A importância do teatro de william shakespeare para o período elisabetano e para os dias atuais uma coletânea de obras atemporais que ultrapassam gerações
Este documento discute a importância do dramaturgo William Shakespeare para o período elisabetano na Inglaterra e para os dias atuais. Apresenta uma cronologia de suas obras teatrais e destaca que muitas delas, como Romeu e Julieta, continuam populares e atemporais, abordando temas universais sobre a natureza humana. Além disso, destaca o apoio da rainha Elizabeth I ao teatro no período elisabetano e como isso contribuiu para o sucesso de Shakespeare.
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A IMPORTÂNCIA DO TEATRO DE WILLIAM SHAKESPEARE PARA O
PERÍODO ELISABETANO E PARA OS DIAS ATUAIS: UMA COLETÂNEA DE
OBRAS ATEMPORAIS QUE ULTRAPASSAM GERAÇÕES
Ederson da Paixão
(PG Instituto ESAP – Projeto de Pesquisa “Os Primeiros Dramas Elisabetanos” – GP “A
Arte Teatral: Conceituação, História e Reflexões” – CLCA-UENP/CJ.)
ederson.qtg@gmail.com
Fernanda de Cássia Miranda
Mônica de Aguiar Moreira Garbelini
(Orientadoras - Projeto de Pesquisa “Os Primeiros Dramas Elisabetanos” – GP “A Arte
Teatral: Conceituação, História e Reflexões” – CLCA – UENP/CJ.)
dramaselisabetanos@gmail.com
Praticamente todos os historiadores e pesquisadores lamentam o fato de não
se saber muito a respeito da vida de William Shakespeare, isto é, se ele realmente existiu, já
que há grandes especulações que afirmam que tal escritor seria uma verdadeira farsa, e que
autores anônimos escreviam as suas obras e assinavam por ele.
A única coisa que se sabe é que ele teria nascido em Stratford – Upon –
Avon no dia 23 de abril de 1564, que teria se casado aos 18 anos com Anne Hathaway, tido
filhos, mudado para Londres, enriquecido com o teatro, e retornado para a sua cidade para
morrer como um talento que se espalhou pelo mundo. Mas a coisa mais importante e
fundamental que temos são as suas obras, um total de 38 peças e 154 sonetos.
As primeiras produções de William Shakespeare são longos poemas: Vênus
and Adonis e The Rape of Lucrece. Já na fase seguinte suas atenções estarão voltadas para o
teatro, onde “num primeiro momento, Shakespeare vai buscar o assunto para suas peças na
história inglesa” (CEVASCO e SIQUEIRA, 1999, p.24), como é o caso de Henry VI, Richard
II, Richard III, King John e Henry V.
(...) Em suas peças históricas, Shakespeare mergulhou na história da própria
Inglaterra e posicionou – se apaixonadamente em relação aos problemas do poder e
do destino. Ascensão repentina e queda abrupta, a embriaguez do poder, crime,
vingança e assassinato dão vasão às imagens plenas de linguagem e, na rápida
mudança de cenas fragmentárias, culminam numa brilhante síntese. (BERTHOLD,
2008, p.312)
Além das peças históricas, ainda pertencem a esta fase The Comedy of
Errors, The Taming of the Shrew, Love’s Labour’s Lost, A Midsummer Night’s Dream, The
Merchant of Venice, Much Ado About Nothing e As You Like It.
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Com a virada do século XVI, já que parece não haver mais público para a
alegria, o dramaturgo inicia – se o seu “período sombrio”. Hamlet, Othello, Macbeth, King
Lear, Julius Caesar e Timon of Athens são as grandes tragédias escritas neste segundo
período. Mesmo as comédias Measure for Measure e Troilus and Cressida, escritas neste
período, são sombrias e pessimistas.
Em suas últimas peças, Pericles, Cymbeline, The Winter’s Tale, The
Tempest, o autor volta ao seu senso de humor, agora filosófico e melancólico. A resignação e
o perdão são temas constantes nestas últimas peças, que devem ser reconhecidas como
tragicomédias. E cinco anos antes de morrer (em 23 de abril de 1616), William Shakespeare
se despede dos palcos.
De acordo com Berthold (2008, p. 313),
(...) As peças de Shakespeare oferecem alimento abundante para a transformadora
capacidade da imaginação, da magia poética do Sonho de Uma Noite de Verão à
loucura do Rei Lear na charneca tormentosa. Ele saltou por cima das regras clássicas
pela força de seu gênio poético. Trouxe à vida períodos e lugares, ternura e rudeza
na “arena” do teatro.
Segue – se abaixo, a ordem cronológica das peças teatrais de William
Shakespeare, com base em Shakespeare (1997, p. 7 – 8), e Shakespeare (MCMLXVI, p. 7):
Ano / Período Obra
1590 – 1591 Henrique VI (2ª parte), Henrique VI (3ª parte)
1591 – 1592 Henrique VI (1ª parte)
1592 – 1593 Ricardo III, A Comédia dos Erros
1593 – 1594 Tito Adrônico, A Megera Domada
1594 – 1595 Os Dois Cavalheiros de Verona, Trabalhos de Amor Perdidos,
Romeu e Julieta
1595 – 1596 Ricardo II, Sonho de Uma Noite de Verão
1596 – 1597 O Rei João, O Mercador de Veneza
1597 – 1598 Henrique IV (1ª parte), Henrique VI (2ª parte)
1598 – 1599 Muito Barulho para Nada, Henrique V
1599 – 1600 Júlio César, Como Gostais, Noite de Reis
1600 – 1601 Hamlet, As Alegres Comadres de Windsor
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1601 – 1602 Tróilo e Cressida
1602 – 1603 Bem Está o Que Bem Acaba
1603 – 1604 (?)
1604 – 1605 Medida por Medida, Otelo
1605 – 1606 O Rei Lear, Macbeth
1606 – 1607 Antônio e Cleópatra
1607 – 1608 Coriolano, Timão de Atenas
1608 – 1609 Péricles
1609 – 1610 Cimbelino
1610 – 1611 Conto do Inverno
1611 – 1612 A Tempestade
1612 – 1613 Henrique VIII
De acordo com o quadro acima, percebe – se que a coletânea dramatúrgica
de William Shakespeare foi produzida em um período de vinte anos, já que teria iniciado em
1590 – 1591 com a segunda e terceira partes de Henrique VI, e terminado em 1612 – 1613
com a obra Henrique VIII.
Vale a pena relembrar que todos estes dramas escritos a mais de trezentos
anos atrás, continuam imortais até os dias de hoje, sendo reproduzidos das mais diversas
formas através dos meios de comunicação, tais como rádio, televisão, cinema, além de outros
meios como o teatro (nas escolas ou universidades), que ora apresentam a peça em sua
originalidade, ora elaboram adaptações para que a linguagem se torne mais acessível às
pessoas.
A grande maioria dos dramas de William Shakespeare, escritos há mais de
três séculos, são mais atuais que as obras de qualquer outro dramaturgo, escritor ou cineasta
contemporâneo, já que o autor soube explorar muito bem temas que sempre estiveram e
estarão presentes em qualquer sociedade, como é o caso de adultérios, crimes, assassinatos,
descasos com as sociedades, vingança, cobiça, disputa pelo poder, submissão das classes
inferiores, dentre outros. Enfim, todos os dramas sociais desfilam nas obras do escritor.
De todas as comédias e tragédias escritas pelo autor, as tragédias Hamlet,
Otelo e Romeu e Julieta, são as mais populares no mundo todo. Quem nunca ouviu falar da
vingança de Hamlet para com a morte de seu pai, ou das loucas crises de ciúmes de Otelo
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contra sua esposa Desdêmona, e até mesmo da história de amor impossível dos jovens Romeu
e Julieta, graças à rivalidade entre as suas famílias?
Percebe – se nestas três obras, que todas estão relacionadas a temas difíceis,
os quais as sociedades vêm enfrentando desde a sua origem, a partir das primeiras famílias,
que trata – se da vingança, dos ciúmes e da rivalidade familiar. Talvez, por se tratar de temas
tão freqüentes nos dias de hoje, tais dramas continuam a ser tão populares entre as pessoas.
Cabe ressaltar que as peças de William Shakespeare foram escritas para
serem representadas. Provavelmente o autor não teria pensado nelas como o monumento
literário no qual se transformaram (CEVASCO e SIQUEIRA, 1999, p. 22).
As casas de espetáculo
Muito pouco se sabe das características dos ambientes onde as peças teatrais
eram representadas.
O teatro era tão popular na época que levou à construção de um ambiente
em 1576, para uso exclusivo de representações teatrais. Trata – se de The Theather, que
situava – se nos arrebaldes de Londres, longe da jurisdição dos poderes municipais que não
aprovavam tal casa de espetáculos.
Uma das casas de espetáculo mais famosas é The Globe, o teatro onde a
maioria das obras de William Shakespeare foram representadas, que fora destruído por um
incêndio em 1613.
A primeira representação da obra Henrique VIII assinala – se por este
incidente, que deu – se no dia 29 de junho de 1613, uma data funestíssima para a literatura,
por terem sido destruídos nesta catástrofe todos os manuscritos de William Shakespeare, de
propriedade da companhia. Sem este fato, teriam possivelmente chegado até nós muitos
documentos nos quais até hoje se debate a crítica shakespeariana.
A relação entre o dramaturgo e o teatro no qual foi ator, autor e sócio é
intensa. De acordo com Cevasco e Siqueira (1999, p.22 – 23),
(...) a audiência visada por Shakespeare era variadíssima. Na platéia, espaço ao redor
do tablado que servia como palco, ficavam de pé os mais pobres, a gente do povo, a
quem cumpria manter quieta e entretida pelos aspectos mais sensacionalistas das
peças. Nos balcões elevados e galerias sentavam – se os nobres de sangue e de
dinheiro. Mais refinados, a estes cabia agradar com os temas sutis e as imagens
poéticas, bem como às damas que, embora mascaradas, já que a presença feminina
nos teatros não era bem vista, esperavam um pouco de romantismo.
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O dramaturgo também não se esquecia dos intelectuais, que deveriam
apreciar a filosofia e o debate. Mas William Shakespeare não conseguiu agrada – los por
muito tempo, pois era visto pelos autores teatrais que estudaram ou estudavam nas
universidades, como um arrivista provinciano (que só sabia escrever peças sangrentas), e que
jamais estudara em uma universidade.
A importância das obras de William Shakespeare
Período elisabetano
Como já foi mencionado, William Shakespeare vem fazendo sucesso desde
o período elisabetano, período marcado pelo governo de Elizabeth I (1558 – 1603).
A Rainha Elizabeth I assume o trono inglês no século XVI, e dentre as suas
atividades destaca – se o ajuste e apoio da cultura inglesa, principalmente no que diz respeito
às produções teatrais. Assim o teatro cresceu e tornou – se cada vez mais popular, e as
companhias de teatro aumentaram em número e importância.
Pelo interior do país, as turnês só poderiam ser realizadas pelas companhias
que fossem protegidas por um nobre. Várias eram as companhias que possuíam a proteção de
um monarca, dentre elas “Homens do Conde de Pembroke” e “Cômicos do Conde de
Leicester”, por exemplo.
A companhia teatral na qual William Shakespeare atuava como ator e
escritor era ”Homens do Conde de Pembroke”, que era patrocinada por James Burbage e
posteriormente passou à proteção de Henry Carey1
, o Lord Chamberlain, que era primo da
Rainha Elizabeth I.
Graças ao apoio real, a posição dos atores junto à corte que já era boa,
melhorou ainda mais. De acordo com os pensamentos de Berthold (2008, p. 313), “(...) o
jovem Shakespeare irrompeu no palco elizabetano numa época em que o ator profissional já
tinha uma posição segura na estrutura da sociedade”.
Muitos atores, dentre eles William Shakespeare, frequentemente passaram a
atuar para a própria Rainha Elizabeth. De acordo com Carvalho (s / data, p. 21), “(...) esta
1
Aqui é, mencionado Henrique Carey, o segundo filho de Henrique VIII com Maria Carey, sua amante e irmã de
Ana Bolena, a segunda esposa do soberano. Percebe – se claramente aqui, que ele é, ao mesmo tempo, primo e
irmão da Rainha Elizabeth I. Primo pelo fato de ser filho da tia da rainha (Maria Carey), e irmão por ser filho do
mesmo pai, o soberano Henrique VIII.
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gostava muito da companhia e, em especial, de “Penas de Amor Perdidas”2
, uma peça em
que Shakespeare narrava uma elegante história de amor.”
Com o acesso do jovem dramaturgo na corte, este poderia observar o mundo
dos nobres e políticos, que o interessava muito. Possivelmente isso o ajudou na produção de
obras com esta temática.
A grande maioria das obras shakespearianas foi produzida no período em
que a Inglaterra foi governada por Elizabeth I (45 anos), e consolidou sua posição de grande
potência político – econômica.
Os dias atuais
William Shakespeare é considerado hoje o “centro do cânone universal”, e
ainda influencia escritores do mundo todo. Suas obras (em sua maioria), são consideradas
atemporais, e devido a este fato, ultrapassam gerações. Um exemplo é o clássico universal
“Romeo and Juliet” (“Romeu e Julieta”), provavelmente a obra mais famosa do dramaturgo
inglês. Possivelmente esta obra tenha feito muito sucesso desde as suas primeiras
representações, e toda esta popularidade estendeu – se até os dias atuais.
Quando nos dias de hoje tem – se acesso a qualquer peça representada nos
moldes da época e utilizando – se as vestimentas e os textos originais, tem – se acesso não só
a uma literatura escrita há muito tempo, mas a um conjunto de fatores histórico – sociais que
representa a Inglaterra do período retratado. Mesmo se passando em outro país, como Itália e
Dinamarca, por exemplo, o autor procurou manter características que eram apresentadas pelo
seu público, o que tornava os fatos mais próximos dos espectadores.
Tudo isso serve de fonte para historiadores e literários que pretendem saber
mais sobre as diferentes classes da época, como as maneiras de se vestir, a alimentação, a
linguagem, dentre outros.
Nos dias de hoje, basta querer para se ter acesso a uma coletânea de sonetos,
poemas comédias e tragédias atemporais que ultrapassam as barreiras dos séculos e
encontram – se vivos graças à genialidade do dramaturgo mais popular do mundo.
Considerações finais
2
Convém destacar que a obra mencionada aqui, “Penas de Amor Perdidas”, de William Shakespeare, também
pode ser encontrada pelo título de “Poemas de Amor Perdidos” ou “Trabalhos de Amor Perdidos”.
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Como foi visto, William Shakespeare é uma personalidade que terá seu
nome eternamente estampado nas páginas da literatura e da dramaturgia universal, graças à
sua genialidade. Cabe ressaltar que além de dramaturgo e ator, também escreveu sonetos e
poemas que são um dos mais belos escritos na época em que viveu, e até mesmo se
comparado com outro dos dias atuais.
No que diz respeito ao drama, o dramaturgo deixou – nos um legado
bastante considerável de peças atemporais (que não têm uma época específica para se
enquadrar), que ultrapassam gerações devido aos seus temas sempre atuais, já que são
abordadas questões que sempre estiveram presentes em qualquer sociedade.
A genialidade de Shakespeare foi prestigiada desde a corte de Elizabeth I
(que ofereceu grande apoio às produções teatrais), já que teve o prazer de atuar para a própria
rainha.
Buscou – se a partir deste trabalho, resgatar aspectos a respeito do
“dramaturgo maior” e de suas importantes obras, focalizando a sua importância para o
período elisabetano e para os dias atuais.
Não pretendeu – se esmiuçar as questões aqui apresentadas, e o assunto aqui
tratado não se esgota nesta breve abordagem.
Referências
BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. Tradução de Maria Paula V. Zurawski, J.
Guinsburg, Sérgio Coelho e Clóvis Garcia. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.
CARVALHO, Marcelo. História do Teatro: Curso Preparatório para o Exame de Capacitação
Profissional – SATED – MG. Disponível em
http://www.funalfa.pjf.mg.gov.br/documentos/ec_apostila.doc. Acesso em 07 de Agosto de
2009.
CEVASCO, Maria Elisa; SIQUEIRA, Valter Lellis. Rumos da Literatura Inglesa. 5. ed. São
Paulo: Ática, 1999.
SHAKESPEARE, William. Hamlet: Príncipe da Dinamarca. Tradução de Mario Fondelli.
Curitiba: Gráfica Editora Posigraf, 1997.
SHAKESPEARE, William. A Famosa História da Vida do Rei Henrique VIII – Drama
Histórico. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Rio de Janeiro: Tecnoprint Gráfica,
MCMLXVI.
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Bibliografia consultada
SHAKESPEARE, William. The Unabridged William Shakespeare: A Complete Library of
His Works. Edited by William Clark and William Aldis Wright. Philadelphia – London:
Running Press, 1989.
Para citar este artigo:
PAIXÃO, Éderson da. A importância do teatro de William Shakespeare para o período
elisabetano e para os dias atuais: uma coletânea de obras atemporais que ultrapassam
gerações. In: VII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA SÓLETRAS - Estudos
Linguísticos e Literários. 2010. Anais... UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná –
Centro de Letras, Comunicação e Artes. Jacarezinho, 2010. ISSN – 18089216. p. 564 – 571.