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5. PESQUISA PARTICIPANTE
Virna Salgado Barra
 Os exemplos de aplicação do método apresentado aqui nada
mais são que referências, que podem indicar alguns
caminhos dentro de um grande conjunto de possibilidades.
 São as condições locais que definem os métodos:
características
sociais, econômicas, culturais, religiosas, políticas, diferentes
sistemas de interesse envolvidos, objetivos da pesquisa, etc.
 A técnica da Pesquisa Participante traduz-se como um
envolvimento legítimo entre o pesquisador e o objeto
pesquisado.
A PESQUISA PARTICIPANTE É INTRÍNSECA À PRÁTICA NA
CLASSIFICAÇÃO APRESENTADA POR DEMO
(2000, P.21), PARA FINS DE SISTEMATIZAÇÃO:
 Segundo esse autor, a pesquisa prática “é ligada à práxis, ou
seja, à prática histórica em termos de usar conhecimento
científico para fins explícitos de intervenção; nesse
sentido, não esconde sua ideologia, sem com isso
necessariamente perder de vista o rigor metodológico”.
 Há na Pesquisa Participante um fundamento político que
possibilita discutir a importância do processo de
investigação tendo por perspectiva a intervenção na
realidade social.
CONTEXTUALIZANDO A HISTÓRIA...
 Torna-se cabível uma aproximação aos estudos do
pedagogo Paulo Freire.
 Criador de um estilo alternativo de pesquisa e ação
educativa.
 Conjunto de experiências sustentadas pela concepção
conscientizadora de educação;
 desenvolvida nos fins da década de 60, no âmbito das
transformações agrárias operadas em alguns países da
América do Sul.
SENDO ASSIM...
 A Pesquisa Participante, como o próprio nome
sugere, implica necessariamente a participação, tanto
do pesquisador no contexto, grupo ou cultura que está a
estudar, quanto dos sujeitos que estão envolvidos no
processo da pesquisa.
CONFORME PONTUAM BRANDÃO (1988), SILVA (1991) E
HARGUETTE (2001):
 Portadora da mesma acepção de outras expressões, tais
como:
 pesquisa-ação;
 pesquisa participativa;
 investiga-ação;
 investigação participativa;
 investigação militante,
 auto-senso, estudo-ação,
 pesquisa-confronto,
 investigação alternativa,
 pesquisa popular,
 pesquisa ativa,
 intervenção sociológica,
 pesquisa dos trabalhadores,
 enquete-participação, dentre outros.
OS INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS ESCOLHIDOS
POR PESQUISADORES PARTICIPANTES:
 entrevistas semi-estruturadas (coletivas e individuais),
 análise documental e a observação participante.
 Todavia, também podem ser encontradas pesquisas que se
utilizam de entrevistas estruturadas (GAJARDO, 1986),
 técnica de sociodrama (THIOLLENT, 2005)
 e mesmo do questionário (GAJARDO, 1986;
THIOLLENT, 2005), sendo este último, no contexto da
pesquisa participante, rejeitado por alguns;
 tal como Oliveira Oliveira (1988, p. 29) ao sustentarem que o
formato do mesmo “[...] bloqueia o surgimento de dados
novos e inesperados”.
 Sustentamos que o problema não está no instrumento, mas
sim nas intenções e na postura do observador participante.
 Relacionar-se sinceramente com os participantes da pesquisa
de maneira “horizontal” e igualitária, e não de forma
“vertical” e autoritária, encarando-os, assim, como literais co-
autores da pesquisa, e não como meros informantes.
 Os pesquisadores e participantes representativos da
situação ou do problema estão envolvidos de modo
cooperativo ou participativo (GIL, 1999).
 Definir o campo de investigação,
 as expectativas dos interessados,
 bem como o tipo de auxílio que estes poderão exercer ao
longo do processo de pesquisa.
 Implica no contato direto com o campo de estudo
envolvendo o reconhecimento visual do local,
 consulta a documentos diversos e,
 sobretudo, a discussão com representantes das categorias
sociais envolvidas na pesquisa.
EXEMPLO:ESPACIALIZAR UMA DETERMINADA
DEMANDA SOCIAL
 a situação de desterritorialização que se encontram as
crianças acampadas membros dos diversos movimentos
sociais que atuam no território do Triângulo Mineiro –
esses indivíduos apresentam carências calamitosas do
que diz respeito à educação básica – somente uma
pesquisa que consiga atingir a comunidade em sua
totalidade é capaz é gerar mudanças e promover o
progresso do acesso à educação que lhes é de direito.
AULA: AS CAMADAS DO PLANETA TERRA
 Outro aspecto-base das pesquisas de natureza participante
refere-se ao fato de as mesmas possuírem necessariamente
caráter aplicado, já que além de ocorrerem in loco, tratando
sempre de “situações reais” (LE BOTERF, 1987).
 O deslocamento do pesquisador em direção ao
universo de vida de um outro, próximo ou
distante, é, muitas vezes, geográfico:
 outra cidade,
 outro bairro,
 outra instituição, enfim, outro lugar.
 E, é, ainda e principalmente, a disposição para
mobilizar seus;
 modos próprios de viver, pensar e sentir para;
 encontrar e compreender modos próprios de
viver, pensar e sentir de um outro.
 Estes deslocamentos têm em sua origem motivos
éticos que dão sentido e direção ao desejo de
pesquisar.
REFERÊNCIAS
 BORDA, O. F. Aspectos Teóricos da Pesquisa Participante: considerações sobre o significado e o
papel da ciência na participação popular. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa Participante. São
Paulo: Brasiliense, 1984, p. 42-62.
 BRANDÃO, C. R. A participação da pesquisa no trabalho popular. In: BRANDÃO, C. R. (Org.).
Repensando a pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987a. p. 221-252.
 DEMO, P.. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 1981. 159p.
 FREIRE, P. Criando métodos de pesquisa alternativa: Aprendendo a fazê-la melhor através da ação.
In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa Participante. 7 ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 34-41.
 GAJARDO, M. Pesquisa participante na américa latina. São Paulo: Brasiliense, 1986.
 ______. Pesquisa participante: Propostas e projetos. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a
pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 15-50.
 GIL, A. C. Métodos e técnicas em pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
 LE BOTERF, G. Pesquisa participante: Propostas e reflexões metodológicas. In: BRANDÃO, C. R.
(Org.). Repensando a pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 51-81.
 OLIVEIRA, R. D.; OLIVEIRA, M. D. Pesquisa social e ação educativa: Conhecer a realidade para
poder transformá-la. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa Participante. 7 ed. São Paulo:
Brasiliense, 1988. p. 17-33.
 THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação (Coleção temas básicos de pesquisa-ação). 2 ed.
São Paulo: Cortez, 1986.
 ______. Notas para o debate sobre pesquisa-ação. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a
pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 82-103.
 ______. Pesquisa-ação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997.
 ______. Metodologia da pesquisa-ação. 14 ed. aum. São Paulo: Cortez, 2005

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CAP. IV – A LEI NATURAL E A SOCIEDADE POLÍTICA
 
Bioética - 3° ano médio
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CFE 2016 - 9º C - Grupo 1 - ESGOTO
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Pesquisa Participante

  • 2.  Os exemplos de aplicação do método apresentado aqui nada mais são que referências, que podem indicar alguns caminhos dentro de um grande conjunto de possibilidades.  São as condições locais que definem os métodos: características sociais, econômicas, culturais, religiosas, políticas, diferentes sistemas de interesse envolvidos, objetivos da pesquisa, etc.  A técnica da Pesquisa Participante traduz-se como um envolvimento legítimo entre o pesquisador e o objeto pesquisado.
  • 3. A PESQUISA PARTICIPANTE É INTRÍNSECA À PRÁTICA NA CLASSIFICAÇÃO APRESENTADA POR DEMO (2000, P.21), PARA FINS DE SISTEMATIZAÇÃO:  Segundo esse autor, a pesquisa prática “é ligada à práxis, ou seja, à prática histórica em termos de usar conhecimento científico para fins explícitos de intervenção; nesse sentido, não esconde sua ideologia, sem com isso necessariamente perder de vista o rigor metodológico”.  Há na Pesquisa Participante um fundamento político que possibilita discutir a importância do processo de investigação tendo por perspectiva a intervenção na realidade social.
  • 4. CONTEXTUALIZANDO A HISTÓRIA...  Torna-se cabível uma aproximação aos estudos do pedagogo Paulo Freire.  Criador de um estilo alternativo de pesquisa e ação educativa.  Conjunto de experiências sustentadas pela concepção conscientizadora de educação;  desenvolvida nos fins da década de 60, no âmbito das transformações agrárias operadas em alguns países da América do Sul.
  • 5. SENDO ASSIM...  A Pesquisa Participante, como o próprio nome sugere, implica necessariamente a participação, tanto do pesquisador no contexto, grupo ou cultura que está a estudar, quanto dos sujeitos que estão envolvidos no processo da pesquisa.
  • 6. CONFORME PONTUAM BRANDÃO (1988), SILVA (1991) E HARGUETTE (2001):  Portadora da mesma acepção de outras expressões, tais como:  pesquisa-ação;  pesquisa participativa;  investiga-ação;  investigação participativa;  investigação militante,  auto-senso, estudo-ação,  pesquisa-confronto,  investigação alternativa,  pesquisa popular,  pesquisa ativa,  intervenção sociológica,  pesquisa dos trabalhadores,  enquete-participação, dentre outros.
  • 7. OS INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS ESCOLHIDOS POR PESQUISADORES PARTICIPANTES:  entrevistas semi-estruturadas (coletivas e individuais),  análise documental e a observação participante.  Todavia, também podem ser encontradas pesquisas que se utilizam de entrevistas estruturadas (GAJARDO, 1986),  técnica de sociodrama (THIOLLENT, 2005)  e mesmo do questionário (GAJARDO, 1986; THIOLLENT, 2005), sendo este último, no contexto da pesquisa participante, rejeitado por alguns;  tal como Oliveira Oliveira (1988, p. 29) ao sustentarem que o formato do mesmo “[...] bloqueia o surgimento de dados novos e inesperados”.
  • 8.  Sustentamos que o problema não está no instrumento, mas sim nas intenções e na postura do observador participante.  Relacionar-se sinceramente com os participantes da pesquisa de maneira “horizontal” e igualitária, e não de forma “vertical” e autoritária, encarando-os, assim, como literais co- autores da pesquisa, e não como meros informantes.
  • 9.  Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (GIL, 1999).  Definir o campo de investigação,  as expectativas dos interessados,  bem como o tipo de auxílio que estes poderão exercer ao longo do processo de pesquisa.  Implica no contato direto com o campo de estudo envolvendo o reconhecimento visual do local,  consulta a documentos diversos e,  sobretudo, a discussão com representantes das categorias sociais envolvidas na pesquisa.
  • 10. EXEMPLO:ESPACIALIZAR UMA DETERMINADA DEMANDA SOCIAL  a situação de desterritorialização que se encontram as crianças acampadas membros dos diversos movimentos sociais que atuam no território do Triângulo Mineiro – esses indivíduos apresentam carências calamitosas do que diz respeito à educação básica – somente uma pesquisa que consiga atingir a comunidade em sua totalidade é capaz é gerar mudanças e promover o progresso do acesso à educação que lhes é de direito.
  • 11. AULA: AS CAMADAS DO PLANETA TERRA
  • 12.  Outro aspecto-base das pesquisas de natureza participante refere-se ao fato de as mesmas possuírem necessariamente caráter aplicado, já que além de ocorrerem in loco, tratando sempre de “situações reais” (LE BOTERF, 1987).
  • 13.  O deslocamento do pesquisador em direção ao universo de vida de um outro, próximo ou distante, é, muitas vezes, geográfico:  outra cidade,  outro bairro,  outra instituição, enfim, outro lugar.  E, é, ainda e principalmente, a disposição para mobilizar seus;  modos próprios de viver, pensar e sentir para;  encontrar e compreender modos próprios de viver, pensar e sentir de um outro.  Estes deslocamentos têm em sua origem motivos éticos que dão sentido e direção ao desejo de pesquisar.
  • 14. REFERÊNCIAS  BORDA, O. F. Aspectos Teóricos da Pesquisa Participante: considerações sobre o significado e o papel da ciência na participação popular. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa Participante. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 42-62.  BRANDÃO, C. R. A participação da pesquisa no trabalho popular. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987a. p. 221-252.  DEMO, P.. Metodologia do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 1981. 159p.  FREIRE, P. Criando métodos de pesquisa alternativa: Aprendendo a fazê-la melhor através da ação. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa Participante. 7 ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 34-41.  GAJARDO, M. Pesquisa participante na américa latina. São Paulo: Brasiliense, 1986.  ______. Pesquisa participante: Propostas e projetos. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 15-50.  GIL, A. C. Métodos e técnicas em pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.  LE BOTERF, G. Pesquisa participante: Propostas e reflexões metodológicas. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 51-81.  OLIVEIRA, R. D.; OLIVEIRA, M. D. Pesquisa social e ação educativa: Conhecer a realidade para poder transformá-la. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Pesquisa Participante. 7 ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 17-33.  THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação (Coleção temas básicos de pesquisa-ação). 2 ed. São Paulo: Cortez, 1986.  ______. Notas para o debate sobre pesquisa-ação. In: BRANDÃO, C. R. (Org.). Repensando a pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 82-103.  ______. Pesquisa-ação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997.  ______. Metodologia da pesquisa-ação. 14 ed. aum. São Paulo: Cortez, 2005