O ensino de História e Cultura Afro-brasileira a Distancia
Vilma Reis
1. Ao longo dos últimos 25 anos, venho
atuando no campo da sociedade civil
para garantir e ampliar direitos das
mulheres, jovens e da população
negra em geral. Na comunidade
negra, destaco a luta junto a
quilombolas e pescadores/as, a
defesa das comunidades LGBT e, por
tudo que sustenta nossa existência –
as religiões de matrizes africanas e
todos os demais grupos
historicamente em situação de
desvantagem.
2. “O Estado deve oferecer condições de
segurança, contendo as zonas de violação que
se proliferam sustentadas pela lógica da
impunidade”.
3. Participação na construção, implantação e
fortalecimento da Ouvidoria Geral da Defensoria
Pública do Estado da Bahia (DPE), desde 2008,
fazendo parte do seu 1º Conselho Consultivo
formado por membros da sociedade civil, que
garantiu a implantação do Grupo Operativo, que dá
sustentação as ações da Ouvidoria em 35 regiões
do Estado da Bahia.
4. Participação no
fortalecimento dos
programas de proteção, no
dialogo direto com um
conjunto de organizações
que formam suas
coordenações, sendo
nossa perspectiva que o
mais importante para
um/uma ativista de direitos
humanos é ter liberdade
para atuar nos diferentes
terrenos da sociedade, sem
temer por suas vidas.
5. Participação/discussão
acerca do fortalecimento
e efetividade da Lei
Maria da Penha (Lei
11.340/2006), passo
necessário para a
afirmação dos direitos
das mulheres,
reivindicados desde a
construção do 2º
Encontro Nacional de
Mulheres Negras (Bahia,
nov.1991).
6. Atuação na coordenação
do Fórum de Mulheres
de Salvador (1996 a
1999); como
coordenadora executiva
da 12º Encontro
Nacional Feminista, em
1997, divisor de águas
nas agendas das
mulheres e do feminismo
no Brasil;
Jornal A Tarde, 08.03.2007
8. Elaboração e execução de projetos históricos no
âmbito do CEAFRO – Programa de Educação
para a Igualdade Racial e de Gênero, do CEAO-
UFBA:
Projeto Ampliando Direitos e Horizontes, para o
enfrentamento do trabalho infantil doméstico e pela
garantia dos direitos das adolescentes trabalhadoras
domésticas (CEAFRO, Sindoméstico, UNICEF, OIT,
Terre des Hommes, Save The Children e FIG, de
2000 a 2006);
Projeto Encruzilhada de Direitos – pela garantia
dos direitos das Mulheres Negras, por uma vida sem
violência, projeto de formação em raça e gênero em
10 Territórios de Identidade do Estado da Bahia
(CEAFRO e SPM/PR, de 2008 a 2012)
9. Construção do II Plano
Estadual de Políticas
para as Mulheres do
Estado da Bahia
(CEAFRO-NEIM-GEM,
2008); Elaboração do
Documento de
Referencia do Eixo 09
do Plano Nacional de
Políticas para as
Mulheres “Pensar o
Brasil para as Mulheres
Negras” (SPM/PR -
Brasília, 2010).
10. Participação/discussão
acerca do avanço das
políticas públicas para
as comunidades
LGBT, desde a
construção nas rodas do
GLB(1995), à
construção dos
SENALES (Salvador,
Rio de Janeiro e Recife).
11. “No contexto do histórico 6º Senale, em Recife,
tivemos a responsabilidade de abrir e sustentar
uma importante discussão sobre direitos das
mulheres lésbicas e as relações raciais. A partir
daquele encontro, inúmeros coletivos surgiram
e se fortaleceram no Brasil com esta agenda.
No contexto da construção da agenda LGBT na
UNE, Bahia, iniciamos um caminho também
muito importante de visibilidade como agenda
de empoderamento e garantia de direitos”.
12. Discussão sobre o "auto de
resistência", afirmando a
garantia dos direitos e
cidadania da juventude
negra no Brasil, com
desenvolvimento de
pesquisa-ação desde 1996,
publicação de inúmeros
artigos, realização e
participação em
conferências, palestras e
outras atividades locais,
nacionais e internacionais,
estabelecendo o
monitoramento de violações
neste campo.
13. Monografia de Bacharelado em Ciências Sociais:
“Operação Beiru, falam as mães dos que
tombaram”, FFCH/UFBA, 2001;
Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais
“Atucaiados pelo Estado: As políticas de Segurança
Pública Implementadas nos Bairros Populares de
Salvador e as Representações dos Gestores sobre
Jovens-Homens-Negros, 1991- 2001”, FFCH/UFBA,
2005;
Tese de Doutorado em Estudos Étnicos e Africanos,
POSAFRO/UFBA, com o projeto “Mulheres Negras
– Criminalizadas pelas mídias, violadas pelo
Estado” – em andamento.
15. No âmbito do Conselho de Desenvolvimento
da Comunidade Negra (CDCN), desde 2007,
realizamos um importante trabalho de advocacy
em defesa da juventude negra, lutando contra a
criminalização destes sujeitos políticos e pela
restauração das vozes de suas mães, irmãs,
avós e outras mulheres que batalham pela
cidadania desde segmento humano.
16. Participação nas
discussões sobre a
proteção e defesa dos
direitos difusos e coletivos,
com destaque para as
demandas das
Comunidades Tradicionais,
mediante atuação direta
nos Movimentos de
Defesa das
Comunidades
Quilombolas, na Chapada
Diamantina, enquanto
atuava como professora da
UNEB, Campus 23, em
Seabra (2009 a 2012).
17. Pescadores protestam contra danos ambientais na
Ilha de Maré
http://www.cppnac.org.br/wp-content/uploads/2014/02/ilha-de-
mar%C3%A9-protesto.jpg
http://arquivo.geledes.org.br/images/stories/1nat/marcio-meirelles-
e-Vilma-Reis-no-quilombo.jpeg
18. Defesa dos Movimentos de Pescadoras/es e
outros Povos tradicionais no Recôncavo,
Baixo Sul, Sisal e na RMS (desde 2000),
mediante a realização de ações de defesa e
organizado a partir do CEAFRO-CEAO/UFBA e
do Conselho de Desenvolvimento da
Comunidade Negra do Estado da Bahia (CDCN),
desde 2007, tornando este Conselho de Direito
uma instituição de referência nacional pelo
trabalho que desenvolve em conjunto com
coletivos de advogadas/os populares, as
parcerias firmadas com as pastorais sociais e
núcleos de comunicadores/as pelos direitos
humanos e diversidade étnico racial.
19. Participação nas
discussões acerca do
Projeto de Lei cujo tema
é a redução da
maioridade penal,
afirmando as garantias
dos direitos, defesa e
proteção das crianças e
adolescentes,
batalhando para a
aprovação do PL
4.471/2012 - pelo fim dos
chamados “autos de
resistência ou resistência
seguida de morte”.
20. “Nosso entendimento passa pela quebra da
lógica de impunidade que permite, em larga
escala, a prática de tortura, prisões ilegais,
execuções sumárias e outras formas de
execuções extrajudiciais, por parte do Estado
Brasileiro, mediante a ação das suas forças de
segurança.”
21. Participação nas discussões
envolvendo a defesa dos
direitos da população
carcerária, desde a
elaboração e coordenação de
Programa de Formação para
a primeira equipe
multidisciplinar da CAPRED,
na Defensoria, até as agendas
que sustentamos nos
organismos de políticas de
promoção da igualdade racial:
destacadamente, a
Coordenação da Rede de
Combate ao Racismo e a
Intolerância Religiosa do
Estado da Bahia, no contexto
SEPROMI e SEPPIR/PR
(2013 a 2015).
22. Nas lutas pela moradia
enquanto um direito social
fundamental, nossos
passos vêm de longe,
desde os movimentos de
1989, em Castelo Branco.
São muitos anos de
batalha junto às
comunidades como
Gamboa de Baixo, Alto
das Pombas, das lutas de
nosso povo na Itinga –
Parque São Paulo,
lutando pela moradia e
contra a violência
institucional.
23. Homenagem do Ministério Público do
Estado da Bahia, 20/04/2012 – “Mulheres
que fazem a diferença”
Prêmio Maria Firmina
dos Reis, OAB/BA,
23/07/2009