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FUNDAMENTOS
      DO DESENHO
 E DA IMAGEM
      DIGITAL
Profª Venise Melo/UFMS
            AULA01
Paula Perissinotto
Uma trajetória para arte tecnológica
Dissertação Mestrado • USP/2000
Quais as mudanças causadas no
mundo e no homem com o advento
das máquinas
da luz elétrica, da indústria
automobilística, da indústria de
aviação, das conquistas no espaço, do
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A intervenção tecnológica no dia-a-dia
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Perissinotto(2000) parte como ponto
inicial a busca da compreensão da arte
cinética se mostra como o melhor
procedimento para compreender a arte
tecnológica.
O objetivo é fazer uma análise acerca
da representação do elemento
"movimento" na história das artes
plásticas.
O termo CINÉTICO está etimologicamente
ligado à idéia de MOVIMENTO.

O termo costuma ser usado para designar
um tipo de Escultura que incorpora um
motor ou as que são dirigidas por fluxos de
ar.

É possível localizá-lo, por exemplo, no
Manifesto Realista de Antoine Pevsner
(1886-1962) e Naum Gabo (1890-1977),
em escritos de László Moholy-Nagy (1895-
1946)
Termo é efetivamente incorporado ao
vocabulário artístico em 1955, por ocasião da
exposição Le Mouvement [O Movimento],
na galeria parisiense Denise René, com obras
de artistas de diferentes gerações:

Marcel Duchamp (1887-1968),
Alexander Calder (1898-1976),
Vasarely (1908),
Jesus Raphael Soto (1923)
Yaacov Agam (1928),
entre outros.
Segundo Perissinotto este panorama
que se insere a arte tecnológica desde
o seu início até os dias atuais pode ser
analisado sob o pronto de vista da
interação em níveis diferenciados:

1.interação perceptiva do espectador
2.interação espacial
3.interação potencial.
1.
As obras que sugeriam a interação
perceptiva do espectador são aquelas
que ficam entre o móvel e o estático. São
obras que mostram uma vibração óptica
que só pode ser percebida com a
apreciação e a percepção do espectador,
seja ela também, sensitiva ou
transformativa, a realização de tal
interação depende a predisposição e da
atitude do espectador.
2.
A interação espacial da obra ocorre quando
ela se movimenta no espaço tridimensional
(ao contrário daquelas que se utilizam
apenas de efeitos ópticos). Este movimento
pode ser decorrente da mecânica, da
manipulação do espectador, dos fenômenos
naturais, da máquina ou da cibernética.
3.
A interação potencial, além de se
mesclar com recursos encontrados em
outras disciplinas, como na ciência e ou na
engenharia ela se potencializa quando
interage diretamente com o seu processo
criativo e com as possibilidades
potencializadoras da era digital.
A interação da obra com espaço ocorre
quando a maioria dos trabalhos se
move realmente de forma mecânica, por
indução humana e por máquinas.
Existem também as obras que são
movidas por fenômenos naturais, como o
vento e o calor.
E ainda aos movimentos tecnológicos
gerados por rodas, motores de carro e de
barcos, relógios e câmeras.
Manifesto Futurista (Marinetti, 1910)
Apologia à velocidade e à
mecânica: "o mundo estava se
enriquecendo com uma nova beleza: a
beleza da velocidade”.
Manifesto Realista (Gabo e Pesvner,1920)
 Surge pela primeira vez o termo cinético
 com referência às artes visuais. Nesse
 texto, os dois defendiam uma nova proposta
 de arte, na qual o elemento rítmico cinético
 devia constar como forma básica de
 percepção do tempo real.
Manifesto Realista
            (Gabo e Pesvner,1920)

1- Renunciamos à cor como elemento
pictórico na pintura. Afirmamos que o tom da
substância era a luz absorvendo a matéria,
vista como única realidade pictórica.
2-Renunciamos à linha como valor descritivo,
isto é, defendemos a linha apenas como a
direção das forças estáticas e seus ritmos
em objetos.
3- Renunciamos ao volume como forma
plástica e pictórica do espaço. Advogávamos
a profundidade como a única forma plástica e
pictórica do espaço.
4- Na escultura, renunciamos à massa
como elemento escultural. Trazemos de
volta a linha como direção, além de
afirmarmos a profundidade como a única
forma do espaço.
5- Por fim, a renunciamos aos mil anos
de desilusão na arte que sustentou o
ritmo estático como único elemento das
artes plásticas. Para nós, na arte, surge
um novo elemento rítmico, como forma
básica da percepção do tempo real, o
elemento "cinético".
Entre os artistas que desenvolveram uma
linguagem plástica edificada na presença
de transformações, podemos incluir

Yacoov Agam,
Cruz Diez,
Le Parc,
Vassarely,
Lígia Clark e
Abraham Palatinik.
Yacoov Agam

Israelense, realizadores de obras
cinéticas transformáveis, ou seja,
aquelas que requerem a movimentação
do observador para perceber todas as
suas variações
Yacoov Agam
Yacoov Agam
Yacoov Agam
Cruz Diez

Venezuelano, utiliza a técnicas
denominadas fisiocromias,
cromografias e cromo-interferências
Cruz Diez
Cruz Diez
Cruz Diez
Cruz Diez
Cruz Diez
Le Parc

Argentino, artista da luz e do movimento.
http://www.julioleparc.org
Júlio le Parc
Júlio le Parc
Júlio le Parc
Júlio le Parc
Júlio le Parc
Júlio le Parc
Victor Vassarely

  Húngaro, se funda em pesquisas e
  experiências dos fenômenos de
  percepção ótica.
Vassarely
Vassarely
Vassarely
Lygia Clark

Brasielira, busca pela
desmaterialização da obra de arte. O
artista é o propositor.
Lygia Clark




Máscaras sensoriais
Lygia Clark
Lygia Clark
Lygia Clark
Lygia Clark
Lygia Clark
Lygia Clark
Abraham Palatnik

   Brasieliro, suas obras contêm
   instalações elétricas que criam
   movimentos e jogos de luzes.
Palatnik
Palatnik
Palatnik
Palatnik
Palatnik
Palatnik
Quando sua sensibilidade é posta a
prova é que o mecanismo da
improvisação desabrocha e o lúdico se
apresenta reaproximando o homem da
participação e da integração.


ARTE
LÚDICO
JOGO
A interação espacial da obra: uma
interação mecânica, natural,
maquinal e cibernética: obras que
interagem com o espaço, exatamente
ao contrário daquelas que se utilizam
efeitos ópticos e de um movimento
da luz numa superfície plana.
O desafio dos artistas cinéticos estava em
instaurar uma nova relação espaço/temporal
no conceito das artes visuais.
Essas pesquisas tiveram direções
distintas: algumas buscavam soluções
através da mecânica, outras através da
indução humana, algumas por meio de
máquinas e outras pelos fenômenos
naturais (o vento, o calor, a ausência de
peso, o movimento da água, a luz
e a gravidade).
Marcel Duchamp

  Francês, pioneiro da arte conceitual.
Duchamp
Duchamp
Duchamp
Direcionado à arte Óptica, podem ser
vistos vários experimentos que
objetivavam a manipulação da visão nas
obras de Duchamp:
 o Anémic Cinema (1925-1926), máquinas
e aparelhos ópticos, como em Placas de
vidro rotativas (1924) e Rotorrelevos
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EXPERIMENTALISMO
O experimentalismo do começo do século
XX era a característica comum de
diversos movimentos da vanguarda
modernista. Com o advento das indústrias
e das novas máquinas que surgiam no
inicio do século, ampliavam-se às
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Naum Gabo

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  • 1. FUNDAMENTOS DO DESENHO E DA IMAGEM DIGITAL Profª Venise Melo/UFMS AULA01
  • 2. Paula Perissinotto Uma trajetória para arte tecnológica Dissertação Mestrado • USP/2000
  • 3. Quais as mudanças causadas no mundo e no homem com o advento das máquinas da luz elétrica, da indústria automobilística, da indústria de aviação, das conquistas no espaço, do telefone, do rádio, da televisão e agora da Internet?
  • 4. A intervenção tecnológica no dia-a-dia modifica rapidamente o comportamento a relação entre os seres humanos organização temporal de suas rotinas Se a arte é uma expressão que representa o pensamento uma época por que ela não se modificaria?
  • 5. Perissinotto(2000) parte como ponto inicial a busca da compreensão da arte cinética se mostra como o melhor procedimento para compreender a arte tecnológica. O objetivo é fazer uma análise acerca da representação do elemento "movimento" na história das artes plásticas.
  • 6. O termo CINÉTICO está etimologicamente ligado à idéia de MOVIMENTO. O termo costuma ser usado para designar um tipo de Escultura que incorpora um motor ou as que são dirigidas por fluxos de ar. É possível localizá-lo, por exemplo, no Manifesto Realista de Antoine Pevsner (1886-1962) e Naum Gabo (1890-1977), em escritos de László Moholy-Nagy (1895- 1946)
  • 7. Termo é efetivamente incorporado ao vocabulário artístico em 1955, por ocasião da exposição Le Mouvement [O Movimento], na galeria parisiense Denise René, com obras de artistas de diferentes gerações: Marcel Duchamp (1887-1968), Alexander Calder (1898-1976), Vasarely (1908), Jesus Raphael Soto (1923) Yaacov Agam (1928), entre outros.
  • 8. Segundo Perissinotto este panorama que se insere a arte tecnológica desde o seu início até os dias atuais pode ser analisado sob o pronto de vista da interação em níveis diferenciados: 1.interação perceptiva do espectador 2.interação espacial 3.interação potencial.
  • 9. 1. As obras que sugeriam a interação perceptiva do espectador são aquelas que ficam entre o móvel e o estático. São obras que mostram uma vibração óptica que só pode ser percebida com a apreciação e a percepção do espectador, seja ela também, sensitiva ou transformativa, a realização de tal interação depende a predisposição e da atitude do espectador.
  • 10. 2. A interação espacial da obra ocorre quando ela se movimenta no espaço tridimensional (ao contrário daquelas que se utilizam apenas de efeitos ópticos). Este movimento pode ser decorrente da mecânica, da manipulação do espectador, dos fenômenos naturais, da máquina ou da cibernética.
  • 11. 3. A interação potencial, além de se mesclar com recursos encontrados em outras disciplinas, como na ciência e ou na engenharia ela se potencializa quando interage diretamente com o seu processo criativo e com as possibilidades potencializadoras da era digital.
  • 12. A interação da obra com espaço ocorre quando a maioria dos trabalhos se move realmente de forma mecânica, por indução humana e por máquinas. Existem também as obras que são movidas por fenômenos naturais, como o vento e o calor. E ainda aos movimentos tecnológicos gerados por rodas, motores de carro e de barcos, relógios e câmeras.
  • 13. Manifesto Futurista (Marinetti, 1910) Apologia à velocidade e à mecânica: "o mundo estava se enriquecendo com uma nova beleza: a beleza da velocidade”.
  • 14.
  • 15. Manifesto Realista (Gabo e Pesvner,1920) Surge pela primeira vez o termo cinético com referência às artes visuais. Nesse texto, os dois defendiam uma nova proposta de arte, na qual o elemento rítmico cinético devia constar como forma básica de percepção do tempo real.
  • 16. Manifesto Realista (Gabo e Pesvner,1920) 1- Renunciamos à cor como elemento pictórico na pintura. Afirmamos que o tom da substância era a luz absorvendo a matéria, vista como única realidade pictórica. 2-Renunciamos à linha como valor descritivo, isto é, defendemos a linha apenas como a direção das forças estáticas e seus ritmos em objetos. 3- Renunciamos ao volume como forma plástica e pictórica do espaço. Advogávamos a profundidade como a única forma plástica e pictórica do espaço.
  • 17. 4- Na escultura, renunciamos à massa como elemento escultural. Trazemos de volta a linha como direção, além de afirmarmos a profundidade como a única forma do espaço. 5- Por fim, a renunciamos aos mil anos de desilusão na arte que sustentou o ritmo estático como único elemento das artes plásticas. Para nós, na arte, surge um novo elemento rítmico, como forma básica da percepção do tempo real, o elemento "cinético".
  • 18. Entre os artistas que desenvolveram uma linguagem plástica edificada na presença de transformações, podemos incluir Yacoov Agam, Cruz Diez, Le Parc, Vassarely, Lígia Clark e Abraham Palatinik.
  • 19. Yacoov Agam Israelense, realizadores de obras cinéticas transformáveis, ou seja, aquelas que requerem a movimentação do observador para perceber todas as suas variações
  • 23. Cruz Diez Venezuelano, utiliza a técnicas denominadas fisiocromias, cromografias e cromo-interferências
  • 29. Le Parc Argentino, artista da luz e do movimento. http://www.julioleparc.org
  • 36. Victor Vassarely Húngaro, se funda em pesquisas e experiências dos fenômenos de percepção ótica.
  • 40. Lygia Clark Brasielira, busca pela desmaterialização da obra de arte. O artista é o propositor.
  • 48. Abraham Palatnik Brasieliro, suas obras contêm instalações elétricas que criam movimentos e jogos de luzes.
  • 55. Quando sua sensibilidade é posta a prova é que o mecanismo da improvisação desabrocha e o lúdico se apresenta reaproximando o homem da participação e da integração. ARTE LÚDICO JOGO
  • 56. A interação espacial da obra: uma interação mecânica, natural, maquinal e cibernética: obras que interagem com o espaço, exatamente ao contrário daquelas que se utilizam efeitos ópticos e de um movimento da luz numa superfície plana.
  • 57. O desafio dos artistas cinéticos estava em instaurar uma nova relação espaço/temporal no conceito das artes visuais.
  • 58. Essas pesquisas tiveram direções distintas: algumas buscavam soluções através da mecânica, outras através da indução humana, algumas por meio de máquinas e outras pelos fenômenos naturais (o vento, o calor, a ausência de peso, o movimento da água, a luz e a gravidade).
  • 59. Marcel Duchamp Francês, pioneiro da arte conceitual.
  • 63. Direcionado à arte Óptica, podem ser vistos vários experimentos que objetivavam a manipulação da visão nas obras de Duchamp: o Anémic Cinema (1925-1926), máquinas e aparelhos ópticos, como em Placas de vidro rotativas (1924) e Rotorrelevos (1935).
  • 64. EXPERIMENTALISMO O experimentalismo do começo do século XX era a característica comum de diversos movimentos da vanguarda modernista. Com o advento das indústrias e das novas máquinas que surgiam no inicio do século, ampliavam-se às possibilidades de novas experiências.
  • 65. Naum Gabo Russo, destacou no movimento do Construtivismo russo e na Arte cinética.
  • 66. Gabo