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Geografia Urbana Aula 5
Em 1815 em diante nascem algumas propostas revolucionárias, políticas e urbanísticas para mudar ao mesmo tempo a organização social e a organização dos conjuntos habitacionais.
ROBERT OWEN (1771-1858) propõe um dispor 1.200 pessoas num terreno de 500 hectares formando um quadrado. (1820- 1825) a aldeia modelo CHARLES FOURIER (1772- 1837)  é um escritor que publica na França a descrição de um novo sistema filosófico e político.
Fourier projeta um grupo chamado Falange, abrangendo 1600 pessoas de diferentes posições sociais sobre um terreno de 250 hectares para morar num edifício unitário, o Falanstério. Esse modelo exerceu fascínio em vários países da Europa e da América entre 1830 e 1850. Jean – Baptista GODIN realiza para seus operários um edifício mais modesto, inspirado no Falanstério de FOURIER que ele chamou de familistério.
OFalanstério, "nem urbano nem rural"3, no qual deve habitar um grupo de 1620 pessoas de diferentes estratos sociais, a falange (comunidade), implantado num terreno com 250 ha. Entre 1830 e 1850 existem várias tentativas de colocar este modelo em prática por parte de alguns países.
O modelo de habitação coletiva de Fourier caracteriza-se pela negação da família, pela ruptura com os modelos passados, pela forma de introdução da natureza no modelo deter  essencialmente uma visão funcionalista com o início do zonamento funcional.  O edifício apresenta já uma separação de funções, por alas e pisos, separando os serviços, equipamentos, oficinas, habitações e zona para visitantes.
No piso térreo existe um pátio central e pátios fechados de menor dimensão, de modo a não terem vista para o campo, que funcionam como jardins de Inverno, e passagens fechadas para as carroças. O pátio central consiste no elemento de separação entre o edifício principal e os estábulos, celeiros e lojas. No primeiro piso, encontram-se as galerias cobertas climatizadas que fazem toda a comunicação interna, substituindo as ruas.
Os modelos – irrealizáveis  na primeira metade do século XIX e superado pelo debate político da segunda metade do mesmo século – são o contrário teórico da cidade liberal; de fato, deslocam o acento da liberdade individual para organização coletiva.
Tem em vista resolver de forma pública todos ou quase todos os aspectos da vida familiar e social Recorrem à análise e a programação racional. Antecipam, portanto, em tentativas isoladas a pesquisa coletiva da arquitetura moderna que terá início no século seguinte.
Entretanto, a primeira lei sanitária é votada no verão de 1848 e somente após a revolução de desse mesmo ano, a segunda república aprova a lei sanitária de 1850. As esquerdas perdem a confiança nas reformas setoriais – entre as quais aquelas que dizem respeito ao ambiente construídos.
As esquerdas perdem a confiança nas reformas setoriais – entre as quais aquelas que dizem respeito ao ambiente construídos Os socialistas científicos (Marx e Engels, publicam o manifesto do Partido Comunista em 1848) criticam os socialistas da primeira metade do século – entre os quais Owen e Fourier – considerando-os utopistas.
Os operários devem conquistar o poder e realizar, antes de mais nada, a mudança das relações de produção que posteriormente tornará possíveis todas as mudanças nos vários setores (é a tese posta em prática por Lenin em 1917).
A burguesia abandona a tese a liberal da não-intervenção do Estado nos mecanismos setoriais, e usam métodos elaborados na primeira metade do século (pelos reformadores e pelos socialistas utopistas).
Da cidade liberal passa-se assim, a cidade pós-liberal.  Este modelo tem um sucesso imediato e duradouro: permite reorganizar as grandes cidades européias (antes de todas as outras, Paris), fundar as cidades coloniais em todas as partes do mundo e ainda influência de maneira determinante a organização das cidades em que vivemos hoje.
Características da cidadepós-liberal A administração pública e a propriedade imobiliária encontram um acordo: é reconhecido o espaço de pertinência de uma e outra, e é fixado com exatidão o limite entre estes dois espaços.
A utilização dos terrenos urbanizados depende dos proprietários individuais (privados ou públicos). A administração influi apenas com regulamentos as medidas dos edifícios em relação às medidas dos espaços públicos, etc.
As linhas de limite entre os espaços público e o privado – as frentes das ruas - bastam para formar o desenho da cidade. A periferia a ser organizada faz aumentar o custo das moradias e obriga a conservar certo número de habitações precárias para as classes mais pobres. (subúrbio)
A densidade excessiva no centro é atenuada por alguns corretivos: parques públicos e as “casas populares” Os especialistas no funcionamento da cidade recebem um papel secundário subordinado à combinação entre a burocracia e a propriedade.
A cidade pós-liberal se sobrepõe à cidade mais antiga, e tende a destruí-la: interpreta as ruas mais antigas como ruas-corredor, elimina os casos intermediários entre a utilização pública e privada do solo. Interpreta os edifícios como manufaturados intercambiáveis (Isto é, permite demoli-los e reconstruí-los).
A Transformação de Paris no Segundo Império  Circunstâncias favoráveis: -duas leis avançadas: a lei sobre a expropriação de 1840 e a lei sanitária de 1850. - alto nível técnico - poderes extensos do imperador Napoleão III - atuação de Haussmann
A transformação compreende: novas ruas traçadas, abre-se 95 Km de novas ruas, que cortam todos os sentidos o organismo medieval e fazem desaparecer 50 Km de ruas antigas.    novos serviços básicos: o aqueduto, o esgoto, a instalação da iluminação a gás, a rede de transportes públicos com os ônibus puxados a cavalo;  
novos serviços secundários: as escolas, os hospitais, os colégios, as prisões, os parques públicos etc.   nova estrutura administrativa da cidade: o cinturão alfandegário do séc XVIII é abolido, e uma série de comunas periféricas são anexadas à comuna de Paris.
A nova Paris demonstra o sucesso da gestão pós-liberal e se torna o modelo reconhecido por todas as cidades do mundo da metade do sec. XIX em diante.  
História da Evolução das Cidades http://malembe-genericosurbanos.blogspot.com/2010/09/historia-da-evolucao-das-cidades-parte.html.  Acesso em 06 de setembro de 2011.

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  • 2. Em 1815 em diante nascem algumas propostas revolucionárias, políticas e urbanísticas para mudar ao mesmo tempo a organização social e a organização dos conjuntos habitacionais.
  • 3. ROBERT OWEN (1771-1858) propõe um dispor 1.200 pessoas num terreno de 500 hectares formando um quadrado. (1820- 1825) a aldeia modelo CHARLES FOURIER (1772- 1837) é um escritor que publica na França a descrição de um novo sistema filosófico e político.
  • 4. Fourier projeta um grupo chamado Falange, abrangendo 1600 pessoas de diferentes posições sociais sobre um terreno de 250 hectares para morar num edifício unitário, o Falanstério. Esse modelo exerceu fascínio em vários países da Europa e da América entre 1830 e 1850. Jean – Baptista GODIN realiza para seus operários um edifício mais modesto, inspirado no Falanstério de FOURIER que ele chamou de familistério.
  • 5.
  • 6. OFalanstério, "nem urbano nem rural"3, no qual deve habitar um grupo de 1620 pessoas de diferentes estratos sociais, a falange (comunidade), implantado num terreno com 250 ha. Entre 1830 e 1850 existem várias tentativas de colocar este modelo em prática por parte de alguns países.
  • 7. O modelo de habitação coletiva de Fourier caracteriza-se pela negação da família, pela ruptura com os modelos passados, pela forma de introdução da natureza no modelo deter essencialmente uma visão funcionalista com o início do zonamento funcional. O edifício apresenta já uma separação de funções, por alas e pisos, separando os serviços, equipamentos, oficinas, habitações e zona para visitantes.
  • 8. No piso térreo existe um pátio central e pátios fechados de menor dimensão, de modo a não terem vista para o campo, que funcionam como jardins de Inverno, e passagens fechadas para as carroças. O pátio central consiste no elemento de separação entre o edifício principal e os estábulos, celeiros e lojas. No primeiro piso, encontram-se as galerias cobertas climatizadas que fazem toda a comunicação interna, substituindo as ruas.
  • 9.
  • 10. Os modelos – irrealizáveis na primeira metade do século XIX e superado pelo debate político da segunda metade do mesmo século – são o contrário teórico da cidade liberal; de fato, deslocam o acento da liberdade individual para organização coletiva.
  • 11. Tem em vista resolver de forma pública todos ou quase todos os aspectos da vida familiar e social Recorrem à análise e a programação racional. Antecipam, portanto, em tentativas isoladas a pesquisa coletiva da arquitetura moderna que terá início no século seguinte.
  • 12. Entretanto, a primeira lei sanitária é votada no verão de 1848 e somente após a revolução de desse mesmo ano, a segunda república aprova a lei sanitária de 1850. As esquerdas perdem a confiança nas reformas setoriais – entre as quais aquelas que dizem respeito ao ambiente construídos.
  • 13. As esquerdas perdem a confiança nas reformas setoriais – entre as quais aquelas que dizem respeito ao ambiente construídos Os socialistas científicos (Marx e Engels, publicam o manifesto do Partido Comunista em 1848) criticam os socialistas da primeira metade do século – entre os quais Owen e Fourier – considerando-os utopistas.
  • 14. Os operários devem conquistar o poder e realizar, antes de mais nada, a mudança das relações de produção que posteriormente tornará possíveis todas as mudanças nos vários setores (é a tese posta em prática por Lenin em 1917).
  • 15. A burguesia abandona a tese a liberal da não-intervenção do Estado nos mecanismos setoriais, e usam métodos elaborados na primeira metade do século (pelos reformadores e pelos socialistas utopistas).
  • 16. Da cidade liberal passa-se assim, a cidade pós-liberal. Este modelo tem um sucesso imediato e duradouro: permite reorganizar as grandes cidades européias (antes de todas as outras, Paris), fundar as cidades coloniais em todas as partes do mundo e ainda influência de maneira determinante a organização das cidades em que vivemos hoje.
  • 17. Características da cidadepós-liberal A administração pública e a propriedade imobiliária encontram um acordo: é reconhecido o espaço de pertinência de uma e outra, e é fixado com exatidão o limite entre estes dois espaços.
  • 18. A utilização dos terrenos urbanizados depende dos proprietários individuais (privados ou públicos). A administração influi apenas com regulamentos as medidas dos edifícios em relação às medidas dos espaços públicos, etc.
  • 19. As linhas de limite entre os espaços público e o privado – as frentes das ruas - bastam para formar o desenho da cidade. A periferia a ser organizada faz aumentar o custo das moradias e obriga a conservar certo número de habitações precárias para as classes mais pobres. (subúrbio)
  • 20. A densidade excessiva no centro é atenuada por alguns corretivos: parques públicos e as “casas populares” Os especialistas no funcionamento da cidade recebem um papel secundário subordinado à combinação entre a burocracia e a propriedade.
  • 21. A cidade pós-liberal se sobrepõe à cidade mais antiga, e tende a destruí-la: interpreta as ruas mais antigas como ruas-corredor, elimina os casos intermediários entre a utilização pública e privada do solo. Interpreta os edifícios como manufaturados intercambiáveis (Isto é, permite demoli-los e reconstruí-los).
  • 22. A Transformação de Paris no Segundo Império  Circunstâncias favoráveis: -duas leis avançadas: a lei sobre a expropriação de 1840 e a lei sanitária de 1850. - alto nível técnico - poderes extensos do imperador Napoleão III - atuação de Haussmann
  • 23. A transformação compreende: novas ruas traçadas, abre-se 95 Km de novas ruas, que cortam todos os sentidos o organismo medieval e fazem desaparecer 50 Km de ruas antigas.   novos serviços básicos: o aqueduto, o esgoto, a instalação da iluminação a gás, a rede de transportes públicos com os ônibus puxados a cavalo;  
  • 24. novos serviços secundários: as escolas, os hospitais, os colégios, as prisões, os parques públicos etc.   nova estrutura administrativa da cidade: o cinturão alfandegário do séc XVIII é abolido, e uma série de comunas periféricas são anexadas à comuna de Paris.
  • 25. A nova Paris demonstra o sucesso da gestão pós-liberal e se torna o modelo reconhecido por todas as cidades do mundo da metade do sec. XIX em diante.  
  • 26. História da Evolução das Cidades http://malembe-genericosurbanos.blogspot.com/2010/09/historia-da-evolucao-das-cidades-parte.html. Acesso em 06 de setembro de 2011.