Timor-Leste 2009 Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 3
  • 4. © BRASILCAPES/INFPC/ME/RDTL. Anderson Aliston Florentino; Bianca Mees Chagas; Erivelto Rodrigues Teixeira; João Cleto do Nascimento; Luiz Henrique Marinho Lages; Marina Pereira Reis, 2009. Direitos Reservados. Capes: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Alexandre Prestes Silveira Coordenador-Geral de Programas de Cooperação Internacional Idelazil Cristina do Nascimento Talhavini Coordenadora-Geral de Programas Especiais Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste – 2008/2009 Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa no Timor Leste Coordenador-Geral da Cooperação Brasileira em Educação no Timor-Leste: Prof o. Dr. Fernando Spagnolo Projeto Procapes Representante: Prof. Jailson Alves Disciplina: Biologia Prof o. Anderson Aliston Florentino; Profa. Bianca Mees Chagas; Prof o. Esp. Erivelto Rodrigues Teixeira; Prof o. João Cleto do Nascimento; Prof o. Luiz Henrique Marinho Lages; Profa. Marina Pereira Reis. Projeto Elpi Profa. Isabela Carvalho Macedo Projeto Gráfico: Erivelto Rodrigues Teixeira Revisão da Língua Portuguesa: Isabela Carvalho Macedo __________________________________________________ Dados para Catalogação Internacional Biologia – Volume Dois. Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste Anderson Aliston Florentino; Bianca Mees Chagas; Erivelto Rodrigues Teixeira; João Cleto do Nascimento; Luiz Henrique Marinho Lages; Marina Pereira Reis – Dili: BRASIL/CAPES/INFPC/ME/RDTL, 2009. Bibliografia Biologia (Ensino Secundário) I. FLORENTINO, Anderson Aliston; CHAGAS, Bianca Mees; TEIXEIRA, Erivelto Rodrigues; NASCIMENTO, João Cleto do; LAGES, Luiz Henrique Marinho; REIS, Marina Pereira. II. Título Código do Editor: 989-20 - Erivelto Rodrigues Teixeira ISBN 978-989-20-1618-4 (LIVRO DO ALUNO) ISBN 978-989-20-1619-1 (LIVRO DO PROFESSOR) Agência Nacional ISBN Av. Estados Unidos da América, 97 – 6º esq. • 1700-167 Lisboa tel.: 21 847 35 91 • fax: 21 847 35 90 • e-mail: isbn@apel.pt Site: http://www.apel.pt Como Citar as Obras: FLORENTINO, Anderson Aliston; CHAGAS, Bianca Mees; TEIXEIRA, Erivelto Rodrigues; NASCIMENTO, João Cleto do; LAGES, Luiz Henrique Marinho; REIS, Marina Pereira. Biologia – Volume Dois. Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste. Díli: BRASIL/CAPES/INFPC/ME/RDTL, 2009. FLORENTINO, Anderson Aliston; CHAGAS, Bianca Mees; TEIXEIRA, Erivelto Rodrigues; NASCIMENTO, João Cleto do; LAGES, Luiz Henrique Marinho; REIS, Marina Pereira. Biologia – Volume Dois, Livro do Professor. Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste. Díli: BRASIL/CAPES/INFPC/ME/RDTL, 2009. República Democrática de Timor-Leste Ministério da Educação Instituto Nacional de Formação Profissional e Contínua Dili, Timor-Leste 2009 Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 4
  • 5. Agradecimentos Anderson Aliston Florentino, Bianca Mees Chagas, Erivelto Rodrigues Teixeira, João Cleto do Nascimento, Luiz Henrique Marinho Lages e Marina Pereira Reis, agradecem a todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para o lançamento desta primeira edição do livro Biologia – Volume Dois: Livro do Professor, com destaque especial para: Fernando Spagnolo, pela escolha de nossos nomes para este projeto; Idelazil Cristina do Nascimento Talhavini, pelo desafio proposto a nós, que é passar um ano em terras Maubere; Alexandre Pestes Silveira, nosso coordenador no Brasil; Ricardo Araújo, por sempre responder nossos e-mails; Isabela Carvalho Macedo, pela revisão da Língua Portuguesa; Jailson Alves, pelo apoio moral; Armindo de Jesus Barros, pelo respeito que sempre teve conosco; Antoninho Pires, pela estrutura do INFPC para realização do trabalho; A todos nossos colegas da Cooperação Brasileira, pelas grandes amizades formadas em meio a uma convivência turbulenta, mas, com marcantes momentos de paz, amizade e confraternização que guardaremos para sempre. O que aconteceu no Timor-Leste, ficará para sempre no TimorLeste. Partimos dessa surpreendente terra com o coração iluminado por Deus por nosso dever cumprido; Ao Governo da República Democrática de Timor-Leste, por nos aceitar como autores de uma obra que fará parte da formação de toda uma geração; Erivelto Rodrigues Teixeira, pelo duro e cansativo trabalho de editoração e formatação desta obra; Ao timorense nosso amigo João José, o Jhon, por sua grande ajuda com o celacanto indonésio; A Deus, por nos permitir estarmos vivos para viver esse momento; A nossas famílias no Brasil, pela força dada que nos permitiu não desistir dessa aventura chamada Timor-Leste; A nossos pais, nossa eterna gratidão e nosso amor incondicional; A nossas esposas, maridos, filhos, netos, namoradas, namorados, amigos, que nos fazem sentir vivos e nos dão esperança, ainda que estejamos tão longe de casa; A todo povo timorense nosso muito obrigado por tudo que vocês representaram em nossas vidas, não nos esqueceremos de vocês ainda que nossos corações estejam distantes, e saibam todos que: Nesta obra, plantamos nossa alma, e que ela germine e possa nutrir o valente povo Maubere com frutos de eterna prosperidade. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 5
  • 6. SUMÁRIO Prefácio, 7 Apresentação da Obra, 8 Estrutura Geral da Obra, 9 UNIDADE I – METODOLOGIA DO ENSINO, 10 Seção 1, Técnica de Ensino, 11 Seção 2, Planejamento, 25 Seção 3, Linhas Orientadoras, 35 Seção 4, Pedagogia, 52 UNIDADE II – SUPLEMENTO DE ATIVIDADES, 56 Seção 5, Respostas, 57 Capítulo 1, Citologia, 58 Capítulo 2, Metabolismo Celular, 67 Capítulo 3, Histologia Vegetal, 73 Capítulo 4, Fisiologia Vegetal, 78 Capítulo 5, Histologia Animal, 86 Capítulo 6, Embriologia, 91 Capítulo 7, Sistema Nervoso, 95 Capítulo 8, Sistema Sensorial, 100 Capítulo 9, Sistema Cardiovascular, 105 Capítulo 10, Sistema Respiratório, 111 Capítulo 11, Sistema Digestório, 118 Capítulo 12, Sistema Excretor, 125 Capítulo 13, Sistema Locomotor, 128 Capítulo 14, Sistema Reprodutor, 138 Vocabulário, 143 Referencial Bibliográfico, 153 Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 6
  • 7. Prefácio A Cooperação entre Ministério da Educação do Brasil e Ministério de Educação de Timor-Leste, no âmbito do “Programa de Qualificação de Docente e Ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste”, abrange projetos de formação de professores de diferentes níveis de educação, desde a pré-primária até a de nível superior. O projeto Procapes ocupa-se, especificamente, da capacitação de professores da educação pré-secundária e secundária. É o maior projeto da cooperação brasileira e envolve cerca da metade de seus integrantes. Os professores do Procapes são licenciados e/ou pós-graduados em Matemática, Física, Química, Biologia, História e Geografia. Graças ao trabalho que eles desenvolveram nos últimos quatro anos, é possível hoje, nas escolas timorenses, lecionar e estudar essas disciplinas em língua portuguesa. A partir de 2005, quando foram elaborados os livros (sebentas) do primeiro ano de educação pré-secundária, foram produzidos, a cada ano, os livros das séries sucessivas. Em 2009, chegou-se até o segundo ano da secundária e espera-se, em 2010, de concluir essa coletânea de livros. Acompanha o livro, a partir de 2007, o Guia do Professor, que contém orientações, exercícios e respectivas soluções. Os livros tiveram que se guiar pelo currículo indonésio - tido com currículo transitório – por falta de um currículo definitivo da educação pré-secundária e secundária. No entanto, inovações foram introduzidas, tanto no conteúdo quanto na metodologia. Dessa forma, além de preencherem a grave lacuna de falta de livros em português, eles apontam caminhos para o novo currículo. O livro didático de nada serve se não é lido e estudado. É por isso que contêm exercícios, glossários e outras orientações para ajudar no ensino e na aprendizagem. Para que este livro tenha sucesso, é necessário que ele chegue a todas as escolas e que os professores o estudem e transmitam os conhecimentos aos alunos. Estas etapas do processo ensino-aprendizagem (compreensão, assimilação e transmissão) são as mais difíceis e precisam de muito estudo e dedicação. As capacitações intensivas promovidas pelo governo e o acompanhamento continuado aos professores feito pelo Procapes é a chance de aprofundar-se em sua área de conhecimento e de tornar-se um professor qualificado. A Cooperação Brasileira faz votos de que este livro se torne seu companheiro de viagem, que seja consultado, utilizado, debatido com seus alunos, e que se transforme em instrumento efetivo de melhoria da qualidade do ensino nas escolas pré-secundárias e secundárias de Timor-Leste. Prof.o Dr. Fernando Spagnolo Coordenador do Programa de Capacitação de Docentes e Ensino da Língua Portuguesa em Timor-Leste. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 7
  • 8. Apresentação da Obra Um dia um homem disse: A humanidade é salva, na mesma proporção em que adquire conhecimento. Mas, “salvar do quê?”, alguém poderia perguntar. A resposta seria salvar de nós mesmos. A educação é o alicerce de um povo, e só ela é capaz de mudar a forma de ver o mundo, de pensar. O Timor-Leste é um país que busca uma identidade social no mundo globalizado, onde o conhecimento é uma moeda de troca, a forma de inclusão do ser humano na nova sociedade do século XXI. Esta obra foi idealizada pelo grupo de Professores de Biologia do Programa de Capacitação de Docentes em Língua Portuguesa, da Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste, grupo composto por brasileiros das mais diferentes origens, desde grandes centros urbanos até regiões remotas do Brasil, mas de grande importância para a humanidade, como por exemplo, a floresta amazônica. Essa diversidade de culturas buscou entender a complexidade do pensamento moderno e atual do novo homem asiático, o timorense. O livro Biologia – Volume Dois: Livro do Professor é direcionado aos professores timorenses do segundo ano do ensino secundário do Timor-Leste, procurando contemplar as diversas opções de conteúdo adotadas pelo currículo timorense, dentro dos conceitos fundamentais das Ciências Biológicas. Entendemos este livro didático como instrumento flexível, uma fonte de informação atualizada e que também proponha atividades e exercícios para os estudantes timorenses, com o objetivo de estimular e promover a aprendizagem. Para ser um apoio efetivo nesse sentido, buscamos idealizar um texto claro, explicativo, estruturado e bem ilustrado, que convide os estudantes timorenses a vencer mais prazerosamente os desafios inerentes à aquisição de novos conhecimentos em Língua Portuguesa. Esperamos que esta edição ajude os estudantes timorenses a compreender os conceitos fundamentais em Biologia, além de facilitar a ligação conceitual aos eventos cotidianos. Temos a intenção de que os mesmos percebam o quanto as Ciências Biológicas têm sido importante para a humanidade, e o grande potencial para novas descobertas que se delineia neste século XXI, principalmente aqui no Timor-Leste, um país com um vasto campo de pesquisa pronto para ser explorado. Nossa expectativa é que cada professor timorense possa utilizar este livro da melhor maneira possível, de acordo com a disponibilidade de sua carga horária e de seus objetivos de aprendizagem. Os Autores Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 8
  • 9. Estrutura da Obra O Livro do Professor da obra Biologia – Volume Dois tem a finalidade de subsidiar o professor da disciplina Biologia, do segundo ano do ensino secundário, no que tange ao processo ensino-aprendizagem. Está estruturado em duas unidades, e cinco seções, com os 14 capítulos constantes no livro-texto. Na Unidade I, Metodologia do Ensino, a seção um aborda diferentes técnicas de ensino, detalhadas e com ilustrações de simples entendimento. Na seção dois, está o planejamento. Nessa parte, o professor tem acesso a modelos de planos em diferentes níveis de amplitude. O plano de ação semanal proposto é uma alternativa para um melhor controle do conteúdo aplicado aos alunos. Ele é dividido nas seguintes partes: Horário, onde o professor deve indicar o dia da semana e a hora que será dada a aula. Conteúdo do livro, nesta seção o professor deve escrever o nome do capitulo e a as páginas que serão trabalhadas naquele dia. Na seção seguinte, Estratégia, é onde o professor deve indicar a técnica de ensino na qual planejou a aula. As atividades, o professor deve indicar a atividade do livro ou uma atividade feita pelo próprio professor. O plano de aula é caracterizado pela descrição específica de tudo que o professor realizará em classe durante as aulas de um período específico. O plano de aula deve ser elaborado seguindo as fases da aprendizagem, ou seja, deve seguir uma linha de ensino-aprendizagem contínua. São as fases de aprendizagem: apresentação, desenvolvimento e integração. Na apresentação o professor prepara a classe para a compreensão de novos conteúdos. No desenvolvimento acontece a análise. Nessa etapa acontece o processo de orientação e aprendizagem do aluno. É nessa etapa que acontece o estudo de um texto, a realização de um experimento, a resolução de exercícios, etc. A integração é a etapa final. Nessa fase o professor faz a verificação dos resultados obtidos pelos alunos na fase do desenvolvimento. O plano de ensino é o planejamento geral, só pode ser realizado se houver um calendário anual, pois estarão nele as atividades de um ano inteiro. Na elaboração de um plano de ensino devem ser considerados vários pontos e critérios que unidos especificam quais os objetivos finais o professor espera alcançar no decorrer do ano letivo. Os critérios que o professor deve estar atento durante a confecção de seu plano de ensino são: Adequação dos estímulos, especificação operacional, estrutura flexível e ordenação. Na seção três estão as linhas orientadoras, onde o professor tem informações como o número de aulas anuais. Na seção quatro oferecemos ao professor uma abordagem simples e sucinta sobre pedagogia. Na Unidade II, o Suplemento das Atividades do livro-texto, apresenta a seção cinco, respostas, dividida em 14 capítulos. Em cada capítulo, o conteúdo do livro-texto é apresentado por meio de um esquema com os principais tópicos do capítulo, seguido dos objetivos do capítulo e dos pré-requisitos necessários ao entendimento do conteúdo. Depois estão relacionadas às respostas de todas as atividades do livro texto, obedecendo a mesma seqüência. O aprendizado requer participação ativa dos estudantes. Atividades de pesquisa bibliográfica, seminários, aulas práticas na sala e no campo, e estudos dirigidos, entre outras estratégias pedagógicas, podem tornar altamente dinâmico e motivador um curso de Biologia do ensino secundário. O professor deve sempre ler os objetivos de cada capítulo a seus alunos, assim eles saberão da importância de entender cada conteúdo ensinado. A capacidade do aluno de aprender, não existe apenas para este se adaptar a um novo local ou a uma nova série, mas, sobretudo para transformar sua realidade, para nela intervir, recriandoa, o professor é o mediador desse processo. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 9
  • 10. UNIDADE I Metodologia do En s i n o Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 10
  • 11. Seção 1 TÉCNICAS DE ENSINO A elaboração das técnicas de ensino apresentadas nesta edição do livro Biologia Volume Dois: Livro do Professor procurou ser direcionada a realidade do professor timorense e partiu de questionamentos sobre como eram dadas as aulas nas escolas timorenses, onde se constatou um ensino bastante tradicional, reflexo dos anos em que o país esteve sob domínio de outras nações. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 11
  • 12. 1.1 TÉCNICAS DE ENSINO A metodologia de ensino procura apresentar roteiros para diferentes situações didáticas, conforme a corrente pedagógica adotada pelo professor ou pela escola, de forma que o aluno se aproprie dos conhecimentos propostos e apresente suas pesquisas e demais atividades pedagógicas. A análise da prática pedagógica tem demonstrado que só serão possíveis mudanças significativas na educação timorense, à medida que o professor tiver uma compreensão profunda da razão de ser da sua prática e uma clara opção política sobre do seu ato pedagógico. Embora muitos professores sintam que têm um papel importante na determinação de mudanças significativas no processo de ensino, e se frustram quando, na busca de alternativas, nem sempre conseguem bons resultados. Se na sua prática cotidiana o professor percebe que a metodologia adotada favorece apenas alguns alunos, em detrimento de outros ou da maioria, é preciso que ele compreenda e tenha claro o porquê disso, a que alunos este método favorece e porque os favorece. Sem essa compreensão, dificilmente conseguirá mudanças que levam a resultados significativos. O objetivo de ensino é o definidor dos critérios de seleção e organização dos métodos e técnicas. A estrutura do assunto a ser ensinado determina o tipo de atividade. A etapa no processo de ensino determina o tipo de atividades mais indicado. As atividades metodológicas desenvolvidas devem ser combinadas, de forma simultânea ou seqüencial, oferecendo ao aluno a oportunidade de perceber e analisar o assunto sob diversos ângulos. As técnicas de ensino propostas neste livro estão relacionadas partindo de seus devidos objetivos e uma sucinta explicação da metodologia. Os métodos de ensino apresentados seguem três modalidades básicas: Métodos de Ensino Individualizado A ênfase está na necessidade de se atender às diferenças individuais, como por exemplo: ritmo de trabalho, interesses, necessidades, aptidões, etc., predominando o estudo e a pesquisa, o contato entre os alunos é acidental. Métodos de Ensino Socializado O objetivo principal é o trabalho de grupo, com vistas à interação social e mental proveniente dessa modalidade de tarefa. A preocupação máxima é a integração do educando ao meio social e a troca de experiências significativas em níveis cognitivos e afetivos. Métodos de Ensino Sócio-Individualizado Procura equilibrar a ação grupal e o esforço individual, no sentido de promover a adaptação do ensino ao educando e o ajustamento deste ao meio social. Métodos Testados em Timor-Leste As técnicas de ensino objetivam tornar a aula mais dinâmica e construtiva, que busque levar a formação plena do aluno numa abordagem crítica e atual, e, que fuja da aula tradicional e monótona, levando o aluno a participar do processo de ensino e aprendizagem. Essa participação visa despertar o interesse pelos conhecimentos biológicos, e como estes poderão ser úteis em seu dia-a-dia, tanto em Timor-Leste, Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 12
  • 13. como em qualquer parte do mundo, tendo em vista que o conhecimento é universal. O quadro a seguir sugere a escolha das técnicas em função dos objetivos a atingir (Quadro 1.1). Quadro 1.1 As técnicas de ensino e seus objetivos. Modalidades Técnicas Básicas Individualizado Estudo Dirigido Ensino por fichas Instrução programada Ensino por módulos Socializado Discussão em pequenos grupos Estudo de casos Discussão 66 ou Phillips 66 Painel Painel Integrado Grupo de cochicho Discussão dirigida Brainstorming Seminário Aplicações Estimular método de estudo e pensamento reflexivo. Levar a autonomia intelectual. Atender a recuperação de estudos. Revisão e enriquecimento de conteúdos Apresentação de informações em pequenas etapas e seqüência lógica. Fornece recompensa imediata e reforço. Permite que o aluno caminhe no seu ritmo próprio. Leva o estudante a responsabilidade no desempenho das tarefas propostas. Propõe ao aluno os objetivos a serem atingidos e variadas atividades para alcançar esses objetivos. Troca de idéias e opiniões face a face. Resolução de problemas. Busca de informações. Tomada de decisões. Revisão de assuntos. Estímulo à ação. Troca de idéias e conclusão Definir pontos de acordo e desacordo. Debate, consenso e atitudes diferentes (assuntos polêmicos) Troca de informações. Integração total (das partes num todo). Novas oportunidades de relacionamento. Máximo de participação individual. Troca de informações. Funciona como meio de incentivação. Facilita a reflexão. Solução conjunta de problemas. Participação de todos os Criatividade (Idéias originais). Participação total e livre. Estudo aprofundado de um tema. Coleta de informações e experiências. Pesquisa, conhecimento global do tema. Reflexão crítica. As técnicas descritas nessa obra foram testadas e aprovadas pelos professores de biologia do Brasil e de Timor-Leste, durante a capacitação dos professores timorenses Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 13
  • 14. em língua portuguesa no ano de 2008, nos distritos de Ainaro, Baucau, Bombonaro e Dili, em Timor-Leste. Leitura Marcada Objetivos Desenvolver a leitura interpretativa; Reconhecer o som e a pronúncia correta de palavras em língua portuguesa. A técnica denominada de leitura marcada deve ter um cartaz explicativo, como exemplificado abaixo, com seus objetivos e metodologias na sala, visível aos alunos. Ela consiste em uma leitura feita pelos alunos, um aluno para cada parágrafo, onde o professor deve questionar o aluno sobre o entendimento do parágrafo, para em seguida, o professor explicar brevemente o parágrafo e assim continuar a leitura com outro aluno escolhido pelo aluno que terminou de ler, com isso os alunos são encorajados a participar das aulas (Fig. 1.1). Figura 1.1 Cartaz de apresentação da técnica de ensino: Leitura Marcada. Aula Explicativa com Esquema Objetivos Desenvolver a capacidade de síntese do professor. Construir conhecimentos a partir da interligação de conceitos. Nessa técnica de ensino o professor deve montar um esquema usando uma parte Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 14
  • 15. de um dos capítulos do livro Biologia – Volume Dois. O esquema pode seguir o modelo acima (Fig. 1.2). Figura 1.2 Representação de um esquema da glândula tireóide. (Baseado em Amabis e Martho, 2006) Aula Dialogada Objetivos Desenvolver a capacidade de raciocínio lógico; Sistematizar conhecimentos. A técnica de aula dialogada deve ter à disposição um cartaz explicativo ao aluno, como uma gravura de uma planta por exemplo. O professor deve estudar bastante o conteúdo previamente, e à medida que explica usa o quadro branco (lousa) para registrar palavras pertinentes ao tema explicado. Mas, sem utilizar nenhuma fonte de consulta enquanto der sua aula a fim de passar segurança e domínio de assunto para o aluno (Fig. 1.3). Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 15
  • 16. Figura 1.3 Cartaz de apresentação da técnica de ensino: Aula Dialogada. Aula Expositiva Objetivos Interligar teoria; Prática e construir conhecimento. Nessa técnica o professor deve levar uma planta ou animal e colocar palavras no quadro e explicar seu significado. Em seguida, contextualizar o tema à medida que questiona os alunos através de diálogos diretos. O professor não poderá usar nenhuma fonte de consulta escrita enquanto aplica sua aula, para demonstrar domínio de conteúdo, e assim fortalecer seu vínculo com o aluno (Fig. 1.4). Figura 1.4 Cartaz de apresentação da técnica de ensino: Aula Expositiva. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 16
  • 17. Visita de Campo Objetivos Reconhecer conceitos teóricos na prática; Buscar a interação com o aluno na redescoberta do conhecimento. As aulas de visita de campo servem para apresentar ao aluno o meio ambiente e seu funcionamento além de coletar materiais para a técnica “aula expositiva”. O professor deverá explorar os recursos e junto com o aluno construir o conhecimento, partindo de teorias até as práticas. A aula exige um conhecimento mais aprofundado sobre conceitos biológicos, por isso o professor deve ter visitado previamente o local e identificado os recursos a serem usados na explicação (Fig. 1.5). Figura 1.5 Fotografia de uma aula de campo em Dili, Timor-Leste. A professora explica como funciona a vegetação denominada de mangue. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 17
  • 18. Aula Prática Objetivos Inter-relacionar teoria e prática; Reconhecer conceitos básicos da Biologia. A aula prática consiste em incentivar o aluno a descobrir a ciência e sua importância para o mundo. Ao término da aula o aluno deve ser incentivado a expor seu trabalho e o professor deve questioná-lo sobre os resultados obtidos no experimento contextualizando a teria com a prática, sendo que o aluno deverá justificar suas devidas afirmações (Fig. 1.6). Figura 1.6 Fotografia de aula prática sobre o pulmão artificial. Seminários, Jogos e Dinâmicas de Grupo Objetivos Introduzir novos mecanismos de avaliação contínua; Induzir os alunos a participar das aulas. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 18
  • 19. o Tira o chapéu O conteúdo trabalhado com essa técnica será sobre um dos capitulo do Livro Biologia – Volume Dois. Cada um dos alunos deverá redigir uma pergunta com a devida resposta, dentro do conteúdo trabalhado previamente pelo professor, e colocá-la em um chapéu. Lembrando que a dinâmica incluí uma premiação: a posse de uma bala ou bombom (rebuçado) por cada um dos alunos. Todos os alunos devem ser desafiados, um a um pelos colegas, quem acerta a pergunta ganha a bala do desafiador, errando a resposta, deverá entregar sua bala ao seu desafiante (Fig. 1.7). Figura 1.7 Cartaz de apresentação da técnica de ensino: Tira o chapéu. o Bingo Nessa atividade pretende-se trabalhar uma proposta de diferenciação baseada não em decorar os nomes, mas entender que está envolvido na formação dos mesmos ou seus conceitos fundamentais. Cada aluno deve elaborar uma cartela de bingo contendo diferentes nomes propostos pelo professor, por exemplo, de estruturas da célula. Em seguida, o professor, retira de uma sacola plástica uma a uma as perguntas e o aluno deve marcar na cartela se tiver a resposta. Por exemplo: Qual a organela responsável pela respiração celular? Resposta: Mitocôndria (Fig. 1.8). Figura 1.8 Cartaz de apresentação da técnica de ensino: Bingo. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 19
  • 20. o Seminários Seminários devem ser usados para tirar dúvidas sobre os mais diversos temas da biologia, preferencialmente com conteúdo já trabalhado pelo professor, e centrados em avaliar o desempenho do aluno de modo a não tolir, ou seja, destruir a criatividade, e sim incentivar a exposição de idéias. Feira de Ciências Objetivos Difundir conhecimentos científicos; Aproximar a comunidade da escola. A idéia da feira de ciências é expor todos os materiais produzidos pelos alunos, como experimentos, maquetes, modelos, cartazes e outros, para os visitantes da comunidade. Cada grupo de alunos deverá receber um tema e estes deverão buscar meios para expor o tema, o professor deve incentivar a criatividade. A feira de ciências deve ter um tema geral como base, por exemplo, humanidade e ambiente, saúde e higiene, entre outros temas gerais (Fig. 1.9). Figura 1.9 Fotografia da Feira de Ciências de Ainaro de 2008. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 20
  • 21. Recursos audiovisuais Objetivos Utilizar vídeos, imagens e software para fixar conhecimentos específicos; Induzir o aluno à reflexão através da visualização de ações do cotidiano. Com o uso de algum recurso audiovisual, os alunos são levados a conhecer temas pertinentes à biologia através de projetores, filmes e documentários, ou mesmo algum evento que esteja ocorrendo na cidade sobre os mais diversos temas da biologia com o intuito de demonstrar ao aluno como ele pode explorar o cotidiano na fixação de conhecimentos Elaboração de atividades diversificadas Objetivos Diversificar as atividades diárias dos alunos buscando a motivação na sua realização; Incentivar a criatividade na elaboração de trabalhos para casa. Baseado no conteúdo do livro Biologia – Volume Dois, o professor levará o aluno a usar a técnica de elaboração de atividades diferenciadas como a criação de gibi (revista em quadrinhos) que exige criatividade do aluno. Um painel de seres vivos pode ser feito a partir de visitas de campo com recolhimento de sementes, folhas e flores, e, um álbum de folhas prensadas feito a partir da desidratação de folhas simples e compostas (Fig. 1.10). Figura 1.10 Modelo de álbum de folhas prensadas.. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 21
  • 22. Produção e uso de cartazes Objetivos Direcionar enfoque em conteúdos específicos; Visualizar temas relevantes da biologia. Esta técnica é centrada na utilização de materiais didáticos como cartazes, sejam estes de origem impressas ou confeccionados pelo próprio professor. A criatividade do professor pode superar a falta de materiais, podendo utilizar materiais alternativos mais fáceis de serem encontrados. A criatividade do professor será o diferencial do material didático produzido (Fig. 1.11). Figura 1.11 Apresentação de sala de aula com cartazes feitos pelo próprio professor na Escola Secundária Santa Maria de Ainaro, TimorLeste. 1.2 MUDANÇAS COM O ENSINO Em tempos de mudanças com o ensino que se transforma a todo tempo e novas técnicas de ensino, o que se esperava dos alunos era uma vontade de aprender passiva para mudar a realidade em que vive. Porém com a introdução das novas tecnologias e Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 22
  • 23. as diversas técnicas e inovações principalmente na área educacional, o professor ganhou novos aliados para instigar nos seus alunos a vontade de aprender. A Educação e a Integração A educação propõe um repensar o conhecimento, pois ela é muito mais do que desenvolver no aluno a capacidade de aprender, é a escola que redefine o papel da sociedade atribuindo novos objetivos estimulando e aprofundando as novas habilidades cognitivas do aluno. Dessa forma, educar requer participações ativas do aluno. Educar é ouvir, falar, ler, discutir, escrever, raciocinar, trocar idéias, debater crescer com os erros e acertos, uns dos outros. A escola deve estar sempre se atualizado e acompanhando as mudanças da sociedade, pois a dimensão filosófica conduz o aluno a uma lógica formal e ao desenvolvimento de valores tornando-se uma base sólida na formação da cidadania. Dessa forma o papel do educador hoje esta mais para instigador do educando na aventura de sua busca pelo conhecimento, não só na sala de aula, mas em toda parte, proporcionando ao aluno condições para que este amplie seu relacionamento com o plano social, semântico e virtual. Quem Ensina Aprende Visando o caráter construtivista da escola, nós professores, contamos com a colaboração e a participação dos alunos em todos os sentidos das aulas, esclarecendo dúvidas e buscando novas hipóteses. A práxis educacional compreende uma atitude humana não meramente casual, mas capaz de transformar a natureza e a sociedade sendo subsídios para essa atitude à junção de conhecimentos teóricos e práticos. Paulo freire, mestre neste sentido, nos informa que quem ensina aprende e quem aprende ensina ao aprender. A Inclusão Digital O uso dos computadores nas escolas é uma alternativa para despertar o interesse do aluno, desenvolvendo habilidades de leitura, interpretação, interdisciplinaridade e interação social que contribuem com a sua formação. As novas tecnologias que estão surgindo deixam cada vez mais no passado os métodos antigos e tradicionais de dar aula, e dão lugar a um novo aprendizado proporcionado pela instalação de computadores nas escolas. A inclusão digital surgiu com a necessidade das pessoas utilizarem a informática nas situações do cotidiano como, por exemplo, utilizar o caixa eletrônico de um banco, o qual exige que a pessoa compreenda as informações emitidas pela máquina para que consiga o seu objetivo. Sem entender o texto que está escrito não é possível realizar nenhuma transação bancária no caixa eletrônico, tornando mais complicado e demorado este procedimento. O Professor e a Criatividade Cabe ao professor, portanto, criar condições para que os alunos possam apropriarse de características discursivas e lingüísticas de gêneros diversos, em situações de comunicação real. Isso pode ser feito com muita eficiência por meio de projetos pedagógicos que visem ao conhecimento, à leitura, à discussão sobre o uso e as funções Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 23
  • 24. sociais dos gêneros escolhidos e, quando pertinente, à sua produção escrita e circulação social. O professor deve usar tudo que estiver ao seu alcance para propiciar ao aluno um aprendizado completo, para assim, garantir ao educando condições de conhecer e experimentar toda tecnologia para o beneficio de sua educação e crescimento educacional e profissional. Dessa forma, educar requer participações ativas do aluno. Dessa forma o papel do educador hoje está mais para instigador do educando na aventura de sua busca pelo conhecimento, não só na sala de aula, mas em toda parte, proporcionando ao aluno condições para que este amplie seu relacionamento com o plano social, semântico e virtual. O Professor e a Violência A arte da dialética, o poder de argumentação, do convencimento, está intimamente ligada ao respeito que o professor deve ter pelo estudante. A experiência levará o professor a perceber uma maneira só dele de dominar a sala de aula. Não há necessidade de violência para controlar os alunos, o respeito pelo trabalho do professor precisa ser conquistado. O processo de ensino e aprendizagem exige uma cumplicidade do professor com o aluno. Afinal, uma coisa é o professor ensinar, e outra bem diferente é o aluno aprender. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 24
  • 25. Seção 2 PLANEJAMENTO Planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 25
  • 26. 2. PLANEJAMENTO O planejamento é o processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações. Planejar, em sentido amplo, é um processo que visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro. Mas considerando as condições do presente, as experiências do passado, os aspectos contextuais e os pressupostos filosófico, cultural, econômico e político de quem planeja e com quem se planeja. Existem vários tipos de planejamento, um chamado de Plano de Ação Semanal, o professor deve usar para controlar o conteúdo do livro principalmente. É mais simples e de fácil utilização. Os outros planos seguem sendo explicados a seguir. 2.1 PLANO DE AÇÃO O plano de ação deve ser usado pelo professor para controlar de maneira prática seu conteúdo a ser aplicado. Nele consta o horário das aulas, o conteúdo do livro de cada ano do ensino secundário, a técnica de ensino adotada, e as atividades de sala e de casa (Quadro 2.1). Quadro 2.1 Modelo de Plano de Ação. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 26
  • 27. 2.2 PLANO DE AULA O plano de aula é um documento utilizado pelo professor para elaborar o seu dia letivo, para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos, culminando com a definição dos mesmos, pois somente desse modo é que se podem responder as questões indicadas acima. O plano é a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar. Plano tem a conotação de produto do planejamento. Plano de aula é um guia e tem a função de orientar a prática do professor, partindo da própria prática e, portanto, não pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes momentos do processo de planejar que, por sua vez, envolve desafios e contradições É o processo que antecede as ações e tem função de organizador da prática pedagógica. Para tanto necessita ter dados precisos e claros. É a previsão inteligente e bem calculada de todas as etapas do trabalho educacional que envolvem as atividades docentes e discentes, de modo a tornar o ensino seguro e eficiente. A esse conceito poderíamos hoje acrescentar, ainda, colocar em ordem os passos que se devem seguir de forma qualitativa e estruturada. Aqui temos algumas informações necessárias para iniciarmos uma pesquisa reflexiva para elaboração de um plano de aula diferenciado. Ao qual apresente uma seqüência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia letivo em sala de aula com detalhes, objetivos a serem alcançados (conhecimento, competências e habilidades), itens do conteúdo, as metodologias e estratégias que serão utilizadas, os procedimentos que serão adotados e as atividades que serão desenvolvidas assim como os recursos, a avaliação e referência. Porém encontramos uma diversidade de modelos bastante diferenciados, uma vez que esta atividade muda conforme o modelo de cada instituição, mas há uma matriz na qual se pode apoiar para a construção do nosso plano de aula a fim de alcançar nossos objetivos pedagógicos. Embora represente apenas uma faceta da atividade docente, o plano de aula proporciona maior qualidade, equilíbrio e segurança ao professor na sala de aula. Sendo que, permite a esse profissional auxiliar de maneira mais eficaz os alunos; encorajando-os assim, a serem pensadores críticos, criativos e atuantes, com capacidade para assumirem sua própria e permanente formação. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 27
  • 28. Identificação do plano o o o o o o Nome da instituição de ensino (também do centro e do departamento se for o caso); Nome do curso (Secundário); Ano (série); Área do conhecimento (Disciplina); Nome do professor ministrante; Tema da aula ou assunto. IDENTIFICAÇÃO DO PLANO Escola ___________________________________________________________________ Nome do curso: Secundário Ano: 11o – 2o secundário Disciplina: Biologia Nome do Professor: ________________________________________________________ Tema da aula: Citologia Conteúdo Programático o o Estabelecimento de tópicos na seqüência em que vão ser apresentados no decorrer da aula; Considerar que toda aula tem abertura, desenvolvimento e encerramento (início, meio e fim). CONTEÚDO PROGRAMÁTICO A história da célula Cientistas pioneiros; Teoria celular Tipos de células Objetivos: o Uso de verbos como capacitar, instrumentalizar, compreender, reconhecer, descrever, reconhecer, entre outros verbos, para traçar a meta da aula. OBJETIVOS Compreender que a célula é a unidade fundamental da vida. Reconhecer os componentes da célula Estratégias de aprendizagem e metodologia: Procedimentos adotados para facilitar o processo de aprendizagem. o Aulas expositivas; o Dinâmicas; Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 28
  • 29. o Debates; o Seminários; o Exercícios; o Análises; o Situações-problemas; E outros que o professor julgue necessário. Recursos Didáticos: A designação dos recursos áudios-visuais mostra a dinâmica da aula. o Quadro de giz; o Retroprojetor; o Datashow; o Rádio; o Cartazes; o Painéis; o Vídeo; o DVD. E outros que o professor julgue necessário. Avaliação: Designa de que forma o professor avaliará os alunos na aula. o Participação; o Análise de caso; o Atividades práticas; o Situações-problemas; o Apresentação de trabalhos. E outros que o professor julgue necessário. Referências: o Indicar conforme as normas vigentes, os autores e obras utilizados na preparação da aula; o Indicar periódicos e sites visitados. A seguir apresentamos alguns modelos de formulários de plano de aula. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 29
  • 30. REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AULA Escola: ______________________________________________________________ Nome do curso: __________________________________________________________ Ano:________ Disciplina: ______________________________________________ Nome do Professor: _____________________________________________________ Tema da aula: _________________________________________________________ CONTEÚDO PROGRAMÁTICO OBJETIVOS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM E METODOLOGIA RECURSOS DIDÁTICOS AVALIAÇÃO REFERÊNCIAS Assinatura da Supervisão Escolar: ______________________________________ Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 30
  • 31. PLANO DE AULA Escola ____________________________________________ Data: ___/_____/___ Professor: ________________________________ Distrito: ____________________ CONTEÚDO PROGRAMÁTICO OBJETIVOS METODOLOGIA REFERÊNCIAS RECURSOS DIDÁTICOS AVALIAÇÃO _________________________________________________ Assinatura da Supervisão Escolar ou Pedagogo (a) Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 31
  • 32. 2.3 PLANO DE ENSINO Aprendizagem é, por excelência, construção; ação e tomada de consciência da coordenação das ações. Na prática pedagógica é importante o professor conhecer como ocorre a aprendizagem e ter claro a sua posição. No ensino de Biologia, como no ensino informatizado, existe um consenso de que as atividades experimentais são essenciais para a aprendizagem científica, mas essas atividades devem levar o aluno a ter ações eficazes, modificando suas estruturas e, talvez, até criando uma nova estrutura, sempre a partir de um processo de desenvolvimento. Um plano de ensino tem como principal objetivo fazer a distribuição do conteúdo programático que será trabalhado durante o ano, o semestre, o trimestre, etc. e nele ainda deverá constar o número de aula e o tempo necessário para cada assunto abordado dentro da disciplina. É importante ressaltar que o plano de ensino deve ser encarado como uma necessidade e não como exigência ou obrigação imposta pela escola. PLANO DE ENSINO Disciplina: COLOQUE AQUI O NOME DA DISCIPLINA Carga Horária Anual: QUANTAS AULAS ACONTECEM POR ANO Curso: QUAL O NÍVEL DE ENSINO? SECUNDÁRIO, PRÉ-SECUNDÁRIO Professor: SEU NOME Horário de aulas: DIA E HORÁRIO Objetivos da Disciplina: PARA QUE ESTUDAR ESSA MATÉRIA? Metodologia de Ensino: O CURSO ENVOLVERÁ QUE TIPOS DE AULAS. Ementa: LISTAR TODOS OS CONTEÚDOS A SEREM TRABALHADOS NO ANO INTEIRO. Programa: SEPARAÇÃO DOS CAPÍTULOS POR TRIMESTRE. Critérios de Avaliação: COMO O ALUNO SERÁ AVALIADO. Conduta esperada: ESPERA-SE DOS ALUNOS COMO FUNDAMENTO O RESPEITO MÚTUO. ESSA CONDUTA INCLUI OS ELEMENTOS ABAIXO, EMBORA NÃO SE LIMITE SOMENTE A ESTES: • Presença nas aulas: CADA AULA SE BENEFICIA DA PRESENÇA E PARTICIPAÇÃO DE TODOS. A NOTA DE PARTICIPAÇÃO SERÁ AFETADA NEGATIVAMENTE PELAS AUSÊNCIAS ÀS AULAS. • Pontualidade: QUEM CHEGA ATRASADO PODE INTERROMPER A EXPOSIÇÃO DO PROFESSOR E AS DISCUSSÕES EM CLASSE, ALÉM DE SIGNIFICAR UM DESRESPEITO PARA COM OS QUE CHEGARAM NA HORA. • Minimizar interrupções: TELEMÓVEIS, PAGERS E OUTROS APARELHOS ELETRÔNICOS DEVEM SER DESLIGADOS Calendário Anual de Atividades (Aula, Data, Item do programa Atividades a desenvolver e Bibliografia Utilizada) Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 32
  • 33. REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PLANO DE ENSINO ESCOLA: _______________________________________________________ DISTRITO: _____________________________SUB-DISTRITO:____________ ANO LETIVO: ________ Disciplina: Carga Horária Anual: Curso: Professor (a): Horário de aulas: Objetivos da Disciplina: Metodologia de Ensino: Ementa: Programa: Critérios de Avaliação: Conduta esperada: Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 33
  • 34. Calendário Anual de Atividades: Setembro Outubro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Assinatura da supervisão escolar: ______________________________________ Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 34
  • 35. Seção 3 LINHAS ORIENTADORAS A escola deve estar sempre se atualizado e acompanhando as mudanças da sociedade, pois a dimensão filosófica conduz o aluno a uma lógica formal e ao desenvolvimento de valores tornando-se uma base sólida na formação da cidadania. Dessa forma o papel do educador hoje esta mais para instigador do educando na aventura de sua busca pelo conhecimento, não só na sala de aula, mas em toda parte, proporcionando ao aluno condições para que este amplie seu relacionamento com o plano social, semântico e virtual. As linhas orientadoras de uma obra têm a missão de direcionar o trabalho do professor servindo de subsídios para uma atitude de junção de conhecimentos teóricos e práticos. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 35
  • 36. 3. LINHAS ORIENTADORAS As linhas orientadoras servem para ajudar o professor a programar seu conteúdo conforme a quantidade de aulas previstas por semana e principalmente pelas aulas dadas. Como entender a proposta das linhas orientadoras: 1. Verificar a quantidade de aulas previstas por semana fazer um cálculo para descobrir a quantidade de aulas previstas para o ano letivo; 2. Separar os conteúdos conforme a quantidade de aulas previstas; 3. Na nossa proposta separamos o ano letivo em 32 semanas, mas cabe ao professor adaptar a sua realidade. Fonte dos Conteúdos FLORENTINO, Anderson Aliston; CHAGAS, Bianca Mees; TEIXEIRA, Erivelto Rodrigues; NASCIMENTO, João Cleto do; LAGES, Luis Henrique Marinho; REIS, Marina Pereira. Biologia – Volume Dois. Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste. Díli: BRASIL/CAPES/INFPC/ME/RDTL, 2009. Outras Referências Indicadas Pelos Autores AMABIS, José M; MARTHO, Gilberto. Fundamentos de Biologia Moderna. São Paulo, Moderna: 2006. ANDERSEN, Jesper L.; SCHJERLING, Peter & SALIW, Bent. Muscle, gene and athletic performance. Scientific American, 283:30-37, 2000. APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S. M. Anatomia Vegetal. Ed. UFV - Universidade Federal de Viçosa. 2003, Viçosa. ARMAS, Karen, CAMP, Pamela S. Biology. Orlando: Sanders college Publishing, 1995 CUTTER, E.G. 1986. Anatomia Vegetal. Parte I - Células e Tecidos. 2ª ed. Roca. São Paulo. CUTTER, E.G. 1987. Anatomia Vegetal. Parte II - Órgãos. Roca. São Paulo. ESAU, K. 1960. Anatomia das Plantas com Sementes. Trad. 1973. Berta Lange de Morretes. Ed. Blucher, São Paulo. FAVARETO, J. A; MERCADANTE, C. Componente curricular Biologia. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2005. FERRI, M.G., MENEZES, N.L. & MONTENEGRO, W.R. 1981. Glossário Ilustrado de Botânica. Livraria Nobel S/A. São Paulo. FRICKE, Hans. Coelacanthus: the Fish that Time forgot. National Geografic, 173, 1988, p. 824-38. LINHARES, S.; GEWANDSNAJDER, F. Biologia Hoje, vol. 2. Rio de Janeiro, Ática: 1994 PAULINO, W. R. Biologia volume único novo ensino médio. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2003 RAVEN, P.H.; EVERT, R.F. & EICHCHORN, S.E. 2001. Biologia Vegetal. 6ª . ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. ROMER, A. S.; PARSONS, T. S. Anatomia comparada dos vertebrados. São Paulo, Atheneu: 1985 SOERENSEN, B.; Animais peçonhentos. São Paulo, Atheneu: 1990 STORER, T. I.; USINGER, R. L.; STEBBINS, R. C.; NYBAKKEN, J. W.; Zoologia Geral. Rio de Janeiro, Companhia Editora Nacional: 1991. O Celacanto. Uma espetacular expedição à procura dos celacantos. Disponível em: www.criptopage.caixapreta.org/secao/criptozoologic . Acesso em 10 de novembro de 2008. The Internet Encyclopedia of Science. Anatomy & Physiology. Disponível em www.daviddarling.info/encyclopedia/B/biceps.html Acesso em 17 de novembro de 2008. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 36
  • 37. 3.1 DIVISÃO DOS CAPÍTULOS POR TRIMESTRE 1.o TRIMESTRE UNIDADE I – BASES BIOLÓGICAS Capítulo 1, Citologia Capítulo 2, Metabolismo Celular Capítulo 3, Histologia Vegetal Capítulo 4, Fisiologia Vegetal Capítulo 5, Histologia Animal 2.o TRIMESTRE Capítulo 6, Embriologia UNIDADE II – SISTEMAS DE CONTROLE CORPORAL Capítulo 7, Sistema Nervoso Capítulo 8, Sistema Sensorial Capítulo 9, Sistema Cardiovascular Capítulo 10, Sistema Respiratório 3.o TRIMESTRE Capítulo 11, Sistema Digestório Capítulo 12, Sistema Excretor UNIDADE III – MOVIMENTO E REPRODUÇÃO Capítulo 13, Sistema Locomotor Capítulo 14, Sistema Reprodutor Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 37
  • 38. 3.2 PRIMEIRO TRIMESTRE Semanas: o Aulas previstas para o primeiro trimestre PREVISÃO DE AULAS 14 Semanas CAPÍTULO 1, CITOLOGIA Tópicos e Sub-Tópicos o o o o o A HISTÓRIA DA CÉLULA ENVOLTÓRIOS CELULARES o Parede Celular, Glicocálix e Membrana Plasmática o Endocitose o Transporte Passivo o Tranporte Ativo o Exocitose CITOPLASMA o Retículo Endoplasmático o Ribossomos o Complexo Golgiense o Lisossomos o Peroxisossomos o Mitocôndrias o Plastos o Citoesqueleto o Centríolos o Cílios de Flagelos NÚCLEO CELULAR o Carioteca o Cromatina, Nucléolo e Nucleoplasma o Cromossomos, Genes e DNA o O Centrômero e Classificação dos Cromossomos O CICLO CELULAR E A MITOSE o Interfase o Mitose o Meiose Objetivos o o Compreender que a célula é a unidade fundamental da vida. Reconhecer os componentes da célula. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 38
  • 39. Descrição de Linhas Gerais A célula é a menor porção da matéria viva. Por formar e ser responsável pelo funcionamento do corpo do ser vivo, a célula é o seu constituinte estrutural e funcional. CAPÍTULO 2, METABOLISMO CELULAR Tópicos e Sub-Tópicos o o COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA o Água o Vitaminas o Glicídios o Lipídios o Proteínas o Aminoácidos o Enzimas o Ácidos Nucléicos METABOLISMO CELULAR o Respiração Celular o Glicólise o Ciclo de Krebs o Fosforilação Oxidativa o Cadeia Transportadora de Elétrons o Fermentação o Fermentação Lática o Fermentação Alcoólica o Fotossíntese o Fase Clara: Etapa Fotoquímica o Fase Escura: Etapa Química o Quimiossíntese Objetivos o o Reconhecer a existência de uma realidade invisível aos olhos, mas que pode ser investigada cientificamente e utilizada para explicar fatos e processos do mundo macroscópico. Reconhecer que os seres vivos são constituídos por partículas minúsculas semelhantes às encontradas em qualquer outro tipo de matéria, o que ressalta nossa identidade com os componentes não-vivos do universo. Descrição de Linhas Gerais Ações químicas ocorrem o tempo todo em nosso corpo. Através delas, obtemos os nutrientes necessários para a sobrevivência do nosso corpo. Algumas reações, para ocorrerem, recebem energia, enquanto outras liberam energia. Neste capítulo, veremos de que maneiras essas reações ocorrem nas células. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 39
  • 40. CAPÍTULO 3, HISTOLOGIA VEGETAL Tópicos e Sub-Tópicos OS TECIDOS VEGETAIS o Os Tecidos Meristemáticos o Tipos de meristemas o Protoderme o Procâmbio o Meristemas secundários o Câmbio o Suberofelogênico ou felogênio o Cerne o Alburno o Tecidos de proteção ou revestimento o Epiderme o Cutícula o Espinhos o Acúleos o Pêlos ou tricomas o Estômatos o Súber o Periderme o Tecidos de Sustentação o Colênquima o Esclerênquima o Os Tecidos Parenquimáticos o Parênquima clorofiliano o Parênquima de reserva o Tecidos Condutores o Floema ou líber o Xilema ou lenho o Objetivos o Identificar as partes da raiz, do caule e da folha e reconhecer a estrutura interna o Conhecer a estrutura e a localização na planta dos principais tecidos vegetais: epiderme, periderme, parênquima, colênquima, xilema, floema e meristema. microscópica de Linhas Gerais Descrição desses órgãos quanto aos principais tecidos. Descrição de Linhas Gerais Na formação dos tecidos vegetais tomaremos como referência o grupo das angiospermas, plantas dotadas de raízes, caules, folhas, flores, sementes e frutos. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 40
  • 41. CAPÍTULO 4, FISIOLOGIA VEGETAL Tópicos e Sub-Tópicos o o o o O EQUILÍBRIO HÍDRICO I o A absorção nos vegetais o Estrutura de uma raiz o A absorção de água o Condução da seiva bruta ou inorgânica o Anéis anuais e a idade das árvores o Sudação ou gutação o Condução da seiva elaborada o Cintamento ou anel de Malpighi (anel de casca) O EQUILÍBRIO HÍDRICO II o Transpiração o Estômatos o Funcionamento dos estômatos HORMÔNIOS E MOVIMENTOS VEGETAIS o Auxinas ou ácido indolacético (AIA) o Giberelinas o Citocininas o Ácido abscísico o Etileno MOVIMENTOS VEGETAIS o Os tropismos o Fototropismo o Geotropismo o Os tactismos o Os nastismos Objetivos Conhecer as substâncias minerais que as plantas necessitam.Explicar como a água e os sais minerais absorvidos pelas raízes Descrição de Linhas Gerais chegam as folhas (transporte pelo xilema), e como as substância produzidas nas folhas chegam às diversas partes da planta (transporte pelo floema.). o Caracterizar hormônio vegetal e identificar os principais grupos de hormônio, associando-os às suas funções na planta. o Descrição de Linhas Gerais Para reconhecer as necessidades básicas das plantas quanto à nutrição mineral e orgânica, reconhecendo a importância desses conhecimentos para a preservação dos ambientes. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 41
  • 42. CAPÍTULO 5, HISTOLOGIA ANIMAL Tópicos e Sub-Tópicos o o o o o o TECIDO EPITELIAL o Especializações das Células Epiteliais o Microvilos ou Microvilosidades o Cílios e Flagelos o Junções Celulares o Tecidos Epiteliais de Revestimento o Tecidos Epiteliais Glandulares TECIDO CONJUNTIVO o Tecido Conjuntivo Frouxo o Tecido Conjuntivo Denso o Tecido Conjuntivo Adiposo o Tecido Conjuntivo Cartilaginoso TECIDO ÓSSEO TECIDO MUSCULAR o Tecido Muscular Estriado Esquelético o Tecido Muscular Estriado Cardíaco o Tecido Muscular Liso TECIDO NERVOSO o Neurônios o Célula da Glia TECIDO HEMATOPOIÉTICO o Plasma o Glóbulos Sanguíneos Objetivos o o Reconhecer os diferentes tipos de tecidos como conjunto de células Classificar os tecidos conforme sua função Descrição de Linhas Gerais Histologia é o ramo da Biologia que estuda os tecidos e as células que os formam. Tecido é um conjunto de células que atuam de maneira integrada, desempenhando funções definidas. Existem quatro tipos de tecidos: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. 3.3 SEGUNDO TRIMESTRE Semanas o Aulas previstas para o segundo trimestre PREVISÃO DE AULAS 10 Semanas Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 42
  • 43. CAPÍTULO 6, EMBRIOLOGIA Tópicos e Sub-Tópicos o o o EMBRIOLOGIA GAMETOGÊNESE o Espermatogênese o Estrutura dos testículos o Desenvolvimento das células espermáticas o Fases de desenvolvimento do espermatozóide  Multiplicação  Crescimento  Maturação  Transformação o Estrutura do espermatozóide o Ovogênese o Fases de Desenvolvimento  Multiplicação  Crescimento  Maturação o Estrutura do Ovário DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO o Embriologia dos Órgãos dos Sentidos o Embriologia dos Sistemas Digestório e Respiratório o Embriologia do Sistema Digestório o Embriologia do Sistema Respiratório o Embriologia do Sistema Cardiovascular o Embriologia da Pele e Anexos o Embriologia do Sistema Locomotor o Embriologia do Sistema Nervoso Objetivos o o Desmistificar processos básicos de formação de um se vivo na sua concepção; Analisar cada fase de desenvolvimento do ser até sua total formação básica embrionária. Descrição de Linhas Gerais Embriologia é a ciência biológica que estuda, nos vegetais e animais, o desenvolvimento da semente ou do ovo até constituir um espécime completo. Para alguns, seu campo de aplicação se estende aos processos de formação dos gametas e à fecundação. A teoria da epigênese, formulada em 1651 pelo médico e anatomista inglês William Harvey, afirmava que as estruturas especializadas do indivíduo se desenvolviam passo a passo, a partir de formas prévias indiferenciadas no ovo. No entanto, a prova desta teoria não aconteceu até 1759, quando o anatomista alemão Kaspar Friedrich Wolff divulgou seu estudo sobre o desenvolvimento do pinto no ovo e demonstrou que os órgãos derivam de um material indiferenciado. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 43
  • 44. CAPÍTULO 7, SISTEMA NERVOSO Tópicos e Sub-Tópicos o o o SISTEMA NERVOSO CENTRAL o Cérebro o Tálamo, Epitálamo e Hipotálamo o Mesencéfalo, Ponte e Cerebelo o Bulbo Raquidiano o Medula Espinhal o Regeneração da Medula Espinhal SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO o Nervos SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO o Glândulas Endócrinas e Regulação Hormonal Objetivos o o Identificar os componentes e as funções do Sistema Nervoso Compreender a relação entre o Sistema Nervoso e os outros sistemas Descrição de Linhas Gerais O sistema nervoso humano é composto do encéfalo, medula espinhal, nervos e dos gânglios nervosos. Seu constituinte fundamental é o tecido nervoso. Associado ao sistema nervoso está o sistema sensorial, formado por um conjunto de estruturas que permitem a percepção de estímulos originados do exterior ou do interior do corpo. CAPÍTULO 8, SISTEMA SENSORIAL Tópicos e Sub-Tópicos o SISTEMA SENSORIAL o Os sentidos nos animais invertebrados o Os sentidos nos animais vertebrados o Os sentidos humanos o Tato o Paladar o Olfato o Audição o Visão o Alguns defeitos da visão Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 44
  • 45. Objetivos o o o o Compreender e comparar o sistema sensorial dos principais grupos animais e os meios utilizados por eles na percepção e nas respostas adequadas aos estímulos recebidos. Conhecer a anatomia dos órgãos dos sentidos do homem, compreendendo o seu mecanismo de funcionamento. Associar os sentidos à percepção do ambiente em que estamos inseridos e dos perigos que nos cercam. Compreender que o sistema sensorial estabelece relações com outros sistemas do corpo do animal, principalmente com o sistema nervoso, a fim de manter o organismo em equilíbrio e em pleno funcionamento. Descrição de Linhas Gerais Por meio de células especializadas ou órgãos sensoriais os animais são capazes de se relacionar com os ambientes externos e internos do seu próprio corpo. Assim, dependendo do animal, é possível distinguir estímulos sonoros, luminosos, odoríferos, gustativos e dolorosos. CAPÍTULO 9, SISTEMA CARDIOVASCULAR Tópicos e Sub-Tópicos o o o o SANGUE, CORAÇÃO, VEIAS E ARTÉRIAS SISTEMAS CIRCULATÓRIOS ABERTOS E FECHADOS o Tipos de sistemas circulatórios SISTEMA CIRCULATÓRIO DUPLO CIRCULAÇÃO HUMANA Objetivos o o Conhecer os componentes básicos do sistema cardiovascular; Compreender a fisiologia do sistema cardiovascular nos diversos tipos de animais. Descrição de Linhas Gerais Antes de explicarmos os tipos de circulação que existem nos diferentes grupos de animais, vamos aprender certas características que podem ser consideradas “comuns” mesmo em seres completamente diferentes. Por exemplo, a circulação sempre envolve um ou mais líquidos que circulam no interior do corpo do animal. Esses líquidos, também chamados de fluídos internos, podem ter diversas nomenclaturas, de acordo com sua composição. Nos invertebrados de circulação aberta, o fluído transportado pelo sistema circulatório é chamado de hemolinfa, pois transporta os nutrientes oriundos da digestão, bem como células de defesa do organismo e uma grande quantidade de outras substâncias, principalmente hormônios. Já no caso dos vertebrados, o fluído interno transportado pela circulação é o sangue, que além de transportar os nutrientes, também é responsável por carregar o oxigênio. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 45
  • 46. CAPÍTULO 10, SISTEMA RESPIRATÓRIO Tópicos e Sub-Tópicos o o o o o COMO OS ANIMAIS RESPIRAM? A RESPIRAÇÃO TRAQUEAL DOS INSETOS A RESPIRAÇÃO BRANQUIAL DOS PEIXES RESPIRAÇÃO DOS VERTEBRADOS TERRESTRES A RESPIRAÇÃO NOS SERES HUMANOS Objetivos o o Conhecer o sistema respiratório das mais diversas espécies de animais; Explicar como ocorrem os diversos processos de respiração dos seres vivos. Descrição de Linhas Gerais Todos os seres dependem de reações químicas que ocorrem no interior de cada célula para se manterem vivos. No caso das plantas, ocorre uma reação chamada fotossíntese. No caso dos animais, ocorre uma reação diferente chamada de respiração. Na respiração o oxigênio e a glicose são utilizados para gerar energia para o organismo, e os resultados finais dessa reação são o dióxido de carbono e a água. Essa é a respiração celular.No entanto para que a respiração celular aconteça, é necessário que ocorram outros processos maiores, envolvendo o organismo como um todo. Um desses processos é a digestão, outro é a circulação, e de especial importância para nós nesse capítulo, a respiração. Para que a respiração ocorra, é necessário que vários órgãos funcionem de forma coordenada, formando o que nós chamamos de sistema respiratórios. Existem vários tipos de sistemas respiratórios diferentes, embora todos façam a mesma função: realizar as trocas gasosas da qual dependem a respiração celular. 3.4 TERCEIRO TRIMESTRE Semanas o Aulas previstas para o primeiro trimestre PREVISÃO DE AULAS 08 Semanas Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 46
  • 47. CAPÍTULO 11, SISTEMA DIGESTÓRIO Tópicos e Sub-Tópicos o o O SISTEMA DIGESTÓRIO o Digestão o Absorção o Egestão o Tubo digestivo o A digestão nos animais invertebrados o A digestão nos animais vertebrados o Digestão em alguns animais o A digestão humana o Boca o Os dentes o A língua o As glândulas salivares o Faringe e Esôfago o Estômago e Suco Gástrico o Intestino Delgado o Intestino Grosso AS GLÂNDULAS ANEXAS o Pâncreas o Fígado Objetivos o o o Compreender e comparar o sistema digestório dos principais grupos animais e os meios utilizados por eles na digestão dos alimentos. Conhecer a anatomia do sistema digestório humano, compreendendo o papel de cada um dos seus órgãos. Compreender que o sistema digestório está intimamente relacionado aos outros sistemas do corpo do animal, o que permite que ele se mantenha em atividade, garantindo assim sua sobrevivência. Descrição de Linhas Gerais Os animais apresentam como característica peculiar o fato de realizarem a digestão dentro do corpo. Na história da evolução, primeiramente, surge um tubo digestivo com uma única abertura que ao mesmo tempo serve de entrada para do alimento e saída dos resíduos. A digestão é o tema deste capítulo. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 47
  • 48. CAPÍTULO 12, SISTEMA EXCRETOR Tópicos e Sub-Tópicos o o o SISTEMA EXCRETOR o A Excreção dos Animais Invertebrados o A Excreção dos Animais Vertebrados o Osmorregulação o Animais osmoconformantes o Animais Osmorreguladores O SISTEMA EXCRETOR HUMANO o Como funcionam os rins o Regulação da função renal A ELIMINAÇÃO DA URINA o Ureter o Bexiga urinária o Uretra o Suor Objetivos o o Definir o sistema excretor e suas funções nos organismos. Promover uma contextualização de forma que possamos compreender o processo de excreção. Descrição de Linhas Gerais Reconhecemos como sistema excretor qualquer conjunto de órgãos que em um organismo, é responsável pela manutenção do meio interno, regulação do teor de água e sais minerais e eliminação de resíduos nitrogenados formados durante o metabolismo celular. No ser humano podemos considerar como sistemas excretores o sistema urinário (onde é produzida a urina) e a pele (que produz suor através das glândulas sudoríparas). O sistema respiratório, ao eliminar dióxido de carbono, que é um dos principais resíduos da respiração celular, é por vezes, também incluído neste grupo por alguns autores (ainda que, na verdade, não seja responsável pela produção de uma "excreção" no sentido próprio da palavra). Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 48
  • 49. CAPÍTULO 13, SISTEMA LOCOMOTOR Tópicos e Sub-Tópicos o SISTEMA LOCOMOTOR o A locomoção dos animais invertebrados o O SISTEMA MUSCULAR o Os Tecidos Musculares o A musculatura dos mamíferos o A musculatura humana o Músculos Estriados Esqueléticos o Organização das Miofibrilas o O cálcio e a contração muscular o Energia para a contração muscular o Antagonismo muscular o Lei do tudo ou nada o Tônus muscular o Tensão muscular e resistência o Contrações musculares: Isotônica e isométrica o A musculatura das aves o A musculatura dos répteis o A locomoção das serpentes o Progressão Linear o Movimento de Propulsão o Movimento em Espiral o A musculatura dos Anfíbios o A musculatura dos Peixes o O SISTEMA ESQUELÉTICO o Função do Sistema Esquelético o Articulações ósseas o Tipos de articulações o O esqueleto humano o Esqueleto axial o Esqueleto apendicular o Ossos da cabeça o Ossos do tronco o Ossos dos membros o Os cíngulos dos membros superiores e inferiores o O esqueleto das aves o O esqueleto dos répteis o O esqueleto dos anfíbios o O esqueleto dos peixes Objetivos o o o o Compreender a visão científica atual sobre a locomoção dos animais. Conhecer os mecanismos responsáveis pela locomoção. Identificar e relacionar os principais músculos do corpo humano e conhecer a musculatura dos demais animais Identificar e relacionar os principais ossos do corpo humano e conhecer a musculatura dos demais animais. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 49
  • 50. Descrição de Linhas Gerais A combinação de músculos e ossos, coordenados pelo sistema nervoso, permite a realização de movimentos precisos e elaborados. Os músculos e o esqueleto atuam em conjunto, produzindo os mais diversos tipos de movimentos corporais. O reconhecimento nos seres vivos das bases estruturais e fisiológicas que permitem a movimentação corporal, e a compreensão dos aspectos básicos do funcionamento e os componentes dos sistemas esqueléticos e musculares serão apresentados neste capítulo. CAPÍTULO 14, SISTEMA REPRODUTOR Tópicos e Sub-Tópicos o SISTEMA REPRODUTOR o Reprodução assexuada o Divisão binária, bipartição ou cissiparidade o Brotamento, gemulação ou gemiparidade o Regeneração ou Fragmentação o Divisão múltipla o Reprodução sexuada o A reprodução nos animais invertebrados o A reprodução nos animais vertebrados o A reprodução humana  Os órgãos sexuais masculinos  Os órgãos sexuais femininos o Produção das células sexuais o Os ciclos da reprodução o Fecundação o Gravidez o Gêmeos o Contracepção e DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) Objetivos o o o o o Compreender e comparar o sistema reprodutor dos principais grupos animais e os meios utilizados por eles para se reproduzirem. Conhecer a anatomia do sistema reprodutor humano, compreendendo o papel de cada um dos seus órgãos. Compreender que a partir da reprodução, os seres vivos originam descendentes, garantindo, assim, a perpetuação da espécie. Reconhecer os cuidados necessários na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez não planejada. Compreender os avanços tecnológicos e científicos nessa área, reconhecendo os benefícios para a humanidade, bem como seus riscos. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 50
  • 51. Descrição de Linhas Gerais Na função reprodutiva, os organismos não utilizam os mesmos mecanismos reprodutores, existindo dois grandes processos: A reprodução assexuada e a reprodução sexuada. A capacidade de originar descendentes está presente em todos os seres vivos e é uma das suas características básicas. Ela é de fundamental importância para a manutenção das espécies, pois, atualmente, sabe-se que a vida surge sempre de outra vida, por mais simples que sejam os organismos envolvidos. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 51
  • 52. Seção 4 PEDAGOGIA A pedagogia é a parte normativa do conjunto de saberes que precisamos adquirir, e manter, se quiser desenvolver uma boa educação. A pedagogia é aquela parte do saber que está ligada à razão que não se resume à razão instrumental apenas, mas que inclui a racionalidade que nos possibilita o convívio, ou seja, a vigência da tolerância e, mesmo, do amor. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 52
  • 53. 4.1 A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO A filosofia da educação é um saber mais independente, que pode ou não ter um vínculo com os saberes da pedagogia e da didática, ou do saber prático (e imediato) que faz a educação acontecer. O termo filosofia da educação aponta para um tipo de saber que, de um modo amplo, é aquele acumulado na discussão sobre o campo educacional. Faz assim ou para colocar valores e fins e legitimá-los através de fundamentos, ou para colocar valores e fins e legitimá-los através de justificações. Há, portanto, dois grandes tipos de filosofia da educação: a que serve como fundamentação para a pedagogia, e, a que serve como justificação. A pedagogia se desenvolve de maneira mais específica, apontando questões filosóficas à prática do ensino adequadas a realidade vigente. Se ninguém se liberta sozinho, ou se ninguém liberta ninguém, ou se na verdade, todos nos libertamos em comunhão, então é preciso que todos percebam a mesma realidade para buscar essa transformação, e o entendimento do pensamento pedagógico pode ser o primeiro passo rumo ao sucesso do processo de ensino e aprendizagem. 4.2 A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO Paulo Freire, o educador brasileiro mais reconhecido no mundo inteiro, como um percebedor da realidade por sua origem pobre, com uma situação de vida semelhante a da maioria do povo timorense na atualidade. Tem sua luta e presença baseada na palavra “opressão”, principalmente, por ter sido um homem que fez uma leitura concreta do mundo do oprimido, da complexidade da relação entre o oprimido e o opressor, para, finalmente, propor uma pedagogia libertadora que consiste em uma educação voltada para a conscientização da opressão, a pedagogia do oprimido, e a conseqüente ação transformadora. A categoria “opressão” de Paulo Freire assume várias dimensões: Opressão antropológica A catana da cultura do homem, a destruição do seu saber enquanto homem, o epistemicídio, ou seja, a morte do conhecimento do outro. A intolerância arma o homem com a catana do esquecimento. O homem não tem mais o direito de manifestar sua cultura. Opressão psicológica A queda do “ser”, do “eu” do homem, permitindo como conseqüência sua coisificação e ou despersonalização. A opressão psicológica provoca o medo de manifestar sua opinião. Durante muitos anos o Timor-Leste viveu sobre esse tipo de opressão, que o levou a perda de sua auto-estima. Nenhum homem seja ele, português, brasileiro, australiano ou indonésio é maior, ou melhor, do qualquer homem timorense. As diferenças culturais não indicam que um homem é superior ou inferior a outro homem. A submissão do homem timorense frente aos “malaes”, leva à perda da identidade cultural, aos complexos de inferioridade. O ideal de superioridade de um homem não está associado ao poder financeiro e sim ao poder intelectual. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 53
  • 54. Opressão ontológica A ação paralela à desumanização, enquanto “ser homem”, o processo de hominização versus o culturamento necrófilo. A miséria que se vê, nos mais longínquos sucos de Timor-Leste, nem de longe se compara à perda da dignidade do homem enquanto homem, ser humano. A pobreza nunca esteve e nem nunca estará associada a desumanização, um homem pode ter todo dinheiro do mundo e ainda assim será sujo, pobre em sua alma. O homem que se contenta com o nada porque foi convencido a acreditar que aquilo era o tudo. A vida em Timor-Leste é muito mais do que a subsistência e a sobrevivência. O homem timorense deve buscar viver plenamente e não somente sobreviver em uma existência vazia e sem ambição. Opressão econômica A opressão permite que os ricos estejam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. A ideologia do “ter mais” se concretiza na relação cruel do dominador e do dominado. Há na maioria das residências timorenses, agregados, parentes que se deslocam de uma região a outra do país para estudar, ou mesmo buscar uma nova oportunidade de vida. E acabam tendo de, em troca do abrigo e do alimento, se sujeitar ao trabalho em regime de escravidão pelos próprios familiares, isso ocorre principalmente com meninas, que saem de seus sucos para estudar e terminam como escravas-do-lar. Opressão política A ação do poder central, o distrito, sobre a periferia, o sub-distrito, isto é, ou são leis que beneficiam e privilegiam alguns, ou são “medidas provisórias” que retratam um poder autoritário que é cego às necessidades e prioridades de uma grande maioria. A hierarquia da submissão, do homem como o dono supremo do poder sobre o homem lacraio, que se curva à catana da opressão em nome da sobrevivência. Não há vontade própria, ninguém é capaz de pensar nada por si próprio, sua opinião é sua perdição. A catana da rebeldia foi vencida pela catana do estado maior, Díli. Opressão pedagógica O caráter de opressão se estabelece na forma de leis que na prática retrocedem às conquistas e desejos de toda comunidade educativa e também na forma de relação professor e aluno e todas as nuances do sistema de ensino (currículo, prática pedagógica e avaliação). Se um professor timorense “educa” seu aluno na base da palmatória acreditando que só há respeito se houver violência, porque na sua época de estudante ele só respeitava seu mestre quando era agredido fisicamente, e quando os pais dos estudantes concordam e acham normal seus filhos serem espancados em um lugar que deveriam se ensinados, em nome da disciplina, isso soa como um alerta. Violência sempre gerou e sempre irá gerar mais violência, chegará o dia em que o professor opressor será o professor oprimido, e quando esse dia chegar, a comunidade educativa o abandonará em nome da lei vigente. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 54
  • 55. 4.3 A PEDAGOGIA DA CONSCIÊNCIA A obra e a vida de Paulo Freire dão uma resposta para os diversos tipos de opressão, apontando caminhos. A pedagogia da “consciência” pretende elucidar do educando sua criticidade, criatividade e ação diante do que está dado: é preciso que o oprimido tenha consciência de sua opressão. 4.4 A PEDAGOGIA DA PERGUNTA Ao tratar da pedagogia da “pergunta”, Paulo Freire torna-se um sociólogo da sala de aula e reflete a relação professor e aluno enquanto concepção bancária x concepção libertadora, onde o primeiro (como num banco) deposita conhecimentos através da transmissão apenas no segundo e, este o armazena e devolve na prova final. Entre educador e o educando não há mais uma relação de verticalidade, em que um é o sujeito e o outro objeto. Agora a pedagogia é dialógica, pois ambos são sujeitos do ato cognoscente. É o “aprender ensinando e o ensinar aprendendo”. O diálogo exige um pensar verdadeiro, um pensar crítico. Este não separa homens e mundo, mas os vê em contínua interação. Como seres inacabados, os homens se fazem e refazem na interação com mundo, objeto de sua práxis transformadora. A prática pedagógica passa a ser uma ação política de troca de concretudes e de transformação. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 55
  • 56. UNIDADE II Suplemento de Atividades Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 56
  • 57. Seção 5 RESPOSTAS Amigo Professor (a) nesta seção se encontra todas as respostas do livro-texto. Mas lembre-se Professor (a), se você estuda, se prepara, o aluno sentirá mais segurança em suas aulas, e você sentirá também mais confiança. Porque quem ensina também aprende. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 57
  • 58. Capítulo 1 CITOLOGIA Para melhor entender o capítulo sugerimos ao professor também criar seus próprios exercícios, seja eles na forma de questionários ou da forma que o professor esteja habituado a avaliar seus alunos. Esquema com os principais tópicos do capítulo PRÉ-REQUISITOS Conhecimentos prévios que o aluno deve ter para entender melhor o conteúdo No conteúdo de Citologia o aluno irá encontrar conteúdos familiares, o que facilita bastante a compreensão do capítulo. Além disso, há possibilidade de integração com as disciplinas de Química (componentes químicos presentes na célula) e Educação Física (como as células reagem perante exercícios físicos), o que facilita a interdisciplinaridade. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 58
  • 59. Como citologia é um conteúdo muito subjetivo, o professor pode trabalhar bastante com modelos e esquemas, já que isso facilita bastante a visualização do conteúdo estudado, caso não haja a possibilidade de aulas práticas. Neste capítulo pode-se também abordar como algumas doenças comuns no Timor afetam as células, caso da malária, gripe, dengue, entre outras. OBJETIVOS Compreender que a célula é a unidade fundamental da vida. Reconhecer os componentes da célula. RESPOSTAS DAS ATIVIDADES Caro Professor, Agora apresentamos ao senhor as respostas das atividades do capítulo 1,Citologia.. As atividades estão numeradas da mesma forma que estão no livro texto para que não haja dúvidas sobre as respostas. Respostas de cunho pessoal não aparecem no livro do professor. ATIVIDADES 01 1. Complete as frases abaixo, usando as palavras em destaque no quadro. a) A principal diferença entre a célula animal e a célula vegetal é a ausência de parede celular na célula animal. b) Na fagocitose, a célula engloba partículas sólidas e, na pinocitose, a célula engloba partículas líquidas. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 59
  • 60. há. c) No transporte passivo não há gasto de energia, enquanto no transporte ativo d) A descoberta da célula foi feita por Robert Hooke em 1665. Em 1838, Schleiden e Schwann, através da observação de células vegetais e animais concluíram que os seres vivos são formados por células, dando origem à Teoria Celular. e) A membrana plasmática da célula possui permeabilidade seletiva, o que permite a entrada de algumas substâncias, e de outras não. ATIVIDADES 02 1. Diga quais as estruturas comuns a todos os tipos de células, e quais as funções dessas estruturas.  Membrana Plasmática: isola o citoplasma do meio em que a célula se encontra. Também permite a passagens de algumas substâncias, se assim for de interesse para a célula.  Citoplasma: líquido em forma de gel onde estão mergulhados o núcleo e as organelas celulares.  Ribossomos: responsáveis pela síntese proteica.  Cromatina: conjunto de cromossomos em estado de repouso. 2. Elabore um esquema para explicar os conceitos de solução isotônica, hipertônica e hipotônica. Na figura acima, a solução A está hipertônica em relação à solução B, por estar mais concentrada em soluto. Na figura acima, as soluções A e B estão isotônicas, pois apresentam a mesma concentração em soluto. ATIVIDADES 03 1. Identifique as estruturas das figuras abaixo: Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 60
  • 61. Cílios Flagelo Mitocôndria Complexo Golgiense 2. A corrente citoplasmática orientada em um sentido é conhecida como: a) Exosmose b) Plasmólise c) Deplasmólise d) Osmose e) CICLOSE ATIVIDADES 04 1. Na década de 1930 um pesquisador alemão estava procurando entender o papel do núcleo celular. Para seus experimentos escolheu como material de trabalho a alga marinha unicelular Acetabularia, visível a olho nu. Esse pesquisador analisou o comportamento de duas espécies de Acetabularia: a que possui um tipo de chapéu crenulado em forma de guarda-chuva no ápice da célula, chamada Acetabularia crenulata, e outra, cujo chapéu lembra uma margarida e recebe o nome de Acetabularia mediterranea. O pesquisador verificou que ambas as espécies apresentavam o mesmo comportamento ao sofrerem cortes em suas células: a parte da célula que ficava com o núcleo conseguia regenerar o restante da célula. Depois disso, ele realizou transplantes entre as partes cortadas dessas duas espécies, conforme as figuras abaixo. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 61
  • 62. No indivíduo recém-transplatado, regenerou-se um chapéu com características intermediárias entre A. Crenulata e o de A. Mediterranea. Diante disso, o pesquisador resolveu cortar novamente o chapéu desse indivíduo transplantado para saber o que aconteceria. Veja qual foi o resultado na figura abaixo. Explique os resultados desses experimentos. Na experiência acima fica claro que quem determina o formato do chapéu (ou umbrela) é o núcleo. Após os transplantes dos talos, observe que a planta híbrida (misturada) possui o núcleo e o chapéu correspondentes à mesma espécie. Exemplo: a planta que possui o núcleo da espécie A. mediterranea possui o chapéu também da espécie A. mediterranea. A planta que possui o núcleo da espécie A. crenulata possui o chapéu também da espécie A. crenulata. SUGESTÃO DE ATIVIDADES Elabore com seus alunos um modelo de célula e suas organelas. O material utilizado pode ser escolhido com os alunos. Como fazer Pode-se usar uma vasilha como membrana plasmática, uma bola de tênis como o núcleo e gel de cabelo como citoplasma, por exemplo. É importante que os alunos dêem sugestões dos materiais que eles têm disponíveis para a construção do modelo, a fim de uma maior participação dos mesmos. Para as organelas celulares, lembre-se que alguns alimentos (frutas, alimentos cozidos, biscoitos...) não são recomendáveis, já que estragam com mais rapidez e podem danificar o modelo. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 62
  • 63. Peça, ao final da montagem, que os alunos expliquem cada estrutura apresentada no modelo. Essa parte final pode ser feita em uma Feira de Ciências ou em outra ocasião, caso o professor deseje a participação da comunidade. ATIVIDADES 05 1. Escreva o trecho que irá complementar o trecho da molécula de DNA abaixo: ATG-TTC-GGG-ATT-ACG-AAC-GTA-CGT-ACC-CCT-GGA-AGC-TTT-AGC-AAAC TAC-AAG-CCC-TAA-TGC-TTG-CAT-GCA-TGG-GGA-CCT-TCG-AAA-TCG-TTTG 2. Como se classificam os cromossomos? Explique com o uso de desenhos. Cromossomo Metacêntrico: o centrômero está localizado exatamente no meio, o que deixa o cromossomo com dois braços iguais. Cromossomo Submetacêntrico: o centrômero está localizado um pouco acima do meio. O braço superior é mais curto que o braço inferior. Cromossomo Acrocêntrico: o centrômero está localizado perto de uma das extremidades. O braço superior é muito menor que o braço inferior. Cromossomo Telocêntrico: o centrômero está localizado junto à extremidade do braço superior. Este é quase inexistente. 3. Os cariótipos abaixo contêm mutações. Circule os cromossomos onde elas ocorreram, e dê os nomes das doenças que resultaram dessas mutações. a. Síndrome de Turner Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 63
  • 64. b. Síndrome de Down c. Síndrome de Klinefelter d. Síndrome de Edwards SUGESTÃO DE ATIVIDADES O professor pode montar, junto com os alunos, o modelo da dupla hélice do DNA, usando barbante, balas coloridas (que sejam macias), palitos de dente e canudos. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 64
  • 65. Como Fazer Na figura acima tem-se o modelo da dupla hélice do DNA. Para que o aluno crie o seu modelo, ele pode usar as balas coloridas para representarem as moléculas de fosfato (letra A) e os palitos de dente (para darem sustentação) cobertos com os canudos para representarem as bases nitrogenadas e as pontes de hidrogênio (letra B). ATIVIDADES 06 1. Nos quadros abaixo decifre as palavras secretas sobre a divisão celular: a. Corpúsculo denso, não-delimitado por membrana, presente no interior do núcleo N U b. T C L É O L O Última fase da mitose, onde os cromossomos se descondensam E L Ó F A S E c. Processo onde há invaginação da membrana plasmática que, quando completa, divide a célula em duas C I d. da célula T O C I N E S E Fase da Meiose I onde os cromossomos se deslocam para os pólos A N Á F A S E I e. Fase da Meiose II onde os cromossomos se condensam, e há o desaparecimento do nucléolo e da carioteca P R Ó F A S E I I 2. Complete o quadro abaixo com as informações corretas: Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 65
  • 66. FASES Prófase Metáfase Anáfase Telófase MITOSE Cromossomos se condensam. Há a formação do fuso mitótico. Placa equatorial formada pelos cromossomos duplicados e nãoemparelhados. Há a separação dos centrômeros. Descondensação cromossomos e suas atividades. MEIOSE Cromossomos homólogos se emparelham. Cromossomos prendem-se ao fuso acromático e atingem o grau máximo de condensação. Não há a separação dos centrômeros. dos Em cada pólo da célula, encontramretomada de se n cromossomos duplicados (díades). Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 66
  • 67. Capítulo METABOLISMO CELULAR 2 Para melhor entender o capítulo sugerimos ao professor também criar seus próprios exercícios, seja eles na forma de questionários ou da forma que o professor esteja habituado a avaliar seus alunos. Esquema com os principais tópicos do capítulo PRÉ-REQUISITOS Conhecimentos prévios que o aluno deve ter para entender melhor o conteúdo O capítulo 2, Metabolismo Celular, integra conceitos químicos e biológicos, por isso requer cuidados especiais quanto aos conceitos prévios dos estudantes, principalmente devido a assuntos ligados à Química. Sugerimos que o professor reserve um tempo de aula para fazer o aluno reconhecer conceitos químicos sobre átomo, molécula, substância, elemento químico, entre outros, de modo a estabelecer o ponto de partida no conteúdo e assim atingir os objetivos propostos. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 67
  • 68. Neste capitulo, os conceitos biológicos são aplicados ao conhecimento da composição química dos seres vivos. Mas, o professor de Biologia não se pode perder a oportunidade de integrar os assuntos com a disciplina de Química. É o que se chama de interdisciplinaridade. OBJETIVOS Metabolismo Celular Reconhecer a existência de uma realidade invisível aos olhos, mas que pode ser investigada cientificamente e utilizada para explicar fatos e processos do mundo macroscópico. Reconhecer que os seres vivos são constituídos por partículas minúsculas semelhantes às encontradas em qualquer outro tipo de matéria, o que ressalta nossa identidade com os componentes não-vivos do universo. RESPOSTAS DAS ATIVIDADES Caro Professor, Agora apresentamos ao senhor as respostas das atividades do capítulo 2, Metabolismo Celular. As atividades estão numeradas da mesma forma que estão no livro texto para que não haja dúvidas sobre as respostas. Respostas de cunho pessoal não aparecem no livro do professor. ATIVIDADES 01 1. Preencha corretamente os espaços em branco nos quadros abaixo, relacionando corretamente a vitamina com suas principais fontes e deficiências: Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 68
  • 69. ATIVIDADES 02 1. Ligue corretamente as moléculas e suas características fundamentais: 2. O que são enzimas e qual sua função? São proteínas que funcionam como catalisadores biológicos. Na definição química, um catalisador participa de uma reação química, acelerando-a, mas sem se desgastar, podendo ser reutilizado. ATIVIDADES 03 Responda as questões: 1. Quais os dois tipos de ácidos nucléicos? Existem dois tipos de ácidos nucléicos: o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o RNA (ácido ribonucléico). 2. Qual a função do DNA e do RNA? O DNA (ácido desoxirribonucléico), que é o principal constituinte dos cromossomos e o RNA (ácido ribonucléico), que participa principalmente do processo de síntese de proteínas. 3. Qual a composição de um nucleotídeo? Cada nucleotídeo é formado pelo conjunto de três componentes:  Fosfato  Açúcar (desoxirribose no DNA e ribose no RNA)  Base nitrogenada (varia entre os nucleotídeos) 4. Preencha os espaços das principais diferenças entre os ácidos nucléicos: Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 69
  • 70. ATIVIDADES 04 1. O que é a respiração celular e quais são as suas três etapas? Envolve o processo de síntese de ATP, onde o gás oxigênio atua como oxidante de moléculas orgânicas. A respiração é um processo que ocorre em três etapas. A primeira etapa é a glicólise, a segunda é o ciclo de Krebs e a terceira é a fosforilação oxidativa. 2. Decifre: É uma sequência de 10 reações químicas catalisadas por enzimas livres no citosol, onde uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico ou piruvato (C3H4O3), liberando energia e hidrogênio. G L I C Ó L I S E 3. Descreva como ocorre o processo de glicólise no citoplasma celular. É uma sequência de 10 reações químicas catalisadas por enzimas livres no citosol, onde uma molécula de glicose é quebrada em duas moléculas de ácido pirúvico ou piruvato (C3H4O3), liberando energia e hidrogênio. Esse hidrogênio se combina com moléculas de NAD (sigla em inglês para dinucleotídeo de nicotinamida-adenina), formando NADH + H+ ou simplesmente NADH2. A energia então liberada é usada na síntese do ATP formando, no final, 2 ATPs. 4. Como a célula efetua o controle das oito reações que compõem o ciclo de Krebs? É composto por oito reações controladas pela célula por enzimas 5. O que é a fosforilação oxidativa? É a síntese da maior parte do ATP formado na respiração celular ocorre durante a reoxidação das moléculas de NADH e FADH2, que se transforma, respectivamente, em NAD e FAD. 6. Quantos ATPs são produzidos na cadeia transportadora de elétrons por cada uma das moléculas de FADH2 e NADH? Cada molécula de NADH permite a síntese de três moléculas de ATP, enquanto que a molécula de FADH2 apenas permite a síntese de duas moléculas de ATP. AULA PRÁTICA Vamos fazer um experimento de fermentação? Você precisará de 6 tubos de vidro, água morna, fermento fresco, açucar e farinha de trigo. Procedimento Usar três tubos ou garrafas plásticas como controle e outros três para o experimento. Os tubos devem ficar distribuídos da seguinte maneira: TUBO 1, com água morna, TUBO 2, com água morna e uma colher de açúcar, TUBO 3, com água morna e uma colher de farinha de trigo, TUBO 4, com fermento biológico (fermento de pão) e Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 70
  • 71. água morna; TUBO 5, com fermento biológico, água morna e uma colher de açúcar; tubo 6 com fermento biológico, água morna e uma colher de farinha de trigo. Ferva 20 ml de água dissolva o fermento fresco; e distribua essa solução entre os três últimos vidros. Adicione aproximadamente seis ml em cada vidro, colocamos uma colher de açúcar no quinto vidro e uma colher de farinha de trigo no sexto, misture e tampe cada vidro com uma bexiga para que assim você possa visualizar a liberação de gás carbônico. Para o seu relatório você deve observar: Nos três primeiros tubos não deverá ocorrer nada, porém no tubo 4 haverá somente liberação de bolhas, no tubo 5 onde tínhamos água morna, fermento biológico uma colher de açúcar deverá haver uma liberação de gás carbônico mais rápido que no tubo 6, uma vez que o açúcar quebra mais rápido o amido que compõe 70% da farinha de trigo liberando glucoses e maltoses, produtos que a levedura utiliza como fonte de energia para o seu metabolismo, havendo então açúcares disponíveis, ela vai fermentar a massa, ou levedar, como se costuma dizer. E levedar é fazer subir a massa, de modo a que o miolo do pão fique leve e fofinho devido à liberação de gás. Esse gás é retido pelas fibras protéicas (glúten) da farinha. No tubo 6 onde há farinha de trigo ao invés de açúcar o processo é mais lento, porém também há liberação de gás. Quando realizamos essa mistura o trabalho fica para a água em quebrar o amido e as proteínas insolúveis da farinha de trigo, que compõe 14% desta, formando primeiramente um precipitado. Tivemos a oportunidade de observar a liberação do gás carbônico com o auxilio das bexigas (balão de gás), que tampavam os vidros. Essas foram enchendo conforme o amido se quebrava. ATIVIDADES 05 1. O que é a fotossíntese? E quais são as etapas que a compõem? Processo celular onde a grande maioria dos seres autotróficos obtém substâncias orgânicas. É realizada pelos seres clorofilados, tais quais as plantas, alguns protistas, bactérias fotossintetizantes e cianobactérias. Biologia – Volume 2, Livro do Professor: Cooperação Internacional Brasil/Timor-Leste 71