Material usado para aula de Irrigação e Drenagem nao IF Baiano - Campus Catu.
Foram usados diferentes materiais retirados totalmente da internet para o preparo da aula. O uso se baseia-se na disponibilidade de serem salvos e não estarem protegidos para copia. Desde já agradeço aos autores destes materias por os disponibilizarem para consulta .
6. Na aplicação de fertilizantes deve-se conhecer:
-Comportamento dos nutrientes
-Exigências da cultura
Absorção
Radicular Nutrientes = via soloNutrientes = via solo
Nem todos sistemas de irrigação permitem
fazer fertirrigação;
Fertirrigação se associa com irrigação
localizada e de alta freqüência (gotejamento
e microaspersão), sem prejuízos
7. Histórico da fertirrigação
1974: 85 000 ha
Atualmente: + 1.000.000 ha
Tabela 1. Resumo histórico dos adubos fluidos no Brasil
Fonte: Vitti et al..., 1994
8. Vantagens da Fertirrigação
• Economia de mão de obra
Manual: não exata
Mecânica: caro; compactação
Fertirrigação: mais rápido
• Redução dos custos de aplicação
Sempre que realizar mais de uma
operação
• Diminuição da compactação do solo
Não há entradas de máquinas
9. • Economia e eficiência do uso de fertilizantes
Nutriente prontamente absorvível
Permite maior parcelamento
Reduz perda por lixiviação
Reduz quantidade de adubo
• Controle da profundidade de aplicação
Tempo de aplicação
• Flexibilidade de aplicação
Qualquer época
Dosagem de nutrientes
Ciclo vegetativo
Vantagens da Fertirrigação
10. • Aplicação de micronutrientes
• Controle e aplicação da quantidade certa
• Menor poluição do ar e dos cursos de água
Baixas doses de fertilizantes
Maior eficiência
• Uniformidade de aplicação
Vantagens da Fertirrigação
11. Desvantagens da fertirrigação
• Escolha de fertilizantes
fertilizantes em solução
muitos solúveis
• Corrosão do sistema de irrigação
equipamentos de injeção
• Reação dos fertilizantes na linha de irrigação
fosfatados = precipitação na rede de
irrigação
12. Desvantagens da fertirrigação
• Contaminação e envenenamentos
retorno do fluxo de solução para
dentro da água na fonte de suprimento
válvulas de retenção e anti-vácuo
• Desuniformidade do potencial de distribuição
uniformidade da distribuição da água
precipitação química na rede de irrigação
mistura química não uniforme
14. Sistema adequadamente dimensionado;
A uniformidade no fornecimento de água;
A exigencia de fertilizante pela cultura;
Eficiência dos sistemas
Determinados sistemas de irrigação são
mais eficientes na aplicação de água,
como é o caso do gotejamento e a
microaspersão.
Condições básicas para fertirrigação
15. Métodos de Irrigação/Fertirrigação
• Irrigação por superfície
Sulcos de infiltração
Bacias de infiltração
Praticamente inexistente seu uso em
fertirrigação no Brasil
• Irrigação por aspersão
Aspersores convencionais
Canhão aspersor
Pivô central
16. Características:
Distribuição de água em gota a superfície
foliar;
Velocidade da água nas tubulações de
distribuição, diminui a sedimentação das
partículas sólidas, há menores riscos de
obstrução das tubulações e dos emissores.
Aspersão
17. Desvantagens:
•Desuniformidade da aplicação dimensiona-
mento do sist. + velocidade alta do vento.
• Injúrias na superfície foliar pelo
molhamento de soluções salinas;
•Produtos com elementos tóxicos: Ex. uréia,
com + de 1% de biureto, evitar em função de
queimaduras que poderão ocorrer nas folhas;
•↓ aproveitamento de água, principalmente
na fase inicial das culturas, quando as raízes
não estão plenamente desenvolvidas.
Aspersão
19. • Irrigação localizada
Microaspersão
Gotejamento
Figura: Irrigação por microaspersãoFigura: Irrigação por microaspersão
20. Tecnologia do gotejamento
e microaspersão
Sistemas fixos: não desloca a malha hidráulica;
Aplicação localizada: na região do sistema
radicular; não favorece a ocorrência de doenças
foliares;
Menor perda de fertilizantes por lixiviação;
Fornecimento preciso de água e nutrientes (em
qualquer época em qualquer momento);
Aplicações diárias, pequenas doses com elevadas
freqüências:
21. As partículas na solução necessitam ser retiradas
através de filtros: os sistemas de gotejamento estão
mais sujeitos a entupimento ocasionado por
microorganismos, algas ou precipitados;
Soluções ácidas e salinas podem ter efeito negativo
sobre os solos e as culturas;
Obstrução do sistema de irrigação (gotejadores).
O sistema radicular pode
tornar-se mais restrito.
Precipitação de CaCO3
(soluções
amoniacais).
1.Precipitação de Ca3
(PO4
)2
2.Precipitação de Fe2
O3
(partículas suspensão).
3.Presença de matéria orgânica.
GOTEJAMENTO - Cuidados:
23. Tabela 1: Comparações entre os diferentes sistemas
Características0
Gotejamento
(Localizada)
Aspersão Sulco
Uso da água Maior eficiência
Menor
eficiência
Menor eficiência
Freqüência de
aplicação
Maior Menor Menor
Distribuição de água Homogênea Homogênea Não homogênea
Distribuição do
adubo
Próximo ao sist.
Radicular
Área toda
Varia ao longo
do sulco
Variações clínicas Menor limitação
Maior
limitação
Maior limitação
Qualidade da água
Sais
Maior limitação
Menor
limitação
Menor limitação
Impurezas da água e
fertilizantes
Maior limitação
Menor
limitação
Menor limitação
Sistema radicular Restrito Sem restrição Sem restrição
24. Fertirrigação
As recomendações de fertirrigação para os
diferentes cultivos estão baseadas:
1. No clima
2. No solo
3. Na Planta :
I. -Mecanismos de absorção;
II. -Fenologia das plantas;
III.-Nutrientes essenciais;
IV.-Sinergismos e Antagonismos entre íons;
25. 1. Balanço hídrico
-É o resultado da comparação entre os valores
de precipitação e evapotranspiração;
- O consumo de água é determinado por:
- Condições climáticas;
- Disponibilidade de água no solo;
- Estado fenológico da planta.
Evaporação + Transpiração = consumo água
47. 2- Noções básicas de nutrição mineral de
plantas
• Introdução: os vegetais absorvem do solo os
elementos, necessários ou não, para
completar seu ciclo vital.
• O carbono e o oxigênio são provenientes do gás carbônico,
e o hidrogênio proveniente da água.
• Os demais são os elementos minerais, encontrados na
planta e que são classificados em 3 grupos.
• Elemento essencial, benéfico e tóxico.
48. • Elemento essencial: sem ele a planta não completa
seu ciclo vital.
Critérios:
• Pelo critério direto o elemento deve fazer parte de um composto ou de
uma reação crucial (enzimática ou não) para o metabolismo, isto é, para
a vida do vegetal.
• O critério indireto é satisfeito quando na ausência do elemento a
planta morre antes de completar o seu ciclo; o elemento não pode ser
substituído por nenhum outro e finalmente o efeito não deve estar
relacionado com o melhoramento de condições físicas, químicas ou
biológicas desfavoráveis do meio.
Macronutirentes: N, P, K, Ca, Mg, S.
Micronutrientes: B, Cl, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Se, Zn.
49. • Elemento benéfico: sem o elemento a planta vive e
completa o seu ciclo vital.
Sua presença pode ajudar o crescimento e aumentar a
produção. A lista dos elementos benéficos é a seguinte: Si e
Na.
• Elemento tóxico: tanto os elementos essenciais como
benéficos podem ser tóxicos aos vegetais, quando presentes
em concentração altas no meio.
Estando presente acima de uma determinada
concentração tem efeito negativo sobre o crescimento
do vegetal.
Os principais são: Cd, Cr, Pb, Hg e outros.
50. Tabela 1. Elementos essenciais, formas de absorção e funções na planta
Nutriente Forma de absorção Função na planta
C, H, O,
N, S
HCO3
-
, NO3
-
, NH4
+
, SO4
2-
(solução do
solo)
N2
, O2
, CO2
, SO2
(atmosfera)
Constituintes de substâncias
orgânicas
P
B
H2
PO4
-
H3
BO3
Reações de transferência de
energia e movimento de
carbohidratos
K, Mg, Ca, Cl K+, Mg2+
, Ca2+
, Cl-
Funções não específicas, ou
componentes específicos
de compostos orgânicos ou
manutenção do balanço
orgânico
Co, Cu, Fe, Mn,
Mo, Ni, Se,
Zn
Co2+
, Cu2+
, Fe2+
, Mn2+
, MoO4
2-
SeO3
2-
, SeO4
2-
, Ni2+
, Zn2+
,
quelato
Transporte eletrônico e
constituinte de enzima ou
ativador enzimático
51. • Exigência nutricional das culturas,
• Marcha de absorção,
• Absorção,
• Transporte ou translocação,
• Redistribuição,
• Estado nutricional das culturas:
1. Diagnose pelo sintoma visual.
2. Análise química para diagnóstico da desordem
nutricional.
52. Tabela 2. Eventos seqüenciais que causam o sintoma visível de deficiência ou
excesso de um elemento nos vegetais.
Evento Deficiência de Zn Excesso de Al
1 - Alteração molecular < AIA,
> hidrólise de
proteínas
Pectatos "errados"
< fosforilação
< absorção de P, K, Ca, Mg
2 - Modificação
subcelular
Parede celular mais
rígida, < proteína
Paredes celulares mal
formadas, dificuldade de
divisão celular
3 - Alteração celular < número de células e
menores
Células menores e com 2
núcleos
4 - Modificação no
tecido
SINTOMA VISIVEL
Internódios mais
curtos
Raízes curtas e grossas
Folhas deficientes em P, K,
Ca, Mg
53. Tabela 3- Sintomatologias gerais de carência e toxidez de nutriente em
culturas.
Parte da planta Sintoma Visual Elemento
Desordem nutricional
1- Folhas velhas e
maduras
1-1- Clorose 1-1-1- Uniforme N (S)*
1-1-2 - Internerval ou em
manchas
Mg (Mn)
1-2 - Necrose 1-2-1 - Secamento da
ponta e das margens
K
1-2-2 - Internerval Mg (Mn)
2- Folhas novas,
lâminas e ápices
2-1 - Clorose 2-1-1 - Uniforme Fe (S)
2-1-2 - Internerval
ou em manchas
Zn (Mn)
2-2 - Necrose (clorose) Ca, B, Cu
2-3 - Deformação Mo (Zn, B)
Toxidez
1- Folhas velhas e
maduras
1-1 - Necrose 1-1-1 - Manchas Mn (B)
1-1-2 - Secamento da
ponta e das margens
B, injúrias por sais de
pulverização
1-2 - Clorose (necrose) Toxidez não específica
54. Figura 2. Curva teórica da relação entre o crescimento ou a
produção e os teores de nutrientes em tecidos vegetais.
55. • Amostragem,
• Envio ao laboratório,
• Escolha do laboratório,
• Diagnóstico,
• DRIS (Diagnosis and Recommendation
Integrated System), conhecido no Brasil pela
própria sigla em inglês (DRIS) ou como Sistema
Integrado de Diagnose e Recomendação.
56. Tabela 4 - Concentrações de nutrientes em folhas de tangerineiras 'Poncã'.
Nutriente Amostras(1)
Teor normal
1 2 3 4
N g/kg 24,3 24,4 28,7 29,5 23,0
P g/kg 2,0 2,0 2,7 2,6 1,2
K g/kg 13,8 14,5 11,6 11,4 12,0
Ca g/kg 38,8 38,0 14,5 18,8 30,0
Mg g/kg 2,3 2,3 3,2 3,4 3,0
S g/kg 2,2 2,0 2,2 2,2 2,0
Fe mg/kg 96 81 74 60 50
Mn mg/kg 105 143 123 144 25
Cu mg/kg 199 124 158 27 5,0
Zn mg/kg 19 18 12 15 25
B mg/kg 21 23 6 12 36
(1) 1 - 3.a e 4.a folha de plantas com muito sintoma; 2 - 3.a e 4.a folha de plantas com pouco sintoma; 3 - 1.a
e 2.a folhas com clorose no ápice do limbo e 4 - 1.a e 2.a folhas sem clorose no ápice do limbo. As amostras
3 e 4 eram das mesma planta.