2. O QUE É AUDIOVISUAL?
Audiovisual é um termo genérico que pode se referir a formas de
comunicação que combinam som e imagem, bem como a cada
produto gerado por estas formas do comunicação.
3. LINGUAGEM AUDIOVISUAL
A linguagem audiovisual é composta por outras três linguagens -
verbal, sonora e visual - que, conjugadas, transmitem uma mensagem
específica.
4. DESENVOLVENDO UM ROTEIRO DE VÍDEO
O roteiro é a forma escrita de qualquer espetáculo audiovisual, escrito
por um ou vários profissionais que são chamados de roteiristas.
Idéia
Storyline
Sinopse
Roteiro de Vídeo
Storyboard
5. IDÉIA,CONCEITO OU PREMISSA
A estória de um roteiro resumida em uma frase. Ter uma idéia é o principio de
qualquer roteiro, não chega a ser uma etapa propriamente dita, mas é o início do
processo. A criatividade do autor conta muito neste ponto, mas um roteirista não
pode depender do surgimento espontâneo desta pois a sua produção seria limitada e
ele ficaria esperando a maior parte do tempo. Não se deve perder tempo esperando
a grande idéia aparecer, deve-se procura-la, criar condições para que ela venha. Fica-
se, então, a questão: Onde encontrar uma boa idéia?
Videoclipe “Jah jah vai reinar”: A história de uma mulher que escolhe o
caminho de sua paz interior.
6. STORYLINE
Um story line é um resumo da história a ser transformada em roteiro em um
único paragrafo contendo apenas o conflito principal de sua história.
A apresentação do conflito – Qual é o conflito?
O desenvolvimento do conflito
A solução do conflito – Como se resolve?
Videoclipe “Jah jah vai reinar”: Um casal se ama, mas um dia brigam por que a
mulher não concorda com as companhias e a conduta do marido. A mulher já
esta cansada da situação, o marido não muda de atitude e então a mulher sai de
casa.
7. SINOPSE
A sinopse é mais extensa que o storyline, pode ir de dez a quinze
linhas e apresenta informações sobre as personagens principais e
sobre o local onde se passa a história.
8. ARGUMENTO
O argumento consiste na história contada em sua íntegra, tendo
como base a sinopse.
Existe maior liberdade para o uso dos adjetivos, mas não se
esqueça que um roteiro é uma história para ser contada em imagens
(mostrada). Não crie problemas para você mesmo, muitas vezes é
difícil passar para a imagem determinadas situações.
9. ROTEIRO
Existem apenas 3 elementos fundamentais do roteiro:
abeçalho da cena - Deve conter INT. ou EXT (respectivamente, INTERIOR
e EXTERIOR), localidade e tempo.
escrição visual ou Ação - Somente o que você VÊ E OUVE quando está
assistindo ao
ilme.
iálogos - As falas e/ou narrações dos personagens
10. CABEÇALHO DA CENA
O cabeçalho da cena nos diz onde e quando a cena está acontecendo.
Simplesmente, há apenas dois locais onde isso pode acontecer: dentro
(INT.) ou fora (EXT.). E os tempos possíveis são diversos: você pode
simplesmente indicar noite, dia, manhã, etc. ou indicar a hora exata do
acontecimento quando necessário. Você pode ser tão específico ou
geral.
11. EXEMPLOS DE CABEÇALHO DE CENA:
XT. CENTRO DE SÃO PAULO - NOITE
XT. CENTRO DE SÃO PAULO - AVENIDA PAULISTA - NOITE
XT. AVENIDA PAULISTA - NOITE
XT. AVENIDA PAULISTA - EM FRENTE AO SHOPPING PAULISTA - NOITE
XT. SHOPING PAULISTA - 23:45
NT. CASA DE ANDRÉ - DIA
12. DESCRIÇÃO VISUAL
ambém conhecida como ação, a descrição visual é aquilo que está se vendo na
tela e nada mais, exceto se necessário, indicações de sons. Uma falha comum
nos roteiros é indicar aquilo que não se passa na tela.
Exemplo:
Pedro, da vitrine, olha para o carro que sonha possuir desde criança.
O trecho "que sonha possuir desde criança", não é uma indicação visual,
mesmo que Pedro demonstre isso com sua expressão facial.
13. DESCRIÇÃO VISUAL
modo correto seria:
Pedro, da vitrine, olha para um carro no interior da loja.
u se quisesse deixar claro a admiração de Pedro pelo carro:
Pedro, da vitrine, com os olhos brilhando, olha encantado para um
carro no interior da loja.
14. DICA
a descrição da cena, não exagere nos adjetivos e nos detalhes, seja o
mais conciso e claro possível. Filmes de ficção-científica e de fantasia
geralmente exigem mais descrições do que uma comédia, por
exemplo, mas nunca se esqueça que roteiro não é literatura, por tanto,
não tente ser poético ou metafórico. Faça uma escrita mas semelhante
a um jornal do que a um romance.
15. DIÁLOGO
iálogo é um elemento difícil da roteirizarão, tanto que houve
(na Europa principalmente) o dialoguista, que tinha como
única tarefa escrever os diálogos. Há vários tipos de diálogo.
Cabe ao roteirista ou o dialoguista saber que tipo de diálogo se
encaixa melhor ao roteiro.
16. DIÁLOGO
roteiro de gangster do filme Os Bons Companheiros de Martin
Scorsese, por exemplo, usa diálogos realistas, isto é, tenta imitar como
as pessoas falam na vida real. Enquanto o Poderoso Chefão(escrito
por Coppola e Puzzo) tem um diálogo mais direto, um falso realismo,
que enfatiza sobre tudo uma caracterização romantizada dos
gangsters italianos.
18. CENA E SEQUÊNCIA
Cena é uma unidade de tempo e de espaço em que se desenrola uma parte
do filme. Pode-se entender a cena também como a menor unidade fílmica com
significado completo.
Sequência é um conjunto de planos e cenas que formam uma única e coerente
unidade de ação dramática.
☞ O que é um plano-sequência?
20. STOPMOTION
Stopmotion é uma técnica de animação fotograma a fotograma,
usando como recurso uma máquina de filmar, uma máquina
fotográfica ou um computador. Utilizam-se modelos reais em
diversos materiais, os mais comuns são a massa de modelar ou
massinha. ...
21. O QUE É UM PLANO?
Menor unidade audiovisual. No momento da filmagem, o plano
inicia-se sempre que a câmera é ligada para a captação de imagens e
termina quando ela é desligada.
☞Atenção!
Tomada ≠ Plano
Cada tomada é uma tentativa de rodar um plano.
22. O QUE É UM FRAME?
É cada uma das imagens fotográficas estáticas (fotogramas) captadas pelo
equipamento de filmagem, as quais, projetadas em uma certa velocidade,
produzem a ilusão de movimento aos olhos humanos.
Cinema - 24 frames
TV - 29 frames
Câmera lenta – a partir de 60 frames
Super Câmera – 1000 frames
Filmes antigos – 13-23 fps (ex. Chaplin)
26. O QUE É ENQUADRAMENTO?
A noção de enquadramento é a mais importante da linguagem
audiovisual. Enquadrar é decidir determinada porção do cenário para
figurar na tela. Assim, a depender do enquadramento, uma pessoa
pode aparecer inteira na tela, ou pode-se optar por mostrar apenas
seu rosto. Enquadrar também é determinar o modo como o
espectador perceberá o mundo que está sendo criado pelo filme.
27. PLANOS
Com relação a:
Distância: Geral, Conjunto, Médio, Americano, Médio Primeiro
Plano, Primeiro Plano, Plano próximo/Close Up, Plano Detalhe.
Ângulo: Plongé, Contra-Plongé, Normal.
Lado do Ângulo: Frontal, 3/4, Lateral e Traseiro.
Movimento: Fixo, Panorâmica, Travelling e Zoom.
28. O Encouraçado Potemkin (1925), Serguei Eisenstein
PLANO GERAL (PG)
Com um ângulo visual bem aberto, mostra uma paisagem ou um cenário
completo. A figura humana ocupa espaço muito reduzido na tela. Também
chamado, na intimidade, de “Geralzão”.
Veneno da Madrugada (2004), Ruy Guerra
29. PLANO CONJUNTO (PC)
Jules e Jim (1962), François Truffaut
Com um ângulo visual aberto, a câmera revela uma parte significativa do cenário
à sua frente e um grupo de personagens. . A figura humana ocupa um espaço
relativamente maior na tela. É possível reconhecer os rostos das pessoas mais
próximas à câmera. Também poderíamos chamá-lo de “Geralzinho”.
Laranja Mecânica (1971), Stanly Kubrick
30. PLANO ABERTO(PA)
A figura humana é enquadrada por inteiro, com um pouco de “ar” sobre a
cabeça e um pouco de “chão” sob os pés.
Verônica (2009), Mauricio Farias
31. PLANO AMERICANO (PAM)
The Runaways (2010), Floria Sigismondi
A figura humana é enquadrada do joelho para cima.
High Plains Drifter (1973), Clint Eastwood
32. PLANO MÉDIO (PM)
A figura humana é enquadrada da cintura para cima.
Planeta dos Macacos (1968), Franklin J. Schaffner
33. PRIMEIRO PLANO (PP)
O fabuloso destino de Amelie Poulain ((2001), Jean-Pierre Jeunet
A figura humana é enquadrada do peito para cima.
35. PLANO DETALHE (PD)
O senhor dos anéis (2001), Peter Jackson
A câmera enquadra uma parte do rosto ou do corpo (um olho, uma mão, um
pé, etc.). Também usado para objetos pequenos.
47. REGRA DOS TERÇOS
A regra dos terços é uma teoria utilizada na hora de compor
uma imagem. Se caracteriza em dividir uma imagem em duas
linhas horizontais e duas linhas verticais, em que os 4 pontos de
interseção dessas 4 linhas são os pontos onde os nossos olhos
têm maior atenção. Em alguns casos, manter o assunto principal
da foto em algum desses pontos chamará mais a atenção, ou seja,
um assunto centralizado não significa uma foto mais equilibrada.
54. VELOCIDADE
A relação que existe entre velocidade e luz é: Quanto menor
a velocidade, mais tempo o obturador ficará aberto, maior o
tempo de exposição, ou seja, mais luz entrará. Quanto maior a
velocidade, menos tempo o obturador ficará aberto, menor o
tempo de exposição, ou seja, menos luz entrará. Em termos
simples. Menor a velocidade, mais clara sua foto ficará. Maior a
velocidade, mais escura sua foto ficará.
55. ISO
ISO é a sensibilidade do filme à luz, ou seja, quanto
maior o ISO menos luz era necessária para escurecer os
sais de haleto de prata, componente responsável por fixar a
luz no filme nos dando uma foto. Quanto maior o ISO,
menor a nitidez. Aumentar o ISO aumenta a sensibilidade,
mas também ocorre perda de resolução e nitidez.
58. BALANÇO DE BRANCO
O balanço de branco (em inglês 'White Balance' ou
WB) é o processo de remoção de cores não reais, de modo
a tornar brancos os objetos que aparentam ser brancos
para os nossos olhos. O correto balanço de branco deve
levar em consideração a "temperatura de cor" de uma fonte
de luz, que se refere a quão 'quente' ou 'fria' é uma fonte de
luz.
60. PIXEL ASPECT RATIO
É a proporção entre a altura e a largura dos pixels que compõem uma
imagem digital. Existem pixels quadrados e pixels retangulares, estes
últimos em diversas proporções. Imagens obtidas a partir da captura e
digitalização de um sinal de vídeo analógico, imagens obtidas através de
scanners e imagens geradas dentro do próprio computador (através de
softwares gráficos por exemplo) possuem normalmente pixels quadrados.
Imagens obtidas a partir da captura de um sinal de vídeo digital podem
possuir pixels quadrados ou retangulares, conforme o formato do vídeo
que está sendo utilizado.
65. MÚSICA NÃO DIEGÉTICA
Não diegética/ música de fosso
(produzida por uma fonte imaginária
ausente da ação).
66. A MÚSICA COMO RESUMO DO FILME
A música pode simbolizar um
filme, isto é, descrever de forma
resumida o sentimento principal da
narrativa.
67. MICROFONE
Dinâmico com a captação Cardióide
Sua captação é eficiente quando postado próximo à fonte
sonora. Adequado para situações em que se deseja captar
apenas a fonte sonora próxima ao microfone sem os som do
espaço ao redor.
71. MICROFONE
Condensador Shot gun ou Direcional
A captação desse modelo é semelhante ao foco de uma
lanterna de pilhas. Para onde se aponta o microfone, é
obtida uma captação com muita eficiência à uma distância
consideravelmente longa, variando conforme a qualidade de
cada marca, daí o nome shot gun - “tiro de arma” em inglês.
73. MICROFONE
Os microfones condensadores necessitam de uma
alimentação 48 volts através do fio que estará
conectado para ativar sua bobina de captação. Essa
corrente de 48 volts é acionada no Phantom Power
da câmera ou da mesa de som.
74. MICROFONE
Alguns vêm com cortes de freqûencia como o
Low Cut (corta baixas frequências). Em uma
situação de bastante ruídos de sons graves,
como ar condicionados e sons semelhantes, é
possível cortar a captação dessas frequências
indesejadas.
75. MONTAGEM CLÁSSICA
A combinação das imagens é feita para que
não percebemos os cortes. Para que a narrativa
seja percebida como um universo conBnuo em
movimento. Busca tornar a montagem invisível.
[D. W. Griffith]
76. MONTAGEM
- Continuidade
- Montagem paralela: intercalar planos de ações diferentes
com o intuito de fazer com que pareçam simultâneos.
- Montagem linear: sequência de cenas colocadas em ordem
lógica e cronológica.
77. ARTICULAÇÃO DOS PLANOS
Efeito Kuleshov: demonstrado pelo cineasta russo Lev
Kuleshov de para provar que a montagem interfere diretamente
na significação do discurso.
A experiência: articular planos do mesmo ator (portanto, a
mesma expressão facial) com 3 imagens diferentes.
O plano é uma “letra” para a montagem.
78. MONTAGEM RÍTMICA
ontagem rítmica: montagem que usa a duração dos
lanos como recurso rítmico. Pode se trabalhar a idéia de‐
celeração ou lentidão.
itmo cinematográfico: é a coincidência entre a duração de
ada plano e os movimentos de atenção que o filme deseja
79. MONTAGEM RÍTMICA
lanos longos: fusão com a natureza, ociosidade, tédio, impotência
diante de um destino, monotonia, calma, relaxamento após a crise.
Planos curtos: rapidez, nervoso, dinâmico, trágico, angústia,
tensão crescente, aproximação ao núcleo dramático.
Deve considerar o movimento da imagem (das imagens
ntre si) e o movimento na imagem.
80. ELIPSES
lipses: montagem com o objetivo de se fazer
entender que houve um deslocamento no tempo
ou no espaço.
lipses de estrutura
81. PRÉ-PRODUÇÃO
Este nada mais é que uma organização sistemática de como serão
conduzidas as filmagens. Por mais que essa organização varie de
filme para filme, de diretor para diretor, ela sempre é necessária, em
maior ou menor grau, pois, como já mencionamos, sendo o cinema
uma arte coletiva, é preciso contar com a disponibilidade e
organização não só da equipe, mas também dos atores e também de
terceiros que cedem locações, objetos de cena, figurinos, etc.
82. ESCOLHA DA EQUIPE
Consiste num primeiro contato entre produtor (geralmente o
que foi atrás da verba) e o diretor para deliberarem a respeito
da equipe que comporá o filme. Isso pode ser feito de
qualquer maneira, desde chamando técnicos amigos,
conhecidos, ou mesmo indicados por outros, ou ainda porque
conhecem o trabalho deles e este se encaixa na proposta do
filme.
84. PROFISSÕES DO AUDIOVISUAL
Roteirista
Diretor, Assistente de direção
Produtor: geral, executivo, set, elenco
Diretor de fotografia
Diretor de arte: figurino, maquiagem,
cenário
Direção de ator
Microfonista, técnico de som,
compositor trilha sonora (quando é
original)
Still
Foquista (Primeiro Assistente de Câmera)
Cameraman
Loager
Continuista
Eletricista
Maquinista
Montador
Mixagem e Edição de Som
Colorista
85. REUNIÕES GERAIS DE PRODUÇÃO
Estas reuniões são da mais alta importância. É nela
que o diretor e o produtor irão apresentar o projeto
com detalhes, distribuindo cópias do roteiro
detalhado, para que cada diretor técnico possa
encaminhar as necessidades que terá na produção.
86. REUNIÕES GERAIS DE PRODUÇÃO
Todos os diretores técnicos (e de preferência seus assistentes
principais) devem ler cuidadosamente o roteiro e procurar
sobretudo entender o filme, seus objetivos, seu caráter, suas
intenções dramáticas. Essas informações é que darão a cada
técnico ferramentas necessárias à concepção estética de cada
função que a que lhes cabe.
87. ESCOLHA DO ELENCO
A escolha do elenco, também chamado de Casting, pode ser
feita em diferentes momentos, até mesmo na etapa de
elaboração do roteiro, que é anterior à pré-produção. Isso é
comum quando o roteirista e o diretor estão preparando o
projeto e já pensam na ação dos personagens, ou seja
visualizam quem será o ator ou qual a figura mais próxima do
que virá a ser este ator.
88. PRODUÇÃO
Chamamos produção o início das filmagens
propriamente ditas, e que pressupõe que
todos (ou pelo menos a grande maioria) dos
itens de pré-produção já estejam resolvidos.
89. PÓS-PRODUÇÃO
Em se tratando da pós-produção imediata de um
filme, podemos entender que toda a parafernália de
equipe, atores, locações, equipamentos, e tudo o que
está subjacente a isso, precisa voltar para o seu lugar.
91. DIVULGAÇÃO DISTRIBUIÇÃO E EXIBIÇÃO
Para isso, há desde o circuito comercial, para
longas-metragens, e o circuito alternativo de
festivais, mostras e exibições específicas, que servem
não apenas para lançar longas mas também exibir
curtas, documentários e filmes experimentais.