SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  106
História A - Módulo 8
Portugal e o Mundo da Segunda Guerra Mundial
ao início da década de 80 – Opções Internas e
Contexto Internacional
Unidade 2
Portugal do autoritarismo à democracia
http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
Módulo 8, Hiistória A 2
2.1 Imobilismo Político e Crescimento Económico do Pós-Guerra a
1974
A neutralidade permitiu ao regime sobrevir no pós Segunda Guerra
Mundial;
Nos Anos 60 declara-se a guerra colonial e a emigração portuguesa
atinge níveis, até então nunca vistos;
Existem contradições no crescimento português: atraso da
agricultura e do interior português e crescimento industrial e
urbano;
Mas Portugal não acompanhou o crescimento económico da
Europa e no início dos Anos 70 era um país pobre e atrasado;
Módulo 8, Hiistória A 3
2.1.1 Coordenadas económicas e demográficas
Apesar das várias campanhas para aumentar a produção agrícola
desencadeadas pelo Estado Novo sobretudo nos anos 40 e 50, a
agricultura portuguesa era muito pobre e os índices de
produtividade não atingiam metade da média europeia;
A propriedade agrícola em Portugal apresentava uma grande
assimetria: Norte de minifúndio não possibilitava a mecanização e
no Sul grandes latifúndios subaproveitados;
Módulo 8, Hiistória A 4
O Estado Novo procura modernizar a agricultura e no II Plano de
Fomento (1959-1964) propõe algumas alterações às estruturas
fundiárias;
Norte – constituição de maiores propriedades, o Estado adquiria
pequena propriedades que eram emparceladas e vendidas a
jovens agricultores mais empreendedores e com capacidade de
investir na mecanização;
Sul – incentivou-se a constituição de propriedades mais pequenas
que seriam entregues a jovens rendeiros;
O Estado incentivou a diversificação da produção e lançou um
plano de rega para o Alentejo;
Módulo 8, Hiistória A 5
Mas este plano contou com a forte oposição dos grandes
latifundiários do Sul que pretendiam continuar a explorar a terra à
custa de baixos salários;
No Norte, os proprietários recusavam-se a vender as suas
pequenas terras;
Perante a oposição dos proprietários a alteração das estruturas
fundiárias nunca foi feita;
A política agrária do Estado Novo acabou por resumir-se à
concessão de subsídios que favoreciam sobretudo os grandes
latifundiários;
Os preços dos produtos agrícolas mantinham-se baixos
desincentivando os investimentos,
Módulo 8, Hiistória A 6
Nos anos 60, o país inicia a sua industrialização e a agricultura é
relegada para segundo plano;
Nos finais da década há um grande decréscimo da taxa de
crescimento do Produto Agrícola Nacional (5,5% nos anos 50 e 1%
nos anos 60);
Como consequência temos um êxodo rural maciço que esvaziou as
aldeias do interior;
As populações que permanecem ficam agarradas à produção de
alimentos pobres (cereais, batata, arroz) e não conseguem
responder à maior procura de alimento como ovos, carne, fruta;
Outra consequência foi o aumento das importações que agrava a
balança comercial portuguesa;
Módulo 8, Hiistória A 7
A emigração em Portugal persiste desde a época dos
Descobrimentos;
Reduz-se nos anos 30 e 40, primeiro devido à Grande Depressão e
depois por causa da Segunda Guerra Mundial;
Nos anos 60 atinge os maiores níveis da História portuguesa (que
estão a ser alcançado nesta década);
A emigração não foi só para as cidades mas fundamentalmente para
países mais ricos da Europa (Alemanha, França, Luxemburgo, Suíça)
e para a América e África do Sul e para as colónias portuguesas;
O Brasil perdeu importância como destino da emigração portuguesa;
Módulo 8, Hiistória A 8
Causas da emigração:
Crescimento demográfico intenso nos anos 30 e 40, o aumento da
população não foi absorvido pela economia portuguesa;
Pobreza de muitos setores da população, sobretudo a população
agrícola do interior;
Fuga de jovens ao serviço militar obrigatório e ao consequente
envio para as colónias portuguesas (guerra colonial);
Promoção pelo Estado Novo da ocupação das colónias por
população branca;
Despenalização da emigração clandestina quando Salazar
percebeu a importância para economia nacional das remessas de
dinheiro dos emigrantes;
Módulo 8, Hiistória A 9
Os emigrantes eram na sua maioria jovens (18 aos 29 anos);
Provinham do Norte, da Madeira e Açores;
Eram pequenos agricultores ou trabalhadores do setor primário;
Mais de metade da emigração foi clandestina (“a salto”);
Existiam muitas restrições à emigração legal: estava subordinada
aos interesses económicos da nação, à valorização das colónias com
emigração branca, era exigido um certificado de habilitações da 3ª
classe e era exigido que o serviço militar estivesse cumprido;
Módulo 8, Hiistória A 10
Nos inícios dos anos 60 o governo português fez acordos com os
países de acolhimento que permitiam a obtenção de algumas
regalias sociais e livre transferência para Portugal de dinheiro;
Essas transferência representavam 4% do PIB português nos anos 60
e duplicaram na década de 70;
Isso levou o governo a despenalizar a emigração clandestina pois as
remessas dos emigrantes contribuíam para o equilíbrio da balança
de pagamentos do país;
A emigração era um sinal da pobreza e subdesenvolvimento de
Portugal;
Módulo 8, Hiistória A 11
Consequências da emigração:
Falta de trabalhadores;
Desagregação de famílias;
Despovoamento do interior;
Envelhecimento da população;
Módulo 8, Hiistória A 12
O contacto dos emigrantes com outras pessoas, outros regimes
políticos mudou as mentalidades e contribuiu para abalar as
estruturas rurais em que assentava o imobilismo do regime;
A transferência de dinheiros equilibrou a balança comercial;
Resolveu o equilíbrio entre o crescimento económico e o atraso
económico;
Dinamização do consumo interno por parte das famílias dos
emigrantes;
Módulo 8, Hiistória A 13
O surto industrial
A tentativa de autarcia do Estado Novo não surtiu efeito, Portugal
continuou dependente do estrangeiro em matérias-primas, energia,
equipamentos, energia, adubos e alimentos;
Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial o abastecimento de
produtos começou a escassear;
O setor agrícola também denota grandes dificuldades;
Neste contexto ganha força a ideia de apostar no desenvolvimento
industrial;
Módulo 8, Hiistória A 14
Em 1945 é publicada a Lei do Fomento e Reorganização Industrial
que estabelece os princípios da política industrializadora
portuguesa;
O objetivo central é diminuir as importações, ou seja, na Mundo
pós-guerra, o Estado Novo continua a apostar na ideia de autarcia;
Portugal mostrava-se assim completamente de fora da Mundo
criado em Bretton Woods;
Numa aparente contradição com o ideal de autarcia, Portugal
aderiu em abril de 1948 à Organização Europeia de Cooperação
Económica (OECE), integrando-se nas estruturas do Plano Marshall;
Módulo 8, Hiistória A 15
Portugal acabou por beneficiar pouco da ajuda americana, numa
primeira fase, prescindiu desse apoio, e só os péssimos resultados
económicos levou Estado Novo a solicitar ajuda que só foi concedida
em parte (entre 1949-1951, 58 milhões de dólares);
É estabelecido o I Plano de Fomento (1953-1958)que continua a
defender a “vocação agrícola de Portugal” e aposta na construção de
infraestruturas (eletricidade, transportes e comunicações),
investimento de 75 mil milhões de escudos;
Módulo 8, Hiistória A 16
O II Plano de Fomento (1959-1964) alarga o investimento e dá
prioridade à indústria transformadora de base, indústria pesada
que é considera estruturante da economia (siderurgia, refinação de
petróleo, adubos, químicos, celulose, etc.);
Neste plano a agricultura é secundarizada;
Este plano surtiu mais efeitos do que o anterior, não só pelos
montantes mais elevados investidos mas também porque Portugal
passa a integrar a economia mundial;
Em 1960 integra a EFTA, assina acordos com o (BIRD) – (Banco
Mundial) e o FMI (Fundo Monetário Internacional);
Em 1962 assina o protocolo do GATT (Acordo Geral de Tarifas e
Comércio)
Os dois Planos mantiveram o objetivo da autarcia e foram
subordinados à Lei do Condicionamento Industrial;
Módulo 8, Hiistória A 17
Nos anos 60 inicia-se uma segunda fase na política económica
portuguesa com a abertura ao exterior e o reforço da economia
privada;
O Plano Intercalar de Fomento (1965-1967) afasta a ideia de
autarcia;
É posta em causa a política de condicionamento industrial;
O ciclo da política económica de Salazar baseado nos ideais de
autarcia e de aposta na agricultura aproxima-se do fim;
Módulo 8, Hiistória A 18
É com Marcello Caetano como Presidente do Conselho que se
inicia o III Plano de Fomento (1968-1973);
Este plano muda a orientação da política económica e coloca como
objetivos: o normal funcionamento da concorrência e dos
mercados, na concentração empresarial, na captação de
investimentos estrangeiros e numa política que aposta na
exportação;
Apela ao dinamismo dos empresários e que “pensem mais no
futuro do que no passado”;
Esta política levou ao crescimento de grandes grupos económicos;
Acelerou o crescimento económico do país mas Portugal
continuava a manter um enorme atraso em relação à Europa;
Módulo 8, Hiistória A 19
A urbanização
O surto de desenvolvimento industrial traduziu-se no crescimento
do setor terciário e no crescimento das cidades;
Em 1970 cerca de 66% da população portuguesa vivia em cidades
fruto do êxodo rural que Portugal vivia com cerca de 100 anos de
atraso;
As cidades que mais cresceram foram as cidades do litoral oeste
(entre Braga e Setúbal) onde se concentram as indústrias e os
serviços;
As cidades que mais crescem são Porto e Lisboa, surge o “Grande
Porto” e a “Grande Lisboa”;
Módulo 8, Hiistória A 20
Nos arredores das cidades crescem os dormitórios;
O crescimento da população urbana não foi acompanhado pelo
desenvolvimento das infraestruturas, habitações sociais, estruturas
sanitárias, transportes públicos;
Aumentam as construções clandestinas, os “bairros de lata” e
degradam-se as condições de vida de uma parte da população;
O crescimento urbano teve alguns efeitos positivos:
desenvolvimento dos setores dos serviços, acesso ao ensino de uma
maior parte da população;
A urbanização do país foi abrindo as mentalidades;
Módulo 8, Hiistória A 21
O surto industrial e urbano
O surto industrial e urbano verificado a partir de 1945 assenta na
convicção de alguns membros do regime que no crescimento
industrial que deveria assentar o verdadeiro motor de todo o
sistema económico nacional.
Esta posição vai ganhando consistência medida que o setor agrícola
se vai revelando incapaz de responder às necessidades económicas
do país;
Módulo 8, Hiistória A 22
Primeira fase
Numa primeira fase, nos anos 50 e até meados de 60, o
desenvolvimento da indústria portuguesa insere-se ainda na política
económica nacionalista e autárcica, submetida a regras de
condicionamento.
É o tempo dos primeiros Planos de Fomento:
- o l Plano, entre 1953 e 1958, prioridade à criação das
infraestruturas, concretamente ao desenvolvimento dos setores
elétrico, dos transportes e das comunicações;
- o ll Plano, entre 1959 e 1964;
Módulo 8, Hiistória A 23
Segunda fase
A partir da segunda metade dos anos 60, a abertura ao exterior e o
reforço da economia privada são, de forma cada vez mais assumida,
as grandes opções da política económica nacional, evidenciadas por
um (Plano Intercalar de Fomento, entre 1965 e 1967).
Há uma clara inversão da política da autarcia das primeiras décadas
do Estado Novo
Era o fim definitivo do ciclo conservador e ruralista de Salazar e a
afirmação das novas opções para a Economia nacional, defendidas
por jovens políticos, entre os quais sobressaía Marcello Caetano.
Módulo 8, Hiistória A 24
Terceira fase
Marcello Caetano, nomeado para Presidente do Conselho em 1968,
quem lança o III Plano de Fomento (1968-1973):
Internacionalização da economia portuguesa;
Desenvolvimento da indústria privada como setor dominante da
economia nacional;
Crescimento do setor terciário e consequente incremento urbano;
Surgem grandes grupos económicos, como o complexo de Sines e a
Siderurgia Nacional, em consequência dos estímulos dados aos
empresários capitalistas, os grandes suportes do regime, e do apoio
às grandes concentrações industriais
Módulo 8, Hiistória A 25
O fomento económico das colónias
O pós Segunda Guerra Mundial marcou uma viragem na política
económica colonial portuguesa;
Até meados dos anos 40 a exploração colonial esteve marcada pela
exploração do trabalho dos negros em grandes explorações
agrícolas;
O reconhecimento das colónias como uma extensão natural do
territórios português levou Salazar a autorizar a instalação de
indústrias;
Há um reforço da colonização branca, aumento dos investimentos
públicos e privados e uma abertura aos investimentos estrangeiros;
Módulo 8, Hiistória A 26
Angola e Moçambique foram os territórios que receberam mais
atenção;
A partir de 1953 os investimentos do Estado nas colónias foram
incluídos nos Planos de Fomento:
Construção de infraestruturas (caminhos de ferro, pontes, estradas,
barragens, portos, aeroportos);
Modernização da agricultura (produtos tropicais: açúcar, sisal, café,
algodão, etc.);
Desenvolvimento das indústrias extrativas (diamantes, petróleo,
ferro);
O setor industrial cresceu como consequência da política de maior
liberalização da iniciativa privada e do aumento do mercado (colonos
brancos);
Módulo 8, Hiistória A 27
A eclodir da guerra colonial (Angola, 1961 e Moçambique, 1964)
aumentou o investimento nas colónias;
Era necessário aumentar a presença portuguesa nas colónias;
Em 1961, foi lançado o Espaço Económico Português (EPP) que
previa a anulação de todas as barreiras alfandegárias e a criação de
uma “área económica comum”;
A subordinação das economias ultramarinas ao interesse da
metrópole e os diferentes graus de desenvolvimento das colónias
inviabilizou a criação desse “mercado único”;
No entanto o EPP levou ao desenvolvimento colonial e representou
o grande esforço do Estado Novo para manter intacto o Império;
Módulo 8, Hiistória A 28
2.1.2 A Radicalização das Oposições e o Sobressalto Político de 1958
O fim da Segunda Guerra Mundial marcou o triunfo das
democracias ocidentais e da URSS sobre as ditaduras de direita;
Salazar percebeu que o regime deveria, pelo menos na aparência,
democratizar-se para sobreviver:
Concedeu amnistia a alguns presos políticos;
Renovou a polícia política que mudou o nome de PVDE para PIDE;
Procedeu a uma renovação constitucional para introduzir o sistema
de eleições de deputados por círculos eleitorais em vez de um
círculo único;
Proclamou a liberdade de imprensa;
Dissolveu a Assembleia da República e convocou eleições;
Convidou a oposição a participar nas eleições;
Módulo 8, Hiistória A 29
Para muitos opositores o momento é o ideal, uma vaga democrática
estende-se pela Europa e muitos acreditam que o Estado Novo se
aproximava do fim;
Em 1945 nasceu o MUD (Movimento de Unidade Democrática) que
unia as forças da oposição, até então obrigadas à clandestinidade;
Vive-se uma época de euforia da oposição democrática;
O MUD reivindicou algumas exigências que considerou
fundamentais:
Adiamento das eleições por 6 meses (para permitir a formação de
partidos políticos);
Renovação dos cadernos eleitorais (abrangiam apenas 15% da
população);
Liberdade de imprensa e de reunião;
Módulo 8, Hiistória A 30
Nenhuma destas reivindicações foi atendida pelo governo de Salazar:
As eleições não foram adiadas;
Não foi concedida liberdade de imprensa e de reunião;
Os cadernos eleitorais não foram atualizados;
Não estavam reunidas as condições mínimas para se realizarem
eleições livres e o MUD desistiu à boca das urnas;
As listas de adesão ao MUD foram utilizadas pelo governo para
perseguir e prender opositores ao regime;
Módulo 8, Hiistória A 31
No plano internacional o clima de guerra fria desenvolvia-se e a
prioridade das democracias ocidentais passou a ser deter o avanço
do comunismo, e o governo de Salazar servia esses propósitos;
Em 1949 Portugal era um membro fundador da NATO o que
equivalia a uma aceitação do regime por parte das democracias
que participavam na organização;
Em 1949, pela primeira vez um candidato da oposição concorre à
eleições para Presidente da República, o general Norton de Matos;
A sua candidatura entusiasmou o país mas devido à repressão e
perseguições por parte do regime, Norton de Matos desistiu nas
vésperas das eleições, face à impossibilidade de as vencer;
Módulo 8, Hiistória A 32
Nos anos que se seguiram a oposição dividiu-se e enfraqueceu;
Em 1958 surge a candidatura do general Humberto Delgado a
Presidente da República;
Provinha das fileiras do regime mas tornou-se uma grande
fenómeno político e as manifestações de apoio tornaram-se
gigantescas;
Declarou que se fosse eleito demitira Salazar, passou a ser
conhecido por “General sem medo”;
Esta candidatura fez tremer o regime;
Apesar de reconhecer que haveria uma burla eleitoral prometeu
não desistir e ir até ao fim e apelou à participação de todos para
desmascararem com o seu voto os “traidores e cobardes”;
Módulo 8, Hiistória A 33
O resultado oficial das eleições deu 75% dos votos ao candidato do
regime, o contra-almirante Américo Tomás;
Mas a credibilidade do regime foi muito abalada;
Salazar para evitar novo abalo mudou a Constituição e a eleição do
Presidente da República deixou de ser por sufrágio direto e passou
a ser eleito por um colégio eleitoral restrito;
Módulo 8, Hiistória A 34
Nos anos seguintes intensifica-se a
oposição a Salazar:
D. António Ferreira Gomes, Bispo do
Porto, escreveu uma carta a Salazar,
onde criticava fortemente o regime e
defendia a doutrina social da Igreja,
como consequência o bispo do Porto foi
forçado ao exílio até junho de 1969;
O general Humberto Delgado foi
obrigado ao exílio, primeiro foi para o
Brasil e a partir de 1963, estabeleceu-se
na Argélia e fundou a Frente Patriótica
de Libertação Nacional, em 1965, o
general foi atraído a Badajoz e
assassinado pela PIDE;
Módulo 8, Hiistória A 35
Em janeiro de 1961 o navio português Santa Maria foi assaltado no
mar das Caraíbas pelo comandante Henrique Galvão como forma de
protesto contra a falta de liberdade em Portugal. Este ato teve uma
enorme repercussão internacional;
Módulo 8, Hiistória A 36
Duas tentativas de golpes militares para derrubar o regime:
Conspiração da Sé (1959) e Revolta de Beja (1961);
Em 1961, Palma Inácio, desviou um avião da TAP e inundou Lisboa
de propaganda contra o regime;
Em 1967, um grupo liderado por Palma Inácio, (LUAR – Liga de
Unidade e Ação Revolucionária) assalta uma dependência do Banco
de Portugal para angariar fundos para a oposição ao regime.
Conseguiu fugir e apesar de várias tentativas do regime para
extraditarem Palma Inácio tal não foi concedido;
Muitas outras ações de contestação ao regime continuaram a ser
realizadas pela oposição;
Módulo 8, Hiistória A 37
2.1.3 A Questão Colonial
A partir do final da Segunda Guerra Mundial a questão colonial passa
a ser um problema para Portugal, a aprovação da Carta das Nações
Unidas, a primeira vaga de descolonizações muda a conjuntura
internacional, os países europeus, com maior ou menor relutância,
vão concedendo a independência às suas antigas colónias;
Salazar tem de se adaptar aos novos tempos e recusar qualquer
cedência às crescentes pressões internacionais;
Módulo 8, Hiistória A 38
A adaptação é realizada, numa primeira fase, em duas vertentes:
Ideológica – a ”mística do império” dos anos 30 é substituída pela
ideia da “singularidade da colonização portuguesa”, inspirada nas
ideias do sociólogo brasileiro Gilberto Freire (1900-1987);
É a teoria do lusotropicalismo, segundo a qual os portugueses
tinham revelado uma grande capacidade de adaptação à vida nas
regiões tropicais, e sem atitudes racistas tinham-se entregue à
miscigenação e à fusão de culturas;
Esta teoria é utilizada nos anos 50 para retirar à colonização
portuguesa o carácter opressivo dos outros colonizadores e torná-la
única;
Para além disso o Estado Novo destaca o papel evangelizador e
civilizador de Portugal;
Módulo 8, Hiistória A 39
Jurídica – Salazar decidiu eliminar de todos os diplomas legais as
expressões “colónia” ou “império colonial”;
Em 1951 o Ato Colonial é revogado;
O conceito de império é substituído pelo de Ultramar, as colónias
passaram a ser Províncias Ultramarinas, passaram a ter
equivalência jurídica a qualquer província do continente;
O país estendia-se “do Minho a Timor”;
O “Império Português” desaparece e é substituído pelo “Ultramar
Português”;
Na Constituição portuguesa as colónias passam a ser consideradas
legítimas extensões de Portugal Continental;
Este é o argumento português quando a nível internacional é
questionado sobre a questão colonial;
Módulo 8, Hiistória A 40
Esta posição do Estado Novo manteve-se inalterada até ao início
dos anos 60;
Em 1961 com o eclodir da guerra em Angola e a invasão dos
territórios da Índia (Goa, Damão e Diu), pelo exército da União
Indiana, surgem divergências sobre a atitude e tomar em relação ao
Ultramar;
Surgem duas teses diferentes:
A integracionista que defende a continuação da política de
integração plena e incondicional das colónias no Estado português,
esta tese implicava a resistência armada à luta iniciada pelos
movimentos de libertação que eram considerados terroristas;
Módulo 8, Hiistória A 41
A federalista considerava que face à pressão internacional e aos
custos de uma guerra em África não era possível continuar e
defendia uma progressiva autonomia das colónias e a constituição
de uma federação de estados;
Esta tese foi apoiado por alguns elementos da oposição
democrática, por membros do governo e do exército português;
Salazar manteve a ideia de manter o “império português” e quando
surgem as rebeliões em África, envia para Angola e Moçambique
tropas portugueses, “rapidamente e em força”, nas suas próprias
palavras;
Tinha início uma guerra que se iria prolongar por 13 anos, até 1974;
Módulo 8, Hiistória A 42
A luta iniciou-se em Angola em fevereiro de 1961 com os primeiros
ataques levados a cabo pela União das Populações de Angola (UPA)
formada em 1955 por Holden Roberto, em 1962 será transformado
na Frente de Libertação de Angola (FNLA);
Em 1956 surge o Movimento Popular de Libertação de Angola
(MPLA), liderado por Agostinho Neto;
A União para a Independência Total de Angola (UNITA), chefiada
por Jonas Savimbi surge me 1962;
Módulo 8, Hiistória A 43
Em Moçambique surge a Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO) fundada por Eduardo Mondlane, em 1962;
Na Guiné é criado o Partido para a Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC), criado por Amílcar Cabral, em 1956;
Módulo 8, Hiistória A 44
A guerra iniciou-se em 1961 em Angola com um ataque a algumas
fazendas e postos administrativos e rapidamente alastrou a todo o
território;
Na Guiné o conflito eclodiu em 1963 e no ano de 1964 em
Moçambique;
Portugal mobilizou cerca de 7% da população ativa para a guerra
(número só ultrapassado por Israel), 40% do Orçamento do Estado;
Nos 13 anos de guerra morreram 8 mil portugueses e 100 mil
ficaram feridos e incapacitados;
Módulo 8, Hiistória A 45
O isolamento internacional
Quando da adesão de Portugal à ONU, em 1955, recusou-se a
aceitar as disposições da Carta das Nações Unidas no que dizia
respeito à administração de “territórios não autónomos”, o
argumento utilizado era que as províncias ultramarinas eram parte
integrante do país;
Os países do Terceiro Mundo contestaram essa teoria;
A Assembleia-Geral das Nações Unidas não aceitou o argumento
português e reconheceu o direito à autonomia e à independência
das colónias portuguesas;
Módulo 8, Hiistória A 46
Na ONU Portugal foi sofrendo uma série de derrotas que se
intensificaram nos anos 60 com a aprovação da Resolução 1514 e o
início da guerra colonial;
As condenações da política colonial portuguesa na ONU legitima a
ação levada a cabo pelos movimentos de libertação;
Portugal cada vez fica mais isolado e é excluído de alguns
organismos internacionais como o Conselho Económico e Social;
Módulo 8, Hiistória A 47
Nos anos 60, sobretudo durante a administração Kennedy, o
governo dos EUA também se mostra desfavorável às pretensões de
Portugal, financiam alguns movimentos de libertação e propõem
vários planos de descolonização, chegando mesmo a prometer
ajuda económica a Portugal se iniciássemos a descolonização;
Os EUA consideravam que o prolongamento da guerra em África
acabaria por ser favorável aos interesses soviéticos;
Módulo 8, Hiistória A 48
Salazar resiste a todas estas pressões afirma que “Portugal não está
à venda” e “a Pátria não se discute” e afirmava “orgulhosamente
sós”;
Apesar dessas afirmações Salazar procurou aliados na Europa e
lançou uma campanha de propaganda nos EUA defendendo a
especificidade da colonização portuguesa e que os movimentos de
libertação eram apoiantes do comunismo internacional;
Também utilizou o argumento da Base das Lajes que era vital para
os EUA;
Módulo 8, Hiistória A 49
No plano interno as dúvidas sobre a guerra colonial vão-se
avolumando e sobretudo a ideia de que não é possível ganhar a
guerra;
O descontentamento cresce na sociedade portuguesa e o número
de jovens que fogem para o estrangeiro para evitar a incorporação
no exército vai aumentando ao longo da década de 60;
Módulo 8, Hiistória A 50
2.1.4 A Primavera Marcelista
Em 1968, Salazar, vítima de um acidente, termina o seu longo
período no poder, 1928-1968;
O presidente da República escolhe como Presidente do Conselho de
Ministros, Marcello Caetano;
Era um dos homens do regime, tinha sido ministro de Salazar no
entanto tinha discordado por várias vezes;
Módulo 8, Hiistória A 51
No discurso de tomada de posse, Marcello Caetano define as linhas
orientadoras do seu governo:
É o período chamado “Primavera Marcelista”
Renovação na continuidade, isto é, Marcello Caetano pretendia
conciliar os interesses dos setores mais conservadores com a
necessidade de democratização do regime;
Autorizou o regresso de alguns exilados políticos como Mário Soares
e o bispo do Porto;
Moderou a atuação da polícia política que mudou o nome para
Direção Geral de Segurança (DGS);
A censura abranda;
A União Nacional que passa a designar-se Ação Nacional Popular
(1970) abre-se a alguns políticos liberais;
Módulo 8, Hiistória A 52
Nas eleições de 1969 foi concedido direito de voto a todas as
mulheres alfabetizadas;
Forma legalizados movimentos políticos oposicionistas não
comunistas;
Mostrou intenções de mudar o estatuto das colónias, tinha
demonstrado, no passado, ideias federalistas;
A presença em África deixa de ser afirmada como uma “missão
histórica” mas como uma defesa dos interesses das populações
brancas aí estabelecidas;
O ministro da Educação, Veiga Simão, inicia uma reforma
democrática do ensino;
Módulo 8, Hiistória A 53
Em maio de 1968iniciou-se o movimento de contestação estudantil
em França, “Maio 68”, este movimento influenciou a contestação
ao regime desenvolvido pelos estudantes nas Universidades de
Coimbra e de Lisboa;
O movimento estudantil é apoiado por várias greves no setor
laboral e manifestações contra a guerra colonial e o regime;
Neste clima político realizam-se as eleições de 1969;
Módulo 8, Hiistória A 54
Os movimento constituídos pela oposição para participar nestas
eleições, Comissão Democrática Eleitoral (CDE), conotada com os
comunistas e católicos progressistas, e a Comissão Eleitoral de
Unidade Democrática (CEUD), ligada a muitos elementos que
seriam fundadores do Partido Socialista, são fortemente atacados
pela DGS e pela censura;
Apesar de algumas manifestações de abertura do regime,
verificaram-se os mesmo atropelos à democracia e a União
Nacional elege todos os deputados;
Goravam-se as esperanças de liberalização do regime;
Apesar de nas listas da União Nacional terem sido eleitos alguns
liberais (Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Miller Guerra, etc.), estas
vozes dissidentes eram abafadas;
Módulo 8, Hiistória A 55
Intensifica-se a repressão policial após 1970;
Marcello Caetano inflete as suas intenções iniciais;
A polícia intervém nas universidades e vários líderes estudantis são
presos e associações de estudantes encerradas;
Há uma nova vaga de prisões para os opositores ao regime, muitos
são novamente condenados ao exílio, como Mário Soares;
Em 1972, Américo Tomás, ligado aos ultra conservadores do regime
é reconduzido ao cargo de Presidente da República;
Intensificam-se as denúncias internacionais do regime;
Em 1973, no exílio, na Alemanha, é criado o Partido Socialista
Português;
Módulo 8, Hiistória A 56
Quando Marcello Caetano foi escolhido as altas patentes do
exército puseram como condição essencial que a guerra em África
fosse mantida;
A presença colonial portuguesa deixa de ser vista como uma
“missão histórica” e passa a ser a “defesa dos interesses das
populações brancas”;
Marcello Caetano elabora um plano de revisão do estatuto das
colónias, no sentido de lhes conceder uma autonomia progressiva;
Angola e Moçambique veem ser-lhes concedidos o título honorífico
de Estado com governo, assembleia e tribunais próprios, mas
dependentes de Lisboa;
Em 1971, este novo estatuto das colónias é consagrado na
Constituição;
Módulo 8, Hiistória A 57
As fações mais conservadoras do regime esvaziam as tentativas de
reformar o Estado Novo;
No essencial nada muda, como o consideraram os movimentos de
libertação e a ONU;
Cresce o isolamento do regime, em 1970, o Papa Paulo VI, recebe
no Vaticano os líderes do PAIGC, FRELIMO e MPLA;
Na Guiné o PAIGC controla uma grande parte do território e em
1973 declara uniteralmente a independência do território que é
reconhecida pela ONU;
Nesse mesmo ano uma visita oficial de Marcello Caetano ao Reino
Unido desencadeia protestos populares;
É denunciado um massacre de civis em Moçambique perpetrado
pelo exército português;
Módulo 8, Hiistória A 58
Internamente a contestação cresce;
Os deputados liberais começam a abandonar a Assembleia
Nacional;
Nas universidades aumentam os protestos estudantis;
Grupos de católicos progressistas organizam manifestações de
condenação da guerra;
Em fevereiro de 1974, o general António de Spínola, vice-chefe das
Forças Armadas, publica o livro “Portugal e o Futuro”, onde afirmava
que não existia uma solução militar para a guerra colonial;
Módulo 8, Hiistória A 59
2.2. Da Revolução à Estabilização da Democracia
2.2.1 O Movimento das Forças Armadas (MFA) e a Eclosão da
Revolução
Marcello Caetano, posteriormente,
afirmou que leu o livro “Portugal e
o Futuro” numa noite e ficou
convencido que “o golpe militar era
inevitável”;
Perante todo este quadro interno e
internacional, em julho de 1973
nasce o Movimento dos Capitães;
Módulo 8, Hiistória A 60
No país o descontentamento popular com o aumento do custo de
vida, provocado pelo choque petrolífero, cresce;
Sobe o descontentamento no setor empresarial moderno que
pretende aproximar-se da Europa comunitária;
Intensifica-se a luta armada no próprio Portugal continental;
Módulo 8, Hiistória A 61
Os militares de carreia consideravam-se, sobretudo os capitães,
prejudicados na sua progressão;
As suas reivindicações são rapidamente satisfeitas, mas o
movimento continua com a intenção de derrubar o regime e criar
condições para uma solução política para a guerra em África;
O Movimento é apoiado pelo chefe e vice-chefe das Forças
Armadas, respetivamente, general Costa Gomes e António Spínola;
Consciente da grave situação nas Forças Armadas, Marcello
Caetano faz aprovar na Assembleia Nacional a retificação da
política colonial em 5 de março de 1974;
Módulo 8, Hiistória A 62
Em 14 de março convoca os generais das Forças Armadas para uma
reunião de afirmação de lealdade ao regime, que foi apelidada de
cerimónia do “beija-mão”, Costa Gomes e Spínola faltam ao
encontro e são demitidos dos seus cargos;
No dia 16 de março dá-se a primeira tentativa de golpe militar para
derrubar o regime, que falhou;
No dia 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas
(MFA), inicia a operação que vai colocar um fim a 48 anos de
ditadura e instaurar a democracia em Portugal;
Módulo 8, Hiistória A 63
O golpe militar de 25 de abril foi coordenado pelo major Otelo
Saraiva de Carvalho;
Às 23 horas, do dia 24, é transmitida a canção-senha, “E depois do
adeus”, de Paulo de Carvalho e às 00.30 horas “Grândola, Vila
Morena, de José Afonso, que dá início ao golpe militar;
As unidades militares saem dos quartéis e ocupam os lugares
estratégicos: estações de rádio e televisão (RTP), aeroporto de
Lisboa, quartéis generais de Lisboa e Porto, etc.;
Uma única força militar saiu em defesa do regime, o regimento de
Cavalaria 7 (tanques) que foi neutralizada, sem violência, pelo
destacamento da Escola Prática da Cavalaria de Santarém, liderada
pelo capitão Salgueiro Maia;
Módulo 8, Hiistória A 64
Salgueiro Maia chefiou o cerco ao Quartel do Carmo (GNR) onde se
tinham refugiado alguns dos mais importantes membros do regime,
entre eles, Marcello Caetano;
Às 18 horas do dia 25 de abril de 1974, Marcello Caetano rendeu-se
ao general Spínola;
A população saiu à rua vitoriando os militares, uma vendedora de
flores deu um cravo a um militar que o colocou no cano da sua
espingarda, nascia a “Revolução dos Cravos”;
Módulo 8, Hiistória A 65
Só a DGS, a polícia política, resistiu e provocou alguns feridos e
mortos em Lisboa;
O golpe militar de 25 de abril triunfava com um apoio popular
maciço e espontâneo;
Módulo 8, Hiistória A 66
https://www.youtube.com/watch?v=XYoYMATJWrw (100 fotos sobre o o 25 de abril)
https://www.youtube.com/watch?v=MOFrjP8bX_c (documentários sobre o 25 de abril)
https://www.youtube.com/watch?v=Cnwwmp8EAao (telejornal do dia 25 abril de 1974)
Módulo 8, Hiistória A 67
2.2.2 A Caminho da Democracia
Entre o 25 de abril e a institucionalização da democracia parlamentar
em 1976 existiu um período de grande instabilidade política social
que ficou conhecida por Período Revolucionário Em Curso (PREC);
Logo após o golpe militar iniciou-se o processo de desmantelamento
das estruturas do Estado Novo;
O próprio programa dos Movimento das Forças Armadas pode ser
sintetizado pelos “três D” (Democratizar, Descolonizar, Desenvolver);
Foi nomeada uma Junta de Salvação Nacional presidida por António
Spínola;
Módulo 8, Hiistória A 68
Américo Tomás e Marcello Caetano (Presidente da República e
Presidente do Conselho de Ministros, foram destituídos, presos e
exilados para o Brasil;
A polícia política (PIDE-DGS), a Legião Portuguesa, a Mocidade
Portuguesa, a Ação Nacional Popular e a Censura foram extintas;
Os presos políticos foram amnistiados e libertados e os exilados
foram autorizados a regressar;
A Constituição de 1933 é revogada;
Foi autorizado a formação de partidos políticos e de sindicatos e
foram legalizados os partidos políticos que já existiam como o
Partido Comunista e o Partido Socialista;
Módulo 8, Hiistória A 69
Tensões político-ideológicas na sociedade e no interior do
movimento revolucionário
No dia 1 de maio de 1974, pela primeira vez desde 1926, o dia dos
trabalhadores era comemorado em liberdade;
Seguem-se dois anos muitos conturbados do ponto de vista social
e político;
As tensões e as injustiças sociais acumuladas durante 48 anos
vinham ao de cima e explodiram numa série de reivindicações
laborais e sociais;
Estas movimentações sociais eram inspiradas pelos partidos de
esquerda mas muitas eram espontâneas e por isso muito difícil de
controlar;
Módulo 8, Hiistória A 70
No dia 15 de maio, António Spínola é nomeado Presidente da
República e convida o advogado Adelino da Palma Carlos para
primeiro-ministro do I Governo Provisório;
Incapaz de controlar a situação o I Governo Provisório demitiu-se
menos de dois meses depois;
O poder militar dividira-se entre os apoiantes do general Spínola,
mais conservadores, e os apoiantes da Comissão Coordenadora do
MFA, mais progressista;
Spínola pretendia uma solução federalista para as colónias africanas
enquanto que a direção do MFA defendia a independência para as
colónias;
Módulo 8, Hiistória A 71
É nomeado o brigadeiro Vasco Gonçalves para liderar o II Governo
Provisório e este vai ter uma participação mais elevada de oficiais
apoiantes da liderança do MFA;
O governo virava à esquerda;
António de Spínola demite-se no dia 30 de setembro após o fracasso
de uma manifestação em seu apoio convocada para o dia 28;
É nomeado como Presidente da República o general Costa Gomes;
Módulo 8, Hiistória A 72
A partir dessa data o processo revolucionário tende a radicalizar-
se;
Otelo Saraiva de Carvalho, o estratega da revolução, aparece como
adepto da extrema-esquerda, é o comandante do Comando
Operacional do Continente (COPCON) e persegue e prende vários
indivíduos que se opõem ao processo revolucionário;
Vasco Gonçalves, primeiro-ministro do II, III, IV e V governos
provisórios, é conotado com o Partido Comunista;
No dia 11 de março de 1975, o general Spínola chefia uma tentativa
militar de recuperar o poder. Fracassa e foge para Espanha;
Módulo 8, Hiistória A 73
O 11 de março vai levar a uma ainda maior radicalização da
revolução;
A Assembleia das Forças Armadas nomeia um Conselho da
Revolução que passa a ser o órgão executivo do MFA e torna-se o
verdadeiro centro do poder;
Este órgão, em consonância com as ideias dos Partido Comunista,
propõe a Aliança Povo/MFA e assume a condução do país rumo ao
socialismo;
Módulo 8, Hiistória A 74
A agitação social recrudesce vive-se um ambiente de poder
popular;
Em todo o país há saneamento de funcionários e dirigentes
conotados com a contrarrevolução;
Em muitas empresas as comissões de trabalhadores tomam o
poder;
Em cidades, vilas e bairros formam-se comissões de moradores e
comités de ocupação que lideram a ocupação de casas vazias para
habitação mas também para instalação de equipamentos sociais
(infantários, centros clínicos, etc.);
Módulo 8, Hiistória A 75
No Alentejo, o Partido Comunista lidera uma reforma agrária que
leva a ocupação das grandes herdades pelos trabalhadores rurais
que formam “unidades coletivas de produção” (UCP);
Este ambiente gera o medo entre as classes alta e média o medo e
muitos abandonam o país;
Os bancos são nacionalizados para evitar a transferência de
grandes somas de dinheiro para o estrangeiro, sobretudo para o
Brasil;
Muitas outras empresas foram nacionalizadas, nomeadamente
nos setores-chave, como os transportes, seguros, siderurgias,
cimentos, comunicações;
Módulo 8, Hiistória A 76
Os trabalhadores viram
consagrados na lei alguns
direitos importantes: direito à
greve e à liberdade sindical;
redução do horário de trabalho,
instituição do salário mínimo e
leis sobre o trabalho;
O MFA inicia campanhas de
dinamização cultural e ação
cívica com o objetivo de explicar
às populações o processo
revolucionário e os valores da
democracia e da cultura;
Módulo 8, Hiistória A 77
As eleições de 1975 e a inversão do processo revolucionário
No Programa do MFA estava escrito que seriam realizadas eleições
no prazo de um ano;
E no dia 25 de abril de 1975 realizam-se as primeiras eleições
democráticas desde o fim da I Republica;
Participaram 91,7% dos eleitores, foram as eleições mais
participadas da história do país e decorreram na mais absoluta
normalidade;
O Partido Socialista (PS) venceu com 38% dos votos e o Partido
Popular Democrático (PPD), 26% e o Partido Comunista (PCP) 12%;
Módulo 8, Hiistória A 78
O PS reforçado pelo seu peso eleitoral assumiu a liderança da luta
contra o radicalismo revolucionário;
Em julho de 1975, o PS e o PPS abandonam o IV Governo Provisório
e reclamam o regresso ao espírito democrático do inicio do MFA;
No verão de 1975, conhecido como o “Verão Quente” a
confrontação política atinge o auge: grandes manifestações, assalto a
sedes partidárias (sobretudo sedes do PCP), e proliferam
organizações e atentados bombista de direita e de esquerda;
O V Governo Provisório é o mais radical de todos os governos;
Módulo 8, Hiistória A 79
Em pleno “verão quente” um grupo de nove oficiais do Conselho da
Revolução, liderado pelo major Melo Antunes, escreve um
manifesto (Documento dos Nove) onde critica a situação do país;
Recusam que Portugal caminhe para um regime tipo das
“democracias do leste europeu” e defendem uma via democrática
para o país;
É nomeado o VI Governo Provisório, chefiado pelo almirante
Pinheiro de Azevedo e o capitão Vasco Lourenço substitui Otelo
Saraiva de Carvalho no comando das tropas operacionais de Lisboa;
Módulo 8, Hiistória A 80
No dia 25 de Novembro de 1975, um grupo de militares liderado
pelo general Ramalho Eanes, alegando que existe uma tentativa de
golpe militar liderada pela esquerda e pelo PCP, organiza um
contragolpe;
O país fica muito perto de uma guerra civil mas acaba por
estabilizar numa democracia parlamentar;
Era o fim do Período Revolucionário Em Curso (PREC);
Módulo 8, Hiistória A 81
Política económica antimonopolista e a intervenção do Estado no
domínio económico-financeiro
A onda de agitação política e social que se seguiu ao 25 de abril
levou a que os governos provisórios, pressionados pelas forças de
esquerda, tomassem uma série de medidas que levaram à
destruição dos grandes grupos económicos monopolistas, a
apropriação pelo Estado dos setores-chave da economia e o reforço
dos direitos dos trabalhadores;
Módulo 8, Hiistória A 82
Em setembro de 1974, os bancos emissores (Banco de Portugal,
Banco de Angola e Banco Nacional Ultramarino) são nacionalizados
e os acionistas são indemnizados;
Em novembro é publicada legislação que autoriza o Estado a
intervir nas empresas que não contribuíssem para o normal
funcionamento económico do país, muitas administrações
(acusadas de sabotagem económica) foram substituídas por
comissões administrativas nomeadas pelo governo;
Módulo 8, Hiistória A 83
Após o golpe de 11 de março de
1975 todas as instituições
financeiras foram
nacionalizadas;
Em abril foram nacionalizadas
todas as grandes empresas
ligadas aos setores económicos
considerados fundamentais para
o país;
Estas nacionalizações
permitiram que o Estado
controlasse a economia;
Módulo 8, Hiistória A 84
No Sul do país, sobretudo no Alentejo as tensões acumuladas entre
os trabalhadores rurais, reduzidos à miséria e os grandes
proprietários rurais desagua num confronto aberto;
Em janeiro de 1975 são ocupadas as primeiras grandes
propriedades agrícolas mas que rapidamente se estende por todo o
sul;
Era o inicio da chamada reforma agrária que terá cobertura legal, e
o próprio Governo provisória realizou expropriações de terras e
instituiu Unidades Coletivas de Produção (UCP), as terras eram do
Estado mas eram cedidas aos trabalhadores para a explorarem de
forma coletiva;
Módulo 8, Hiistória A 85
Constituíram-se cerca de 500 UCP que envolveram 60 mil
trabalhadores;
Este processo de reforma agrária continuou durante todo o ano de
1976, mesmo após o 25 de novembro, liderado pelo PCP;
Durante este período os vários governos provisórios aprovaram
legislação de carácter social e laboral, como o direito à greve,
liberdade sindical, aumento das pensões sociais e da reforma, é
instituído o salário mínimo;
Para controlar a inflação foram tabelados vários artigos de primeira
necessidade;
O nível de vida dos trabalhadores subiu;
Módulo 8, Hiistória A 86
A opção constitucional de 1976
Após as eleições de 25 de abril de 1975, a Assembleia Constituinte
iniciou-se em 2 de junho;
O MFA impôs aos partidos a assinatura de um compromisso (Pacto
MFA-Partidos) que os obrigava a preservar as conquistas
revolucionárias;
Foi substituído por um segundo Pacto mais moderado;
Fruto deste pacto e da envolvência política e social, a Constituição
de 1976 consagra a “transição para o socialismo”;
Módulo 8, Hiistória A 87
Considera irreversíveis as nacionalizações e expropriações;
O Conselho da Revolução é considerado o garante da ordem
constitucional;
A Constituição reconhece que Portugal é um Estado de direito e
consagra o pluripartidarismo;
Adota os princípios da Declaração Universal dos Direitos do
Homem;
A Assembleia Legislativa e o Presidente da Republica são eleitos por
sufrágio direto e universal;
Módulo 8, Hiistória A 88
Os arquipélagos dos Açores e da Madeira veem consagradas a sua
autonomia;
A nova Constituição, aprovada por todos os partidos com exceção
do CDS entrou em vigor no dia 25 de abril de 1976;
É o documento fundador da democracia portuguesa;
Em 25 de abril de 1976, o Partido Socialista ganha as eleições e, com
Mário Soares como primeiro-ministro, toma posse o Primeiro
Governo Constitucional;
Em julho de 1976, Ramalho Eanes vence as eleições para Presidente
da República;
Em dezembro de 1976, realizam-se eleições para as autarquias
locais;
Módulo 8, Hiistória A 89
2.2.3 O Reconhecimento dos Movimentos Nacionalistas e o
Processo de Descolonização
O processo de descolonização iniciou-se imediatamente após o 25
de abril;
Foi um processo controverso e que suscitou muitas divisões no MFA
e na sociedade portuguesa;
Logo na noite do 25 de abril Spínola pressionou para que a clara
referência à autodeterminação dos povos africanos fosse
substituída por “implementar uma política ultramarina que conduza
à paz”;
Módulo 8, Hiistória A 90
O país dividiu-se, mas como o próprio Spínola reconheceu mais
tarde, “já não era possível adotar um modelo federalista”;
As pressões internacionais para Portugal conceder a independência
aumentam, no dia 10 de maio a ONU apela à Junta de Salvação
Nacional para consagrar a independência das colónias;
Os Movimentos de Libertação exigem uma solução rápida;
A nível interno a maioria dos partidos e da população apoiava a
concessão da independência e o regresso dos soldados portugueses
aí destacados;
Módulo 8, Hiistória A 91
É aprovada a Lei nº 7/74 que reconhece o direito das colónias à
independência;
A 27 de julho, o presidente, António Spínola comunica aos
portugueses essa decisão;
Iniciam-se negociações com o PAIGC (Guiné e Cabo Verde), FRELIMO
(Moçambique) e MPLA, UNITA, FNLA (Angola);
A negociação para a independência da Guiné inicia-se a i de julho de
1974 e é reconhecida a independência através dos Acordos de Argel
entre 25 e 29 de agosto;
A 5 de julho de 1975 é reconhecida a independência de Cabo Verde;
A 12 de julho é reconhecida a independência de São Tomé e
Príncipe;
Módulo 8, Hiistória A 92
Os casos de Moçambique e, sobretudo de Angola eram mais
complexos;
Portugal estava numa posição bastante frágil: em Portugal ouvia-se
cada vez mais repetir a frase “nem mais um soldado para as
colónias”, o exército português em África estava completamente
desmotivado , muitas vezes recusava-se a continuar o combate e a
instabilidade política que se vivia no continente dificultava as
capacidades de negociação de Portugal;
Não foi possível assegurar os interesses dos portuguese residentes
nas colónias;
Módulo 8, Hiistória A 93
No caso de Moçambique o MFA reconheceu como único e legítimo
representante a FRELIMO;
Em Moçambique nascem organizações políticas que contestam essa
legitimidade da FRELIMO;
Em 7 de setembro de 1974, Acordo de Lusaca, Portugal celebra um
acordo com a FRELIMO para a formação de um governo de
transição;
Logo, em Moçambique surge a Resistência Nacional Moçambicana
(RENAMO) que organiza a resistência armada;
Moçambique mergulha numa guerra civil, milhares de portugueses
regressam à metrópole, é o início do “movimento dos retornados”;
Módulo 8, Hiistória A 94
O caso angolano era o mais complexo, existiam 3 movimentos de
libertação, não só representavam ideologias diferentes como tinham
o seu apoio centrado em etnias diferentes;
Depois de negociações, no dia 15 de janeiro de 1975 é assinado o
Acordo de Alvor que reconhecias os 3 movimentos como os
representantes do povo angolano;
A independência é marcada para 11 de novembro;
Angola mergulha na guerra civil com a URSS a apoiar o MPLA e os
EUA a apoiarem a FNLA;
A África de Sul intervém apoiando a UNITA e invade o sul de Angola;
O MPLA pede ajuda internacional e Cuba envia milhares de soldados;
Módulo 8, Hiistória A 95
Em fevereiro de 1976 Portugal reconhece o governo do MPLA
embora, no sul existisse a autoproclamada República Democrática
de Angola, com sede em Huambo e sob a presidência de Jonas
Savimbi;
A guerra civil, com um pequeno período de de relativa paz nos finais
dos anos 80, só terminou em 2002 com a morte de Jonas Savimbi;
Angola era a colónia que mais população branca tinha e por isso foi
a que mais contribuiu para os cerca de meio milhão de retornados
que entre 1975 e 1976 chegaram a Portugal;
Módulo 8, Hiistória A 96
2.2. 4 A Revisão Constitucional de 1982 e o Funcionamento das
Instituições Democráticas
A primeira revisão Constitucional ficou concluída em setembro de
1982;
Estabeleceu o fim definitivo do período revolucionário e estabeleceu
um regime democrático, parlamentarista e pluralista;
É assinado um novo pacto MFA/Partidos que retira definitivamente
os militares da vida política portuguesa;
Módulo 8, Hiistória A 97
O novo texto constitucional:
Manteve inalterados os artigos que proibiam o retrocesso das
nacionalizações e na reforma agrária (abolidas na revisão de 1989);
Suavizou mas manteve os princípios socializantes;
Foi abolido o Conselho da Revolução e foi substituído pelo
Conselho de Estado e Tribunal Constitucional;
Os poderes do Presidente da República foram limitados e os da
Assembleia da República aumentados;
Módulo 8, Hiistória A 98
O Presidente da República é eleito por sufrágio direto por um
período de 5 anos e não pode exercer mais de dois mandatos
consecutivos;
É assistido por um Conselho de Estado que tem poder consultivo;
Tem o poder de veto suspensivo das leis;
Pode demitir o Governo, dissolver a Assembleia da República e
convocar eleições legislativas;
O nosso sistema político chama-se semipresidencialista;
Módulo 8, Hiistória A 99
A Assembleia da República é constituída por deputados eleitos por
círculos eleitorais correspondentes aos distritos e às regiões
autónomas, por um período de 4 anos;
Os deputados organizam-se por grupos parlamentares de acordo
com os partidos por que foram eleitos;
É o órgão legislativo;
Tem o poder de interpelar o governo, conferir-lhe autorizações
legislativas, discutir e aprovar o programa do governo;
Aprova o Orçamento;
Um governo só se pode manter se tiver apoio de uma maioria no
Parlamento;
Módulo 8, Hiistória A 100
O Governo e o órgão executivo, é constituído por ministros e
secretários de estado;
O primeiro-ministro é designado pelo Presidente da República de
acordo com os resultados eleitorais das legislativas;
O Governo pode legislar através de decretos-lei e de propostas de lei
apresentadas à Assembleia da República;
Módulo 8, Hiistória A 101
Os tribunais tem o poder judicial;
Os juízes são nomeados pelos Conselhos Superiores da
Magistratura;
O tribunal Constitucional, criado pela revisão de 1982, tem a função
de garantir o cumprimento da Constituição;
Módulo 8, Hiistória A 102
O governo das regiões autónomas (Açores e Madeira) é exercido por
um Governo Regional;
É eleita uma Assembleia Legislativa Regional com poderes legislativos
regionais;
Existe um ministro da República nomeado pelo Presidente da
República;
Módulo 8, Hiistória A 103
O poder local está estruturado em municípios e freguesias;
Existem órgãos legislativos (Assembleia Municipal e Assembleia de
Freguesia);
E órgãos executivos (Câmara Municipal e Junta de Freguesia);
Módulo 8, Hiistória A 104
2.3 O Significado Internacional da Revolução Portuguesa (não é de
aprofundamento)
A queda do Estado Novo em 25 de abril de 1974 foi o fim da mais
velha ditadura da Europa;
A implantação da democracia em Portugal contribuiu para quebrar o
isolamento do país e a sua aceitação nos organismos internacionais;
O fim do regime português foi o detonador para a queda de vários
regimes ditatoriais europeus:
Grécia (1974), vivia uma ditadura militar desde 1967;
Espanha (1975), após a morte do General Franco, no poder desde
1939, o seu sucessor, o rei D. Juan Carlos iniciou o processo de
regresso à democracia com eleições em 1977 e uma nova
Constituição aprovada em 1978;
Módulo 8, Hiistória A 105
A independência das nossas colónia contribuiu para o
enfraquecimento dos últimos bastiões brancos em África (Rodésia e
África do Sul);
Na Rodésia o regime viu-se obrigado a convocar eleições livres em
1980 que levaram à vitória do dirigente negro Robert Mugabe, o
nome do país foi mudado para Zimbabué (nome de uma antiga
civilização que tinha habitado no local);
A Namíbia, ocupada pela África do Sul, viu chegar ao poder o líder
negro da SWAPO, Sam Nujoma em 1989;
Na África do Sul as eleições livres organizadas em 1994 elegeram
Mandela com Presidente da república e levaram ao fim do regime
de apartheid e à constituição de um estado democrático e
multirracial;
Módulo 8, Hiistória A 106
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 112, Porto Editora, 2013
Antão, António, Preparação para o Exame Nacional 2014, História
A, 2013

Contenu connexe

Tendances

A regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismoA regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismohome
 
Do autoritarismo à Democracia
Do autoritarismo à DemocraciaDo autoritarismo à Democracia
Do autoritarismo à DemocraciaCarlos Vieira
 
O imobilismo político e crescimento económico português do pós II Guerra Mund...
O imobilismo político e crescimento económico português do pós II Guerra Mund...O imobilismo político e crescimento económico português do pós II Guerra Mund...
O imobilismo político e crescimento económico português do pós II Guerra Mund...Susana Cardoso Simões
 
Historia a-12-ano-resumo
Historia a-12-ano-resumoHistoria a-12-ano-resumo
Historia a-12-ano-resumoEscoladocs
 
Portugal. Da Revolução de 25 de Abril à estabilização da Democracia
Portugal. Da Revolução de 25 de Abril à estabilização da DemocraciaPortugal. Da Revolução de 25 de Abril à estabilização da Democracia
Portugal. Da Revolução de 25 de Abril à estabilização da Democraciahome
 
9 03 portugal no novo quadro internacional
9 03 portugal no novo quadro internacional9 03 portugal no novo quadro internacional
9 03 portugal no novo quadro internacionalVítor Santos
 
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na RússiaImplantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússiahome
 
9 03 portugal no novo quadro internacional
9 03 portugal no novo quadro internacional9 03 portugal no novo quadro internacional
9 03 portugal no novo quadro internacionalVítor Santos
 
7 03 a degradação do ambiente internacional
7 03 a degradação do ambiente internacional7 03 a degradação do ambiente internacional
7 03 a degradação do ambiente internacionalVítor Santos
 
As transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra MundialAs transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra MundialTeresa Maia
 
9 01 fim da guerra fria
9 01 fim da guerra fria9 01 fim da guerra fria
9 01 fim da guerra friaVítor Santos
 
6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente
6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente
6 04 portugal uma sociedade capitalista dependenteVítor Santos
 
A questão colonial e o 25 de abril
A questão colonial e o 25 de abrilA questão colonial e o 25 de abril
A questão colonial e o 25 de abrilCarlos Vieira
 
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das ArtesAs Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das ArtesJorge Fernandes
 
Mundo comunista
Mundo comunistaMundo comunista
Mundo comunistahome
 
A reconstrucao posguerra
A reconstrucao posguerraA reconstrucao posguerra
A reconstrucao posguerraPatrícia Alves
 
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunosVítor Santos
 

Tendances (20)

A regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismoA regressão do demoliberalismo
A regressão do demoliberalismo
 
Do autoritarismo à Democracia
Do autoritarismo à DemocraciaDo autoritarismo à Democracia
Do autoritarismo à Democracia
 
O imobilismo político e crescimento económico português do pós II Guerra Mund...
O imobilismo político e crescimento económico português do pós II Guerra Mund...O imobilismo político e crescimento económico português do pós II Guerra Mund...
O imobilismo político e crescimento económico português do pós II Guerra Mund...
 
Historia a-12-ano-resumo
Historia a-12-ano-resumoHistoria a-12-ano-resumo
Historia a-12-ano-resumo
 
Portugal. Da Revolução de 25 de Abril à estabilização da Democracia
Portugal. Da Revolução de 25 de Abril à estabilização da DemocraciaPortugal. Da Revolução de 25 de Abril à estabilização da Democracia
Portugal. Da Revolução de 25 de Abril à estabilização da Democracia
 
9 03 portugal no novo quadro internacional
9 03 portugal no novo quadro internacional9 03 portugal no novo quadro internacional
9 03 portugal no novo quadro internacional
 
Modulo 8 e 9 historia A 12ºano
Modulo 8 e 9 historia A 12ºanoModulo 8 e 9 historia A 12ºano
Modulo 8 e 9 historia A 12ºano
 
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na RússiaImplantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
Implantação do Marxismo-Leninismo na Rússia
 
Frentes populares
Frentes popularesFrentes populares
Frentes populares
 
9 03 portugal no novo quadro internacional
9 03 portugal no novo quadro internacional9 03 portugal no novo quadro internacional
9 03 portugal no novo quadro internacional
 
7 03 a degradação do ambiente internacional
7 03 a degradação do ambiente internacional7 03 a degradação do ambiente internacional
7 03 a degradação do ambiente internacional
 
As transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra MundialAs transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra Mundial
 
9 01 fim da guerra fria
9 01 fim da guerra fria9 01 fim da guerra fria
9 01 fim da guerra fria
 
6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente
6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente
6 04 portugal uma sociedade capitalista dependente
 
A questão colonial e o 25 de abril
A questão colonial e o 25 de abrilA questão colonial e o 25 de abril
A questão colonial e o 25 de abril
 
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das ArtesAs Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
As Vanguardas: Ruturas com os Cânones das Artes
 
Mundo comunista
Mundo comunistaMundo comunista
Mundo comunista
 
A reconstrucao posguerra
A reconstrucao posguerraA reconstrucao posguerra
A reconstrucao posguerra
 
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
6 01 as transformações economicas na europa e no mundo_alunos
 
O Estado Novo
O Estado NovoO Estado Novo
O Estado Novo
 

En vedette

Portugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaPortugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaJoão Costa
 
Portugal: Do Autoritarismo a Democracia
Portugal: Do Autoritarismo a DemocraciaPortugal: Do Autoritarismo a Democracia
Portugal: Do Autoritarismo a DemocraciaJoão Fernandes
 
Apresentação Portugal o imobilismo político
Apresentação Portugal o imobilismo políticoApresentação Portugal o imobilismo político
Apresentação Portugal o imobilismo políticoLaboratório de História
 
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974Laboratório de História
 
Portugal do autoritarismo à democracia
Portugal do autoritarismo à democraciaPortugal do autoritarismo à democracia
Portugal do autoritarismo à democraciamaria40
 
Do autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democraciaDo autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democraciacattonia
 
00 2 preparação_exame_nacional_2017
00 2 preparação_exame_nacional_201700 2 preparação_exame_nacional_2017
00 2 preparação_exame_nacional_2017Vítor Santos
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedralVítor Santos
 
Portugal democrático
Portugal democráticoPortugal democrático
Portugal democráticomaria40
 
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...Vítor Santos
 
Resumos de História 12ºano - Preparação para exame
Resumos de História 12ºano - Preparação para exameResumos de História 12ºano - Preparação para exame
Resumos de História 12ºano - Preparação para exameMaria Rebelo
 
03 1 cultura_do_mosteiro
03 1 cultura_do_mosteiro03 1 cultura_do_mosteiro
03 1 cultura_do_mosteiroVítor Santos
 
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415Laboratório de História
 
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Laboratório de História
 
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415Laboratório de História
 
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415Laboratório de História
 
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficasApresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficasLaboratório de História
 

En vedette (20)

Portugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democraciaPortugal:Do autoritarismo à democracia
Portugal:Do autoritarismo à democracia
 
Portugal: Do Autoritarismo a Democracia
Portugal: Do Autoritarismo a DemocraciaPortugal: Do Autoritarismo a Democracia
Portugal: Do Autoritarismo a Democracia
 
Apresentação Portugal o imobilismo político
Apresentação Portugal o imobilismo políticoApresentação Portugal o imobilismo político
Apresentação Portugal o imobilismo político
 
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
Caderno Diário Imobilismo político e crescimento político do pós guerra a 1974
 
Portugal do autoritarismo à democracia
Portugal do autoritarismo à democraciaPortugal do autoritarismo à democracia
Portugal do autoritarismo à democracia
 
Do autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democraciaDo autoritarismo à democracia
Do autoritarismo à democracia
 
00 2 preparação_exame_nacional_2017
00 2 preparação_exame_nacional_201700 2 preparação_exame_nacional_2017
00 2 preparação_exame_nacional_2017
 
01 cultura da catedral
01 cultura da catedral01 cultura da catedral
01 cultura da catedral
 
Portugal democrático
Portugal democráticoPortugal democrático
Portugal democrático
 
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
8 03 as transformações sociais e culturais do terceiro quartel do século xx a...
 
25 de Abril de 1974
25 de Abril de 197425 de Abril de 1974
25 de Abril de 1974
 
Resumos de História 12ºano - Preparação para exame
Resumos de História 12ºano - Preparação para exameResumos de História 12ºano - Preparação para exame
Resumos de História 12ºano - Preparação para exame
 
03 1 cultura_do_mosteiro
03 1 cultura_do_mosteiro03 1 cultura_do_mosteiro
03 1 cultura_do_mosteiro
 
Caderno diário a grande depressão 1314
Caderno diário a grande depressão 1314Caderno diário a grande depressão 1314
Caderno diário a grande depressão 1314
 
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
Caderno Diário A revolução russa e o marxismo leninismo n.º 16 1415
 
Caderno diário marxismo leninismo
Caderno diário marxismo leninismoCaderno diário marxismo leninismo
Caderno diário marxismo leninismo
 
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
 
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
Caderno diário as opções totalitárias n.º 19 1415
 
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
Caderno diário os loucos anos 20 n.º 17 1415
 
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficasApresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
Apresentação Portugal coordenadas económicas e demográficas
 

Similaire à 8 02 portugal do autoritarismo à democracia alunos

00 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_201700 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_2017Vítor Santos
 
H2 o caso português
H2 o caso portuguêsH2 o caso português
H2 o caso portuguêsVítor Santos
 
História economica do brasil – do imperio à republica - FACULDADE ESPIRITA
História economica do brasil – do imperio à republica - FACULDADE ESPIRITAHistória economica do brasil – do imperio à republica - FACULDADE ESPIRITA
História economica do brasil – do imperio à republica - FACULDADE ESPIRITAFACULDADE ESPÍRITA
 
A Civilização Industrial do séc. XIX, O Caso Português, História
A Civilização Industrial do séc. XIX, O Caso Português, HistóriaA Civilização Industrial do séc. XIX, O Caso Português, História
A Civilização Industrial do séc. XIX, O Caso Português, HistóriaCatarina Sousa
 
Formao Territ E Globalizao Br
Formao Territ E Globalizao BrFormao Territ E Globalizao Br
Formao Territ E Globalizao BrCMR
 
Indústria no brasil
Indústria no brasilIndústria no brasil
Indústria no brasilWander Junior
 
12 o após_guerra_fria_e_a_globlização
12 o após_guerra_fria_e_a_globlização12 o após_guerra_fria_e_a_globlização
12 o após_guerra_fria_e_a_globlizaçãoVítor Santos
 
A industrialização brasileira pós 2ª guerra
A industrialização brasileira pós 2ª guerraA industrialização brasileira pós 2ª guerra
A industrialização brasileira pós 2ª guerrakarolpoa
 
Cp dr3-micaela-angelina-carla
Cp dr3-micaela-angelina-carlaCp dr3-micaela-angelina-carla
Cp dr3-micaela-angelina-carlaestreitoformaefas
 
Industrialização brasileira
Industrialização brasileiraIndustrialização brasileira
Industrialização brasileirafernandesrafael
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRANinho Cristo
 
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médioO Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médioProfWellingtonAleixo
 
Imigração portuguesa no brasil
Imigração portuguesa no brasilImigração portuguesa no brasil
Imigração portuguesa no brasilLorrany Viana
 
Portugal, 1910-1940: da República ao Estado Novo
Portugal, 1910-1940: da República ao Estado NovoPortugal, 1910-1940: da República ao Estado Novo
Portugal, 1910-1940: da República ao Estado NovoCláudio Carneiro
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRANinho Cristo
 

Similaire à 8 02 portugal do autoritarismo à democracia alunos (20)

00 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_201700 3 preparação_exame_nacional_2017
00 3 preparação_exame_nacional_2017
 
H2 o caso português
H2 o caso portuguêsH2 o caso português
H2 o caso português
 
Portugal
PortugalPortugal
Portugal
 
História economica do brasil – do imperio à republica - FACULDADE ESPIRITA
História economica do brasil – do imperio à republica - FACULDADE ESPIRITAHistória economica do brasil – do imperio à republica - FACULDADE ESPIRITA
História economica do brasil – do imperio à republica - FACULDADE ESPIRITA
 
A Civilização Industrial do séc. XIX, O Caso Português, História
A Civilização Industrial do séc. XIX, O Caso Português, HistóriaA Civilização Industrial do séc. XIX, O Caso Português, História
A Civilização Industrial do séc. XIX, O Caso Português, História
 
Modulo
ModuloModulo
Modulo
 
Formao Territ E Globalizao Br
Formao Territ E Globalizao BrFormao Territ E Globalizao Br
Formao Territ E Globalizao Br
 
Indústria no brasil
Indústria no brasilIndústria no brasil
Indústria no brasil
 
12 o após_guerra_fria_e_a_globlização
12 o após_guerra_fria_e_a_globlização12 o após_guerra_fria_e_a_globlização
12 o após_guerra_fria_e_a_globlização
 
A industrialização brasileira pós 2ª guerra
A industrialização brasileira pós 2ª guerraA industrialização brasileira pós 2ª guerra
A industrialização brasileira pós 2ª guerra
 
Cp dr3-micaela-angelina-carla
Cp dr3-micaela-angelina-carlaCp dr3-micaela-angelina-carla
Cp dr3-micaela-angelina-carla
 
CP DR3
CP DR3CP DR3
CP DR3
 
CP DR3
CP DR3CP DR3
CP DR3
 
Industrialização brasileira
Industrialização brasileiraIndustrialização brasileira
Industrialização brasileira
 
A indústria no brasil ifpe
A indústria no brasil ifpeA indústria no brasil ifpe
A indústria no brasil ifpe
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
 
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médioO Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
O Brasil na era das maquinas. 2 Ano do ensino médio
 
Imigração portuguesa no brasil
Imigração portuguesa no brasilImigração portuguesa no brasil
Imigração portuguesa no brasil
 
Portugal, 1910-1940: da República ao Estado Novo
Portugal, 1910-1940: da República ao Estado NovoPortugal, 1910-1940: da República ao Estado Novo
Portugal, 1910-1940: da República ao Estado Novo
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
 

Plus de Vítor Santos

5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdfVítor Santos
 
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdfVítor Santos
 
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdfVítor Santos
 
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdfVítor Santos
 
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdfVítor Santos
 
03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdf03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdfVítor Santos
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdfVítor Santos
 
03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdfVítor Santos
 
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdfVítor Santos
 
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdfVítor Santos
 
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdfVítor Santos
 
02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdf02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdfVítor Santos
 
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdfVítor Santos
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdfVítor Santos
 
01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdfVítor Santos
 
01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdf01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdfVítor Santos
 

Plus de Vítor Santos (20)

5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
5_02_a revolução francesa_RESUMO.pdf
 
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
5_01_a revolução americana_francesa_outras.pdf
 
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
10_2_A _2_Guerra_mundial_violência.pdf
 
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
10_1_As dificuldades económicas dos anos 1930.pdf
 
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
9_ano_9_4_sociedade_cultura_num_mundo_em_mudança.pdf
 
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
9_ano_9_3_Portugal da primeira república à ditadura militar.pdf
 
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
9_ano_9_2_a_revolução_soviética.pdf
 
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
9_ano_9_1_ apogeu e declinio da influencia europeia.pdf
 
03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdf03_05 As novas representações da humanidade.pdf
03_05 As novas representações da humanidade.pdf
 
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
03_04 A renovação da espiritualidade e da religiosidade.pdf
 
03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf03_03 A produção cultural.pdf
03_03 A produção cultural.pdf
 
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
03_02 O alargamento do conhecimento do Mundo.pdf
 
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf03_01 a geografia cultural europeia.pdf
03_01 a geografia cultural europeia.pdf
 
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
02_03_Valores vivências e quotidiano.pdf
 
02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdf02_02_o espaço português.pdf
02_02_o espaço português.pdf
 
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
02_01_A identidade civilizacional da Europa Ocidental.pdf
 
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
01_03_espaço_civliziçacional_a_beira_mudança.pdf
 
01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf01_02_o_modelo_romano.pdf
01_02_o_modelo_romano.pdf
 
01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdf01_01_o_modelo_ateniense.pdf
01_01_o_modelo_ateniense.pdf
 
0_história_A.pdf
0_história_A.pdf0_história_A.pdf
0_história_A.pdf
 

Dernier

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 

Dernier (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 

8 02 portugal do autoritarismo à democracia alunos

  • 1. História A - Módulo 8 Portugal e o Mundo da Segunda Guerra Mundial ao início da década de 80 – Opções Internas e Contexto Internacional Unidade 2 Portugal do autoritarismo à democracia http://divulgacaohistoria.wordpress.com/
  • 2. Módulo 8, Hiistória A 2 2.1 Imobilismo Político e Crescimento Económico do Pós-Guerra a 1974 A neutralidade permitiu ao regime sobrevir no pós Segunda Guerra Mundial; Nos Anos 60 declara-se a guerra colonial e a emigração portuguesa atinge níveis, até então nunca vistos; Existem contradições no crescimento português: atraso da agricultura e do interior português e crescimento industrial e urbano; Mas Portugal não acompanhou o crescimento económico da Europa e no início dos Anos 70 era um país pobre e atrasado;
  • 3. Módulo 8, Hiistória A 3 2.1.1 Coordenadas económicas e demográficas Apesar das várias campanhas para aumentar a produção agrícola desencadeadas pelo Estado Novo sobretudo nos anos 40 e 50, a agricultura portuguesa era muito pobre e os índices de produtividade não atingiam metade da média europeia; A propriedade agrícola em Portugal apresentava uma grande assimetria: Norte de minifúndio não possibilitava a mecanização e no Sul grandes latifúndios subaproveitados;
  • 4. Módulo 8, Hiistória A 4 O Estado Novo procura modernizar a agricultura e no II Plano de Fomento (1959-1964) propõe algumas alterações às estruturas fundiárias; Norte – constituição de maiores propriedades, o Estado adquiria pequena propriedades que eram emparceladas e vendidas a jovens agricultores mais empreendedores e com capacidade de investir na mecanização; Sul – incentivou-se a constituição de propriedades mais pequenas que seriam entregues a jovens rendeiros; O Estado incentivou a diversificação da produção e lançou um plano de rega para o Alentejo;
  • 5. Módulo 8, Hiistória A 5 Mas este plano contou com a forte oposição dos grandes latifundiários do Sul que pretendiam continuar a explorar a terra à custa de baixos salários; No Norte, os proprietários recusavam-se a vender as suas pequenas terras; Perante a oposição dos proprietários a alteração das estruturas fundiárias nunca foi feita; A política agrária do Estado Novo acabou por resumir-se à concessão de subsídios que favoreciam sobretudo os grandes latifundiários; Os preços dos produtos agrícolas mantinham-se baixos desincentivando os investimentos,
  • 6. Módulo 8, Hiistória A 6 Nos anos 60, o país inicia a sua industrialização e a agricultura é relegada para segundo plano; Nos finais da década há um grande decréscimo da taxa de crescimento do Produto Agrícola Nacional (5,5% nos anos 50 e 1% nos anos 60); Como consequência temos um êxodo rural maciço que esvaziou as aldeias do interior; As populações que permanecem ficam agarradas à produção de alimentos pobres (cereais, batata, arroz) e não conseguem responder à maior procura de alimento como ovos, carne, fruta; Outra consequência foi o aumento das importações que agrava a balança comercial portuguesa;
  • 7. Módulo 8, Hiistória A 7 A emigração em Portugal persiste desde a época dos Descobrimentos; Reduz-se nos anos 30 e 40, primeiro devido à Grande Depressão e depois por causa da Segunda Guerra Mundial; Nos anos 60 atinge os maiores níveis da História portuguesa (que estão a ser alcançado nesta década); A emigração não foi só para as cidades mas fundamentalmente para países mais ricos da Europa (Alemanha, França, Luxemburgo, Suíça) e para a América e África do Sul e para as colónias portuguesas; O Brasil perdeu importância como destino da emigração portuguesa;
  • 8. Módulo 8, Hiistória A 8 Causas da emigração: Crescimento demográfico intenso nos anos 30 e 40, o aumento da população não foi absorvido pela economia portuguesa; Pobreza de muitos setores da população, sobretudo a população agrícola do interior; Fuga de jovens ao serviço militar obrigatório e ao consequente envio para as colónias portuguesas (guerra colonial); Promoção pelo Estado Novo da ocupação das colónias por população branca; Despenalização da emigração clandestina quando Salazar percebeu a importância para economia nacional das remessas de dinheiro dos emigrantes;
  • 9. Módulo 8, Hiistória A 9 Os emigrantes eram na sua maioria jovens (18 aos 29 anos); Provinham do Norte, da Madeira e Açores; Eram pequenos agricultores ou trabalhadores do setor primário; Mais de metade da emigração foi clandestina (“a salto”); Existiam muitas restrições à emigração legal: estava subordinada aos interesses económicos da nação, à valorização das colónias com emigração branca, era exigido um certificado de habilitações da 3ª classe e era exigido que o serviço militar estivesse cumprido;
  • 10. Módulo 8, Hiistória A 10 Nos inícios dos anos 60 o governo português fez acordos com os países de acolhimento que permitiam a obtenção de algumas regalias sociais e livre transferência para Portugal de dinheiro; Essas transferência representavam 4% do PIB português nos anos 60 e duplicaram na década de 70; Isso levou o governo a despenalizar a emigração clandestina pois as remessas dos emigrantes contribuíam para o equilíbrio da balança de pagamentos do país; A emigração era um sinal da pobreza e subdesenvolvimento de Portugal;
  • 11. Módulo 8, Hiistória A 11 Consequências da emigração: Falta de trabalhadores; Desagregação de famílias; Despovoamento do interior; Envelhecimento da população;
  • 12. Módulo 8, Hiistória A 12 O contacto dos emigrantes com outras pessoas, outros regimes políticos mudou as mentalidades e contribuiu para abalar as estruturas rurais em que assentava o imobilismo do regime; A transferência de dinheiros equilibrou a balança comercial; Resolveu o equilíbrio entre o crescimento económico e o atraso económico; Dinamização do consumo interno por parte das famílias dos emigrantes;
  • 13. Módulo 8, Hiistória A 13 O surto industrial A tentativa de autarcia do Estado Novo não surtiu efeito, Portugal continuou dependente do estrangeiro em matérias-primas, energia, equipamentos, energia, adubos e alimentos; Com o eclodir da Segunda Guerra Mundial o abastecimento de produtos começou a escassear; O setor agrícola também denota grandes dificuldades; Neste contexto ganha força a ideia de apostar no desenvolvimento industrial;
  • 14. Módulo 8, Hiistória A 14 Em 1945 é publicada a Lei do Fomento e Reorganização Industrial que estabelece os princípios da política industrializadora portuguesa; O objetivo central é diminuir as importações, ou seja, na Mundo pós-guerra, o Estado Novo continua a apostar na ideia de autarcia; Portugal mostrava-se assim completamente de fora da Mundo criado em Bretton Woods; Numa aparente contradição com o ideal de autarcia, Portugal aderiu em abril de 1948 à Organização Europeia de Cooperação Económica (OECE), integrando-se nas estruturas do Plano Marshall;
  • 15. Módulo 8, Hiistória A 15 Portugal acabou por beneficiar pouco da ajuda americana, numa primeira fase, prescindiu desse apoio, e só os péssimos resultados económicos levou Estado Novo a solicitar ajuda que só foi concedida em parte (entre 1949-1951, 58 milhões de dólares); É estabelecido o I Plano de Fomento (1953-1958)que continua a defender a “vocação agrícola de Portugal” e aposta na construção de infraestruturas (eletricidade, transportes e comunicações), investimento de 75 mil milhões de escudos;
  • 16. Módulo 8, Hiistória A 16 O II Plano de Fomento (1959-1964) alarga o investimento e dá prioridade à indústria transformadora de base, indústria pesada que é considera estruturante da economia (siderurgia, refinação de petróleo, adubos, químicos, celulose, etc.); Neste plano a agricultura é secundarizada; Este plano surtiu mais efeitos do que o anterior, não só pelos montantes mais elevados investidos mas também porque Portugal passa a integrar a economia mundial; Em 1960 integra a EFTA, assina acordos com o (BIRD) – (Banco Mundial) e o FMI (Fundo Monetário Internacional); Em 1962 assina o protocolo do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio) Os dois Planos mantiveram o objetivo da autarcia e foram subordinados à Lei do Condicionamento Industrial;
  • 17. Módulo 8, Hiistória A 17 Nos anos 60 inicia-se uma segunda fase na política económica portuguesa com a abertura ao exterior e o reforço da economia privada; O Plano Intercalar de Fomento (1965-1967) afasta a ideia de autarcia; É posta em causa a política de condicionamento industrial; O ciclo da política económica de Salazar baseado nos ideais de autarcia e de aposta na agricultura aproxima-se do fim;
  • 18. Módulo 8, Hiistória A 18 É com Marcello Caetano como Presidente do Conselho que se inicia o III Plano de Fomento (1968-1973); Este plano muda a orientação da política económica e coloca como objetivos: o normal funcionamento da concorrência e dos mercados, na concentração empresarial, na captação de investimentos estrangeiros e numa política que aposta na exportação; Apela ao dinamismo dos empresários e que “pensem mais no futuro do que no passado”; Esta política levou ao crescimento de grandes grupos económicos; Acelerou o crescimento económico do país mas Portugal continuava a manter um enorme atraso em relação à Europa;
  • 19. Módulo 8, Hiistória A 19 A urbanização O surto de desenvolvimento industrial traduziu-se no crescimento do setor terciário e no crescimento das cidades; Em 1970 cerca de 66% da população portuguesa vivia em cidades fruto do êxodo rural que Portugal vivia com cerca de 100 anos de atraso; As cidades que mais cresceram foram as cidades do litoral oeste (entre Braga e Setúbal) onde se concentram as indústrias e os serviços; As cidades que mais crescem são Porto e Lisboa, surge o “Grande Porto” e a “Grande Lisboa”;
  • 20. Módulo 8, Hiistória A 20 Nos arredores das cidades crescem os dormitórios; O crescimento da população urbana não foi acompanhado pelo desenvolvimento das infraestruturas, habitações sociais, estruturas sanitárias, transportes públicos; Aumentam as construções clandestinas, os “bairros de lata” e degradam-se as condições de vida de uma parte da população; O crescimento urbano teve alguns efeitos positivos: desenvolvimento dos setores dos serviços, acesso ao ensino de uma maior parte da população; A urbanização do país foi abrindo as mentalidades;
  • 21. Módulo 8, Hiistória A 21 O surto industrial e urbano O surto industrial e urbano verificado a partir de 1945 assenta na convicção de alguns membros do regime que no crescimento industrial que deveria assentar o verdadeiro motor de todo o sistema económico nacional. Esta posição vai ganhando consistência medida que o setor agrícola se vai revelando incapaz de responder às necessidades económicas do país;
  • 22. Módulo 8, Hiistória A 22 Primeira fase Numa primeira fase, nos anos 50 e até meados de 60, o desenvolvimento da indústria portuguesa insere-se ainda na política económica nacionalista e autárcica, submetida a regras de condicionamento. É o tempo dos primeiros Planos de Fomento: - o l Plano, entre 1953 e 1958, prioridade à criação das infraestruturas, concretamente ao desenvolvimento dos setores elétrico, dos transportes e das comunicações; - o ll Plano, entre 1959 e 1964;
  • 23. Módulo 8, Hiistória A 23 Segunda fase A partir da segunda metade dos anos 60, a abertura ao exterior e o reforço da economia privada são, de forma cada vez mais assumida, as grandes opções da política económica nacional, evidenciadas por um (Plano Intercalar de Fomento, entre 1965 e 1967). Há uma clara inversão da política da autarcia das primeiras décadas do Estado Novo Era o fim definitivo do ciclo conservador e ruralista de Salazar e a afirmação das novas opções para a Economia nacional, defendidas por jovens políticos, entre os quais sobressaía Marcello Caetano.
  • 24. Módulo 8, Hiistória A 24 Terceira fase Marcello Caetano, nomeado para Presidente do Conselho em 1968, quem lança o III Plano de Fomento (1968-1973): Internacionalização da economia portuguesa; Desenvolvimento da indústria privada como setor dominante da economia nacional; Crescimento do setor terciário e consequente incremento urbano; Surgem grandes grupos económicos, como o complexo de Sines e a Siderurgia Nacional, em consequência dos estímulos dados aos empresários capitalistas, os grandes suportes do regime, e do apoio às grandes concentrações industriais
  • 25. Módulo 8, Hiistória A 25 O fomento económico das colónias O pós Segunda Guerra Mundial marcou uma viragem na política económica colonial portuguesa; Até meados dos anos 40 a exploração colonial esteve marcada pela exploração do trabalho dos negros em grandes explorações agrícolas; O reconhecimento das colónias como uma extensão natural do territórios português levou Salazar a autorizar a instalação de indústrias; Há um reforço da colonização branca, aumento dos investimentos públicos e privados e uma abertura aos investimentos estrangeiros;
  • 26. Módulo 8, Hiistória A 26 Angola e Moçambique foram os territórios que receberam mais atenção; A partir de 1953 os investimentos do Estado nas colónias foram incluídos nos Planos de Fomento: Construção de infraestruturas (caminhos de ferro, pontes, estradas, barragens, portos, aeroportos); Modernização da agricultura (produtos tropicais: açúcar, sisal, café, algodão, etc.); Desenvolvimento das indústrias extrativas (diamantes, petróleo, ferro); O setor industrial cresceu como consequência da política de maior liberalização da iniciativa privada e do aumento do mercado (colonos brancos);
  • 27. Módulo 8, Hiistória A 27 A eclodir da guerra colonial (Angola, 1961 e Moçambique, 1964) aumentou o investimento nas colónias; Era necessário aumentar a presença portuguesa nas colónias; Em 1961, foi lançado o Espaço Económico Português (EPP) que previa a anulação de todas as barreiras alfandegárias e a criação de uma “área económica comum”; A subordinação das economias ultramarinas ao interesse da metrópole e os diferentes graus de desenvolvimento das colónias inviabilizou a criação desse “mercado único”; No entanto o EPP levou ao desenvolvimento colonial e representou o grande esforço do Estado Novo para manter intacto o Império;
  • 28. Módulo 8, Hiistória A 28 2.1.2 A Radicalização das Oposições e o Sobressalto Político de 1958 O fim da Segunda Guerra Mundial marcou o triunfo das democracias ocidentais e da URSS sobre as ditaduras de direita; Salazar percebeu que o regime deveria, pelo menos na aparência, democratizar-se para sobreviver: Concedeu amnistia a alguns presos políticos; Renovou a polícia política que mudou o nome de PVDE para PIDE; Procedeu a uma renovação constitucional para introduzir o sistema de eleições de deputados por círculos eleitorais em vez de um círculo único; Proclamou a liberdade de imprensa; Dissolveu a Assembleia da República e convocou eleições; Convidou a oposição a participar nas eleições;
  • 29. Módulo 8, Hiistória A 29 Para muitos opositores o momento é o ideal, uma vaga democrática estende-se pela Europa e muitos acreditam que o Estado Novo se aproximava do fim; Em 1945 nasceu o MUD (Movimento de Unidade Democrática) que unia as forças da oposição, até então obrigadas à clandestinidade; Vive-se uma época de euforia da oposição democrática; O MUD reivindicou algumas exigências que considerou fundamentais: Adiamento das eleições por 6 meses (para permitir a formação de partidos políticos); Renovação dos cadernos eleitorais (abrangiam apenas 15% da população); Liberdade de imprensa e de reunião;
  • 30. Módulo 8, Hiistória A 30 Nenhuma destas reivindicações foi atendida pelo governo de Salazar: As eleições não foram adiadas; Não foi concedida liberdade de imprensa e de reunião; Os cadernos eleitorais não foram atualizados; Não estavam reunidas as condições mínimas para se realizarem eleições livres e o MUD desistiu à boca das urnas; As listas de adesão ao MUD foram utilizadas pelo governo para perseguir e prender opositores ao regime;
  • 31. Módulo 8, Hiistória A 31 No plano internacional o clima de guerra fria desenvolvia-se e a prioridade das democracias ocidentais passou a ser deter o avanço do comunismo, e o governo de Salazar servia esses propósitos; Em 1949 Portugal era um membro fundador da NATO o que equivalia a uma aceitação do regime por parte das democracias que participavam na organização; Em 1949, pela primeira vez um candidato da oposição concorre à eleições para Presidente da República, o general Norton de Matos; A sua candidatura entusiasmou o país mas devido à repressão e perseguições por parte do regime, Norton de Matos desistiu nas vésperas das eleições, face à impossibilidade de as vencer;
  • 32. Módulo 8, Hiistória A 32 Nos anos que se seguiram a oposição dividiu-se e enfraqueceu; Em 1958 surge a candidatura do general Humberto Delgado a Presidente da República; Provinha das fileiras do regime mas tornou-se uma grande fenómeno político e as manifestações de apoio tornaram-se gigantescas; Declarou que se fosse eleito demitira Salazar, passou a ser conhecido por “General sem medo”; Esta candidatura fez tremer o regime; Apesar de reconhecer que haveria uma burla eleitoral prometeu não desistir e ir até ao fim e apelou à participação de todos para desmascararem com o seu voto os “traidores e cobardes”;
  • 33. Módulo 8, Hiistória A 33 O resultado oficial das eleições deu 75% dos votos ao candidato do regime, o contra-almirante Américo Tomás; Mas a credibilidade do regime foi muito abalada; Salazar para evitar novo abalo mudou a Constituição e a eleição do Presidente da República deixou de ser por sufrágio direto e passou a ser eleito por um colégio eleitoral restrito;
  • 34. Módulo 8, Hiistória A 34 Nos anos seguintes intensifica-se a oposição a Salazar: D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto, escreveu uma carta a Salazar, onde criticava fortemente o regime e defendia a doutrina social da Igreja, como consequência o bispo do Porto foi forçado ao exílio até junho de 1969; O general Humberto Delgado foi obrigado ao exílio, primeiro foi para o Brasil e a partir de 1963, estabeleceu-se na Argélia e fundou a Frente Patriótica de Libertação Nacional, em 1965, o general foi atraído a Badajoz e assassinado pela PIDE;
  • 35. Módulo 8, Hiistória A 35 Em janeiro de 1961 o navio português Santa Maria foi assaltado no mar das Caraíbas pelo comandante Henrique Galvão como forma de protesto contra a falta de liberdade em Portugal. Este ato teve uma enorme repercussão internacional;
  • 36. Módulo 8, Hiistória A 36 Duas tentativas de golpes militares para derrubar o regime: Conspiração da Sé (1959) e Revolta de Beja (1961); Em 1961, Palma Inácio, desviou um avião da TAP e inundou Lisboa de propaganda contra o regime; Em 1967, um grupo liderado por Palma Inácio, (LUAR – Liga de Unidade e Ação Revolucionária) assalta uma dependência do Banco de Portugal para angariar fundos para a oposição ao regime. Conseguiu fugir e apesar de várias tentativas do regime para extraditarem Palma Inácio tal não foi concedido; Muitas outras ações de contestação ao regime continuaram a ser realizadas pela oposição;
  • 37. Módulo 8, Hiistória A 37 2.1.3 A Questão Colonial A partir do final da Segunda Guerra Mundial a questão colonial passa a ser um problema para Portugal, a aprovação da Carta das Nações Unidas, a primeira vaga de descolonizações muda a conjuntura internacional, os países europeus, com maior ou menor relutância, vão concedendo a independência às suas antigas colónias; Salazar tem de se adaptar aos novos tempos e recusar qualquer cedência às crescentes pressões internacionais;
  • 38. Módulo 8, Hiistória A 38 A adaptação é realizada, numa primeira fase, em duas vertentes: Ideológica – a ”mística do império” dos anos 30 é substituída pela ideia da “singularidade da colonização portuguesa”, inspirada nas ideias do sociólogo brasileiro Gilberto Freire (1900-1987); É a teoria do lusotropicalismo, segundo a qual os portugueses tinham revelado uma grande capacidade de adaptação à vida nas regiões tropicais, e sem atitudes racistas tinham-se entregue à miscigenação e à fusão de culturas; Esta teoria é utilizada nos anos 50 para retirar à colonização portuguesa o carácter opressivo dos outros colonizadores e torná-la única; Para além disso o Estado Novo destaca o papel evangelizador e civilizador de Portugal;
  • 39. Módulo 8, Hiistória A 39 Jurídica – Salazar decidiu eliminar de todos os diplomas legais as expressões “colónia” ou “império colonial”; Em 1951 o Ato Colonial é revogado; O conceito de império é substituído pelo de Ultramar, as colónias passaram a ser Províncias Ultramarinas, passaram a ter equivalência jurídica a qualquer província do continente; O país estendia-se “do Minho a Timor”; O “Império Português” desaparece e é substituído pelo “Ultramar Português”; Na Constituição portuguesa as colónias passam a ser consideradas legítimas extensões de Portugal Continental; Este é o argumento português quando a nível internacional é questionado sobre a questão colonial;
  • 40. Módulo 8, Hiistória A 40 Esta posição do Estado Novo manteve-se inalterada até ao início dos anos 60; Em 1961 com o eclodir da guerra em Angola e a invasão dos territórios da Índia (Goa, Damão e Diu), pelo exército da União Indiana, surgem divergências sobre a atitude e tomar em relação ao Ultramar; Surgem duas teses diferentes: A integracionista que defende a continuação da política de integração plena e incondicional das colónias no Estado português, esta tese implicava a resistência armada à luta iniciada pelos movimentos de libertação que eram considerados terroristas;
  • 41. Módulo 8, Hiistória A 41 A federalista considerava que face à pressão internacional e aos custos de uma guerra em África não era possível continuar e defendia uma progressiva autonomia das colónias e a constituição de uma federação de estados; Esta tese foi apoiado por alguns elementos da oposição democrática, por membros do governo e do exército português; Salazar manteve a ideia de manter o “império português” e quando surgem as rebeliões em África, envia para Angola e Moçambique tropas portugueses, “rapidamente e em força”, nas suas próprias palavras; Tinha início uma guerra que se iria prolongar por 13 anos, até 1974;
  • 42. Módulo 8, Hiistória A 42 A luta iniciou-se em Angola em fevereiro de 1961 com os primeiros ataques levados a cabo pela União das Populações de Angola (UPA) formada em 1955 por Holden Roberto, em 1962 será transformado na Frente de Libertação de Angola (FNLA); Em 1956 surge o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), liderado por Agostinho Neto; A União para a Independência Total de Angola (UNITA), chefiada por Jonas Savimbi surge me 1962;
  • 43. Módulo 8, Hiistória A 43 Em Moçambique surge a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) fundada por Eduardo Mondlane, em 1962; Na Guiné é criado o Partido para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), criado por Amílcar Cabral, em 1956;
  • 44. Módulo 8, Hiistória A 44 A guerra iniciou-se em 1961 em Angola com um ataque a algumas fazendas e postos administrativos e rapidamente alastrou a todo o território; Na Guiné o conflito eclodiu em 1963 e no ano de 1964 em Moçambique; Portugal mobilizou cerca de 7% da população ativa para a guerra (número só ultrapassado por Israel), 40% do Orçamento do Estado; Nos 13 anos de guerra morreram 8 mil portugueses e 100 mil ficaram feridos e incapacitados;
  • 45. Módulo 8, Hiistória A 45 O isolamento internacional Quando da adesão de Portugal à ONU, em 1955, recusou-se a aceitar as disposições da Carta das Nações Unidas no que dizia respeito à administração de “territórios não autónomos”, o argumento utilizado era que as províncias ultramarinas eram parte integrante do país; Os países do Terceiro Mundo contestaram essa teoria; A Assembleia-Geral das Nações Unidas não aceitou o argumento português e reconheceu o direito à autonomia e à independência das colónias portuguesas;
  • 46. Módulo 8, Hiistória A 46 Na ONU Portugal foi sofrendo uma série de derrotas que se intensificaram nos anos 60 com a aprovação da Resolução 1514 e o início da guerra colonial; As condenações da política colonial portuguesa na ONU legitima a ação levada a cabo pelos movimentos de libertação; Portugal cada vez fica mais isolado e é excluído de alguns organismos internacionais como o Conselho Económico e Social;
  • 47. Módulo 8, Hiistória A 47 Nos anos 60, sobretudo durante a administração Kennedy, o governo dos EUA também se mostra desfavorável às pretensões de Portugal, financiam alguns movimentos de libertação e propõem vários planos de descolonização, chegando mesmo a prometer ajuda económica a Portugal se iniciássemos a descolonização; Os EUA consideravam que o prolongamento da guerra em África acabaria por ser favorável aos interesses soviéticos;
  • 48. Módulo 8, Hiistória A 48 Salazar resiste a todas estas pressões afirma que “Portugal não está à venda” e “a Pátria não se discute” e afirmava “orgulhosamente sós”; Apesar dessas afirmações Salazar procurou aliados na Europa e lançou uma campanha de propaganda nos EUA defendendo a especificidade da colonização portuguesa e que os movimentos de libertação eram apoiantes do comunismo internacional; Também utilizou o argumento da Base das Lajes que era vital para os EUA;
  • 49. Módulo 8, Hiistória A 49 No plano interno as dúvidas sobre a guerra colonial vão-se avolumando e sobretudo a ideia de que não é possível ganhar a guerra; O descontentamento cresce na sociedade portuguesa e o número de jovens que fogem para o estrangeiro para evitar a incorporação no exército vai aumentando ao longo da década de 60;
  • 50. Módulo 8, Hiistória A 50 2.1.4 A Primavera Marcelista Em 1968, Salazar, vítima de um acidente, termina o seu longo período no poder, 1928-1968; O presidente da República escolhe como Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano; Era um dos homens do regime, tinha sido ministro de Salazar no entanto tinha discordado por várias vezes;
  • 51. Módulo 8, Hiistória A 51 No discurso de tomada de posse, Marcello Caetano define as linhas orientadoras do seu governo: É o período chamado “Primavera Marcelista” Renovação na continuidade, isto é, Marcello Caetano pretendia conciliar os interesses dos setores mais conservadores com a necessidade de democratização do regime; Autorizou o regresso de alguns exilados políticos como Mário Soares e o bispo do Porto; Moderou a atuação da polícia política que mudou o nome para Direção Geral de Segurança (DGS); A censura abranda; A União Nacional que passa a designar-se Ação Nacional Popular (1970) abre-se a alguns políticos liberais;
  • 52. Módulo 8, Hiistória A 52 Nas eleições de 1969 foi concedido direito de voto a todas as mulheres alfabetizadas; Forma legalizados movimentos políticos oposicionistas não comunistas; Mostrou intenções de mudar o estatuto das colónias, tinha demonstrado, no passado, ideias federalistas; A presença em África deixa de ser afirmada como uma “missão histórica” mas como uma defesa dos interesses das populações brancas aí estabelecidas; O ministro da Educação, Veiga Simão, inicia uma reforma democrática do ensino;
  • 53. Módulo 8, Hiistória A 53 Em maio de 1968iniciou-se o movimento de contestação estudantil em França, “Maio 68”, este movimento influenciou a contestação ao regime desenvolvido pelos estudantes nas Universidades de Coimbra e de Lisboa; O movimento estudantil é apoiado por várias greves no setor laboral e manifestações contra a guerra colonial e o regime; Neste clima político realizam-se as eleições de 1969;
  • 54. Módulo 8, Hiistória A 54 Os movimento constituídos pela oposição para participar nestas eleições, Comissão Democrática Eleitoral (CDE), conotada com os comunistas e católicos progressistas, e a Comissão Eleitoral de Unidade Democrática (CEUD), ligada a muitos elementos que seriam fundadores do Partido Socialista, são fortemente atacados pela DGS e pela censura; Apesar de algumas manifestações de abertura do regime, verificaram-se os mesmo atropelos à democracia e a União Nacional elege todos os deputados; Goravam-se as esperanças de liberalização do regime; Apesar de nas listas da União Nacional terem sido eleitos alguns liberais (Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Miller Guerra, etc.), estas vozes dissidentes eram abafadas;
  • 55. Módulo 8, Hiistória A 55 Intensifica-se a repressão policial após 1970; Marcello Caetano inflete as suas intenções iniciais; A polícia intervém nas universidades e vários líderes estudantis são presos e associações de estudantes encerradas; Há uma nova vaga de prisões para os opositores ao regime, muitos são novamente condenados ao exílio, como Mário Soares; Em 1972, Américo Tomás, ligado aos ultra conservadores do regime é reconduzido ao cargo de Presidente da República; Intensificam-se as denúncias internacionais do regime; Em 1973, no exílio, na Alemanha, é criado o Partido Socialista Português;
  • 56. Módulo 8, Hiistória A 56 Quando Marcello Caetano foi escolhido as altas patentes do exército puseram como condição essencial que a guerra em África fosse mantida; A presença colonial portuguesa deixa de ser vista como uma “missão histórica” e passa a ser a “defesa dos interesses das populações brancas”; Marcello Caetano elabora um plano de revisão do estatuto das colónias, no sentido de lhes conceder uma autonomia progressiva; Angola e Moçambique veem ser-lhes concedidos o título honorífico de Estado com governo, assembleia e tribunais próprios, mas dependentes de Lisboa; Em 1971, este novo estatuto das colónias é consagrado na Constituição;
  • 57. Módulo 8, Hiistória A 57 As fações mais conservadoras do regime esvaziam as tentativas de reformar o Estado Novo; No essencial nada muda, como o consideraram os movimentos de libertação e a ONU; Cresce o isolamento do regime, em 1970, o Papa Paulo VI, recebe no Vaticano os líderes do PAIGC, FRELIMO e MPLA; Na Guiné o PAIGC controla uma grande parte do território e em 1973 declara uniteralmente a independência do território que é reconhecida pela ONU; Nesse mesmo ano uma visita oficial de Marcello Caetano ao Reino Unido desencadeia protestos populares; É denunciado um massacre de civis em Moçambique perpetrado pelo exército português;
  • 58. Módulo 8, Hiistória A 58 Internamente a contestação cresce; Os deputados liberais começam a abandonar a Assembleia Nacional; Nas universidades aumentam os protestos estudantis; Grupos de católicos progressistas organizam manifestações de condenação da guerra; Em fevereiro de 1974, o general António de Spínola, vice-chefe das Forças Armadas, publica o livro “Portugal e o Futuro”, onde afirmava que não existia uma solução militar para a guerra colonial;
  • 59. Módulo 8, Hiistória A 59 2.2. Da Revolução à Estabilização da Democracia 2.2.1 O Movimento das Forças Armadas (MFA) e a Eclosão da Revolução Marcello Caetano, posteriormente, afirmou que leu o livro “Portugal e o Futuro” numa noite e ficou convencido que “o golpe militar era inevitável”; Perante todo este quadro interno e internacional, em julho de 1973 nasce o Movimento dos Capitães;
  • 60. Módulo 8, Hiistória A 60 No país o descontentamento popular com o aumento do custo de vida, provocado pelo choque petrolífero, cresce; Sobe o descontentamento no setor empresarial moderno que pretende aproximar-se da Europa comunitária; Intensifica-se a luta armada no próprio Portugal continental;
  • 61. Módulo 8, Hiistória A 61 Os militares de carreia consideravam-se, sobretudo os capitães, prejudicados na sua progressão; As suas reivindicações são rapidamente satisfeitas, mas o movimento continua com a intenção de derrubar o regime e criar condições para uma solução política para a guerra em África; O Movimento é apoiado pelo chefe e vice-chefe das Forças Armadas, respetivamente, general Costa Gomes e António Spínola; Consciente da grave situação nas Forças Armadas, Marcello Caetano faz aprovar na Assembleia Nacional a retificação da política colonial em 5 de março de 1974;
  • 62. Módulo 8, Hiistória A 62 Em 14 de março convoca os generais das Forças Armadas para uma reunião de afirmação de lealdade ao regime, que foi apelidada de cerimónia do “beija-mão”, Costa Gomes e Spínola faltam ao encontro e são demitidos dos seus cargos; No dia 16 de março dá-se a primeira tentativa de golpe militar para derrubar o regime, que falhou; No dia 25 de abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA), inicia a operação que vai colocar um fim a 48 anos de ditadura e instaurar a democracia em Portugal;
  • 63. Módulo 8, Hiistória A 63 O golpe militar de 25 de abril foi coordenado pelo major Otelo Saraiva de Carvalho; Às 23 horas, do dia 24, é transmitida a canção-senha, “E depois do adeus”, de Paulo de Carvalho e às 00.30 horas “Grândola, Vila Morena, de José Afonso, que dá início ao golpe militar; As unidades militares saem dos quartéis e ocupam os lugares estratégicos: estações de rádio e televisão (RTP), aeroporto de Lisboa, quartéis generais de Lisboa e Porto, etc.; Uma única força militar saiu em defesa do regime, o regimento de Cavalaria 7 (tanques) que foi neutralizada, sem violência, pelo destacamento da Escola Prática da Cavalaria de Santarém, liderada pelo capitão Salgueiro Maia;
  • 64. Módulo 8, Hiistória A 64 Salgueiro Maia chefiou o cerco ao Quartel do Carmo (GNR) onde se tinham refugiado alguns dos mais importantes membros do regime, entre eles, Marcello Caetano; Às 18 horas do dia 25 de abril de 1974, Marcello Caetano rendeu-se ao general Spínola; A população saiu à rua vitoriando os militares, uma vendedora de flores deu um cravo a um militar que o colocou no cano da sua espingarda, nascia a “Revolução dos Cravos”;
  • 65. Módulo 8, Hiistória A 65 Só a DGS, a polícia política, resistiu e provocou alguns feridos e mortos em Lisboa; O golpe militar de 25 de abril triunfava com um apoio popular maciço e espontâneo;
  • 66. Módulo 8, Hiistória A 66 https://www.youtube.com/watch?v=XYoYMATJWrw (100 fotos sobre o o 25 de abril) https://www.youtube.com/watch?v=MOFrjP8bX_c (documentários sobre o 25 de abril) https://www.youtube.com/watch?v=Cnwwmp8EAao (telejornal do dia 25 abril de 1974)
  • 67. Módulo 8, Hiistória A 67 2.2.2 A Caminho da Democracia Entre o 25 de abril e a institucionalização da democracia parlamentar em 1976 existiu um período de grande instabilidade política social que ficou conhecida por Período Revolucionário Em Curso (PREC); Logo após o golpe militar iniciou-se o processo de desmantelamento das estruturas do Estado Novo; O próprio programa dos Movimento das Forças Armadas pode ser sintetizado pelos “três D” (Democratizar, Descolonizar, Desenvolver); Foi nomeada uma Junta de Salvação Nacional presidida por António Spínola;
  • 68. Módulo 8, Hiistória A 68 Américo Tomás e Marcello Caetano (Presidente da República e Presidente do Conselho de Ministros, foram destituídos, presos e exilados para o Brasil; A polícia política (PIDE-DGS), a Legião Portuguesa, a Mocidade Portuguesa, a Ação Nacional Popular e a Censura foram extintas; Os presos políticos foram amnistiados e libertados e os exilados foram autorizados a regressar; A Constituição de 1933 é revogada; Foi autorizado a formação de partidos políticos e de sindicatos e foram legalizados os partidos políticos que já existiam como o Partido Comunista e o Partido Socialista;
  • 69. Módulo 8, Hiistória A 69 Tensões político-ideológicas na sociedade e no interior do movimento revolucionário No dia 1 de maio de 1974, pela primeira vez desde 1926, o dia dos trabalhadores era comemorado em liberdade; Seguem-se dois anos muitos conturbados do ponto de vista social e político; As tensões e as injustiças sociais acumuladas durante 48 anos vinham ao de cima e explodiram numa série de reivindicações laborais e sociais; Estas movimentações sociais eram inspiradas pelos partidos de esquerda mas muitas eram espontâneas e por isso muito difícil de controlar;
  • 70. Módulo 8, Hiistória A 70 No dia 15 de maio, António Spínola é nomeado Presidente da República e convida o advogado Adelino da Palma Carlos para primeiro-ministro do I Governo Provisório; Incapaz de controlar a situação o I Governo Provisório demitiu-se menos de dois meses depois; O poder militar dividira-se entre os apoiantes do general Spínola, mais conservadores, e os apoiantes da Comissão Coordenadora do MFA, mais progressista; Spínola pretendia uma solução federalista para as colónias africanas enquanto que a direção do MFA defendia a independência para as colónias;
  • 71. Módulo 8, Hiistória A 71 É nomeado o brigadeiro Vasco Gonçalves para liderar o II Governo Provisório e este vai ter uma participação mais elevada de oficiais apoiantes da liderança do MFA; O governo virava à esquerda; António de Spínola demite-se no dia 30 de setembro após o fracasso de uma manifestação em seu apoio convocada para o dia 28; É nomeado como Presidente da República o general Costa Gomes;
  • 72. Módulo 8, Hiistória A 72 A partir dessa data o processo revolucionário tende a radicalizar- se; Otelo Saraiva de Carvalho, o estratega da revolução, aparece como adepto da extrema-esquerda, é o comandante do Comando Operacional do Continente (COPCON) e persegue e prende vários indivíduos que se opõem ao processo revolucionário; Vasco Gonçalves, primeiro-ministro do II, III, IV e V governos provisórios, é conotado com o Partido Comunista; No dia 11 de março de 1975, o general Spínola chefia uma tentativa militar de recuperar o poder. Fracassa e foge para Espanha;
  • 73. Módulo 8, Hiistória A 73 O 11 de março vai levar a uma ainda maior radicalização da revolução; A Assembleia das Forças Armadas nomeia um Conselho da Revolução que passa a ser o órgão executivo do MFA e torna-se o verdadeiro centro do poder; Este órgão, em consonância com as ideias dos Partido Comunista, propõe a Aliança Povo/MFA e assume a condução do país rumo ao socialismo;
  • 74. Módulo 8, Hiistória A 74 A agitação social recrudesce vive-se um ambiente de poder popular; Em todo o país há saneamento de funcionários e dirigentes conotados com a contrarrevolução; Em muitas empresas as comissões de trabalhadores tomam o poder; Em cidades, vilas e bairros formam-se comissões de moradores e comités de ocupação que lideram a ocupação de casas vazias para habitação mas também para instalação de equipamentos sociais (infantários, centros clínicos, etc.);
  • 75. Módulo 8, Hiistória A 75 No Alentejo, o Partido Comunista lidera uma reforma agrária que leva a ocupação das grandes herdades pelos trabalhadores rurais que formam “unidades coletivas de produção” (UCP); Este ambiente gera o medo entre as classes alta e média o medo e muitos abandonam o país; Os bancos são nacionalizados para evitar a transferência de grandes somas de dinheiro para o estrangeiro, sobretudo para o Brasil; Muitas outras empresas foram nacionalizadas, nomeadamente nos setores-chave, como os transportes, seguros, siderurgias, cimentos, comunicações;
  • 76. Módulo 8, Hiistória A 76 Os trabalhadores viram consagrados na lei alguns direitos importantes: direito à greve e à liberdade sindical; redução do horário de trabalho, instituição do salário mínimo e leis sobre o trabalho; O MFA inicia campanhas de dinamização cultural e ação cívica com o objetivo de explicar às populações o processo revolucionário e os valores da democracia e da cultura;
  • 77. Módulo 8, Hiistória A 77 As eleições de 1975 e a inversão do processo revolucionário No Programa do MFA estava escrito que seriam realizadas eleições no prazo de um ano; E no dia 25 de abril de 1975 realizam-se as primeiras eleições democráticas desde o fim da I Republica; Participaram 91,7% dos eleitores, foram as eleições mais participadas da história do país e decorreram na mais absoluta normalidade; O Partido Socialista (PS) venceu com 38% dos votos e o Partido Popular Democrático (PPD), 26% e o Partido Comunista (PCP) 12%;
  • 78. Módulo 8, Hiistória A 78 O PS reforçado pelo seu peso eleitoral assumiu a liderança da luta contra o radicalismo revolucionário; Em julho de 1975, o PS e o PPS abandonam o IV Governo Provisório e reclamam o regresso ao espírito democrático do inicio do MFA; No verão de 1975, conhecido como o “Verão Quente” a confrontação política atinge o auge: grandes manifestações, assalto a sedes partidárias (sobretudo sedes do PCP), e proliferam organizações e atentados bombista de direita e de esquerda; O V Governo Provisório é o mais radical de todos os governos;
  • 79. Módulo 8, Hiistória A 79 Em pleno “verão quente” um grupo de nove oficiais do Conselho da Revolução, liderado pelo major Melo Antunes, escreve um manifesto (Documento dos Nove) onde critica a situação do país; Recusam que Portugal caminhe para um regime tipo das “democracias do leste europeu” e defendem uma via democrática para o país; É nomeado o VI Governo Provisório, chefiado pelo almirante Pinheiro de Azevedo e o capitão Vasco Lourenço substitui Otelo Saraiva de Carvalho no comando das tropas operacionais de Lisboa;
  • 80. Módulo 8, Hiistória A 80 No dia 25 de Novembro de 1975, um grupo de militares liderado pelo general Ramalho Eanes, alegando que existe uma tentativa de golpe militar liderada pela esquerda e pelo PCP, organiza um contragolpe; O país fica muito perto de uma guerra civil mas acaba por estabilizar numa democracia parlamentar; Era o fim do Período Revolucionário Em Curso (PREC);
  • 81. Módulo 8, Hiistória A 81 Política económica antimonopolista e a intervenção do Estado no domínio económico-financeiro A onda de agitação política e social que se seguiu ao 25 de abril levou a que os governos provisórios, pressionados pelas forças de esquerda, tomassem uma série de medidas que levaram à destruição dos grandes grupos económicos monopolistas, a apropriação pelo Estado dos setores-chave da economia e o reforço dos direitos dos trabalhadores;
  • 82. Módulo 8, Hiistória A 82 Em setembro de 1974, os bancos emissores (Banco de Portugal, Banco de Angola e Banco Nacional Ultramarino) são nacionalizados e os acionistas são indemnizados; Em novembro é publicada legislação que autoriza o Estado a intervir nas empresas que não contribuíssem para o normal funcionamento económico do país, muitas administrações (acusadas de sabotagem económica) foram substituídas por comissões administrativas nomeadas pelo governo;
  • 83. Módulo 8, Hiistória A 83 Após o golpe de 11 de março de 1975 todas as instituições financeiras foram nacionalizadas; Em abril foram nacionalizadas todas as grandes empresas ligadas aos setores económicos considerados fundamentais para o país; Estas nacionalizações permitiram que o Estado controlasse a economia;
  • 84. Módulo 8, Hiistória A 84 No Sul do país, sobretudo no Alentejo as tensões acumuladas entre os trabalhadores rurais, reduzidos à miséria e os grandes proprietários rurais desagua num confronto aberto; Em janeiro de 1975 são ocupadas as primeiras grandes propriedades agrícolas mas que rapidamente se estende por todo o sul; Era o inicio da chamada reforma agrária que terá cobertura legal, e o próprio Governo provisória realizou expropriações de terras e instituiu Unidades Coletivas de Produção (UCP), as terras eram do Estado mas eram cedidas aos trabalhadores para a explorarem de forma coletiva;
  • 85. Módulo 8, Hiistória A 85 Constituíram-se cerca de 500 UCP que envolveram 60 mil trabalhadores; Este processo de reforma agrária continuou durante todo o ano de 1976, mesmo após o 25 de novembro, liderado pelo PCP; Durante este período os vários governos provisórios aprovaram legislação de carácter social e laboral, como o direito à greve, liberdade sindical, aumento das pensões sociais e da reforma, é instituído o salário mínimo; Para controlar a inflação foram tabelados vários artigos de primeira necessidade; O nível de vida dos trabalhadores subiu;
  • 86. Módulo 8, Hiistória A 86 A opção constitucional de 1976 Após as eleições de 25 de abril de 1975, a Assembleia Constituinte iniciou-se em 2 de junho; O MFA impôs aos partidos a assinatura de um compromisso (Pacto MFA-Partidos) que os obrigava a preservar as conquistas revolucionárias; Foi substituído por um segundo Pacto mais moderado; Fruto deste pacto e da envolvência política e social, a Constituição de 1976 consagra a “transição para o socialismo”;
  • 87. Módulo 8, Hiistória A 87 Considera irreversíveis as nacionalizações e expropriações; O Conselho da Revolução é considerado o garante da ordem constitucional; A Constituição reconhece que Portugal é um Estado de direito e consagra o pluripartidarismo; Adota os princípios da Declaração Universal dos Direitos do Homem; A Assembleia Legislativa e o Presidente da Republica são eleitos por sufrágio direto e universal;
  • 88. Módulo 8, Hiistória A 88 Os arquipélagos dos Açores e da Madeira veem consagradas a sua autonomia; A nova Constituição, aprovada por todos os partidos com exceção do CDS entrou em vigor no dia 25 de abril de 1976; É o documento fundador da democracia portuguesa; Em 25 de abril de 1976, o Partido Socialista ganha as eleições e, com Mário Soares como primeiro-ministro, toma posse o Primeiro Governo Constitucional; Em julho de 1976, Ramalho Eanes vence as eleições para Presidente da República; Em dezembro de 1976, realizam-se eleições para as autarquias locais;
  • 89. Módulo 8, Hiistória A 89 2.2.3 O Reconhecimento dos Movimentos Nacionalistas e o Processo de Descolonização O processo de descolonização iniciou-se imediatamente após o 25 de abril; Foi um processo controverso e que suscitou muitas divisões no MFA e na sociedade portuguesa; Logo na noite do 25 de abril Spínola pressionou para que a clara referência à autodeterminação dos povos africanos fosse substituída por “implementar uma política ultramarina que conduza à paz”;
  • 90. Módulo 8, Hiistória A 90 O país dividiu-se, mas como o próprio Spínola reconheceu mais tarde, “já não era possível adotar um modelo federalista”; As pressões internacionais para Portugal conceder a independência aumentam, no dia 10 de maio a ONU apela à Junta de Salvação Nacional para consagrar a independência das colónias; Os Movimentos de Libertação exigem uma solução rápida; A nível interno a maioria dos partidos e da população apoiava a concessão da independência e o regresso dos soldados portugueses aí destacados;
  • 91. Módulo 8, Hiistória A 91 É aprovada a Lei nº 7/74 que reconhece o direito das colónias à independência; A 27 de julho, o presidente, António Spínola comunica aos portugueses essa decisão; Iniciam-se negociações com o PAIGC (Guiné e Cabo Verde), FRELIMO (Moçambique) e MPLA, UNITA, FNLA (Angola); A negociação para a independência da Guiné inicia-se a i de julho de 1974 e é reconhecida a independência através dos Acordos de Argel entre 25 e 29 de agosto; A 5 de julho de 1975 é reconhecida a independência de Cabo Verde; A 12 de julho é reconhecida a independência de São Tomé e Príncipe;
  • 92. Módulo 8, Hiistória A 92 Os casos de Moçambique e, sobretudo de Angola eram mais complexos; Portugal estava numa posição bastante frágil: em Portugal ouvia-se cada vez mais repetir a frase “nem mais um soldado para as colónias”, o exército português em África estava completamente desmotivado , muitas vezes recusava-se a continuar o combate e a instabilidade política que se vivia no continente dificultava as capacidades de negociação de Portugal; Não foi possível assegurar os interesses dos portuguese residentes nas colónias;
  • 93. Módulo 8, Hiistória A 93 No caso de Moçambique o MFA reconheceu como único e legítimo representante a FRELIMO; Em Moçambique nascem organizações políticas que contestam essa legitimidade da FRELIMO; Em 7 de setembro de 1974, Acordo de Lusaca, Portugal celebra um acordo com a FRELIMO para a formação de um governo de transição; Logo, em Moçambique surge a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) que organiza a resistência armada; Moçambique mergulha numa guerra civil, milhares de portugueses regressam à metrópole, é o início do “movimento dos retornados”;
  • 94. Módulo 8, Hiistória A 94 O caso angolano era o mais complexo, existiam 3 movimentos de libertação, não só representavam ideologias diferentes como tinham o seu apoio centrado em etnias diferentes; Depois de negociações, no dia 15 de janeiro de 1975 é assinado o Acordo de Alvor que reconhecias os 3 movimentos como os representantes do povo angolano; A independência é marcada para 11 de novembro; Angola mergulha na guerra civil com a URSS a apoiar o MPLA e os EUA a apoiarem a FNLA; A África de Sul intervém apoiando a UNITA e invade o sul de Angola; O MPLA pede ajuda internacional e Cuba envia milhares de soldados;
  • 95. Módulo 8, Hiistória A 95 Em fevereiro de 1976 Portugal reconhece o governo do MPLA embora, no sul existisse a autoproclamada República Democrática de Angola, com sede em Huambo e sob a presidência de Jonas Savimbi; A guerra civil, com um pequeno período de de relativa paz nos finais dos anos 80, só terminou em 2002 com a morte de Jonas Savimbi; Angola era a colónia que mais população branca tinha e por isso foi a que mais contribuiu para os cerca de meio milhão de retornados que entre 1975 e 1976 chegaram a Portugal;
  • 96. Módulo 8, Hiistória A 96 2.2. 4 A Revisão Constitucional de 1982 e o Funcionamento das Instituições Democráticas A primeira revisão Constitucional ficou concluída em setembro de 1982; Estabeleceu o fim definitivo do período revolucionário e estabeleceu um regime democrático, parlamentarista e pluralista; É assinado um novo pacto MFA/Partidos que retira definitivamente os militares da vida política portuguesa;
  • 97. Módulo 8, Hiistória A 97 O novo texto constitucional: Manteve inalterados os artigos que proibiam o retrocesso das nacionalizações e na reforma agrária (abolidas na revisão de 1989); Suavizou mas manteve os princípios socializantes; Foi abolido o Conselho da Revolução e foi substituído pelo Conselho de Estado e Tribunal Constitucional; Os poderes do Presidente da República foram limitados e os da Assembleia da República aumentados;
  • 98. Módulo 8, Hiistória A 98 O Presidente da República é eleito por sufrágio direto por um período de 5 anos e não pode exercer mais de dois mandatos consecutivos; É assistido por um Conselho de Estado que tem poder consultivo; Tem o poder de veto suspensivo das leis; Pode demitir o Governo, dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas; O nosso sistema político chama-se semipresidencialista;
  • 99. Módulo 8, Hiistória A 99 A Assembleia da República é constituída por deputados eleitos por círculos eleitorais correspondentes aos distritos e às regiões autónomas, por um período de 4 anos; Os deputados organizam-se por grupos parlamentares de acordo com os partidos por que foram eleitos; É o órgão legislativo; Tem o poder de interpelar o governo, conferir-lhe autorizações legislativas, discutir e aprovar o programa do governo; Aprova o Orçamento; Um governo só se pode manter se tiver apoio de uma maioria no Parlamento;
  • 100. Módulo 8, Hiistória A 100 O Governo e o órgão executivo, é constituído por ministros e secretários de estado; O primeiro-ministro é designado pelo Presidente da República de acordo com os resultados eleitorais das legislativas; O Governo pode legislar através de decretos-lei e de propostas de lei apresentadas à Assembleia da República;
  • 101. Módulo 8, Hiistória A 101 Os tribunais tem o poder judicial; Os juízes são nomeados pelos Conselhos Superiores da Magistratura; O tribunal Constitucional, criado pela revisão de 1982, tem a função de garantir o cumprimento da Constituição;
  • 102. Módulo 8, Hiistória A 102 O governo das regiões autónomas (Açores e Madeira) é exercido por um Governo Regional; É eleita uma Assembleia Legislativa Regional com poderes legislativos regionais; Existe um ministro da República nomeado pelo Presidente da República;
  • 103. Módulo 8, Hiistória A 103 O poder local está estruturado em municípios e freguesias; Existem órgãos legislativos (Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia); E órgãos executivos (Câmara Municipal e Junta de Freguesia);
  • 104. Módulo 8, Hiistória A 104 2.3 O Significado Internacional da Revolução Portuguesa (não é de aprofundamento) A queda do Estado Novo em 25 de abril de 1974 foi o fim da mais velha ditadura da Europa; A implantação da democracia em Portugal contribuiu para quebrar o isolamento do país e a sua aceitação nos organismos internacionais; O fim do regime português foi o detonador para a queda de vários regimes ditatoriais europeus: Grécia (1974), vivia uma ditadura militar desde 1967; Espanha (1975), após a morte do General Franco, no poder desde 1939, o seu sucessor, o rei D. Juan Carlos iniciou o processo de regresso à democracia com eleições em 1977 e uma nova Constituição aprovada em 1978;
  • 105. Módulo 8, Hiistória A 105 A independência das nossas colónia contribuiu para o enfraquecimento dos últimos bastiões brancos em África (Rodésia e África do Sul); Na Rodésia o regime viu-se obrigado a convocar eleições livres em 1980 que levaram à vitória do dirigente negro Robert Mugabe, o nome do país foi mudado para Zimbabué (nome de uma antiga civilização que tinha habitado no local); A Namíbia, ocupada pela África do Sul, viu chegar ao poder o líder negro da SWAPO, Sam Nujoma em 1989; Na África do Sul as eleições livres organizadas em 1994 elegeram Mandela com Presidente da república e levaram ao fim do regime de apartheid e à constituição de um estado democrático e multirracial;
  • 106. Módulo 8, Hiistória A 106 Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte bibliografia: COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo da História 112, Porto Editora, 2013 Antão, António, Preparação para o Exame Nacional 2014, História A, 2013