SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
Ligação Química


                  1
Ligação Química

São as forças de atracção que ligam os átomos de modo a formar substâncias mais complexas.
Podem-se classificar em 3 grandes grupos:



Ligação iônica: refere-se às forças electrostáticas que existem entre iões de carga oposta.       As
substâncias iónicas geralmente resultam da interacção de metais do lado esquerdo da Tabela Periódica
com elementos não metálicos do lado direito da Tabela (excluindo os gases nobre, grupo 18).



Ligação covalente: resultam da partilha de electrões. Os exemplos mais comuns é a ligação entre
elementos não metálicos.



Ligação metálica: encontra-se em metais sólidos como o cobre, o ferro e o alumínio. Nos metais, cada
átomo liga-se a vários outros átomos vizinhos.
                                                                                                        2
Notação de Lewis

- Colocar o símbolo do elemento

- Representar os electrões de valência através de pontos ou cruzes;


Exercício: Represente por notação de Lewis o Li, Be, B, C, N, O, F e o Ne.


Verificou-se que os átomos tendem a ganhar, perder ou partilhar electrões de modo
    a ter na camada de valência 8 electrões ficando com a configuração electrónica
    do gás nobre mais próximo na Tabela Periódica. Regra do Octeto.


Exercício: Represente por notação de Lewis os seguintes compostos iónicos:
LiF; CaO; Li2O, Mg2N3 e o Al2O3.


                                                                                     3
Ligação Covalente
É a ligação química que se forma por partilha de electrões - H:H; Cl:Cl.
Os electrões partilhados estão preferencialmente localizados entre os núcleos. Existem as
ligações simples (1 par de electrões garante a ligação), duplas (2 pares de electrões garantem a
ligação) e triplas (3 pares de electrões estabelecem a ligação).

Ex: O::C::O, N:::N.

Polaridade da ligação: ocorre quando um dos átomos exerce uma maior atracção pelos electrões
partilhados, formando uma carga parcial positiva (δ+) e uma carga parcial negativa (δ−).

Electronegatividade: é definida como a capacidade que o átomo da molécula tem em atrair
electrões para si.




                                                                                             4
Geometria molecular
   É o arranjo tridimensional dos átomos numa molécula, que é determinado pela orientação
    relativa das suas ligações covalentes. Esta estrutura é mantida quer a substância seja
    sólida, líquida ou gasosa.
   É um parâmetro fundamental para a previsão da polaridade da molécula;
   Permite inferir sobre o tipo e intensidade das interacções intermoleculares e como tal
    prever as propriedades físicas: (temp. de fusão, de ebulição, a densidade) e propriedades
    químicas dos compostos.
   Experimentalmente é determinada pela técnica de difracção de raios-X.       Esta técnica
    fornece-nos os comprimentos os ângulos das ligações.
    Um método simples que nos permite prever razoavelmente a geometria de uma molécula
    baseia-se na hipótese de que os pares electrónicos da camada de valência (contêm os
    electrões envolvidos na formação de ligações químicas) de um átomo se repelem
    mutuamente. Assim numa molécula poliatómica com duas ou mais ligações entre o átomo
    central e os átomos que o rodeiam, a repulsão entre os electrões de diferentes pares
    ligantes faz com estes tendam a afastar-se o mais possível uns dos outros. A geometria
    que a molécula acaba por adoptar (definida pelas posições de todos os átomos) é aquela
    que minimiza esta repulsão – é o Modelo de Repulsão dos Pares Electrónicos da Camada
    de Valência.
                                                                                                5
Método para previsão da geometrias
     moleculares (Ex: NO2-)

1.   Contar o número total de electrões de valência; no exemplo são 5+2x6+1 = 18.

2.   Definir o átomo central, que é usualmente o menos electronegativo; no exemplo é
     o azoto.

3.   Determinar o número total de electrões dos átomos periféricos, considerando que
     têm a sua camada de valência completamente preenchida; no exemplo é 2x8 =
     16.

4.   Calcula-se o número de electrões não partilhados pertencentes ao átomo central,
     que corresponde à diferença entre o número total de electrões de valência
     presentes na molécula (1) e o número de electrões dos átomos periféricos (3); no
     exemplo 18-16 = 2, isto é tem 1 par electrónico não ligante, ou um domínio não
     ligante.

5.   Usa-se o Modelo de Repulsão dos Pares Electrónicos da Camada de Valência;
                                                                                    6
     no exemplo a molécula tem geometria angular (ver quadros).
Determinação da fórmula
                        estrutural
   Associam-se equitativamente os electrões de valência ainda não distribuídos,
    pelos átomos periféricos; (18-6 = 12 electrões pelos 2 átomos de oxigénio);
   Determinam-se as cargas formais de todos os átomos presentes na molécula;
   Minimiza-se a carga formal do átomo central.




                                                                                   7
Geometria de Base

Número      Forma   Geometria      Exemplo
de pares            Molecular
   de
electrões

   2                  Linear      BeCl2, HgCl2


   3                Triangular
                      planar
                                     BCl3




   4                Tetraédric
                        a
                                   CH4, NH4+




   5                Bipiramida
                     l trigonal
                                     PCl5




   6                Octaédrica        SF6

                                                 8
Formas moleculares com 4 pares de
electrões em volta do átomo central


      Pares           Pares      Estrutura   Geometria
  electrões em   electrões não
    ligações        ligantes

      4               0                      Tetraédrica;
                                              todos os
                                               ângulos
                                                109.5º

      3               1                        Piramidal
                                             trigonal (Ex:
                                                 NH3)

      2               2                      Ângular (Ex:
                                                H2O)




                                                             9
Formas moleculares com 5 pares de
electrões em volta do átomo central

Número de   Número de   Estrutura     Geometria
 pares em   pares não
 ligações    ligantes

   5           0                        Trigonal
                                    bipiramidal (Ex:
                                          PCl5)


   4           1                       Tetraedro
                                      irregular ou
                                     distorcido (Ex:
                                    SF4, XeO2F2;IF4+)


   3           2                     Em forma de T
                                       (Ex: ClF3)




   2           3                     Linear (Ex: I3-,
                                         XeF2)


                                                        10
Formas moleculares com 6 pares de
electrões em volta do átomo central


 Número de       Números de   Estrutura     Geometria
pares ligantes    pares não
                   ligantes

     6              0                       Octaédrica
                                            (todos os
                                           ângulos com
                                               90º)

     5              1                       Pirâmidal
                                          quadrada (Ex:
                                          BrF5, XeOF4)


     4              2                     Quadrada plana
                                           (XeF4, ICl4-)




                                                           11
Excepções à regra do octeto

São principalmente 3:

(a)   Moléculas com número ímpar de electrões; ClO2; NO.

(b)   Moléculas nas quais um átomo tem menos que 8
      electrões; Ex: BF3; NH3BF3.

(c)   Moléculas, nas quais, um átomo tem mais que 8
      electrões; EX: PCl5, ICl4-.

                                                           12
Estruturas de ressonância

Estruturas de ressonância: são estruturas que representam o mesma substância. Ex: O3.




                                         O              O
                                     O       O      O       O



                                                                NO −
Exercício: 1- Desenhe as estruturas de ressonância do ião          2



                                                                       SO 3 −
                                                                          2
         2- Qual a ligação S-O mais pequena nas moléculas SO3 ou




                                                                                        13
Polaridade das moléculas e geometria
        molecular


A Polaridade das moléculas determina as propriedades físicas dos compostos, como o ponto
    de fusão e de ebulição.

Momento dipolar (µ): é definido como o produto da carga q pela distância entre as cargas r, é
    uma medida quantitativa da polaridade de uma ligação química. Exprime-se em D (Debye)
    = 3,33 x 10-30 Cm

Como exemplo temos a molécula de fluoreto de hidrogénio em que se verifica um
    deslocamento de densidade electrónica do H para o F, pois o flúor é mais electronegativo
    do que o átomo de H. Existe uma separação de cargas que se pode representar por


                    δ+ δ−
                    H F


                                                                                                14
Polaridade nas moléculas

Moléculas   diatómicas:

1- Com átomos do mesmo elemento são apolares
2- Com átomos de diferentes elementos são polares

Moléculas   poliatómicas; a sua polaridade depende

1- Polaridade das ligações
2- Geometria molecular




                                                      15
Moléculas apolares

Exemplos de moléculas poliatómicas com ligações polares, mas dada a sua
   geometria o momento dipolar resultante é zero, são o BeCl2; BCl3 CCl4.




                                                                            16
Moléculas polares




                    17
Mecânica quântica e ligação
                         covalente

   Falha   na teoria da ligação de Lewis: descreve a ligação química como o
    emparelhamento de dois electrões não justificando as diferenças nos
    comprimentos de ligação e nas energias de dissociação; ex: H-H, 74 pm, 436,4
    KJ/mol; F-F, 142 pm, 142 KJ/mol
   Existem 2 teorias semelhantes, baseadas na Mecânica Quântica, que servem
    para descrever a formação de ligações covalentes e a estrutura electrónica das
    moléculas:
   Teoria do Enlace da Valência: postula que os electrões numa molécula ocupam
    orbitais atómicas dos átomos individuais formando-se a ligação quando estas se
    sobrepõem;
   Teoria das Orbitais Moleculares: pressupõe a formação de orbitais moleculares
    a partir das orbitais atómicas.

                                                                                18
Teoria do Enlace da Valência
                             (I)

Formação da molécula de hidrogénio: A ligação covalente na molécula de H 2 (H-
H) forma-se devido à sobreposição espacial (ou seja coalescência) de duas orbitais
1s dos átomos de H.




                                                                                     19
Teoria do Enlace da Valência (II)

Formação da molécula de ácido fluorídrico
  1s             2p

  +     +                      +

  H              F                                H-F

                          COALESCÊNCIA




Formação da molécula de fluor (F2)

            2p            2p

                      +

            F
                           F




                                            F-F         20
Hibridação de orbitais atómicas: são
               uma mistura de orbitais

(1) Hibridação sp3 no átomo de carbono; Ex: CH4, NH3



                     2s          2p


                     2s          2p


                          2sp3


    Formam-se orbitais híbridas sp3 (no caso acima no átomo de carbono) a partir
    de orbitais s e p para descrever a formação de ligações químicas, quando o
    modelo RPECV prever o arranjo tetraédrico dos pares de electrões.



                                                                                   21
Outros exemplos de outros tipos
                    de hibridação
(2) Hibridação sp no átomo de Be, Ex: BeCl2


                      2s              2p


                      2s              2p


                           sp


(3) Hibridação sp2 no átomo de B; Ex: BF3


                           2s              2p


                           2s              2p


                                sp2             2p orbital vazia
                                                                   22
Outros exemplos de outros tipos de
        hibridação
(4) Hibridação de orbitais s, p e d no átomo de enxofre; Ex: SF6

                        3s          3p               3d


                        3s          3p               3d


                                sp3d2           3d vazias


  Exercicio:

  1-Preveja se cada uma das seguintes moléculas possui momento dipolar ou
  se, pelo contrario são apolares: a) IBr   b) BF3   c) CH2Cl2 d) SO2

  2- Determine o estado de hibridação do átomo central (sublinhado) de cada
  uma das seguintes moléculas: a) HgCl2 b) AlI3      c) PF3

                                                                              23
Hibridação em moléculas com ligações duplas
                             e tripla (I)

  Ex: C2H4 (etileno)

  Podemos justificar a geometria e as ligações no etileno se admitirmos que cada
  átomo de carbono tem uma hibridação sp2.
             H            H
                 C    C
             H            H                                                   Geometria plana


 Da coalescência lateral das duas orbitais 2pz dos dois átomos de carbono, forma-
 se a ligação π
C2H4 tem uma ligação dupla C=C em que as duas ligações covalentes são diferentes: uma ligação sigma (σ)
e a outra é uma ligação pi (π).

Ligação sigma (σ): forma-se quando as moléculas coalescem de topo para formar uma ligação covalente, a
nuvem electrónica resultante está concentrada entre os núcleos dos átomos envolvidos na ligação.

Ligação pi (π): forma-se quando a ligação é formada por orbitais que coalescem lateralmente, tem a nuvem
electrónica concentrada acima e abaixo do plano dos núcleos dos átomos envolvidos na ligação.
                                                                                                           24
Hibridação em moléculas com ligações duplas e
                               tripla (II)

EX2:. C2H2; acetileno, tem geometria linear

Podemos explicar a sua geometria e ligações se admitirmos que cada átomo de carbono tem
uma hibridação sp. As 2 orbitais hibridas sp de cada átomo de carbono formam uma ligação
sigma com o outro átomo de carbono.             Além disso formam-se duas ligações p por
coalescência lateral das duas orbitais 2p y a 2pz não hibridas.




  Regra: C=C, a sua hibridação é sp2
        C   C   , a sua hibridação é sp

   Exercício: Descreva as ligações químicas na molécula de formaldeído;
   H2CO                                                                                    25
Teoria das Orbitais Moleculares

   As ligações covalentes resultam da interacção das orbitais atómicas envolvidos
    na ligação e estão associadas à molécula como um todo, ou sejam formam
    orbitais moleculares.
   Quando 2 orbitais atómicas coalescem formam duas orbitais moleculares uma
    ligante e outra anti-ligante.
   Se colocarmos os electrões numa orbital molecular ligante obtemos uma
    ligação covalente estável. Se colocarmos os electrões numa orbital molecular
    antiligante resulta uma ligação instável.
   Nas orbitais moleculares ligantes, a densidade electrónica é máxima entre os
    núcleos dos átomos envolvidos na ligação.       Por outro lado, nas orbitais
    moleculares antiligantes, a densidade electrónica entre os núcleos é mínima
    (zero) numa determinada zona entre os núcleos dos átomos.
                                                                                     26
Coalescência das orbitais s

Para o caso das orbitais s elas interactuam e produzem duas
orbitais moleculares sigma, uma ligante e outra antiligante;




                                                               27
Coalescência das orbitais p


Para o caso das orbitais p elas podem interactuar entre si de duas formas:

1- Se as orbitais se aproximarem de topo, produzem-se duas orbitais moleculares
sigma, uma ligante e outra antiligante;

2- Se coalescerem lateralmente para dar origem a duas orbitais moleculares pi,
uma ligante e outra antiligante




                                                                                  28
Configurações das orbitais moleculares


A distribuição dos electrões pelas várias orbitais moleculares. Segue as mesmas regras que a
distribuição electrónica nos átomos.

Regras que ajudam a compreender as estabilidades das orbitais moleculares:
- O número de orbitais moleculares que se forma é sempre igual ao número de orbitais atómicas que se
combina
- Quanto mais estável for a orbital molecular ligante, menos estável será a orbital molecular antiligante
correspondente
- Numa molécula estável, o número de electrões em orbitais moleculares ligantes é sempre superior ao número
de electrões em orbitais moleculares antiligantes;
-Tal como uma orbital atómica, cada orbital molecular pode acomodar, no máximo, dois electrões com spins
opostos, de acordo com o principio de exclusão de Pauli
- Quando se preenchem orbitais moleculares com a mesma energia, o arranjo mais estável é o previsto pela
regra de Hund; isto é os electrões ocupam estas orbitais moleculares com spins paralelos;
- O número de electrões nas orbitais moleculares é igual à soma de todos os electrões presentes nos átomos
envolvidos na ligação.
-Para avaliar a força da ligação calculamos a ordem de ligação (PAB)
       electrões em OML - electrões em OMAL
  PAB =                                     = de dupletos ligantes
                                             nº
                         2
                                                                                                         29
Números de oxidação (I)

È a carga que resulta, quando os electrões na ligação covalente, está deslocada no sentido do átomo mais
electronegativo. Não corresponde às cargas reais nos átomos excepto no caso de substâncias iónicas.

Regras para determinar o número de oxidação:

1- O número de oxidação de um elemento na sua forma elementar é zero; Ex: Na, N 2, P4.

2- O número de oxidação do ião monoatómico é o mesmo que a sua carga.

3- Em compostos com diferentes elementos, o elemento com maior electronegatividade é atribuída carga
negativa igual à sua carga em compostos iónicos do elemento;

4- A soma dos números de oxidação é igual a zero para um composto electricamente neutro e numa
espécie iónica é igual à carga geral

Notas: metais alcalinos - +1 ; metais alcalino-terrosos - +2, fluor - -1, oxigénio - -2; excepção para o
             O 2−
peróxido (     2
                    ) que é –1
                                                                                                      30
Exercício: Determine as formas de estrutura usando a TOM:
a) NH3 b) H2O c)H2O2 d) BF3 e)CO f) PCl5 g) ClO3-
h) O3 i) N2H4



Exercício: Determine o estado de oxidação do enxofre em cada um dos
compostos: (a) H2S; (b) S8; (c) SCl2; (d) Na2SO3, (e) SO42-, (f) P2O5; (g)Cr2O72-

                    (h) SnBr4; (i) BaO2.




                                                                                    31
Forças Intermoleculares



                          32
Forças Intermoleculares


   (def:) são as forças atractivas entre as moléculas
   Asseguram a existência dos estados condensados da matéria: líquido
    e sólido;
   São as principais responsáveis pelas propriedades físicas da matéria:
    ponto de fusão e ponto de ebulição;
   São mais fracas que as forças intramoleculares, portanto a
    evaporação de um líquido requer muito menos energia do que a
    necessária para partir as ligações dentro das moléculas do líquido.



                                                                            33
Tipos de Forças Intermoleculares

    Forças de Van der Waals

      dípolo-dípolo

      dípolo-dípolo induzido

      forças de dispersão

    Forças ião-dípolo

    Ligação de hidrogénio
                                  34
Forças de dípolo-dípolo

   São forças que actuam entre moléculas polares.       Quanto
    maiores forem os momentos dipolares e mais pequenas forem
    as moléculas, maior é a força. As moléculas tendem a alinhar-
    se de tal modo que, em média a interacção atractiva é
    máxima.




                                                                    35
Forças ião-dípolo

•   Ocorrem entre um ião (um catião ou um anião) e uma molécula
    polar;

•   A sua intensidade depende da (1) carga, do (2) tamanho do ião, do
    (3) momento dipolar e (4) tamanho da molécula;

•   Como os catiões são mais pequenos que os aniões (quando
    isoelectrónicos) e no caso das cargas serem iguais em valores
    absolutos, a interacção de um catião com um dípolo é mais forte
    do que a de um anião.



                                                                        36
Dípolos instantâneos

   Dípolos instantâneos ocorrem por exemplo no átomo de He, em que
    os electrões movem-se a uma certa distância do núcleo, pelo que em
    qualquer instante é provável que o átomo tenha um momento dipolar
    criado pelas posições específicas dos electrões.
   As forças atractivas que surgem como resultado destes dípolos
    instântaneos designam-se por forças de dispersão ou forças de
    London.
   As forças de dispersão aumentam com a massa molar, podendo ser
    iguais ou superiores às forças dípolo-dípolo entre moléculas polares.


                                                                            37
Forças ião - dípolo induzido e dípolo - dípolo
         induzido

   Se colocarmos um ião ou uma molécula perto de um átomo neutro (ou
    de uma molécula apolar), a distribuição electrónica do átomo (ou
    molécula) fica distorcida pela força exercida pelo ião ou pela molécula
    polar, forma-se o dípolo induzido.
   A interacção atractiva entre um ião e o dípolo induzido chama-se
    interacção ião - dípolo induzido




   A interacção atractiva entre uma molécula polar chama-se dípolo-
    dípolo induzido.                                                          38
A probabilidade de um momento
         dipolar ser induzido depende
1.   Da carga do ião;

2.   Da polarizibilidade do átomo neutro ou da molécula.        Polarizibilidade (def.) é
     facilidade com que a distribuição electrónica do átomo neutro (ou molécula) pode ser
     distorcida.

Tabela 1: Temperaturas de fusão de compostos apolares semelhantes

               Composto                 Temperatura de fusão (ºC)
                   CH4                               -182,5
                   C2H6                              -183,3
                   CF4                               -150,0
                   CCl4                               -23,0
                   CBr4                                90,0
                   CI4                                171,0                                 39
Ligações de Hidrogénio
      É um tipo especial de interacção dípolo-dípolo entre o átomo de hidrogénio numa ligação
       polar como as N-H, O-H ou F-H, e um átomo electronegativo O, N, e F.
      Ocorre um aumento da massa molar do HCl para o HI o que causa um aumento das
       Forças de London o que conduz ao aumento do p.e.. No caso do HF, composto com maior
       p.e. é o que tem forças intermoleculares mais fortes que são as pontes de hidrogénio.




    Figura 1: Variação do ponto de ebulição dos compostos formados a partir de elementos de diferentes períodos da
    tabela periódica.
                                                                                                                     40
FIM


      41

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Fundamentos quimica analitica
Fundamentos quimica analiticaFundamentos quimica analitica
Fundamentos quimica analiticaKzona99
 
Forças intermoleculares
Forças intermoleculares Forças intermoleculares
Forças intermoleculares Marco Bumba
 
8. tabela periódica
8. tabela periódica8. tabela periódica
8. tabela periódicaRebeca Vale
 
Reações inorgânicas
Reações inorgânicas Reações inorgânicas
Reações inorgânicas Nai Mariano
 
9. propriedades da tabela
9. propriedades da tabela9. propriedades da tabela
9. propriedades da tabelaRebeca Vale
 
Quimica tabela periodica
Quimica tabela periodicaQuimica tabela periodica
Quimica tabela periodicaEstude Mais
 
Hibridação sp sp2 e sp3
Hibridação sp sp2 e sp3Hibridação sp sp2 e sp3
Hibridação sp sp2 e sp3Pedro Kangombe
 
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO  E PADRONIZAÇÃO  DE SOLUÇÕESQuimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO  E PADRONIZAÇÃO  DE SOLUÇÕES
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕESJessica Amaral
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaAdrianne Mendonça
 

Mais procurados (20)

Tabela periódica
Tabela periódicaTabela periódica
Tabela periódica
 
Fundamentos quimica analitica
Fundamentos quimica analiticaFundamentos quimica analitica
Fundamentos quimica analitica
 
Forças intermoleculares
Forças intermoleculares Forças intermoleculares
Forças intermoleculares
 
8. tabela periódica
8. tabela periódica8. tabela periódica
8. tabela periódica
 
Reações inorgânicas
Reações inorgânicas Reações inorgânicas
Reações inorgânicas
 
9. propriedades da tabela
9. propriedades da tabela9. propriedades da tabela
9. propriedades da tabela
 
Equilíbrio Químico
Equilíbrio QuímicoEquilíbrio Químico
Equilíbrio Químico
 
Quimica tabela periodica
Quimica tabela periodicaQuimica tabela periodica
Quimica tabela periodica
 
Reações de Adição a Alcenos e Alcinos
Reações de Adição a Alcenos e AlcinosReações de Adição a Alcenos e Alcinos
Reações de Adição a Alcenos e Alcinos
 
Hibridação sp sp2 e sp3
Hibridação sp sp2 e sp3Hibridação sp sp2 e sp3
Hibridação sp sp2 e sp3
 
Isomeria plana
Isomeria planaIsomeria plana
Isomeria plana
 
Aula Digital de Química - Ácidos e Bases
Aula Digital de Química - Ácidos e BasesAula Digital de Química - Ácidos e Bases
Aula Digital de Química - Ácidos e Bases
 
Eletroquimica
EletroquimicaEletroquimica
Eletroquimica
 
Ácidos e Bases
Ácidos e BasesÁcidos e Bases
Ácidos e Bases
 
Nomenclatura de Hidrocarbonetos
Nomenclatura de HidrocarbonetosNomenclatura de Hidrocarbonetos
Nomenclatura de Hidrocarbonetos
 
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO  E PADRONIZAÇÃO  DE SOLUÇÕESQuimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO  E PADRONIZAÇÃO  DE SOLUÇÕES
Quimica experimental - Relatorio PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES
 
Substituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilícaSubstituição aromática eletrofilíca
Substituição aromática eletrofilíca
 
Geometria molecular
Geometria molecularGeometria molecular
Geometria molecular
 
Propriedades periódicas
Propriedades periódicas Propriedades periódicas
Propriedades periódicas
 
Cadeias carbônicas
Cadeias carbônicasCadeias carbônicas
Cadeias carbônicas
 

Destaque

Teoria estrutural 1
Teoria estrutural 1Teoria estrutural 1
Teoria estrutural 1Pam Pires
 
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridização
Aula 2   3 estrutura,  ligação, hibridizaçãoAula 2   3 estrutura,  ligação, hibridização
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridizaçãoGustavo Silveira
 
Aula 6 - Geometria molecular
Aula 6 - Geometria molecularAula 6 - Geometria molecular
Aula 6 - Geometria molecularMaiquel Vieira
 
Geometria e polaridade molecular
Geometria e polaridade molecularGeometria e polaridade molecular
Geometria e polaridade molecularIsabella Silva
 
Aula 05 - Estrutura dos átomos e molécula II (ligações quimicas)
Aula 05 - Estrutura dos átomos e molécula II (ligações quimicas)Aula 05 - Estrutura dos átomos e molécula II (ligações quimicas)
Aula 05 - Estrutura dos átomos e molécula II (ligações quimicas)Nelson Virgilio Carvalho Filho
 
www.exerciciosresolvidosde.com.br - Química - Exercícios Resolvidos Proprieda...
www.exerciciosresolvidosde.com.br - Química - Exercícios Resolvidos Proprieda...www.exerciciosresolvidosde.com.br - Química - Exercícios Resolvidos Proprieda...
www.exerciciosresolvidosde.com.br - Química - Exercícios Resolvidos Proprieda...Joana Figueredo
 
Ejercicios de enlaces covalentes
Ejercicios  de  enlaces  covalentesEjercicios  de  enlaces  covalentes
Ejercicios de enlaces covalentesGiuliana Tinoco
 
Exercícios - ligações
Exercícios - ligaçõesExercícios - ligações
Exercícios - ligaçõesIsabella Silva
 
Practica de bogota 2.
Practica de bogota 2.Practica de bogota 2.
Practica de bogota 2.danielmena
 
Ballou. logística. administración de la cadena de suministro
Ballou. logística. administración de la cadena de suministroBallou. logística. administración de la cadena de suministro
Ballou. logística. administración de la cadena de suministroRafael Maya Sanabria
 
Soluciones De Optimizacion Y Reacondicionamiento MagnéTico Algae X
Soluciones De Optimizacion Y Reacondicionamiento MagnéTico Algae XSoluciones De Optimizacion Y Reacondicionamiento MagnéTico Algae X
Soluciones De Optimizacion Y Reacondicionamiento MagnéTico Algae XAldo Arecco
 

Destaque (20)

Hibridização
HibridizaçãoHibridização
Hibridização
 
Teoria estrutural 1
Teoria estrutural 1Teoria estrutural 1
Teoria estrutural 1
 
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridização
Aula 2   3 estrutura,  ligação, hibridizaçãoAula 2   3 estrutura,  ligação, hibridização
Aula 2 3 estrutura, ligação, hibridização
 
Aula 6 - Geometria molecular
Aula 6 - Geometria molecularAula 6 - Geometria molecular
Aula 6 - Geometria molecular
 
Geometria e polaridade molecular
Geometria e polaridade molecularGeometria e polaridade molecular
Geometria e polaridade molecular
 
Aula 05 - Estrutura dos átomos e molécula II (ligações quimicas)
Aula 05 - Estrutura dos átomos e molécula II (ligações quimicas)Aula 05 - Estrutura dos átomos e molécula II (ligações quimicas)
Aula 05 - Estrutura dos átomos e molécula II (ligações quimicas)
 
Aula 03 - Estrutura dos átomos e moléculas
Aula 03 - Estrutura dos átomos e moléculasAula 03 - Estrutura dos átomos e moléculas
Aula 03 - Estrutura dos átomos e moléculas
 
www.exerciciosresolvidosde.com.br - Química - Exercícios Resolvidos Proprieda...
www.exerciciosresolvidosde.com.br - Química - Exercícios Resolvidos Proprieda...www.exerciciosresolvidosde.com.br - Química - Exercícios Resolvidos Proprieda...
www.exerciciosresolvidosde.com.br - Química - Exercícios Resolvidos Proprieda...
 
Ejercicios de enlaces covalentes
Ejercicios  de  enlaces  covalentesEjercicios  de  enlaces  covalentes
Ejercicios de enlaces covalentes
 
Exercícios - ligações
Exercícios - ligaçõesExercícios - ligações
Exercícios - ligações
 
Electiva de profundidad
Electiva de profundidadElectiva de profundidad
Electiva de profundidad
 
J Julio_Diagnóstico de Mercado
J Julio_Diagnóstico de MercadoJ Julio_Diagnóstico de Mercado
J Julio_Diagnóstico de Mercado
 
Practica de bogota 2.
Practica de bogota 2.Practica de bogota 2.
Practica de bogota 2.
 
Aguila Real
Aguila RealAguila Real
Aguila Real
 
Ballou. logística. administración de la cadena de suministro
Ballou. logística. administración de la cadena de suministroBallou. logística. administración de la cadena de suministro
Ballou. logística. administración de la cadena de suministro
 
343
343343
343
 
Soluciones De Optimizacion Y Reacondicionamiento MagnéTico Algae X
Soluciones De Optimizacion Y Reacondicionamiento MagnéTico Algae XSoluciones De Optimizacion Y Reacondicionamiento MagnéTico Algae X
Soluciones De Optimizacion Y Reacondicionamiento MagnéTico Algae X
 
134
134134
134
 
Accion nulidad carlosnahun
Accion nulidad carlosnahunAccion nulidad carlosnahun
Accion nulidad carlosnahun
 
Río magdalena
Río magdalenaRío magdalena
Río magdalena
 

Semelhante a Ligação Química

geometria molecular geometria molecula.pptx
geometria molecular geometria molecula.pptxgeometria molecular geometria molecula.pptx
geometria molecular geometria molecula.pptxRobbinStroschOne
 
Estrutura atômica v09.03.2015.ppt para o nono ano x
Estrutura atômica v09.03.2015.ppt para o nono ano xEstrutura atômica v09.03.2015.ppt para o nono ano x
Estrutura atômica v09.03.2015.ppt para o nono ano xThiagoAlmeida458596
 
QUÍMICA, apostila-46pag pré vestibular gratuita material para estudar em pdf
QUÍMICA, apostila-46pag pré vestibular gratuita material para estudar em pdfQUÍMICA, apostila-46pag pré vestibular gratuita material para estudar em pdf
QUÍMICA, apostila-46pag pré vestibular gratuita material para estudar em pdfLuiz Avelar
 
Aula i fbaiano_ligações químicas
Aula i fbaiano_ligações químicasAula i fbaiano_ligações químicas
Aula i fbaiano_ligações químicasSaulo Luis Capim
 
QUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICA
QUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICAQUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICA
QUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICAautonomo
 
Teoria atômica e tabela periódica
Teoria atômica e tabela periódicaTeoria atômica e tabela periódica
Teoria atômica e tabela periódicacris_bastardis
 
Aula 08 química geral
Aula 08 química geralAula 08 química geral
Aula 08 química geralTiago da Silva
 
Boletim spq 103_025_15
Boletim spq 103_025_15Boletim spq 103_025_15
Boletim spq 103_025_15HelderVazz
 
Naftal Naftal-Tema I-Palestra I-Estrutura Atomica-Tabela Periodica-Quimica Ge...
Naftal Naftal-Tema I-Palestra I-Estrutura Atomica-Tabela Periodica-Quimica Ge...Naftal Naftal-Tema I-Palestra I-Estrutura Atomica-Tabela Periodica-Quimica Ge...
Naftal Naftal-Tema I-Palestra I-Estrutura Atomica-Tabela Periodica-Quimica Ge...samuelsoaresvasco202
 
Atomística, Números Quânticos, Íons
Atomística, Números Quânticos, ÍonsAtomística, Números Quânticos, Íons
Atomística, Números Quânticos, ÍonsCarlos Priante
 
geometria e isomeria.pdf
geometria e isomeria.pdfgeometria e isomeria.pdf
geometria e isomeria.pdfTamara tavares
 

Semelhante a Ligação Química (20)

Geometria molecular
Geometria molecularGeometria molecular
Geometria molecular
 
geometria molecular geometria molecula.pptx
geometria molecular geometria molecula.pptxgeometria molecular geometria molecula.pptx
geometria molecular geometria molecula.pptx
 
2012 cap01 estrutura e ligação
2012 cap01  estrutura e ligação2012 cap01  estrutura e ligação
2012 cap01 estrutura e ligação
 
Teoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalinoTeoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalino
 
Ligações química
Ligações químicaLigações química
Ligações química
 
Aula 2: Estrutura atômica e ligação interatômica
Aula 2: Estrutura atômica e ligação interatômicaAula 2: Estrutura atômica e ligação interatômica
Aula 2: Estrutura atômica e ligação interatômica
 
2 Estrutura atômica v09.03.2015.pptx
2 Estrutura atômica v09.03.2015.pptx2 Estrutura atômica v09.03.2015.pptx
2 Estrutura atômica v09.03.2015.pptx
 
Estrutura atômica v09.03.2015.ppt para o nono ano x
Estrutura atômica v09.03.2015.ppt para o nono ano xEstrutura atômica v09.03.2015.ppt para o nono ano x
Estrutura atômica v09.03.2015.ppt para o nono ano x
 
Apostila Química
Apostila QuímicaApostila Química
Apostila Química
 
QUÍMICA, apostila-46pag pré vestibular gratuita material para estudar em pdf
QUÍMICA, apostila-46pag pré vestibular gratuita material para estudar em pdfQUÍMICA, apostila-46pag pré vestibular gratuita material para estudar em pdf
QUÍMICA, apostila-46pag pré vestibular gratuita material para estudar em pdf
 
Aula i fbaiano_ligações químicas
Aula i fbaiano_ligações químicasAula i fbaiano_ligações químicas
Aula i fbaiano_ligações químicas
 
QUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICA
QUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICAQUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICA
QUÍMICA ORGÂNICA TEÓRICA
 
Teoria atômica e tabela periódica
Teoria atômica e tabela periódicaTeoria atômica e tabela periódica
Teoria atômica e tabela periódica
 
Aula 08 química geral
Aula 08 química geralAula 08 química geral
Aula 08 química geral
 
Boletim spq 103_025_15
Boletim spq 103_025_15Boletim spq 103_025_15
Boletim spq 103_025_15
 
áTomos
áTomosáTomos
áTomos
 
Naftal Naftal-Tema I-Palestra I-Estrutura Atomica-Tabela Periodica-Quimica Ge...
Naftal Naftal-Tema I-Palestra I-Estrutura Atomica-Tabela Periodica-Quimica Ge...Naftal Naftal-Tema I-Palestra I-Estrutura Atomica-Tabela Periodica-Quimica Ge...
Naftal Naftal-Tema I-Palestra I-Estrutura Atomica-Tabela Periodica-Quimica Ge...
 
Cien mat aula3
Cien mat aula3Cien mat aula3
Cien mat aula3
 
Atomística, Números Quânticos, Íons
Atomística, Números Quânticos, ÍonsAtomística, Números Quânticos, Íons
Atomística, Números Quânticos, Íons
 
geometria e isomeria.pdf
geometria e isomeria.pdfgeometria e isomeria.pdf
geometria e isomeria.pdf
 

Mais de Vicente Soella Neto (20)

Ctsa (instrumentação)
Ctsa (instrumentação)Ctsa (instrumentação)
Ctsa (instrumentação)
 
269
269269
269
 
239
239239
239
 
227
227227
227
 
149
149149
149
 
223
223223
223
 
148
148148
148
 
147
147147
147
 
141
141141
141
 
140
140140
140
 
136
136136
136
 
135
135135
135
 
133
133133
133
 
132
132132
132
 
131
131131
131
 
125
125125
125
 
124
124124
124
 
123
123123
123
 
127
127127
127
 
121
121121
121
 

Ligação Química

  • 2. Ligação Química São as forças de atracção que ligam os átomos de modo a formar substâncias mais complexas. Podem-se classificar em 3 grandes grupos: Ligação iônica: refere-se às forças electrostáticas que existem entre iões de carga oposta. As substâncias iónicas geralmente resultam da interacção de metais do lado esquerdo da Tabela Periódica com elementos não metálicos do lado direito da Tabela (excluindo os gases nobre, grupo 18). Ligação covalente: resultam da partilha de electrões. Os exemplos mais comuns é a ligação entre elementos não metálicos. Ligação metálica: encontra-se em metais sólidos como o cobre, o ferro e o alumínio. Nos metais, cada átomo liga-se a vários outros átomos vizinhos. 2
  • 3. Notação de Lewis - Colocar o símbolo do elemento - Representar os electrões de valência através de pontos ou cruzes; Exercício: Represente por notação de Lewis o Li, Be, B, C, N, O, F e o Ne. Verificou-se que os átomos tendem a ganhar, perder ou partilhar electrões de modo a ter na camada de valência 8 electrões ficando com a configuração electrónica do gás nobre mais próximo na Tabela Periódica. Regra do Octeto. Exercício: Represente por notação de Lewis os seguintes compostos iónicos: LiF; CaO; Li2O, Mg2N3 e o Al2O3. 3
  • 4. Ligação Covalente É a ligação química que se forma por partilha de electrões - H:H; Cl:Cl. Os electrões partilhados estão preferencialmente localizados entre os núcleos. Existem as ligações simples (1 par de electrões garante a ligação), duplas (2 pares de electrões garantem a ligação) e triplas (3 pares de electrões estabelecem a ligação). Ex: O::C::O, N:::N. Polaridade da ligação: ocorre quando um dos átomos exerce uma maior atracção pelos electrões partilhados, formando uma carga parcial positiva (δ+) e uma carga parcial negativa (δ−). Electronegatividade: é definida como a capacidade que o átomo da molécula tem em atrair electrões para si. 4
  • 5. Geometria molecular  É o arranjo tridimensional dos átomos numa molécula, que é determinado pela orientação relativa das suas ligações covalentes. Esta estrutura é mantida quer a substância seja sólida, líquida ou gasosa.  É um parâmetro fundamental para a previsão da polaridade da molécula;  Permite inferir sobre o tipo e intensidade das interacções intermoleculares e como tal prever as propriedades físicas: (temp. de fusão, de ebulição, a densidade) e propriedades químicas dos compostos.  Experimentalmente é determinada pela técnica de difracção de raios-X. Esta técnica fornece-nos os comprimentos os ângulos das ligações.  Um método simples que nos permite prever razoavelmente a geometria de uma molécula baseia-se na hipótese de que os pares electrónicos da camada de valência (contêm os electrões envolvidos na formação de ligações químicas) de um átomo se repelem mutuamente. Assim numa molécula poliatómica com duas ou mais ligações entre o átomo central e os átomos que o rodeiam, a repulsão entre os electrões de diferentes pares ligantes faz com estes tendam a afastar-se o mais possível uns dos outros. A geometria que a molécula acaba por adoptar (definida pelas posições de todos os átomos) é aquela que minimiza esta repulsão – é o Modelo de Repulsão dos Pares Electrónicos da Camada de Valência. 5
  • 6. Método para previsão da geometrias moleculares (Ex: NO2-) 1. Contar o número total de electrões de valência; no exemplo são 5+2x6+1 = 18. 2. Definir o átomo central, que é usualmente o menos electronegativo; no exemplo é o azoto. 3. Determinar o número total de electrões dos átomos periféricos, considerando que têm a sua camada de valência completamente preenchida; no exemplo é 2x8 = 16. 4. Calcula-se o número de electrões não partilhados pertencentes ao átomo central, que corresponde à diferença entre o número total de electrões de valência presentes na molécula (1) e o número de electrões dos átomos periféricos (3); no exemplo 18-16 = 2, isto é tem 1 par electrónico não ligante, ou um domínio não ligante. 5. Usa-se o Modelo de Repulsão dos Pares Electrónicos da Camada de Valência; 6 no exemplo a molécula tem geometria angular (ver quadros).
  • 7. Determinação da fórmula estrutural  Associam-se equitativamente os electrões de valência ainda não distribuídos, pelos átomos periféricos; (18-6 = 12 electrões pelos 2 átomos de oxigénio);  Determinam-se as cargas formais de todos os átomos presentes na molécula;  Minimiza-se a carga formal do átomo central. 7
  • 8. Geometria de Base Número Forma Geometria Exemplo de pares Molecular de electrões 2 Linear BeCl2, HgCl2 3 Triangular planar BCl3 4 Tetraédric a CH4, NH4+ 5 Bipiramida l trigonal PCl5 6 Octaédrica SF6 8
  • 9. Formas moleculares com 4 pares de electrões em volta do átomo central Pares Pares Estrutura Geometria electrões em electrões não ligações ligantes 4 0 Tetraédrica; todos os ângulos 109.5º 3 1 Piramidal trigonal (Ex: NH3) 2 2 Ângular (Ex: H2O) 9
  • 10. Formas moleculares com 5 pares de electrões em volta do átomo central Número de Número de Estrutura Geometria pares em pares não ligações ligantes 5 0 Trigonal bipiramidal (Ex: PCl5) 4 1 Tetraedro irregular ou distorcido (Ex: SF4, XeO2F2;IF4+) 3 2 Em forma de T (Ex: ClF3) 2 3 Linear (Ex: I3-, XeF2) 10
  • 11. Formas moleculares com 6 pares de electrões em volta do átomo central Número de Números de Estrutura Geometria pares ligantes pares não ligantes 6 0 Octaédrica (todos os ângulos com 90º) 5 1 Pirâmidal quadrada (Ex: BrF5, XeOF4) 4 2 Quadrada plana (XeF4, ICl4-) 11
  • 12. Excepções à regra do octeto São principalmente 3: (a) Moléculas com número ímpar de electrões; ClO2; NO. (b) Moléculas nas quais um átomo tem menos que 8 electrões; Ex: BF3; NH3BF3. (c) Moléculas, nas quais, um átomo tem mais que 8 electrões; EX: PCl5, ICl4-. 12
  • 13. Estruturas de ressonância Estruturas de ressonância: são estruturas que representam o mesma substância. Ex: O3. O O O O O O NO − Exercício: 1- Desenhe as estruturas de ressonância do ião 2 SO 3 − 2 2- Qual a ligação S-O mais pequena nas moléculas SO3 ou 13
  • 14. Polaridade das moléculas e geometria molecular A Polaridade das moléculas determina as propriedades físicas dos compostos, como o ponto de fusão e de ebulição. Momento dipolar (µ): é definido como o produto da carga q pela distância entre as cargas r, é uma medida quantitativa da polaridade de uma ligação química. Exprime-se em D (Debye) = 3,33 x 10-30 Cm Como exemplo temos a molécula de fluoreto de hidrogénio em que se verifica um deslocamento de densidade electrónica do H para o F, pois o flúor é mais electronegativo do que o átomo de H. Existe uma separação de cargas que se pode representar por δ+ δ− H F 14
  • 15. Polaridade nas moléculas Moléculas diatómicas: 1- Com átomos do mesmo elemento são apolares 2- Com átomos de diferentes elementos são polares Moléculas poliatómicas; a sua polaridade depende 1- Polaridade das ligações 2- Geometria molecular 15
  • 16. Moléculas apolares Exemplos de moléculas poliatómicas com ligações polares, mas dada a sua geometria o momento dipolar resultante é zero, são o BeCl2; BCl3 CCl4. 16
  • 18. Mecânica quântica e ligação covalente  Falha na teoria da ligação de Lewis: descreve a ligação química como o emparelhamento de dois electrões não justificando as diferenças nos comprimentos de ligação e nas energias de dissociação; ex: H-H, 74 pm, 436,4 KJ/mol; F-F, 142 pm, 142 KJ/mol  Existem 2 teorias semelhantes, baseadas na Mecânica Quântica, que servem para descrever a formação de ligações covalentes e a estrutura electrónica das moléculas:  Teoria do Enlace da Valência: postula que os electrões numa molécula ocupam orbitais atómicas dos átomos individuais formando-se a ligação quando estas se sobrepõem;  Teoria das Orbitais Moleculares: pressupõe a formação de orbitais moleculares a partir das orbitais atómicas. 18
  • 19. Teoria do Enlace da Valência (I) Formação da molécula de hidrogénio: A ligação covalente na molécula de H 2 (H- H) forma-se devido à sobreposição espacial (ou seja coalescência) de duas orbitais 1s dos átomos de H. 19
  • 20. Teoria do Enlace da Valência (II) Formação da molécula de ácido fluorídrico 1s 2p + + + H F H-F COALESCÊNCIA Formação da molécula de fluor (F2) 2p 2p + F F F-F 20
  • 21. Hibridação de orbitais atómicas: são uma mistura de orbitais (1) Hibridação sp3 no átomo de carbono; Ex: CH4, NH3 2s 2p 2s 2p 2sp3 Formam-se orbitais híbridas sp3 (no caso acima no átomo de carbono) a partir de orbitais s e p para descrever a formação de ligações químicas, quando o modelo RPECV prever o arranjo tetraédrico dos pares de electrões. 21
  • 22. Outros exemplos de outros tipos de hibridação (2) Hibridação sp no átomo de Be, Ex: BeCl2 2s 2p 2s 2p sp (3) Hibridação sp2 no átomo de B; Ex: BF3 2s 2p 2s 2p sp2 2p orbital vazia 22
  • 23. Outros exemplos de outros tipos de hibridação (4) Hibridação de orbitais s, p e d no átomo de enxofre; Ex: SF6 3s 3p 3d 3s 3p 3d sp3d2 3d vazias Exercicio: 1-Preveja se cada uma das seguintes moléculas possui momento dipolar ou se, pelo contrario são apolares: a) IBr b) BF3 c) CH2Cl2 d) SO2 2- Determine o estado de hibridação do átomo central (sublinhado) de cada uma das seguintes moléculas: a) HgCl2 b) AlI3 c) PF3 23
  • 24. Hibridação em moléculas com ligações duplas e tripla (I) Ex: C2H4 (etileno) Podemos justificar a geometria e as ligações no etileno se admitirmos que cada átomo de carbono tem uma hibridação sp2. H H C C H H Geometria plana Da coalescência lateral das duas orbitais 2pz dos dois átomos de carbono, forma- se a ligação π C2H4 tem uma ligação dupla C=C em que as duas ligações covalentes são diferentes: uma ligação sigma (σ) e a outra é uma ligação pi (π). Ligação sigma (σ): forma-se quando as moléculas coalescem de topo para formar uma ligação covalente, a nuvem electrónica resultante está concentrada entre os núcleos dos átomos envolvidos na ligação. Ligação pi (π): forma-se quando a ligação é formada por orbitais que coalescem lateralmente, tem a nuvem electrónica concentrada acima e abaixo do plano dos núcleos dos átomos envolvidos na ligação. 24
  • 25. Hibridação em moléculas com ligações duplas e tripla (II) EX2:. C2H2; acetileno, tem geometria linear Podemos explicar a sua geometria e ligações se admitirmos que cada átomo de carbono tem uma hibridação sp. As 2 orbitais hibridas sp de cada átomo de carbono formam uma ligação sigma com o outro átomo de carbono. Além disso formam-se duas ligações p por coalescência lateral das duas orbitais 2p y a 2pz não hibridas. Regra: C=C, a sua hibridação é sp2 C C , a sua hibridação é sp Exercício: Descreva as ligações químicas na molécula de formaldeído; H2CO 25
  • 26. Teoria das Orbitais Moleculares  As ligações covalentes resultam da interacção das orbitais atómicas envolvidos na ligação e estão associadas à molécula como um todo, ou sejam formam orbitais moleculares.  Quando 2 orbitais atómicas coalescem formam duas orbitais moleculares uma ligante e outra anti-ligante.  Se colocarmos os electrões numa orbital molecular ligante obtemos uma ligação covalente estável. Se colocarmos os electrões numa orbital molecular antiligante resulta uma ligação instável.  Nas orbitais moleculares ligantes, a densidade electrónica é máxima entre os núcleos dos átomos envolvidos na ligação. Por outro lado, nas orbitais moleculares antiligantes, a densidade electrónica entre os núcleos é mínima (zero) numa determinada zona entre os núcleos dos átomos. 26
  • 27. Coalescência das orbitais s Para o caso das orbitais s elas interactuam e produzem duas orbitais moleculares sigma, uma ligante e outra antiligante; 27
  • 28. Coalescência das orbitais p Para o caso das orbitais p elas podem interactuar entre si de duas formas: 1- Se as orbitais se aproximarem de topo, produzem-se duas orbitais moleculares sigma, uma ligante e outra antiligante; 2- Se coalescerem lateralmente para dar origem a duas orbitais moleculares pi, uma ligante e outra antiligante 28
  • 29. Configurações das orbitais moleculares A distribuição dos electrões pelas várias orbitais moleculares. Segue as mesmas regras que a distribuição electrónica nos átomos. Regras que ajudam a compreender as estabilidades das orbitais moleculares: - O número de orbitais moleculares que se forma é sempre igual ao número de orbitais atómicas que se combina - Quanto mais estável for a orbital molecular ligante, menos estável será a orbital molecular antiligante correspondente - Numa molécula estável, o número de electrões em orbitais moleculares ligantes é sempre superior ao número de electrões em orbitais moleculares antiligantes; -Tal como uma orbital atómica, cada orbital molecular pode acomodar, no máximo, dois electrões com spins opostos, de acordo com o principio de exclusão de Pauli - Quando se preenchem orbitais moleculares com a mesma energia, o arranjo mais estável é o previsto pela regra de Hund; isto é os electrões ocupam estas orbitais moleculares com spins paralelos; - O número de electrões nas orbitais moleculares é igual à soma de todos os electrões presentes nos átomos envolvidos na ligação. -Para avaliar a força da ligação calculamos a ordem de ligação (PAB) electrões em OML - electrões em OMAL PAB = = de dupletos ligantes nº 2 29
  • 30. Números de oxidação (I) È a carga que resulta, quando os electrões na ligação covalente, está deslocada no sentido do átomo mais electronegativo. Não corresponde às cargas reais nos átomos excepto no caso de substâncias iónicas. Regras para determinar o número de oxidação: 1- O número de oxidação de um elemento na sua forma elementar é zero; Ex: Na, N 2, P4. 2- O número de oxidação do ião monoatómico é o mesmo que a sua carga. 3- Em compostos com diferentes elementos, o elemento com maior electronegatividade é atribuída carga negativa igual à sua carga em compostos iónicos do elemento; 4- A soma dos números de oxidação é igual a zero para um composto electricamente neutro e numa espécie iónica é igual à carga geral Notas: metais alcalinos - +1 ; metais alcalino-terrosos - +2, fluor - -1, oxigénio - -2; excepção para o O 2− peróxido ( 2 ) que é –1 30
  • 31. Exercício: Determine as formas de estrutura usando a TOM: a) NH3 b) H2O c)H2O2 d) BF3 e)CO f) PCl5 g) ClO3- h) O3 i) N2H4 Exercício: Determine o estado de oxidação do enxofre em cada um dos compostos: (a) H2S; (b) S8; (c) SCl2; (d) Na2SO3, (e) SO42-, (f) P2O5; (g)Cr2O72- (h) SnBr4; (i) BaO2. 31
  • 33. Forças Intermoleculares  (def:) são as forças atractivas entre as moléculas  Asseguram a existência dos estados condensados da matéria: líquido e sólido;  São as principais responsáveis pelas propriedades físicas da matéria: ponto de fusão e ponto de ebulição;  São mais fracas que as forças intramoleculares, portanto a evaporação de um líquido requer muito menos energia do que a necessária para partir as ligações dentro das moléculas do líquido. 33
  • 34. Tipos de Forças Intermoleculares  Forças de Van der Waals  dípolo-dípolo  dípolo-dípolo induzido  forças de dispersão  Forças ião-dípolo  Ligação de hidrogénio 34
  • 35. Forças de dípolo-dípolo  São forças que actuam entre moléculas polares. Quanto maiores forem os momentos dipolares e mais pequenas forem as moléculas, maior é a força. As moléculas tendem a alinhar- se de tal modo que, em média a interacção atractiva é máxima. 35
  • 36. Forças ião-dípolo • Ocorrem entre um ião (um catião ou um anião) e uma molécula polar; • A sua intensidade depende da (1) carga, do (2) tamanho do ião, do (3) momento dipolar e (4) tamanho da molécula; • Como os catiões são mais pequenos que os aniões (quando isoelectrónicos) e no caso das cargas serem iguais em valores absolutos, a interacção de um catião com um dípolo é mais forte do que a de um anião. 36
  • 37. Dípolos instantâneos  Dípolos instantâneos ocorrem por exemplo no átomo de He, em que os electrões movem-se a uma certa distância do núcleo, pelo que em qualquer instante é provável que o átomo tenha um momento dipolar criado pelas posições específicas dos electrões.  As forças atractivas que surgem como resultado destes dípolos instântaneos designam-se por forças de dispersão ou forças de London.  As forças de dispersão aumentam com a massa molar, podendo ser iguais ou superiores às forças dípolo-dípolo entre moléculas polares. 37
  • 38. Forças ião - dípolo induzido e dípolo - dípolo induzido  Se colocarmos um ião ou uma molécula perto de um átomo neutro (ou de uma molécula apolar), a distribuição electrónica do átomo (ou molécula) fica distorcida pela força exercida pelo ião ou pela molécula polar, forma-se o dípolo induzido.  A interacção atractiva entre um ião e o dípolo induzido chama-se interacção ião - dípolo induzido  A interacção atractiva entre uma molécula polar chama-se dípolo- dípolo induzido. 38
  • 39. A probabilidade de um momento dipolar ser induzido depende 1. Da carga do ião; 2. Da polarizibilidade do átomo neutro ou da molécula. Polarizibilidade (def.) é facilidade com que a distribuição electrónica do átomo neutro (ou molécula) pode ser distorcida. Tabela 1: Temperaturas de fusão de compostos apolares semelhantes Composto Temperatura de fusão (ºC) CH4 -182,5 C2H6 -183,3 CF4 -150,0 CCl4 -23,0 CBr4 90,0 CI4 171,0 39
  • 40. Ligações de Hidrogénio  É um tipo especial de interacção dípolo-dípolo entre o átomo de hidrogénio numa ligação polar como as N-H, O-H ou F-H, e um átomo electronegativo O, N, e F.  Ocorre um aumento da massa molar do HCl para o HI o que causa um aumento das Forças de London o que conduz ao aumento do p.e.. No caso do HF, composto com maior p.e. é o que tem forças intermoleculares mais fortes que são as pontes de hidrogénio. Figura 1: Variação do ponto de ebulição dos compostos formados a partir de elementos de diferentes períodos da tabela periódica. 40
  • 41. FIM 41