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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA –
ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
WERKSON DA SILVA AZEREDO 1
WERKSON DA SILVA AZEREDO2
Curso Pós-Graduação
Especialização em Ciências da Religião
FANAN – Faculdade de Nanuque
RESUMO
O teólogo suíço Hans Küng afirma que sem diálogo entre as religiões não há a
possibilidade de haver paz “Não haverá paz entre as nações, se não existir paz entre
as religiões. Não haverá paz entre as religiões, se não existir diálogo entre as religiões.
Contudo a história mostra como a tarefa consiste em um trabalho árduo. E em especial
para a comunidade Cristã manter a unidade no ceio da igreja nunca foi tarefa fácil “"Eu
sou de Paulo", e outro: "Eu sou de Apolo" [...] (1 Coríntios). Dessa forma a História da
igreja Cristã ficou marcada por grandes Cismas, porém na modernidade grupos
religiosos buscam um retorno a unidade Eclesial, maior abertura e tolerância. O
movimento ecumênico: “Designa o empenho por reunir os fiéis "todos sob o mesmo
Cristo", cumprindo o desejo do Mestre de que todos sejam um (Jo 17.21)” e O diálogo
inter-religioso: “Trata-se do “conjunto das relações inter-religiosas, positivas
construtivas, com pessoas e comunidades de outras confissões religiosas, para um
mútuo conhecimento e um recíproco enriquecimento” nascem de pessoas
comprometidas com sua fé e religião, mas ao mesmo tempo dispostas ao aprendizado
e convívio de forma harmoniosa, o desejo de ir além da tolerância que busca a
compreensão sem contudo abandonar a fé pessoal, logo órgãos como Conselho
Mundial de Igrejas (CMI) fundado em 1948 tem contribuído para que avanços ocorram,
não tratando-se de sincretismo religioso, mas uma busca por maior compreensão e
respeito “As ações do CMI têm propiciado um sentimento ecumênico dentre as diversas
denominações cristãs. Cada vez mais há um espírito de cooperação e amizade”.
1. INTRODUÇÃO
Segundo a bíblia sagrada Jesus fundou sua igreja “[...] e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
” Mateus 16:18, uma comunidade que teria como uma de suas prioridades a
igualdade entre os homens “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem
livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
” Gálatas 3:28, e a unidade “Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam
um, assim como nós somos um” João 17:22, contudo o sectarismo já nos
primeiros anos da nascente igreja já era percebido, como no caso da igreja que
se reunia em Corinto:
Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais,
como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois
vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda
não estão em condições, porque ainda são carnais. Porque, visto que
há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como
mundanos? Pois quando alguém diz: "Eu sou de Paulo", e outro: "Eu
sou de Apolo", não estão sendo mundanos? Afinal de contas, quem é
Apolo? Quem é Paulo? Apenas servos por meio dos quais vocês
vieram a crer, conforme o ministério que o Senhor atribuiu a cada um.1
Coríntios 3:1-5
Este não foi um caso exclusivo, um dos primeiros desafios, de amplitude maior,
enfrentados pela comunidade cristã foi a questão da controvérsia judaizante que
somente no concilio de Jerusalém no 50 d. C com os testemunhos de Pedro,
Paulo e a compreensão que Tiago tem dos acontecimentos, interpretando a
profecia bíblia de Amos 9.11,12 a problemática é teoricamente resolvida. A partir
destes apontamentos já pode-se imaginar que manter a unidade não seria tarefa
fácil, movimentos como o: Agnosticismo, Marcionismo, Docestismo, Arianismo
etc. tornaram a tarefa ainda mais difícil e os anos seguintes assistiriam aos
grandes cismas ocorridos entre os Católicos e Ortodoxos no século XI, mais
especificamente no ano de 1054 e no século XVI o movimento Reformista do
qual temos como maior expoente a figura do monge agostiniano Martin Luther,
outras divisões ocorreram, porém não é a proposta trata-las neste estudo, neste
contexto de sectarismo, que instaurou-se no seio da igreja cristã, é que no
século XIX será lançada a base sobre a qual edificar-se-á o movimento
Ecumênico que buscará a unidade Eclesiológica e maior Diálogo em os diversos
segmentos (Católicos, Ortodoxos, Protestantes - Pentecostais, Neopentecostais
etc.) da fé cristã.
_____________________
1 Aluno do Curso de Pós Graduação- Especialização em Ciências da Religião - Lato – Sensu- Faculdade
Vale do Cricaré.
2
Graduado em Teologia.
2. ECUMENISMO
Brakemeier lança algumas perguntas que poderão nos ajudar a formular um
conceito, sobre o que seria o Ecumenismo e sua proposta “Será sinônimo da
tentativa de converter o parceiro e de imprimir-lhe a própria identidade? Limitar-
se-á à preservação da boa vizinhança ou à cooperação em assuntos de comum
interesse? Vai esgotar-se em intermináveis diálogos sem jamais produzir
resultados de ordem político-eclesiástica? ”. Porém, começaremos analisando o
termo em questão e sua origem para em seguida aprofundarmos a
compreensão.
A palavra ecumenismo se origina da palavra grega (oikoumene),
formada a partir de duas outras palavras: do substantivo (oikos), que
significa casa, habitação, família, habitantes da casa, estirpe,
descendência, vivenda, aposento ou povo; e do verbo (meno), que
significa ficar, permanecer, esperar, persistir, continuar a ser, a existir, a
subsistir. Termo em questão significa: casa, terra habitada, mundo
habitado, ou humanidade. Neste sentido, seria o mundo habitado por
diferentes povos.
O primeiro significado atribuído a palavra ecumenismo referia-se a questões de
ordem política fazendo sentindo a um território conquistado, assim Gregos e
Romanos outorgaram tal semântica a palavra Ecumenismo. “Pressupõe-se que,
neste sentido, oikoumene se trata do Império Romano ou todo o mundo sob o
poder dos romanos cujo símbolo do poder político-ideológico era a Pax Romana.
” (LIRA, 2006) “As perspectivas geográfica e cultural, entrelaçadas, aparecem
como significado primeiro da palavra ecumenismo” (NAVARRO, 1995). Mas
como é conhecido, atualmente Ecumenismo refere-se a busca pela unidade
Eclesial.
Houve épocas em que o significado de "ecumenismo" parecia
consensual. Tratar-se-ia do resgate da unidade visível dos cristãos. Era
esse o propósito que estava na raiz do movimento ecumênico moderno
e que lhe conferiu a dinâmica. Embora fosse uma iniciativa protestante,
predominantemente do mundo anglo-saxão, a Igreja Católica Romana,
impelida por teólogos como Y. Congar, K. Rahner e, sobretudo, pelo
Papa João XXIII acolheu o compromisso da "Reintegração da
Unidade", como o decretou o Concílio Vaticano 112. Portanto,
"ecumenismo" é termo de conotação eclesiológica. Tem a unidade da
Igreja por meta. Designa o empenho por reunir os fiéis "todos sob o
mesmo Cristo", cumprindo o desejo do Mestre de que todos sejam um
(Jo 17.21). Cresce a consciência desse mandato não ser opcional, e,
sim, obrigatório da Igreja. Se ela é essencialmente uma, como dizem a
Escritura e o Credo, a preocupação pela sua unidade é tarefa
inalienável. (BRAKEMEIER, 2001)
A acepção que temos do referido tema tem o início de sua formulação no século
XIX, mais precisamente em 1846 quando da constituição da Aliança Evangélica
constituída com membros de várias denominações cujo objetivo era convocar
um concilio ecumênico mundial, outro evento marcante foi a Conferencia
Ecumênica Missionária realizada na cidade de Nova York em 1900. Segue – se
a essa a Conferência Missionária Mundial com realização em Edimburgo em
1910. Segundo Fontana desta se originará três movimentos:
a) Fé e Ordem é um movimento dedicado a trabalhar pela reconciliação das
denominações divididas. As conferências foram realizadas em 1927, Lausanne
e em 1937, Edimburgo.
b) Vida e Trabalho é movimento preocupado com a relação da fé cristã com as
questões sociais, políticas e econômicas. As conferências foram realizadas em
1925, Estocolmo e em 1937, Oxford.
c) Concílio Missionário Internacional foi formado em 1921 e em 1961 se
integrou formalmente ao Conselho Mundial de Igrejas.
E nas conferencias Vida e Trabalho e Fé e Ordem é aprovada a criação de um
conselho mundial de igrejas (CMI) com local e data para sua efetivação (Utrecht
em 1938), porém somente em 1948 que objetivo é alcançado, pois a segunda
grande Guerra mundial impossibilita a realização.
[...] O Conselho Mundial de Igrejas foi formalmente constituído em 1948
em Amsterdã por delegados de 147 igrejas de 44 países. Hoje ele
congrega mais de 340 igrejas, denominações e associações de igrejas
em mais de 100 países e territórios no mundo, representando cerca de
400 milhões de cristãos e incluindo a maioria das igrejas Ortodoxas no
mundo, representações das denominações das igrejas tradicionais da
Reforma Protestante como a Anglicana, Batista, Luterana, Metodista e
Reformada, bem como muitas igrejas unidas e independentes. Exceto
a Igreja Católica e algumas (mas não todas) igrejas evangélicas
pertencem ao Concílio Mundial de Igrejas. Os romanos atuam
conjuntamente com CMI em várias questões comuns relacionadas ao
ecumenismo. (FONTANA, 2006)
Vale ressaltar que mesmo não sendo membra do CMI desde 1961 a Igreja
Católica Romana tem enviado observadores oficiais às assembleias gerais. O
conselho mundial de Igrejas tem atuado principalmente através de suas
assembleias gerais das quais já houverem oito realizações sendo a primeira
realizada em 1948 na Holanda (Amsterdã) “Entre 22 de agosto e 4 de setembro,
mais de 350 delegados, representando 147 igrejas de 44 países, reuniram-se
em Amsterdã. O tema foi As desordens humanas e os desígnios de Deus. Esta
reunião completou a tarefa de criação de um conselho ecumênico internacional.”
E a última realizada em 1998 no Zimbábue “com o tema Volte-se para Deus,
A atuação do CMI tem permitido o surgimento de um sentimento ecumênico tem
se instaurado cada vez mais entre a diversas denominação como afirma Fontana
e mesmo a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) começa a reconhecer não
possuir toda a verdade, assim há um sentimento de cooperação e amizade entre
as diversas denominações. Ainda perdura entre os evangélicos um dualismo há
os que reconhecem a necessidade de maior abertura e diálogo, contudo outros
vêem com maus olhos a aproximação inter-religiosa.
As ações do CMI têm propiciado um sentimento ecumênico dentre as
diversas denominações cristãs. Cada vez mais há um espírito de
cooperação e amizade. As igrejas, na maioria, reconhecem que elas
não possuem a verdade toda e estão abertas a aprenderem umas com
as outras. Observa Tony Lane que "até a Igreja Católica Romana tem
modificado significativamente suas reivindicações anteriores de
possuir a verdade toda. Os evangélicos estão divididos em sua atitude
com o movimento de unidade ecumênica, mas a maioria está pronta
para reconhecer os outros como cristãos iguais de quem eles podem
aprender" (FONTANA, 2006).
O teólogo dominicano Francês Yves Congar (1904-1995) tem a visão do termo
ecumenismo como sendo uma “amplitude” uma representação de um todo, logo
dentro deste há um dinamismo expresso por diferentes propostas das quais Lira
elenca algumas em seu artigo “O Ecumenismo como instrumento de Ação Afirmativa
do Centro Ecumênico de Cultura Negra (CECUNE).”:
Ecumenismo institucional - O ecumenismo não pode ser entendido sem a
tensão entre o institucional e o pessoal. Os pioneiros ecumênicos nunca
renunciaram a vinculação eclesial.
Encontramos exemplos dessa forma organizada e estruturada nos organismos
ecumênicos: Conferencia Missionaria Mundial de Edimburgo (1910),
Assembleias de Lausane e de Edimburgo, que geraram os movimentos ‘Fe e
Ordem’ e ‘Vida e Ação, que constituem elementos de uma estrutura coerente e
organizada a fim de zelar pelo objetivo do ecumenismo.
Ecumenismo doutrinal - O ecumenismo doutrinal e uma expressão subjacente
ao ecumenismo institucional. O que não quer dizer que esteja fora do
institucional. Cientes de que as causas das separações da Igreja se deram a
partir de questões ligadas a profissão da fé verdadeira (ortodoxia), precisamos
admitir que estes problemas de ordem doutrinal continuam gerando infindos
colóquios. Por esta razão, o ecumenismo doutrinal se torna importante, pois ele
constitui como verdadeiro passo em direção a unicidade crista em sua totalidade.
Ecumenismo espiritual - Nos textos litúrgicos e devocionais de católicos,
ortodoxos, anglicanos e protestantes, apresentam-se orações que pedem a
Deus pela unidade da Igreja. Sem negar a tarefa doutrinal, e notório que a
unidade em sua plenitude e contemplada pela convergência na espiritualidade
compartilhada entre todas as pessoas cristas. Estas orações comuns que
relatam a intensidade de petição pela unidade constituem um passaporte valido
para a unidade: a oração compartilhada nos leva a um sentimento de união com
o Senhor de todos e todas.
Ecumenismo local ou de ‘base’ - O ecumenismo local se dá mediante uma
realidade expressiva, rica e diversa; diferentemente das outras antes citadas.
Embora o ecumenismo local não deixe de ser um ecumenismo institucional,
doutrinal e espiritual, a medida que exigia a representação da hierarquia nos
movimentos sociais que lutavam por justiça, costumava identifica-lo como
‘ecumenismo de base’. Em linhas gerais, ecumenismo local significa o ambiente
ou âmbito em que pessoas leigas, paroquias, constituem uma ‘base’ ecumênica,
ou, em termos eclesiológicos, representa o espaço do povo de Deus.
Ecumenismo secular - Diante de alguns problemas quanto a uma decisão e
atitude para uma unidade, o ecumenismo eclesiástico parecia insustentável. Por
esta razão, surge o chamado ‘ecumenismo secular’, como fruto de uma reflexão
teológica, em uma proposta por meio de um método indutivo, partindo-se da
história de nosso tempo e considerando a encarnação como tema central dessa
reflexão, terá a capacidade de revivificar um ecumenismo que jazia entre as
paredes e muros das fronteiras eclesiásticas.
Através da apresentação dos diversos tipos de ecumenismo fica claro como não
cabe um mero reducionismo que o coloque apenas como a busca pela unidade
eclesial há os que não querem fugir desta visão (doutrinal-teológica), uma vez
que “Enfrenta a suspeita de promover o sincretismo”, porém tanto na esfera
política quanto social o ecumenismo é atuante - “Para o CMI, a unidade da Igreja
jamais tem sido um fim em si mesma. Deveria ser instrumento de paz entre todos
os habitantes desta terra” -, pois reconhece o que dialogo pode ser a forma de
mediar e remediar conflitos como esclarece Brakemeier.
Fica claro, pois, que o problema da unidade não se esgota numa
questão de dogmática cristã. É assunto eminentemente prático, de
abrangentes relações sociais. Busca evitar o tão falado clash of
cívilizations, a colisão das culturas1? É engajamento em favor da "paz
na terra, entre as pessoas a quem Deus quer bem" (Lc 2.11). O
"Ecumenismo" pode ser o mutirão em favor da dignidade humana, do
que tem sido um bonito exemplo a "Campanha da Fraternidade
Ecumênica" no ano 2000. Diante do desprezo pela vida humana, as
Igrejas se vêem compelidas a cooperar, a despeito de suas diferenças
doutrinais. Buscam o consenso ético numa práxis diaconal que a seu
modo questiona o dissenso no dogma. Mais desta vez o termo
"ecumenismo" adquire um significado peculiar. Reúne um público
distinto daquele que busca o consenso na teologia, processa-se em
outros moldes, persegue não exatamente os mesmos objetivos.
Refletindo sobre a natureza etimológica da palavra ecumenismo que seria a casa
ou o local de habitação (Oikos) e futuramente entendido sobre perspectivas
políticas seja por Gregos ou Romanos. Uma aplicação coerente do ecumenismo
seria a de preservar nossa casa de habitação (planeta) por meio de uma
congregação política, como os Romanos deve-se fazer do campo religioso uma
área de influência de domínio, da cordialidade, dialogo e respeito.
Num país em que a cada dia cresce a miséria e se multiplicam as
mortes causadas por fome, subnutrição e violência, a divisão dos
cristãos se constitui em escandaloso luxo. Nessa consciência reside,
sem dúvida, o principal motivo da extraordinária dinâmica que
caracteriza o ecumenismo brasileiro e latino-americano. A unidade dos
cristãos é uma exigência prática, imposta pelas indignas condições de
vida da maioria do povo e decorrente do compromisso com a luta por
justiça e libertação. (BRAKEMEIER)
Segundo Fontana, que é partidário da visão que atualmente o movimento
ecumênico apresenta-se em estagnação. Por parte do ICAR que não participa
do CMI não se colocando como mais uma denominação. Ou por parte de
protestantes que “influenciados pelo Pietismo ou pelo fundamentalismo” também
colocam-se como sendo os Cristãos “verdadeiros”.
O quadro atual não é dos mais positivos. O ecumenismo, segundo
Gottfried Brakemeier, depois de uma época de avanços sofre agora
estagnação.5 O rev. Carlos Calvani é da mesma opinião e chama a
atenção em seu artigo "Pezinho pra frente, pezinho pra trás" –
reflexões de um anglicano sobre o ecumenismo6 para a inflexibilidade
da Igreja Católica Romana quando se fala de ecumenismo. Não
obstante devemos apontar também que existe no meio protestante
uma grande resistência à proposta ecumênica. (FONTANA, 2006)
A unidade no corpo de Cristo (igreja) foi vivida nos primeiro séculos de sua
existência, assim não é tarefa futura, mas de retorno e de necessidade teológica,
pois foi solicitada por Cristo “Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam
um, assim como nós somos um” João 17:22 e expressa nas escrituras Cristãs
“Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só
esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.”
Efésios 4:4-6, logo o ecumenismo pode ser visto como processo de restauração
de uma ordem já vivida como afirma Brakemeier “a palavra "ecumênico" passa
a qualificar determinada mentalidade. Consiste na consciência do vínculo que há
entre todos que professam o nome de Jesus Cristo, e da necessidade da
reconciliação entre as Igrejas divididas. Pois a unidade das Igrejas e de seus
membros é anterior às suas divisões. A unidade está em Cristo. Ela é dom antes
de ser tarefa. Não cabe ao ecumenismo construir ou produzir a unidade. Cabe-
lhe, isto sim, visualizar a unidade que em Cristo já existe”.
3. DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Diálogo consiste no processo de conversação entre duas ou mais pessoas,
quando aplicado ao contexto das religiões o diálogo assume papel de mediador,
para relações construtivas no âmbito religioso.
O diálogo autêntico traduz um encontro de interlocutores pontuado pela
dinâmica da alteridade, do intercâmbio e reciprocidade. É no processo
dialogal que os interlocutores vivem e celebram o reconhecimento de
sua individualidade e liberdade [...] (TEIXEIRA)
Neste caminho é que o diálogo inter-religiosos se estabelece, pois na relação
com pessoas de outras confissões religiosas haverá o enriquecimento e
valorização do outro, busca-se com isso um conhecimento mútuo que venha
ampliar a cosmovisão que faça entender a natureza das diferenças
estabelecendo-se um ambiente propicio para o respeito e tolerância.
Dentre a extensa variedade de formas de diálogo, situa-se o diálogo
inter-religioso com sua peculiaridade própria. Trata-se do “conjunto das
relações inter-religiosas, positivas construtivas, com pessoas e
comunidades de outras confissões religiosas, para um mútuo
conhecimento e um recíproco enriquecimento”. O diálogo inter-
religioso instaura uma comunicação e relacionamento entre fiéis de
tradições religiosas diferentes, envolvendo partilha de vida, experiência
e conhecimento. Esta comunicação propicia um clima de abertura,
empatia, simpatia e acolhimento, removendo preconceitos e
suscitando compreensão mútua, enriquecimento mútuo,
comprometimento comum e partilha da experiência religiosa.
(TEIXEIRA)
Há que se ressaltar que o diálogo inter-religioso não pode ser confundido com
sincretismo religioso, uma vez que nasce de pessoas comprometidas com sua
fé e religião, mas ao mesmo tempo dispostas ao aprendizado e convívio de forma
harmoniosa, o desejo de ir além da tolerância que busca a compreensão sem
contudo abandonar a fé pessoal o que ressalta a importância do outro na
vivencia e construção da identidade pessoal com esclarece Martin Buber, “o
homem se torna EU na relação com o TU”. É no diálogo que os interlocutores
têm a possibilidade de expressar suas opiniões e ultrapassar seus pré-conceitos
estabelecidos que sem a conversação podem atuar como barreiras a boa
convivência religiosa. O teólogo suíço Hans Küng faz pontual reflexão sobre a
importância do diálogo inter-religioso como meio de estabelecer um contexto de
paz por meio de uma atitude austera:
Não haverá paz entre as nações, se não existir paz entre as religiões.
Não haverá paz entre as religiões, se não existir diálogo entre as
religiões. Não haverá diálogo entre as religiões, se não existirem
padrões éticos globais Nosso planeta não irá sobreviver, se não houver
um ethos global, uma ética para o mundo inteiro. (KÜNG, 2004, p. 17)
O que muitos consideram como marco inicial do diálogo inter-religioso
contemporâneo ocorreu em 1893 com o Parlamento Mundial das Religiões, que
ocorreu nos EUA na cidade de Chicago “Reuniu 4000 pessoas na sessão
inaugural. Durante 18 dias, dos 400 delegados, 150 tomaram a palavra. Teve a
adesão de religiosos orientais e a curiosidade de líderes judeus, cristãos e
muçulmanos mais abertos”. Um século depois a cidade de Chicago voltaria a ser
palco de outro marco importante para o processo dialogal das religiões.
Em 1993, um século depois, novamente em Chicago, o “Parlamento”
fazia nova assembleia-geral. Neste, os participantes aprovaram a
“Declaração por uma Ética Mundial”, a partir da ajuda teológica de
Hans Küng e da “Fundação por uma Ética Mundial”, organismo de
caráter internacional e inter-religioso. (BARROS)
É neste evento que são formulados os seis princípios que buscam uma ética
mundial estabelecidos na “Declaração por uma Ética Mundial”:
1. Não é possível uma nova ordem mundial sem uma Ética mundial.
2. A exigência fundamental desta Ética é que todo ser humano seja tratado de
forma humana.
3. É urgente criar uma cultura da não violência e do respeito por cada ser vivo.
4. Uma cultura da solidariedade e uma ordem econômica justa.
5. Cultura da tolerância e de paridade de direitos e igualdade entre homem e
mulher.
6. É necessária uma transformação de consciência sem a qual estas propostas
anteriores não seriam profundas.
Por parte da ICAR o Concílio do Vaticano II marcou uma abertura do Romanismo
às outras religiões, visto que passam a reconhecer que em outras expressões
religiosas estão presentes manifestações da “verdade” transmitida pela ICAR.
“Com sincera atenção, a Igreja considera os modos de viver e agir, os
preceitos e doutrinas das outras religiões. Nada rejeita do que, nelas,
existe de verdadeiro e santo. Mesmo que, em muitos pontos, seus
ensinamentos estejam em desacordo com o que a Igreja pensa e
anuncia, não raro, refletem lampejos daquela Verdade que ilumina todo
ser humano” (...)“A Igreja exorta seus filhos a reconhecer, manter e
desenvolver os bens espirituais e morais, como também os valores
socioculturais que existem nas outras religiões que, mesmo contendo
elementos doutrinais que a Igreja não concorda, têm lampejos da
verdade que iluminam todos os seres humanos” (CONCILIO
VATICANO II, apud, BARROS).
Já em território nacional um marco para o contexto brasileiro foi a Eco-92,
Conferência Mundial sobre o meio ambiente, que aconteceu em julho de 1992
na Cidade do Rio de Janeiro fato relevante ocorrido na Eco-92 foi a “celebração
inter-religiosa: um novo dia para a terra”:
Foi uma experiência única para todos aqueles que participaram das
atividades ocorridas na “aldeia sagrada”, que transformou o aterro do
Flamengo com suas tendas espalhadas por todos os cantos. Como
acentuou o antropólogo Carlos Rodrigues Brandão, cerca de “3000
fiéis de 25 religiões e credos tão diversos como o catolicismo, o
hinduísmo, o judaísmo e o candomblé, esperaram o amanhecer da
sexta feira como a chegada de um novo dia para a Terra”. (TEIXEIRA)
Quando refletimos sobre o campo religioso brasileiro vislumbramos um contexto
de pluralismo religioso, no qual o convívio mostra-se difícil e uma realidade de
disputas por fieis de pouco diálogo e muitos anátemas. Zabatiero define algumas
características do campo:
Dinamicidade - Os dados estatísticos do Censo 2000 e pesquisas mais recentes
do CPS/FGV indicam, basicamente, que o campo religioso brasileiro atual possui
elevado grau de dinamicidade: * algumas instituições religiosas crescem em
ritmos elevados, algo semelhante ocorrendo com pessoas sem religião; * a
ICAR, que vinha experimentando um intenso declínio quantitativo até o ano 2000
parece, segundo dados de 2003, estar começando a se equilibrar e a recuperar
terreno; * o trânsito religioso é intenso, embora a sociedade brasileira continue
predominantemente cristã (90%);
Midiatização - Outro dado a se ressaltar no campo religioso brasileiro atual é a
intensa midiatização do discurso religioso, tanto na TV aberta – mais usada pelos
neo-pentecostais – quanto na TV a cabo – mais usada pela ICAR. * Através da
mídia, a conflitividade do campo se destaca, com intensa busca de novos fiéis e,
especialmente, novos contribuintes/investidores; * Aparentemente, as estruturas
discursivas da TV estão influenciando os modos de pregação e comunicação em
âmbito local (templos); * O discurso religioso na mídia, especialmente na TV
aberta, sugere que a mundanização da fé cristã continua seu curso,
paralelamente a uma reinserção de aspectos mágicos nas práticas litúrgicas e
pessoais.
Mundanização - Continuo usando o termo mundanização no sentido da teoria
da secularização, sem qualquer tipo de conotação moral (o processo mediante
o qual as pessoas se tornam menos preocupadas com questões transcendentais
e mais voltadas às questões intra-mundanas). Talvez se possa dar uma
formulação mais precisa ao termo a partir da análise da pregação midiática no
Brasil: “o processo mediante o qual as pessoas, mediante o recurso a fatores
transcendentais, buscam respostas a questões intra-mundanas”. Da
Mundanização decorre a Mercadorização.
Mercadorização - O processo mediante o qual as crenças e práticas religiosas
são ressignificadas como bens ou produtos a serem consumidos
individualisticamente. Neste caso, pode-se aceitar a validade parcial do conceito
de compensador da teoria da religião, de Stark & Bainbridge: “quando os seres
humanos não conseguem obter recompensas intensamente desejadas com
facilidade e rapidez, eles persistem em seus esforços e podem, com frequência,
aceitar explicações que ofereçam apenas compensadores. Estes são substitutos
intangíveis para a recompensa desejada, tendo o caráter de dívidas, cujo valor
deve ser aceito pela fé”.
Pierre Bourdieu citado por Zabatiero define campo de seguinte forma: “O campo
se define como o locus onde se trava uma luta concorrencial entre os atores em
torno de interesses específicos [...] onde se manifestam relações de poder [...]”
sua aplicabilidade expande-se ao campo religioso brasileiro onde fieis são vistos
como clientes que devem ter suas necessidades atendidas. A dinâmica de
mercado toma conta das relações religiosas, nas quais teologias como a da
prosperidade legitimam as riquezas como favor divino. Nesta perspectiva, os
fiéis transitam entre diferentes propostas religiosas na busca de suprir seus
desejos e consumir do que lhes é oferecido no mercado da fé, assim aplica-se a
Mundanização, homens e mulheres que se dirigem ao transcendente na busca
de suprir demandas mundanas. Denominações disputam palmo a palmo novos
clientes-fieis, cada denominação é vista como concorrente, opositora aos
objetivos de crescimento (vertiginoso foi o crescimento experimentado pela
IURD “conforme os dados dos dois últimos Censos Demográficos, essa igreja
cresceu nada menos que 718% entre 1991 e 2000”). Logo, diálogo não é a
palavra mais comum a ser ouvida entre algumas denominações (em especial
pentecostais e neopentecostais, esses atuam expressivamente através do meios
midiáticos, compreendendo a sociedade, altamente imagética), o Brasil
apresenta elevada pluralidade religiosa, assim é preciso haver maior abertura,
diálogo, de modo que os anátemas deixem de existir, o monge italiano Enzo
Bianchi (citado por Barros) estabelece algumas atitudes para se chegar ao
diálogo que se faz tão necessário no contexto brasileiro e mundial:
1 – Aceitar que haja uma diferença entre nós e reconhecer o direito que o outro
tem a ser outro (direito à alteridade)
2 – Iniciar o diálogo pela escuta interior e profunda do diferente.
3 – Deixar que seja o outro que se defina e aceitar esta autoleitura. (Por exemplo,
como eu não sou do candomblé, não devo defini-lo)
4 – Assumir a própria identidade e aprofundá-la para distinguir na minha fé o que
é essencial do que não o é.
5 – Olhar o outro como igual. Não há diálogo sem igualdade entre os parceiros
6 – Excluir toda atitude de autossuficiência e de arrogância teológica ou doutrinal
ou ritual.
7 — Para dialogar com o outro, partir do mais próximo e sublinhar os pontos em
comum.
REFERENCIAS:
BRAKEMEIER G. Ecumenismo: Repensando O Significado e a Abrangência
de um Termo, Revista Perspectiva Teológica Vol. 33, 2001, pag. 195-216.
BARROS, M. Panorama Atual do Diálogo inter-religioso.
BORGES, A. Religião e Diálogo Inter-Religioso (Estado da Arte) Imprensa da
Universidade de Coimbra.
DE LIRA, LILIAN C. DA SILVA PESSOA. O Ecumenismo como instrumento
de Ação Afirmativa do Centro Ecumênico de Cultura Negra (CECUNE)
Instituto Ecumênico de Pós-graduação (IEPG) da Escola Superior de Teologia
(EST), São Leopoldo, RS. 2006.
FONTANA J. Refletindo sobre o Ecumenismo, Ciber Teologia – revista de
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Fundamentos da educação religiosa ecumenismo e diálogo inter-religioso

  • 1. FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA – ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO WERKSON DA SILVA AZEREDO 1 WERKSON DA SILVA AZEREDO2 Curso Pós-Graduação Especialização em Ciências da Religião FANAN – Faculdade de Nanuque RESUMO O teólogo suíço Hans Küng afirma que sem diálogo entre as religiões não há a possibilidade de haver paz “Não haverá paz entre as nações, se não existir paz entre as religiões. Não haverá paz entre as religiões, se não existir diálogo entre as religiões. Contudo a história mostra como a tarefa consiste em um trabalho árduo. E em especial para a comunidade Cristã manter a unidade no ceio da igreja nunca foi tarefa fácil “"Eu sou de Paulo", e outro: "Eu sou de Apolo" [...] (1 Coríntios). Dessa forma a História da igreja Cristã ficou marcada por grandes Cismas, porém na modernidade grupos religiosos buscam um retorno a unidade Eclesial, maior abertura e tolerância. O movimento ecumênico: “Designa o empenho por reunir os fiéis "todos sob o mesmo Cristo", cumprindo o desejo do Mestre de que todos sejam um (Jo 17.21)” e O diálogo inter-religioso: “Trata-se do “conjunto das relações inter-religiosas, positivas construtivas, com pessoas e comunidades de outras confissões religiosas, para um mútuo conhecimento e um recíproco enriquecimento” nascem de pessoas comprometidas com sua fé e religião, mas ao mesmo tempo dispostas ao aprendizado e convívio de forma harmoniosa, o desejo de ir além da tolerância que busca a compreensão sem contudo abandonar a fé pessoal, logo órgãos como Conselho Mundial de Igrejas (CMI) fundado em 1948 tem contribuído para que avanços ocorram, não tratando-se de sincretismo religioso, mas uma busca por maior compreensão e respeito “As ações do CMI têm propiciado um sentimento ecumênico dentre as diversas denominações cristãs. Cada vez mais há um espírito de cooperação e amizade”. 1. INTRODUÇÃO Segundo a bíblia sagrada Jesus fundou sua igreja “[...] e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; ” Mateus 16:18, uma comunidade que teria como uma de suas prioridades a igualdade entre os homens “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. ” Gálatas 3:28, e a unidade “Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um” João 17:22, contudo o sectarismo já nos
  • 2. primeiros anos da nascente igreja já era percebido, como no caso da igreja que se reunia em Corinto: Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos? Pois quando alguém diz: "Eu sou de Paulo", e outro: "Eu sou de Apolo", não estão sendo mundanos? Afinal de contas, quem é Apolo? Quem é Paulo? Apenas servos por meio dos quais vocês vieram a crer, conforme o ministério que o Senhor atribuiu a cada um.1 Coríntios 3:1-5 Este não foi um caso exclusivo, um dos primeiros desafios, de amplitude maior, enfrentados pela comunidade cristã foi a questão da controvérsia judaizante que somente no concilio de Jerusalém no 50 d. C com os testemunhos de Pedro, Paulo e a compreensão que Tiago tem dos acontecimentos, interpretando a profecia bíblia de Amos 9.11,12 a problemática é teoricamente resolvida. A partir destes apontamentos já pode-se imaginar que manter a unidade não seria tarefa fácil, movimentos como o: Agnosticismo, Marcionismo, Docestismo, Arianismo etc. tornaram a tarefa ainda mais difícil e os anos seguintes assistiriam aos grandes cismas ocorridos entre os Católicos e Ortodoxos no século XI, mais especificamente no ano de 1054 e no século XVI o movimento Reformista do qual temos como maior expoente a figura do monge agostiniano Martin Luther, outras divisões ocorreram, porém não é a proposta trata-las neste estudo, neste contexto de sectarismo, que instaurou-se no seio da igreja cristã, é que no século XIX será lançada a base sobre a qual edificar-se-á o movimento Ecumênico que buscará a unidade Eclesiológica e maior Diálogo em os diversos segmentos (Católicos, Ortodoxos, Protestantes - Pentecostais, Neopentecostais etc.) da fé cristã. _____________________ 1 Aluno do Curso de Pós Graduação- Especialização em Ciências da Religião - Lato – Sensu- Faculdade Vale do Cricaré. 2 Graduado em Teologia.
  • 3. 2. ECUMENISMO Brakemeier lança algumas perguntas que poderão nos ajudar a formular um conceito, sobre o que seria o Ecumenismo e sua proposta “Será sinônimo da tentativa de converter o parceiro e de imprimir-lhe a própria identidade? Limitar- se-á à preservação da boa vizinhança ou à cooperação em assuntos de comum interesse? Vai esgotar-se em intermináveis diálogos sem jamais produzir resultados de ordem político-eclesiástica? ”. Porém, começaremos analisando o termo em questão e sua origem para em seguida aprofundarmos a compreensão. A palavra ecumenismo se origina da palavra grega (oikoumene), formada a partir de duas outras palavras: do substantivo (oikos), que significa casa, habitação, família, habitantes da casa, estirpe, descendência, vivenda, aposento ou povo; e do verbo (meno), que significa ficar, permanecer, esperar, persistir, continuar a ser, a existir, a subsistir. Termo em questão significa: casa, terra habitada, mundo habitado, ou humanidade. Neste sentido, seria o mundo habitado por diferentes povos. O primeiro significado atribuído a palavra ecumenismo referia-se a questões de ordem política fazendo sentindo a um território conquistado, assim Gregos e Romanos outorgaram tal semântica a palavra Ecumenismo. “Pressupõe-se que, neste sentido, oikoumene se trata do Império Romano ou todo o mundo sob o poder dos romanos cujo símbolo do poder político-ideológico era a Pax Romana. ” (LIRA, 2006) “As perspectivas geográfica e cultural, entrelaçadas, aparecem como significado primeiro da palavra ecumenismo” (NAVARRO, 1995). Mas como é conhecido, atualmente Ecumenismo refere-se a busca pela unidade Eclesial. Houve épocas em que o significado de "ecumenismo" parecia consensual. Tratar-se-ia do resgate da unidade visível dos cristãos. Era esse o propósito que estava na raiz do movimento ecumênico moderno e que lhe conferiu a dinâmica. Embora fosse uma iniciativa protestante, predominantemente do mundo anglo-saxão, a Igreja Católica Romana, impelida por teólogos como Y. Congar, K. Rahner e, sobretudo, pelo Papa João XXIII acolheu o compromisso da "Reintegração da Unidade", como o decretou o Concílio Vaticano 112. Portanto, "ecumenismo" é termo de conotação eclesiológica. Tem a unidade da Igreja por meta. Designa o empenho por reunir os fiéis "todos sob o mesmo Cristo", cumprindo o desejo do Mestre de que todos sejam um
  • 4. (Jo 17.21). Cresce a consciência desse mandato não ser opcional, e, sim, obrigatório da Igreja. Se ela é essencialmente uma, como dizem a Escritura e o Credo, a preocupação pela sua unidade é tarefa inalienável. (BRAKEMEIER, 2001) A acepção que temos do referido tema tem o início de sua formulação no século XIX, mais precisamente em 1846 quando da constituição da Aliança Evangélica constituída com membros de várias denominações cujo objetivo era convocar um concilio ecumênico mundial, outro evento marcante foi a Conferencia Ecumênica Missionária realizada na cidade de Nova York em 1900. Segue – se a essa a Conferência Missionária Mundial com realização em Edimburgo em 1910. Segundo Fontana desta se originará três movimentos: a) Fé e Ordem é um movimento dedicado a trabalhar pela reconciliação das denominações divididas. As conferências foram realizadas em 1927, Lausanne e em 1937, Edimburgo. b) Vida e Trabalho é movimento preocupado com a relação da fé cristã com as questões sociais, políticas e econômicas. As conferências foram realizadas em 1925, Estocolmo e em 1937, Oxford. c) Concílio Missionário Internacional foi formado em 1921 e em 1961 se integrou formalmente ao Conselho Mundial de Igrejas. E nas conferencias Vida e Trabalho e Fé e Ordem é aprovada a criação de um conselho mundial de igrejas (CMI) com local e data para sua efetivação (Utrecht em 1938), porém somente em 1948 que objetivo é alcançado, pois a segunda grande Guerra mundial impossibilita a realização. [...] O Conselho Mundial de Igrejas foi formalmente constituído em 1948 em Amsterdã por delegados de 147 igrejas de 44 países. Hoje ele congrega mais de 340 igrejas, denominações e associações de igrejas em mais de 100 países e territórios no mundo, representando cerca de 400 milhões de cristãos e incluindo a maioria das igrejas Ortodoxas no mundo, representações das denominações das igrejas tradicionais da Reforma Protestante como a Anglicana, Batista, Luterana, Metodista e Reformada, bem como muitas igrejas unidas e independentes. Exceto a Igreja Católica e algumas (mas não todas) igrejas evangélicas pertencem ao Concílio Mundial de Igrejas. Os romanos atuam conjuntamente com CMI em várias questões comuns relacionadas ao ecumenismo. (FONTANA, 2006)
  • 5. Vale ressaltar que mesmo não sendo membra do CMI desde 1961 a Igreja Católica Romana tem enviado observadores oficiais às assembleias gerais. O conselho mundial de Igrejas tem atuado principalmente através de suas assembleias gerais das quais já houverem oito realizações sendo a primeira realizada em 1948 na Holanda (Amsterdã) “Entre 22 de agosto e 4 de setembro, mais de 350 delegados, representando 147 igrejas de 44 países, reuniram-se em Amsterdã. O tema foi As desordens humanas e os desígnios de Deus. Esta reunião completou a tarefa de criação de um conselho ecumênico internacional.” E a última realizada em 1998 no Zimbábue “com o tema Volte-se para Deus, A atuação do CMI tem permitido o surgimento de um sentimento ecumênico tem se instaurado cada vez mais entre a diversas denominação como afirma Fontana e mesmo a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) começa a reconhecer não possuir toda a verdade, assim há um sentimento de cooperação e amizade entre as diversas denominações. Ainda perdura entre os evangélicos um dualismo há os que reconhecem a necessidade de maior abertura e diálogo, contudo outros vêem com maus olhos a aproximação inter-religiosa. As ações do CMI têm propiciado um sentimento ecumênico dentre as diversas denominações cristãs. Cada vez mais há um espírito de cooperação e amizade. As igrejas, na maioria, reconhecem que elas não possuem a verdade toda e estão abertas a aprenderem umas com as outras. Observa Tony Lane que "até a Igreja Católica Romana tem modificado significativamente suas reivindicações anteriores de possuir a verdade toda. Os evangélicos estão divididos em sua atitude com o movimento de unidade ecumênica, mas a maioria está pronta para reconhecer os outros como cristãos iguais de quem eles podem aprender" (FONTANA, 2006). O teólogo dominicano Francês Yves Congar (1904-1995) tem a visão do termo ecumenismo como sendo uma “amplitude” uma representação de um todo, logo dentro deste há um dinamismo expresso por diferentes propostas das quais Lira elenca algumas em seu artigo “O Ecumenismo como instrumento de Ação Afirmativa do Centro Ecumênico de Cultura Negra (CECUNE).”: Ecumenismo institucional - O ecumenismo não pode ser entendido sem a tensão entre o institucional e o pessoal. Os pioneiros ecumênicos nunca renunciaram a vinculação eclesial. Encontramos exemplos dessa forma organizada e estruturada nos organismos ecumênicos: Conferencia Missionaria Mundial de Edimburgo (1910),
  • 6. Assembleias de Lausane e de Edimburgo, que geraram os movimentos ‘Fe e Ordem’ e ‘Vida e Ação, que constituem elementos de uma estrutura coerente e organizada a fim de zelar pelo objetivo do ecumenismo. Ecumenismo doutrinal - O ecumenismo doutrinal e uma expressão subjacente ao ecumenismo institucional. O que não quer dizer que esteja fora do institucional. Cientes de que as causas das separações da Igreja se deram a partir de questões ligadas a profissão da fé verdadeira (ortodoxia), precisamos admitir que estes problemas de ordem doutrinal continuam gerando infindos colóquios. Por esta razão, o ecumenismo doutrinal se torna importante, pois ele constitui como verdadeiro passo em direção a unicidade crista em sua totalidade. Ecumenismo espiritual - Nos textos litúrgicos e devocionais de católicos, ortodoxos, anglicanos e protestantes, apresentam-se orações que pedem a Deus pela unidade da Igreja. Sem negar a tarefa doutrinal, e notório que a unidade em sua plenitude e contemplada pela convergência na espiritualidade compartilhada entre todas as pessoas cristas. Estas orações comuns que relatam a intensidade de petição pela unidade constituem um passaporte valido para a unidade: a oração compartilhada nos leva a um sentimento de união com o Senhor de todos e todas. Ecumenismo local ou de ‘base’ - O ecumenismo local se dá mediante uma realidade expressiva, rica e diversa; diferentemente das outras antes citadas. Embora o ecumenismo local não deixe de ser um ecumenismo institucional, doutrinal e espiritual, a medida que exigia a representação da hierarquia nos movimentos sociais que lutavam por justiça, costumava identifica-lo como ‘ecumenismo de base’. Em linhas gerais, ecumenismo local significa o ambiente ou âmbito em que pessoas leigas, paroquias, constituem uma ‘base’ ecumênica, ou, em termos eclesiológicos, representa o espaço do povo de Deus. Ecumenismo secular - Diante de alguns problemas quanto a uma decisão e atitude para uma unidade, o ecumenismo eclesiástico parecia insustentável. Por esta razão, surge o chamado ‘ecumenismo secular’, como fruto de uma reflexão teológica, em uma proposta por meio de um método indutivo, partindo-se da história de nosso tempo e considerando a encarnação como tema central dessa
  • 7. reflexão, terá a capacidade de revivificar um ecumenismo que jazia entre as paredes e muros das fronteiras eclesiásticas. Através da apresentação dos diversos tipos de ecumenismo fica claro como não cabe um mero reducionismo que o coloque apenas como a busca pela unidade eclesial há os que não querem fugir desta visão (doutrinal-teológica), uma vez que “Enfrenta a suspeita de promover o sincretismo”, porém tanto na esfera política quanto social o ecumenismo é atuante - “Para o CMI, a unidade da Igreja jamais tem sido um fim em si mesma. Deveria ser instrumento de paz entre todos os habitantes desta terra” -, pois reconhece o que dialogo pode ser a forma de mediar e remediar conflitos como esclarece Brakemeier. Fica claro, pois, que o problema da unidade não se esgota numa questão de dogmática cristã. É assunto eminentemente prático, de abrangentes relações sociais. Busca evitar o tão falado clash of cívilizations, a colisão das culturas1? É engajamento em favor da "paz na terra, entre as pessoas a quem Deus quer bem" (Lc 2.11). O "Ecumenismo" pode ser o mutirão em favor da dignidade humana, do que tem sido um bonito exemplo a "Campanha da Fraternidade Ecumênica" no ano 2000. Diante do desprezo pela vida humana, as Igrejas se vêem compelidas a cooperar, a despeito de suas diferenças doutrinais. Buscam o consenso ético numa práxis diaconal que a seu modo questiona o dissenso no dogma. Mais desta vez o termo "ecumenismo" adquire um significado peculiar. Reúne um público distinto daquele que busca o consenso na teologia, processa-se em outros moldes, persegue não exatamente os mesmos objetivos. Refletindo sobre a natureza etimológica da palavra ecumenismo que seria a casa ou o local de habitação (Oikos) e futuramente entendido sobre perspectivas políticas seja por Gregos ou Romanos. Uma aplicação coerente do ecumenismo seria a de preservar nossa casa de habitação (planeta) por meio de uma congregação política, como os Romanos deve-se fazer do campo religioso uma área de influência de domínio, da cordialidade, dialogo e respeito. Num país em que a cada dia cresce a miséria e se multiplicam as mortes causadas por fome, subnutrição e violência, a divisão dos cristãos se constitui em escandaloso luxo. Nessa consciência reside, sem dúvida, o principal motivo da extraordinária dinâmica que caracteriza o ecumenismo brasileiro e latino-americano. A unidade dos cristãos é uma exigência prática, imposta pelas indignas condições de vida da maioria do povo e decorrente do compromisso com a luta por justiça e libertação. (BRAKEMEIER)
  • 8. Segundo Fontana, que é partidário da visão que atualmente o movimento ecumênico apresenta-se em estagnação. Por parte do ICAR que não participa do CMI não se colocando como mais uma denominação. Ou por parte de protestantes que “influenciados pelo Pietismo ou pelo fundamentalismo” também colocam-se como sendo os Cristãos “verdadeiros”. O quadro atual não é dos mais positivos. O ecumenismo, segundo Gottfried Brakemeier, depois de uma época de avanços sofre agora estagnação.5 O rev. Carlos Calvani é da mesma opinião e chama a atenção em seu artigo "Pezinho pra frente, pezinho pra trás" – reflexões de um anglicano sobre o ecumenismo6 para a inflexibilidade da Igreja Católica Romana quando se fala de ecumenismo. Não obstante devemos apontar também que existe no meio protestante uma grande resistência à proposta ecumênica. (FONTANA, 2006) A unidade no corpo de Cristo (igreja) foi vivida nos primeiro séculos de sua existência, assim não é tarefa futura, mas de retorno e de necessidade teológica, pois foi solicitada por Cristo “Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um” João 17:22 e expressa nas escrituras Cristãs “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.” Efésios 4:4-6, logo o ecumenismo pode ser visto como processo de restauração de uma ordem já vivida como afirma Brakemeier “a palavra "ecumênico" passa a qualificar determinada mentalidade. Consiste na consciência do vínculo que há entre todos que professam o nome de Jesus Cristo, e da necessidade da reconciliação entre as Igrejas divididas. Pois a unidade das Igrejas e de seus membros é anterior às suas divisões. A unidade está em Cristo. Ela é dom antes de ser tarefa. Não cabe ao ecumenismo construir ou produzir a unidade. Cabe- lhe, isto sim, visualizar a unidade que em Cristo já existe”. 3. DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO Diálogo consiste no processo de conversação entre duas ou mais pessoas, quando aplicado ao contexto das religiões o diálogo assume papel de mediador, para relações construtivas no âmbito religioso. O diálogo autêntico traduz um encontro de interlocutores pontuado pela dinâmica da alteridade, do intercâmbio e reciprocidade. É no processo dialogal que os interlocutores vivem e celebram o reconhecimento de sua individualidade e liberdade [...] (TEIXEIRA)
  • 9. Neste caminho é que o diálogo inter-religiosos se estabelece, pois na relação com pessoas de outras confissões religiosas haverá o enriquecimento e valorização do outro, busca-se com isso um conhecimento mútuo que venha ampliar a cosmovisão que faça entender a natureza das diferenças estabelecendo-se um ambiente propicio para o respeito e tolerância. Dentre a extensa variedade de formas de diálogo, situa-se o diálogo inter-religioso com sua peculiaridade própria. Trata-se do “conjunto das relações inter-religiosas, positivas construtivas, com pessoas e comunidades de outras confissões religiosas, para um mútuo conhecimento e um recíproco enriquecimento”. O diálogo inter- religioso instaura uma comunicação e relacionamento entre fiéis de tradições religiosas diferentes, envolvendo partilha de vida, experiência e conhecimento. Esta comunicação propicia um clima de abertura, empatia, simpatia e acolhimento, removendo preconceitos e suscitando compreensão mútua, enriquecimento mútuo, comprometimento comum e partilha da experiência religiosa. (TEIXEIRA) Há que se ressaltar que o diálogo inter-religioso não pode ser confundido com sincretismo religioso, uma vez que nasce de pessoas comprometidas com sua fé e religião, mas ao mesmo tempo dispostas ao aprendizado e convívio de forma harmoniosa, o desejo de ir além da tolerância que busca a compreensão sem contudo abandonar a fé pessoal o que ressalta a importância do outro na vivencia e construção da identidade pessoal com esclarece Martin Buber, “o homem se torna EU na relação com o TU”. É no diálogo que os interlocutores têm a possibilidade de expressar suas opiniões e ultrapassar seus pré-conceitos estabelecidos que sem a conversação podem atuar como barreiras a boa convivência religiosa. O teólogo suíço Hans Küng faz pontual reflexão sobre a importância do diálogo inter-religioso como meio de estabelecer um contexto de paz por meio de uma atitude austera: Não haverá paz entre as nações, se não existir paz entre as religiões. Não haverá paz entre as religiões, se não existir diálogo entre as religiões. Não haverá diálogo entre as religiões, se não existirem padrões éticos globais Nosso planeta não irá sobreviver, se não houver um ethos global, uma ética para o mundo inteiro. (KÜNG, 2004, p. 17) O que muitos consideram como marco inicial do diálogo inter-religioso contemporâneo ocorreu em 1893 com o Parlamento Mundial das Religiões, que ocorreu nos EUA na cidade de Chicago “Reuniu 4000 pessoas na sessão inaugural. Durante 18 dias, dos 400 delegados, 150 tomaram a palavra. Teve a
  • 10. adesão de religiosos orientais e a curiosidade de líderes judeus, cristãos e muçulmanos mais abertos”. Um século depois a cidade de Chicago voltaria a ser palco de outro marco importante para o processo dialogal das religiões. Em 1993, um século depois, novamente em Chicago, o “Parlamento” fazia nova assembleia-geral. Neste, os participantes aprovaram a “Declaração por uma Ética Mundial”, a partir da ajuda teológica de Hans Küng e da “Fundação por uma Ética Mundial”, organismo de caráter internacional e inter-religioso. (BARROS) É neste evento que são formulados os seis princípios que buscam uma ética mundial estabelecidos na “Declaração por uma Ética Mundial”: 1. Não é possível uma nova ordem mundial sem uma Ética mundial. 2. A exigência fundamental desta Ética é que todo ser humano seja tratado de forma humana. 3. É urgente criar uma cultura da não violência e do respeito por cada ser vivo. 4. Uma cultura da solidariedade e uma ordem econômica justa. 5. Cultura da tolerância e de paridade de direitos e igualdade entre homem e mulher. 6. É necessária uma transformação de consciência sem a qual estas propostas anteriores não seriam profundas. Por parte da ICAR o Concílio do Vaticano II marcou uma abertura do Romanismo às outras religiões, visto que passam a reconhecer que em outras expressões religiosas estão presentes manifestações da “verdade” transmitida pela ICAR. “Com sincera atenção, a Igreja considera os modos de viver e agir, os preceitos e doutrinas das outras religiões. Nada rejeita do que, nelas, existe de verdadeiro e santo. Mesmo que, em muitos pontos, seus ensinamentos estejam em desacordo com o que a Igreja pensa e anuncia, não raro, refletem lampejos daquela Verdade que ilumina todo ser humano” (...)“A Igreja exorta seus filhos a reconhecer, manter e desenvolver os bens espirituais e morais, como também os valores socioculturais que existem nas outras religiões que, mesmo contendo elementos doutrinais que a Igreja não concorda, têm lampejos da verdade que iluminam todos os seres humanos” (CONCILIO VATICANO II, apud, BARROS).
  • 11. Já em território nacional um marco para o contexto brasileiro foi a Eco-92, Conferência Mundial sobre o meio ambiente, que aconteceu em julho de 1992 na Cidade do Rio de Janeiro fato relevante ocorrido na Eco-92 foi a “celebração inter-religiosa: um novo dia para a terra”: Foi uma experiência única para todos aqueles que participaram das atividades ocorridas na “aldeia sagrada”, que transformou o aterro do Flamengo com suas tendas espalhadas por todos os cantos. Como acentuou o antropólogo Carlos Rodrigues Brandão, cerca de “3000 fiéis de 25 religiões e credos tão diversos como o catolicismo, o hinduísmo, o judaísmo e o candomblé, esperaram o amanhecer da sexta feira como a chegada de um novo dia para a Terra”. (TEIXEIRA) Quando refletimos sobre o campo religioso brasileiro vislumbramos um contexto de pluralismo religioso, no qual o convívio mostra-se difícil e uma realidade de disputas por fieis de pouco diálogo e muitos anátemas. Zabatiero define algumas características do campo: Dinamicidade - Os dados estatísticos do Censo 2000 e pesquisas mais recentes do CPS/FGV indicam, basicamente, que o campo religioso brasileiro atual possui elevado grau de dinamicidade: * algumas instituições religiosas crescem em ritmos elevados, algo semelhante ocorrendo com pessoas sem religião; * a ICAR, que vinha experimentando um intenso declínio quantitativo até o ano 2000 parece, segundo dados de 2003, estar começando a se equilibrar e a recuperar terreno; * o trânsito religioso é intenso, embora a sociedade brasileira continue predominantemente cristã (90%); Midiatização - Outro dado a se ressaltar no campo religioso brasileiro atual é a intensa midiatização do discurso religioso, tanto na TV aberta – mais usada pelos neo-pentecostais – quanto na TV a cabo – mais usada pela ICAR. * Através da mídia, a conflitividade do campo se destaca, com intensa busca de novos fiéis e, especialmente, novos contribuintes/investidores; * Aparentemente, as estruturas discursivas da TV estão influenciando os modos de pregação e comunicação em âmbito local (templos); * O discurso religioso na mídia, especialmente na TV aberta, sugere que a mundanização da fé cristã continua seu curso, paralelamente a uma reinserção de aspectos mágicos nas práticas litúrgicas e pessoais. Mundanização - Continuo usando o termo mundanização no sentido da teoria da secularização, sem qualquer tipo de conotação moral (o processo mediante
  • 12. o qual as pessoas se tornam menos preocupadas com questões transcendentais e mais voltadas às questões intra-mundanas). Talvez se possa dar uma formulação mais precisa ao termo a partir da análise da pregação midiática no Brasil: “o processo mediante o qual as pessoas, mediante o recurso a fatores transcendentais, buscam respostas a questões intra-mundanas”. Da Mundanização decorre a Mercadorização. Mercadorização - O processo mediante o qual as crenças e práticas religiosas são ressignificadas como bens ou produtos a serem consumidos individualisticamente. Neste caso, pode-se aceitar a validade parcial do conceito de compensador da teoria da religião, de Stark & Bainbridge: “quando os seres humanos não conseguem obter recompensas intensamente desejadas com facilidade e rapidez, eles persistem em seus esforços e podem, com frequência, aceitar explicações que ofereçam apenas compensadores. Estes são substitutos intangíveis para a recompensa desejada, tendo o caráter de dívidas, cujo valor deve ser aceito pela fé”. Pierre Bourdieu citado por Zabatiero define campo de seguinte forma: “O campo se define como o locus onde se trava uma luta concorrencial entre os atores em torno de interesses específicos [...] onde se manifestam relações de poder [...]” sua aplicabilidade expande-se ao campo religioso brasileiro onde fieis são vistos como clientes que devem ter suas necessidades atendidas. A dinâmica de mercado toma conta das relações religiosas, nas quais teologias como a da prosperidade legitimam as riquezas como favor divino. Nesta perspectiva, os fiéis transitam entre diferentes propostas religiosas na busca de suprir seus desejos e consumir do que lhes é oferecido no mercado da fé, assim aplica-se a Mundanização, homens e mulheres que se dirigem ao transcendente na busca de suprir demandas mundanas. Denominações disputam palmo a palmo novos clientes-fieis, cada denominação é vista como concorrente, opositora aos objetivos de crescimento (vertiginoso foi o crescimento experimentado pela IURD “conforme os dados dos dois últimos Censos Demográficos, essa igreja cresceu nada menos que 718% entre 1991 e 2000”). Logo, diálogo não é a palavra mais comum a ser ouvida entre algumas denominações (em especial pentecostais e neopentecostais, esses atuam expressivamente através do meios midiáticos, compreendendo a sociedade, altamente imagética), o Brasil
  • 13. apresenta elevada pluralidade religiosa, assim é preciso haver maior abertura, diálogo, de modo que os anátemas deixem de existir, o monge italiano Enzo Bianchi (citado por Barros) estabelece algumas atitudes para se chegar ao diálogo que se faz tão necessário no contexto brasileiro e mundial: 1 – Aceitar que haja uma diferença entre nós e reconhecer o direito que o outro tem a ser outro (direito à alteridade) 2 – Iniciar o diálogo pela escuta interior e profunda do diferente. 3 – Deixar que seja o outro que se defina e aceitar esta autoleitura. (Por exemplo, como eu não sou do candomblé, não devo defini-lo) 4 – Assumir a própria identidade e aprofundá-la para distinguir na minha fé o que é essencial do que não o é. 5 – Olhar o outro como igual. Não há diálogo sem igualdade entre os parceiros 6 – Excluir toda atitude de autossuficiência e de arrogância teológica ou doutrinal ou ritual. 7 — Para dialogar com o outro, partir do mais próximo e sublinhar os pontos em comum.
  • 14. REFERENCIAS: BRAKEMEIER G. Ecumenismo: Repensando O Significado e a Abrangência de um Termo, Revista Perspectiva Teológica Vol. 33, 2001, pag. 195-216. BARROS, M. Panorama Atual do Diálogo inter-religioso. BORGES, A. Religião e Diálogo Inter-Religioso (Estado da Arte) Imprensa da Universidade de Coimbra. DE LIRA, LILIAN C. DA SILVA PESSOA. O Ecumenismo como instrumento de Ação Afirmativa do Centro Ecumênico de Cultura Negra (CECUNE) Instituto Ecumênico de Pós-graduação (IEPG) da Escola Superior de Teologia (EST), São Leopoldo, RS. 2006. FONTANA J. Refletindo sobre o Ecumenismo, Ciber Teologia – revista de teologia e cultura -, 9ª Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas, Porto Alegre. 2006. STURMER R. Diálogo inter-religioso, Revista eletrônica Ciber teologia - Revista de Teologia & Cultura - Ano II, n. 15, Pág. 53- 63. VALLE E. Macroecumenismo e diálogo inter-religioso como perspectiva de renovação católica - Revista de Estudos da Religião Nº 2, 2003. pp. 56-74 ZABATIERO, Júlio Paulo Tavares. Religião em Sociedades Modernas, Faculdade Unida, Vitória – ES. 2013, p. 6. NAVARRO, Juan Bosch. Para compreender o Ecumenismo. São Paulo: Loyola, 1995. p. 10. PAEGLE, EDUARDO G. DE MOURA. A “Mcdonaldização” da fé - um estudo sobre os evangélicos brasileiros. Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos e Pesquisa do Protestantismo (NEPP) da Escola Superior de Teologia Volume 17, set. Dez. de 2008, pag. 86-99. TEIXEIRA F. Diálogo Inter-Religioso, Ontem E Hoje PPCIR-UFJF. GUIMARÃES, Edward Neves M. B. Perspectivas cristãs para o diálogo inter-religioso atual, 2006. Logo inter-religioso KÜNG, H. Religiões do mundo: em busca dos pontos comuns. Campinas: Verus, 2004.