Este documento relata:
1) O aumento ligeiro dos crimes contra o património e as pessoas na área de responsabilidade do Destacamento da GNR de Vila Franca de Xira nos últimos meses.
2) A aposta da GNR em trabalhar mais de perto com a comunidade através de um programa de policiamento comunitário assente na prevenção.
3) A identificação de alguns suspeitos de roubos ocorridos recentemente em Arruda dos Vinhos.
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
GNR registra aumento de crimes em Vialonga e Arruda
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em Vila
Franca
“
:: número 18 :: ano 1 :: 3 de Agosto de 2011 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::
“
Mais
Voz Ribatejana
crimes
Antiga
Marinha
GNR regista
mais roubos
assaltada 7 em Vialonga
vezes este ano e Arruda
Ourivesaria de Tiroteio faz
Alhandra sofre um morto e
segundo assalto dois feridos
em 5 semanas em Arcena
ial
A GNR regista ligeiros aumentos da criminalidade na freguesia de Vialonga e
p ec de
no concelho de Arruda. Ricardo Bessa, comandante do Destacamento de Vila
Es stas to o
Fe gos içã
Franca destaca, em entrevista, a aposta no policiamento comunitário e assume
que a Guarda gostaria de ter um posto móvel para estar mais presente nas
A d
freguesias de Cachoeiras, Calhandriz e São João dos Montes. Alverca,
a e
est
Alhandra, Azambuja e Vila Franca também registaram problemas com-
plicados de criminalidade nas últimas semanas.
págs.: 2 a 4, 9, 12 e 32 N
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2. 02
“
ABERTURA voz ribatejana #18
GNR regista aumento de roubos
em Vialonga e Arruda
A criminalidade geral, sobretudo os crimes contra o património (roubos) e os crimes contra as
pessoas (agressões e conflitos), têm revelado um ligeiro aumento na área do Destacamento da
GNR de Vila Franca de Xira. A unidade responsável pela segurança de 12 freguesias dos con-
celhos de Arruda, Loures e Vila Franca está a apostar numa relação mais próxima com a comu-
nidade e num projecto de policiamento comunitário baseado na partilha de informação e na
prevenção de algumas situações. Em entrevista ao Voz Ribatejana, o capitão Ricardo Bessa,
comandante do Destacamento sedeado em Vialonga, faz o retrato da evolução da criminalidade
na região e aborda temas como a importância da instalação de um posto móvel nas freguesias
rurais de Vila Franca e de melhoria das instalações do posto da Castanheira.
Voz Ribatejana – No plano Vialonga é uma área de grande pequena criminalidade era
nacional os últimos dados concentração populacional e, principalmente associada à
apontam para alguma desci- tradicionalmente, um local toxicodependência. Hoje já
da da chamada criminali- onde alguns conflitos vêm ao haverá alguns outros factores
dade geral e para um acrésci- de cima. A Castanheira do que contribuem para estes
mo do crime organizado e/ou Ribatejo é reconhecida como comportamentos. Qual tem
violento. Também se verifica uma área de crescimento de sido a postura da GNR, uma
esta tendência na área do Vila Franca de Xira, daí ser um postura reactiva ou consegue
Destacamento da GNR de local onde se começa a identi- também ter um trabalho pre-
Vila Franca de Xira? ficar um crescimento demográ- ventivo?
Ricardo Bessa – A tendência fico. Está entre Vila Franca e o O Destacamento de Vila
que temos é um pouco dife- Carregado, dois grandes pólos Franca tenta implementar um
rente. Do que temos registado, populacionais e é uma zona conceito de policiamento
a tendência é que os crimes que nos traz algumas preocu- comunitário. Estamos a traba-
contra as pessoas e contra o pações. É previsível que os lhar no sentido de, com as ou-
património têm aumentado e, chamados pequenos crimes tras entidades presentes,
consequentemente, também a possam acontecer. nomeadamente na área do
criminalidade geral. Em relação a Arruda dos apoio social, podermos estar
Vinhos, não direi que é uma mais próximos da comunidade
Essa tendência é recente ou e dessa forma identificar
vem já dos anos anteriores? alguns problemas e trabalhar
Terá alguma relação com a “Não preventivamente (ver texto na
famigerada crise? página 3).
Esta informação é baseada considero que
num comparativo entre o A área à vossa responsabili-
primeiro semestre de 2010 e o Arruda seja dade é muito extensa,
primeiro semestre de 2011. abrangendo 12 freguesias de
Acentua-se mais na compara- uma situação 3 municípios. Há uma pre-
ção entre estes dois períodos. ocupação de dar visibilidade
De alguma forma as dificul- preocupante, à vossa presença?
dades que as famílias e as pes- Sem dúvida. É uma preocu-
soas em geral poderão estar a até porque de pação eu diria permanente.
passar poderão levar a que os Temos patrulhas com giros
conflitos e as pequenas
alguma forma pré-definidos que nos garan-
A nossa articulação é sempre
no sentido de que as patrulhas
quezílias se acentuem. É um
estamos a tem que vamos passando pelos do serviço territorial façam
tipo de criminalidade que está
a vir ao de cima, mas não de
acompanhar
locais de maior visibilidade,
não deixando de ser importante
uma primeira abordagem.
Através dos meios de comuni- Crescimento de
forma preocupante. É notório, a visibilidade da presença das cação sabemos que, em situ-
mas não muito significativo. de perto e já forças de segurança para
aumentar o sentimento de
ações que possam passar para
um nível de perigosidade
Vialonga justifica
Isso quer dizer que esse identificámos segurança. Fazemos essas maior, essas equipas aproxi-
agravamento não se reflecte patrulhas orientadas, não tão mam-se e, se necessário, têm mais casos
só em mais furtos e roubos
mas também em conflitos
alguns reactivas, mas no sentido de
que as patrulhas que lançamos
uma intervenção mais muscu-
lada e com outra visibilidade
entre as pessoas?
Efectivamente revela-se nos
suspeitos” sejam para pontos em que, de
alguma forma, a comunidade,
inclusive. A generalidade das A freguesia de Vialonga tem registado uma tendência para o
aumento do número de crimes que chegam ao conhecimento
situações são resolvidas e
roubos e nos furtos, nos crimes nalguns casos em zonas mais sanadas quase só com a pre- da GNR. “O facto de aumentar aqui de forma relativamente
contra o património de peque- situação preocupante, é um isoladas, possa ver a presença sença de um maior efectivo. superior a outras áreas penso que terá também a ver com a
na monta. E tendencialmente fenómeno que aconteceu no da GNR. própria concentração populacional. É a localidade onde
também nos pequenos confli- início deste ano. Onde acon- Significa isso que os meios haverá mais alvos potenciais e a tendência é para que seja o
tos. tece pouco, quando acontece Como é que a vossa articu- disponíveis na área do local onde essas situações de pequena criminalidade surjam”,
alguma coisa é sempre lação com o PIR (Pelotão de Destacamento de Vila Franca afirma o comandante do Destacamento da GNR, lembrando
A área que está à respons- dramático. Se tivermos dois Intervenção Rápida) que está satisfazem o comando ou que casos como os dos roubos por esticão na rua levam a que
abilidade do Destacamento crimes e passarmos para oito, instalado em Vialonga, mas gostariam sempre de ter mais as pessoas tenham algum sentimento de insegurança.
de Vila Franca é marcada percentualmente foi um grande que julgo que não está direc- alguns meios? “Continuo a referir que não estamos em níveis preocupantes,
por dois ou três pólos mais aumento, mas por comparação tamente dependente do Os meios são aqueles que são mas observamos o fenómeno e estamos a fazer esforços no
complicados em termos de com Vialonga ou Castanheira Destacamento da GNR de possíveis e que temos de acor- sentido de o identificarmos mais em concreto e para, em
segurança, Vialonga, são sempre poucos casos. Não Vila Franca? do com as nossas necessidades. colaboração com outras entidades, actuarmos de forma pró-
Castanheira e um pouco o considero que Arruda seja uma O PIR pertence ao Como qualquer organização ou activa e preventiva”, acrescenta, considerando que não há
Norte de Loures, mas parece situação preocupante, até Destacamento de Intervenção qualquer entidade, com mais qualquer sinal de que se tenham voltado a constituir alguns
que este tipo de problemas de porque de alguma forma esta- Rápida do Comando Territorial meios poderemos fazer mais e gangs em Vialonga como aconteceu em décadas passadas. “O
pequenos roubos se está mos a acompanhar de perto e já de Lisboa. O pelotão sedeado melhor. Mas penso que têm que temos identificado em Vialonga em muitos casos são
espalhar também a Arruda e identificámos alguns suspeitos. em Vialonga patrulha as áreas sido os adequados e sufi- pequenos grupos, não muito organizados ou até mesmo
a freguesias como São João dos destacamentos territoriais cientes, atendendo às circun- acções isoladas”, esclarece.
dos Montes? Há alguns anos atrás esta de Vila Franca e de Alenquer. stâncias que estamos a passar.
3. PRÓXI
MA EDIÇÃ
O DO
JANA
03
IBATE CA!
VO ZR NÃ O PER
3 de Agosto de 2011 E AG OSTO
A 31 D
GNR aposta em programa
de policiamento comunitário
O Destacamento de Vila Franca de Xira da GNR pré-delinquência.
está a desenvolver um projecto de Policiamento
Comunitário que pretende envolver mais os
Entende o comando do Destacamento da GNR
de Vila Franca que “é pela prevenção que se
Suspeitos
cidadãos e as entidades locais na identificação
dos problemas e nas acções de carácter preventi-
podem atacar os problemas na sua génese, evi-
tando-se mesmo a sua futura eclosão” e que,
identificados
vo. De acordo com Ricardo Bessa, este conceito desta forma, os recursos ao dispor da Guarda
assenta na ideia de que se trabalharem todos em
conjunto os resultados serão muito melhores em
“podem ser mais eficazmente balanceados para
áreas que estão mais directamente relacionadas
em Arruda
termos de segurança e de prevenção da delin- com o bem-estar das populações, influenciando
quência. com maior profundidade o sentimento de segu- O concelho de Arruda dos
“O nosso objectivo é que a GNR seja reconheci- rança da comunidade”. Vinhos tem, habitualmente,
da como algo que está cá para ajudar e é para O objectivo não é substituir a repressão pela pre- baixos índices de criminali-
isso que cá estamos, é essa a nossa missão. E venção, mas utilizar de forma combinada e con- dade, mas no segundo
será sempre muito mais produtivo trabalhar com certada uma ou outra política. E a GNR em con- trimestre deste ano veri-
entidades como as IPSS, os centros comu- jugação de esforços com a comunidade torna o ficaram-se, sobretudo na
nitários, as escolas, a Associação de Africanos e cidadão o seu centro de gravidade. “A instituição área da sede de concelho,
outras entidades com quem pretendemos traba- policial apesar de ser o ‘parceiro’ actua conju- uma série de roubos por
lhar em parceria neste conceito de policiamento gadamente com os outros parceiros da sociedade esticão e até mesmo uma ten-
comunitário”, sustenta o comandante da GNR, civil, as autarquias locais, a saúde, a educação e tativa de assalto a uma agên-
explicando que decorre já uma fase de aproxi- os movimentos cívicos, formando uma estrutura cia bancária. O autor desta
mação a estas entidades, assente na ideia de que em rede para a resolução do problema emer- tentativa não chegou a ser
a segurança é um problema de todos e não só das gente”, refere. detido, mas no caso dos rou-
forças de segurança. “Se pudermos trabalhar Desta forma pretende-se que o agente policial bos por esticão há suspeitos
todos em conjunto, seguramente que os resulta- seja encarado como agente de paz e não só no já identificados. “O fenó-
dos serão melhores”, disse ao Voz Ribatejana, seu habitual papel de representante da ordem meno verificado em Arruda
frisando que a partilha de informação entre todas pública, que a GNR promova consultas à popu- não é tão dramático como
estas entidades permite também que a GNR ori- lação actuando proactivamente na resolução dos isso. Numa localidade em
ente os seus esforços com base em indicações problemas, que a actividade se adapte às neces- que, felizmente, pouco acon-
sobre eventuais focos de criminalidade ou que sidade verificadas e que haja uma troca regular tece ao nível da criminali-
actue preventivamente junto de comunidades de informação entre a força policial e a popu- dade, quando acontece um
onde haja problemas de alguma delinquência ou lação. conjunto de situações em tão
pouco tempo, mesmo não
sendo muitas, para uma
Posto da Castanheira Cachoeiras, Calhandriz e São João dos Montes localidade com estas cara-
cterísticas tem um impacto
precisa de melhores Posto móvel faz falta nas mais significativo”, sustenta
Ricardo Bessa, explicando
que a GNR conseguiu identi-
instalações freguesias rurais ficar rapidamente alguns dos
indivíduos supostamente
O capitão Ricardo Bessa julga que a instalação de um posto móvel da GNR que circulasse envolvido, já reconhecidos
por vários pontos das freguesias de Cachoeiras, Calhandriz e São João dos Montes seria por algumas das vítimas, e
No que diz respeito às instalações em que funcionam os cinco postos da importante para melhorar o atendimento dos cidadãos e para reforçar o sentimento de outros suspeitos. “Temos
área de influência do Destacamento de Vila Franca da GNR, a principal segurança. Actualmente, o acompanhamento destas 3 freguesias é feito a partir do posto informação sobre alguns
preocupação serão as limitações da unidade da Castanheira que, ainda da Castanheira e, apesar das patrulhas regularmente em circulação, há pontos, por exem- indivíduos que podem ser, no
por cima, é a responsável por um território mais extenso, que abrange plo da Calhandriz, que distam quase 20 quilómetros da Castanheira. Depois os trans- futuro, acareados no âmbito
também as freguesias de Cachoeiras, Calhandriz e São João dos portes públicos entre estas localidades são praticamente inexistentes, o que obriga os do processo-crime”, refere.
Montes. “Eu não diria que será uma limitação, mas é uma preocupação, moradores a deslocações complicadas se, por qualquer motivo, precisam de tratar de Certo é que, no entender do
no sentido de que temos consciência de que a Castanheira está a crescer algum assunto no posto da GNR. comandante da GNR, o nó da
e que instalações mais adequadas a uma força de segurança beneficiari- “O posto situa-se numa extremidade, sendo que as vias para chegar às outras extremi- A 10 contribuiu para o
am quer o cidadão fardado, quer os cidadãos que nós servimos. O facto dades não são as mais rápidas. Temos inclusivamente de passar por uma área da respon- crescimento e desenvolvimen-
de termos instalações adequadas traria uma forma de funcionamento sabilidade da PSP. E para nós o mais vantajoso, para o nosso conceito de patrulhamento, to de Arruda, mas até não
melhor”, admite o capitão Ricardo Bessa, frisando que não é tanto o seria estarmos a circular sempre na nossa área territorial”, sustenta Ricardo Bessa, su- tem sido um factor prepon-
problema das limitações do espaço, mas também o facto do posto estar blinhando que, em tempos, foi estudada, em articulação com as juntas de freguesia, a po- derante no que diz respeito à
instalado no rés-do-chão de um prédio de habitação, o que levanta sem- ssibilidade de existir um posto móvel da GNR que fizesse sobretudo serviço de atendimen- criminalidade, porque “nem
pre questões de ruídos durante a noite ou da própria segurança da to ao fim de dia nestas três freguesias, circulando de acordo com um plano pré-estabeleci- sequer é dos pontos de fuga
unidade. “A movimentação de umas instalações de forças de segurança do e divulgado pelas próprias juntas. “Até ao momento não foi possível a implementação utilizados”, uma vez que
não tem horas. Podemos estar a trabalhar intensamente durante o dia efectiva deste conceito. Continuamos a considerar que seria vantajosa a existência de um Arruda tem várias vias alter-
como a meio da noite e isso traz alguns transtornos e não é de todo serviço de atendimento móvel com estas características, a funcionar tendencialmente num nativas de ligação a Vila
agradável que criemos situações de incómodo para os vizinhos”, reco- período reduzido no final do dia, na altura em que as pessoas chegam a casa. Se tiverem Franca, Alhandra, Alverca,
nhece o comandante do Destacamento da GNR, vincando que insta- alguma situação, alguma informação, alguma queixa, sabem que existe ali uma instalação Carregado e Sobral.
lações construídas de raiz, num local com algum isolamento das con- policial móvel, que apesar de ser móvel tem uma presença permanente e poderá deslocar- “Felizmente Arruda continua
struções vizinhas é sempre o mais adequado, dando também mais segu- se pelas freguesias mais afastadas da Castanheira”, explica o comandante da GNR. a ser uma localidade pacata.
rança e privacidade à vivência interna do posto. Ricardo Bessa reconhece que, actualmente, as pessoas poderão ser obrigadas a apanhar Este fenómeno percentual-
“Estamos conscientes que o cenário económico-social não é muito vários transportes para conseguirem chegar à Castanheira. “Neste momento aqui esse mente pode ser preocupante,
propício a que haja investimentos dessa envergadura. Mas realçamos meio móvel não existe. Poderemos tentar tê-lo cá em períodos específicos, mas não vai ser mas se olharmos para ele só
que a Castanheira está a crescer e é uma preocupação efectiva criarmos uma solução definitiva. O que procuramos é que seja uma solução que nos desse garantias em termos de percentagem.
melhores condições para o futuro. Estamos conscientes de que as enti- de disponibilidade permanente”, prossegue o responsável da GNR, frisando que o mode- Em termos de número efecti-
dades que nos podem ajudar, a própria tutela, as autarquias locais, opor- lo de funcionamento já foi estudado e testado com êxito, num período em que foi possível vo de casos não diria que seja
tunamente nos poderão dar esse apoio, assim se criem as condições pos- ter uma unidade móvel deste tipo na área do destacamento. “A alternativa têm sido os tão preocupante, porque há
síveis”, conclui o capitão da GNR, que acha que, com os cerca de 30 locais de atendimento nas juntas de freguesia. É a solução viável neste momento, mas é outras localidades na nossa
militares de que dispõe, o posto da Castanheira “tem o efectivo sufi- uma solução que não traz a visibilidade da presença policial. O facto de se saber que esta- área de responsabilidade que
ciente”, mas admite que, num espaço diferente, “a vivência dos mos a fazer atendimento nas juntas de freguesia é útil, mas tendencialmente, com o tempo, têm muito mais roubos e
cidadãos fardados seria diferente e melhor”. O posto da Castanheira re- poderá cair no esquecimento. E a presença de um veículo aumentaria o sentimento de assaltos em geral”, diz o
gistou, no primeiro semestre, uma subida da criminalidade, mas uma segurança da população”, acredita o capitão da GNR, salientando, contudo, que a crimi- capitão da GNR ao Voz
estabilização dos casos de roubo. nalidade registada na área do posto da Castanheira tem estabilizado e até diminuído. Ribatejana.
4. 04
GNR faz levantamento
de idosos isolados
Sobretudo nas freguesias GNR, há já um levantamento com a Cruz Vermelha e com cada vez alertados para esse
rurais, a situação dos idosos com dados sobre cerca de 200 alguns apoios autárquicos para fenómeno”, sublinha. Já quan-
isolados é uma preocupação idosos. “Temos militares só instalação de aparelhos de to aos problemas de violência
para a GNR, que tem feito le- vocacionados para o apoio aos teleassistência em casa de doméstica e de maus-tratos a
vantamentos e acções de reco- idosos, tentamos recolher o alguns idosos que permitam menores, Ana Ribeiro acha
lha de dados que lhe permitam máximo de informação po- alertar a Guarda ou os que têm estabilizado na área
contactar e chegar mais facil- ssível, ficamos com as coorde- bombeiros em caso de proble- do Destacamento.
mente junto dessas popu- nadas do local onde as pessoas ma. Actualmente a GNR dispõe de
lações, muitas vezes mais
sujeitas a casos de roubo ou de
vivem e, com esses dados, ra-
pidamente os militares con-
A GNR faz também acções de
informação e de sensibilização
uma unidade especializada no
comando distrital e de secções “Chave Segura”
burla. No caso das freguesias seguem dar com a casa onde dos idosos para as situações de de programas especiais em
do concelho de Vila Franca,
segundo a tenente Ana
residem esses idosos”,
esclarece a oficial da GNR,
burla, um fenómeno que ainda
vai surgindo regularmente. “É
cada destacamento, que
abrangem áreas como a escola
para um Verão mais
Ribeiro, adjunta do coman- lembrando que também se está um problema que continua a segura, o comércio em segu-
dante do Destacamento da a tentar desenvolver projectos existir, mas os idosos estão rança ou o Idoso 65. tranquilo
A GNR tem um programa de vigilância de residências
“Gostei especialmente Militar por vocação durante o período das férias de Verão que procura mi-
nimizar os riscos de assalto quando os residentes estão
ausentes por tempo mais prolongado. Os interessados
da disciplina militar” com gosto pelas novas podem contactar as unidades da Guarda que, nos
períodos de ausência, fazem um patrulhamento regular
tecnologias
A tenente Ana Ribeiro tem 27
anos e desempenha funções
mas a diferença não é muita”,
reconhece.
garantindo um número de passagens mínimo, no senti-
do de detectar alguma anomalia e de que as pessoas se
de adjunta do comandante do Ana Ribeiro admite que sintam mais tranquilas.
Destacamento de Vila Franca. entrou na vida militar um Ricardo Bessa é natural do ores associados. No dia em
Já comandou durante cerca de pouco sem saber ao que ia. concelho de Gondomar e que essas características
1 ano o Destacamento da Acabou o 12º. ano, gostava ganhou cedo uma grande intrínsecas à instituição
GNR de Alenquer e por cur-
tos períodos o próprio desta-
de medicina e disseram-lhe
que na Academia Militar
admiração pelo papel da
GNR, enquanto “instituição
deixarem de existir, a GNR
deixa de ser aquilo que é e
Sinistralidade grave
de referência neste País, quer fica descaracterizada. A par-
camento vila-franquense.
Uma experiência gratificante
havia medicina. “Concorri e
era para medicina. Depois fiz pelas suas tradições, quer
pela forma como tem estado
tir dessa altura não é uma
GNR, é outra coisa qual-
está a baixar
para uma mulher que foi mãe a prova de aptidão militar e,
há 2 anos e que continua a durante aquele mês, mudei de presente na sociedade”. quer”, sublinha.
Decidiu, por isso, ainda Os três concelhos abrangidos A área do Destacamento de Vila Franca é atravessada
sentir-se muito motivada com ideias. Gostei essencialmente
muito jovem, ingressar na pelo Destacamento de Vila por vários eixos rodoviários de grande circulação como
aquilo que faz na GNR, onde da disciplina da parte militar.
Guarda. “Quando tomei esta Franca são bastante dife- as estradas nacionais 1, 248 e 115-5. As principais pre-
espera continuar por muitos Foi isso que me atraiu e,
decisão foi porque vi a GNR rentes da zona de Gondomar ocupações centram-se na ligação entre Alverca e
anos. O comandar mais de depois, dentro da parte mili-
como uma instituição a que de onde o militar é orig- Loures e na travessia de Vialonga, onde sobretudo a
duas centenas de homens não tar, toda a gente dizia que a
gostaria de dedicar a minha inário, sobretudo porque aqui variante tem tráfego intenso e alguns acidentes graves,
lhe suscita nenhuma preocu- GNR era o melhor”, sublinha,
vida e de dedicar-me à causa há uma muito maior multipli- sobretudo em período nocturno e nalguns dos seus
pação especial e acha que explicando que acabou o
pública, que, no fundo, é cidade de origens e de cul- cruzamentos. “Os dados comparativos que temos entre
todos reagiram bem, até curso com 23 anos e foi logo
aquilo que nós fazemos, con- turas. “Esta variedade cultur- o primeiro semestre de 2010 e o de 2011 apontam para
porque a novidade das mul- dar um alistamento de seis
scientes da influência que o al acaba por ser também uma um decréscimo na sinistralidade, fenómeno que vemos
heres a comandarem meses e comandar um pelotão
nosso trabalho pode ter no variável interessante. Vêem- com agrado, que nos permite empenhar efectivos
unidades da GNR já tinha na Figueira da Foz. Depois
dia-a-dia das pessoas”. se coisas muito diferentes”, noutras actividades, por um lado, e por outro são sem-
alguns anos. foi colocada na Brigada 2,
Hoje, aos 35 anos, o capitão observa Ricardo Bessa, pre bem vindas notícias de redução da sinistralidade”,
“Mulheres na Guarda já exis- esteve um ano a comandar o
que comanda a GNR nos explicando que outra das refere Ricardo Bessa, salientando que no troço da EN 1
tem desde 1995 ou 96. A Destacamento de Alenquer e
concelhos de Vila Franca, suas paixões são as tecnolo- entre Vila Franca e o Carregado há uma grande inten-
comandar efectivamente passou para adjunta no
Arruda e Loures reconhece gias da informação e que tem sidade de tráfego mas há normalmente fluidez. Já no
destacamentos já para aí Destacamento de Vila Franca.
que “às vezes não con- mesmo formação em engen- caso de Vialonga, recorda que foi elaborado um estudo
desde 2003/04 e eu, em Entretanto teve 6 meses de
seguimos fazer tanto como haria informática. “É uma para a substituição de semáforos por rotundas na vari-
2008/09, já não era novidade licença de maternidade, foi
gostaríamos, mas estamos área que me agrada particu- ante, medida que poderá melhorar a fluidez do trânsito.
para ninguém”, sustenta à para Mafra e regressou a Vila
conversa com o Voz Franca. sempre conscientes de que larmente desde há muitos
Ribatejana, vincando que as “Quando somos comandantes prestamos um serviço públi- anos e em que já trabalhei
co e de que o devemos fazer algum tempo antes de vir
diferenças não são muitas.
“Se calhar temos uma
há sempre problemas para
resolver. É uma experiência da melhor forma que souber-
mos e pudermos”. A GNR é,
para a GNR e trabalhei tam-
bém dentro da GNR na área
Destacamento de
maneira diferente de lidar gratificante e, ao mesmo
com eles, por sermos mul-
heres se calhar temos uma
tempo, trabalhosa.
primeiras mulheres a coman-
As no entanto, por vezes, vista
como uma instituição rígida e
das tecnologias. Neste
momento não estou ligado a Vila Franca segura
sensibilidade e uma maneira dar se calhar tiveram um algo tradicionalista. Ricardo essa área, mas é uma área
de falar
diferentes e
choque muito maior. Eu já
apanhei aquela fase em que já
Bessa acha que é importante
manter as tradições, porque
vocacional
não pretendo
que ministro das
“associado às tradições abandonar”,
eles se cal-
har também
não é novidade, vim quando
já toda a gente estava habitu- vêm um conjunto de val- confessa. Finanças
não lidam ada”, conclui.
connosco
Na reestruturação de 2008 foi atribuída também ao
da mesma Ricardo Bessa Destacamento de Vila Franca a responsabilidade de
forma, Ana Ribeiro já sempre quis coordenar a unidade da GNR que dá apoio à alfândega
do aeroporto e a unidade que faz a segurança do
comandou dedicar a Ministério das Finanças, em Lisboa. Significa que as
destacamentos sua vida à dezenas de efectivos dedicados à protecção das insta-
lações onde trabalham o ministro Vítor Gaspar e todos
de Alenquer causa os serviços centrais das Finanças são coordenados a
partir de Vialonga. No total, o Destacamento vila-fran-
e de Vila pública quense conta com cerca de 240 efectivos distribuídos
Franca por sete unidades.
5. 05
21%
Maioria quer extinção das pequenas freguesias não
A esmagadora maioria dos leitores do blog do Voz Ribatejana
S/NR
concorda com a extinção de freguesias com menos de 1000 9% N
eleitores. Setenta e sete por cento defende essa medida e ape-
nas 13% estão contra. Outros 9% não têm opinião formada 77% sim
sobre o assunto. Participe nos nossos inquéritos em
www.vozribatejana.blogspot.com.
3 de Agosto de 2011
Sobralinho
Reformado condenado a 14 anos
de cadeia por matar o filho
Luís Espalha foi condenado pelo Tribunal de Vila Franca pela autoria do disparo que vitimou o filho Luís Manuel. O colectivo não se deixou convencer pela
versão de que o tiro tinha sido acidental, mas teve em conta algumas atenuantes.
Jorge Talixa matar, até porque terá dito a uma teste-
munha que matou um mas podia matar
O Tribunal de Vila Franca de Xira conde- dois ou três e a outra que matara o filho
nou, no dia 22 de Julho, a 14 anos e 4 porque o contrariava. “Há uma ausência
meses de prisão efectiva, um idoso resi- de motivos compreensíveis, uma ele-
dente na vila do Sobralinho, acusado de, vadíssima desproporção entre a causa e a
em Agosto do ano passado, ter disparado conduta do arguido”, salienta o acórdão,
um tiro de caçadeira sobre um filho de 42 vincando que alguns testemunhos e a tra-
anos, causando-lhe a morte. O colectivo jectória do tiro identificada na autópsia
de juízes presidido por Raquel Costa não apontam para um disparo directo e não
acreditou na versão do arguido, Luís para um disparo feito inadvertidamente
Espalha, de 75 anos, que alegou sempre em queda. O colectivo de juízes acrescen-
que o disparo foi acidental e surgiu quan- ta que Luís Espalha sabia que um disparo
do tropeçou numa escada. Luís Espalha naquelas condições seria suficiente para
foi, ainda, condenado a pagar um total de causar a morte do filho, mas que, na
114 mil euros de indemnizações à sua avaliação psicológica a que foi submeti-
esposa, aos filhos da vítima (seus netos) e do (aponta-lhe algumas limitações cogni-
a outros legítimos herdeiros. tivas) assume uma certa desresponsabi-
O acórdão considera provado que Luís lização pelo que aconteceu, atribuindo
Espalha e o seu filho Luís Manuel viviam responsabilidades a terceiros. Depois, os
no mesmo edifício, na Rua dos juízes sublinham que a caçadeira usada
Bombeiros Voluntários, no Sobralinho. pelo idoso estava declarada perante a
Mas acrescenta que, pelo menos nos últi- PSP, mas que Luís Espalha apenas estava
mos dois a três anos o relacionamento autorizado a tê-la em casa e não tinha
entre os dois deteriorou-se, porque o pai licença para a trazer para o exterior e
não concordava com algumas das com- muito menos para a usar. “É um flagelo
panhias do filho e achava que estaria da nossa sociedade a quantidade de armas
envolvido em situações de consumo de não legalizadas, as quais possibilitam
droga e de alguma marginalidade. Ao muitas vezes a prática de crimes”, vincou
princípio da noite de 21 de Agosto passa- Raquel Costa. O colectivo considerou,
do, os dois homens entraram em dis- entretanto, não provado que o idoso tenha
cussão e terão mesmo trocado algumas escorregado e disparado de forma aciden-
agressões. “O arguido entrou na residên- tal e que os desentendimentos com o filho
cia e regressou munido de uma caçadeira fossem frequentes. Na definição da pena,
de canos justapostos. Sabendo que se Luís Espalha beneficiou de algumas ate-
encontrava municiada e pronta a disparar, nuantes por não ter antecedentes crimi-
quando se encontrava a 4/5 metros dis- nais e por padecer de uma doença
parou sobre Luís Manuel, atingindo-o no oncológica e foi condenado a 14 anos de
tórax”, refere o acórdão, frisando que as cadeia pelo crime de homicídio qualifica-
lacerações causadas em órgãos como o do, numa moldura penal que vai dos 12
peritoneu e o estômago foram a causa aos 25 anos de cadeia. O colectivo conde-
directa da morte do filho. nou-o, ainda, a 18 meses de prisão por
Embora admita que Luís Espalha sofria, detenção de arma proibida e a pagar ind-
nos últimos anos, de problemas de emnizações à sua esposa e aos filhos de
alcoolismo crónico e que naquele dia Luís Manuel. Aplicadas as regras de
estaria alcoolizado, o colectivo de juízes cúmulo jurídico foi-lhe fixada uma pena
concluiu que o arguido teve a intenção de unitária de 14 anos e 4 meses de prisão.
Detido em PSP vigia residências no Verão
Cemitério
Alhandra por
roubado A Operação Férias 2011, organizada pela PSP, está também a ser desenvolvida nas seis freguesias da área
assaltar mulher da Divisão de Policial de Vila Franca de Xira. Até 15 de Setembro, agentes da Polícia de Segurança
em Muge Pública asseguram alguma vigilância de residências, cujos proprietários se tenham ausentado em férias.
Os interessados em aderir a este serviço gratuito da PSP devem solicitá-lo pelo menos 48 horas antes de
Agentes da Esquadra da PSP de Alhandra detive- iniciarem as suas férias, dirigindo-se a uma esquadra policial e preenchendo um pequeno formulário.
ram, no dia 14, um individuo com 40 anos de Podem, também, optar por preencher o formulário online, no sítio
O cemitério de Muge, no con-
idade, depois de ter alegadamente roubado um fio https://veraoseguro.mai.gov.pt, onde encontrarão igualmente sobre
celho de Salvaterra de
de ouro a uma mulher de 35 na zona da estação os comportamentos de segurança a ter nestas fases de ausência da
Magos, foi assaltado e van-
ferroviária alhandrense. Segundo uma nota da residência. A polícia aconselha ainda os cidadãos a organizarem
dalizado na madrugada da
Divisão Policial de Vila Franca, o suspeito terá uma lista dos seus bens mais valiosos, que facilitará a sua localiza-
passada quinta-feira. Foram
usado violência física para consumar o roubo e foi ção em caso de furto. A Divisão Policial de Vila Franca salienta,
afectadas cerca de 30 campas
detido poucos minutos depois da ocorrência, cerca contudo, que as pessoas, antes de saírem para férias, devem sem-
e do cemitério desaparece-
das 8h15 da manhã. De acordo com a mesma pre verificar se as suas residências se encontram devidamente
ram crucifixos em metal, ja-
fonte, o individuo já fora detido no dia 10 de Julho, fechadas, com as portas e janelas fechadas e trancadas, para que
rras, santas, livros em pedra e
em Vila Franca, quando foi apanhado em flagrante não se consiga ver o seu interior e não existam “tentações” dos
outras peças de arte sacra.
delito a furtar combustível de uma viatura. indivíduos que se dedicam a este tipo de criminalidade.
6. 06
“ FAÇA OUVIR A
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TODOS COM VOZ
Editorial Inquérito
A crise e a Impacto das obras do novo
insegurança
A região a que nos dedicamos tem
hospital revolta moradores
As obras do novo hospital de Vila Franca de Xira, iniciadas em Maio próximo de Povos, estão a gerar protestos de vários moradores vizinhos, inco-
vindo a ser assolada, nas últimas
modados pelas ondas de poeira que se levantam e invadem tudo, mas sobretudo pelo facto dos trabalhos e do ruído se terem prolongado, nalguns dias,
semanas, por uma onda de crimina-
pela noite dentro. O Voz Ribatejana ouviu alguns dos afectados, que reclamam mais regas e mais cuidados no transporte de terras e horários de obra
lidade invulgar. Embora os registos
menos alargados.
das forças de segurança não refli-
ctam agravamentos exagerados, o Tiago Filipe, 28 anos, residente na Praça
certo é que as situações de pequenos Patrícia Lavareda, 29 anos, residente do
roubos que geram muito alarme
Família Hustarte
Largo Júlio Sabino
social, porque são feitas cada vez
mais às claras e sem qualquer sinal O maior inconveniente que noto é o pó, que é transportado pelo vento e que
Na semana passada estiveram a trabalhar até à uma e pouco da manhã. acaba por sujar o prédio todo, por entrar pelos próprios respiradouros. E só se
de receio, crescem a olhos vistos.
Contactei a PSP e perguntei se podiam estar a fazer barulho àquela hora. pode colocar roupa no estendal aí depois das 21h00. A minha mulher tem que
São os assaltos por esticão que se
O senhor disse-me que não sabia se tinham alguma licença especial. Se lavar sempre a corda da roupa. Estes apartamentos têm bom isolamento e não
multiplicam, grupos de indivíduos
têm foi a Câmara que passou. Não tenho nada contra o hospital, se é para noto o barulho por trabalharem até mais tarde. Mas já tiveram que cá vir reparar
que circulam e “atacam” onde
melhorar a vida das pessoas tudo bem, tenho é contra não respeitarem as os estores por causa da fuligem acumulada. Deviam regar mais as zonas de obra
encontram pessoas mais debilitadas
pessoas. Escrevi também um e-mail à Câmara, que me disseram que ia ser e assumir uma limpeza geral dos prédios no fim das obras. As paredes estão
ou isoladas e roubos dos mais diver-
reencaminhado para o vereador Rui Rei. Também disse que os camiões cobertas de pó. O patamar da casa está completamente cheio deste pó amarelo,
sos bens em equipamentos públicos
transportam a terra sem nenhuma protecção. A mim incomoda-me mais o as caixas de correio, as janelas, as portas. Está tudo cheio deste pó.
como caso que relatamos da antiga
barulho, mas também há o pó.
Marinha em Vila Franca. Mas há
A partir dessa altura têm
também cada vez mais casos de
feito barulho normalmente
assaltos violentos e à mão-armada a
só até às 20h00, o que me
agências bancárias ou ourivesarias.
dá a entender que foram
João Costa, 61 anos,
Ou conflitos como o tiroteio que, no
sábado, em Arcena, originou um
esticando e, se ninguém se residente no Largo Júlio
queixasse, desconfio que
morto e dois feridos.
iam começar a fazer turnos. Sabino
Se, por um lado, parece crescer um
É uma obra pública, se nós
certo sentimento de desespero pelas
temos que cumprir as Há sempre muito barulho, ás vezes até
dificuldades e pela falta de perspec-
regras, eles também. Há depois da meia-noite. Sai muita terra das
tivas e de emprego. Por outro, vai-se
horas para tudo. Tenho uma obras, não têm respeito pelas pessoas. Há
acentuando o sentimento de que vale
filha pequena e o barulho aqui crianças, gente que trabalha e tem que
tudo e de que muitas destas situ-
tornava-se ensurdecedor. dormir. Não quer dizer que seja todas as
ações ficarão para sempre na
Também houve obras aqui noites, mas no dia 21 foi barulho até às 2h00
impunidade.
para o Recheio e quase que da madrugada, com as máquinas a par-
Um comerciante da região dizia-nos
não se dava por nada. tirem pedra ali em cima. Não se pode esten-
há dias: se o Governo não põe mão
der roupa. É difícil mesmo de se aguentar. Deviam regar a terra.
nisto e não reforça a segurança onde
é que vamos parar! Tem razão. Mas
é também ao nível do Governo que,
nas muitas exigências de austeridade
que agora se colocam, se equa-
cionam também formas de poupar
nas forças de segurança e nos tri-
OMelhor e o Pior da Quinzena
bunais e, quiçá, também nos
próprios sistemas prisional e correc-
cional. Os assaltos sucedem-se
Neste clima, com meios cada vez na região, sejam os
mais reduzidos e uma justiça casos de roubos por
demasiado lenta, não é de estranhar esticão feitos à descara-
alguma desmotivação no seio das da em zonas movimen-
próprias forças de segurança. Urge, tadas, sejam os roubos
por tudo isto, olhar com atenção mais discretos feitos pela
redobrada para este tipo de proble- calada da noite. As
ma e talvez também escutar os forças de segurança difi-
desafios que têm sido colocados cilmente conseguem
pela PSP e pela GNR, de que a segu- resolvê-los e são cada
rança é cada vez mais uma respon- vez mais comuns os
sabilidade de todos e de que as insti- casos de indivíduos rein-
tuições e os cidadãos devem tentar cidentes, que são detidos
contribuir para ela, alertando para sucessivas vezes e logo
situações suspeitas, tomando mais colocados em liberdade
Um projecto dinamizado pela associação
precauções, denunciando comporta- pelos tribunais
Animar dá o exemplo e ajuda algumas dezenas
mentos irregulares. É do conjunto de pessoas e criarem as bases para desen-
do esforço de todos que se pode volverem o seu próprio negócio. Numa época
fazer uma sociedade mais segura e em que as alternativas escasseiam e o desem-
com um espírito cívico mais adequa- prego aumenta, apoios deste tipo podem ser
do às realidades que enfrentamos. decisivos para dar um rumo melhor a muitas
famílias
Jorge Talixa
Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281 329
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Talixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865) e Vasco Antão (carteira
de colaborador 895) Paginação - António Dias Colaboradores: Adriano Pires, Hipólito Cabeça, Paulo Beja Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial –
Júlio Pereira (93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares
7. A propósito dos
assaltos na
Jorge Dias
"Belas instalações para
o futuro hospital de Vila
Franca... Será que
Mónica
Silva Costa
“Que vergonha a
Maria Rodrigues
"O que querem um espaço daquela dimensão
votado ao abandono, cada um puxa para seu lado
e ninguém quer resolver a situação, até fogem de
07
antiga Marinha onde anda a policia”
ninguém consegue ver arranjar soluções. Mas qualquer dia aparece aí
isso????????" um esperto e fica resolvido. É assim"
Povos
Arcena
Obras do hospital Tiroteio faz um
geram queixas morto e dois
As obras do novo hospital de Vila Franca de Xira seguem a bom ritmo na encosta sobran-
ceira ao Centro Equestre da Lezíria, em Povos. Boa parte do terreno já está moldado, mas
feridos graves
a obra é bastante complexa, pelas características do local. Na sequência das reclamações Um tiroteio ao que tudo indica originado por uma discussão entre famílias de origem indiana
de vários moradores da zona mais próxima, o Voz Ribatejana tentou obter esclarecimen- e de etnia cigana, originou, ao princípio da noite do passado sábado, a morte de um imigrante
tos e respostas do consórcio construtor, liderado pela Somague, e da Câmara de Vila indiano de 40 anos e ferimentos graves em mais duas pessoas da mesma família. O presumí-
Franca de Xira, mas até ao fecho desta edição não tivemos resposta. Percebe-se, todavia, vel autor dos disparos foi presente ao tribunal de Vila Franca de Xira na segunda-feira e vai
que a maquinaria envolvida gera, necessariamente, problemas de ruído, pelo que devem aguardar julgamento em prisão preventiva. Os feridos, com 24 e 48 anos, estão internados
ser evitados trabalhos em horário nocturno. Nos últimos dias mais quentes percebeu-se nos hospitais de Vila Franca e de São José livres de perigo.
que já eram mais frequentes as acções de rega, para evitar a maior libertação de poeiras. Aconteceu tudo por volta das 19h30 e, segundo algumas testemunhas, o desentendimento
Curioso foi verificar que muitos dos camiões envolvidos não cobrem as cargas de terra e terá surgido porque uma criança de etnia cigana terá urinado junto à porta de uma garagem
que um deles até o fez já só à beira da Nacional 1. da família indiana. O dono do espaço terá confrontado o pai da criança com o sucedido e
gerou-se o conflito. Da discussão aos tiros foram poucos minutos, gerando o pânico entre
alguns moradores da Rua Diamantino de Sousa Barros. O presumível autor dos disparos foi
detido pela PSP, que reforçou a vigilância do bairro de Arcena com efectivos da Esquadra de
Intervenção Rápida. No local estiveram também inspectores da Polícia Judiciária, que vão
desenvolver a investigação.
EDITAL Nº 371/2011
MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESIDENTE DA
CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA
FAZ SABER, que por despacho da Srª Vereadora Maria da Conceição dos
Santos, datado de 04/01/2011, proferido ao abrigo das competências delegadas
pela signatária, por despacho nº 34/2009, de 4 de Novembro, e para o dispos-
to na alínea h), do nº 2, do artigo 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro,
alterada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e Declaração de Rectificação
nº 4/2002, de 6 de Fevereiro:
- Foi tomada a decisão final de proceder à desocupação/despejo administrativo
da habitação municipal sita no Bairro Municipal da Quinta da Piedade, Lote 5,
3º B, 2625 Póvoa de Santa Iria.
Utentes protestam com corte Tal decisão, fundamenta-se nos seguintes factos:
- O arrendatário da fracção faleceu em 22 de Setembro de 2008, e residia so-
zinho na fracção pelo menos há mais de um ano a contar da data do óbito, pelo
que o arrendamento não é transmissível.
da linha
- Não foi apresentada qualquer pronúncia escrita que pudesse alterar o sentido
provável da decisão.
Mais ficam os eventuais ocupantes e demais interessados notificados de que
dispõem de um prazo de 60 dias para desocupar a referida fracção e
devolverem as chaves, sendo que se não o fizerem até ao final do prazo que
lhes é facultado será imediatamente efectuado o despejo, com recurso à autori-
O descontentamento pela entrada em vigor das novas dade policial, sendo removidos todos os bens que se encontrem na fracção, os
tarifas dos transportes levou à realização, na segunda- quais serão depositados em local designado para o efeito, onde poderão ser
levantados pelos proprietários, dentro do prazo de um ano a contar da presente
feira, de várias acções de protesto. Na estação fer- notificação, data a partir da qual serão declarados perdidos a favor do
roviária da Póvoa de Santa Iria, um grupo de utentes Município, nos termos do artigo 1323º do Código Civil.
colocou-se à frente de um comboio, impedindo assim a
Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afi-
circulação na Linha da Azambuja. Segurando tarjas xados nos locais de costume e publicados nos jornais locais.
com a inscrição
E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Directora do Departamento de
“O aumento dos transportes é um roubo”, os manifes- Administração Geral, o subscrevi.
tantes permaneceram no local durante cerca de meia
hora e a circulação foi retomada perto das 9h30, depois Paços do Município de Vila Franca de Xira, 5 de Julho de 2011
dos manifestantes terem desmobilizado voluntaria- A Presidente da Câmara Municipal,
mente. - Maria da Luz Rosinha -
8. 08
“
SOCIEDADE voz ribatejana #18
Alverca
Demolição de capela
setecentista gera críticas
A recente demolição do que restava da pequena, na Verdelha”, explicou o
capela setecentista de Nosso Senhor autarca do PS, referindo que esta
Jesus Crucificado, à beira da Nacional demolição foi feita agora por questões
10, entre Alverca e a Verdelha, suscitou de segurança e porque vai avançar no
algumas críticas. O edifício, bastante próximo ano o arranjo urbanístico
degradado, tinha alguma importância daquele espaço nobre da entrada sul da
histórica mas, como o Patriarcado de cidade. Garante Afonso Costa que os
Lisboa, considerou que não teria azulejos já anteriormente retirados (há
importância patrimonial, foi agora 7/8 anos) foram devidamente guarda-
demolido para um arranjo urbanístico dos na Quinta do Palácio do
da zona. A ideia de construir uma nova Sobralinho e que todos os pórticos e
capela, um pouco mais a sul, já na pedras do edifício da capela agora der-
Verdelha, está entretanto dependente rubados também serão guardados no
da confirmação do envolvimento Sobralinho. “Até o antigo pórtico de
financeiro de dois empresários locais. entrada, em madeira toda grampeada a
Os vestígios da demolição e de algu- ferro, está guardado no nosso
mas das cantarias dos pórticos da cemitério”, acrescenta, frisando que se
Capela de Nosso Senhor Jesus considerou importante guardar esta
Crucificado estão ainda visíveis junto à memória da capela.
rotunda sul de Alverca. Afonso Costa, Entretanto, a ideia de construir uma
presidente da Junta alverquense, disse, nova capela na Verdelha não tem
ao Voz Ribatejana, que o edifício avançado. “Dois empresários da zona
serviu como capela, mas, depois da propuseram-se construir essa capela.
implantação da República, passou a Mas, com o passar do tempo e com as
servir de celeiro. “Foi um processo dificuldades que surgiram, isso está um
longo em que houve alguma troca de pouco parado”, admite, explicando
correspondência com o Patriarcado de que, de qualquer forma, a ideia da nova
Lisboa, ainda no tempo do padre José capela mantém-se e até poderão ser
Maria. O Patriarcado achou que não usados aí alguns dos elementos retira-
havia interesse patrimonial e ficou dos do antigo templo. Pórtico que nos últimos dias ainda se
assente que aquela capela seria demol- encontrava no local da demolição
ida e seria construída outra, mais Jorge Talixa
sáveis do reino, a quinta passou definitivamente para
A história a sua posse. Ali, o conde Joaquim Pedro Quintela,
figura muito destacada do reino, fundou uma fábrica
de produtos químicos (a primeira em Portugal) e
mandou edificar uma casa de campo a o lado da
capela já existente. A casa apalaçada foi muitas vezes
Segundo os registos históricos existentes, a Capela de visitada pelo Rei D. Carlos e pela família real, que
Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado terá sido con- assistiram a missas rezadas na capela. Todos os anos
struída por volta de 1750, numa grande quinta que se realizavam, também, festejos em honra de Nosso
chegou a ser propriedade dos Padres de São Paulo do Senhor Jesus Cristo Crucificado.
Convento do Santíssimo Sacramento de Lisboa. Em 1910, com a implantação da República, a capela
Já em 1758, o padre Manuel Henriques escrevia foi encerrada ao culto, as imagens foram arrumadas
sobre alegados milagres feitos pela imagem de Nosso numa arrecadação e acabaram por desaparecer. A
Senhor Jesus Cristo Crucificado da capela da Quinta imagem de Jesus Crucificado foi para a Igreja de
da Verdelha. Em 1834, o 1º. Conde de Farrobo era Alverca. Progressivamente, a capela foi despojada das
rendeiro da Quinta da Verdelha e, com a extinção das pedras que a ornavam e reduzida à condição de
ordens religiosas decidida nesse ano pelos respon- celeiro.
Moradores querem problemas resolvidos na Malva Rosa
Com alguma regularidade moradores da urban- uma série de questões por resolver nos espaços abilidade de resolver, tentamos que as resolva. para resolver as questões que são da sua respon-
ização da Malva Rosa (Alverca) apresentam públicos da Malva Rosa. Algumas coisas estão a ser feitas, ainda muito sabilidade”, prometeu.
problemas nas sessões camarárias. Na quarta- Alberto Mesquita, vice-presidente da Câmara devagarinho para a rapidez que gostaríamos”, Marina Silva quis saber se há alguma garantia
feira, na reunião realizada no salão do agrupa- com responsabilidades no urbanismo, afiançou observou, salientando que continua a pensar que possa ser accionada para resolver algumas
mento de Alverca do Corpo Nacional de que a autarquia tem vindo a acompanhar a situ- que a Malva Rosa é uma urbanização de quali- situações e vincou que gostava de ver as artérias
Escutas, Marina Silva lembrou que expôs várias ação “procurando encontrar soluções e que a dade. da urbanização mais limpas. Maria da Luz
questões à Câmara já em Fevereiro e nunca teve urbanização se conclua o mais rapidamente “No seu todo é uma boa urbanização”, afirmou, Rosinha admitiu que a recolha do lixo é uma
resposta. possível”. O edil explicou que há várias situ- reconhecendo, no entanto, que recebe quase responsabilidade do Município e assegurou que
A munícipe cita os casos dos ecopontos fre- ações que são da responsabilidade do promotor diariamente e-mails de moradores que apontam tem havido um esforço de pressão junto do
quentemente sobrelotados de lixo, os restos de e que há, ainda, vários lotes por construir e questões ainda por resolver. “Apesar da nossa urbanizador, mas que algumas medidas têm
resíduos que acabam por ficar espalhados pela questões por resolver como a do parque infan- insistência e fiscalização, ainda não con- demorado.
urbanização, os sumidouros “completamente til. “Temos vindo a acompanhar junto do pro- seguimos encontrar uma forma satisfatória.
entupidos”, os sinais a obstruírem passeios e motor, porque é ele que ainda tem a respons- Vamos continuar a insistir junto do urbanizador J.T.