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A Revolução Cubana (1959)

-A política do Big Stick
-A invasão norte-americana
-governos locais ditatoriais
Liderada pelo poeta José Martí,
  a independência cubana, em
  1898, logo esbarrou na política
  do Big Stick, que instituiu na
  constituição cubana de 1901 a
  Emenda Platt, dando início à
  tutela político-econômica
  norte-americana sobre Cuba.
Além de ceder os EUA uma área
  de 117 km² (a baía de
  Guantánamo, ainda hoje uma
  base norte-americana em solo
  cubano), Cuba ficou sob
  ameaça de uma invasão norte-
  americana e o jugo de
  governos locais ditatoriais,
  como Gerardo Machado até
  1993 e Fulgêncio Batista de
  1934 a 1958.
Anos 50

-O surgimento de
  movimentos
  guerrilheiros
Na década de 1950, porém, a oposição à
 ditadura cresceu consideravelmente, com o
 surgimento de movimentos guerrilheiros, sob a
 liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos
 e Ernesto “Che” Guevara, que partir de 1956
 obtiveram sucessivas vitórias e ocuparam
 várias cidades e povoados. Em 31/12/1959,
 Fulgêncio Batista, derrotado, fugiu de Cuba
 para a vizinha República Dominicana.
A política de
  mudança
  adotada pelo
  governo
  revolucionário a
  partir de 1959.
A política de mudança chocava-se fortemente
  com os tradicionais interesses dos EUA no
  país. A realização de reforma agrária e
  nacionalização das refinarias de açúcar,
  usinas e indústrias (a maior parte pertencentes
  a norte-americanas) levaram os EUA a
  suspender a importação do açúcar cubano.
  Sendo a venda do açúcar vital à economia de
  Cuba, um novo mercado precisaria ser criado,
  e o país voltou-se para os soviéticos.
A ligação de Cuba
  ao bloco
  soviético.
Esta ligação serviu de justificativa para o
 presidente John Kennedy tomar medidas
 radicais. Em janeiro de 1961, os EUA
 romperam relações diplomáticas com Cuba e,
 em abril, um grupo de soldados formado por
 exilados cubanos e mercenários norte-
 americanos desembarcou na baía dos Porcos
 recebendo apoio da força aérea numa
 tentativa de derrubar Fidel. O completo
 fracasso aumentou o prestígio do líder cubano.
O primeiro discurso ao
 país após a vitória,
 Fidel anunciou
 formalmente ao
 mundo que Cuba
 passava a se
 considerar um país
 socialista.
Ao entrar para esse bloco,
 a ilha se tornaria um
 importante ponto
 estratégico para a União
 Soviético, que
 promoveria a tentativa de
 instalação de mísseis na
 ilha, e aí, o que
 acontece? Acertou.
 Origina a crise dos
 mísseis de 1962.
Anos 60

Em plena atmosfera de
 Guerra Fria.
Cuba foi expulsa da OEA sob acusação de que
 disseminava a subversão pelo continente,
 embora contasse com aliados de peso na
 América, como o México. Ao mesmo tempo
 Kennedy lançou para a América Latina a
 Aliança para o Progresso, um programa de
 ajuda econômica que veiculava ideais norte-
 americanos, numa tentativa de combater as
 influências da Revolução Cubana sobre outras
 regiões do continente.
O isolacionismo forçado
 de Cuba levou o
 governo de Havana a
 apoiar os movimentos
 guerrilheiros que
 ocorriam em diversos
 pontos do continente,
 buscando subverter os
 poderes
 estabelecidos aliados
 aos EUA.
Na Bolívia, Colômbia e
 países centro-
 americanos, atuava
 pessoalmente o líder da
 revolução cubana, “Che”
 Guevara, que acabou
 morto em outubro do
 mesmo ano na Bolívia.
À atitude ofensiva
cubana, os EUA
responderam com uma
política de apoio aos
golpes militares do
continente, implantando
governos ditatoriais.
Para afastar o perigo
comunista ou atuando
militarmente contra
governos apoiados por
Cuba, a exemplo dos
sandinistas na
Nicarágua.
Anos 80
A América Central transformou-se numa região
de guerra civil, de guerrilhas e crises mas no
início da década seguinte o apaziguamento
internacional elaborado pelo presidente George
Bush (pai) e pelo presidente soviético Mikhail
Gorbatchev motivou ainda que brandamente uma
reversão desse quadro.
Entre 1989 e 1991

-As mudanças no Leste
europeu
-A derrocada da União
soviético
Fortaleceram as
pressões por reformas
que eliminassem o
monolitismo, obstáculo a
uma abertura sintonizada
com as transformações
dos ex-socialistas e
exigidas pelos países
capitalistas.
Ao mesmo tempo, os EUA intensificaram o
bloqueio econômico iniciado em 1961,
multiplicando as dificuldades da população
cubana e do próprio regime socialista. Tem sido
tão negativos os efeitos do atual quadro que
muitas das conquistas sociais, econômicas e
culturais obtidas até os anos 1980, ou foram
anuladas, ou então sob ameaça de reversão.
A enorme retração econômica do Leste europeu,
provocada pelo esfacelamento da União
Soviética, levou os dirigentes comunistas
cubanos a buscar, em meados da década de
1990, um reformismo econômico e aproximação
internacional discordante do bloqueio norte-
americano.
Após adotar o lema
revolucionário castrista
“socialismo ou morte”,
passavam,
pragmaticamente, a dizer
“queremos capital e não
capitalismo”.
Outro mecanismo
adotado pelo governo
cubano foi o incremento
do turismo, trazendo
divisas que ajudaram a
enfrentar a asfixia
econômica.
Inúmeras pressões da
comunidade
internacional têm sido
feitas para o fim do
bloqueio norte-
americano. Porém
posição contrária é
defendida por uma
ruidosa comunidade
cubana estabelecida na
Flórida.
Ao defenderem o isolamento
internacional, esses cubanos
acreditam que a pobreza
decorrente acabará por derrubar
Fidel. Estabelecidos em grande
número nesse estado norte-
americano, os cubanos
exerciam peso nas eleições
locais e, com suas ramificações,
influenciavam a política externa
dos EUA.
Mesmo assim, em 1998, o isolamento
internacional cubano diminuiu, destacando-se a
visita do papa João Paulo II à ilha e o
restabelecimento dos voos Miami (EUA) e
Havana (Cuba), além dos investimentos e
financiamentos canadenses europeus ao país.
Considerações finais

A Revolução Cubana, no contexto da América
Latina, foi uma via específica da solução aos
problemas de miséria e ditadura produzidos pelo
subdesenvolvimento onde as soluções
apontavam para o não alinhamento automático
com os EUA durante o período da Guerra Fria.
Depois de mais de 25 anos da revolução, o
governo cubano, e das várias dificuldades, pôde
proclamar que conseguiria o fim do desemprego,
da miséria e que o analfabetismo foi erradicado
do país.
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Revolução Cubana 1959-1990

  • 1. A Revolução Cubana (1959) -A política do Big Stick -A invasão norte-americana -governos locais ditatoriais
  • 2. Liderada pelo poeta José Martí, a independência cubana, em 1898, logo esbarrou na política do Big Stick, que instituiu na constituição cubana de 1901 a Emenda Platt, dando início à tutela político-econômica norte-americana sobre Cuba.
  • 3. Além de ceder os EUA uma área de 117 km² (a baía de Guantánamo, ainda hoje uma base norte-americana em solo cubano), Cuba ficou sob ameaça de uma invasão norte- americana e o jugo de governos locais ditatoriais, como Gerardo Machado até 1993 e Fulgêncio Batista de 1934 a 1958.
  • 4. Anos 50 -O surgimento de movimentos guerrilheiros
  • 5. Na década de 1950, porém, a oposição à ditadura cresceu consideravelmente, com o surgimento de movimentos guerrilheiros, sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, que partir de 1956 obtiveram sucessivas vitórias e ocuparam várias cidades e povoados. Em 31/12/1959, Fulgêncio Batista, derrotado, fugiu de Cuba para a vizinha República Dominicana.
  • 6. A política de mudança adotada pelo governo revolucionário a partir de 1959.
  • 7. A política de mudança chocava-se fortemente com os tradicionais interesses dos EUA no país. A realização de reforma agrária e nacionalização das refinarias de açúcar, usinas e indústrias (a maior parte pertencentes a norte-americanas) levaram os EUA a suspender a importação do açúcar cubano. Sendo a venda do açúcar vital à economia de Cuba, um novo mercado precisaria ser criado, e o país voltou-se para os soviéticos.
  • 8. A ligação de Cuba ao bloco soviético.
  • 9. Esta ligação serviu de justificativa para o presidente John Kennedy tomar medidas radicais. Em janeiro de 1961, os EUA romperam relações diplomáticas com Cuba e, em abril, um grupo de soldados formado por exilados cubanos e mercenários norte- americanos desembarcou na baía dos Porcos recebendo apoio da força aérea numa tentativa de derrubar Fidel. O completo fracasso aumentou o prestígio do líder cubano.
  • 10. O primeiro discurso ao país após a vitória, Fidel anunciou formalmente ao mundo que Cuba passava a se considerar um país socialista.
  • 11. Ao entrar para esse bloco, a ilha se tornaria um importante ponto estratégico para a União Soviético, que promoveria a tentativa de instalação de mísseis na ilha, e aí, o que acontece? Acertou. Origina a crise dos mísseis de 1962.
  • 12. Anos 60 Em plena atmosfera de Guerra Fria.
  • 13. Cuba foi expulsa da OEA sob acusação de que disseminava a subversão pelo continente, embora contasse com aliados de peso na América, como o México. Ao mesmo tempo Kennedy lançou para a América Latina a Aliança para o Progresso, um programa de ajuda econômica que veiculava ideais norte- americanos, numa tentativa de combater as influências da Revolução Cubana sobre outras regiões do continente.
  • 14. O isolacionismo forçado de Cuba levou o governo de Havana a apoiar os movimentos guerrilheiros que ocorriam em diversos pontos do continente, buscando subverter os poderes estabelecidos aliados aos EUA.
  • 15. Na Bolívia, Colômbia e países centro- americanos, atuava pessoalmente o líder da revolução cubana, “Che” Guevara, que acabou morto em outubro do mesmo ano na Bolívia.
  • 16. À atitude ofensiva cubana, os EUA responderam com uma política de apoio aos golpes militares do continente, implantando governos ditatoriais.
  • 17. Para afastar o perigo comunista ou atuando militarmente contra governos apoiados por Cuba, a exemplo dos sandinistas na Nicarágua.
  • 19. A América Central transformou-se numa região de guerra civil, de guerrilhas e crises mas no início da década seguinte o apaziguamento internacional elaborado pelo presidente George Bush (pai) e pelo presidente soviético Mikhail Gorbatchev motivou ainda que brandamente uma reversão desse quadro.
  • 20. Entre 1989 e 1991 -As mudanças no Leste europeu -A derrocada da União soviético
  • 21. Fortaleceram as pressões por reformas que eliminassem o monolitismo, obstáculo a uma abertura sintonizada com as transformações dos ex-socialistas e exigidas pelos países capitalistas.
  • 22. Ao mesmo tempo, os EUA intensificaram o bloqueio econômico iniciado em 1961, multiplicando as dificuldades da população cubana e do próprio regime socialista. Tem sido tão negativos os efeitos do atual quadro que muitas das conquistas sociais, econômicas e culturais obtidas até os anos 1980, ou foram anuladas, ou então sob ameaça de reversão.
  • 23. A enorme retração econômica do Leste europeu, provocada pelo esfacelamento da União Soviética, levou os dirigentes comunistas cubanos a buscar, em meados da década de 1990, um reformismo econômico e aproximação internacional discordante do bloqueio norte- americano.
  • 24. Após adotar o lema revolucionário castrista “socialismo ou morte”, passavam, pragmaticamente, a dizer “queremos capital e não capitalismo”.
  • 25. Outro mecanismo adotado pelo governo cubano foi o incremento do turismo, trazendo divisas que ajudaram a enfrentar a asfixia econômica.
  • 26. Inúmeras pressões da comunidade internacional têm sido feitas para o fim do bloqueio norte- americano. Porém posição contrária é defendida por uma ruidosa comunidade cubana estabelecida na Flórida.
  • 27. Ao defenderem o isolamento internacional, esses cubanos acreditam que a pobreza decorrente acabará por derrubar Fidel. Estabelecidos em grande número nesse estado norte- americano, os cubanos exerciam peso nas eleições locais e, com suas ramificações, influenciavam a política externa dos EUA.
  • 28. Mesmo assim, em 1998, o isolamento internacional cubano diminuiu, destacando-se a visita do papa João Paulo II à ilha e o restabelecimento dos voos Miami (EUA) e Havana (Cuba), além dos investimentos e financiamentos canadenses europeus ao país.
  • 29. Considerações finais A Revolução Cubana, no contexto da América Latina, foi uma via específica da solução aos problemas de miséria e ditadura produzidos pelo subdesenvolvimento onde as soluções apontavam para o não alinhamento automático com os EUA durante o período da Guerra Fria.
  • 30. Depois de mais de 25 anos da revolução, o governo cubano, e das várias dificuldades, pôde proclamar que conseguiria o fim do desemprego, da miséria e que o analfabetismo foi erradicado do país.