O documento discute a arte popular portuguesa, focando-se em dois artistas: Rosa Ramalho e Franklin Vilas Boas. Descreve o trabalho de ambos, incluindo os materiais e temas utilizados. Explica como eles foram descobertos e celebrizados, apesar de terem trabalhado fora das convenções artísticas estabelecidas.
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Ernesto de sousa: A Arte Popular de Rosa Ramalho e de Franklin Vilas Boas
1. Ernesto de Sousa:
A Arte Popular de Rosa Ramalho e de
Franklin Vilas Boas
U.C.: ETAV/ Docente: Ana Nolasco/ Discentes: Vanda Bregieiro/ PAP-2º ano
2. Ernesto de Sousa:
A Arte Popular de Rosa Ramalho e de Franklin Vilas
Boas
A arte popular portuguesa
• Fruto da recolha etnográfica;
• Sem estudos estéticos ou crítica artística;
• A música era a mais estudada (Michel Giacometti);
Dedica-se ao estudo da Arte Popular Portuguesa
U.C.: ETAV/ Docente: Ana Nolasco/ Discentes: Vanda Bregieiro/ PAP-2º ano
3. Ernesto de Sousa:
A Arte Popular de Rosa Ramalho e de Franklin Vilas
Boas
Portugal : Sociedade paradoxal :
Urbanidade Vs.
Ruralidade
Capital Resto do
país
Literacia Literacia
Registos físicos Registos
orais/
mnemónicas
Tecnologia Contacto
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pessoa
4. Ernesto de Sousa:
A Arte Popular de Rosa Ramalho e de Franklin Vilas
Boas
Caracterização da Arte Popular
“A noção abstracta de harmonia é-lhe estranha, pois que ele (o
artista de arte popular) nada produz que não seja imediatamente
harmónico consigo próprio, com os seus hábitos e entendimentos
do quotidiano, como com os seus desejos e aspirações de futuro.
Em consequência disto a arte popular é mais expressiva do que
formal, o seu ímpeto significante sobreleva a harmonia significativa
dos seus diferentes elementos (o formalismo é-lhe completamente
alheio). É regional e particularizante, e a sua beleza é característica
e não canónica.”
Ernesto de Sousa
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5. Franklin Vilas Boas- O escultor ingénuo
Esposende 1919-1968
• Comunidade de pescadores;
• Trabalhava em alvenaria (escultura em pedra);
• Tenta outros materiais (cartão, marfim);
• Preferiu a madeira;
• Desvia-se da tradição colectiva em favor de um imaginário próprio: seres
fantásticos esculpidos em raízes;
• Rompe com as regras de produção social ou culturalmente estabelecidas;
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6. Franklin Vilas Boas- O escultor ingénuo
A obra
• Raízes das quais é retirado o supérfluo com uma goiva, formão ou navalha;
• Retira o potencial da forma existente;
• Figuras variadas, fruto da imaginação:
Híbridas -metade homem metade animal
humanas
Deuses/ santos
Animais
Retorno à infância: ingenuidade, sem regras colectivas.
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7. Franklin Vilas Boas- O escultor ingénuo
Exposições
1964
• Barristas e Imaginários ( com Rosa Ramalho, Mistério, Franklin e
Quintino)- Galeria Divulgação;
• Conferência de Ernesto de Sousa, «Arte Popular Portuguesa», cujo
catálogo continha fotografias de peças de Vilas Boas;
1968
• Quintino e Franklin Vilas Boas- Centro Académico de Famalicão;
1994
• Onde mora o Frankiln?- Museu Nacional de Etnologia.
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9. Rosa Ramalho
Lugar da Cova 1888-1977
• Foi barrista em criança;
• Abraçou a profissão do marido, quando casou aos 18 anos;
• Em 1956, com a morte do marido voltou à arte do barro;
• Foi descoberta numa feira de artesanato por estudantes de Belas-Artes;
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10. Rosa Ramalho
A obra
Inicialmente:
• Chacota (barro por cozer);
• Tintas não cerâmicas;
• Cores: verde, vermelha, azul ou sem pintura.
Posteriormente:
• Vidrado, com cores, principalmente castanho melado.
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11. Rosa Ramalho
A obra
• Cenas do quotidiano popular: matança do porco, mulheres em carros de
bois, pombas e músicos
• Animais fantásticos e imaginários: lobisomens, diabos, híbridos;
• Mundo religioso: procissões, santos, anjos. Para além destas, produziu
fora.
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