Devido à leitura excessiva de romances de cavalaria, um nobre espanhol chamado Alonso Quijano enlouquece e passa a se ver como um cavaleiro andante chamado Dom Quixote de La Mancha. Ele sai em busca de aventuras com seu fiel escudeiro Sancho Pança, enfrentando situações ridículas em que confunde objetos cotidianos com inimigos fantásticos. Após muitos reveses cômicos, Dom Quixote eventualmente recupera a sanidade e renuncia à vida de cavaleiro errante
Conferência SC 24 | Omnichannel: uma cultura ou apenas um recurso comercial?
Dom Quixote
1. TEATRO
O TIL (Teatro Infantil de Lisboa) apresenta esta obra, tradicionalmente arredada do imaginário
infantil, não obstante a personagem de D. Quixote ser sobejamente conhecida pelas crianças
embora na sua vertente mais romântica, mostrando toda a dimensão do romance de Cervantes.
Com uma linguagem simples mas capaz de gerar emoções a proposta desta produção aposta na
desconstrução da figura trágica de D. Quixote para a mostrar de uma forma acessível aos mais
pequenos.
Sinopse
Ao escrever Dom Quixote, Miguel de Cervantes pretendia ridicularizar os livros de cavalaria,
por narrarem histórias fantásticas. No seu Livro, a personagem principal é um nobre que
enlouqueceu por não parar de ler romances, querendo imitar os seus heróis preferidos.
Na verdade, o fidalgo chamava-se Alonso Quijano e acreditava de tal modo nos ideais
cavalheirescos de amor, paz e justiça que decidiu viajar por Espanha defendendo esses valores.
Numa região chamada Mancha, escolheu chamar-se Don Quixote de La Mancha. Apelidou um
velho cavalo de Rocinante e elegeu uma mulher para seu ideal a quem dedicou o seu amor: uma
camponesa que ele viu como uma dama da nobreza e a quem chamou Dulcineia del Toboso.
Dom Quixote, nas suas aventuras levou Sancho Pança, um pobre camponês.
Referência: Teatro Infantil de Lisboa – Teatro Livre - http://www.til-tl.com
2. RESUMO
Dom Quixote de La Mancha
De tanto ler histórias de cavalaria, um ingênuo fidalgo espanhol passa a acreditar piamente
nos efeitos heróicos dos cavaleiros medievais e decide se tornar, ele também, um cavaleiro
andante. Para tanto, recorre a uma armadura enferrujada que fora de seu bisavô, confecciona
uma viseira de papelão e se auto-intitula Dom Quixote de La Mancha. Como todo cavaleiro,
ele precisa de uma dama a quem honrar. Elege então uma lavradora que só conhece de vista
e a chama de Dulcinéia. Depois de tomar essas providências, monta em seu decrépito cavalo
Rocinante e foge de casa em busca de aventuras.
Após um dia inteiro de caminhada sob o sol, depara com uma estalagem, que em sua mente
perturbada se converte num castelo, onde pede para ser ordenado cavaleiro pelo estalajadeiro,
que quase não consegue conter o riso. No dia seguinte, ao investir contra o grupo de
comerciantes que vê como adversários, cai de rocinante e tem seu corpo moído por pauladas.
Um conhecido da aldeia encontra o cavaleiro, entre gemidos e lamentos, e o conduz novamente
à sua casa. Seguindo aos conselhos de Tomás e do barbeiro Nicolau, a ama e a sobrinha
queimam seus livros e lacram a porta da biblioteca.
Enquanto todos acham que a estratégia da destruição dos livros havia sido um sucesso, Dom
Quixote, pensando tratar-se de uma magia de algum cruel feiticeiro, resolve voltar à aventura,
agora acompanhado do escudeiro Sancho Pança: um ingênuo e materialista lavrador, que
aceita seguir o fidalgo pela promessa de uma ilha para governar.
As viagens se sucedem sob a alucinação de quem está vivendo no tempo da cavalaria. Em
suas andanças, Dom Quixote encontra moinhos de vento que confunde com gingantes.
Arremete contra um dos moinhos, cujas pás, devido a um vento mais forte, lançam o cavaleiro
para longe. O escudeiro socorre seu mestre. Dom Quixote não dando o braço a torcer, diz que o
feiticeiro, ao notar que o cavaleiro estava vencendo, transformou os gigantes em moinhos.
3. Mas adiante confundindo dois rebanhos de carneiros com exército de inimigos, avança
contra os animais e mais uma vez é surrado, pelos pastores; além de ser pisoteado pelas ovelhas.
No chão em meio ao estrume dos animais, ferido e desdentado, recebe do escudeiro a alcunha
de O Cavaleiro da Triste Figura.
No desejo de combater as injustiças do mundo e homenagear sua dama, o nobre e patético
personagem segue viagem enfrentando situações supostamente perigosas e sempre ridículas:
imagina gigantes em rodas-d`águas; vê um cavaleiro de elmo dourado em um barbeiro; ajuda
criminosos a fugirem, pensando estar libertando escravos. De suas desventuras, restam-lhes
sempre os enganos, as surras, as pedradas e as pauladas.
À beira da estrada, o cavaleiro da triste figura e seu fiel escudeiro encontram abrigo e
deparam com Tomás e o barbeiro Nicolau, amigos da aldeia onde moram e que estão à sua
procura. Os dois convencem Sancho a ajudá-los e acabam levando, mais uma vez, e agora
enjaulado, Dom Quixote para casa. Lá, cansado doente e abatido pelos reveses e pelas surras
que levara, o fidalgo sossega. Até receber a visita do bacharel Sansão, que traz consigo um livro
narrando as estranhas aventuras de Dom Quixote. Com a fama, o cavaleiro tem seu espírito
aventureiro revigorado e mais uma vez, convencendo Sancho Pança a companhá-lo, parte para a
estrada, ainda guiado pelo amor de Dulcinéia, e pelo desejo de vencer o perverso feiticeiro e,
com ele, as injustiças do mundo.
Em Toboso, à procura de sua amada, Dom Quixote encontra três lavradoras montadas em
asnos, carregando repolhos para o mercado. Sancho diz que se trata de Dulcinéia e suas damas
de companhia, tentando convencer Dom Quixote. Ao se ajoelhar diante de sua sonhada dama, o
cavaleiro leva uma repolhada na cabeça. Sancho diz se tratar de um anel de esmeralda
enfeitiçado em repolho, e Dom Quixote guarda a “prenda” na bolsa, duvidoso, todavia
satisfeito.
Disfarçado em cavaleiro dos Espelhos, o baixinho Sansão desafia Dom Quixote, no intuito
de levá-lo para casa e, com isso, agradar a sobrinha do fidalgo. Mas, traído por seu cavalo, que
prefere comer grama ao duelar, perde o combate. Adiante, Dom Quixote encontra um duque e
uma duquesa que, por já terem lido o livro com suas aventuras, resolvem se divertir à custa da
dupla: disfarçado em feiticeiro Merlin, o duque inventa um suposto cavalo mágico de madeira
que levaria Dom Quixote até o perverso feiticeiro. Vendam o cavaleiro e o escudeiro sobre a
“mágica montaria” e chacoalham o cavalinho de balanço, enquanto os dois pensam estar
voando. Ao atear fogo no rabo do cavalo, recheados de fogos de artifício, o cavaleiro e o
escudeiro são lançados à distância.
Seguindo viagem, com mais alguns arranhões, Dom Quixote e Sancho Pança ouvem um
grito assustador, é o cavaleiro da lua cheia (na verdade, Sansão, agora mais bem preparado e
decidido). Que desafia O cavaleiro da Triste Figura: quem perder o combate terá de pôr fim à
sua vida de cavaleiro andante. Sansão vence, o fidalgo volta ao lar. No final da história,
recuperando a razão, Dom Quixote renuncia aos romances de cavalaria e morre como um
piedoso cristão.
6. MÚSICA ♪ ♫ ♪...
Dom Quixote
(Engenheiros do Hawaii)
Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos, mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça
Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra
Vaidades que a terra um dia há de comer
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário
Muito prazer, me chamam de otário
Por amor às causas perdidas
Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas
Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Muito prazer, ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas
7. DOM QUIXOTE DE LA MANCHA
Referência: Leopoldo Alves
Leopoldoalves.blogspot.com.br
8. LIVRO
Dom Quixote de La Mancha (Don Quijote de la Mancha em castelhano) é um livro escrito
pelo espanhol Miguel de Cervantes y Saavedra (1547-1616). O título e ortografia originais
eram El ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha, com sua primeira edição publicada
em Madrid no ano de 1605. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira
surgida em 1605 e a outra em 1615.
O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte
dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalariaque gozaram de imensa
popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio. Nesta obra,
a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura
desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide
tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de
cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos
que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis. A história é apresentada sob a forma de
novela realista.
É considerada a grande criação de Cervantes. O livro é um dos primeiros das línguas européias
modernas e é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola. Em princípios
de maio de 2002, o livro foi escolhido como a melhor obra de ficção de todos os tempos. A
votação foi organizada pelo Clubes do Livro Noruegueses e participaram escritores de
reconhecimento internacional.
Referência:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Quixote