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O HELENISMO E SUAS
PRINCIPAIS CORRENTES
O Período Helenístico




O período da história da Grécia entre a morte de Alexandre III (O Grande)
   da Macedônia em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por
    Roma em 147 a.C. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega
   numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia
                                  Central.

De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre:
  o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi
        nesse período que as ciências tiveram seu primeiro e grande
  desenvolvimento. O helenismo marcou um período de transição para o
                         domínio e apogeu de Roma.
O ecletismo: não há uma única e predominante forma de pensar, ou
   escola de pensamento. Há várias interpretações e junções de
                 diferentes pensadores e teorias;

               Tema central: a ética: a arte de viver;

Para a filosofia, contudo, o helenismo marcou o surgimento de um
novo período: a filosofia helenística (cujo início é tradicionalmente
        associado com a morte de Alexandre, em 323 a.C.);


        As principais escolas filosóficas deste período são:
               Estoicismo, Epicurismo e Ceticismo
A tradição platônica – A Academia
Cerca de um século depois da morte de Platão, em 348 a.C. a Escola enveredou para o
                  ceticismo sob a direção de Arciselau (século III a.C.)

                                A Academia de Platão
  A Academia platônica assemelhava-se a uma congregação religiosa, consagrada a
   Apolo e às musas. Platão afirmava a existência de uma verdade suprema : as Ideias
  das formas ideais, eternas, imutáveis e incorruptíveis, das quais se origina o mundo
    sensível, tal como o percebemos, e que é sujeito ao devir, à corrupção e à morte.
A Academia foi fundada por Platão em 387 a.C.

  Seu nome é alusivo ao herói de guerra Academo, que
havia doado aos atenienses um terreno, nos arredores de
 Atenas, onde se construiu um jardim aberto ao público.

    De uma maneira geral, os elementos centrais do
            pensamento platônico são:

- a doutrina das ideias, onde os objetos do conhecimento
            se distinguem das coisas naturais;

- a superioridade da sabedoria sobre o saber, uma espécie
            de objetivo político para a filosofia;

    - a Dialética, enquanto procedimento científico.
Períodos

            O platonismo é geralmente dividido em três períodos:
                    - Platonismo antigo propriamente dito;
           - Médio platonismo, que remonta aos séculos I-II d.C.;
     - Neoplatonismo, desenvolvido no final da Antiguidade no período
       helenístico: mais que um período do platonismo, é considerado por
       muitos como uma verdadeira corrente filosófica propriamente dita.


Esta sudivisão foi operada por estudiosos dos tempos recentes. Todos, médio
        ou neoplatônicos, embora ampliando e modificando o significado
          originário da filosofia de Platão, pretendiam estar em linha de
      continuidade com a doutrina do mestre. Consideravam-se sobretudo
                 como simples analistas, mais do que inovadores.

   Pode-se dizer, portanto, que o platonismo foi sempre entendido pelos
   platônicos como uma única corrente filosófica, que sempre permaneceu
     fiel a si mesma, ora como forma de interpretação e reelaboração do
                            pensamento de Platão.
O Aristotelismo




     A Escola peripatética foi um círculo filosófico da Grécia Antiga que
basicamente seguia os ensinamentos de Aristóteles, o fundador. Fundada em
 c.336 a.C., quando Aristóteles abriu a primeira escola filosófica no Liceu em
                        Atenas, durou até o século IV.

  "Peripatético" em grego é a palavra grega para 'ambulante' ou 'itinerante'.
 Peripatéticos (ou 'os que passeiam') eram discípulos de Aristóteles, em razão
 do hábito do filósofo de ensinar ao ar livre, caminhando enquanto lia e dava
preleções, por sob os portais cobertos do Liceu, conhecidos como perípatoi, ou
                        sob as árvores que o cercavam.
A escola sempre teve uma orientação empírica - em oposição à
Academia platônica, muito mais especulativa. Tal característica se
          acentua quando Teofrasto assume a direção.

    O mais famoso membro da Escola peripatética depois de
    Aristóteles foi Estratão de Lampsaco, que incrementou os
elementos naturais da filosofia de Aristóteles e adotou uma forma
                            de ateísmo.

A filosofia aristotélica é um sistema, ou seja, a relação e conexão
entre as várias áreas pensadas pelo filósofo. Seus escritos versam
  sobre praticamente todos os ramos do conhecimento de sua
                  época (menos as matemáticas).
Neopitagorismo
    • Baseado nas ideias de Pitágoras
      (pré-socrático), este pensamento
      busca aproximar a teoria pitagórica
      do platonismo.

    • Teve muita influência no
      desenvolvimento da matemática e
      da cosmologia

    • Destaca-se por ser uma doutrina
      espiritualista: alma, imortalidade,
      reencarnação
Plotino e o Neoplatonismo

             Iniciou-se com o filósofo Plotino,
                   apesar de ele afirmar que
                 recebeu os ensinamentos de
                 Amônio Sacas, um estivador
                    iletrado em Alexandria.

             O neoplatonismo é uma forma de
                 monismo idealista. Plotino
               ensinou a existência de um Uno
                indescritível do qual emanou
                   uma sequência de seres
                           menores.
Os neoplatônicos não acreditavam no mal e negavam que este pudesse
ter uma real existência no mundo. Isto era mais uma visão otimista do
que dizer que tudo era, em última instância, bom. Era dizer apenas que
    algumas coisas eram menos perfeitas que outras. O que outros
  chamavam de mal, os neoplatônicos chamavam de imperfeição, de
                          "ausência de bem".

Acreditavam que a perfeição humana e a felicidade poderiam ser obtidas
 neste mundo e que alguém não precisaria esperar uma pós-vida (como
   na doutrina cristã). Perfeição e felicidade (uma só e mesma coisa)
    poderiam ser adquiridas pela devoção à contemplação filosófica.

    O neoplatonismo foi frequentemente usado como um fundamento
     filosófico do paganismo clássico, e como um meio de defender o
      paganismo do cristianismo. Mas muitos cristãos também foram
influenciados pelo neoplatonismo. Em versões cristãs do neoplatonismo,
o Uno é identificado como Deus. O mais importante destes foi Agostinho
      de Hipona (ou como é mais conhecido, por Santo Agostinho) se
   converteu ao Cristianismo por influência de Plotino, levando muitos
     estudiosos a rotular Agostinho o como um franco neoplatonista.
O Estoicismo

Doutrina filosófica fundada por Zenão de
  Cítio, que afirma que todo o universo é
   corpóreo e governado por um Logos
   divino (noção que os estóicos tomam
        de Heráclito e desenvolvem).

    A alma está identificada com este
     princípio divino, como parte de um
   todo ao qual pertence. Este lógos (ou
  razão universal) ordena todas as coisas:
    tudo surge a partir dele e de acordo
    com ele, graças a ele o mundo é um
   cosmos (termo que em grego significa
                 "harmonia").
Propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a
   indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O
homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça
 na grande ordem e propósito do universo, devendo assim manter a
            serenidade perante as tragédias e coisas boas.

A partir disso surgem consequências éticas: deve-se «viver conforme
a natureza»: sendo a natureza essencialmente o logos, essa máxima é
            prescrição para se viver de acordo com a razão.

Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz,
  o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos
 externos, mas bem usando estes objetos através de uma sabedoria
    pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas
                              externas.

  A escola estóica foi bastante influenciada pelas doutrinas cínica e
           epicurista, além da clara influência de Sócrates.
O Epicurismo

     Sistema filosófico ensinado por Epicuro de
          Samos, filósofo ateniense do século I
            a.C., e seguido depois por outros
            filósofos, chamados epicuristas.

      Epicuro propunha uma vida de contínuo
         prazer como chave para a felicidade,
               esse era o objetivo de seus
         ensinamentos morais. Para Epicuro, a
          presença do prazer era sinônimo de
       ausência de dor, ou de qualquer tipo de
         aflição: a fome, a abstenção sexual, o
                   aborrecimento, etc.
A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante
 prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma
vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses
       ou a morte estavam definitivamente eliminados. Para isso
fundamentava-se em uma teoria do conhecimento empirista, em uma
                física atomista e em uma ética hedonista.

A filosofia epicurista conquistou grande número de seguidores. Foi uma
   escola de pensamento muito proeminente por um período de sete
 séculos depois da morte do fundador. Posteriormente, quase relegou-
 se ao esquecimento devido ao início da Idade Média, período em que
         se perderam a maioria dos escritos deste filósofo grego.

A ideia que Epicuro tinha era que para ser feliz o homem necessitava de
três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar. Na Grécia antiga
   existia uma cidade na qual, em um muro na frente de um mercado,
    tinha escrito toda a filosofia da felicidade de Epicuro, procurando
conscientizar as pessoas que comprar não as tornaria mais felizes como
                              elas acreditavam
O Ceticismo e a tradição cética

               O ceticismo é a doutrina que afirma
                  que não se pode obter nenhuma
                  certeza a respeito da verdade, o
                     que implica numa condição
                 intelectual de dúvida permanente
                 e na admissão da incapacidade de
                    compreensão de fenômenos
                  metafísicos, religiosos ou mesmo
                            da realidade.

               O termo originou-se a partir do nome
                  comumente dado a uma corrente
                    filosófica originada na Grécia
                                Antiga.
O ceticismo costuma ser dividido em duas correntes:
     Ceticismo filosófico - uma postura filosófica em que pessoas
 escolhem examinar de forma crítica se o conhecimento e percepção
 que possuem são realmente verdadeiros, e se alguém pode ou não
     dizer se possui o conhecimento absolutamente verdadeiro;
Ceticismo científico - uma postura científica e prática, em que alguém
   questiona a veracidade de uma alegação, e procura prová-la ou
               desaprová-la usando o método científico.

 O Ceticismo filosófico originou-se a partir da filosofia grega. Uma de
suas primeiras propostas foi feita por Pirro de Élis (360-275 a.C.), que
viajou até a Índia numa das campanhas de Alexandre, o Grande para
 aprofundar seus estudos, e propôs a adoção do ceticismo "prático",
  Sexto Empírico (200 d.C.), a maior autoridade do ceticismo grego,
    desenvolveu ainda mais a corrente, incorporando aspectos do
        empirismo em sua base para afirmar o conhecimento.

 Ou seja,o ceticismo filosófico é procurar saber, não se contentando
  com a ignorância fornecida atualmente pelos meios públicos, por
   meio da dúvida. Opõem-se ao dogmatismo, em que é possível
                         conhecer a verdade.

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O Helênico e suas principais correntes filosóficas

  • 1. O HELENISMO E SUAS PRINCIPAIS CORRENTES
  • 2. O Período Helenístico O período da história da Grécia entre a morte de Alexandre III (O Grande) da Macedônia em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 147 a.C. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi nesse período que as ciências tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma.
  • 3. O ecletismo: não há uma única e predominante forma de pensar, ou escola de pensamento. Há várias interpretações e junções de diferentes pensadores e teorias; Tema central: a ética: a arte de viver; Para a filosofia, contudo, o helenismo marcou o surgimento de um novo período: a filosofia helenística (cujo início é tradicionalmente associado com a morte de Alexandre, em 323 a.C.); As principais escolas filosóficas deste período são: Estoicismo, Epicurismo e Ceticismo
  • 4. A tradição platônica – A Academia Cerca de um século depois da morte de Platão, em 348 a.C. a Escola enveredou para o ceticismo sob a direção de Arciselau (século III a.C.) A Academia de Platão A Academia platônica assemelhava-se a uma congregação religiosa, consagrada a Apolo e às musas. Platão afirmava a existência de uma verdade suprema : as Ideias das formas ideais, eternas, imutáveis e incorruptíveis, das quais se origina o mundo sensível, tal como o percebemos, e que é sujeito ao devir, à corrupção e à morte.
  • 5. A Academia foi fundada por Platão em 387 a.C. Seu nome é alusivo ao herói de guerra Academo, que havia doado aos atenienses um terreno, nos arredores de Atenas, onde se construiu um jardim aberto ao público. De uma maneira geral, os elementos centrais do pensamento platônico são: - a doutrina das ideias, onde os objetos do conhecimento se distinguem das coisas naturais; - a superioridade da sabedoria sobre o saber, uma espécie de objetivo político para a filosofia; - a Dialética, enquanto procedimento científico.
  • 6. Períodos O platonismo é geralmente dividido em três períodos: - Platonismo antigo propriamente dito; - Médio platonismo, que remonta aos séculos I-II d.C.; - Neoplatonismo, desenvolvido no final da Antiguidade no período helenístico: mais que um período do platonismo, é considerado por muitos como uma verdadeira corrente filosófica propriamente dita. Esta sudivisão foi operada por estudiosos dos tempos recentes. Todos, médio ou neoplatônicos, embora ampliando e modificando o significado originário da filosofia de Platão, pretendiam estar em linha de continuidade com a doutrina do mestre. Consideravam-se sobretudo como simples analistas, mais do que inovadores. Pode-se dizer, portanto, que o platonismo foi sempre entendido pelos platônicos como uma única corrente filosófica, que sempre permaneceu fiel a si mesma, ora como forma de interpretação e reelaboração do pensamento de Platão.
  • 7. O Aristotelismo A Escola peripatética foi um círculo filosófico da Grécia Antiga que basicamente seguia os ensinamentos de Aristóteles, o fundador. Fundada em c.336 a.C., quando Aristóteles abriu a primeira escola filosófica no Liceu em Atenas, durou até o século IV. "Peripatético" em grego é a palavra grega para 'ambulante' ou 'itinerante'. Peripatéticos (ou 'os que passeiam') eram discípulos de Aristóteles, em razão do hábito do filósofo de ensinar ao ar livre, caminhando enquanto lia e dava preleções, por sob os portais cobertos do Liceu, conhecidos como perípatoi, ou sob as árvores que o cercavam.
  • 8. A escola sempre teve uma orientação empírica - em oposição à Academia platônica, muito mais especulativa. Tal característica se acentua quando Teofrasto assume a direção. O mais famoso membro da Escola peripatética depois de Aristóteles foi Estratão de Lampsaco, que incrementou os elementos naturais da filosofia de Aristóteles e adotou uma forma de ateísmo. A filosofia aristotélica é um sistema, ou seja, a relação e conexão entre as várias áreas pensadas pelo filósofo. Seus escritos versam sobre praticamente todos os ramos do conhecimento de sua época (menos as matemáticas).
  • 9. Neopitagorismo • Baseado nas ideias de Pitágoras (pré-socrático), este pensamento busca aproximar a teoria pitagórica do platonismo. • Teve muita influência no desenvolvimento da matemática e da cosmologia • Destaca-se por ser uma doutrina espiritualista: alma, imortalidade, reencarnação
  • 10. Plotino e o Neoplatonismo Iniciou-se com o filósofo Plotino, apesar de ele afirmar que recebeu os ensinamentos de Amônio Sacas, um estivador iletrado em Alexandria. O neoplatonismo é uma forma de monismo idealista. Plotino ensinou a existência de um Uno indescritível do qual emanou uma sequência de seres menores.
  • 11. Os neoplatônicos não acreditavam no mal e negavam que este pudesse ter uma real existência no mundo. Isto era mais uma visão otimista do que dizer que tudo era, em última instância, bom. Era dizer apenas que algumas coisas eram menos perfeitas que outras. O que outros chamavam de mal, os neoplatônicos chamavam de imperfeição, de "ausência de bem". Acreditavam que a perfeição humana e a felicidade poderiam ser obtidas neste mundo e que alguém não precisaria esperar uma pós-vida (como na doutrina cristã). Perfeição e felicidade (uma só e mesma coisa) poderiam ser adquiridas pela devoção à contemplação filosófica. O neoplatonismo foi frequentemente usado como um fundamento filosófico do paganismo clássico, e como um meio de defender o paganismo do cristianismo. Mas muitos cristãos também foram influenciados pelo neoplatonismo. Em versões cristãs do neoplatonismo, o Uno é identificado como Deus. O mais importante destes foi Agostinho de Hipona (ou como é mais conhecido, por Santo Agostinho) se converteu ao Cristianismo por influência de Plotino, levando muitos estudiosos a rotular Agostinho o como um franco neoplatonista.
  • 12. O Estoicismo Doutrina filosófica fundada por Zenão de Cítio, que afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos divino (noção que os estóicos tomam de Heráclito e desenvolvem). A alma está identificada com este princípio divino, como parte de um todo ao qual pertence. Este lógos (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o mundo é um cosmos (termo que em grego significa "harmonia").
  • 13. Propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo, devendo assim manter a serenidade perante as tragédias e coisas boas. A partir disso surgem consequências éticas: deve-se «viver conforme a natureza»: sendo a natureza essencialmente o logos, essa máxima é prescrição para se viver de acordo com a razão. Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz, o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos externos, mas bem usando estes objetos através de uma sabedoria pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas. A escola estóica foi bastante influenciada pelas doutrinas cínica e epicurista, além da clara influência de Sócrates.
  • 14. O Epicurismo Sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século I a.C., e seguido depois por outros filósofos, chamados epicuristas. Epicuro propunha uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade, esse era o objetivo de seus ensinamentos morais. Para Epicuro, a presença do prazer era sinônimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição: a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento, etc.
  • 15. A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados. Para isso fundamentava-se em uma teoria do conhecimento empirista, em uma física atomista e em uma ética hedonista. A filosofia epicurista conquistou grande número de seguidores. Foi uma escola de pensamento muito proeminente por um período de sete séculos depois da morte do fundador. Posteriormente, quase relegou- se ao esquecimento devido ao início da Idade Média, período em que se perderam a maioria dos escritos deste filósofo grego. A ideia que Epicuro tinha era que para ser feliz o homem necessitava de três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar. Na Grécia antiga existia uma cidade na qual, em um muro na frente de um mercado, tinha escrito toda a filosofia da felicidade de Epicuro, procurando conscientizar as pessoas que comprar não as tornaria mais felizes como elas acreditavam
  • 16. O Ceticismo e a tradição cética O ceticismo é a doutrina que afirma que não se pode obter nenhuma certeza a respeito da verdade, o que implica numa condição intelectual de dúvida permanente e na admissão da incapacidade de compreensão de fenômenos metafísicos, religiosos ou mesmo da realidade. O termo originou-se a partir do nome comumente dado a uma corrente filosófica originada na Grécia Antiga.
  • 17. O ceticismo costuma ser dividido em duas correntes: Ceticismo filosófico - uma postura filosófica em que pessoas escolhem examinar de forma crítica se o conhecimento e percepção que possuem são realmente verdadeiros, e se alguém pode ou não dizer se possui o conhecimento absolutamente verdadeiro; Ceticismo científico - uma postura científica e prática, em que alguém questiona a veracidade de uma alegação, e procura prová-la ou desaprová-la usando o método científico. O Ceticismo filosófico originou-se a partir da filosofia grega. Uma de suas primeiras propostas foi feita por Pirro de Élis (360-275 a.C.), que viajou até a Índia numa das campanhas de Alexandre, o Grande para aprofundar seus estudos, e propôs a adoção do ceticismo "prático", Sexto Empírico (200 d.C.), a maior autoridade do ceticismo grego, desenvolveu ainda mais a corrente, incorporando aspectos do empirismo em sua base para afirmar o conhecimento. Ou seja,o ceticismo filosófico é procurar saber, não se contentando com a ignorância fornecida atualmente pelos meios públicos, por meio da dúvida. Opõem-se ao dogmatismo, em que é possível conhecer a verdade.