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ASAS GUERREIRASGUERREIRAS DADA PAZPAZ
"É preciso explicar por que o mundo hoje, que é horrível, é apenas um momento do
longo desenvolvimento histórico, e que a esperança sempre foi uma das forças
dominantes das revoluções e das insurreições. Eu ainda sinto a esperança como
minha concepção de futuro".
Jean Paul Sartre, 1963. Prefácio de "Os Condenados da Terra", de Frantz Fanon.
A voz das mulheres possui um papel especial e uma força que vem
da alma na luta por um mundo não violento.
“A compaixão é mais importante que o intelecto na tarefa de
conclamar, pelo amor, o trabalho que a paz necessita. E a intuição
pode frequentemente ser uma luz exploradora muito mais
poderosa que a razão fria.”
Betty Williams (1976)
Portanto, em nome de todas as mulheres, nos sentimos honradas
por essas mulheres terem sido especialmente reverenciadas hoje
por suas participações na liderança de movimentos não violentos
para uma sociedade pacífica e justa.
ELLEN JOHNSON-SIRLEAF
Economista com formação nos Estados
Unidos, ex-Ministra das Finanças e Presidente
da Libéria em seu segundo mandato, Ellen
Johnson-Sirleaf é a primeira mulher a se tornar
chefe de Estado na África.
• Economista e mãe
de quatro filhos, é
conhecida como a
“Dama de Ferro”.
•Desde a sua posse em 2006,
contribuiu para garantir a paz
na Libéria, para promover o
desenvolvimento econômico
e social e reforçar o lugar das
mulheres.
•A atual presidente, nascida em 1938 tem em
seu currículo passagens pelo Citibank e o
Banco Mundial.
Ministra das Finanças
dos presidentes William
Tubman e William
Tolbert nos anos 1970 e
1980, seu objetivo foi
anular a dívida e atrair os
investidores para a
reconstrução de seu país,
o que conseguiu em
parte.
•Em 1985, em posição de
candidata a ocupar o
assento no Senado,
criticou publicamente o
regime militar de
Charles Taylor, o que lhe
custou a condenação de
dez anos de prisão,
embora fosse libertada
pouco tempo depois.
Ex- Presidente Charles Taylor
•A luta contra a corrupção e por profundas reformas
institucionais na mais antiga república da África ao sul
do Saara, fundada em 1822 por escravos negros libertos
e vindos dos Estados Unidos, sempre esteve no centro
de sua ação política.
•Este combate, que lhe valeu o apelido de "Dama de
Ferro" da África, também a levou para a prisão em duas
oportunidades nos anos 1980 sob o regime de Samuel
Doe.
•Devolvida à liberdade, viveu no exílio até 1997 quando
regressou ao seu país como economista do Banco
Mundial.
•Ao fim da Segunda Guerra Civil em 2003, que custou a
vida a mais de 140 mil liberianos (a rondar o número de
toda a população são-tomense)
e com a consequente saída de Taylor do país, Ellen
Johnson-Sirleaf assume a liderança do Partido da
Unidade e vence as presidenciais no segundo turno
realizadas no dia 8 de novembro de 2005, ao seu rival
liberiano, ex-jogador George Weah.
PENSAMENTOS DE ELLEN JOHNSON -SIRLEARF
“De certo modo, represento as aspirações e expectativas de todas
as mulheres não só da Libéria, se não do continente inteiro. E
isto implica para mim uma grande responsabilidade”.
“ Quero desenvolver meu papel com êxito, em nome de cada
uma destas mulheres, e assim deixar a porta aberta para todas
que venham depois de mim. Espero em alguns anos mais, ter
parceiras, é um tanto solitário ser a única saia entre tantas
calças.”
LEYMAH ROBERTA GBOWEE
•A liberiana Leymah Gbowee foi uma criança frágil e
doente. Teve rubéola, malária e cólera. Era chamada
pelos parentes de “Vermelha", porque tinha uma pele
mais clara do que de costume entre a população da etnia
Kpellé.
•Na vida adulta, formou-se
terapeuta e ganhou outro
apelido que ultrapassou as
fronteiras da Libéria e
revelou toda a sua coragem:
"guerreira da paz".
•Militante pacifista, contribuiu
para acabar com as guerras civis
que devastaram seu país até
2003, mobilizando as mulheres
através da oração e até de uma
inusitada greve de sexo.
•Vestidas de branco, as
seguidoras de Leymah
conseguiram organizar
grandes mobilizações
populares.
•Em meio a um dos mais
brutais conflitos da história
de seu país, Leymah chamou
as mulheres a orar pela paz,
sem distinção de religião (o
país está dividido entre uma
maioria cristã e uma minoria
muçulmana).
• O movimento foi crescendo durante o conflito, até
culminar em uma histórica "greve de sexo“:
•Lançada em 2002, a iniciativa levou as liberianas a negar
sexo aos homens até que cessassem os combates - o que
obrigou Charles Taylor, ex-chefe de guerra convertido em
presidente, a envolvê-las nas negociações de paz.
•Imagem símbolo do movimento pacifista
Liberiano
•Charles Taylor protagonizou
alguns dos episódios mais
conturbados da história do
país. Em dezembro de 1989,
depois de iniciar uma
rebelião contra o então
presidente liberiano Samuel
Doe, ele tomou o controle de
quase todo o território em
poucos meses. Tornou-se
presidente em 1997.
•Durante a guerra e como
assistente social, Leymah
conviveu diariamente com
as crianças-soldados, e
transformou a proteção a
elas numa de suas grandes
bandeiras.
•Enfrentando uma
revolta armada, viu-se
obrigado a deixar o poder
em 2003, sob a pressão da
rebelião e da comunidade
internacional.
•Mãe de seis filhos, morando em Gana desde
2005, ela foi tema de um documentário
intitulado Pray the Devil Back to Hell (uma
expressão equivalente a “Reze para fazer o
Diabo voltar ao inferno”).
Leymah Gbowee, que
fundou e dirige várias
organizações de mulheres,
participou da Comissão
Verdade e Reconciliação.
Um percurso inesperado,
para quem reconhece ter
sido uma criança doente -
rubéola, malária, cólera -
que "frequentemente
desejou estar saudável".
•Leymah diz ter percebido que “a única maneira de mudar as
coisas, do mal para o bem, era fazer com que as mulheres e
mães dessas crianças se levantassem e colocassem os filhos no
bom caminho”.
•"Nada deveria levar uma pessoa a fazer o que foi feito com as
crianças da Libéria, drogadas, armadas, convertidas em
máquinas de morte“.
•“Trata-se da maneira como encontramos a força moral, a
perseverança e a valentia para levantar nossa voz contra a
guerra, e restabelecer o sentido comum em nosso país”.
PENSAMENTOS DE LEYMAH GBOWEE
TAWAKKUL KARMAN
•Nascida em 1979 no Iemen, na cidade de Ta’ izz,
já era conhecida por organizar manifestações e
acampamentos contra o governo desde 2007.
•Casada e com três filhos, Karman coordena o
chamado Conselho dos Jovens da Revolução
Árabe .
•Ativista, jornalista e fundadora da ONG
Mulheres Jornalistas sem Correntes, que
criou em 2005.
• Tawakkul Karman é uma
das principais líderanças das
manifestações estudantis
que iniciaram os protestos
populares contra o regime
do ditador Saleh.
•O Iêmen ainda é um país
conservador no qual as
mulheres não possuem
relevância social.
•É uma mulher que consegue reunir apoio de
todo o espectro político do Iêmen - embora
tenha sido bastante ácida ao falar contra o
regime de Saleh e também contra os islâmicos
mais radicais ativos no Iêmen, inclusive ligados
à Al Qaeda.
•Principal cabeça do
movimento opositor, a
ativista foi presa antes
mesmo do início dos
protestos, mas pouco
depois foi liberada e
voltou a se manifestar
contra o regime.
Karman foi reconhecida pelo Comitê Nobel da
Noruega junto à presidente da Libéria, Ellen Johnson-
Sirleaf e à também liberiana Leymah Gbowee por sua
"luta não violenta pela segurança e os direitos das
mulheres para participar plenamente das tarefas de
pacificação".
"Sou uma cidadã do mundo, a terra é minha pátria
e a humanidade é minha nação"
PENSAMENTO DE TAWAKKUL KARMAN
WANGARI MAATHAI
Wangari Muta Maathai foi uma professora e
ambientalista queniana, pioneira da causa do
meio ambiente e da conservação das florestas
na África.
Nascida em Nyeri,
Quênia, foi a primeira
mulher africana a receber,
em 2004, o Prêmio Nobel
da Paz.
Bióloga, mãe de três
filhos, Wangari Maathai
foi presa e ameaçada de
morte por lutar pela
democracia no Quênia.
•Voltou ao Quênia e recebeu o título de
doutora pela Universidade de Nairobi. Fundou
o Green Belt Movement, com o qual
contribuiu com o desenvolvimento sustentável
no mundo.
•Estudou Biologia nos Estados Unidos e
trabalhou como pesquisadora na Alemanha.
•Recebeu o diploma de
Bacharel em Mount St.
Scholastica College (atual
Benedictine College). Recebeu
o título de Mestre da
Universidade de Pittsburgh.
•Ela foi professora em
diversas universidades,
tanto nos Estados
Unidos e na Europa
quanto no seu próprio
país.
Wangari Maathai – Plantando a Paz nas
Florestas da África
•A árvore é um símbolo
de paz na África. Em
diversas comunidades,
ainda sobrevive uma
antiga tradição:
•Quando há um conflito, a pessoa mais velha
planta uma árvore entre os dois lados em
disputa. Este cerimonial sinaliza o início da
reconciliação entre as partes.
•As árvores foram substituídas por lavouras
comerciais, como está ocorrendo agora na
Amazônia.
•O desflorestamento do Quênia destruiu boa
parte da biodiversidade e reduziu a capacidade
das florestas de conservar água, um recurso
bastante escasso na região.
•Para mudar aquela situação, Wangari Maathai
começou uma campanha de conscientização com
grupos de mulheres mostrando que árvores
deviam ser plantadas.
Em 1977, aos 65 anos, Wangari Maathai iniciou
o Movimento Cinturão Verde, com a
intenção de recuperar as florestas do Quênia
como herança cultural, ecológica e pacifista
para as próximas gerações.
•Aos poucos, elas foram percebendo que o
plantio gerava emprego, combustível, comida,
abrigo, melhorava o solo e ajudava a manter as
reservas de água.
•Nas últimas três décadas, as mulheres do
Quênia plantaram mais de 40 milhões de
árvores.
O trabalho de conscientização foi difícil. “O
nosso povo foi historicamente persuadido a
acreditar que, por ser pobre, também não tinha
conhecimento e capacidade para enfrentar os
seus próprios problemas.
E esperavam soluções de
fora. As mulheres não
conseguiam perceber
que para atender às suas
necessidades básicas era
preciso um meio
ambiente saudável e
bem manejado”
Wangari Maathai.
•Na África, relatou Wangari:
“existem muitos conflitos por
recursos naturais escassos e
degradados.
•As pessoas lutam pelo que
restou de terra, água, pastos e
florestas”.
•Para resolver estes graves
conflitos, que estão gerando
milhões de refugiados
ecológicos em todo o planeta, a
professora do Quênia defendeu
uma consciência cada vez
maior sobre três questões:
sensibilidade ambiental, um
bom governo democrático e
paz.
Maathai morreu no dia 25
de setembro 2011 , aos 71
anos, no hospital de Nairóbi
após uma valente e
prolongada luta contra o
câncer.
PENSAMENTOS DE WANGARY MAATHAI
“Ao longo da história, chega um momento em que a
humanidade é chamada a se deslocar para um patamar de
consciência, a alcançar um terreno moral mais elevado.
Um momento em que temos que abandonar nossos medos
e dar esperanças um ao outro. Este momento é agora.”
•É preciso compartilhar os recursos naturais de
forma equitativa para reverter a distribuição injusta
de recursos que atualmente existe no mundo.”
Wangari Maathai
•“O meio ambiente é fundamental para
alcançar a paz. Quando ele está degradado,
as pessoas sofrem, pois não têm os recursos
necessários para sobreviver.”
Wangari Maathai
•Heróis da Paz. (2011) Oque ganhadores do Prêmio Nobel da Paz têm a nos dizer-Ed.
Gutenberg.
•http://exahttp://biografias.blogs.sapo.mz/
•http://nobelprize.org
•me.abril.com.br/economia/mundo/noticias/ellen-sirleaf-a-primeira-presidente-
da-africa-e-agora-nobel-da-paz
•http://www.telanon.info/sociedade/2011/10/11/8700/ellen-johnson-sirleaf-devota-
das-mulheres-santomenses/
•http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Civil_da_Lib%C3%A9ria
•http://biografias.blogs.sapo.mz/
•http://www.opais.net/pt/revista/?id=1641&det=23766&mid
•http://veja.abril.com.br/tema/premio-nobel-2011
•http://ecogerenciamentoambiental.blogspot.com/p/palestra-de-cultura-de-
paz.html
BIBLIOGRAFIA
CRIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO:
Wagner Ramalho/ Gestor Ambiental-FMU
CONCEPÇÃO E REVISÃO:
André Alcantara e Nadime Boueri/ UMAPAZ
AGRADECIMENTO:
Equipe Crer-Ser
Gerenciamento Ambiental
ecogerenciamentoambiental.blogspot.com

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Mulheres que ganharam o nobel da paz

  • 1. ASAS GUERREIRASGUERREIRAS DADA PAZPAZ "É preciso explicar por que o mundo hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico, e que a esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções e das insurreições. Eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro". Jean Paul Sartre, 1963. Prefácio de "Os Condenados da Terra", de Frantz Fanon.
  • 2. A voz das mulheres possui um papel especial e uma força que vem da alma na luta por um mundo não violento. “A compaixão é mais importante que o intelecto na tarefa de conclamar, pelo amor, o trabalho que a paz necessita. E a intuição pode frequentemente ser uma luz exploradora muito mais poderosa que a razão fria.” Betty Williams (1976) Portanto, em nome de todas as mulheres, nos sentimos honradas por essas mulheres terem sido especialmente reverenciadas hoje por suas participações na liderança de movimentos não violentos para uma sociedade pacífica e justa.
  • 3. ELLEN JOHNSON-SIRLEAF Economista com formação nos Estados Unidos, ex-Ministra das Finanças e Presidente da Libéria em seu segundo mandato, Ellen Johnson-Sirleaf é a primeira mulher a se tornar chefe de Estado na África.
  • 4. • Economista e mãe de quatro filhos, é conhecida como a “Dama de Ferro”. •Desde a sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres.
  • 5. •A atual presidente, nascida em 1938 tem em seu currículo passagens pelo Citibank e o Banco Mundial.
  • 6. Ministra das Finanças dos presidentes William Tubman e William Tolbert nos anos 1970 e 1980, seu objetivo foi anular a dívida e atrair os investidores para a reconstrução de seu país, o que conseguiu em parte.
  • 7. •Em 1985, em posição de candidata a ocupar o assento no Senado, criticou publicamente o regime militar de Charles Taylor, o que lhe custou a condenação de dez anos de prisão, embora fosse libertada pouco tempo depois. Ex- Presidente Charles Taylor
  • 8. •A luta contra a corrupção e por profundas reformas institucionais na mais antiga república da África ao sul do Saara, fundada em 1822 por escravos negros libertos e vindos dos Estados Unidos, sempre esteve no centro de sua ação política. •Este combate, que lhe valeu o apelido de "Dama de Ferro" da África, também a levou para a prisão em duas oportunidades nos anos 1980 sob o regime de Samuel Doe. •Devolvida à liberdade, viveu no exílio até 1997 quando regressou ao seu país como economista do Banco Mundial.
  • 9. •Ao fim da Segunda Guerra Civil em 2003, que custou a vida a mais de 140 mil liberianos (a rondar o número de toda a população são-tomense) e com a consequente saída de Taylor do país, Ellen Johnson-Sirleaf assume a liderança do Partido da Unidade e vence as presidenciais no segundo turno realizadas no dia 8 de novembro de 2005, ao seu rival liberiano, ex-jogador George Weah.
  • 10. PENSAMENTOS DE ELLEN JOHNSON -SIRLEARF “De certo modo, represento as aspirações e expectativas de todas as mulheres não só da Libéria, se não do continente inteiro. E isto implica para mim uma grande responsabilidade”. “ Quero desenvolver meu papel com êxito, em nome de cada uma destas mulheres, e assim deixar a porta aberta para todas que venham depois de mim. Espero em alguns anos mais, ter parceiras, é um tanto solitário ser a única saia entre tantas calças.”
  • 11. LEYMAH ROBERTA GBOWEE •A liberiana Leymah Gbowee foi uma criança frágil e doente. Teve rubéola, malária e cólera. Era chamada pelos parentes de “Vermelha", porque tinha uma pele mais clara do que de costume entre a população da etnia Kpellé.
  • 12. •Na vida adulta, formou-se terapeuta e ganhou outro apelido que ultrapassou as fronteiras da Libéria e revelou toda a sua coragem: "guerreira da paz". •Militante pacifista, contribuiu para acabar com as guerras civis que devastaram seu país até 2003, mobilizando as mulheres através da oração e até de uma inusitada greve de sexo.
  • 13. •Vestidas de branco, as seguidoras de Leymah conseguiram organizar grandes mobilizações populares. •Em meio a um dos mais brutais conflitos da história de seu país, Leymah chamou as mulheres a orar pela paz, sem distinção de religião (o país está dividido entre uma maioria cristã e uma minoria muçulmana).
  • 14. • O movimento foi crescendo durante o conflito, até culminar em uma histórica "greve de sexo“: •Lançada em 2002, a iniciativa levou as liberianas a negar sexo aos homens até que cessassem os combates - o que obrigou Charles Taylor, ex-chefe de guerra convertido em presidente, a envolvê-las nas negociações de paz. •Imagem símbolo do movimento pacifista Liberiano
  • 15. •Charles Taylor protagonizou alguns dos episódios mais conturbados da história do país. Em dezembro de 1989, depois de iniciar uma rebelião contra o então presidente liberiano Samuel Doe, ele tomou o controle de quase todo o território em poucos meses. Tornou-se presidente em 1997.
  • 16. •Durante a guerra e como assistente social, Leymah conviveu diariamente com as crianças-soldados, e transformou a proteção a elas numa de suas grandes bandeiras. •Enfrentando uma revolta armada, viu-se obrigado a deixar o poder em 2003, sob a pressão da rebelião e da comunidade internacional.
  • 17. •Mãe de seis filhos, morando em Gana desde 2005, ela foi tema de um documentário intitulado Pray the Devil Back to Hell (uma expressão equivalente a “Reze para fazer o Diabo voltar ao inferno”).
  • 18. Leymah Gbowee, que fundou e dirige várias organizações de mulheres, participou da Comissão Verdade e Reconciliação. Um percurso inesperado, para quem reconhece ter sido uma criança doente - rubéola, malária, cólera - que "frequentemente desejou estar saudável".
  • 19. •Leymah diz ter percebido que “a única maneira de mudar as coisas, do mal para o bem, era fazer com que as mulheres e mães dessas crianças se levantassem e colocassem os filhos no bom caminho”. •"Nada deveria levar uma pessoa a fazer o que foi feito com as crianças da Libéria, drogadas, armadas, convertidas em máquinas de morte“. •“Trata-se da maneira como encontramos a força moral, a perseverança e a valentia para levantar nossa voz contra a guerra, e restabelecer o sentido comum em nosso país”. PENSAMENTOS DE LEYMAH GBOWEE
  • 20. TAWAKKUL KARMAN •Nascida em 1979 no Iemen, na cidade de Ta’ izz, já era conhecida por organizar manifestações e acampamentos contra o governo desde 2007. •Casada e com três filhos, Karman coordena o chamado Conselho dos Jovens da Revolução Árabe . •Ativista, jornalista e fundadora da ONG Mulheres Jornalistas sem Correntes, que criou em 2005.
  • 21. • Tawakkul Karman é uma das principais líderanças das manifestações estudantis que iniciaram os protestos populares contra o regime do ditador Saleh. •O Iêmen ainda é um país conservador no qual as mulheres não possuem relevância social.
  • 22. •É uma mulher que consegue reunir apoio de todo o espectro político do Iêmen - embora tenha sido bastante ácida ao falar contra o regime de Saleh e também contra os islâmicos mais radicais ativos no Iêmen, inclusive ligados à Al Qaeda.
  • 23. •Principal cabeça do movimento opositor, a ativista foi presa antes mesmo do início dos protestos, mas pouco depois foi liberada e voltou a se manifestar contra o regime.
  • 24. Karman foi reconhecida pelo Comitê Nobel da Noruega junto à presidente da Libéria, Ellen Johnson- Sirleaf e à também liberiana Leymah Gbowee por sua "luta não violenta pela segurança e os direitos das mulheres para participar plenamente das tarefas de pacificação".
  • 25. "Sou uma cidadã do mundo, a terra é minha pátria e a humanidade é minha nação" PENSAMENTO DE TAWAKKUL KARMAN
  • 26. WANGARI MAATHAI Wangari Muta Maathai foi uma professora e ambientalista queniana, pioneira da causa do meio ambiente e da conservação das florestas na África.
  • 27. Nascida em Nyeri, Quênia, foi a primeira mulher africana a receber, em 2004, o Prêmio Nobel da Paz. Bióloga, mãe de três filhos, Wangari Maathai foi presa e ameaçada de morte por lutar pela democracia no Quênia.
  • 28. •Voltou ao Quênia e recebeu o título de doutora pela Universidade de Nairobi. Fundou o Green Belt Movement, com o qual contribuiu com o desenvolvimento sustentável no mundo. •Estudou Biologia nos Estados Unidos e trabalhou como pesquisadora na Alemanha.
  • 29. •Recebeu o diploma de Bacharel em Mount St. Scholastica College (atual Benedictine College). Recebeu o título de Mestre da Universidade de Pittsburgh. •Ela foi professora em diversas universidades, tanto nos Estados Unidos e na Europa quanto no seu próprio país.
  • 30. Wangari Maathai – Plantando a Paz nas Florestas da África •A árvore é um símbolo de paz na África. Em diversas comunidades, ainda sobrevive uma antiga tradição: •Quando há um conflito, a pessoa mais velha planta uma árvore entre os dois lados em disputa. Este cerimonial sinaliza o início da reconciliação entre as partes.
  • 31. •As árvores foram substituídas por lavouras comerciais, como está ocorrendo agora na Amazônia. •O desflorestamento do Quênia destruiu boa parte da biodiversidade e reduziu a capacidade das florestas de conservar água, um recurso bastante escasso na região.
  • 32. •Para mudar aquela situação, Wangari Maathai começou uma campanha de conscientização com grupos de mulheres mostrando que árvores deviam ser plantadas.
  • 33. Em 1977, aos 65 anos, Wangari Maathai iniciou o Movimento Cinturão Verde, com a intenção de recuperar as florestas do Quênia como herança cultural, ecológica e pacifista para as próximas gerações.
  • 34. •Aos poucos, elas foram percebendo que o plantio gerava emprego, combustível, comida, abrigo, melhorava o solo e ajudava a manter as reservas de água. •Nas últimas três décadas, as mulheres do Quênia plantaram mais de 40 milhões de árvores.
  • 35. O trabalho de conscientização foi difícil. “O nosso povo foi historicamente persuadido a acreditar que, por ser pobre, também não tinha conhecimento e capacidade para enfrentar os seus próprios problemas.
  • 36. E esperavam soluções de fora. As mulheres não conseguiam perceber que para atender às suas necessidades básicas era preciso um meio ambiente saudável e bem manejado” Wangari Maathai.
  • 37. •Na África, relatou Wangari: “existem muitos conflitos por recursos naturais escassos e degradados. •As pessoas lutam pelo que restou de terra, água, pastos e florestas”.
  • 38. •Para resolver estes graves conflitos, que estão gerando milhões de refugiados ecológicos em todo o planeta, a professora do Quênia defendeu uma consciência cada vez maior sobre três questões: sensibilidade ambiental, um bom governo democrático e paz.
  • 39. Maathai morreu no dia 25 de setembro 2011 , aos 71 anos, no hospital de Nairóbi após uma valente e prolongada luta contra o câncer.
  • 40. PENSAMENTOS DE WANGARY MAATHAI “Ao longo da história, chega um momento em que a humanidade é chamada a se deslocar para um patamar de consciência, a alcançar um terreno moral mais elevado. Um momento em que temos que abandonar nossos medos e dar esperanças um ao outro. Este momento é agora.”
  • 41. •É preciso compartilhar os recursos naturais de forma equitativa para reverter a distribuição injusta de recursos que atualmente existe no mundo.” Wangari Maathai
  • 42. •“O meio ambiente é fundamental para alcançar a paz. Quando ele está degradado, as pessoas sofrem, pois não têm os recursos necessários para sobreviver.” Wangari Maathai
  • 43. •Heróis da Paz. (2011) Oque ganhadores do Prêmio Nobel da Paz têm a nos dizer-Ed. Gutenberg. •http://exahttp://biografias.blogs.sapo.mz/ •http://nobelprize.org •me.abril.com.br/economia/mundo/noticias/ellen-sirleaf-a-primeira-presidente- da-africa-e-agora-nobel-da-paz •http://www.telanon.info/sociedade/2011/10/11/8700/ellen-johnson-sirleaf-devota- das-mulheres-santomenses/ •http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Civil_da_Lib%C3%A9ria •http://biografias.blogs.sapo.mz/ •http://www.opais.net/pt/revista/?id=1641&det=23766&mid •http://veja.abril.com.br/tema/premio-nobel-2011 •http://ecogerenciamentoambiental.blogspot.com/p/palestra-de-cultura-de- paz.html BIBLIOGRAFIA
  • 44. CRIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO: Wagner Ramalho/ Gestor Ambiental-FMU CONCEPÇÃO E REVISÃO: André Alcantara e Nadime Boueri/ UMAPAZ AGRADECIMENTO: Equipe Crer-Ser Gerenciamento Ambiental ecogerenciamentoambiental.blogspot.com