2. Quantos e quais países falam
português?
A Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) é composta por oito
países: Brasil, Portugal, Angola,
Moçambique, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor
Leste.
3. Por que é preciso padronizar o português?
O português, segundo estudos, é a quinta língua
mais falada no mundo e tem duas grafias oficiais, o
que dificulta o estabelecimento da língua como um
dos idiomas oficiais da Organização das Nações
Unidas (ONU) . A ortografia-padrão facilitará o
intercâmbio cultural entre os países que falam
português. Livros, inclusive os científicos, e
materiais didáticos poderão circular livremente
entre os países, sem necessidade de revisão, como
já acontece em países que falam espanhol. Além
disso, haverá padronização do ensino de português
ao redor do mundo
4. NOVA
REFORMA ORTOGRÁFICA
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram
reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V WX Y Z
5. As letras k, w e y, que na verdade não
tinham desaparecido da maioria dos
dicionários da nossa língua, são usadas em
várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades
de medida: km (quilômetro), kg(quilograma),
W (watt);
6. b) na escrita de palavras e nomes
Estrangeiros (e seus derivados): show,
playboy, playground, windsurf, kung
fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka,
kafkiano.
7. CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
a) VOGAIS
Não são simplesmente as letras a, e, i, o, u. Em
quilo, a letra u nem é fonema.
A vogal é fonema básico de toda sílaba. Não há
sílaba sem vogal e não pode haver mais de uma
vogal numa sílaba. Por outra, o número de vogais
de um vocábulo é igual ao número de sílabas;
inversamente, o número de sílabas é igual ao número
de vogais.
8. b) CONSOANTES
Como o próprio nome sugere
(com + soante = soar com), consoantes são os
fonemas que, para serem emitidos, necessitam
do amparo de outros fonemas, ou seja, das
vogais.
9. Cabe relembrar que, para haver consoante, é
necessário o fonema (ruído) e não a letra
(escrita).
Assim, em “hipótese”, não há a consoante
“h”, mas apenas essa letra; em “ilha”, a
consoante única é o fonema representado
pelas letras “lh”; em “manga”, o “n” não é
consoante, porque não constitui fonema, mas
apenas indica a nasalização do “a”.
10. c) SEMIVOGAIS
Constituem os fonemas intermediários entre
as vogais e as consoantes: não têm a fraqueza
destas nem a autonomia daquelas. São, na
prática, o “i” e o “u”, quando, ao lado de uma
vogal autêntica, soam levemente, sem a força de
vogal.
O “e” e o “o”, sempre que, na mesma
circunstância,
forem pronunciados, respectivamente,
como “i” e “u”, também serão semivogais.
11. Semivogais Vogais
pais país
mau baú
mágoa pessoa
vídeo Léo
Mário Maria
12. Encontros Vocálicos
(1 vogal + 1 semivogal)
a) DITONGO
É o grupo constituído de uma vogal e uma
semivogal
ou vice-versa.
O ditongo pode ser:
crescente - quando a semivogal vem antes:
série,
água, vítreo, nódoa, quando, freqüente;
decrescente - quando a semivogal vem
depois: leite, baixo, céu, herói, mão mãe, põe,
muito.
13. b) HIATO
É o encontro de duas vogais: pessoa, guria,
saúde,
saída, coordenar.
Observação:
Todas as vogais repetidas constituem hiatos
e,
por isso, devem ser pronunciadas
separadamente:
crêem, caatinga, vôo, niilismo.
14. c) TRITONGO
É o grupo formado por uma vogal entre duas
semivogais: quais, saguão.
Observação:
Uma vogal ladeada por semivogais é o único
jeito possível de haver tritongo. Acautele-se,
pois, o leitor contra a falsa impressão de
tritongo que
podem dar palavras como “raio”, “tamoio”,
“veraneio”, “bóia”, “idéia”.
15. ACENTUAÇÃO
1) As palavras cuja acentuação tônica recaem na
última sílaba, chamam-se oxítonas.
Exemplos
16. 2) As palavras que têm acentuação na
penúltima sílaba, chamam-se paroxítonas e
são as de maior número em língua portuguesa.
Exemplos:
17. 3) Finalmente, as palavras acentuadas na
antepenúltima sílaba chamam-se
proparoxítonas.
Exemplos:
18. Monossílabos ou palavras com uma única
sílaba
São muitas as palavras formadas por uma única
sílaba, e elas também podem ser tônicas ou
átonas, de acordo com a intensidade com que são
pronunciadas em uma frase.
Pronunciado fracamente, o monossílabo átono, na
prática, se junta à palavra que vem antes ou
depois dele
20. Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal
colocado sobre a letra u para indicar
que ela deve ser pronunciada nos
grupos:
gue, gui, que, qui.
21. Como era Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado
ensanguentado
eqüestre equestre
22. Como era Como fica
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio
quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
23. Atenção :o trema permanece
apenas nas palavras
estrangeiras e em suas
derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
24. Mudanças nas regras
de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos
ditongos abertos éi e ói das
palavras paroxítonas (palavras
que têm acento tônico na
penúltima sílaba).
25. Como era Como fica
Alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
26. Como era Como fica
platéia plateia
Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
Heróico heroico
27. Como era Como fica
heróico heroico
Idéia ideia
Jibóia jiboia
Jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
28. Atenção:
essa regra é válida somente
para palavras paroxítonas. Assim,
continuam a ser acentuadas as palavras
oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói,
óis.
Exemplos:
papéis, herói, heróis,
troféu, troféus.
29. 2. Nas palavras paroxítonas, não se
usa mais o acento no i e no u tônicos
quando vierem depois de um ditongo.
Como era Como fica
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura
30. 3. Não se usa mais o acento das
palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era Como fica
Abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
31. Como era Como fica
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vêem (verbo ver) veem
vôos voos
zôo zoo
32. 4. Não se usa mais o acento que
diferenciava os pares:
pára/para, péla(s)/pela(s),
pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e
pêra/pera.
33. Como era Como fica
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Ele foi ao polo Norte
Norte.
Ele gosta de jogar Ele gosta de jogar
pólo. polo.
Esse gato tem Esse gato tem
pêlos brancos. pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.
34. Atenção:
• Permanece o acento diferencial em
pôde/pode. Pôde é a forma do passado
do verbo poder (pretérito perfeito do
indicativo), na 3ª pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do
indicativo, na 3ª pessoa do singular.
36. • Permanece o acento diferencial em
pôr/por.
Pôr é verbo. Por é preposição.
Exemplo:
Vou pôr o livro na estante
que foi feita por mim.
37. • Permanecem os acentos que
diferenciam o singular do plural dos
verbos ter e vir, assim como de
seus derivados (manter, deter, reter,
conter, convir, intervir, advir etc.).
38. Exemplos:
Ele tem dois carros. /
Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. /
Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. /
Eles mantêm a palavra.
39. Ele convém aos estudantes. /
Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. /
Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. /
Eles intervêm em todas as aulas.
40. • É facultativo o uso do acento
circunflexo para diferenciar as palavras
forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do
acento deixa a frase mais clara.
Veja este exemplo:
Qual é a forma da fôrma do bolo?
41. Uso do hífen
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen
diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
42. mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a
palavra humano perde o h).
43. 2. Não se usa o hífen quando o prefixo
termina em vogal diferente da vogal
com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
46. Exceção: o prefixo co aglutina-se
em geral com o segundo elemento,
mesmo quando este se inicia por o:
coobrigar, coobrigação, coordenar,
cooperar, cooperação, cooptar,
coocupante etc.
47. 3. Não se usa o hífen quando o
prefixo termina em vogal e o
segundo elemento começa por
consoante diferente de r ou s.
Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
48. autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o
hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
49. 4. Não se usa o hífen quando o prefi -
xo termina em vogal e o segundo
elemento começa por r ou s. Nesse
caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
51. 5. Quando o prefixo termina por vogal,
usa-se o hífen se o segundo elemento
começar pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
53. 6. Quando o prefixo termina por
consoante, usa-se o hífen se o
segundo elemento começar pela
mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
55. Com o prefixo SUB, só haverá hífen se a
palavra seguinte começar por “b” ou “r”:
subaquático, sub-base, subchefe, subclasse,
subcomissão, subconjunto, subdelegado,
subdiretor, subdivisão, subemprego, subgrupo,
subjugado, submundo, subnutrido, subpovoado,
subtítulo, subsolo, subterrâneo.
sub-raça, sub-reino, sub-reitor.
56. Emprega -se o hífen nas palavras compostas por
justaposição que não contêm formas de ligação e
cujos elementos, de natureza nominal, adjetival,
numeral ou verbal, constituem uma unidade
sintagmática e semântica e mantêm acento
próprio, podendo dar -se o caso de o primeiro
elemento estar reduzido:
ano -luz, arce -bispo, arco -íris, decreto -lei, médico
-cirurgião, tenente -coronel, tio -avô, turma -piloto;
amor -perfeito, guarda -noturno, guarda-roupa,
norte -americano, porto -alegrense; afro--asiático,
afro-luso-brasileiro, azul -escuro, luso -brasileiro,
primeiro -ministro, segunda-feira; conta -gotas,
guarda -chuva.
57. Emprega -se o hífen nas palavras compostas
que designam espécies botânicas e
zoológicas, estejam ou não ligadas por
preposição ou qualquer outro elemento:
abóbora -menina, couve -flor, erva -doce, feijão -
verde;
benção -de -deus, erva -do -chá, ervilha -de -
cheiro, fava -de -santo -inácio, bem -me -quer
(nome de planta que também se dá à margarida e
ao malmequer);
andorinha -grande, cobra -capelo, formiga -
branca; andorinha -do -mar, cobra -d’água,
lesma -de -conchinha; bem -te -vi (nome de um
pássaro).
58. 11. Não se deve usar o hífen em
certas palavras que perderam a
noção de composição.
Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé
59. • Com os prefixos circum e pan, usa-
se o hífen diante de palavra iniciada
por m, n, h e vogal:
circum-navegação, pan-americano
etc.
60. 7. Quando o prefixo termina por
consoante, não se usa o hífen se o
segundo elemento começar por vogal.
Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
64. 9. Deve-se usar o hífen com os
sufixos de origem tupi-guarani: açu,
guaçu e mirim.
Exemplos:
amoré-guaçu,
anajá-mirim,
capim-açu.
65. 10. Deve-se usar o hífen para ligar
duas ou mais palavras que
ocasionalmente se combinam,
formando não propriamente
vocábulos, mas encadeamentos
vocabulares.
Exemplos:
Ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
67. Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
• Sem hífen diante de vogal diferente:
autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de
r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se
essas letras: antirracismo, antissocial,
ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal:
contra-ataque, micro-ondas.
68. 2. Prefixo terminado em consoante:
• Com hífen diante de mesma consoante:
inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente:
intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual,
superinteressante.
69. Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen
também diante de palavra iniciada por r:
sub-região, sub-raça etc.
Palavras iniciadas por h perdem essa letra
e juntam-se sem hífen:
subumano, subumanidade.
70. 2. Com os prefixos circum e pan,
usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por m, n e vogal:
circum-navegação,
pan-americano etc.
71. 3. Com o prefixo vice, usa-se
sempre o hífen:
vice-rei, vice-almirante etc.
72. 4. Não se deve usar o hífen em
certas palavras
que perderam a noção de composição,
como:
girassol, madressilva, mandachuva,
pontapé, paraquedas, paraquedista
etc.
73. 5. Com os prefixos ex, sem, além,
aquém, recém, pós, pré, pró, usa-
se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar,
aquém-mar, recém-casado,
pós-graduação, pré-vestibular,
pró-europeu.