O documento descreve a anatomia, embriologia, histologia e fisiologia do fígado. O fígado é a glândula mais pesada do corpo e desempenha funções metabólicas vitais como a metabolização de carboidratos, lipídios e proteínas, a produção de bile e a coagulação sanguínea. O documento explica o desenvolvimento, estrutura e vascularização do fígado em detalhes.
3. O fígado é a glândula mais pesada
do corpo (1,5 Kg no adulto médio),
sendo depois da pele o segundo maior
órgão do corpo. Embora seja um
órgão discreto, ele desempenha
muitas funções diferentes que se
interrelacionam
7.
Na sexta semana começa a hematopoese.
Na nona semana, o fígado representa cerca de 10% do peso total do feto.
Na décima segunda semana inicia-se a formação da bile.
15.
As células endoteliais estão separadas dos hepatócitos por uma lâmina basal
e por um espaço subendotelial conhecido como espaço Disse.
Célula de kuppffer
Célula de Ito
16.
17.
Suprimento sanguíneo
Recebe sangue de duas fontes diferentes ,
V. porta (80%) e A. hepática(20%)
Suprimento
sanguíneo do
fígado
Sistema Porta
Venoso
Sistema
Arterial
20.
Hepatócitos
São células poliédricas, com seis ou mais superfícies, com diâmetro de 2030 mm.
O citoplasma do hepatócito é rico em mitocôndrias e Retículo
endoplasmático liso.
Sempre que dois hepatócitos se encontram, eles delimitam um espaço
tubular entre si conhecido como canalículo biliar.
21.
22.
Os canalículos biliares formam uma rede complexa que se unem
progressivamente formando os dúctulos biliares (canais de Hering).
Esses dúctulos biliares posteriormente formam os ductos biliares.
Quando os ductos biliares se anastomosam eles dão origem aos ductos
hepáticos.
26. LOBOS ANATÔMICOS DO FÍGADO
Lobo Direito e Lobo Esquerdo (anatômicos) Lig. Falciforme e Fissura sagital
esquerda
Fissuras Sagitais Direita e Esquerda + Porta do Fígado Lobo Caudado e
Quadrado (acessórios)
*Processo Papilar
*Processo caudado – Entre VCI e Porta uni Lobos Caudado e Direito
30. FACES REFLEXÕES PERITONEAIS E RELAÇÕES DO FÍGADO
Face Diafragmática – Lisa
Recessos subfrênicos, subepático e recesso hepatorrenal
Área nua do fígado – contato direto com o diafragma (sem peritônio)
Lig.
Coronário – lamina anterior e posterior
Lig.
Triangular direito e esquerdo
Sulco da veia cava
31.
32.
33.
34. FACES, REFLEXÕES PERITONEAIS E RELAÇÕES DO FÍGADO
Face Visceral – fissuras e Impressões
*Fossa da vesícula biliar e porta do fígado – sem peritônio
Fissura Sagital Direita fossa da vesícula biliar; sulco da veia cava
Fissura Sagital Esquerda Fissura e Lig. Redondo; Fissura do Lig. Venoso
*Lig. Redondo – remanescente fibroso da v. umbilical
*Lig. Venoso – remanescente fibroso do ducto venoso fetal
Tríade Portal Ducto Colédoco, A. Hepática própria e v. Porta; Encerrado pelo
Omento menor (Lig. Hepatoduodenal)
Impressões Renal, Supra-Renal, Duodenal, Cólica, Gástrica
35.
36.
37. VASOS SANGUÍNEOS DO FÍGADO
Suprimento sanguíneo Duplo:
Veia Porta - 75-80% do sangue para o fígado (sinusóides hepáticos); 40% a mais
O2,Rico em nutrientes; Sustenta o Parênquima hepático
Tronco Celíaco A. Hepática Comum (até origem da a. gastroduodenal) A.
Hepática Própria ( até a bifurcação na porta do fígado) - 20-25% do sangue para o
fígado; Sustenta Ductos biliares intra-hepáticos
Vv. Hepáticas direita, intermédia e esquerda VCI abaixo do diafragma na área nua
do fígado
* Fixação dessas vv. à VCI ajuda manter o Fígado em posição
38.
39.
40. VASOS SANGUÍNEOS DO FÍGADO
Artérias hepáticas aberrantes
Tipo comum – a. hepática D ou E ramo terminal da a. hepática própria
Artéria aberrante acessória ou substituta:
a. hepática direita AMS
a. hepática esquerda a.gástrica esquerda
46. VASOS SANGUÍNEOS DO FÍGADO
Anastomoses portossistêmicas
Formam-se na tela submucosa da parte inferior do esôfago, na do canal anal, na
região paraumbilical e nas faces posteriores de vísceras retroperitoneais
*Hipertensão Portal
Obstrução da circulação porta – Lesão Hepática ou Tumor
Sangue chega ao AD pela VCI por vias colaterais – Varizes ( varizes esofágicas,
barriga de medusa – veias da parede abdominal inferior + paraumbilicais)
Rompimento das vv. hemorragia
48. INERVAÇÃO DO FÍGADO
Plexo Celíaco Plexo hepático:
Acompanha ramos da a. hepática e v.porta até o fígado;
Formado por Fibras simpáticas do plexo celíaco e parassimpáticas dos troncos
vagais ant. e post.
Vasoconstrição*
53. SISTEMA VASCULAR E LINFÁTICO
REGENERAÇÃO
Extraordinária capacidade de restauração – Hepatectomia parcial (70%), Lesão
hepática aguda
Céls. mesenquimais no fígado e outros tecidos Fator de crescimento dos
hepatócitos (HGF) Divisão e crescimento das céls. Hepáticas
Fator de crescimento epidérmico, citocinas, TNF-α, IL-6 podem estar envolvidos na
estimulação
Hepatócitos Fator de crescimento transformante-β, sugerido como o principal
terminador da regeneração hepática após a volta ao tamanho original
Complicação por fibrose, infecção virótica ou inflamação compromete o processo
regenerativo e deteriora a função hepática
54. FUNÇÕES METABÓLICAS DO FÍGADO
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
Importante na manutenção da concentração normal da glicose sanguínea
1.
Armazenamento de grandes quantidades de glicogênio (Função tampão de glicose
do fígado)
2.
Conversão possibilita armazenar grande qtds. de carboidratos sem alterar a pressão
osmótica intracelular
Conversão da galactose e da frutose em glicose
56. FUNÇÕES METABÓLICAS DO FÍGADO
Metabolismo Lipídico
Fígado Responsável pela maior parte do metabolismo lipídico
1.
Oxidação dos ácidos graxos para suprir energia para outras funções corporais
Gordura Glicerol + ácidos graxos Radicais Acetil Acetil-CoA ciclo de Krebs
Parte da Acetil-CoA Ácido acetoacético – hepatócitos liq. Extracelular absorvido
por outros tecidos Acetil-CoA para oxidação
57. FUNÇÕES METABÓLICAS DO FÍGADO
Metabolismo Lipídico
2.
Síntese de grandes quantidades de colesterol, fosfolipídios e da maior parte de
lipoproteínas
Maior parte dos fosfolipídios são transportados nas lipoproteínas
3.
80% colesterol produzido no fígado é convertido a sais biliares, o restante é
transportado nas lipoproteínas e carreado pelo sangue para os demais tecidos
Colesterol e fosfolipídios membranas, estruturas intracelulares, substâncias químicas
para função celular
Síntese de gordura, a partir de proteínas e carboidratos
Após sintetizada, é transportada nas lipoproteínas para o tecido adiposo –
armazenamento
58.
59. FUNÇÕES METABÓLICAS DO FÍGADO
Metabolismo Proteico
1.
Desaminação dos aminoácidos - transaminação
Importante para serem usados como energia ou convertidos em carboidratos ou
lipídios
2.
Formação de ureia para remoção da amônia dos líquidos corporais
3.
Formação das proteínas plasmáticas
4.
Albumina (mantém pressão coloidosmótica), fibrinogênio (fibrina; coagulação),50 a
80% das globulinas (funções enzimáticas; transferrina)
Interconversões entre diversos aminoácidos e síntese de outros compostos a
partir deles
Aminoácidos não essenciais
61. FUNÇÕES METABÓLICAS DO FÍGADO
Forma Substâncias Sanguíneas Utilizadas na Coagulação
Fibrinogênio, Protrombina, Globulina aceleradora, Fator VII dentre outros
Vitamina K Importante para formação da Protrombina, Fatores VII, IX e X
Remove ou Excreta Fármacos, Hormônios e outras substâncias
Destoxifica ou excreta na bile
Cálcio é excretado pelo fígado na bile, sendo perdido nas fezes
65. SECREÇÃO DE BILE PELO FÍGADO
Circulação Êntero-hepática dos sais biliares
94% dos sais biliares são reabsorvidos para o sangue pelo intestino delgado
Difusão – inicio do duodeno
Sinusóides hepáticas Hepátócitos
Pequenas quantidades eliminadas nas fezes são respostas por síntese pelos hepatócitos
Transporte ativo – íleo distal
69. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Embriologia Básica – Keith Moore
Histologia Básica – Junqueiro e Carneiro
Anatomia Orientada para Clínica – Keith Moore
Tratado de Fisiologia – Guyton & Hall