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PMBok x PRINCE2
Flávia David de Oliveira Gomes
Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel
flavia@cp2ejr.com.br
Víctor Hugo Rodrigues de Barros
Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel
victor.hugo@cp2ejr.com.br
Prof. Msc. Guilherme A. Barucke Marcondes
Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel
guilherme@inatel.br
Resumo - Com o grande aumento da competição de
mercado, o gerenciamento de projetos vem recebendo
maior destaque entre as empresas. Minuciosas revisões da
estratégia empresarial vêm acontecendo devido às
necessidades impostas pelo mercado. Com o intuito de
atender a essas demandas e também à estratégia das
empresas, a gestão de projetos vem sendo aperfeiçoada,
para que os objetivos de um projeto sejam alcançados.
Para isso, o melhor gerenciamento dos riscos, do tempo e
dos recursos disponíveis (de pessoal, orçamentário e físico),
é essencial para se atingir a qualidade e o produto
desejado, havendo assim várias metodologias que podem
ser utilizadas no desenvolvimento de um projeto.
Abstract - With the great increase of market competition,
the project management has received greater prominence
among companies. Thorough reviews of business strategy
are happening due to the needs imposed by the market. In
strategy, project management has been improved, so that
the objectives of the project are achieved. For this, the best
risk management, time and available resources (staff,
budget and physical), is essential to achieve the desired
product quality and with so many methodologies that can
be used in developing a project.
Palavras Chave - PMbok, Prince2, Gerenciamento de
Projetos, Estratégia Empresarial, Mercado.
Keywords - PMBOK, Prince2, Project Management,
Business Strategy, Marketing.
I. INTRODUÇÃO
Atualmente, mudanças em diversos aspectos da vida humana
(culturais, tecnológicos, políticos, econômicos, sociais) estão
ocorrendo em velocidade cada vez maior. De uma maneira
geral, é comum associarmos as mudanças significativas ao
resultado de projetos. Como consequência, gerenciar projetos
de forma eficiente nessa era de grandes mudanças é um dos
grandes desafios do engenheiro dos tempos modernos. Superar
esse desafio é estar preparado para gerenciar projetos de forma
planejada e profissional.
Nesse contexto, estudar e comparar metodologias existentes
em gerenciamento de projetos e verificar qual dentre estas é a
mais eficiente pode ajudar as organizações na produtividade e
qualidade dos produtos, aumentando a sua participação no
mercado.
Portanto, neste trabalho será feita a comparação entre o guia
PMBoK e a metodologia para gerenciamento de projetos
PRINCE2. Como se pode notar, diferentemente do que
pensam a maioria dos gerentes de projeto, o PMBoK não é
uma metodologia e sim um conjunto de conhecimento em
gerenciamento de projetos baseado em experiências e
promovido pelo PMI (Project Management Institute).
O PRINCE2, ao contrário do PMBoK, é uma metodologia de
gerenciamento de projetos que tem critérios para sua
adaptação conforme o tipo de complexidade, servindo assim
para qualquer tipo de projeto. Porém, o Prince2 também pode
auxiliar projetos baseados no guia PMBoK.
O objetivo deste trabalho é verificar como se obter resultados
mais satisfatórios nos projetos que seguem tais guia e
metodologia citadas anteriormente e entender como funciona
um gerenciamento de projetos que faz uso dos mesmos. Ao
final de tal estudo, pode-se notar que ambos, tanto o guia
PMBoK quanto a metodologia PRINCE2, podem caminhar
separados ou em paralelo para obtenção de um projeto
qualificado e satisfatório.
II. PROJECT MAGAGEMENT BODY OF
KNOWLEDGE (PMBoK)
O PMbok é um guia que possui um conjunto de boas práticas
aplicáveis amplamente à maioria dos projetos. Originado nos
Estados Unidos, foi elaborado pelo PMI (Project Management
Institute) e define gerenciamento de projetos como sendo uma
aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e
técnicas as atividades do projeto a fim de atender seus
requisitos. Possui 44 processos divididos em nove áreas de
conhecimento, elencadas a seguir. [1]
1. Gerenciamento da Integração do Projeto - Inclui os
processos e as atividades necessárias para identificar,
definir, combinar, unificar e coordenar os vários
processos e atividades dos grupos de processos de
gerenciamento.
2. Gerenciamento do Escopo - Descreve os processos
envolvidos na verificação de que o projeto inclui todo
o trabalho necessário para que seja concluído com
sucesso.
3. Gerenciamento do Tempo - Descreve os processos
necessários para assegurar a conclusão do projeto no
prazo devido.
4. Gerenciamento dos Custos - Descreve os processos
envolvidos no planejamento, estimativa, orçamento e
controle dos custos de modo que o projeto termine
dentro do orçamento estimado.
5. Gerenciamento de Qualidade - descreve os processos
necessários para assegurar que todas as necessidades
que originaram o desenvolvimento do projeto serão
atendidas.
6. Gerenciamento dos Recursos Humanos - Descreve os
processos que organizam e gerenciam a equipe
proporcionando o uso mais efetivo das pessoas
envolvidas no projeto.
7. Gerenciamento das Comunicações - Descrevem os
processos relativos à geração, coleta, disseminação,
armazenamento e destinação final das informações
do projeto de forma oportuna e adequada.
8. Gerenciamento dos Riscos do Projeto - Descreve o
processo sistemático de identificação, análise e
resposta aos riscos do projeto.
9. Gerenciamento das Aquisições do Projeto - Descreve
os processos necessários para a aquisição de
produtos, serviços ou resultados, além dos processos
de gerenciamento de contratos.
Em paralelo as áreas de conhecimento, há um grupo de
processos que tem como objetivo manter a conexão com
outros processos facilitando a coordenação do projeto ou
produto. Por exemplo, uma mudança no escopo costuma afetar
o custo do projeto, mas talvez não afete o plano de
comunicações ou a qualidade do produto. Com frequência,
essas interações entre processos requerem compensações entre
os requisitos e os objetivos do projeto, e as compensações de
desempenho especificas vão variar de um projeto para outro e
de uma organização para outra. O gerenciamento de projetos
bem-sucedido inclui gerenciar ativamente essas interações
para cumprir os requisitos do patrocinador, do cliente e de
outras partes interessadas.
Os processos de gerenciamento de projetos são agrupados em
cinco categorias, conhecidas como grupos de processos de
gerenciamento de projetos (ou grupos de processos):
1. Grupo de processos de iniciação - São os processos
realizados para definir um novo projeto ou uma nova
fase de um projeto existente através da obtenção de
autorização para iniciar o projeto ou a fase.
2. Grupo de processos de planejamento - Os processos
realizados para definir o escopo do projeto, refinar os
objetivos e desenvolver o curso de ação necessário
para alcançar os objetivos para os quais o projeto foi
criado.
3. Grupo de processos de execução - Realizados para
executar o trabalho definido no plano de
gerenciamento do projeto para satisfazer as
especificações do mesmo.
4. Grupo de processos de monitoramento e controle –
São necessários para acompanhar, revisar e regular o
progresso e o desempenho do projeto, identificar
todas as áreas nas quais serão necessárias mudanças
no plano e iniciar as mudanças correspondentes;
5. Grupo de processos de encerramento - Os processos
executados para finalizar todas as atividades de todos
os grupos de processos, visando encerrar
formalmente o projeto ou a fase.
A figura a seguir detalha a relação entre áreas e processos de
conhecimento.
Figura 1 – Áreas de conhecimento x Processos
III. PRINCE2
O PRINCE2 é considerado uma metodologia para a gestão de
projetos e foi elaborado na Inglaterra para assegurar maior
confiabilidade aos projetos, de qualquer natureza,
desenvolvidos. Criado em 1989, define gerenciamento de
projetos como planejamento, delegação, acompanhamento e
controle de todos os aspectos do projeto e da motivação das
pessoas envolvidas, a fim de atingir objetivos de desempenho
esperado para o tempo, custo, qualidade, escopo, riscos e
benefícios [2].
O PRINCE2 apoia-se em duas bases para seu funcionamento e
aplicação. A primeira, conhecida como “temas” ou
“componentes”, tem como objetivo básico guiar os processos
usados pela metodologia. Já a segunda, conhecida como
“processos”, define quais atividades serão utilizadas em cada
fase do projeto.
Os temas são abordados da maneira como descrita a seguir.
1. Business Case - Estabelece os mecanismos que avalia
se o projeto é, e continua sendo, desejável, viável e
realizável pela organização com o propósito de apoiar
as decisões de investimento nas suas atividades.
2. Organização - Desenvolve uma estrutura
organizacional para o projeto, definindo
responsabilidades e o relacionamento entre as
diversas equipes do projeto.
3. Qualidade - Define e implanta os meios pelos quais o
projeto irá criar e verificar os produtos certificando
que os mesmos estão de acordo com a proposta
inicial.
4. Plano - Objetiva definir meios que facilitarão a
comunicação e o controle. Define o produto a ser
realizado, as atividades pertinentes e quando elas
serão realizadas, os recursos, o tempo e as pessoas
necessárias, a sinergia necessária entre as atividades e
os pontos a serem monitorados e controlados.
5. Risco - Controla e contém os riscos que podem
influenciar e ter fortes impactos, positivos ou não, no
projeto. Os riscos, de acordo com a metodologia, são
os principais fatores a serem considerados e
controlados durante o gerenciamento do projeto.
6. Mudança - Visa a analisar e avaliar os impactos
causados pelas mudanças que ocorrem durante a
execução do projeto.
7. Progresso - Estipula uma série de controles que
apoiam a verificação do progresso do projeto,
visando a prever quaisquer alterações que venham a
ocorrer e controlando os desvios considerados
inaceitáveis pelo projeto.
Além disso, o Prince2 fornece um conjunto de atividades para
dirigir, gerenciar e entregar um projeto.
1. Starting up a Project – tem como objetivo prevenir e
evitar que projetos mal concebidos sejam iniciados e
também de garantir o início de projetos que trarão
bom retorno a seu investidor.
2. Dirigindo o Projeto – Delega responsabilidade ao
Project Board pelo sucesso do projeto. Atividades
como autorizar o início do projeto, autorizar o
projeto, autorizar o plano de estágio e execução e
autorizar o fechamento do projeto estão vinculadas a
esse processo.
3. Iniciando o Projeto – Seu intuito é estabelecer boa
estrutura ao projeto, possibilitando uma boa
compreensão do trabalho que necessita ser realizado
para sua entrega. Atividades vinculadas: preparar
estratégia de gestão da qualidade, preparar a
estratégia de gerenciamento de comunicação,
configurar o controle de projetos e criar o plano de
projeto.
4. Controlando Estágios – Tem como principal papel a
distribuição e divisão do trabalho, monitoramento do
projeto, além de tomar ações corretivas quando
necessário. Dessa forma, riscos e problemas podem
ser mantidos sob controle. As principais atividades
vinculadas são: autorizar um pacote de trabalho,
rever o estado desses pacotes periodicamente, receber
pacotes concluídos e fazer relatórios de desempenho.
5. Gerenciamento da Entrega do Produto – Processo
utilizado com o intuito de controlar a ligação entre
gerente do projeto e gestão da equipe a fim de
entregar o trabalho do projeto.
6. Gestão do Limite de Estágios – Processo que garante
o sucesso do atual estágio do projeto através da
interação do gerente com o Project Board.
7. Fechamento do Projeto – Tal processo é capaz de
reconhecer que os objetivos traçados no início do
projeto foram alcançados, além de fornecer um ponto
fixo onde a aceitação do projeto será confirmada.
Atividades do processo: avaliar o projeto, entregar o
produto e preparar um possível encerramento
prematuro.
IV. PMBOK x PRINCE2
É evidente a importância de ambos os métodos para o
ambiente gerencial de projetos. Cada um deles possui visões
diferentes sobre um projeto e como gerenciá-lo a curto, médio
ou longo prazo. Enquanto o PMBoK é largamente reconhecido
nos EUA, o PRINCE2 é bastante aceito no Reino Unido e na
Europa. O Prince2 é estruturado sobre sete componentes, que
usados de forma consciente, permite reduzir largamente os
riscos de um projeto. Por outro lado, o PMBOK, utiliza nove
áreas que permitem um enfoque mais global sobre o projeto.
Outro bom ponto de comparação é a questão didática. O
PMBOK preocupa-se em manter uma boa didática a seus
leitores mesmo que de forma teórica enquanto o PRINCE2 é
mais direto e menos compreensível.
O objetivo das comparações é apontar diversas maneiras de se
gerir um projeto, como aplicar da melhor maneira as
metodologias e evidentemente apresentar pontos fortes e
fracos de cada uma delas. Como comparar processo a
processo não é o ideal, optou-se por comparar áreas de
conhecimento. Com o intuito de facilitar a compreensão, uma
ordem será adotada. Primeiro será apresentada uma área do
PMBoK e posteriormente a equivalente do PRINCE2.
Integração x Mudanças e Controle
Integração
O gerenciamento de integração é composto por seis processos
que são apresentados na Figura 2.
Figura 2 – Processos vinculados ao Gerenciamento de Integração [1]
Ele contém processos importantes e essenciais para a gestão
do projeto. Os processos incluem elaboração de documentos
como o termo de abertura do projeto, onde o seu início e
execução são autorizados para que assim haja o
desenvolvimento do plano de gerenciamento, que é de grande
importância para o sucesso do projeto. A posteriori, há o
acompanhamento da realização do trabalho definido no plano
de gerenciamento, que pode gerar ações corretivas e
preventivas, comumente necessárias durante o projeto onde há
a necessidade de revisão e ajustes de suas atividades, a fim de
controlar as mudanças do mesmo e encerrá-lo atendendo às
expectativas e requisições do cliente.
Mudanças e Controle
Já as mudanças são inevitáveis durante a vida do projeto, além
do que, todos os projetos necessitam de uma abordagem
sistemática para identificar, avaliar e controlar os problemas
que poderão resultar em mudanças. Entenda-se por problemas,
qualquer evento relevante que pode vir a ocorrer, não
programado e que requer ações dos gestores. Portanto, em um
projeto, precauções precisam ser tomadas quando se trata de
mudanças, com o intuito de avaliar e garantir que todas as
questões que podem afetar suas linhas de base estão sendo
controladas. O controle das mudanças no projeto, o
gerenciamento das mudanças e configurações são definidas no
processo “Iniciando o projeto” e revisadas, com atualizações,
sempre que necessárias, ao fim de cada estágio.
Tabela I – Integração x Mudança e Controle
Área de conhecimento Diferenças Similaridades
PMBoK Integração
Está definido em todos os
grupos de processos
PRINCE2 Mudança e Controle
Definido apenas no grupo
"Iniciando o Projeto"
Controlar o andamento do
projeto com intuito de que
o mesmo obtenha sucesso
Escopo, Tempo e Custos x Planos, Business Case e
Progresso.
Escopo
O escopo do projeto de acordo com o PMBoK, assegura que o
projeto inclui todo trabalho necessário, e apenas o necessário,
para atingir seu objetivo com sucesso. Está totalmente
relacionado com a definição de controle do que está e do que
não está incluído no projeto.
Estão incluídos nesse gerenciamento a coleta de requisitos,
que tem como objetivo documentar a necessidade das partes
interessadas em alcançar o objetivo do projeto, a definição do
escopo propriamente dita, que nada mais é que uma descrição
detalhada do projeto ou produto, a criação de EAP (Estrutura
Analítica do Projeto), que é um processo de subdivisão das
entregar e do trabalho do projeto além de verificação e
controle do escopo que formaliza a aceitação das entregas
terminadas do projeto.
Tempo
O tempo inclui os processos necessários para gerenciar o
término pontual do projeto. Faz definição de atividades que
identificam ações específicas a serem realizadas, sequenciar as
atividades que identifica e documenta relacionamentos entre
as atividades do projeto, estimar os recursos e durações,
desenvolver cronograma com intuito de analisar a sequência
das atividades e controla-lo com intuito de monitorar o
andamento do projeto.
Custos
Busca definir e gerenciar os processos necessários para
assegurar que o projeto termine dentro do orçamento aprovado
e previsto. Para facilitar o gerenciamento, existem alguns
processos chave como, por exemplo: Estimativa de custos,
orçamentação, e controle de custos.
Planos
Como base em qualquer projeto, os planos são de extrema
importância. São extremamente detalhados quando se diz
respeito à como, quando e por quem metas serão atingidas.
Tais metas sendo produtos do projeto como prazos, custos e
benefícios alcançados.
O PRINCE2 recomenda três níveis de planos para atender o
gerenciamento. Esses planos estão apresentados na Figura 3.
Figura 3 – Planos de atendimento ao gerenciamento [2]
Business case
Tem como objetivo apresentar justificativas para realizar e/ou
dar continuidade a um projeto. O tema também analisa
possíveis impactos que o projeto sofrerá se verificado a
necessidade de mudanças ou caso enfrente algum risco.
O tema ainda objetiva obter informações corretas para que
decisões possam ser tomadas, avaliar custo benefício do
projeto, além de confirmar se objetivos foram alcançados
buscando medidas confiáveis para comprovar tais benefícios.
Progresso
Visa a medir o progresso real do projeto se comparado às
metas definidas no início deste. Toda medição é possível
graças à delegação hierárquica de responsabilidades dentro do
projeto.
Tabela II - Escopo, Tempo e Custos x Planos, Business Case e
Progresso
Área de conhecimento Diferenças Similaridades
PMBoK Escopo, Tempo e Custos
Preocupa-se basicamente
com construir a Estrutura
analítica do projeto
(EAP) aplicando a
medida tempo a ela com o
objetivo de reduzir custos
PRINCE2 Planos, Business Case e Progresso
Visa o custo benefício do
projeto analisando o que
foi planejado e através
disso, avalia seu
progresso.
Controlar o andamento do
projeto com intuito de que
o mesmo obtenha sucesso
Qualidade x Qualidade
Qualidade
O PMBoK sugere a dedicação de um tempo extenso no
controle da qualidade utilizando diversas ferramentas e
técnicas para realizá-la, onde as mesmas são voltadas em
grande parte para um ambiente de produto físico. Praticamente
todas as entregas internas do projeto (aquelas necessárias para
gerenciar o projeto em si) e muitos resultados intermediários e
centrados no cliente, no entanto, são relatórios, especificações,
gráficos, entre outros.
Qualidade
O PRINCE2 utiliza de uma excelente técnica para realizar o
controle de qualidade de tais produtos – A revisão da
qualidade. Onde a mesma estabelece as etapas e os recursos
necessários para avaliar a conformidade dos resultados
apresentados, utilizando a descrição de produtos como base
para tal avaliação. Técnicas como esta para fornecer
orientações sobre o manuseio dessa situação desafiadora de
qualidade, são difíceis de encontrar. Esta técnica pode ser
aplicada como um todo e utilizada em qualquer ambiente de
projeto (uma capacidade compartilhada por outros aspectos do
PRINCE2).
Tabela III – Qualidade x Qualidade
Área de conhecimento Diferenças Similaridades
PMBoK Qualidade
Utiliza de diversas ferramentas e técnicas,
dedicando assim extenso tempo para
realização do controle de qualidade. As
mesmas são voltadas em grande parte para
ambientes de produto físico.
PRINCE2 Qualidade
Utiliza de uma técnica principal para
controle de qualidade: A revisão da
qualidade. Esta técnica pode ser aplicada
em qualquer ambiente de projeto.
Tanto o guia PMBoK
quanto a metodologia
PRINCE2 utilizam de
técnicas para realização do
controle de qualidade para
obtenção de um projeto
satisfatório e de sucesso.
Risco x Risco
Risco
Assim como no PMBoK, para a metodologia Prince2, o
gerenciamento de risco é uma parte essencial do
gerenciamento de projeto, tendo em vista que um trabalho
projetizado é inerentemente menos previsível que um trabalho
repetitivo. Para conter os riscos durante o projeto, eles devem
ser gerenciados de uma maneira disciplinada.
PMBoK e o Prince2 abordam o gerenciamento de riscos de
forma bem semelhante. Ambos acreditam que gestão de risco
é uma aplicação sistemática de procedimentos com o objetivo
de identificar e avaliar os riscos e, em seguida, planejar e
implementar respostas a estes riscos para as ameaças e
oportunidades identificadas. Porém o PMBoK divide os
mesmos em subprocessos, sendo estes: identificação dos
riscos, análise qualitativa de riscos, análise quantitativa de
riscos , planejamento de respostas a riscos e monitoramento e
controle de riscos, diferenciando-se assim do Prince2 que
aborda os mesmos assuntos de forma objetiva e direta dentro
de um único processo, sendo este, gestão de riscos.
Riscos
O PRINCE2 defende que é necessária a comunicação dos
riscos, com o objetivo de assegurar que as informações
relatadas dos riscos e das oportunidades enfrentadas pelo
projeto serão passadas adiante para seus gestores e partes
interessadas, detalhando assim separadamente cada qual e suas
responsabilidades, diferente do guia PMBoK que não entra em
profundos detalhes sobre os mesmos.
Ao estudar o guia PMBoK e a metodologia Prince2 a principal
diferença que pode ser notada entre os mesmos é que o
PMBoK abrange todos os assuntos de forma extensa e igual,
enquanto o PRINCE2 dentre todos os processos demonstra
que o processo de risco é o mais importante dentro de um
projeto decorrente dos impactos que o mesmo pode causar no
projeto.
Tabela IV – Risco x Risco 
Área de conhecimento Diferenças Similaridades
PMBoK Risco
Divide gestão de riscos em 5 subprocessos de
forma extensa. Trata este processo como todos
os outros encontrados no guia.
PRINCE2 Risco
Aborda o assunto objetivamente dentro de um
único processo. Demonstra que o processo de
risco é o mais importante dentro de um projeto.
Julgam a área de conhecimento uma
parte essencial do gerenciamento de
projetos. Ambos possuem o objetivo de
identificar e avaliar os riscos e, em
seguida, planejar e implementar
respostas a estes riscos para as ameaças
e oportunidades identificadas.
Comunicações x Mudanças
Comunicações
O gerenciamento das comunicações do projeto contido no guia
PMBOK inclui os processos necessários para assegurar que as
informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas,
armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna
e apropriadas. Os processos incluem os seguintes itens:
identificar as partes interessadas, Planejar as comunicações,
distribuir as informações, gerenciar as expectativas das partes
interessadas, reportar o desempenho.
Dentro de cada item o guia oferece as ferramentas e técnicas a
serem utilizadas para que haja comunicação eficiente entre
todas as partes interessadas durante todo o ciclo de vida do
projeto. Quando se refere à comunicação, quer dizer que todas
as informações do projeto estão sendo passadas para os
devidos responsáveis e interessados, sejam informações de
mudanças ou não.
Mudanças
Em contrapartida, o Prince2 destina tempo específico para
relatar, explicar e demonstrar sobre como deve ser feita a
comunicação das mudanças do projeto. O objetivo com essa
técnica é controlar as mudanças, verificando e validando seu
impacto.
O fato de o Prince2 ter uma área específica para
gerenciamento de mudanças ajuda no sucesso do projeto, pois
como há de perceber, durante a execução de um projeto é
quase evidente de que mudanças sempre ocorrerão e que, a
comunicação das mesmas é muito importante para a realização
eficaz do projeto, pois desta forma diminui a probabilidade de
falhas, tempo e custo, chegando assim ao ponto importante e
primordial de um projeto que é a obtenção de satisfação do
cliente. Porém, a comunicação de um projeto não é importante
apenas quando há mudanças sobre o mesmo, portanto quando
o fator é a comunicação geral de um projeto, o guia PMBOK
possui maiores vantagens e eficiência.
Tabela V – Comunicações x Mudanças
Área de conhecimento Diferenças Similaridades
PMBoK Comunicações
Este processo é focado na comunicação
geral do projeto, ou seja, que qualquer tipo
de informação seja passada para as partes
interessadas. Utiliza de ferramentas,
recursos e divide esta área em 5 itens para
melhor estudo e esclarecimento.
PRINCE2 Mudanças
Foca especificamente na comunicação das
mudanças durante todo o ciclo de vida do
projeto.
Ambas as áreas destinam
processo para
comunicação do projeto,
Porém, cada qual de sua
maneira.
Recursos Humanos x Organização
Diferente do PMBOK, o Prince2 não possui a área de
conhecimento de Recursos humanos. Porém, há a área de
organização que abrange o assunto de forma semelhante e
limitada fazendo com que seja possível a comparação entre
ambos.
Para todo projeto faz-se necessário orientação, gestão, controle
e comunicação que só será possível fazendo-se uso de uma
estrutura organizacional bem definida e eficaz. Essa estrutura
é baseada em um cliente e, ou, fornecedor.
Recursos Humanos
Para isso o guia PMBOK, divide em processos o
gerenciamento de recursos humanos, onde estes são
necessários para proporcionar a melhor utilização das pessoas
envolvidas no projeto por meio da organização e
gerenciamento da equipe. Os principais processos que
proporcionam o gerenciamento são: Planejamento de recursos
humanos, contratar ou mobilizar a equipe do projeto,
Desenvolver a equipe do projeto e gerenciar a equipe do
projeto. Os mesmos abordam sobre a importância de
documentos, recursos, ferramentas e técnicas a serem
utilizadas em cada parte dos processos com o intuito principal
de melhorar as competências e a interação de membros da
equipe aprimorando o desempenho das pessoas e do projeto
andando em paralelo com o acompanhamento de tal
desempenho para que seja possível coordenar as mudanças
que puderem vir a serem feitas.
Organização
Em contrapartida, a estrutura de gerenciamento do Prince2
tem o intuito de definir de forma objetiva as
responsabilidades, os limites de autoridade, as habilidades, os
conhecimentos, experiências e o relacionamento de todas as
funções dos gerenciadores e responsáveis pelo projeto. Um
dos princípios fundamentais da estrutura organizacional é que
deve ser constituída em quatro níveis, sendo eles: Corporativa
ou Gestor do Programa, Direção do projeto, gerente e
membros da equipe. Onde dentro de cada nível há uma
explicação sobre os responsáveis e seus objetivos. As
responsabilidades concernentes às atividades organizacionais
são distribuídas pelo seu time de gestão.
Tabela VI – Recursos Humanos x Organização
Área de conhecimento Diferenças Similaridades
PMBoK Recursos Humanos
Divide em 4 processos o gerenciamento de
recursos humanos para proporcionar melhor
utilização das pessoas envolvidas no
projeto e melhor organização e
gerenciamento da equipe.
PRINCE2 Organização
Divide em 4 níveis a estrutura
organizacional. Define de forma objetiva as
responsabilidades e afins de todos os
gerenciadores e responsáveis pelo projeto.
Ambos possuem estrutura
organizacional. Porém,
cada qual da sua maneira.
Aquisições
A metodologia Prince2 não possui e não há nenhuma outra
área de conhecimento que possa ser comparada com a área de
Gerenciamento das aquisições do projeto do guia PMboK.
Portanto, com o intuito de se finalizar o estudo de cada área
especificamente, será dado uma explicação sobre o área citada
acima do guia PMBoK.
O Gerenciamento de aquisições, segundo o PMBoK, descreve
os processos envolvidos na compra ou aquisição de produtos,
serviços ou resultados para o projeto. Onde o mesmo inclui:
Planejar, conduzir, administrar e encerrar aquisições.
Planejar as aquisições: este processo tem como objetivo de
identificar fornecedores e determinar o que comprar ou
adquirir, quando e como realizar esta aquisição. Para isso, é
feito o uso de documento e recursos necessários para a
realização de tal planejamento, além das ferramentas que serão
utilizadas para obtenção do resultado esperado.
Realizar as aquisições: Este é o processo necessário para obter
informações, cotações, licitações, ofertas ou propostas dos
fornecedores. Para a realização deste processo, também se
utiliza documentos e recursos necessários.
Administrar as aquisições: É o processo onde é feito o
monitoramento do desempenho do contrato e realização de
mudanças e correções conforme necessário. Gerencia o
contrato e a relação entre o comprador e fornecedor. Não
diferente dos processos anterior, o mesmo também possui seus
documento, recursos e ferramentas.
Encerrar aquisições: Processo onde se finaliza todas as
aquisições do projeto, cada contrato e a resolução de quaisquer
itens em aberto. Todos os processos interagem entre sim e
com os processos das outras áreas de conhecimento. Utilizam
de ferramentas, recursos e documentos para finalização das
aquisições.
Diante de tal explicação é evidente a importância de tal área
para a realização total de um projeto, dado que em todo
projeto é necessário a aquisição de serviços e produtos.
Portanto, neste ponto o guia PMBoK possui maior vantagem
perante a metodologia Prince2.
IV. CONCLUSÕES
O PMBOK apresenta uma linguagem mais clara e de fácil
acesso. Além disso, está organizado de forma mais didática,
facilitando a compreensão e sua aplicação. É mais abrangente
na abordagem sobre como realizar uma gestão de projetos,
apresentando, de uma maneira mais ampla, diretrizes e
conhecimentos a serem aplicados para o gerenciamento de
projetos de uma forma global. O PMBOK requer para sua
implantação de conhecimentos prévios sobre ferramentas e
técnicas, associadas à gestão de projetos, que não estão
explícitas no conteúdo do método e dependerão do
conhecimento do profissional ou usuário. Esse detalhe foi
completamente visível após as extensas leituras. Ler o
PMBoK não garantirá a ninguém o sucesso na gestão de um
projeto.
Apesar de determinadas dificuldades relativas ao pleno
entendimento do PRINCE2, exigindo dos usuários, muitas
vezes, uma bagagem de conhecimentos e experiência mais
significativa do que a do PMBOK, o PRINCE2 apresenta
outras vantagens quando aborda a gestão de riscos, para a
entrega dos produtos previstos, por meio de uma visão prática,
apresentando inclusive ferramentas e técnicas úteis, bem como
sugestões de aplicação e experiências de outros usuários.
O ponto mais incomum entre as duas metodologias é o fato de
ambas poderem ser aplicadas a qualquer tipo de projeto
independente do seu nível de detalhes. Evidentemente, por
possuir uma maior gama de processos e áreas de
conhecimento, é mais difícil utilizar o PMBoK em um projeto
mais simples.
Contudo, com os pontos expostos nesse artigo, pode-se
concluir que existe uma grande compatibilidade entre as
metodologias. Apesar de serem frequentemente interpretadas
como sendo metodologias de gerenciamento de projetos
concorrentes, nota-se, porém, que estas apresentam, por vezes,
fundamentos, técnicas, processos e práticas que se integram,
proporcionando, um em relação ao outro, conteúdos
complementares úteis e necessários para se realizar uma
adequada gestão de projetos.
REFERÊNCIAS
[1] PMI, A Guide to the Project Management Body of
Knowledge (PMBOK GUIDE), 4ed, 2008.
[2] Prince2.com, What is Prince2. Disponível em:
<http://www.prince2.com/what-isprince2.asp>. Acesso em: 20
ago. 2012

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  • 1. PMBok x PRINCE2 Flávia David de Oliveira Gomes Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel flavia@cp2ejr.com.br Víctor Hugo Rodrigues de Barros Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel victor.hugo@cp2ejr.com.br Prof. Msc. Guilherme A. Barucke Marcondes Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel guilherme@inatel.br Resumo - Com o grande aumento da competição de mercado, o gerenciamento de projetos vem recebendo maior destaque entre as empresas. Minuciosas revisões da estratégia empresarial vêm acontecendo devido às necessidades impostas pelo mercado. Com o intuito de atender a essas demandas e também à estratégia das empresas, a gestão de projetos vem sendo aperfeiçoada, para que os objetivos de um projeto sejam alcançados. Para isso, o melhor gerenciamento dos riscos, do tempo e dos recursos disponíveis (de pessoal, orçamentário e físico), é essencial para se atingir a qualidade e o produto desejado, havendo assim várias metodologias que podem ser utilizadas no desenvolvimento de um projeto. Abstract - With the great increase of market competition, the project management has received greater prominence among companies. Thorough reviews of business strategy are happening due to the needs imposed by the market. In strategy, project management has been improved, so that the objectives of the project are achieved. For this, the best risk management, time and available resources (staff, budget and physical), is essential to achieve the desired product quality and with so many methodologies that can be used in developing a project. Palavras Chave - PMbok, Prince2, Gerenciamento de Projetos, Estratégia Empresarial, Mercado. Keywords - PMBOK, Prince2, Project Management, Business Strategy, Marketing. I. INTRODUÇÃO Atualmente, mudanças em diversos aspectos da vida humana (culturais, tecnológicos, políticos, econômicos, sociais) estão ocorrendo em velocidade cada vez maior. De uma maneira geral, é comum associarmos as mudanças significativas ao resultado de projetos. Como consequência, gerenciar projetos de forma eficiente nessa era de grandes mudanças é um dos grandes desafios do engenheiro dos tempos modernos. Superar esse desafio é estar preparado para gerenciar projetos de forma planejada e profissional. Nesse contexto, estudar e comparar metodologias existentes em gerenciamento de projetos e verificar qual dentre estas é a mais eficiente pode ajudar as organizações na produtividade e qualidade dos produtos, aumentando a sua participação no mercado. Portanto, neste trabalho será feita a comparação entre o guia PMBoK e a metodologia para gerenciamento de projetos PRINCE2. Como se pode notar, diferentemente do que pensam a maioria dos gerentes de projeto, o PMBoK não é uma metodologia e sim um conjunto de conhecimento em gerenciamento de projetos baseado em experiências e promovido pelo PMI (Project Management Institute). O PRINCE2, ao contrário do PMBoK, é uma metodologia de gerenciamento de projetos que tem critérios para sua adaptação conforme o tipo de complexidade, servindo assim para qualquer tipo de projeto. Porém, o Prince2 também pode auxiliar projetos baseados no guia PMBoK. O objetivo deste trabalho é verificar como se obter resultados mais satisfatórios nos projetos que seguem tais guia e metodologia citadas anteriormente e entender como funciona um gerenciamento de projetos que faz uso dos mesmos. Ao final de tal estudo, pode-se notar que ambos, tanto o guia PMBoK quanto a metodologia PRINCE2, podem caminhar separados ou em paralelo para obtenção de um projeto qualificado e satisfatório.
  • 2. II. PROJECT MAGAGEMENT BODY OF KNOWLEDGE (PMBoK) O PMbok é um guia que possui um conjunto de boas práticas aplicáveis amplamente à maioria dos projetos. Originado nos Estados Unidos, foi elaborado pelo PMI (Project Management Institute) e define gerenciamento de projetos como sendo uma aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas as atividades do projeto a fim de atender seus requisitos. Possui 44 processos divididos em nove áreas de conhecimento, elencadas a seguir. [1] 1. Gerenciamento da Integração do Projeto - Inclui os processos e as atividades necessárias para identificar, definir, combinar, unificar e coordenar os vários processos e atividades dos grupos de processos de gerenciamento. 2. Gerenciamento do Escopo - Descreve os processos envolvidos na verificação de que o projeto inclui todo o trabalho necessário para que seja concluído com sucesso. 3. Gerenciamento do Tempo - Descreve os processos necessários para assegurar a conclusão do projeto no prazo devido. 4. Gerenciamento dos Custos - Descreve os processos envolvidos no planejamento, estimativa, orçamento e controle dos custos de modo que o projeto termine dentro do orçamento estimado. 5. Gerenciamento de Qualidade - descreve os processos necessários para assegurar que todas as necessidades que originaram o desenvolvimento do projeto serão atendidas. 6. Gerenciamento dos Recursos Humanos - Descreve os processos que organizam e gerenciam a equipe proporcionando o uso mais efetivo das pessoas envolvidas no projeto. 7. Gerenciamento das Comunicações - Descrevem os processos relativos à geração, coleta, disseminação, armazenamento e destinação final das informações do projeto de forma oportuna e adequada. 8. Gerenciamento dos Riscos do Projeto - Descreve o processo sistemático de identificação, análise e resposta aos riscos do projeto. 9. Gerenciamento das Aquisições do Projeto - Descreve os processos necessários para a aquisição de produtos, serviços ou resultados, além dos processos de gerenciamento de contratos. Em paralelo as áreas de conhecimento, há um grupo de processos que tem como objetivo manter a conexão com outros processos facilitando a coordenação do projeto ou produto. Por exemplo, uma mudança no escopo costuma afetar o custo do projeto, mas talvez não afete o plano de comunicações ou a qualidade do produto. Com frequência, essas interações entre processos requerem compensações entre os requisitos e os objetivos do projeto, e as compensações de desempenho especificas vão variar de um projeto para outro e de uma organização para outra. O gerenciamento de projetos bem-sucedido inclui gerenciar ativamente essas interações para cumprir os requisitos do patrocinador, do cliente e de outras partes interessadas. Os processos de gerenciamento de projetos são agrupados em cinco categorias, conhecidas como grupos de processos de gerenciamento de projetos (ou grupos de processos): 1. Grupo de processos de iniciação - São os processos realizados para definir um novo projeto ou uma nova fase de um projeto existente através da obtenção de autorização para iniciar o projeto ou a fase. 2. Grupo de processos de planejamento - Os processos realizados para definir o escopo do projeto, refinar os objetivos e desenvolver o curso de ação necessário para alcançar os objetivos para os quais o projeto foi criado. 3. Grupo de processos de execução - Realizados para executar o trabalho definido no plano de gerenciamento do projeto para satisfazer as especificações do mesmo. 4. Grupo de processos de monitoramento e controle – São necessários para acompanhar, revisar e regular o progresso e o desempenho do projeto, identificar todas as áreas nas quais serão necessárias mudanças no plano e iniciar as mudanças correspondentes; 5. Grupo de processos de encerramento - Os processos executados para finalizar todas as atividades de todos os grupos de processos, visando encerrar formalmente o projeto ou a fase. A figura a seguir detalha a relação entre áreas e processos de conhecimento. Figura 1 – Áreas de conhecimento x Processos III. PRINCE2
  • 3. O PRINCE2 é considerado uma metodologia para a gestão de projetos e foi elaborado na Inglaterra para assegurar maior confiabilidade aos projetos, de qualquer natureza, desenvolvidos. Criado em 1989, define gerenciamento de projetos como planejamento, delegação, acompanhamento e controle de todos os aspectos do projeto e da motivação das pessoas envolvidas, a fim de atingir objetivos de desempenho esperado para o tempo, custo, qualidade, escopo, riscos e benefícios [2]. O PRINCE2 apoia-se em duas bases para seu funcionamento e aplicação. A primeira, conhecida como “temas” ou “componentes”, tem como objetivo básico guiar os processos usados pela metodologia. Já a segunda, conhecida como “processos”, define quais atividades serão utilizadas em cada fase do projeto. Os temas são abordados da maneira como descrita a seguir. 1. Business Case - Estabelece os mecanismos que avalia se o projeto é, e continua sendo, desejável, viável e realizável pela organização com o propósito de apoiar as decisões de investimento nas suas atividades. 2. Organização - Desenvolve uma estrutura organizacional para o projeto, definindo responsabilidades e o relacionamento entre as diversas equipes do projeto. 3. Qualidade - Define e implanta os meios pelos quais o projeto irá criar e verificar os produtos certificando que os mesmos estão de acordo com a proposta inicial. 4. Plano - Objetiva definir meios que facilitarão a comunicação e o controle. Define o produto a ser realizado, as atividades pertinentes e quando elas serão realizadas, os recursos, o tempo e as pessoas necessárias, a sinergia necessária entre as atividades e os pontos a serem monitorados e controlados. 5. Risco - Controla e contém os riscos que podem influenciar e ter fortes impactos, positivos ou não, no projeto. Os riscos, de acordo com a metodologia, são os principais fatores a serem considerados e controlados durante o gerenciamento do projeto. 6. Mudança - Visa a analisar e avaliar os impactos causados pelas mudanças que ocorrem durante a execução do projeto. 7. Progresso - Estipula uma série de controles que apoiam a verificação do progresso do projeto, visando a prever quaisquer alterações que venham a ocorrer e controlando os desvios considerados inaceitáveis pelo projeto. Além disso, o Prince2 fornece um conjunto de atividades para dirigir, gerenciar e entregar um projeto. 1. Starting up a Project – tem como objetivo prevenir e evitar que projetos mal concebidos sejam iniciados e também de garantir o início de projetos que trarão bom retorno a seu investidor. 2. Dirigindo o Projeto – Delega responsabilidade ao Project Board pelo sucesso do projeto. Atividades como autorizar o início do projeto, autorizar o projeto, autorizar o plano de estágio e execução e autorizar o fechamento do projeto estão vinculadas a esse processo. 3. Iniciando o Projeto – Seu intuito é estabelecer boa estrutura ao projeto, possibilitando uma boa compreensão do trabalho que necessita ser realizado para sua entrega. Atividades vinculadas: preparar estratégia de gestão da qualidade, preparar a estratégia de gerenciamento de comunicação, configurar o controle de projetos e criar o plano de projeto. 4. Controlando Estágios – Tem como principal papel a distribuição e divisão do trabalho, monitoramento do projeto, além de tomar ações corretivas quando necessário. Dessa forma, riscos e problemas podem ser mantidos sob controle. As principais atividades vinculadas são: autorizar um pacote de trabalho, rever o estado desses pacotes periodicamente, receber pacotes concluídos e fazer relatórios de desempenho. 5. Gerenciamento da Entrega do Produto – Processo utilizado com o intuito de controlar a ligação entre gerente do projeto e gestão da equipe a fim de entregar o trabalho do projeto. 6. Gestão do Limite de Estágios – Processo que garante o sucesso do atual estágio do projeto através da interação do gerente com o Project Board. 7. Fechamento do Projeto – Tal processo é capaz de reconhecer que os objetivos traçados no início do projeto foram alcançados, além de fornecer um ponto fixo onde a aceitação do projeto será confirmada. Atividades do processo: avaliar o projeto, entregar o produto e preparar um possível encerramento prematuro. IV. PMBOK x PRINCE2
  • 4. É evidente a importância de ambos os métodos para o ambiente gerencial de projetos. Cada um deles possui visões diferentes sobre um projeto e como gerenciá-lo a curto, médio ou longo prazo. Enquanto o PMBoK é largamente reconhecido nos EUA, o PRINCE2 é bastante aceito no Reino Unido e na Europa. O Prince2 é estruturado sobre sete componentes, que usados de forma consciente, permite reduzir largamente os riscos de um projeto. Por outro lado, o PMBOK, utiliza nove áreas que permitem um enfoque mais global sobre o projeto. Outro bom ponto de comparação é a questão didática. O PMBOK preocupa-se em manter uma boa didática a seus leitores mesmo que de forma teórica enquanto o PRINCE2 é mais direto e menos compreensível. O objetivo das comparações é apontar diversas maneiras de se gerir um projeto, como aplicar da melhor maneira as metodologias e evidentemente apresentar pontos fortes e fracos de cada uma delas. Como comparar processo a processo não é o ideal, optou-se por comparar áreas de conhecimento. Com o intuito de facilitar a compreensão, uma ordem será adotada. Primeiro será apresentada uma área do PMBoK e posteriormente a equivalente do PRINCE2. Integração x Mudanças e Controle Integração O gerenciamento de integração é composto por seis processos que são apresentados na Figura 2. Figura 2 – Processos vinculados ao Gerenciamento de Integração [1] Ele contém processos importantes e essenciais para a gestão do projeto. Os processos incluem elaboração de documentos como o termo de abertura do projeto, onde o seu início e execução são autorizados para que assim haja o desenvolvimento do plano de gerenciamento, que é de grande importância para o sucesso do projeto. A posteriori, há o acompanhamento da realização do trabalho definido no plano de gerenciamento, que pode gerar ações corretivas e preventivas, comumente necessárias durante o projeto onde há a necessidade de revisão e ajustes de suas atividades, a fim de controlar as mudanças do mesmo e encerrá-lo atendendo às expectativas e requisições do cliente. Mudanças e Controle Já as mudanças são inevitáveis durante a vida do projeto, além do que, todos os projetos necessitam de uma abordagem sistemática para identificar, avaliar e controlar os problemas que poderão resultar em mudanças. Entenda-se por problemas, qualquer evento relevante que pode vir a ocorrer, não programado e que requer ações dos gestores. Portanto, em um projeto, precauções precisam ser tomadas quando se trata de mudanças, com o intuito de avaliar e garantir que todas as questões que podem afetar suas linhas de base estão sendo controladas. O controle das mudanças no projeto, o gerenciamento das mudanças e configurações são definidas no processo “Iniciando o projeto” e revisadas, com atualizações, sempre que necessárias, ao fim de cada estágio. Tabela I – Integração x Mudança e Controle Área de conhecimento Diferenças Similaridades PMBoK Integração Está definido em todos os grupos de processos PRINCE2 Mudança e Controle Definido apenas no grupo "Iniciando o Projeto" Controlar o andamento do projeto com intuito de que o mesmo obtenha sucesso Escopo, Tempo e Custos x Planos, Business Case e Progresso. Escopo O escopo do projeto de acordo com o PMBoK, assegura que o projeto inclui todo trabalho necessário, e apenas o necessário, para atingir seu objetivo com sucesso. Está totalmente relacionado com a definição de controle do que está e do que não está incluído no projeto. Estão incluídos nesse gerenciamento a coleta de requisitos, que tem como objetivo documentar a necessidade das partes interessadas em alcançar o objetivo do projeto, a definição do escopo propriamente dita, que nada mais é que uma descrição detalhada do projeto ou produto, a criação de EAP (Estrutura Analítica do Projeto), que é um processo de subdivisão das entregar e do trabalho do projeto além de verificação e controle do escopo que formaliza a aceitação das entregas terminadas do projeto. Tempo O tempo inclui os processos necessários para gerenciar o término pontual do projeto. Faz definição de atividades que identificam ações específicas a serem realizadas, sequenciar as atividades que identifica e documenta relacionamentos entre as atividades do projeto, estimar os recursos e durações, desenvolver cronograma com intuito de analisar a sequência das atividades e controla-lo com intuito de monitorar o andamento do projeto.
  • 5. Custos Busca definir e gerenciar os processos necessários para assegurar que o projeto termine dentro do orçamento aprovado e previsto. Para facilitar o gerenciamento, existem alguns processos chave como, por exemplo: Estimativa de custos, orçamentação, e controle de custos. Planos Como base em qualquer projeto, os planos são de extrema importância. São extremamente detalhados quando se diz respeito à como, quando e por quem metas serão atingidas. Tais metas sendo produtos do projeto como prazos, custos e benefícios alcançados. O PRINCE2 recomenda três níveis de planos para atender o gerenciamento. Esses planos estão apresentados na Figura 3. Figura 3 – Planos de atendimento ao gerenciamento [2] Business case Tem como objetivo apresentar justificativas para realizar e/ou dar continuidade a um projeto. O tema também analisa possíveis impactos que o projeto sofrerá se verificado a necessidade de mudanças ou caso enfrente algum risco. O tema ainda objetiva obter informações corretas para que decisões possam ser tomadas, avaliar custo benefício do projeto, além de confirmar se objetivos foram alcançados buscando medidas confiáveis para comprovar tais benefícios. Progresso Visa a medir o progresso real do projeto se comparado às metas definidas no início deste. Toda medição é possível graças à delegação hierárquica de responsabilidades dentro do projeto. Tabela II - Escopo, Tempo e Custos x Planos, Business Case e Progresso Área de conhecimento Diferenças Similaridades PMBoK Escopo, Tempo e Custos Preocupa-se basicamente com construir a Estrutura analítica do projeto (EAP) aplicando a medida tempo a ela com o objetivo de reduzir custos PRINCE2 Planos, Business Case e Progresso Visa o custo benefício do projeto analisando o que foi planejado e através disso, avalia seu progresso. Controlar o andamento do projeto com intuito de que o mesmo obtenha sucesso Qualidade x Qualidade Qualidade O PMBoK sugere a dedicação de um tempo extenso no controle da qualidade utilizando diversas ferramentas e técnicas para realizá-la, onde as mesmas são voltadas em grande parte para um ambiente de produto físico. Praticamente todas as entregas internas do projeto (aquelas necessárias para gerenciar o projeto em si) e muitos resultados intermediários e centrados no cliente, no entanto, são relatórios, especificações, gráficos, entre outros. Qualidade O PRINCE2 utiliza de uma excelente técnica para realizar o controle de qualidade de tais produtos – A revisão da qualidade. Onde a mesma estabelece as etapas e os recursos necessários para avaliar a conformidade dos resultados apresentados, utilizando a descrição de produtos como base para tal avaliação. Técnicas como esta para fornecer orientações sobre o manuseio dessa situação desafiadora de qualidade, são difíceis de encontrar. Esta técnica pode ser aplicada como um todo e utilizada em qualquer ambiente de projeto (uma capacidade compartilhada por outros aspectos do PRINCE2). Tabela III – Qualidade x Qualidade Área de conhecimento Diferenças Similaridades PMBoK Qualidade Utiliza de diversas ferramentas e técnicas, dedicando assim extenso tempo para realização do controle de qualidade. As mesmas são voltadas em grande parte para ambientes de produto físico. PRINCE2 Qualidade Utiliza de uma técnica principal para controle de qualidade: A revisão da qualidade. Esta técnica pode ser aplicada em qualquer ambiente de projeto. Tanto o guia PMBoK quanto a metodologia PRINCE2 utilizam de técnicas para realização do controle de qualidade para obtenção de um projeto satisfatório e de sucesso. Risco x Risco Risco Assim como no PMBoK, para a metodologia Prince2, o gerenciamento de risco é uma parte essencial do gerenciamento de projeto, tendo em vista que um trabalho
  • 6. projetizado é inerentemente menos previsível que um trabalho repetitivo. Para conter os riscos durante o projeto, eles devem ser gerenciados de uma maneira disciplinada. PMBoK e o Prince2 abordam o gerenciamento de riscos de forma bem semelhante. Ambos acreditam que gestão de risco é uma aplicação sistemática de procedimentos com o objetivo de identificar e avaliar os riscos e, em seguida, planejar e implementar respostas a estes riscos para as ameaças e oportunidades identificadas. Porém o PMBoK divide os mesmos em subprocessos, sendo estes: identificação dos riscos, análise qualitativa de riscos, análise quantitativa de riscos , planejamento de respostas a riscos e monitoramento e controle de riscos, diferenciando-se assim do Prince2 que aborda os mesmos assuntos de forma objetiva e direta dentro de um único processo, sendo este, gestão de riscos. Riscos O PRINCE2 defende que é necessária a comunicação dos riscos, com o objetivo de assegurar que as informações relatadas dos riscos e das oportunidades enfrentadas pelo projeto serão passadas adiante para seus gestores e partes interessadas, detalhando assim separadamente cada qual e suas responsabilidades, diferente do guia PMBoK que não entra em profundos detalhes sobre os mesmos. Ao estudar o guia PMBoK e a metodologia Prince2 a principal diferença que pode ser notada entre os mesmos é que o PMBoK abrange todos os assuntos de forma extensa e igual, enquanto o PRINCE2 dentre todos os processos demonstra que o processo de risco é o mais importante dentro de um projeto decorrente dos impactos que o mesmo pode causar no projeto. Tabela IV – Risco x Risco  Área de conhecimento Diferenças Similaridades PMBoK Risco Divide gestão de riscos em 5 subprocessos de forma extensa. Trata este processo como todos os outros encontrados no guia. PRINCE2 Risco Aborda o assunto objetivamente dentro de um único processo. Demonstra que o processo de risco é o mais importante dentro de um projeto. Julgam a área de conhecimento uma parte essencial do gerenciamento de projetos. Ambos possuem o objetivo de identificar e avaliar os riscos e, em seguida, planejar e implementar respostas a estes riscos para as ameaças e oportunidades identificadas. Comunicações x Mudanças Comunicações O gerenciamento das comunicações do projeto contido no guia PMBOK inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriadas. Os processos incluem os seguintes itens: identificar as partes interessadas, Planejar as comunicações, distribuir as informações, gerenciar as expectativas das partes interessadas, reportar o desempenho. Dentro de cada item o guia oferece as ferramentas e técnicas a serem utilizadas para que haja comunicação eficiente entre todas as partes interessadas durante todo o ciclo de vida do projeto. Quando se refere à comunicação, quer dizer que todas as informações do projeto estão sendo passadas para os devidos responsáveis e interessados, sejam informações de mudanças ou não. Mudanças Em contrapartida, o Prince2 destina tempo específico para relatar, explicar e demonstrar sobre como deve ser feita a comunicação das mudanças do projeto. O objetivo com essa técnica é controlar as mudanças, verificando e validando seu impacto. O fato de o Prince2 ter uma área específica para gerenciamento de mudanças ajuda no sucesso do projeto, pois como há de perceber, durante a execução de um projeto é quase evidente de que mudanças sempre ocorrerão e que, a comunicação das mesmas é muito importante para a realização eficaz do projeto, pois desta forma diminui a probabilidade de falhas, tempo e custo, chegando assim ao ponto importante e primordial de um projeto que é a obtenção de satisfação do cliente. Porém, a comunicação de um projeto não é importante apenas quando há mudanças sobre o mesmo, portanto quando o fator é a comunicação geral de um projeto, o guia PMBOK possui maiores vantagens e eficiência. Tabela V – Comunicações x Mudanças Área de conhecimento Diferenças Similaridades PMBoK Comunicações Este processo é focado na comunicação geral do projeto, ou seja, que qualquer tipo de informação seja passada para as partes interessadas. Utiliza de ferramentas, recursos e divide esta área em 5 itens para melhor estudo e esclarecimento. PRINCE2 Mudanças Foca especificamente na comunicação das mudanças durante todo o ciclo de vida do projeto. Ambas as áreas destinam processo para comunicação do projeto, Porém, cada qual de sua maneira. Recursos Humanos x Organização Diferente do PMBOK, o Prince2 não possui a área de conhecimento de Recursos humanos. Porém, há a área de organização que abrange o assunto de forma semelhante e limitada fazendo com que seja possível a comparação entre ambos. Para todo projeto faz-se necessário orientação, gestão, controle e comunicação que só será possível fazendo-se uso de uma estrutura organizacional bem definida e eficaz. Essa estrutura é baseada em um cliente e, ou, fornecedor. Recursos Humanos
  • 7. Para isso o guia PMBOK, divide em processos o gerenciamento de recursos humanos, onde estes são necessários para proporcionar a melhor utilização das pessoas envolvidas no projeto por meio da organização e gerenciamento da equipe. Os principais processos que proporcionam o gerenciamento são: Planejamento de recursos humanos, contratar ou mobilizar a equipe do projeto, Desenvolver a equipe do projeto e gerenciar a equipe do projeto. Os mesmos abordam sobre a importância de documentos, recursos, ferramentas e técnicas a serem utilizadas em cada parte dos processos com o intuito principal de melhorar as competências e a interação de membros da equipe aprimorando o desempenho das pessoas e do projeto andando em paralelo com o acompanhamento de tal desempenho para que seja possível coordenar as mudanças que puderem vir a serem feitas. Organização Em contrapartida, a estrutura de gerenciamento do Prince2 tem o intuito de definir de forma objetiva as responsabilidades, os limites de autoridade, as habilidades, os conhecimentos, experiências e o relacionamento de todas as funções dos gerenciadores e responsáveis pelo projeto. Um dos princípios fundamentais da estrutura organizacional é que deve ser constituída em quatro níveis, sendo eles: Corporativa ou Gestor do Programa, Direção do projeto, gerente e membros da equipe. Onde dentro de cada nível há uma explicação sobre os responsáveis e seus objetivos. As responsabilidades concernentes às atividades organizacionais são distribuídas pelo seu time de gestão. Tabela VI – Recursos Humanos x Organização Área de conhecimento Diferenças Similaridades PMBoK Recursos Humanos Divide em 4 processos o gerenciamento de recursos humanos para proporcionar melhor utilização das pessoas envolvidas no projeto e melhor organização e gerenciamento da equipe. PRINCE2 Organização Divide em 4 níveis a estrutura organizacional. Define de forma objetiva as responsabilidades e afins de todos os gerenciadores e responsáveis pelo projeto. Ambos possuem estrutura organizacional. Porém, cada qual da sua maneira. Aquisições A metodologia Prince2 não possui e não há nenhuma outra área de conhecimento que possa ser comparada com a área de Gerenciamento das aquisições do projeto do guia PMboK. Portanto, com o intuito de se finalizar o estudo de cada área especificamente, será dado uma explicação sobre o área citada acima do guia PMBoK. O Gerenciamento de aquisições, segundo o PMBoK, descreve os processos envolvidos na compra ou aquisição de produtos, serviços ou resultados para o projeto. Onde o mesmo inclui: Planejar, conduzir, administrar e encerrar aquisições. Planejar as aquisições: este processo tem como objetivo de identificar fornecedores e determinar o que comprar ou adquirir, quando e como realizar esta aquisição. Para isso, é feito o uso de documento e recursos necessários para a realização de tal planejamento, além das ferramentas que serão utilizadas para obtenção do resultado esperado. Realizar as aquisições: Este é o processo necessário para obter informações, cotações, licitações, ofertas ou propostas dos fornecedores. Para a realização deste processo, também se utiliza documentos e recursos necessários. Administrar as aquisições: É o processo onde é feito o monitoramento do desempenho do contrato e realização de mudanças e correções conforme necessário. Gerencia o contrato e a relação entre o comprador e fornecedor. Não diferente dos processos anterior, o mesmo também possui seus documento, recursos e ferramentas. Encerrar aquisições: Processo onde se finaliza todas as aquisições do projeto, cada contrato e a resolução de quaisquer itens em aberto. Todos os processos interagem entre sim e com os processos das outras áreas de conhecimento. Utilizam de ferramentas, recursos e documentos para finalização das aquisições. Diante de tal explicação é evidente a importância de tal área para a realização total de um projeto, dado que em todo projeto é necessário a aquisição de serviços e produtos. Portanto, neste ponto o guia PMBoK possui maior vantagem perante a metodologia Prince2. IV. CONCLUSÕES O PMBOK apresenta uma linguagem mais clara e de fácil acesso. Além disso, está organizado de forma mais didática, facilitando a compreensão e sua aplicação. É mais abrangente na abordagem sobre como realizar uma gestão de projetos, apresentando, de uma maneira mais ampla, diretrizes e conhecimentos a serem aplicados para o gerenciamento de projetos de uma forma global. O PMBOK requer para sua implantação de conhecimentos prévios sobre ferramentas e técnicas, associadas à gestão de projetos, que não estão explícitas no conteúdo do método e dependerão do conhecimento do profissional ou usuário. Esse detalhe foi completamente visível após as extensas leituras. Ler o PMBoK não garantirá a ninguém o sucesso na gestão de um projeto. Apesar de determinadas dificuldades relativas ao pleno entendimento do PRINCE2, exigindo dos usuários, muitas vezes, uma bagagem de conhecimentos e experiência mais
  • 8. significativa do que a do PMBOK, o PRINCE2 apresenta outras vantagens quando aborda a gestão de riscos, para a entrega dos produtos previstos, por meio de uma visão prática, apresentando inclusive ferramentas e técnicas úteis, bem como sugestões de aplicação e experiências de outros usuários. O ponto mais incomum entre as duas metodologias é o fato de ambas poderem ser aplicadas a qualquer tipo de projeto independente do seu nível de detalhes. Evidentemente, por possuir uma maior gama de processos e áreas de conhecimento, é mais difícil utilizar o PMBoK em um projeto mais simples. Contudo, com os pontos expostos nesse artigo, pode-se concluir que existe uma grande compatibilidade entre as metodologias. Apesar de serem frequentemente interpretadas como sendo metodologias de gerenciamento de projetos concorrentes, nota-se, porém, que estas apresentam, por vezes, fundamentos, técnicas, processos e práticas que se integram, proporcionando, um em relação ao outro, conteúdos complementares úteis e necessários para se realizar uma adequada gestão de projetos. REFERÊNCIAS [1] PMI, A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK GUIDE), 4ed, 2008. [2] Prince2.com, What is Prince2. Disponível em: <http://www.prince2.com/what-isprince2.asp>. Acesso em: 20 ago. 2012