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funcionamento do MO
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO
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13
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Fatias muito finas: micrótomo
14
15
Figura 8: Dois exemplos de micrótomos
16
Outro problema prático:
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17
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por
certas partes da célula.
Hematoxilina (azul): Básico
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18
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20
Figura 9: Células
hepáticas de
camundongo
tratadas com
diversos corantes e
fixadores
21
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estruturas celulares rapidamente deterioram
Antes de corar: preciso fixar:
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Métodos Físicos Métodos Químicos
Calor Aldeídos
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22
Figura 10: preparação de uma lâmina para microscópio óptico
23
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CONTRASTE DE FASE
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célula e meio circundante,
possibilita observar células
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Luz atinge lateralmente
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Na objetiva: luz dispersada
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Citologia: Histórico dos microscópios e técnicas de análise celular

  • 1. CITOLOGIA: HISTÓRIA E MICROSCÓPIOS UNIVERSDADE DE SÃO PAULO COLÉGIO TÉCNICO DE LORENA ENSINO MÉDIO – PRIMEIRO ANO Marco Alcântara – marko@usp.br AULAS 01
  • 2. Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4 0 2 4 6 8 10 12 Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Roteiro da aula HISTÓRICO MICRAOSCÓPIO ÓPTICO E TÉCNICAS DE USO MICROSCÓPIO ELETRÔNIO: UMA REVOLUÇÃO NA CITOLOGIA OUTRAS TÉCNICAS UTILIZADAS EM MICROSCÓPIO ÓPTICO TAMANHOS E INTRUMENTOS
  • 3. 3 Até início do séc. XIX: Microscópio: “brinquedo sofisticado” - Pernas de mosca, olhos facetados... Dois personagens mudaram isso: - Robert Hooke – Inglaterra - Anton Von Leeuwenhoeck – Holanda HISTÓRICO
  • 4. 4 ROBERT HOOKE Física – c/ Robert Boyle – gases Química Paleontologia Astronomia Arquitetura Tecnologia naval, Meteorologia – barômetro, anemômetro, higrômetro Figura 1: Robert Hooke Problema: Isaac Newton...
  • 5. 5 Hooke: usou um dos melhores microscópios compostos da época Observações: Esponjas, insetos, penas de aves... Figura 2: microscópio de Hooke
  • 6. 6 + Famosa: cortiça Na época: não se entendia a cortiça: leve e resistente. Celas de monge – células Na época: não sabia o que eram... Termo utilizado até hoje! Figura 3: Foto de cortiça vista ao microscópio óptico 1665 – Livro Micrographia
  • 7. 7 ANTONIE PHILIPS VON LEEUWENHOEK Tudo menos cientista: Comerciante de tecidos Provador de vinhos Funcionário público (Provavelmente influenciado por Hooke) Figura 4: Anton von Leeuwenhoeck 1as observações de protozoários Bactérias Espermatozóides – “animálculos” Glóbulos vermelhos do sangue Placas dentárias – “animaizinhos”
  • 8. 8 Sucesso de Leeuwenhoek: Lentes alta qualidade. Microscópios simples. Evitava “aberrações cromáticas” – 40-50x. Enviava cartas para a Royal Society (Londres). Acabou ficando sócio (nunca foi nas sessões) Esses 2 abriram caminho para outros:
  • 9. 9 SCHLEIDEN & SCHWANN: Séc. XIX – Teoria Celular “Todo ser vivo é composto por células” VIRCHOW: “Toda célula provém de outra célula” TEORIA CELULAR
  • 10. 10 Figura 5: O microscópio óptico e seus componentes MICROSCÓPIO ÓPTICO E TÉCNICAS DE USO
  • 11. 11 Figura 6: O microscópio óptico e seus componentes
  • 12. 12 Figura 7: princípio de funcionamento do MO PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO MICROSCÓPIO ÓPTICO
  • 13. 13 Princípio: Feixe luz atravessa objeto fino → sistema de lentes → ampliação Objeto grosso pode ser observado MO? Fatias muito finas: micrótomo
  • 14. 14
  • 15. 15 Figura 8: Dois exemplos de micrótomos
  • 16. 16 Outro problema prático: A luz atravessa igualmente diversos componentes Ex: núcleo e citoplasma Como resolver?
  • 17. 17 Coloração: corantes têm afinidades especiais por certas partes da célula. Hematoxilina (azul): Básico colore ácido – núcleo, ribossomos Eosina (rosa): Ácido colore bases – citoplasma
  • 18. 18 Corantes básicos ou nucleares - Estruturas Azul de metileno - Cora o núcleo de azul Vermelho neutro - Acumula-se em vacúolos Água iodada - Cora o núcleo e amiloplastos Corantes ácidos ou citoplasmáticos - Estruturas Eosina - Citoplasma Fucsina ácida - Citoplasma CORANTES SELETIVOS pH OU CARGA ELÉTRICA DA PROTEÍNA Corantes neutros - Estruturas Violeta de Genciana - Cromossomas de células vivas em divisão Soluto de lugol - Grãos de amido, paredes celulósicas
  • 19. 19 CORANTES NATURAIS - ORIGEM Carmim - Ovários de um insecto - Cochonilha Hematoxilina - leguminosa Anil - Anileira – papilionácea Orceína - Líquen Açafrão - Estames de Crocus sativus
  • 20. 20 Figura 9: Células hepáticas de camundongo tratadas com diversos corantes e fixadores
  • 21. 21 Problema: estruturas celulares rapidamente deterioram Antes de corar: preciso fixar: Conservar estruturas celulares Métodos Físicos Métodos Químicos Calor Aldeídos Ácido acético Tetróxido de ósmio
  • 22. 22 Figura 10: preparação de uma lâmina para microscópio óptico
  • 23. 23 Duas fases: antes e depois do ME ME: 1946 Feixe de elétrons, não feixe de luz: Aumentou poder de resolução Poder de Resolução: capacidade de distinguir dois objetos Aumento máximo: MO: 1.500x ME: 300.000x (ou mais) Mais recente: ME de varredura – tridimensionais MICROSCÓPIO ELETRÔNICO: UMA REVOLUÇÃO NA CITOLOGIA
  • 24. 24 Figura 11: Células de ameba ao MO, ME e MEV
  • 25. 25 CAMPO CLARO Comum, já conhecido nosso... Figura 12: Microscópio óptico de campo claro OUTRAS TÉCNICAS UTILIZADAS EM MICROSCÓPIOS ÓPTICOS
  • 26. 26 CONTRASTE DE FASE Índice de refração ≠: retardo da luz é captado por anel especial na objetiva Aumenta ≠ contraste entre célula e meio circundante, possibilita observar células não coradas Figura 13: Microscópio óptico de contraste de fase
  • 27. 27 CAMPO ESCURO Luz atinge lateralmente objeto Na objetiva: luz dispersada pelo objeto Ótimo para organismos móveis: ver flagelos Figura 14: Microscópio óptico de campo escuro
  • 28. 28 FLUORESCÊNCIA Objetos que emitem cor quando iluminados por uma cor ≠ Autofluorescência ou corantes fluorescentes Estudos diagnósticos clínicos e ecologia microbiana Figura 15: Microscópio óptico de fluorescência
  • 29. 29 Figura 16: Tamanho das estruturas Unidades de medida: m → mm → µm → nm TAMANHOS E INSTRUMENTOS
  • 30. 30 Figura 17: comparação entre os tamanhos de diferentes estruturas ♥