SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  19
P R O F E S S O R A A N A P A U L A
Capítulo 20 – Introdução à
Semântica
Crônica: A propósito de uma aranha
Fiquei observando a aranha que construía sua
teia, com os fios que saem dela como um fruto que
brota e se alonga de sua casca. A aranha quer viver, e
trabalha nessa armadilha caprichosa e artística que
surpreenderá os insetos e os enredará para morrer.
Tua morte, minha vida − diz uma frase antiga,
resumindo a lei primeira da natureza. A frase pode
soar amarga em nossos ouvidos delicados, enquanto
comemos nosso franguinho. Sua morte, vida nossa.
Os vegetarianos não fiquem aliviados, achando
que, além de terem hábitos mais saudáveis, não
dependem da morte alheia para viver. É verdade que a
alface, a cenoura, a batata, o arroz, o espinafre, a
banana, a laranja não costumam gritar quando
arrancados da terra, decepados do caule, cortados e
processados na cozinha. Mas por que não imaginar
que estavam muito bem em suas raízes, e se
deleitavam com o calor do sol, com a água refrescante
da chuva, com os sopros do vento? Sua morte, vida
nossa.
Mas voltemos à aranha. Ela não aprendeu
arquitetura ou geometria, nada sabe sobre paralelas e
losangos; vive da ciência aplicada e laboriosa dos fios
quase invisíveis que não perdoam o incauto. Uma vez
preso na teia, o inseto que há pouco voava debate-se
inutilmente, enquanto a aranha caminha com leveza
em sua direção, percorrendo resoluta o labirinto de
malhas familiares. Se alguém salvar esse inseto, num
gesto de misericórdia, e se dispuser a salvar todos os
outros que caírem na armadilha, a aranha morrerá de
fome. Em outras palavras: a boa alma tomará partido
entre duas mortes.
A cada pequena cena, a natureza nos fala de sua
primeira lei: a lei da necessidade. O engenho da aranha, a
eficácia da teia, o voo do inseto desprevenido compõem uma
trama de vida e morte, da qual igualmente participamos
todos nós, os bichos pensantes. Que necessidade tem alguém
de ser cronista? − podem vocês me perguntar. O que leva
alguém a escrever sobre teias e aranhas? Minha resposta é
crua como a natureza: os cronistas também comem. E como
não sabem fazer teias, tecem palavras, e acabam atendendo a
necessidade de quem gosta de ler. A pequena aranha, com sua
pequena teia, leva a gente a pensar na vida, no trabalho, na
morte. A natureza está a todo momento explicando suas
verdades para nós. Se eu soubesse a origem e o fim dessas
verdades todas, acredite, leitor, esta crônica teria um melhor
arremate.
O que é Semântica?
 Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma
língua. Na língua portuguesa, o significado das
palavras leva em consideração:
 Sinonímia e Antonímia
 Hipônimos e hiperônimos
 Homonímia e Paronímia
 Conotação e Denotação
 Polissemia.
Sinonímia
 É a relação que se estabelece entre duas palavras ou
mais que apresentam significados iguais ou
semelhantes, ou seja, os sinônimos:
 Exemplos:
 Cômico - engraçado .
 Débil - fraco, frágil.
 Distante - afastado, remoto.
Antonímia
 É a relação que se estabelece entre duas palavras ou
mais que apresentam significados
diferentes, contrários, isto é, os antônimos:
 Exemplos:
 Economizar – gastar.
 Bem – mal.
 Bom – ruim.
Hipônimos versus hiperônimos
 Hiperônimo é uma palavra que apresenta um
significado mais abrangente do que o do
seu hipônimo (vocabulário de sentido mais
específico).
 É o que acontece com as palavras doença e gripe –
doença é hiperônimo de gripe porque em seu
significado contém o significado de gripe e o
significado de mais uma série de palavras como
dengue, malária, câncer. Então se conclui que gripe é
hipônimo de doença.
Significação contextual
Significação literal (explícito)
e não literal (contextual)
Hagar entendeu a mensagem de modo literal ou não
literal?
Literal x não literal
 Literal: o homem está pisando na bola.
 Não literal: vacilar, dar mole, decepcionar, não fazer
o que foi combinado!!!
Efeito de sentido
 Reação provocada por um significado.
Compatibilidade e incompatibilidade
semântica
 Deve-se observar o valor semântico positivou ou
negativo.
 O time conquistou o título tão esperado.
 O aluno conquistou notas vermelhas

Contenu connexe

Tendances

Adjunto adnominal x complemento nominal
Adjunto adnominal x complemento nominalAdjunto adnominal x complemento nominal
Adjunto adnominal x complemento nominalNeily Alves
 
Formação das palavras
Formação das palavrasFormação das palavras
Formação das palavrascolveromachado
 
Regência nominal e verbal
Regência nominal e verbalRegência nominal e verbal
Regência nominal e verbalSadrak Silva
 
Concordância verbal simples e composto - ppt
Concordância verbal   simples e composto - pptConcordância verbal   simples e composto - ppt
Concordância verbal simples e composto - pptVilmar Vilaça
 
Tipos de argumentos
Tipos de argumentosTipos de argumentos
Tipos de argumentosAna Castro
 
Figuras de linguagem resumo
Figuras de linguagem resumoFiguras de linguagem resumo
Figuras de linguagem resumoElaine Blogger
 
Período Composto por Coordenação e Subordinação
Período Composto por Coordenação e SubordinaçãoPeríodo Composto por Coordenação e Subordinação
Período Composto por Coordenação e SubordinaçãoJoyce de Oliveira
 
Sinônimos, antônimos, parônimos, homônimos
Sinônimos, antônimos, parônimos, homônimosSinônimos, antônimos, parônimos, homônimos
Sinônimos, antônimos, parônimos, homônimosHelia Coelho Mello
 
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAAULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAMarcelo Cordeiro Souza
 
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaisGêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaismarlospg
 
Sintagma nominal slide
Sintagma nominal slideSintagma nominal slide
Sintagma nominal slideuamusse11
 
Orações coordenadas
Orações coordenadasOrações coordenadas
Orações coordenadasAline Castro
 

Tendances (20)

Adjunto adnominal x complemento nominal
Adjunto adnominal x complemento nominalAdjunto adnominal x complemento nominal
Adjunto adnominal x complemento nominal
 
Formação das palavras
Formação das palavrasFormação das palavras
Formação das palavras
 
Regência nominal e verbal
Regência nominal e verbalRegência nominal e verbal
Regência nominal e verbal
 
Concordância verbal simples e composto - ppt
Concordância verbal   simples e composto - pptConcordância verbal   simples e composto - ppt
Concordância verbal simples e composto - ppt
 
Tipos de argumentos
Tipos de argumentosTipos de argumentos
Tipos de argumentos
 
Orações adjetivas
Orações adjetivasOrações adjetivas
Orações adjetivas
 
Mas, mais e más
Mas, mais e másMas, mais e más
Mas, mais e más
 
Fonética & fonologia
Fonética & fonologiaFonética & fonologia
Fonética & fonologia
 
Figuras de linguagem resumo
Figuras de linguagem resumoFiguras de linguagem resumo
Figuras de linguagem resumo
 
Período Composto por Coordenação e Subordinação
Período Composto por Coordenação e SubordinaçãoPeríodo Composto por Coordenação e Subordinação
Período Composto por Coordenação e Subordinação
 
Sinônimos, antônimos, parônimos, homônimos
Sinônimos, antônimos, parônimos, homônimosSinônimos, antônimos, parônimos, homônimos
Sinônimos, antônimos, parônimos, homônimos
 
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURAAULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
AULA 01 - TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - ESTRUTURA
 
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaisGêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuais
 
Metrificação e escansão
Metrificação e escansãoMetrificação e escansão
Metrificação e escansão
 
1.3 ortografia
1.3   ortografia1.3   ortografia
1.3 ortografia
 
Adjunto Adnominal
Adjunto AdnominalAdjunto Adnominal
Adjunto Adnominal
 
Sintagma nominal slide
Sintagma nominal slideSintagma nominal slide
Sintagma nominal slide
 
Orações coordenadas
Orações coordenadasOrações coordenadas
Orações coordenadas
 
Variedades linguísticas
Variedades linguísticasVariedades linguísticas
Variedades linguísticas
 
Aula intertextualidade
Aula intertextualidadeAula intertextualidade
Aula intertextualidade
 

Similaire à Introdução à Semântica e suas principais noções

Joaninhas divertidas e úteis- Livro infanto-juvenil da Embrapa
Joaninhas divertidas e úteis- Livro infanto-juvenil da EmbrapaJoaninhas divertidas e úteis- Livro infanto-juvenil da Embrapa
Joaninhas divertidas e úteis- Livro infanto-juvenil da EmbrapaAna Szerman
 
Slides sobre poemas e linguagem denotativa e conotativa 6º ano.pdf
Slides sobre poemas e linguagem denotativa e conotativa 6º ano.pdfSlides sobre poemas e linguagem denotativa e conotativa 6º ano.pdf
Slides sobre poemas e linguagem denotativa e conotativa 6º ano.pdfJucilete Maia
 
Dinâmica das populações e sustentabilidade
Dinâmica das populações e sustentabilidadeDinâmica das populações e sustentabilidade
Dinâmica das populações e sustentabilidadeAna Castro
 
Gente e piriquitos
Gente e piriquitosGente e piriquitos
Gente e piriquitosEly Macuxi
 
Figurante eterno marcia portella
Figurante eterno marcia portellaFigurante eterno marcia portella
Figurante eterno marcia portellaLuzia Gabriele
 
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.pptAula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.pptEwerthonGomes1
 
Almanaque de bichos que dão em gente - Sonia Hirsch
Almanaque de bichos que dão em gente - Sonia HirschAlmanaque de bichos que dão em gente - Sonia Hirsch
Almanaque de bichos que dão em gente - Sonia HirschAvlisTECH
 
110511746 almanaque-de-bichos-que-dao-em-gente-sonia-hirsch
110511746 almanaque-de-bichos-que-dao-em-gente-sonia-hirsch110511746 almanaque-de-bichos-que-dao-em-gente-sonia-hirsch
110511746 almanaque-de-bichos-que-dao-em-gente-sonia-hirschPedro Paulo Ak
 
Interações ecologicas completa
Interações ecologicas completaInterações ecologicas completa
Interações ecologicas completaVjezhtitza
 
Sétimo ano avaliação de língua portuguesa
Sétimo ano  avaliação de língua portuguesaSétimo ano  avaliação de língua portuguesa
Sétimo ano avaliação de língua portuguesawaniaguedes
 

Similaire à Introdução à Semântica e suas principais noções (20)

Substantivo
SubstantivoSubstantivo
Substantivo
 
Joaninhas divertidas e úteis- Livro infanto-juvenil da Embrapa
Joaninhas divertidas e úteis- Livro infanto-juvenil da EmbrapaJoaninhas divertidas e úteis- Livro infanto-juvenil da Embrapa
Joaninhas divertidas e úteis- Livro infanto-juvenil da Embrapa
 
Slides sobre poemas e linguagem denotativa e conotativa 6º ano.pdf
Slides sobre poemas e linguagem denotativa e conotativa 6º ano.pdfSlides sobre poemas e linguagem denotativa e conotativa 6º ano.pdf
Slides sobre poemas e linguagem denotativa e conotativa 6º ano.pdf
 
Poema 6º ano
Poema 6º anoPoema 6º ano
Poema 6º ano
 
Relações ecológicas
Relações ecológicasRelações ecológicas
Relações ecológicas
 
JUMP
JUMPJUMP
JUMP
 
Atividades Proalfa
Atividades ProalfaAtividades Proalfa
Atividades Proalfa
 
Dinâmica das populações e sustentabilidade
Dinâmica das populações e sustentabilidadeDinâmica das populações e sustentabilidade
Dinâmica das populações e sustentabilidade
 
Gente e piriquitos
Gente e piriquitosGente e piriquitos
Gente e piriquitos
 
Figurante eterno marcia portella
Figurante eterno marcia portellaFigurante eterno marcia portella
Figurante eterno marcia portella
 
Exercícios Substantivos
Exercícios SubstantivosExercícios Substantivos
Exercícios Substantivos
 
Mas
MasMas
Mas
 
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.pptAula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
 
Almanaque de bichos que dão em gente - Sonia Hirsch
Almanaque de bichos que dão em gente - Sonia HirschAlmanaque de bichos que dão em gente - Sonia Hirsch
Almanaque de bichos que dão em gente - Sonia Hirsch
 
110511746 almanaque-de-bichos-que-dao-em-gente-sonia-hirsch
110511746 almanaque-de-bichos-que-dao-em-gente-sonia-hirsch110511746 almanaque-de-bichos-que-dao-em-gente-sonia-hirsch
110511746 almanaque-de-bichos-que-dao-em-gente-sonia-hirsch
 
Interações ecologicas completa
Interações ecologicas completaInterações ecologicas completa
Interações ecologicas completa
 
Ciencias vol 3
Ciencias vol 3Ciencias vol 3
Ciencias vol 3
 
Ciencias vol 3
Ciencias vol 3Ciencias vol 3
Ciencias vol 3
 
Jogo do saber
Jogo do saberJogo do saber
Jogo do saber
 
Sétimo ano avaliação de língua portuguesa
Sétimo ano  avaliação de língua portuguesaSétimo ano  avaliação de língua portuguesa
Sétimo ano avaliação de língua portuguesa
 

Plus de whybells

Protocordados1
Protocordados1Protocordados1
Protocordados1whybells
 
A classificacao biologica
A classificacao biologicaA classificacao biologica
A classificacao biologicawhybells
 
concretismo
concretismoconcretismo
concretismowhybells
 
Modernismo em Portugal & Fernando Pessoa
Modernismo em Portugal & Fernando PessoaModernismo em Portugal & Fernando Pessoa
Modernismo em Portugal & Fernando Pessoawhybells
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeiaswhybells
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoawhybells
 
Polissemia
PolissemiaPolissemia
Polissemiawhybells
 
teatro romantico
teatro romanticoteatro romantico
teatro romanticowhybells
 
o romance de formacao de raul pompeia
o romance de formacao de raul pompeiao romance de formacao de raul pompeia
o romance de formacao de raul pompeiawhybells
 
Verbos formacao dos tempos verbais
Verbos formacao dos tempos verbaisVerbos formacao dos tempos verbais
Verbos formacao dos tempos verbaiswhybells
 
Verbos classificacao
Verbos classificacaoVerbos classificacao
Verbos classificacaowhybells
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervosowhybells
 
realismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europarealismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europawhybells
 
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismocap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismowhybells
 
cap12e cap13 - expansão marítima e renascimento
cap12e cap13 - expansão marítima e renascimentocap12e cap13 - expansão marítima e renascimento
cap12e cap13 - expansão marítima e renascimentowhybells
 
Cap 13 e 14 a prosa no romantismo
Cap 13 e 14 a prosa no romantismoCap 13 e 14 a prosa no romantismo
Cap 13 e 14 a prosa no romantismowhybells
 

Plus de whybells (20)

Protocordados1
Protocordados1Protocordados1
Protocordados1
 
Anfibios
AnfibiosAnfibios
Anfibios
 
A classificacao biologica
A classificacao biologicaA classificacao biologica
A classificacao biologica
 
Anelideos
AnelideosAnelideos
Anelideos
 
Agnatha
AgnathaAgnatha
Agnatha
 
concretismo
concretismoconcretismo
concretismo
 
Modernismo em Portugal & Fernando Pessoa
Modernismo em Portugal & Fernando PessoaModernismo em Portugal & Fernando Pessoa
Modernismo em Portugal & Fernando Pessoa
 
Vanguardas europeias
Vanguardas europeiasVanguardas europeias
Vanguardas europeias
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
Polissemia
PolissemiaPolissemia
Polissemia
 
teatro romantico
teatro romanticoteatro romantico
teatro romantico
 
o romance de formacao de raul pompeia
o romance de formacao de raul pompeiao romance de formacao de raul pompeia
o romance de formacao de raul pompeia
 
Verbos formacao dos tempos verbais
Verbos formacao dos tempos verbaisVerbos formacao dos tempos verbais
Verbos formacao dos tempos verbais
 
Verbos classificacao
Verbos classificacaoVerbos classificacao
Verbos classificacao
 
Verbos
VerbosVerbos
Verbos
 
Sistema nervoso
Sistema nervosoSistema nervoso
Sistema nervoso
 
realismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europarealismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europa
 
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismocap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
cap14 - reformas religiosas, antigo regime e absolutismo
 
cap12e cap13 - expansão marítima e renascimento
cap12e cap13 - expansão marítima e renascimentocap12e cap13 - expansão marítima e renascimento
cap12e cap13 - expansão marítima e renascimento
 
Cap 13 e 14 a prosa no romantismo
Cap 13 e 14 a prosa no romantismoCap 13 e 14 a prosa no romantismo
Cap 13 e 14 a prosa no romantismo
 

Introdução à Semântica e suas principais noções

  • 1. P R O F E S S O R A A N A P A U L A Capítulo 20 – Introdução à Semântica
  • 2. Crônica: A propósito de uma aranha Fiquei observando a aranha que construía sua teia, com os fios que saem dela como um fruto que brota e se alonga de sua casca. A aranha quer viver, e trabalha nessa armadilha caprichosa e artística que surpreenderá os insetos e os enredará para morrer. Tua morte, minha vida − diz uma frase antiga, resumindo a lei primeira da natureza. A frase pode soar amarga em nossos ouvidos delicados, enquanto comemos nosso franguinho. Sua morte, vida nossa.
  • 3. Os vegetarianos não fiquem aliviados, achando que, além de terem hábitos mais saudáveis, não dependem da morte alheia para viver. É verdade que a alface, a cenoura, a batata, o arroz, o espinafre, a banana, a laranja não costumam gritar quando arrancados da terra, decepados do caule, cortados e processados na cozinha. Mas por que não imaginar que estavam muito bem em suas raízes, e se deleitavam com o calor do sol, com a água refrescante da chuva, com os sopros do vento? Sua morte, vida nossa.
  • 4. Mas voltemos à aranha. Ela não aprendeu arquitetura ou geometria, nada sabe sobre paralelas e losangos; vive da ciência aplicada e laboriosa dos fios quase invisíveis que não perdoam o incauto. Uma vez preso na teia, o inseto que há pouco voava debate-se inutilmente, enquanto a aranha caminha com leveza em sua direção, percorrendo resoluta o labirinto de malhas familiares. Se alguém salvar esse inseto, num gesto de misericórdia, e se dispuser a salvar todos os outros que caírem na armadilha, a aranha morrerá de fome. Em outras palavras: a boa alma tomará partido entre duas mortes.
  • 5. A cada pequena cena, a natureza nos fala de sua primeira lei: a lei da necessidade. O engenho da aranha, a eficácia da teia, o voo do inseto desprevenido compõem uma trama de vida e morte, da qual igualmente participamos todos nós, os bichos pensantes. Que necessidade tem alguém de ser cronista? − podem vocês me perguntar. O que leva alguém a escrever sobre teias e aranhas? Minha resposta é crua como a natureza: os cronistas também comem. E como não sabem fazer teias, tecem palavras, e acabam atendendo a necessidade de quem gosta de ler. A pequena aranha, com sua pequena teia, leva a gente a pensar na vida, no trabalho, na morte. A natureza está a todo momento explicando suas verdades para nós. Se eu soubesse a origem e o fim dessas verdades todas, acredite, leitor, esta crônica teria um melhor arremate.
  • 6. O que é Semântica?  Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua. Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração:  Sinonímia e Antonímia  Hipônimos e hiperônimos  Homonímia e Paronímia  Conotação e Denotação  Polissemia.
  • 7. Sinonímia  É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos:  Exemplos:  Cômico - engraçado .  Débil - fraco, frágil.  Distante - afastado, remoto.
  • 8.
  • 9. Antonímia  É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos:  Exemplos:  Economizar – gastar.  Bem – mal.  Bom – ruim.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Hipônimos versus hiperônimos  Hiperônimo é uma palavra que apresenta um significado mais abrangente do que o do seu hipônimo (vocabulário de sentido mais específico).  É o que acontece com as palavras doença e gripe – doença é hiperônimo de gripe porque em seu significado contém o significado de gripe e o significado de mais uma série de palavras como dengue, malária, câncer. Então se conclui que gripe é hipônimo de doença.
  • 15. Significação literal (explícito) e não literal (contextual)
  • 16. Hagar entendeu a mensagem de modo literal ou não literal?
  • 17. Literal x não literal  Literal: o homem está pisando na bola.  Não literal: vacilar, dar mole, decepcionar, não fazer o que foi combinado!!!
  • 18. Efeito de sentido  Reação provocada por um significado.
  • 19. Compatibilidade e incompatibilidade semântica  Deve-se observar o valor semântico positivou ou negativo.  O time conquistou o título tão esperado.  O aluno conquistou notas vermelhas