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GLOBALIZAÇÃO
Felipe Pieto
Joni Brych
Professora-Mara Isa Battisti Raulino
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Direito (1.3) – Sociologia
10/05/12
RESUMO
Esta pesquisa temobjetivo de analisarmos o conceito de Globalização através dos tempos, os
benefícios que trouxe a humanidade, como também sua responsabilidade aos caos social que
vivemos hoje. Veremos a influencia que a junção de diversas tribos, antes separadas pela distancia,
contribuindo para a deterioração de alguns valores sociais, como também a integração de
conhecimentos, gerandoo acesso destasinformações a todos, não apenas aos mais favorecidos. A
metodologia usada foi à pesquisa bibliográfica, como também consultas a artigos relacionados ao
tema na Internet.
Palavras-chave: Informação.Tecnologia. Sociedade
1 INTRODUÇÃO
Os conceitos diante da Globalização são diversos como veremos adiante, mas é de suma
importância ressaltar que esse momento de transformação não é atual, ele começa há tempos atrás
nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto
histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo
relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após
a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força
na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica.
Diante da saturação dos mercados internos, varias empresas multinacionais procuram
conquistar novosconsumidores, principalmente dos países recém-saídos do socialismo. A
concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para
baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e
eficiente. A partir dai entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de
comunicação via satélite etc.
A filosofia tem um grande papel nesta situação, pois a busca pelo conhecimento, a
incapacidade de ficar inerte ao desconhecido motivou diversos pensadores da época a buscar a
2
modernidade dentro de seus pensamentos, e este processo ainda perdura, porém o foco agora seria
de dentro para fora, o autoconhecimento.
Os resultados desta busca pelo desconhecido levarama decadência da religião entre a
humanidade, pois neste século a razão predomina sobre a fé. Também convém relatarmos as
diversas mudanças no sistema econômico mundial responsável e resultante da Globalização.
2 CONCEITO
É um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as
pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam
ideias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro
cantos do planeta.Está relacionada com a criação de uma rede de conexões, que deixam as
distâncias cada vez mais curta, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e
eficiente.
O termo globalização designa um fenómeno de abertura das economias e das
respectivas fronteiras em resultado do acentuado crescimento das trocas
internacionais de mercadorias, da intensificação dos movimentos de capitais, da
circulação de pessoas, do conhecimento e da informação, proporcionados quer pelo
desenvolvimento dos transportes e das comunicações, quer pela crescente abertura
das fronteiras ao comércio internacional. Apesar de ser geralmente apresentado
como um conceito, sobretudo económico, o fenómeno da globalização vai muito
além desta dimensão, incluindo também a aproximação e mesmo integração global
ao nível cultural, social e político, formando aquilo a quem vem sendo chamado por
aldeia global. Apesar do fenómeno da globalização se ter intensificado fortemente
ao longo das duas últimas décadas, ele não totalmente novo. Na verdade, a
globalização foi iniciada no séc. XIV com os descobrimentos portugueses, período
em que as trocas comerciais adquiriram uma dimensão mundial. Ao longo dos
séculos seguintes, a globalização foi-se intensificando motivada pelo acentuar das
trocas comerciais entre os países europeus e as suas colónias espalhadas por todo o
mundo e acentuadaspelos movimentos de liberalismo económico surgidos ao longo
do séc. XIX. Na segunda metade do séc. XX, no rescaldo da IIª Guerra Mundial o
fenómeno ganha novo ímpeto com o surgimento de diversas formas de integração
económica (com destaque para a CEE e para a EFTA, duas organizações nascidas na
Europa do pós-guerra), e o desenvolvimento dos transportes e das comunicações.
Mas é já no final da década de 1980 que o termo globalização começa a ser
utilizado, designando não apenas a mundialização da economia, mas também o
intercâmbio cultural e a interdependência social e política ao nível mundial. Uma
das consequências mais evidentes da globalização é a deslocalização da produção,
podendo as empresas transferir a sua produção industrial para países de mão-de-obra
mais barata o que, pelo menos teoricamente, poderá contribuir para uma melhor
repartição da riqueza. E de facto, são países como a China, a Índia ou o Brasil que
mais estão a beneficiar com o processo de globalização na medida em que muitas
empresas industriais dos países mais desenvolvidos estão a deslocalizar a sua
produção para estes países.
3
No âmbito capitalista consideramos a tecnologia principio fundamental para a produção em
massa que ocorre hoje no mundo inteiro podendo um produto ser fabricado em diversos lugares do
mundo como também comercializado, possibilitando assim um consumo muito maior que antes. As
novas tecnologias de computação e de telecomunicação permitem que os produtos sejam resultado
de operações efetivadas em diferentes países e mesmo continentes, vinculadas em tempo real. Esta
possibilidade aumentoua capacidade de expansão das empresas multinacionais, dando-lhes
agilidade a fim de localizar suas operações nos pontos mais vantajosos sob os aspectos de custo e de
mercado.Decorrente deste fator o mercado financeiro também tem forte impacto com a
globalização.Pois setratandode valores simbólicos, que não dependemde transporte material, as
aplicações financeiras se transferem com velocidade instantânea. Por conseguinte, a revolução
tecnológica nas telecomunicações e nas operações rápidasde informação e cálculo aumentou a
potencia do setor de finanças. Juntamos a esse fenômeno o acúmulo de somas enormes derivadas da
poupança e colocadas à disposição de fundos de pensão, de fundos mútuos de investimento e de
companhias de seguro. Diante do sistema capitalista, a consequência é asupremacia adquirida pelas
finanças através dos bancos e de instituições não bancárias.
Segundo Octavio Ianni (2002, p.19): “A fábrica global instala-se além de toda e qualquer
fronteira, articulando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão do trabalho social e outras forças
produtivas. Acompanhada pelapublicidade, a mídia impressa e eletrônica, a indústria cultural,
misturadas em jornais, revistas, livros, programas de rádio, emissões de televisão, videoclipes, fax,
redes de computadores eoutros meios de comunicação, informação e fabulação, dissolve fronteiras,
agiliza os mercados, generaliza o consumismo. Provoca a desterritorialização e reterritorialização
das coisas, gentese ideias.Promove o redimensionamento de espaços e tempos”.
Estas mudanças são decorrentes do desenvolvimento da informática, da automação e das
telecomunicações foram fatores decisivos na constituição da globalização, pois estes não foram
apenas mais um invento tecnológica, mas sim a transformação radical na maneira de conceber os
processos produtivosque se tornaram mais integrados, centralizados e planejados.
São inúmeros os benefícios que a globalização nos trouxe, pois a simples troca de
informações em momento real já evolução benéfica, sendo que podemos evitar inúmeros desastres e
incidentes em frações de segundos. Como também as troca de conhecimento entre as culturas nos
enriquece intelectualmente. Jamais nossos avós imaginariam que um receita de família poderia se
conhecida mundialmente. Diante de tantas inovações a principio a humanidade tende a ser
beneficiada, tanto culturalmente economicamente e no que diz respeito às novas tecnologias no
setor da Medicina.
4
Estamos vivendo uma nova etapa do desenvolvimento do capitalismo marcada pela
multiplicação da produção de mercadorias complexas que exigem a utilização de elevada
competência profissional nas áreas de gestão empresarial, de materiais e de tecnologias sofisticadas.
As mercadorias complexas não se reduzem nem a objetos materiais individualizados nem a simples
serviços. Elas são combinação do material e do imaterial, da intervenção direta de competências e
do uso de bens de forte conteúdo técnico que implicam frequentemente em pesados investimentos
na pesquisa, na produção de equipamentos e na formação de recursos humanos.
As mercadorias complexas estão ligadas às áreas de informática, das telecomunicações, da
multimídia, da biotecnologia, espacial, entre outras. Neste novo contexto, não há mais espaço para
trabalhador não qualificado.
Para Manuel Castells (2002) a globalização possuem características marcantes que se faz
importante seu conhecimento:- As novas tecnologias da informação estão integrando o mundo em
redes globais de instrumentalidade.A comunicação através do computador gera um vasto
desdobramento de comunidades virtuais; No mundo de fluxos globais de riqueza, de poder e de
imagens, a busca da identidade coletiva ou individual, atribuída ou construída, transforma-se na
fonte fundamental de significado social; A tendência social e política são a construção da ação
social e da política, em torno das identidades primárias, assim estão atribuídas ou enraizadas na
história e na geografia ou são de recente construção na busca do significado e espiritualidade.
Asprimeiras etapas históricas das sociedades informatizadas parecem caracterizar-sepelo
preeminência da identidade como princípio organizativo;A identidade está transformando-se na
principal e às vezes única fonte de significadoem um período histórico caracterizado por uma ampla
desestruturação dasorganizações, deslegitimação das instituições, desaparecimento dos
principaismovimentos sociais e expressões culturais efêmeras; O Estado exerce papel importante na
relação entre tecnologia e sociedade, uma vezque detém, desencadeia ou dirige a inovação
tecnológica; A capacidade ou falta de capacidade das sociedades para dominar a tecnologia e em
particular as que são estrategicamente decisivas em cada período histórico, define emboa parte seu
destino;O mundo é verdadeiramente multicultural e interdependente que somente
podemoscompreender e mudar a partir de uma perspectiva plural que articule identidadecultural,
interconexão global e política multidimensional;O advento da fabricação de alta tecnologia baseada
na microeletrônica e nafabricação assistida por computador, que marcou o surgimento de uma nova
lógicade localização industrial, onde as empresas eletrônicas, produtoras de máquinas denova
tecnologia da informação foram as primeiras a praticara estratégia delocalização, surgindo um novo
5
processo de produção baseado na informação, o novo espaço industrial se organiza em torno de
fluxos de informação;Regiões e redes constituem pólos interdependentes dentro do novo mosaico
espacialde inovação global;A interação da nova tecnologia da informação e os processos atuais de
mudançasocial teve um impacto substancial sobre as cidades e o espaço onde observamos quea vida
cotidiana em ambiente eletrônico provocou um aumento espetacular dotrabalho a distância nas
áreas metropolitanas do EUA, do trabalho autônomo ealternativo, uma piora no transporte urbano, o
crescimento do comércio on-line eutilização do computador na medicina;A nova economia global e
a sociedade informacional emergente apresenta umanova forma espacial que se desenvolve em uma
variedade de contextos sociais egeográficos: as megacidades que articulam a economia global
conectam as redesinformatizadas e concentram o poder mundial; A sociedade atual está construída
em torno de fluxos: fluxos de capital, fluxos deinformação, fluxos de tecnologia, fluxos de interação
organizacional, fluxos deimagens, sons e símbolos. Os fluxos não são somente um elemento da
organizaçãosocial, mas é a expressão dos processos que dominam nossa vida econômica, política e
simbólica;
Como tudo neste mundo existe para a ação uma reação detalhamos muitos dos benefícios da
globalização, devemos também relatar as reações contrarias desta. Mediante tantas novidades a
nossa historia esta ficando mediata, isto, é todos os dias temos inovações em todos os setores de
nossa vida, fazendo com que nossos valores não perdurem por muito tempo. O que era novo ontem
hoje já não mais oé. Dentro dos nossos lares esta situação faz com que nossas gerações percam
valores fundamentais para o bom convívio social, provocando dentre outros problemas o
consumismo desenfreado,o erotismo precoce, e o desinteresse nos laços familiares, sendo este
ultimo motivado pelas Redes de Relacionamentos Virtuais .Gerando conflitos entre pais e filhos.
Antigamente nossos valores eram concebidos de geração em geração, hoje porem nossos jovens
absorvem valores de fora dos seus lares.A estrutura familiar pouco a pouco perde sua forma
original, onde cada dia fica mais difícil, a integração dentro dos lares. O grande resultado disso é
que antes os pais ensinavam os filhos os valores e princípios para seus filhos, ao par que estes
respeitavam por deterem mais sabedoria e informação.
Mais um fator importante é do sintetismo das relações afetivas, como consumistas, os seres
humanos associam seus sentimentos a valores matérias, gerando assim relações de interesse e não
de sentimentos, motivo pelo qual os casamentos não perduram como antes. Devido a esse processo
de em que tudo tem que ser imediato, a relações tendem também a serem rápidas, porém em muitas
destas relações são os filhos que mais sofrem, causando-lhes danos e deixandopropícios a serem
adotados pela mídia. Onde encontraram fantasias e alegrias que seu lar no momento pode oferecer.
6
No futuro esses jovens sem carinho e atenção serão pessoas egoístas, sem se importar com a
felicidade ou sofrimento alheio, pois foi assim que aprenderam. Ao passo que o ser humano passa a
olhar apenas para o seu próprio prazer, esquece-se da doação, do amor ao próximo, reflexo do alto
consumismo para satisfazer o vazio dentro de si.Esta falta de amor ao próximo é a origem da alta
criminalidade, e da decadência humana, pois um ser que não ama e respeita o próximo, não valoriza
a vida alheia, este somente preocupado para sua satisfação do seu EU.Sem poder impor seus
princípios os pais ficam de mãos atadas para deter essa modernização desenfreada dentro de seus
lares.O mais importante de tudo isso é que esses jovens serão os futuros governantes, os quais
diante do poder e do egoísmo se tornarão futuros tiranos capazes de inúmeros subterfúgios para
saciar sua fome de consumismo. O poder e a falta de princípios coloca em risco qualquer nação
democrática.Podemos dizer que o momento atual refere-se àemergência de um capitalismo
generalizado em que ocorre a transformação do homem em mercadoria (saúde, comércio de sangue,
de órgãos, da procriação com a perspectiva futura, de gestão genética de toda sua existência) e da
mercantilização das funções sociais (educação e informação, conhecimento e gestão da opinião,
com a perspectiva da decisão política, das tensões e dos conflitos), das atividades humanas
superiores (pesquisa científica, elaboração do conhecimento, das obras intelectuais e artísticas, com
a perspectiva de gestão de princípios e valores), enfim tudo tem seu valor econômico.
Também no aspecto negativo há de se falar da influencia negativade vários países em caso
de crise econômica em um país ou bloco econômico de grande importância. O exemplo mais
atualdesta situação é a crise econômica de 2008 ocorrida nos Estados Unidos. Em que se espalhou
pelos quatro cantos do mundo rapidamente, gerando desemprego, falta de crédito nos mercados,
queda nas bolsas de valores, falências de empresas, diminuição de investimentos e muita
desconfiança. O mesmo aconteceu em 2011 com a crise econômica na Europa. A globalização
favorece a transferência de empresas e empregos. Países que oferecerem boas condições (mão-de-
obra barata e qualificada, baixa carga de impostos, matéria-prima barata, etc.) para costumam atrair
empresas que saem de países onde o custo de produção é alto. Este fato acaba ocasionando
desemprego, principalmente, nos países mais desenvolvidos. No Brasil podemos exemplificar o
caso das fornecedoras da Renault, que receberam vários benefícios e isenções para se instalarem
aqui, agora no momento em que tais isenções estão terminadas muitas das empresas estão fechando
deixando milhares de desempregados. A globalização tambémpode provocar distorções cambiais,
principalmente alta valorização de moedas locais de países em desenvolvimento. Quando os
Estados Unidos colocam no mercado uma grande quantidade de dólar, por exemplo, grande parcela
deste volume acaba em países emergentes, valorizando a moeda local. Este fato acaba favorecendo
as importações e desfavorecendo as exportações das empresas destes países emergentes. O Brasil,
7
por exemplo, tem sofrido com a alta valorização do Real nos últimos anos, desde que os bancos
centrais dos Estados Unidos e da Europa despejaram no mercado elevadíssimos volumes de
moedas.Devido à facilidade das especulações financeiras, com tantas informações postas ao mundo,
gera muitos problemas para as finanças, principalmente dos países em desenvolvimento. Como na
globalização os mercados dos países estão interligados, bilhões de dólares podem entrar ou sair de
um país em questão de segundos. Este capital especulativo acaba prejudicando muito a economia do
país.
Esta é a situação que prevalece hoje no cenário internacional. A cada dia que passa,
aumenta-se o poder das empresas transnacionais, acentua-se o declínio dos Estados-Nações e são
ameaçados os direitos dos povos. A própria ONU chega a admitir que as políticas governamentais
devam se subordinar às políticas das empresas transnacionais. Não é por puro acaso que, no Brasil,
estão ocorrendo privatizações das empresas estatais, a abertura do mercado nacional ao capital
estrangeiro e a tentativa de rever a Constituição do Brasil em todos aqueles pontos que interessam
às corporações transnacionais. O futuro de nações como o Brasil é sombrio diante da perspectiva de
ficarmos caudatários dos interesses das grandes corporações transnacionais.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todas estas explanações podemos concluir que o capitalismo esta diretamente
ligada à globalização desde muito antes do que imaginávamos, porém sua ascensão se deu após a
queda do socialismo na Europa, mas sua finalidade era a mesma produção em massa a um baixo
custo.Verificamosque a globalização é uma consequência inevitável do capitalismo, e um fenômeno
que acontece por causa das empresas que montam filiais em outros países e se tornam
multinacionais ou transnacionais. Com a tecnologia e a informação dando o suporte necessário cada
dia mais este quadro tende a crescer. Pois o capitalismo influencia a massa ao consumismo para
satisfação ilusória de bem estar. Ao primeiro passo podemos dizer que trouxe muitos benefícios,
mas também são de fácil percepção os efeitos contrários. Sendo assim podemos citar vários fatores
positivos e negativos. Dentre eles os positivos são: Avanço da tecnologia; da medicina;dos meios te
transporte, e a ligação dos lugares através deles. E os negativos: Desemprego estrutural;
Enfraquecimento do Estado-Nação;
8
Além disso, a globalização provoca mudança de muitas coisas no mundo. Ela trás costumes
de um determinado lugar do mundo para outro lugar que era totalmente diferente. Se continuar essa
troca de cultura o mundo poderá se tornar totalmente homogêneo, possuindo apenas uma única
língua e até uma mesma cultura.
REFERÊNCIAS
CASTELLS, Manuel. El surgimiento de la sociedad de redes.Disponivel em
<http://www.hipersociologia.org.ar/catedra/material/Castellscap6.html>Acessado em 03.05
CASTELLS, Manuel. La era de la información.Disponível em
<http://www.fsma.edu.br/visoes/ed03/3ed_artigo1.pdf> acessado 03.05
GORENDER,Jacob. Globalização, Tecnologia e Trabalho. Instituto de Estudos Avançados da
Universidade de São Paulo.Disponivel em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141997000100017&script=sci_arttext Acessado em
04.05
IANNI, Octavio. Teorias da Globalização. Rio de Janeiro: Editora Civilização, 2002.
LUTER,.Disponível em: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/105/10502504.pdf
NUNES. Paulo. Globalização e Economia2008. Disponível em: <
http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/globalizacao.htm#vermais> Acessado 04.05

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Sociologia globalização

  • 1. GLOBALIZAÇÃO Felipe Pieto Joni Brych Professora-Mara Isa Battisti Raulino Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Direito (1.3) – Sociologia 10/05/12 RESUMO Esta pesquisa temobjetivo de analisarmos o conceito de Globalização através dos tempos, os benefícios que trouxe a humanidade, como também sua responsabilidade aos caos social que vivemos hoje. Veremos a influencia que a junção de diversas tribos, antes separadas pela distancia, contribuindo para a deterioração de alguns valores sociais, como também a integração de conhecimentos, gerandoo acesso destasinformações a todos, não apenas aos mais favorecidos. A metodologia usada foi à pesquisa bibliográfica, como também consultas a artigos relacionados ao tema na Internet. Palavras-chave: Informação.Tecnologia. Sociedade 1 INTRODUÇÃO Os conceitos diante da Globalização são diversos como veremos adiante, mas é de suma importância ressaltar que esse momento de transformação não é atual, ele começa há tempos atrás nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica. Diante da saturação dos mercados internos, varias empresas multinacionais procuram conquistar novosconsumidores, principalmente dos países recém-saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. A partir dai entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc. A filosofia tem um grande papel nesta situação, pois a busca pelo conhecimento, a incapacidade de ficar inerte ao desconhecido motivou diversos pensadores da época a buscar a
  • 2. 2 modernidade dentro de seus pensamentos, e este processo ainda perdura, porém o foco agora seria de dentro para fora, o autoconhecimento. Os resultados desta busca pelo desconhecido levarama decadência da religião entre a humanidade, pois neste século a razão predomina sobre a fé. Também convém relatarmos as diversas mudanças no sistema econômico mundial responsável e resultante da Globalização. 2 CONCEITO É um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.Está relacionada com a criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curta, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente. O termo globalização designa um fenómeno de abertura das economias e das respectivas fronteiras em resultado do acentuado crescimento das trocas internacionais de mercadorias, da intensificação dos movimentos de capitais, da circulação de pessoas, do conhecimento e da informação, proporcionados quer pelo desenvolvimento dos transportes e das comunicações, quer pela crescente abertura das fronteiras ao comércio internacional. Apesar de ser geralmente apresentado como um conceito, sobretudo económico, o fenómeno da globalização vai muito além desta dimensão, incluindo também a aproximação e mesmo integração global ao nível cultural, social e político, formando aquilo a quem vem sendo chamado por aldeia global. Apesar do fenómeno da globalização se ter intensificado fortemente ao longo das duas últimas décadas, ele não totalmente novo. Na verdade, a globalização foi iniciada no séc. XIV com os descobrimentos portugueses, período em que as trocas comerciais adquiriram uma dimensão mundial. Ao longo dos séculos seguintes, a globalização foi-se intensificando motivada pelo acentuar das trocas comerciais entre os países europeus e as suas colónias espalhadas por todo o mundo e acentuadaspelos movimentos de liberalismo económico surgidos ao longo do séc. XIX. Na segunda metade do séc. XX, no rescaldo da IIª Guerra Mundial o fenómeno ganha novo ímpeto com o surgimento de diversas formas de integração económica (com destaque para a CEE e para a EFTA, duas organizações nascidas na Europa do pós-guerra), e o desenvolvimento dos transportes e das comunicações. Mas é já no final da década de 1980 que o termo globalização começa a ser utilizado, designando não apenas a mundialização da economia, mas também o intercâmbio cultural e a interdependência social e política ao nível mundial. Uma das consequências mais evidentes da globalização é a deslocalização da produção, podendo as empresas transferir a sua produção industrial para países de mão-de-obra mais barata o que, pelo menos teoricamente, poderá contribuir para uma melhor repartição da riqueza. E de facto, são países como a China, a Índia ou o Brasil que mais estão a beneficiar com o processo de globalização na medida em que muitas empresas industriais dos países mais desenvolvidos estão a deslocalizar a sua produção para estes países.
  • 3. 3 No âmbito capitalista consideramos a tecnologia principio fundamental para a produção em massa que ocorre hoje no mundo inteiro podendo um produto ser fabricado em diversos lugares do mundo como também comercializado, possibilitando assim um consumo muito maior que antes. As novas tecnologias de computação e de telecomunicação permitem que os produtos sejam resultado de operações efetivadas em diferentes países e mesmo continentes, vinculadas em tempo real. Esta possibilidade aumentoua capacidade de expansão das empresas multinacionais, dando-lhes agilidade a fim de localizar suas operações nos pontos mais vantajosos sob os aspectos de custo e de mercado.Decorrente deste fator o mercado financeiro também tem forte impacto com a globalização.Pois setratandode valores simbólicos, que não dependemde transporte material, as aplicações financeiras se transferem com velocidade instantânea. Por conseguinte, a revolução tecnológica nas telecomunicações e nas operações rápidasde informação e cálculo aumentou a potencia do setor de finanças. Juntamos a esse fenômeno o acúmulo de somas enormes derivadas da poupança e colocadas à disposição de fundos de pensão, de fundos mútuos de investimento e de companhias de seguro. Diante do sistema capitalista, a consequência é asupremacia adquirida pelas finanças através dos bancos e de instituições não bancárias. Segundo Octavio Ianni (2002, p.19): “A fábrica global instala-se além de toda e qualquer fronteira, articulando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão do trabalho social e outras forças produtivas. Acompanhada pelapublicidade, a mídia impressa e eletrônica, a indústria cultural, misturadas em jornais, revistas, livros, programas de rádio, emissões de televisão, videoclipes, fax, redes de computadores eoutros meios de comunicação, informação e fabulação, dissolve fronteiras, agiliza os mercados, generaliza o consumismo. Provoca a desterritorialização e reterritorialização das coisas, gentese ideias.Promove o redimensionamento de espaços e tempos”. Estas mudanças são decorrentes do desenvolvimento da informática, da automação e das telecomunicações foram fatores decisivos na constituição da globalização, pois estes não foram apenas mais um invento tecnológica, mas sim a transformação radical na maneira de conceber os processos produtivosque se tornaram mais integrados, centralizados e planejados. São inúmeros os benefícios que a globalização nos trouxe, pois a simples troca de informações em momento real já evolução benéfica, sendo que podemos evitar inúmeros desastres e incidentes em frações de segundos. Como também as troca de conhecimento entre as culturas nos enriquece intelectualmente. Jamais nossos avós imaginariam que um receita de família poderia se conhecida mundialmente. Diante de tantas inovações a principio a humanidade tende a ser beneficiada, tanto culturalmente economicamente e no que diz respeito às novas tecnologias no setor da Medicina.
  • 4. 4 Estamos vivendo uma nova etapa do desenvolvimento do capitalismo marcada pela multiplicação da produção de mercadorias complexas que exigem a utilização de elevada competência profissional nas áreas de gestão empresarial, de materiais e de tecnologias sofisticadas. As mercadorias complexas não se reduzem nem a objetos materiais individualizados nem a simples serviços. Elas são combinação do material e do imaterial, da intervenção direta de competências e do uso de bens de forte conteúdo técnico que implicam frequentemente em pesados investimentos na pesquisa, na produção de equipamentos e na formação de recursos humanos. As mercadorias complexas estão ligadas às áreas de informática, das telecomunicações, da multimídia, da biotecnologia, espacial, entre outras. Neste novo contexto, não há mais espaço para trabalhador não qualificado. Para Manuel Castells (2002) a globalização possuem características marcantes que se faz importante seu conhecimento:- As novas tecnologias da informação estão integrando o mundo em redes globais de instrumentalidade.A comunicação através do computador gera um vasto desdobramento de comunidades virtuais; No mundo de fluxos globais de riqueza, de poder e de imagens, a busca da identidade coletiva ou individual, atribuída ou construída, transforma-se na fonte fundamental de significado social; A tendência social e política são a construção da ação social e da política, em torno das identidades primárias, assim estão atribuídas ou enraizadas na história e na geografia ou são de recente construção na busca do significado e espiritualidade. Asprimeiras etapas históricas das sociedades informatizadas parecem caracterizar-sepelo preeminência da identidade como princípio organizativo;A identidade está transformando-se na principal e às vezes única fonte de significadoem um período histórico caracterizado por uma ampla desestruturação dasorganizações, deslegitimação das instituições, desaparecimento dos principaismovimentos sociais e expressões culturais efêmeras; O Estado exerce papel importante na relação entre tecnologia e sociedade, uma vezque detém, desencadeia ou dirige a inovação tecnológica; A capacidade ou falta de capacidade das sociedades para dominar a tecnologia e em particular as que são estrategicamente decisivas em cada período histórico, define emboa parte seu destino;O mundo é verdadeiramente multicultural e interdependente que somente podemoscompreender e mudar a partir de uma perspectiva plural que articule identidadecultural, interconexão global e política multidimensional;O advento da fabricação de alta tecnologia baseada na microeletrônica e nafabricação assistida por computador, que marcou o surgimento de uma nova lógicade localização industrial, onde as empresas eletrônicas, produtoras de máquinas denova tecnologia da informação foram as primeiras a praticara estratégia delocalização, surgindo um novo
  • 5. 5 processo de produção baseado na informação, o novo espaço industrial se organiza em torno de fluxos de informação;Regiões e redes constituem pólos interdependentes dentro do novo mosaico espacialde inovação global;A interação da nova tecnologia da informação e os processos atuais de mudançasocial teve um impacto substancial sobre as cidades e o espaço onde observamos quea vida cotidiana em ambiente eletrônico provocou um aumento espetacular dotrabalho a distância nas áreas metropolitanas do EUA, do trabalho autônomo ealternativo, uma piora no transporte urbano, o crescimento do comércio on-line eutilização do computador na medicina;A nova economia global e a sociedade informacional emergente apresenta umanova forma espacial que se desenvolve em uma variedade de contextos sociais egeográficos: as megacidades que articulam a economia global conectam as redesinformatizadas e concentram o poder mundial; A sociedade atual está construída em torno de fluxos: fluxos de capital, fluxos deinformação, fluxos de tecnologia, fluxos de interação organizacional, fluxos deimagens, sons e símbolos. Os fluxos não são somente um elemento da organizaçãosocial, mas é a expressão dos processos que dominam nossa vida econômica, política e simbólica; Como tudo neste mundo existe para a ação uma reação detalhamos muitos dos benefícios da globalização, devemos também relatar as reações contrarias desta. Mediante tantas novidades a nossa historia esta ficando mediata, isto, é todos os dias temos inovações em todos os setores de nossa vida, fazendo com que nossos valores não perdurem por muito tempo. O que era novo ontem hoje já não mais oé. Dentro dos nossos lares esta situação faz com que nossas gerações percam valores fundamentais para o bom convívio social, provocando dentre outros problemas o consumismo desenfreado,o erotismo precoce, e o desinteresse nos laços familiares, sendo este ultimo motivado pelas Redes de Relacionamentos Virtuais .Gerando conflitos entre pais e filhos. Antigamente nossos valores eram concebidos de geração em geração, hoje porem nossos jovens absorvem valores de fora dos seus lares.A estrutura familiar pouco a pouco perde sua forma original, onde cada dia fica mais difícil, a integração dentro dos lares. O grande resultado disso é que antes os pais ensinavam os filhos os valores e princípios para seus filhos, ao par que estes respeitavam por deterem mais sabedoria e informação. Mais um fator importante é do sintetismo das relações afetivas, como consumistas, os seres humanos associam seus sentimentos a valores matérias, gerando assim relações de interesse e não de sentimentos, motivo pelo qual os casamentos não perduram como antes. Devido a esse processo de em que tudo tem que ser imediato, a relações tendem também a serem rápidas, porém em muitas destas relações são os filhos que mais sofrem, causando-lhes danos e deixandopropícios a serem adotados pela mídia. Onde encontraram fantasias e alegrias que seu lar no momento pode oferecer.
  • 6. 6 No futuro esses jovens sem carinho e atenção serão pessoas egoístas, sem se importar com a felicidade ou sofrimento alheio, pois foi assim que aprenderam. Ao passo que o ser humano passa a olhar apenas para o seu próprio prazer, esquece-se da doação, do amor ao próximo, reflexo do alto consumismo para satisfazer o vazio dentro de si.Esta falta de amor ao próximo é a origem da alta criminalidade, e da decadência humana, pois um ser que não ama e respeita o próximo, não valoriza a vida alheia, este somente preocupado para sua satisfação do seu EU.Sem poder impor seus princípios os pais ficam de mãos atadas para deter essa modernização desenfreada dentro de seus lares.O mais importante de tudo isso é que esses jovens serão os futuros governantes, os quais diante do poder e do egoísmo se tornarão futuros tiranos capazes de inúmeros subterfúgios para saciar sua fome de consumismo. O poder e a falta de princípios coloca em risco qualquer nação democrática.Podemos dizer que o momento atual refere-se àemergência de um capitalismo generalizado em que ocorre a transformação do homem em mercadoria (saúde, comércio de sangue, de órgãos, da procriação com a perspectiva futura, de gestão genética de toda sua existência) e da mercantilização das funções sociais (educação e informação, conhecimento e gestão da opinião, com a perspectiva da decisão política, das tensões e dos conflitos), das atividades humanas superiores (pesquisa científica, elaboração do conhecimento, das obras intelectuais e artísticas, com a perspectiva de gestão de princípios e valores), enfim tudo tem seu valor econômico. Também no aspecto negativo há de se falar da influencia negativade vários países em caso de crise econômica em um país ou bloco econômico de grande importância. O exemplo mais atualdesta situação é a crise econômica de 2008 ocorrida nos Estados Unidos. Em que se espalhou pelos quatro cantos do mundo rapidamente, gerando desemprego, falta de crédito nos mercados, queda nas bolsas de valores, falências de empresas, diminuição de investimentos e muita desconfiança. O mesmo aconteceu em 2011 com a crise econômica na Europa. A globalização favorece a transferência de empresas e empregos. Países que oferecerem boas condições (mão-de- obra barata e qualificada, baixa carga de impostos, matéria-prima barata, etc.) para costumam atrair empresas que saem de países onde o custo de produção é alto. Este fato acaba ocasionando desemprego, principalmente, nos países mais desenvolvidos. No Brasil podemos exemplificar o caso das fornecedoras da Renault, que receberam vários benefícios e isenções para se instalarem aqui, agora no momento em que tais isenções estão terminadas muitas das empresas estão fechando deixando milhares de desempregados. A globalização tambémpode provocar distorções cambiais, principalmente alta valorização de moedas locais de países em desenvolvimento. Quando os Estados Unidos colocam no mercado uma grande quantidade de dólar, por exemplo, grande parcela deste volume acaba em países emergentes, valorizando a moeda local. Este fato acaba favorecendo as importações e desfavorecendo as exportações das empresas destes países emergentes. O Brasil,
  • 7. 7 por exemplo, tem sofrido com a alta valorização do Real nos últimos anos, desde que os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa despejaram no mercado elevadíssimos volumes de moedas.Devido à facilidade das especulações financeiras, com tantas informações postas ao mundo, gera muitos problemas para as finanças, principalmente dos países em desenvolvimento. Como na globalização os mercados dos países estão interligados, bilhões de dólares podem entrar ou sair de um país em questão de segundos. Este capital especulativo acaba prejudicando muito a economia do país. Esta é a situação que prevalece hoje no cenário internacional. A cada dia que passa, aumenta-se o poder das empresas transnacionais, acentua-se o declínio dos Estados-Nações e são ameaçados os direitos dos povos. A própria ONU chega a admitir que as políticas governamentais devam se subordinar às políticas das empresas transnacionais. Não é por puro acaso que, no Brasil, estão ocorrendo privatizações das empresas estatais, a abertura do mercado nacional ao capital estrangeiro e a tentativa de rever a Constituição do Brasil em todos aqueles pontos que interessam às corporações transnacionais. O futuro de nações como o Brasil é sombrio diante da perspectiva de ficarmos caudatários dos interesses das grandes corporações transnacionais. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante de todas estas explanações podemos concluir que o capitalismo esta diretamente ligada à globalização desde muito antes do que imaginávamos, porém sua ascensão se deu após a queda do socialismo na Europa, mas sua finalidade era a mesma produção em massa a um baixo custo.Verificamosque a globalização é uma consequência inevitável do capitalismo, e um fenômeno que acontece por causa das empresas que montam filiais em outros países e se tornam multinacionais ou transnacionais. Com a tecnologia e a informação dando o suporte necessário cada dia mais este quadro tende a crescer. Pois o capitalismo influencia a massa ao consumismo para satisfação ilusória de bem estar. Ao primeiro passo podemos dizer que trouxe muitos benefícios, mas também são de fácil percepção os efeitos contrários. Sendo assim podemos citar vários fatores positivos e negativos. Dentre eles os positivos são: Avanço da tecnologia; da medicina;dos meios te transporte, e a ligação dos lugares através deles. E os negativos: Desemprego estrutural; Enfraquecimento do Estado-Nação;
  • 8. 8 Além disso, a globalização provoca mudança de muitas coisas no mundo. Ela trás costumes de um determinado lugar do mundo para outro lugar que era totalmente diferente. Se continuar essa troca de cultura o mundo poderá se tornar totalmente homogêneo, possuindo apenas uma única língua e até uma mesma cultura. REFERÊNCIAS CASTELLS, Manuel. El surgimiento de la sociedad de redes.Disponivel em <http://www.hipersociologia.org.ar/catedra/material/Castellscap6.html>Acessado em 03.05 CASTELLS, Manuel. La era de la información.Disponível em <http://www.fsma.edu.br/visoes/ed03/3ed_artigo1.pdf> acessado 03.05 GORENDER,Jacob. Globalização, Tecnologia e Trabalho. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141997000100017&script=sci_arttext Acessado em 04.05 IANNI, Octavio. Teorias da Globalização. Rio de Janeiro: Editora Civilização, 2002. LUTER,.Disponível em: http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/105/10502504.pdf NUNES. Paulo. Globalização e Economia2008. Disponível em: < http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/globalizacao.htm#vermais> Acessado 04.05