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SINASE E OS DESAFIOS DO NOVO
PARADIGMA DIANTE DOS
PROCESSOS DE SUJEIÇÃO
CRIMINAL
Vânia Morales Sierra
Michele Oliveira
 Em 2012, o Sistema Nacional de Medidas Socioeducativas
(SINASE) foi instituído, incluindo mudanças que alteram
significativamente a forma de execução destas medidas. O
SINASE apresenta a racionalidade de um sistema criado para
padronizar a execução das medidas socioeducativas, conforme
os princípios dos direitos humanos. De acordo com a lei 12.594de
18 de janeiro de 2012, o SINASE é “o conjunto ordenado de
princípios, regras e critérios que envolvem a execução de
medidas socioeducativas, incluindo-se nele, por adesão, os
sistemas estaduais, distrital e municipais, bem como todos os
planos, políticas e programas específicos de atendimento a
adolescente em conflito com a lei”
A SOCIEDUCAÇAO NA PERSPECTIVA
DOS DIREITOS HUMANOS
 Segundo a lei do SINASE, o sistema foi instituído com
objetivo de contribuir para a organização da rede de
atendimento socioeducativo; assegurar
conhecimento rigoroso sobre as ações do
atendimento socioeducativo e seus resultados;
promover a melhora da qualidade da gestão e do
atendimento socioeducativo; e disponibilizar
informações sobre o atendimento socioeducativo.
SINASE
 Ao cumprimento das medidas socioeducativas, em regime de prestação de
serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade ou internação, a
lei determina a elaboração do Plano Individual de Atendimento (PIA), que é
definido como um instrumento de previsão, registro e gestão das atividades
a serem desenvolvidas com o adolescente. Este plano deve ser elaborado
sob a responsabilidade da equipe técnica de determinado programa de
atendimento, com a participação efetiva do adolescente e de sua família,
representada por seus pais ou responsável. O PIA deve conter: os
resultados da avaliação interdisciplinar; os objetivos declarados pelo
adolescente; a previsão de suas atividades de integração social e/ou
capacitação profissional; atividades de integração e apoio à família; formas
de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual;
e as medidas específicas de atenção à sua saúde
Plano Individual de Atendimento
 O Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo (2013-
2022) tem como um de seus objetivos, estabelecer
diretrizes para a integração do SINASE com o SUS, SUAS,
Segurança Pública, Educação, Cultura, Esporte, Trabalho,
Habitação e Justiça, Cultura, Esporte e Lazer. Define como
meta a redução de 50% taxa de internação de
adolescentes em conflito com a lei até o ano de 2015.
Estabelece como foco, a socioeducação por meio da
construção de novos projetos de vida, pactuados com os
adolescentes e consubstanciados em Planos Individuais de
Atendimento.

Plano Nacional de Atendimento
Socioeducativo (2013-2022)
 De acordo o relatório “Um Olhar Atento as Unidades
de Internação e Semiliberdade”, o SINASE enfrenta
uma série de desafios. Um dos problemas prementes
é a superlotação que foi verificada em 16 estados,
sendo que em 5 deles as unidades chegavam a
suportar mais do que o dobro de sua capacidade:
Ceará (202,8%,), Paraíba (202,5%), Alagoas (324,7%),
Mato Grosso do Sul (354,1%) e Maranhão (458,9%). No
total, o sistema oferece 15.414 vagas, mas comporta
18.378 internos.
O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS
DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
 O desrespeito aos parâmetros do SINASE foi identificado
também nos modos de gestão, pois a maior parte dos
estabelecimentos não separava os internos provisórios dos
definitivos nem os adolescentes por idade, por compleição
física e pelo tipo de infração cometida. As evasões também
foram registradas, contando um total de 129, o que
corresponde à fuga de pelo menos 1.560 adolescentes, ou
seja, 8,48% do total de internos no país. Conforme o
relatório, a individualização nos procedimentos para
reabilitação não ocorre na maioria da unidades do sistema
de medidas socioeducativas há pelo menos há pelo menos
quinze anos.
O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS
DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
 Ademais, verificou-se a inadequação institucional na maioria das
unidades pertencentes aos estados do Piauí (100%), Roraima
(100%), e Sergipe (100%), Goiás (85,7%), Paraíba (80%), Pará (75%),
Rio de Janeiro (71,4%) e Mato Grosso (75%), por apresentarem
algum dos problemas relacionados com a falta de higiene,
conservação, iluminação e ventilação.
 Com relação ao perfil desses adolescentes, 95% jovens são do
sexo masculino, sendo a maioria com idade 16 e 18 anos. Os atos
infracionais cometidos pelos jovens que estão nas unidades de
internação e de semiliberdade são roubo (38,1% dos casos),
tráfico (26,6%), homicídio (8,4%) e furto (5,6%),, segundo o
Levantamento Nacional SINASE 2012.
O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS
DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
 Foi comprovado que após a inserção no sistema, os adolescentes acabam tornando-se
mais violentos. Pesquisa do CNJ e IPEA (2012, p.14) realizada com 17.502 adolescentes
internados, registra como alto o índice de reincidência (54%). Indica inclusive ser a
infração respondida no momento da pesquisa mais grave do que a anterior. A
pesquisa também confirma a forma como estes adolescentes são submetidos aos
processos de incriminação. Com relação à violação de direitos pela forma como se
dirigiam a eles, 28% afirmaram ter passado algum tipo de violência física por parte dos
funcionários, 10% por parte da polícia militar da unidade de internação e 19 declararam
ter sofrido algum tipo de castigo físico dentro do estabelecimento de internação.
 Baratta (2002:182) reconheceu que o cumprimento da medida não resguarda o
adolescente da incriminação dos profissionais envolvidos na sua execução. Destacou
que as sucessivas recomendações as instâncias oficiais de assistência e controle social,
ao contrário do que se presume, aumentam as chances dele ser selecionado para uma
carreira criminosa.
O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS
DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
 Na prática reproduz-se o que Misse (2010:23) chamou
sujeição criminal, que são processos de rotulação,
estigmatização e tipificação produzidos em experiências
de incriminação. Nestes processos,, o sujeito que
apresenta os signos da pobreza é representado
socialmente como um potencial criminoso, como alguém
que não se submete as regras sociais. Tendo cometido um
crime, ele é considerado um sujeito irrecuperável. Sua
identidade não depende de seus atos, pois é produzida a
partir do estigma e não do seu comportamento.
O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS
DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
 O SINASE ainda que possa ser definido como um sistema aberto,
não favoreceu a participação social autônoma. As famílias dos
adolescentes têm sido convocadas apenas para participar na
elaboração do PIA, mas não dos processos de deliberação da
política. As ONGs, os agentes socioeducativos, assistentes
sociais, psicólogos têm participado no funcionamento do
sistema, mas nada se sabe acerca da influência deles sobre as
decisões tomadas dentro das unidades. Os agentes envolvidos
no processo em grande parte são contratados, o que torna mais
difícil a construção de uma trajetória inovadora, criativa, capaz
de produzir mudanças pela reflexão sobre a experiência
profissional.
O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS
DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
 A tendência observada tem sido de acirramento dos conflitos travados com
os adolescentes internados. Desse modo, não se executa nem a segurança
que poderia ser fornecida num esquema panóptico e nem uma prática
alternativa capaz de concretizar o PIA, pois o que prevalece é a inadequação
institucional que aumenta a tensão, o medo, a insegurança, levando em
determinados momentos a repressão e a violação de direitos contra os
adolescentes internos.
 O sistema afastado das forças éticas da sociedade civil (família, igrejas,
ONGs, profissionais etc) capazes de fazer com que as instituições
funcionassem melhor, se depara diante de dificuldades praticamente
intransponíveis. Sob o argumento da proteção e segurança, reproduzem-se,
em seu interior, as antigas práticas constitutivas de uma rotina estressante,
em que a opressão manifesta-se como norma.
O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS
DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
 BARATTA, Alessandro. Prefácio. In: BATISTA, V. M. Difíceis Ganhos Fáceis: drogas e juventude pobre
no Rio de Janeiro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Revan, 2003.
 BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: introdução à sociologia do direito
penal. 3ª ed. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002.
 BAZON, Marina Rezende. Psicoeducação. Teoria e Prática para a Intervenção junto a Crianças e
Adolescentes em Situação de Risco Psicossocial. Ribeirão Preto: Holos, 2002.
 BRASIL. Lei Federal nº 12.594 , de 18 de janeiro de 2012 - SINASE.
 CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Relatório da Infância e Juventude – Resolução nº
67/2011: Um olhar mais atento às unidades de internação e semiliberdade para adolescentes.
Brasília: Conselho Nacional do Ministério Público, 2013
 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA e IPEA. Justiça Infanto Juvenil – Situação atual e critérios de
aprimoramento. Relatório de Pesquisa. Brasília, 2012.
 MISSE, Michel. Cinco teses equivocadas sobre a criminalidade urbana no Brasil uma abordagem
crítica acompanhada de sugestões para uma agenda de pesquisas. In: Violência e Participação
Política no Rio de Janeiro. Série Estudos, nº 91.. RJ:IUPERJ, 1995.
 MISSE, Michel. Crime, Sujeito e Sujeição Criminal. Aspectos de uma contribuição analítica sobre a
categoria bandido. In: Lua Nova, v. 79, p. 15-38, 2010.
 REUTER, Cristina. Criminologia e Subjetividade no Brasil. RJ: Revan, 2003.
 RIZZINI, Irene. O Século Perdido: raízes históricas das políticas públicas para a infância no Brasil. Rio de
Janeiro, Petrobrás, Br., Ministério da Cultura, USU, Ed. Universitária, AMAIS, 1997.
O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS
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SINASE e os desafios do novo paradigma

  • 1. SINASE E OS DESAFIOS DO NOVO PARADIGMA DIANTE DOS PROCESSOS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL Vânia Morales Sierra Michele Oliveira
  • 2.  Em 2012, o Sistema Nacional de Medidas Socioeducativas (SINASE) foi instituído, incluindo mudanças que alteram significativamente a forma de execução destas medidas. O SINASE apresenta a racionalidade de um sistema criado para padronizar a execução das medidas socioeducativas, conforme os princípios dos direitos humanos. De acordo com a lei 12.594de 18 de janeiro de 2012, o SINASE é “o conjunto ordenado de princípios, regras e critérios que envolvem a execução de medidas socioeducativas, incluindo-se nele, por adesão, os sistemas estaduais, distrital e municipais, bem como todos os planos, políticas e programas específicos de atendimento a adolescente em conflito com a lei” A SOCIEDUCAÇAO NA PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS
  • 3.  Segundo a lei do SINASE, o sistema foi instituído com objetivo de contribuir para a organização da rede de atendimento socioeducativo; assegurar conhecimento rigoroso sobre as ações do atendimento socioeducativo e seus resultados; promover a melhora da qualidade da gestão e do atendimento socioeducativo; e disponibilizar informações sobre o atendimento socioeducativo. SINASE
  • 4.  Ao cumprimento das medidas socioeducativas, em regime de prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade ou internação, a lei determina a elaboração do Plano Individual de Atendimento (PIA), que é definido como um instrumento de previsão, registro e gestão das atividades a serem desenvolvidas com o adolescente. Este plano deve ser elaborado sob a responsabilidade da equipe técnica de determinado programa de atendimento, com a participação efetiva do adolescente e de sua família, representada por seus pais ou responsável. O PIA deve conter: os resultados da avaliação interdisciplinar; os objetivos declarados pelo adolescente; a previsão de suas atividades de integração social e/ou capacitação profissional; atividades de integração e apoio à família; formas de participação da família para efetivo cumprimento do plano individual; e as medidas específicas de atenção à sua saúde Plano Individual de Atendimento
  • 5.  O Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo (2013- 2022) tem como um de seus objetivos, estabelecer diretrizes para a integração do SINASE com o SUS, SUAS, Segurança Pública, Educação, Cultura, Esporte, Trabalho, Habitação e Justiça, Cultura, Esporte e Lazer. Define como meta a redução de 50% taxa de internação de adolescentes em conflito com a lei até o ano de 2015. Estabelece como foco, a socioeducação por meio da construção de novos projetos de vida, pactuados com os adolescentes e consubstanciados em Planos Individuais de Atendimento.  Plano Nacional de Atendimento Socioeducativo (2013-2022)
  • 6.  De acordo o relatório “Um Olhar Atento as Unidades de Internação e Semiliberdade”, o SINASE enfrenta uma série de desafios. Um dos problemas prementes é a superlotação que foi verificada em 16 estados, sendo que em 5 deles as unidades chegavam a suportar mais do que o dobro de sua capacidade: Ceará (202,8%,), Paraíba (202,5%), Alagoas (324,7%), Mato Grosso do Sul (354,1%) e Maranhão (458,9%). No total, o sistema oferece 15.414 vagas, mas comporta 18.378 internos. O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
  • 7.  O desrespeito aos parâmetros do SINASE foi identificado também nos modos de gestão, pois a maior parte dos estabelecimentos não separava os internos provisórios dos definitivos nem os adolescentes por idade, por compleição física e pelo tipo de infração cometida. As evasões também foram registradas, contando um total de 129, o que corresponde à fuga de pelo menos 1.560 adolescentes, ou seja, 8,48% do total de internos no país. Conforme o relatório, a individualização nos procedimentos para reabilitação não ocorre na maioria da unidades do sistema de medidas socioeducativas há pelo menos há pelo menos quinze anos. O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
  • 8.  Ademais, verificou-se a inadequação institucional na maioria das unidades pertencentes aos estados do Piauí (100%), Roraima (100%), e Sergipe (100%), Goiás (85,7%), Paraíba (80%), Pará (75%), Rio de Janeiro (71,4%) e Mato Grosso (75%), por apresentarem algum dos problemas relacionados com a falta de higiene, conservação, iluminação e ventilação.  Com relação ao perfil desses adolescentes, 95% jovens são do sexo masculino, sendo a maioria com idade 16 e 18 anos. Os atos infracionais cometidos pelos jovens que estão nas unidades de internação e de semiliberdade são roubo (38,1% dos casos), tráfico (26,6%), homicídio (8,4%) e furto (5,6%),, segundo o Levantamento Nacional SINASE 2012. O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
  • 9.  Foi comprovado que após a inserção no sistema, os adolescentes acabam tornando-se mais violentos. Pesquisa do CNJ e IPEA (2012, p.14) realizada com 17.502 adolescentes internados, registra como alto o índice de reincidência (54%). Indica inclusive ser a infração respondida no momento da pesquisa mais grave do que a anterior. A pesquisa também confirma a forma como estes adolescentes são submetidos aos processos de incriminação. Com relação à violação de direitos pela forma como se dirigiam a eles, 28% afirmaram ter passado algum tipo de violência física por parte dos funcionários, 10% por parte da polícia militar da unidade de internação e 19 declararam ter sofrido algum tipo de castigo físico dentro do estabelecimento de internação.  Baratta (2002:182) reconheceu que o cumprimento da medida não resguarda o adolescente da incriminação dos profissionais envolvidos na sua execução. Destacou que as sucessivas recomendações as instâncias oficiais de assistência e controle social, ao contrário do que se presume, aumentam as chances dele ser selecionado para uma carreira criminosa. O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
  • 10.  Na prática reproduz-se o que Misse (2010:23) chamou sujeição criminal, que são processos de rotulação, estigmatização e tipificação produzidos em experiências de incriminação. Nestes processos,, o sujeito que apresenta os signos da pobreza é representado socialmente como um potencial criminoso, como alguém que não se submete as regras sociais. Tendo cometido um crime, ele é considerado um sujeito irrecuperável. Sua identidade não depende de seus atos, pois é produzida a partir do estigma e não do seu comportamento. O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
  • 11.  O SINASE ainda que possa ser definido como um sistema aberto, não favoreceu a participação social autônoma. As famílias dos adolescentes têm sido convocadas apenas para participar na elaboração do PIA, mas não dos processos de deliberação da política. As ONGs, os agentes socioeducativos, assistentes sociais, psicólogos têm participado no funcionamento do sistema, mas nada se sabe acerca da influência deles sobre as decisões tomadas dentro das unidades. Os agentes envolvidos no processo em grande parte são contratados, o que torna mais difícil a construção de uma trajetória inovadora, criativa, capaz de produzir mudanças pela reflexão sobre a experiência profissional. O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
  • 12.  A tendência observada tem sido de acirramento dos conflitos travados com os adolescentes internados. Desse modo, não se executa nem a segurança que poderia ser fornecida num esquema panóptico e nem uma prática alternativa capaz de concretizar o PIA, pois o que prevalece é a inadequação institucional que aumenta a tensão, o medo, a insegurança, levando em determinados momentos a repressão e a violação de direitos contra os adolescentes internos.  O sistema afastado das forças éticas da sociedade civil (família, igrejas, ONGs, profissionais etc) capazes de fazer com que as instituições funcionassem melhor, se depara diante de dificuldades praticamente intransponíveis. Sob o argumento da proteção e segurança, reproduzem-se, em seu interior, as antigas práticas constitutivas de uma rotina estressante, em que a opressão manifesta-se como norma. O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL
  • 13.  BARATTA, Alessandro. Prefácio. In: BATISTA, V. M. Difíceis Ganhos Fáceis: drogas e juventude pobre no Rio de Janeiro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Revan, 2003.  BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: introdução à sociologia do direito penal. 3ª ed. Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia, 2002.  BAZON, Marina Rezende. Psicoeducação. Teoria e Prática para a Intervenção junto a Crianças e Adolescentes em Situação de Risco Psicossocial. Ribeirão Preto: Holos, 2002.  BRASIL. Lei Federal nº 12.594 , de 18 de janeiro de 2012 - SINASE.  CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Relatório da Infância e Juventude – Resolução nº 67/2011: Um olhar mais atento às unidades de internação e semiliberdade para adolescentes. Brasília: Conselho Nacional do Ministério Público, 2013  CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA e IPEA. Justiça Infanto Juvenil – Situação atual e critérios de aprimoramento. Relatório de Pesquisa. Brasília, 2012.  MISSE, Michel. Cinco teses equivocadas sobre a criminalidade urbana no Brasil uma abordagem crítica acompanhada de sugestões para uma agenda de pesquisas. In: Violência e Participação Política no Rio de Janeiro. Série Estudos, nº 91.. RJ:IUPERJ, 1995.  MISSE, Michel. Crime, Sujeito e Sujeição Criminal. Aspectos de uma contribuição analítica sobre a categoria bandido. In: Lua Nova, v. 79, p. 15-38, 2010.  REUTER, Cristina. Criminologia e Subjetividade no Brasil. RJ: Revan, 2003.  RIZZINI, Irene. O Século Perdido: raízes históricas das políticas públicas para a infância no Brasil. Rio de Janeiro, Petrobrás, Br., Ministério da Cultura, USU, Ed. Universitária, AMAIS, 1997. O SINASE DIANTE DOS PROCESSOS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL