O documento descreve a cultura do salão entre os séculos XVIII e XIX, quando os salões se tornaram centros de vida social e cultural da nobreza e burguesia. Os salões acolhiam reuniões onde eram discutidos assuntos intelectuais e artísticos e recebiam personalidades como escritores, filósofos e músicos como Mozart. O documento também aborda o Iluminismo e suas ideias de razão, progresso e liberdade individual.
1. A Cultura do Salão
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2. Sinalização e comunicação no recinto da Expo 98
Diretores do projeto: Henrique Cayatte e Pierluigi Cerri
Designer: Shigeo Fukuda
Os pictogramas fornecem mensagens básicas;
São um meio de comunicação não linguístico;
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3. 1714-1815 – Da morte de Luís XIV à Batalha de Waterloo;
da Europa das Monarquias à Europa da Revolução (O
tempo e o espaço);
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5. Vídeo sobre a Revolução Francesa (Canal de História)
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6. O período compreendido entre 1714 a 1815, corresponde,
do ponto de vista histórico ao final da Idade Moderna e ao
início da Idade Contemporânea;
É um período que se por um lado se mantém muitas das
estruturas típicas do Antigo Regime, por outro anuncia uma
nova era;
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7. Nível económico: A partir da 2ª década do século XVIII a
economia europeia evidência um novo dinamismo
produtivo, sobretudo na agricultura (bons anos agrícolas e
invenção e aplicação de novas técnicas e processos de
cultivo);
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8. Isto provoca a diminuição das crises de subsistência;
Dinamizadas pela procura do comércio colonial
desenvolvem-se algumas oficinas artesanais e surgem
grandes manufaturas;
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9. Maior produtividade melhoria das condições de vida
diminuição da mortalidade crescimento populacional;
A conjuntura depressiva do século XVI foi substituída pelo
crescimento;
Desenvolvimento cientifíco-técnico;
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10. O crescimento demográfico,
a expansão do comércio colonial,
maior produtividade agrícola e industrial,
invenções cientificas e técnicas,
vão conduzir, começando na Inglaterra, à Revolução Industrial;
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11. Crescimento da burguesia, a grande impulsionadora do
desenvolvimento económico;
Desenvolve-se o individualismo, pragmatismo e
racionalismo, a mentalidade burguesa;
Café
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12. A burguesia ocupa os altos cargos públicos (administração
central e local) e financeiros;
Nobreza e alta Burguesia são as elites do Antigo Regime,
tiveram nesta época a sua “idade de ouro”;
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13. A burguesia beneficia do desenvolvimento económico geral;
A nobreza beneficia dos seus privilégios e isenções fiscais,
ocupação de altos cargos públicos, acumulação de terras, etc;
Esta elite desenvolve nos seus palácios citadinos ou castelos
(e não já apenas na corte) um modo de vida requintado e
confortável;
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15. O quotidiano era preenchido com caçadas, banquetes,
passeios, piqueniques, saraus para ouvir música, canto,
poesia, teatro, bailes ou cientistas;
A propagação do pensamento iluminista, dominante no século
XVIII, levou a um maior interesse pela educação e cultura;
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16. Os filósofos iluministas, humanistas e racionalistas,
consideravam a Ciência e todo o conhecimento como o
principal motor do progresso, que por sua vez permitiria
atingir o supremo objetivo da humanidade, a Felicidade;
Montesquieu
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17. Só pela educação seria possível reformar as sociedades
segundo as leis naturais e a Razão;
O iluminismo deu um suporte teórico às revoluções liberais
dos finais do século XVIII, que fizeram cair o Absolutismo e
implantar os primeiros regimes democráticos;
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18. Inglaterra, 1688, Revolução Parlamentar;
Revolução Americana, 1776;
Revolução Francesa, 1789;
Estes acontecimentos provocaram uma série de
revoluções em cadeia, que se prolongam pelo século XIX,
na Europa e na América, e alteram a ordem politico-social;
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19. O salão – o novo espaço de conforto e intimidade (O local)
Com a morte de Luís XIV, Versalhes perde importância;
A nobreza passa mais tempo nas suas moradias e procura
torná-las tão confortáveis quanto a corte;
A decoração de interiores tornou-se muito importante;
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21. Procura-se a beleza requintada, a elegância, o luxo, e a
exuberância;
A frivolidade, a sensualidade e o intimismo;
Ao opulento e majestoso do barroco a aristocracia prefere
uma arte mais privada e sofisticada;
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22. O Rococó é uma arte alegre, otimista, despreocupada;
Destina-se às elites (aristocráticas e burguesas)
sofisticadas, apreciadoras da “arte de bem viver”;
Nas mansões, o centro da vida social, era o salão ou
salões;
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23. Era a dependência nobre, de grandes dimensões,
ricamente mobilada e decorada;
Era o lugar de reunião da família e onde se recebiam as
visitas e se faziam reuniões mais alargadas: festividades,
banquete, bailes, etc.
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24. Estes espaços privado e íntimos tornaram-se o centro da
vida social, cultural e artística;
Entre os mais famosos contam-se o de algumas
personalidades femininas: Madame Tecin, Madame
Geoffrin e madame Pompadour;
Salão de Madame
Geoffrin
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25. Existia um crescente interesse pelas coisas do espírito,
realizavam-se reuniões em que eram convidados as
personalidades da moda: cantores de ópera, escritores,
filósofos, cientistas, músicos, Mozart, por exemplo;
Mozart no salão de
Madame
Pompadour
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26. As Luzes – as rupturas culturais e científicas
No século XVIII, designa-se por Luz(es) o conhecimento
racional, o saber esclarecido, o único capaz de tornar claro
(iluminar) todas as coisas;
Aqueles que punham em prática este conhecimento
racional eram os Iluministas;
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27. Procuravam o conhecimento verdadeiro e erradicar a
superstição e o erro;
A filosofia de pensamento e conhecimento chamou-se
Iluminismo;
O Iluminismo valorizava o indivíduo pela sua inteligência ou
Razão;
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28. A razão humana, quando exercida em liberdade, era o único
meio de conhecer os segredos do Universo;
O conhecimento, a ciência era o único caminho para libertar
o Homem do preconceito e das injustiças;
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29. Devia-se procurar o progresso e o bem-estar das
populações para alcançar a felicidade, que era um direito
natural de todos os homens;
O progresso deveria melhorar a existência material e
espiritual dos Homens, tornando-os seres mais perfeitos e
esclarecidos;
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30. O Iluminismo é uma filosofia racionalista e otimista, decorria do
Renascimento (Humanismo);
Desenvolve-se numa época marcada pelo crescimento
económico, demográfico, científico-técnico,
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31. Formularam a ideia do direito natural (direito à igualdade e à
igualdade);
Com base no direito natural e na moral natural condenaram
a tradição;
Criticam a religião e todos os regimes e sociedades
constituídas sobre princípios contrários às leis naturais;
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32. A crença na Natureza levou à criação de uma nova religião
– a religião natural;
Estas ideias vão dar origem ao ateísmo e deísmo;
Estes princípios estavam, em grande parte, de acordo,
com a mentalidade burguesa: individualismo, igualdade,
liberdade, progresso, dignificação pessoal pelo trabalho e
educação;
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33. Estes princípios contagiaram muitos dos espíritos cultos da
época;
Inclusive alguns meios aristocráticos (despotismo
iluminado);
Foram publicadas Enciclopédias (compilação de todo o
saber)
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36. Francês, nascido na Suíça, foi:
Músico, autor de óperas;
Escreveu romances e outras obras literárias;
Filósofo;
Escreveu obras sobre educação, pedagogia, filosofia e
teoria política.
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37. Desenvolveu a teoria do “bom selvagem”, a crença de que
todo o homem é por nascimento bom, é a sociedade e a
civilização que o corrompem;
Para corrigir os vícios da sociedade era preciso reformálas segundo os princípios da ordem natural;
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38. Todas as sociedades deviam
assentar no contrato social
(Contrato Social, 1762):
Acordo entre os indivíduos e a
sociedade, no qual se legitima a
transferência do poder para a
comunidade e desta para o
governante;
Este tem de exercer o poder no
interesse da comunidade;
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39. O regime ideal era o da aristocracia eletiva;
O seu pensamento teve muita influência na Revolução
Francesa;
O governo da Convenção (1793-95) considerou os seus
ideais o “Evangelho da Revolução”;
O seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional”;
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42. A Declaração Universal dos
Direitos do Homem e do Cidadão
é um documento legislativo,
composto de um preâmbulo e 17
artigos;
Foi o prefácio da Primeira
Constituição Francesa (1791);
Inspira-se nas ideias iluministas e
na Declaração dos Direitos (1776)
da Revolução Americana;
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43. Foi redigida e aprovada pelos deputados da Assembleia
Nacional Constituinte, em 26 de Agosto de 1789;
Esta assembleia foi formada a 17 de Junho, quando os
nobres se recusaram a aceitar o voto de igualdade com o
povo na Assembleia dos Notáveis;
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44. A liberdade individual é a ideia base de todo o documento;
“Todos os homens nascem livres e permanecem livres”;
A liberdade individual é um direito natural, tal como a
propriedade, a segurança e a resistência à opressão;
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45. A declaração significa a destruição
da sociedade de ordens do Antigo
Regime;
E do seu regime jurídico;
O poder reside no povo e o rei é
apenas mandatário deste;
O poder devia ser tripartido:
executivo, judicial e legislativo;
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46. A Declaração dos Direitos foi obra da burguesia letrada
que era maioritária na Assembleia Constituinte;
Os postulados da declaração vão influenciar no século XIX
muitas revoluções liberais;
Ver “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”
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47. Le Nozze di Figaro (1786) – finale, de W. A. Mozart
(As Bodas de Fígaro)
(1756-91)
48. As Bodas de Fígaro é uma
ópera bufa ou drama jocoso;
O libreto é da autoria de
Lorenzo da Ponte;
A obra é baseada na comédia
francesa de Beaumarchais, Le
Mariage de Figaro;
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49. Foi levada à cena pela primeira
vez, em Viena, a 1 de Maio de
1786;
A ação passa-se no final do
século XVIII, no castelo de
Águas-Frescas, perto de Sevilha;
A ação desenrola-se em 4 atos;
Resumo da Ópera (wikipédia)
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51. As Bodas de Fígaro é uma das óperas mais populares;
Mozart utiliza fundamentalmente o cravo e através dele
estabelece uma sonoridade próxima da conversação;
É uma comédia que satiriza alguns costumes da nobreza
mas sem a virulência do texto de Beaumarchais;
O tema é o desejo amoroso e a fidelidade;
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52. É uma ópera com um grande
sentido de humor;
As relações sociais e amorosas
entre personagens de vários
estratos sociais estabelecem
um discurso político, não
explicito, que é norteado por
alguns princípios que irão
desencadear a Revolução
Francesa;
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53. Esta ópera cómica, é ao mesmo tempo profunda;
Desenvolve-se sobre um fundo de tragédia e aborda
questões como: a fragilidade do amor, as desigualdades
entre homens e mulheres, entre senhores e criados, entre
adultos e crianças;
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54. Personagens: Fígaro (barbeiro); Susana (camareira da
condessa); D. Bártolo (doutor); Marcelina (governanta);
Cherubino (pajem); Conde e Condessa Almaviva; António
(jardineiro)
Resumo do 1º ato:
Fígaro quer casar com Susana;
Cherubino sente-se perturbado perante as mulheres;
Marcelina, tenta fazer com que Fígaro case com ela;
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55. Resumo do 2º Ato:
Condessa aflige-se com as infidelidades do marido;
Fígaro propõe-lhe um estratagema: o conde receberia um
bilhete relatando um encontro da condessa, Susana fingiria
aceitar o encontro com o conde mas iria Cherubino;
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56. Resumo do 3º ato:
Marcelina e Bártolo descobrem que Fígaro é seu filho;
Susana marca encontro com o conde, com o conhecimento
da condessa;
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57. Resumo do 4º ato:
Fígaro surpreende a jovem Barbarina à procura da agulha
que selava a carta, que o Conde lhe havia confiado para a
entregar a Susana. Mas ela perdeu-a. Fígaro sabe então que
Susana se vai encontrar com o Conde, mas ignora o plano.
Enfadado, convida Bártolo e Basílio a serem testemunhas
desse encontro e adverte-os sobre a infidelidade das
mulheres.
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58. Resumo do 4º ato:
Chegam a Condessa e Susana, com as vestes trocadas, e
ocasiona-se um encontro complicado.
Cherubino, que tinha ficado com Barbarina, vê a Condessa que estava disfarçada de Susana - e tenta beijá-la, mas
nesse momento chega o Conde e é ele que recebe o beijo.
Este responde-lhe com uma bofetada, mas atinge Fígaro que
se tinha acercado para ver o que se passava.
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59. Resumo do 4º acto:
Para se vingar do Conde, Fígaro começa a cortejar Susanna,
pensando ser a Condessa, mas quando a reconhece declaralhe o seu amor e esta enfurece-se já que não se apercebeu
que tinha sido reconhecida pelo marido.
Quando dá conta, o par abraça-se e o Conde fica zangado,
que confunde Susana com a Condessa. Quando se apercebe
da situação, o Conde pede perdão à esposa pelas suspeitas
e pela sua má conduta.
A Condessa perdoa-o e acaba tudo numa alegre festa
Esta a apresentação foi construída tendo por base o manual, História da
Cultura e das Artes,, Ana Lídia Pinto e outros, Porto Editora, 2011
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