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FACULDADE DE DIREITO- UFMG
Economia- Professor Willian de Sá
1º período- Turma B
Aluna: Vanessa Mara Pinto Nogueira Lima
O CONTRABANDO A SERVIÇO DA SOCIEDADE – GONÇALVES,
RODRIGUES.
A diferença de preços entre os produtos estrangeiros e brasileiros, na área dos
eletrônicos principalmente, causa uma necessidade de contrabando, de comércio ilegal.
Essa diferença de preços se dá em grande medida pelas políticas de proteção à indústria
nacional de informática, que cria altíssimas tarifas de importação, tornando os produtos
eletrônicos que chegam ao nosso país demasiadamente caro e, portanto, inacessível a
uma grande maioria.
Além de prejudicar o consumidor, que terá que pagar caro pelos produtos, essa barreira
na importação tem outros efeitos negativos sobre a economia do Brasil. O autor
Rodrigues Gonçalves explica esses efeitos através de um exemplo hipotético: um país
que possui grande produtividade em automóveis de alta qualidade, mas é ineficiente na
produção de computadores. Supondo que exista três empresas nesse país que trabalhem
na produção de computadores e apenas uma consiga comercializar o produto com
preços parecidos com os produtos estrangeiros, apenas essa empresa conseguirá
participar do mercado.
Por outro lado, se o governo impor uma tarifa de 50% sobre os computadores
importados, as demais empresas conseguirão competir no mercado, fazendo com que as
importação sejam substituídas pelos produtos nacionais. Apesar desse fato parecer
favorável, ele cria a chamada “Ineficiência estática”, pois essas empresas ineficientes,
para produzirem, precisarão atrair recursos produtivos que deixarão de ser utilizados em
setores de maior produtividade. Isso seria desfavorável para a economia, já que ela
deixaria de investir no que faz de melhor: produzir automóveis. Além disso, os ganhos
com a proteção industrial são destinados principalmente aos empresários, com prejuízo
aos outros setores da economia e principalmente sobre os consumidores.
Apesar disso, há argumentos coerentes a favor do protecionismo. Em atividades
tecnológicas, o custo de produção cai quando se aperfeiçoa o processo produtivo. E,
caso essas empresas ineficientes, mas ajudadas pelas tarifas, aperfeiçoem-se com o
tempo, elas podem tornar-se eficientes e dinâmicas, aproximando-se do nível
tecnológico das empresas estrangeiras. Dessa forma, a tarifa poderia ser retirada e a
empresa conseguiria competir com o mercado internacional. Ou seja, as restrições à
importação, quando impostos de maneira temporária, possuem dois efeitos
contraditórios sobre a eficiência econômica: provoca um deslocamento dos recursos e,
ao mesmo tempo, pode possibilitar as empresas tecnológicas se expandirem.
Por outro lado, isso nem sempre acontece. No Brasil, na década de 80, houve um
banimento das importações de computadores. Apesar de ter havido um aumento da
produtividade e queda dos preços, esse processo apenas acompanhou a tendência
mundial e, portanto, a diferença de preços entre os computadores brasileiros e
estrangeiros continuou a mesma. Isso pode ter ocorrido por duas explicações:
primeiramente, a proteção incidia também sobre os componentes do produto,
encarecendo a produção e, em segundo lugar, a proteção criou um incentivo para as
empresas buscarem favores políticos em vez de eficiência produtiva.
As perdas do Brasil foram enormes: além dos altos gastos dos consumidores, a falta de
acessibilidade ao produto criou um clico vicioso, onde só os mais ricos conseguiam os
melhores empregos, pois apenas eles tinham acesso à s tecnologias.

ADAM SMITH E OS BENEFÍCIOS DA GLOBALIZAÇÃO- GONÇALVES,
RODRIGUES
Segundo Adam Smith, é necessário comercializar e especializar em produzir aquilo que
fazemos com mais eficiência, pois se fabricássemos tudo o que consumíssemos, nossa
produtividade seria certamente mais baixa.
Há também outras vantagens em comercializar. Quando exportamos temos acesso a
mercados mais amplos. Isso aumenta a produtividade, causando uma diminuição dos
custos de produção e, consequentemente, abaixando os preços de venda no mercado.
Pode-se dizer também que há outros três efeitos de comércio na economia ligados à
possibilidade de importar: a competição externa, forçando as empresas a manterem a
eficiência, a introdução de novas tecnologias no país e a possibilidade de empregar bens
intermediários nas empresas. Isso, aliado a um menor protecionismo sobre os “insumos
de produção” causa um aumento da produtividade, levando a preços menores e salários
maiores para os funcionários.
As exportações só são importantes porque através delas que os países conseguem
recursos para importar. Economistas como David Romer, mostram que mais comércio
causa mais desenvolvimento econômico. As medidas protecionistas prejudiciais à
economia, só ocorrem então pelo fato de que os ganhos com a abertura são espalhados
na sociedade, enquanto os custos se concentram em um pequeno número de perdedores(
as empresas ineficientes e os que perdem seus empregos). Para evitar esse tipo de custo,
o governo deve planear as reduções das tarifas e estabelecer medidas de proteção social
e realocação dos profissionais.

INTERDEPENDÊNCIA E GANHOS COMERCIAIS- GREGORY MANKIW
Para falar sobre os ganhos e trocas comerciais, Mankiw utiliza do exemplo hipotético
em que o pecuarista e um agricultor queiram comer carne e batata. É fácil ver que
ambos teriam ganhos comerciais se o pecuarista produzisse só carne e o agricultor
apenas batata. Também são perceptíveis os benefícios do comércio entre eles se ambos
pudessem produzir o outro bem, mas a um custo maior. Mas os ganhos desse comércio
não são claros quando um deles é melhor na produção de todos os bens.
Supondo que o agricultor trabalhe oito horas por dia, ele produzirá 8kg de carne ou
32kg de batata. Já o pecuarista produzirá 24 kg de carne ou 48 kg de batata. Ao colocar
as combinações de produção em um gráfico de fronteiras de possibilidades, percebe-se
que, na ausência de comércio, a melhor média que o agricultor pode produzir é 4 kg de
carne e 16 kg de batata, enquanto a pecuarista produzirá 12 kg de carne e 24 kg de
batata.
Entretanto, se o agricultor passasse a produzir apenas batata e trocasse 15 kg delas por 5
kg de carne da pecuarista, a combinação que ambos teriam seria impossível na ausência
do comércio.
Através dessa demonstração conclui-se que o comércio permite que nós nos
especializemos naquilo que fazemos melhor. O resultado dessa especialização é um
aumento do consumo sem aumentar as horas de trabalho.
Na economia os estudiosos utilizam dois termos de comparação. A vantagem absoluta é
a comparação de produtividade entre dois produtores, empresas ou nações, ou seja,
quem utiliza menos insumo para produzir um bem tem vantagem absoluta sobre esse
bem.
Mas também pode-se comparar as produções de acordo com o custo de oportunidade,
que mede o tradeoff enfrentando na escolha da produção dos bens. É a chamada
Vantagem Comparativa. No caso do exemplo hipotético citado, a pecuarista precisa de
10 minutos para produzir 1 kg de batata. Com 10 minutos, ela produz ½ kg de carne.
Dessa forma, o custo de oportunidade de 1kg de batata é ½ kg de carne. Já o agricultor
necessita de 15 minutos para produzir o mesmo quilo de batata e, com esses 15 minutos,
produz ¼ kg de carne. Ou seja, seu custo de oportunidade é menor que o da pecuarista
e, portanto, possui Vantagem Comparativa na produção de batata sobre ela. De modo
contrário, a pecuarista possui vantagem comparativa na produção de carnes sobre o
agricultor.
As diferenças de custo de oportunidade criam os ganhos de comércio. Essa diferença
permite obter um bem a um preço inferior ao seu custo de oportunidade. O bolo
econômico aumenta, pois cada um passa mais tempo na atividade para a qual tem um
menor custo de oportunidade. Desse modo percebe-se então que o comércio pode ser
benéfico para ambas as partes.

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  • 1. FACULDADE DE DIREITO- UFMG Economia- Professor Willian de Sá 1º período- Turma B Aluna: Vanessa Mara Pinto Nogueira Lima O CONTRABANDO A SERVIÇO DA SOCIEDADE – GONÇALVES, RODRIGUES. A diferença de preços entre os produtos estrangeiros e brasileiros, na área dos eletrônicos principalmente, causa uma necessidade de contrabando, de comércio ilegal. Essa diferença de preços se dá em grande medida pelas políticas de proteção à indústria nacional de informática, que cria altíssimas tarifas de importação, tornando os produtos eletrônicos que chegam ao nosso país demasiadamente caro e, portanto, inacessível a uma grande maioria. Além de prejudicar o consumidor, que terá que pagar caro pelos produtos, essa barreira na importação tem outros efeitos negativos sobre a economia do Brasil. O autor Rodrigues Gonçalves explica esses efeitos através de um exemplo hipotético: um país que possui grande produtividade em automóveis de alta qualidade, mas é ineficiente na produção de computadores. Supondo que exista três empresas nesse país que trabalhem na produção de computadores e apenas uma consiga comercializar o produto com preços parecidos com os produtos estrangeiros, apenas essa empresa conseguirá participar do mercado. Por outro lado, se o governo impor uma tarifa de 50% sobre os computadores importados, as demais empresas conseguirão competir no mercado, fazendo com que as importação sejam substituídas pelos produtos nacionais. Apesar desse fato parecer favorável, ele cria a chamada “Ineficiência estática”, pois essas empresas ineficientes, para produzirem, precisarão atrair recursos produtivos que deixarão de ser utilizados em setores de maior produtividade. Isso seria desfavorável para a economia, já que ela deixaria de investir no que faz de melhor: produzir automóveis. Além disso, os ganhos com a proteção industrial são destinados principalmente aos empresários, com prejuízo aos outros setores da economia e principalmente sobre os consumidores. Apesar disso, há argumentos coerentes a favor do protecionismo. Em atividades tecnológicas, o custo de produção cai quando se aperfeiçoa o processo produtivo. E, caso essas empresas ineficientes, mas ajudadas pelas tarifas, aperfeiçoem-se com o tempo, elas podem tornar-se eficientes e dinâmicas, aproximando-se do nível tecnológico das empresas estrangeiras. Dessa forma, a tarifa poderia ser retirada e a empresa conseguiria competir com o mercado internacional. Ou seja, as restrições à importação, quando impostos de maneira temporária, possuem dois efeitos contraditórios sobre a eficiência econômica: provoca um deslocamento dos recursos e, ao mesmo tempo, pode possibilitar as empresas tecnológicas se expandirem.
  • 2. Por outro lado, isso nem sempre acontece. No Brasil, na década de 80, houve um banimento das importações de computadores. Apesar de ter havido um aumento da produtividade e queda dos preços, esse processo apenas acompanhou a tendência mundial e, portanto, a diferença de preços entre os computadores brasileiros e estrangeiros continuou a mesma. Isso pode ter ocorrido por duas explicações: primeiramente, a proteção incidia também sobre os componentes do produto, encarecendo a produção e, em segundo lugar, a proteção criou um incentivo para as empresas buscarem favores políticos em vez de eficiência produtiva. As perdas do Brasil foram enormes: além dos altos gastos dos consumidores, a falta de acessibilidade ao produto criou um clico vicioso, onde só os mais ricos conseguiam os melhores empregos, pois apenas eles tinham acesso à s tecnologias. ADAM SMITH E OS BENEFÍCIOS DA GLOBALIZAÇÃO- GONÇALVES, RODRIGUES Segundo Adam Smith, é necessário comercializar e especializar em produzir aquilo que fazemos com mais eficiência, pois se fabricássemos tudo o que consumíssemos, nossa produtividade seria certamente mais baixa. Há também outras vantagens em comercializar. Quando exportamos temos acesso a mercados mais amplos. Isso aumenta a produtividade, causando uma diminuição dos custos de produção e, consequentemente, abaixando os preços de venda no mercado. Pode-se dizer também que há outros três efeitos de comércio na economia ligados à possibilidade de importar: a competição externa, forçando as empresas a manterem a eficiência, a introdução de novas tecnologias no país e a possibilidade de empregar bens intermediários nas empresas. Isso, aliado a um menor protecionismo sobre os “insumos de produção” causa um aumento da produtividade, levando a preços menores e salários maiores para os funcionários. As exportações só são importantes porque através delas que os países conseguem recursos para importar. Economistas como David Romer, mostram que mais comércio causa mais desenvolvimento econômico. As medidas protecionistas prejudiciais à economia, só ocorrem então pelo fato de que os ganhos com a abertura são espalhados na sociedade, enquanto os custos se concentram em um pequeno número de perdedores( as empresas ineficientes e os que perdem seus empregos). Para evitar esse tipo de custo, o governo deve planear as reduções das tarifas e estabelecer medidas de proteção social e realocação dos profissionais. INTERDEPENDÊNCIA E GANHOS COMERCIAIS- GREGORY MANKIW
  • 3. Para falar sobre os ganhos e trocas comerciais, Mankiw utiliza do exemplo hipotético em que o pecuarista e um agricultor queiram comer carne e batata. É fácil ver que ambos teriam ganhos comerciais se o pecuarista produzisse só carne e o agricultor apenas batata. Também são perceptíveis os benefícios do comércio entre eles se ambos pudessem produzir o outro bem, mas a um custo maior. Mas os ganhos desse comércio não são claros quando um deles é melhor na produção de todos os bens. Supondo que o agricultor trabalhe oito horas por dia, ele produzirá 8kg de carne ou 32kg de batata. Já o pecuarista produzirá 24 kg de carne ou 48 kg de batata. Ao colocar as combinações de produção em um gráfico de fronteiras de possibilidades, percebe-se que, na ausência de comércio, a melhor média que o agricultor pode produzir é 4 kg de carne e 16 kg de batata, enquanto a pecuarista produzirá 12 kg de carne e 24 kg de batata. Entretanto, se o agricultor passasse a produzir apenas batata e trocasse 15 kg delas por 5 kg de carne da pecuarista, a combinação que ambos teriam seria impossível na ausência do comércio. Através dessa demonstração conclui-se que o comércio permite que nós nos especializemos naquilo que fazemos melhor. O resultado dessa especialização é um aumento do consumo sem aumentar as horas de trabalho. Na economia os estudiosos utilizam dois termos de comparação. A vantagem absoluta é a comparação de produtividade entre dois produtores, empresas ou nações, ou seja, quem utiliza menos insumo para produzir um bem tem vantagem absoluta sobre esse bem. Mas também pode-se comparar as produções de acordo com o custo de oportunidade, que mede o tradeoff enfrentando na escolha da produção dos bens. É a chamada Vantagem Comparativa. No caso do exemplo hipotético citado, a pecuarista precisa de 10 minutos para produzir 1 kg de batata. Com 10 minutos, ela produz ½ kg de carne. Dessa forma, o custo de oportunidade de 1kg de batata é ½ kg de carne. Já o agricultor necessita de 15 minutos para produzir o mesmo quilo de batata e, com esses 15 minutos, produz ¼ kg de carne. Ou seja, seu custo de oportunidade é menor que o da pecuarista e, portanto, possui Vantagem Comparativa na produção de batata sobre ela. De modo contrário, a pecuarista possui vantagem comparativa na produção de carnes sobre o agricultor. As diferenças de custo de oportunidade criam os ganhos de comércio. Essa diferença permite obter um bem a um preço inferior ao seu custo de oportunidade. O bolo econômico aumenta, pois cada um passa mais tempo na atividade para a qual tem um menor custo de oportunidade. Desse modo percebe-se então que o comércio pode ser benéfico para ambas as partes.