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             CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA


                    JOSÉ BRAZ XAVIER




A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DAS DISCIPLINAS CURRICULARES




                       Rio de Janeiro
                           2011
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             CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA
                    JOSÉ BRAZ XAVIER




A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DAS DISCIPLINAS CURRICULARES




                       Rio de Janeiro
                           2011
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                        CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA
                                  JOSÉ BRAZ XAVIER




   A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DAS DISCIPLINAS CURRICULARES




                                                   Trabalho     de        Conclusão      de   Curso,
                                                   apresentado       ao     Centro      Universitário
                                                   Carioca,     como        requisito     parcial   à
                                                   obtenção do grau Tecnólogo em Gestão
                                                   Ambiental.




Orientadora: Profa. Lilian Calazans Costa




                                       Rio de Janeiro
                                            2011
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X3   Xavier, José Braz.
         A educação ambiental dentro das disciplinas curriculares / José
     Braz Xavier.- Rio de Janeiro, 2011.
       f.

       Orientadora: Profª. Lilian Calazans Costa.
       Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Gestão
     Ambiental) – Centro Universitário Carioca, Rio de Janeiro, 2011.

       1. Educação ambiental. 2. Meio ambiente – Aspectos sociais. I.
     Costa, Lilian Calazans . II. Título.

                                                                  CDU 658: 574
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                         JOSÉ BRAZ XAVIER




   A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DAS DISCIPLINAS CURRICULARES




                                           Trabalho     de        Conclusão      de   Curso,
                                           apresentado       ao     Centro      Universitário
                                           Carioca,     como        requisito     parcial   à
                                           obtenção do grau Tecnólogo em Gestão
                                           Ambiental.



Aprovado 2011.



                       BANCA EXAMINADORA




                 Profa. Lilian Calazans Costa - Orientadora
                        Centro Universitário Carioca




                     Profa. Sara Camacho de Oliveira
                      Centro Universitário Carioca



                      Prof. Thiago Affonso Belinato
                       Centro Universitário Carioca
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             DEDICATÓRIA




          À Glauce, Gabriela e Juliana.


          Em uma das primeiras aulas deste curso, sabiamente o
          professor perguntou a cada um dos alunos:
          - Porque escolheu o curso de Gestão Ambiental?
          Lembro de ter dito assim:
          - Depois de ter usado tanto do ambiente em que vivo,
          resolvi aprender para poder devolver ao menos um pouco!
          Disse o professor:
          - Então vai estudar por paixão!

Que cada um dos professores que nos instruíram até aqui continuem
assim, entendendo e incentivando a todos os seus alunos.
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AGRADECIMENTOS




A todos que estiveram presentes em minha vida!

Em especial a Deus, por minha existência.
Minha mãe Elvira, exemplo de mulher guerreira.
Meu pai José (saudades!), lutou pela família até o fim.
Aos irmãos e parentes com amor e carinho.




Aos amigos e colegas que simplesmente disseram:
- é isso aí!
Frase simples, mas no contexto da conversa diz muito
naquele cantinho do coração.
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                       EPÍGRAFE




A beleza do mundo vivente que eu estava tentando salvar
 sempre ocupou um lugar de destaque em minha mente –
assim como a indignação pelas coisas insensatas e brutais
  que estavam sendo feitas (...). Agora consigo crer que,
              pelo menos, ajudei um pouco


                    (CARSON, 1962).
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                                        RESUMO


           Tempos modernos e instáveis. Um mundo globalizado, onde a informação é
instantânea. Crescimento populacional acelerado. E a dependência eterna de recursos naturais
para alimentação, fontes de energia, sobrevivência.   A Educação Ambiental é um ponto
crucial para a mitigação dos problemas que o ser humano causa ao meio em que vive e subtrai
os recursos essenciais pra sua permanência. A Lei de Educação Ambiental impõe sua
obrigatoriedade no ensino formal, a fim de construir uma sociedade menos predadora e
egoísta, porém consciente do seu papel dentro do todo. Tendo como objetivo conhecer o
processo ensinamento e aprendizado diante da Lei 9.795/99, foi elaborada uma pesquisa de
campo com 50 entrevistados. Entre os entrevistados 10 são professores, os demais 40 foram
divididos em 3 faixas etárias. Observa-se que a maioria dos professores vê o Meio Ambiente
como o local onde vivemos, e que a Educação Ambiental em grande parte serve para aprender
sobre o assunto a fim de ter uma melhor qualidade de vida. Também entre os entrevistados
que estão na faixa etária acima dos 30 anos de idade a maioria ouviu falar sobre educação
ambiental através TELEVISÃO e não na ESCOLA.



Palavras-chave: fontes de energia; Educação Ambiental; mitigação; Lei de Educação
Ambiental; ensino; sociedade; consciente; ensinamento; aprendizado; Meio Ambiente; escola.
10



                                        ABSTRACT


           Modern Times and unstable. A globalized world, where information is
instantaneous. Rapid population growth. And the eternal dependence on natural resources for
food, energy sources, survival. Environmental education is crucial for mitigating the problems
that human beings because the environment they live in and subtract the resources essential to
its permanence. The Environmental Education Act imposes mandatory in their formal
education in order to build a less predatory and selfish, but conscious of its role within the
whole. Aiming to know the teaching and learning process before the Law 9.795/99, we
created a field survey with 50 respondents. Among the 10 respondents are teachers, the other
40 were divided into three age groups. It is observed that most teachers see the environment
as the place where we live, and Environmental Education serves largely to learn about it in
order to have a better quality of life. Even among respondents who are aged above 30 years of
age most heard about environmental education through TV and not in school.




Keywords: energy sources, environmental education, mitigation, Environmental Education
Act, school, society, consciousness, teaching, learning, Environment; school.
11



                                                            SUMÁRIO




1. Introdução                   ....................................................................................   12

2. Objetivo Geral               ....................................................................................   14

3. Justificativa                ....................................................................................   15

4. Material e Métodos ..................................................................................               17

5. Especificação da Metodologia .................................................................                      19

6. Resultados da Faixa Etária entre 7 e 14 anos de idade ............................                                  21

7. Resultados da Faixa Etária entre 15 e 30 anos de idade ............................                                 24

8. Resultados da Faixa Etária acima dos 30 anos de idade ............................                                  27

9. Aspectos Gerais da Educação Municipal                             ...............................................   30

10. Resultados da Pesquisa com Professores                           ...............................................   32

11. Conclusão                   ....................................................................................   36

12. Referências Bibliográficas                    .................................................................    37

13. Anexos                      ....................................................................................   39
12



                                         INTRODUÇÃO


             Com o crescimento populacional, aumentam as necessidades em todos os níveis.
Demanda por alimento, moradia, emprego, lazer, etc. Tudo isto de forma urgente e em grande
quantidade e qualidade. E assim, utilizando muito dos recursos naturais para manter este
progresso.


             Fazem-se necessárias pesquisas e estudos, para uma utilização sustentável dos
recursos. Acompanhados de muita informação e educação, visando um consumo equilibrado e
consciente. Sempre pensando no presente e o futuro da humanidade.


             Em 1962, a Bióloga e Escritora norte americana, Rachel Carson, apaixonada pelas
questões do futuro do planeta, lança o livro Primavera Silenciosa (CARSON, 1962. op.cit.),
apresentando inúmeros documentos científicos de diferentes fontes, abordando o os efeitos
nocivos à saúde humana causados pelos inseticidas e pesticidas usados no combate às pragas
da agricultura da época. Efeitos que poderiam alcançar gerações, uma vez que estas
substâncias tóxicas são encontradas até no leite materno. Este trabalho refletiu mundialmente
e foi um marco na história para os movimentos ambientalistas.


                                     “A história da vida sobre a Terra tem sido uma história de interação
                        entre as coisas vivas e o seu meio ambiente. Em grande parte, a forma física e os
                        hábitos da vegetação da Terra, bem como a sua vida animal, foram moldados pelo
                        seu meio ambiente. Tomando-se em consideração a duração toda do tempo terrenal,
                        o efeito oposto, em que a vida modifica, de fato, o seu meio ambiente, tem sido
                        relativamente breve. Apenas dentro do momento de tempo representado pelo século
                        presente é que uma espécie – o Homem – adquiriu capacidade significativa para
                        alterar a natureza do seu mundo.” (CARSON, 1962. op.cit., p.15)


             Por volta dos anos 70, em todo o mundo levantaram-se muitas manifestações
populares em favor da natureza. O uso exacerbado dos recursos naturais, levando quase ao
esgotamento destes recursos, a poluição dos três elementos naturais essenciais à vida (água,
terra e ar), estava deixando claro e a olhos nus que estes recursos são findáveis, pensamento
que até então parecia não existir. Isto levou à preocupação dos governantes mundiais. Estava
claro que era necessária uma reeducação mundial, a fim de compreender o meio ambiente e
sua utilização de forma equilibrada.
13



           Nos anos 80 ocorre a popularização da “Educação Ambiental - EA” no mundo;
hoje, mais do que uma realidade, EA tornou-se uma grande necessidade mundial
(GUIMARÃES, 1995).


           A Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) – instituída pela Lei nº
9.795/99 – e seu decreto de regulamentação em 2002 com o objetivo de contribuir e acelerar o
processo de institucionalização da Educação Ambiental no Brasil, cujo marco inicial, pelo
menos para o ensino formal, foi a Lei nº 6.938/81, a qual, ao instituir a Política Nacional de
Meio Ambiente, determinou a inclusão da EA em todos os níveis de ensino. (BARBOSA,
2008)


           A Lei nº 9.795/99 sobre Educação Ambiental apresenta os objetivos fundamentais
dessa nova forma de educação. Entre eles, o desenvolvimento de uma compreensão integrada
do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos,
psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos.
(BARBOSA, 2008)
14



                                  OBJETIVO GERAL


           Elaborar uma avaliação dos alunos e ex-alunos, questionando a distância entre os
dois pontos: ensinamento e aprendizado.


           Analisar de forma quantitativa e qualitativa o desempenho dos professores quanto
ao ensinamento de Educação Ambiental, através do modelo indicado pela Lei nº 9.795/99.


           Refletir quanto ao entendimento dos professores sobre a Educação Ambiental.


           Expor a concepção dos professores do que é o Meio Ambiente.
15



                                        JUSTIFICATIVA


           Este trabalho vem estimular a discussão sobre o consenso que a educação
ambiental deve estar presente em todos os espaços que educam o cidadão (REIGOTA, 1996).
Neste pensamento, a escola deve ser aproveitada também como espaço fundamental à prática
da educação ambiental. Atualmente este trabalho vem sendo dirigido de maneira
interdisciplinar e transversal, onde educadores dentro da sua formação acadêmica especifica
tentam abordar subjetivamente o tema EA. “Para que a transversalidade da transmissão dos
conhecimentos funcione é mister que o corpo docente esteja conscientizado. Será que está?”
(SÉGUIN, 2000, p.67).


           O cuidado com o meio ambiente, e tudo que dele depende, não é apenas uma
pensamento para preservação do verde, ou conservação do solo, nem somente para vermos
animais “bonitinhos” passeando em seu habitat natural. Vai muito além de ensinamentos
vagos, e superficiais. Necessita de uma visão do todo. Tudo o que envolve a atividade do
“feijão plantado no algodão com água”, tem que ser analisado e repassado de forma clara e
objetiva, numa linguagem coerente e especifica do grupo, por idade, e região em que se está
explicando tal fato. Capra (2005, p.27), argumenta da seguinte forma:


                                      Na horta aprendemos sobre os ciclos alimentares e integramos os
                        ciclos naturais aos nossos ciclos de plantio, cultivo, colheita, compostagem, e
                        reciclagem. Através desta pratica, aprendemos ainda que a horta como um todo
                        esteja inserida em sistemas maiores que também são redes vivas, com seus próprios
                        ciclos. Os ciclos alimentares interagem com esses ciclos maiores – o ciclo da água, o
                        ciclo das estações, e assim por diante -, que são os filamentos da rede planetária da
                        vida. [...] Na horta, observamos o ciclo de vida de um organismo – nascimento,
                        crescimento, maturação, decadência e morte – e o surgimento da nova geração.
                        Através da horta experimentamos o crescimento e o desenvolvimento a cada dia. Na
                        verdade, a compreensão do crescimento e do desenvolvimento é essencial não
                        apenas para a horta, mas também para a educação. Enquanto as crianças aprendem
                        que seu trabalho na horta escolar mudam de acordo com o desenvolvimento e o
                        amadurecimento das plantas, os métodos de ensino do professor e todo o seu
                        discurso na sala de aula mudam com o desenvolvimento e o amadurecimento dos
                        alunos.
16



           A germinação é um ato envolvente do ciclo da vida, a princípio simples para um
entendimento juvenil, porém se esmiuçado e apresentado de maneira cativante, fará com que
o aluno tenha um ponto de vista mais elaborado sobre o assunto. A educação ambiental é um
modo de formar cidadãos pensantes, não de forma egoísta, mas preocupados com tudo a sua
volta e principalmente com a sociedade atual e seu futuro.


           Desta forma os professores estão instruindo com propriedade, dentro do
espaço/tempo de aula, os alunos quanto à educação ambiental? Ou caberia à matéria
específica sobre Educação Ambiental, a fim de tratar o assunto com muito mais peculiaridade
e importância?
17



                                 MATERIAL E MÉTODOS


            Foram elaborados dois questionários, em ANEXO A: destinado aos alunos e ex-
alunos e, em ANEXO B: para os professores (CAMARGO, 2003).


            As questões são interligadas, com o intuito de analisar o processo de ensinamento
e aprendizado quanto à matéria Educação Ambiental.


            Dentro do Município do Rio de Janeiro existem 160 (cento e sessenta) bairros. A
área de atuação desta pesquisa foi limitada a 4 (quatro) bairros (Fig.1):
                   Bangu, com 428.035 habitantes (IBGE, 2010), situado na Zona Oeste da
                    cidade. Sua classe socioeconômica é muito diversificada, desde áreas
                    muito pobres até locais predominantes de classe média alta. Em 2009
                    contava com 29.627 alunos matriculados no ensino fundamental, inseridos
                    num universo de 47 escolas da rede pública municipal de ensino, segundo
                    dados obtidos através da Secretaria Municipal de Educação.
                   Jacarepaguá, bairro divido entre classe média baixa e alta, com uma
                    população de 572.617 habitantes (IBGE, 2010), pertencente à Zona Oeste
                    da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a SME em 2009, o bairro
                    Jacarepaguá contava com 10.205 alunos matriculados no ensino
                    fundamental, em 10 escolas.
                   Penha, bairro da Zona Norte da cidade, habitado por 185.716 pessoas
                    (IBGE, 2010). Em suas 10 escolas de ensino fundamental, estão
                    matriculados 7.782 alunos. As classes média e classe média baixa são
                    predominantes neste bairro.
                   Realengo, bairro vizinho de Bangu, com 243.006 habitantes de classe
                    média baixa. A SME contabilizou 20.585 alunos em 33 escolas de ensino
                    fundamental, no ano de 2009.
18




Fig.1 – Mapa do Município do Rio de Janeiro dividido em bairros
Fonte: Secretaria Municipal de Urbanismo do município do Rio de Janeiro.


             Partes dos dados obtidos foram de alunos que aguardavam a abertura dos portões
a fim de realizar a segunda etapa da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), no
domingo, 23 de Outubro de 2011. Também com os pais que acompanhavam os alunos para a
realização daquela prova.


             A faixa etária dos alunos e ex-alunos pesquisados varia entre 7 anos e 72 anos de
idade. Independente de escolaridade foi aplicado o questionário a 40 entrevistados, dos quais
24 são estudantes em vários níveis de escolaridade, das escolas públicas e particulares, e dos
16 restantes, em nível fundamental 2 concluíram e 2 abandonaram, em nível médio 8
concluíram e 1 abandonou os estudos, em nível superior 2 são concluintes e 1 abandonou.


             O questionário direcionado a 10 (dez) professores de diversas especialidades vai
elucidar o seu entendimento quanto à matéria Educação Ambiental, e o ensinamento deste
assunto aos alunos.
19



                             ESPECIFICAÇÃO DA METODOLOGIA


             Conforme informações obtidas pelo site do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE, Censo 2010), no ano de recenseamento o município do Rio de Janeiro
contava com um total de 5,940.224 habitantes, deste número havia 1,202.367 estudantes
matriculados da pré-escola ao ensino médio. Onde 128.983 alunos estavam inscritos na pré-
escola, 809.884 alunos do ensino fundamental, e 263.500 cursando o ensino médio (Fig.2).




Fig.2 – Mostra quantitativa de alunos matriculados no Municipio do Rio de Janeiro, estado do Rio de janeiro e
Brasil, nos níveis pré escolar, fundamental e médio.
Fonte: IBGE cidades, 2010
20



            Uma das opções para obtenção de dados foi a divisão dos entrevistados por três
faixas etárias e escolaridade.



            Os entrevistados com faixa etária entre 7 e 14 anos de idade, estão assim
dimensionados para expor o método de ensino atual de Educação Ambiental, após termos
mais de uma década da criação da Lei 9.795/99. Estas crianças terão nascido entre o ano de
1997 e 2004.



            Os entrevistados com faixa etária de 15 a 30 anos de idade, são aqueles nascidos
entre os anos 1981 e 1996. Na década de 80 o termo Educação Ambiental foi muito divulgado
em todos os meios de comunicação. Além de alguns dos entrevistados, todos os seus
professores teriam vivenciado a Rio-Eco92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, reforçando as recomendações sobre Educação Ambiental, em
principio seriam pessoas capazes de ter um ponto de vista aprimorado sobre Educação
Ambiental, podendo repassar tal ensinamento para os alunos.



            A faixa etária acima dos 30 anos de idade são pessoas adultas, vivenciaram de fato
os eventos relatados no parágrafo anterior. De acordo com as respostas, estes entrevistados
estão entre os nascidos em 1939 e 1980. Seu aprendizado escolar a respeito de Educação
Ambiental é anterior a promulgação da Lei 9.9795/99. “Apesar de a literatura registrar que já
se ouvia falar em educação ambiental desde meados da década de 60, o reconhecimento
internacional desse fazer educativo como uma estratégia para se construir sociedades
sustentáveis remonta a 1975, quando se instituiu o Programa Internacional de Educação
Ambiental, sob os auspícios da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura) e do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). E
sobretudo dois anos depois, em 1977, quando realizou-se a Conferência Intergovernamental
sobre Educação Ambiental, conhecida como Conferência de Tbilisi, momento que se
consolidou o PIEA (Programa Internacional de EA) e se estabeleceram as finalidades, os
objetivos, os princípios orientadores e as estratégias para a promoção da educação ambiental”
(PRONEA, 2003).
21



          RESULTADOS DA FAIXA ETÁRIA ENTRE 7 E 14 ANOS DE IDADE


              Uma das opções para obtenção de dados foi a divisão dos entrevistados por três
faixas etárias e escolaridade.

              Quatorze entrevistados, equivalente a 35% dos 40, estavam entre 7 e 14 anos de
idade (Fig.3). São todos alunos matriculados do ensino fundamental significando 1,72% de
809.884 alunos neste nível (Fig.4).




Fig.3 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: quantidade de entrevistados e a idade correspondente.




Fig.4 - Gráfico demonstrativo de resultado da pesquisa: grau de escolaridade na faixa etária de 7 a 14 anos de
idade.
22



             Dentre estes 14 alunos do ensino fundamental, 12 responderam já ter ouvido falar
sobre Educação Ambiental (86%), 2 assinalaram que não (14%).

             Sobre a participação em atividades de EA, 9 responderam positivamente (64,3%),
quando 5 dentre os 14 alunos nunca tiveram atividades de EA (35,7%).

             Quanto ao meio de ensinamento sobre EA, das 7 alternativas do questionário, onde
era possível assinalar mais de uma opção, os alunos destacaram a ESCOLA com 36,7%,
seguido pela TELEVISÃO que obteve 16,7%, logo depois a INTERNET com 13,3%, e as
REVISTAS, LIVROS e JORNAIS cada uma destas opções foram marcadas com 10%, e as
REDES SOCIAIS que teve 3,3% do total (Fig.5).




Fig.5 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: meio a qual ouviram sobre Educação Ambiental, com
quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 7 a 14 anos.
23



             Sobre a forma de entendimento do tema Educação Ambiental: 41,2% assimilam
como uma melhoria para a qualidade de vida; 29,4% como interação do ser humano com a
natureza; 23,5% responderam que são ensinamentos para preservação da natureza, e apenas
5,9% pensam a Educação Ambiental como conhecimento dos problemas para soluções
ambientais (Fig.6).




 Fig.6 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: modo de compreensão do tema Educação Ambiental,
com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 7 a 14 anos.


             A compreensão a respeito do meio ambiente, foi respondida de forma aberta, não
se tratava de uma pergunta de múltipla escolha. O resultado foi que dos 14 alunos
entrevistados 6 responderam que meio ambiente é a natureza, 3 não sabem o que é meio
ambiente, 2 disseram que é o local onde vivemos, 2 responderam que são todos os seres, 1
escreveu que é ter cuidado com a natureza ( Fig.7).




Fig.7 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: compreensão do que é Meio Ambiente, com quantidade
de entrevistados e percentual, na faixa etária de 7 a 14 anos.
24



         RESULTADOS DA FAIXA ETÁRIA ENTRE 15 E 30 ANOS DE IDADE


              Quinze entrevistados, equivalente a 37,5% dos 40, na faixa etária entre 15 e 30
anos de idade (Fig.8). Nove são estudantes matriculados, dos quais seis participam do ensino
médio e três estudam no nível superior de ensino (Fig.9).




Fig.8 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: quantidade de entrevistados e a idade correspondente.




Fig.9 - Gráfico demonstrativo de resultado da pesquisa: grau de escolaridade na faixa etária de 15 a 30 anos de
idade.



              Entre os 15 entrevistados 14 já ouviram falar sobre Educação Ambiental (93,3%),
1 assinalou que nunca havia ouvido sobre EA (6,7%). Sobre participação em atividades de
EA, 12 responderam sim (80%), e 3 nunca participaram de nenhuma atividade de EA (20%).
25



             O resultado das questões fechadas de múltipla escolha, sobre o meio em que
ouviram falar sobre Educação Ambiental nos mostra que treze entre quinze entrevistados têm
a ESCOLA como o maior meio de propagação deste assunto, tendo 27,7%; a TELEVISÃO é
o segundo meio que propaga mais a EA 21,3%; REVISTAS, JORNAIS e REDES SOCIAIS
cada uma com 8,5%; LIVROS com 6,4% do total (Fig.10).




Fig.10 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: meio a qual ouviram sobre Educação Ambiental, com
quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 15 a 30 anos.


             Para o entendimento do tema Educação Ambiental os entrevistados, entre 15 e 30
anos de idade, 28,6% responderam que tanto é aprender mais do assunto afim de obter uma
melhor qualidade de vida como também é um ensinamento para preservação da natureza,
23,8% responderam que serve para a interação do homem com a natureza,                            e 19%
compreendem EA como conhecimento dos problemas para soluções ambientais ( Fig.11).




Fig.11 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: modo de compreensão do tema Educação Ambiental,
com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 15 a 30 anos.
26



             Para cinco dos quinze entrevistados desta faixa etária o meio ambiente significa o
lugar onde vivemos, também outros cinco disseram que é cuidar da natureza, quatro entendem
que são todos os seres, e um afirmou que meio ambiente é a natureza (Fig.12).




Fig.12 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: compreensão do que é Meio Ambiente, com quantidade
de entrevistados e percentual, na faixa etária de 15 a 30 anos.
27



         RESULTADOS DA FAIXA ETÁRIA ACIMA DOS 30 ANOS DE IDADE


              Onze entrevistados, equivalente a 27,5% dos 40, na faixa etária acima dos 30 anos
de idade (Fig.13), apenas 1 é estudante cursando o nível superior (Fig.14).




Fig.13 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: quantidade de entrevistados e a idade correspondente.




Fig.14 - Gráfico demonstrativo de resultado da pesquisa: grau de escolaridade na faixa etária acima de 30 anos
de idade



              Todos os entrevistados desta faixa etária ouviram falar sobre Educação Ambiental,
5 já participou de alguma atividade sobre EA (45,5%), 6 não tiveram a oportunidade ainda de
participar de atividade sobre EA (54,5%).
28



             A TELEVISÃO é o maior meio de propagação (32,4%) de Educação Ambiental
entre os entrevistados acima de 30 anos de idade, assim mostra o resultado da entrevista
(Fig.15). A INTERNET (14,7%) é o segundo meio a qual os entrevistados desta faixa etária
são abordados com o tema EA. A ESCOLA, REVISTAS e JORNAIS são o terceiro meio
pelos quais aprendem sobre EA (11,8% cada). Por fim os LIVROS e as REDES SOCIAIS
com números iguais na abordagem sobre o assunto EA (8,8%).




Fig.15 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: meio a qual ouviram sobre Educação Ambiental, com
quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária acima de 30 anos.


           O entendimento de Educação Ambiental para as pessoas acima de 30 anos que
foram entrevistadas é de igual valor (35,7%) na interação do ser humano com natureza e
como ensinamento para preservação da natureza. Também responderam em valores iguais
(14,3%), mostrando EA como conhecimento dos problemas para soluções ambientais e o
aprendizado para uma melhor qualidade de vida ( Fig.16).




Fig.16 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: modo de compreensão do tema Educação Ambiental,
com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária acima de 30 anos.
29



             A maioria dos entrevistados responderam que meio ambiente significa cuidar da
natureza, num total de 5 dos 11 entrevistados. Do restante, 2 responderam que meio ambiente
são todos os seres, 2 compreendem como o local onde vivemos, e 2 entendem como a natureza
(Fig.17).




Fig.17 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: compreensão do que é Meio Ambiente, com quantidade
de entrevistados e percentual, na faixa etária acima de 30 anos.
30



                     ASPECTOS GERAIS DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL


              O Município do Rio de Janeiro, conforme dados do Censo IBGE-2010, conta com
um efetivo de 34.190 professores de ensino fundamental e 16.106 professores da rede de
ensino médio (Fig.18). Tanto o Município como todo o território nacional quando referido a
educação é regido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDBE.




Fig.18 – Corpo docente do Municipio do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro e Brasil, nos níveis pré escolar,
fundamental e médio.
Fonte: IBGE cidades, 2010




              Toda legislação pode ser aprimorada. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Brasileira, criada em 1996 vem redesenhando o sistema educacional em todos os níveis
(LDBE, 1996).
31



            Dentro das disposições da Lei 9.394/96, mostra que a educação básica tem por
finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum e indispensável para o
exercício da cidadania, dando-lhe meios para progredir no trabalho e estudos posteriores.
Com duração de nove anos, iniciando-se aos seis anos de idade, terá por objetivo a formação
básica do cidadão, mediante a compreensão do ambiente natural e social, inclusive (LDBE,
Art.22 e 32, 1996).


            Os currículos do ensino fundamental e médio têm uma base nacional comum,
podendo ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e da clientela. Estes currículos devem abranger obrigatoriamente, o estudo da
língua portuguesa e matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade
social e política, especialmente do Brasil (LDBE, Art.26, 1996). A finalidade do ensino médio
e a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental
(LDBE, Art.35, 1996).
32



                   RESULTADOS DA PESQUISA COM PROFESSORES


             A pesquisa (ANEXO B) foi realizada com 10 professores de diversas áreas de
ensino, buscando elucidar o entendimento e desempenho dos professores no que refere ao
ensino do tema Educação Ambiental, sob o formato da nº Lei 9.795/99.


             Todos os professores entrevistados responderam positivo quanto a produção de
atividades de Educação Ambiental junto aos alunos. Abaixo quadro demonstrativo sobre o
desempenho dos professores quanto ao tema Educação Ambiental:


                                           Entendimento sobre         Atividades que produz
    Formação        Matéria que leciona
                                           Educação Ambiental         sobre EA com os alunos
                                       Preservação ambiental para     Reciclagem,
                                       uma qualidade de vida          desenvolvimento
  Psicologia        Ensino Fundamental melhor.                        sustentável.
                                                                      Reciclagem, descarte do
                                       Serve para preservar e cuidar lixo, não fazer
  Pedagogia        Ensino Fundamental do planeta.                     queimadas.
                                       É ter cuidado com resíduos e
  Patologia        Diagnóstico Bucal e o descarte correto dos         Descarte correto dos
  Bucodental       Estomatologia       materiais manipulados.         resíduos.
                   Geografia,
                   Sociologia e                                       Dinâmica de grupo sobre
  Ciências sociais Psicologia          É um paliativo.                o mundo industrializado.
                                                                      Mostra a interação do
                                       É a interação do homem com homem e a natureza
                                       a natureza, a fim de preservar dentro dos períodos
  História         História            hoje e o futuro.               históricos.
                                       É importante para
                                       conscientizar sobre a
                                       preservação e nosso futuro     Textos, vídeos e debates
  História         História            no planeta.                    dentro da História.
                                       Utilizar de forma sustentável
                                       a fim de preservar os recursos
  Geografia        Geografia           naturais.                      Material reciclável.

                                            Conscientizar quanto a
  Letras            Inglês                  preservação da natureza.           Debates, murais e filmes.


  Matemática        Matemática              Otimização dos recursos.           Palestras.
                                                                               Plantar árvores perto de
                    Biologia, Física,       Deve ser iniciada em família,      riachos auxiliando a
  Biologia          Química e Ciências.     continuando na escola.             mata ciliar.
 Quadro demonstrativo resultante da pesquisa de campo junto aos professores.
33



             Quando questionados sobre os principais assuntos de ensinamento dentro do tema
EA, a maioria dos professores (32,1%) respondeu que é para os alunos aprenderem sobre o
assunto a fim de terem uma melhor qualidade de vida, como demonstra o gráfico abaixo
(Fig.19):




Fig.19 – Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: prioridade de assunto dentro do tema EA


             Para a maioria dos professores entrevistados (5) o Meio Ambiente é o local onde
vivemos. Quatro responderam que se trata do universo onde estão todos os seres, por fim um
dos dez entrevistados disse que é especificamente a natureza (Fig.20).




Fig.20 – Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: O que é Meio Ambiente?
34



           O artigo elaborado por Pereira e Terzi tece um comentário sobre os aspectos
gerais da Lei de Educação Ambiental:


                      O conceito de Educação Ambiental é oriundo da Lei 9.795/99, que impõe sua
                      obrigatoriedade no ensino formal.
                      Conforme o art. 1°, entende-se por Educação Ambiental “[...] os processos por meio
                      dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
                      habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente.
                      “Pelo que se depreende do art.1°, a Educação Ambiental pode ser compreendida em
                      qualquer modalidade educacional que busque ensinar o respeito, conservação e
                      preservação do meio, não se restringindo apenas ao ensino formal. Porém, a
                      sociedade carrega uma percepção equivocada da instrução sobre o meio ambiente,
                      transferindo não raras vezes tal “múnus” apenas aos pais e professores”. (PEREIRA
                      & TERZI, 2009, p.176.)
                      Como bem ressalta Milaré (2004, p. 612): “[...] a tarefa de educar não compete
                      somente à família e à escola: cabe a toda sociedade, representada por seus diversos
                      seguimentos [...]”.
                      Trata-se de dever cogente que não mais pode continuar ao esmero de uns poucos,
                      pois a repercussão do desleixo para com o ambiente apenas tem contribuído para sua
                      depredação. Assim, tem-se que o conceito de Educação Ambiental deve ser visto de
                      forma estendida, não apenas voltado para o respeito e preservação do meio ambiente
                      natural, pois o meio ambiente, conforme explicitado, compreende muito mais do que
                      a conservação da fauna e flora nativas; aprofunda-se em questões pertinentes à
                      própria convivência do ser humano em sociedade, e na interação que tem com todo o
                      planeta (PEREIRA & TERZI, 2009).
35



            Ainda dentro do mesmo artigo abre-se um espaço elucidativo sobre o Meio
Ambiente.
                      Para a maioria das pessoas, meio ambiente diz respeito apenas à fauna, flora e parte
                      da natureza relativa às florestas, matas, bosques...
                      Com base em Aurélio (2004), pode-se ver que o ambiente é tudo aquilo “[...] que
                      cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas, por todos os lados”. Nesse mesmo
                      contexto, a Enciclopédia Encarta (2001) define meio ambiente como o “[...]
                      conjunto de elementos abióticos (energia solar, solo, água e ar) e bióticos
                      (organismos vivos) que integram a fina camada da Terra chamada biosfera,
                      sustentáculo e lar dos seres vivos.” É oportuna a conceituação de Milaré (2004, p.
                      78), que traz as definições de meio ambiente em sentido estrito e amplo. Na visão
                      estrita, o meio ambiente “[...] nada mais é do que a expressão do patrimônio natural,
                      e as relações com e entre os seres vivos” (2004, p. 78). A visão ampla, também
                      adotada no contexto desse trabalho, engloba o conjunto de elementos naturais,
                      artificiais e culturais em interação, propiciando o desenvolvimento equilibrado da
                      vida em todas suas formas. Ainda há a definição dada pela lei 6.938/81, relativa à
                      Política Nacional do Meio Ambiente (PNAMA), que o vê como “[...] o conjunto de
                      condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que
                      permite, abriga e rege a vida em todas suas formas” (art. 3º, I). A legislação pátria
                      vem tendendo cada vez mais à acepção de meio ambiente considerada da forma
                      supracitada, a qual permite entender que o mundo não se resume àquilo de que se
                      está mais próximo, ou numa diminuta teia de espaços típicos; ele é uma plenitude de
                      locais e situações que jamais se esgotam no experienciado pelo homem, e por isso
                      nunca pode ser de ávida depredação (PEREIRA & TERZI, 2009).
36



                                            CONCLUSÃO



           A Educação Ambiental é um modo de aprendizagem permanente, e deve estar
inserido em todas as etapas da vida. Em conjunto com esferas governamentais e privadas no
intuito de fortalecer o progresso consciente. Segundo Reigota (1998), a EA aponta para
propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento,
desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos.

           A Educação Ambiental pode assumir “uma parte ativa de um processo intelectual,
constantemente a serviço da comunicação, do entendimento e da solução de problemas”
(VIGOTSKY, 2000).

           O professor Pedro Jacobi (2002) em seu artigo examina:

                                        E o que tem sido feito em termos de educação ambiental? A grande
                      maioria das atividades é feita dentro de uma modalidade formal. Os temas
                      predominantes são lixo, proteção do verde, uso e degradação dos mananciais, ações
                      para conscientizar a população em relação à poluição do ar. A educação ambiental
                      que tem sido desenvolvida no país é muito diversa, e a presença dos órgãos
                      governamentais como articuladores, coordenadores e promotores de ações é ainda
                      muito restrita.
                                        O grande salto de qualidade tem sido feito pelas ONGs e organizações
                      comunitárias, que tem desenvolvido ações não formais centradas principalmente na
                      população infantil e juvenil. A lista de ações é interminável e essas referências são
                      indicativas   de      práticas   inovadoras   preocupadas   em   incrementar   a   co-
                      responsabilidade das pessoas em todas as faixas etárias e grupos sociais quanto à
                      importância de formar cidadãos cada vez mais comprometidos com a defesa da vida.
                                        Nesse universo de complexidades precisa ser situado o aluno, cujos
                      repertórios pedagógicos devem ser amplos e interdependentes, visto que a questão
                      ambiental é um problema híbrido, associado a diversas dimensões humanas. Os
                      professores devem estar cada vez mais preparados para reelaborar as informações
                      que recebem, e dentre elas, as ambientais, a fim de poderem transmitir e decodificar
                      para os alunos a expressão dos significados sobre o meio ambiente e a ecologia nas
                      suas múltiplas determinações e intersecções. A ênfase deve ser a capacitação para
                      perceber as relações entre as áreas e como um todo, enfatizando uma formação
                      local/global, buscando marcar a necessidade de enfrentar a lógica da exclusão e das
                      desigualdades. A educação ambiental deve destacar os problemas ambientais que
                      decorrem da desordem e degradação da qualidade de vida nas cidades e regiões.
37



                          REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



AURÉLIO. 2004. O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, versão
digital. Corresponde à 3ª. edição, 1ª. impressão da Editora Positivo, revista e atualizada do
Aurélio Século XXI, O Dicionário da Língua Portuguesa.

BARBOSA, Luciano Chagas. Políticas Públicas de Educação Ambiental numa sociedade
de risco: tendências e desafios no Brasil. Sociólogo da Secad/MEC; Especialista em
Políticas Públicas da Educação, 2008

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental - Temas Transversais.
Brasília: MEC/Secretaria de Educação Fundamental, 1998.

CAMARGO, Suzi Claudia Giusti & BRANCO, Joaquim Olinto. A Educação Ambiental na
visão dos professores de Ciências Naturais, Humanas e Linguagem, Balneário
Camboriú, SC, 2003.

CAPRA, Fritjof. Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental
nas suas áreas de conhecimento / coordenação André Trigueiro; prefácio Marina Silva –
Campinas, SP; Armazém do Ipê (Autores Associados), 2005

CARSON, Raquel Louise. Primavera Silenciosa. 1962. São Paulo: Edições Melhoramentos,
1969

ENCARTA. 2001. Microsoft do Brasil. Enciclopédia Encarta 2001. São Paulo (SP, Brasil):
Microsoft do Brasil, 2001.


GUIMARÃES, Mauro. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas,SP: Papirus,1995-
(Coleção Magistério:formação e trabalho pedagógico).


IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Fonte: As informações são oriundas
de pesquisas e levantamentos correntes do IBGE e dados de outras instituições, como Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas, Ministério da Educação e do Desporto - INEP/MEC;
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, Ministério da Saúde -
DATASUS/MS; Tribunal Superior Eleitoral - TSE; Banco Central do Brasil - BACEN/MF,
Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério da Fazenda - STN/MF e Departamento Nacional
de Trânsito - DENATRAN/MJ.
JACOBI, Pedro. Educação Ambiental Cidadania e Sustentabilidade, SP, 2002.

LDBE, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, 1996 – Lei Darcy Ribeiro, 1996 –
Lei nº 9.394/96.

MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
38



PEREIRA, Pedro H. S. & TERZI, Alex M. Filosofia e Educação Ambiental: o desafio da
contextualização do paradigma biocêntrico nas salas de aula. In: PEREIRA, Pedro H. S. (org.
et. al.). Atas da XI Semana de Filosofia da UFSJ. São João Del Rei: SEGRA, 2009. ISBN:
978-85-88414-49-5.

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Ministério do Meio Ambiente, 2003.

REIGOTA, Marcos. Meio Ambiente e Representação Social. São Paulo: Questões da Nossa
Época, n° 41, Cortez, 1996.

REIGOTA, Marcos. Desafios à educação ambiental escolar. In: JACOBI, P. et al. (orgs.).
Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA, 1998. p.43-
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SÉGUIN. Elida. O Direito Ambiental: nossa casa planetária. Rio de janeiro: Forense,
2000. P.67.

VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. Martins Fontes: São Paulo, 2000.
39



                         PESQUISA DE CAMPO                                       ANEXO A


        TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GESTÃO AMBIENTAL
Nome:
Idade:
Escolaridade:


Você já ouviu falar em Educação Ambiental?                   (   )SIM        (    )NÃO


Se ouviu, foi através de quais meios?
( ) televisão
( ) internet
( ) escola
( ) revistas
( ) livros
( ) jornal
( ) redes sociais
Já participou de alguma atividade sobre Educação Ambiental? (    )SIM        (     )NÃO


Qual o seu entendimento sobre Educação Ambiental:
( ) interação do ser humano com a natureza
( ) ensinamentos para preservação da natureza
( ) conhecimento dos problemas para soluções ambientais
( ) aprender sobre o assunto para ter uma melhor qualidade de vida

O que é meio ambiente?




Autorizo as informações acima para o trabalho de conclusão de curso de Gestão Ambiental.
40



                         PESQUISA DE CAMPO                                    ANEXO B


        TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GESTÃO AMBIENTAL
Nome:
Formação:


Matéria que leciona:


Qual o seu entendimento sobre Educação Ambiental:




Produz junto aos alunos alguma atividade sobre Educação Ambiental? ( )SIM ( )NÃO
Se produz alguma atividade sobre EA, enumere os itens abaixo por níveis prioritários de
ensinamento sobre o assunto:
( ) interação do ser humano com a natureza
( ) ensinamentos para preservação da natureza
( ) conhecimento dos problemas para soluções ambientais
( ) aprender sobre o assunto para ter uma melhor qualidade de vida

Qual tipo de atividade você produz ou já produziu com os alunos:




O que é meio ambiente?




Autorizo as informações acima para o trabalho de conclusão de curso de Gestão Ambiental.

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  • 1. 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA JOSÉ BRAZ XAVIER A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Rio de Janeiro 2011
  • 2. 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA JOSÉ BRAZ XAVIER A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Rio de Janeiro 2011
  • 3. 3 CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA JOSÉ BRAZ XAVIER A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Centro Universitário Carioca, como requisito parcial à obtenção do grau Tecnólogo em Gestão Ambiental. Orientadora: Profa. Lilian Calazans Costa Rio de Janeiro 2011
  • 4. 4 X3 Xavier, José Braz. A educação ambiental dentro das disciplinas curriculares / José Braz Xavier.- Rio de Janeiro, 2011. f. Orientadora: Profª. Lilian Calazans Costa. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Gestão Ambiental) – Centro Universitário Carioca, Rio de Janeiro, 2011. 1. Educação ambiental. 2. Meio ambiente – Aspectos sociais. I. Costa, Lilian Calazans . II. Título. CDU 658: 574
  • 5. 5 JOSÉ BRAZ XAVIER A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Centro Universitário Carioca, como requisito parcial à obtenção do grau Tecnólogo em Gestão Ambiental. Aprovado 2011. BANCA EXAMINADORA Profa. Lilian Calazans Costa - Orientadora Centro Universitário Carioca Profa. Sara Camacho de Oliveira Centro Universitário Carioca Prof. Thiago Affonso Belinato Centro Universitário Carioca
  • 6. 6 DEDICATÓRIA À Glauce, Gabriela e Juliana. Em uma das primeiras aulas deste curso, sabiamente o professor perguntou a cada um dos alunos: - Porque escolheu o curso de Gestão Ambiental? Lembro de ter dito assim: - Depois de ter usado tanto do ambiente em que vivo, resolvi aprender para poder devolver ao menos um pouco! Disse o professor: - Então vai estudar por paixão! Que cada um dos professores que nos instruíram até aqui continuem assim, entendendo e incentivando a todos os seus alunos.
  • 7. 7 AGRADECIMENTOS A todos que estiveram presentes em minha vida! Em especial a Deus, por minha existência. Minha mãe Elvira, exemplo de mulher guerreira. Meu pai José (saudades!), lutou pela família até o fim. Aos irmãos e parentes com amor e carinho. Aos amigos e colegas que simplesmente disseram: - é isso aí! Frase simples, mas no contexto da conversa diz muito naquele cantinho do coração.
  • 8. 8 EPÍGRAFE A beleza do mundo vivente que eu estava tentando salvar sempre ocupou um lugar de destaque em minha mente – assim como a indignação pelas coisas insensatas e brutais que estavam sendo feitas (...). Agora consigo crer que, pelo menos, ajudei um pouco (CARSON, 1962).
  • 9. 9 RESUMO Tempos modernos e instáveis. Um mundo globalizado, onde a informação é instantânea. Crescimento populacional acelerado. E a dependência eterna de recursos naturais para alimentação, fontes de energia, sobrevivência. A Educação Ambiental é um ponto crucial para a mitigação dos problemas que o ser humano causa ao meio em que vive e subtrai os recursos essenciais pra sua permanência. A Lei de Educação Ambiental impõe sua obrigatoriedade no ensino formal, a fim de construir uma sociedade menos predadora e egoísta, porém consciente do seu papel dentro do todo. Tendo como objetivo conhecer o processo ensinamento e aprendizado diante da Lei 9.795/99, foi elaborada uma pesquisa de campo com 50 entrevistados. Entre os entrevistados 10 são professores, os demais 40 foram divididos em 3 faixas etárias. Observa-se que a maioria dos professores vê o Meio Ambiente como o local onde vivemos, e que a Educação Ambiental em grande parte serve para aprender sobre o assunto a fim de ter uma melhor qualidade de vida. Também entre os entrevistados que estão na faixa etária acima dos 30 anos de idade a maioria ouviu falar sobre educação ambiental através TELEVISÃO e não na ESCOLA. Palavras-chave: fontes de energia; Educação Ambiental; mitigação; Lei de Educação Ambiental; ensino; sociedade; consciente; ensinamento; aprendizado; Meio Ambiente; escola.
  • 10. 10 ABSTRACT Modern Times and unstable. A globalized world, where information is instantaneous. Rapid population growth. And the eternal dependence on natural resources for food, energy sources, survival. Environmental education is crucial for mitigating the problems that human beings because the environment they live in and subtract the resources essential to its permanence. The Environmental Education Act imposes mandatory in their formal education in order to build a less predatory and selfish, but conscious of its role within the whole. Aiming to know the teaching and learning process before the Law 9.795/99, we created a field survey with 50 respondents. Among the 10 respondents are teachers, the other 40 were divided into three age groups. It is observed that most teachers see the environment as the place where we live, and Environmental Education serves largely to learn about it in order to have a better quality of life. Even among respondents who are aged above 30 years of age most heard about environmental education through TV and not in school. Keywords: energy sources, environmental education, mitigation, Environmental Education Act, school, society, consciousness, teaching, learning, Environment; school.
  • 11. 11 SUMÁRIO 1. Introdução .................................................................................... 12 2. Objetivo Geral .................................................................................... 14 3. Justificativa .................................................................................... 15 4. Material e Métodos .................................................................................. 17 5. Especificação da Metodologia ................................................................. 19 6. Resultados da Faixa Etária entre 7 e 14 anos de idade ............................ 21 7. Resultados da Faixa Etária entre 15 e 30 anos de idade ............................ 24 8. Resultados da Faixa Etária acima dos 30 anos de idade ............................ 27 9. Aspectos Gerais da Educação Municipal ............................................... 30 10. Resultados da Pesquisa com Professores ............................................... 32 11. Conclusão .................................................................................... 36 12. Referências Bibliográficas ................................................................. 37 13. Anexos .................................................................................... 39
  • 12. 12 INTRODUÇÃO Com o crescimento populacional, aumentam as necessidades em todos os níveis. Demanda por alimento, moradia, emprego, lazer, etc. Tudo isto de forma urgente e em grande quantidade e qualidade. E assim, utilizando muito dos recursos naturais para manter este progresso. Fazem-se necessárias pesquisas e estudos, para uma utilização sustentável dos recursos. Acompanhados de muita informação e educação, visando um consumo equilibrado e consciente. Sempre pensando no presente e o futuro da humanidade. Em 1962, a Bióloga e Escritora norte americana, Rachel Carson, apaixonada pelas questões do futuro do planeta, lança o livro Primavera Silenciosa (CARSON, 1962. op.cit.), apresentando inúmeros documentos científicos de diferentes fontes, abordando o os efeitos nocivos à saúde humana causados pelos inseticidas e pesticidas usados no combate às pragas da agricultura da época. Efeitos que poderiam alcançar gerações, uma vez que estas substâncias tóxicas são encontradas até no leite materno. Este trabalho refletiu mundialmente e foi um marco na história para os movimentos ambientalistas. “A história da vida sobre a Terra tem sido uma história de interação entre as coisas vivas e o seu meio ambiente. Em grande parte, a forma física e os hábitos da vegetação da Terra, bem como a sua vida animal, foram moldados pelo seu meio ambiente. Tomando-se em consideração a duração toda do tempo terrenal, o efeito oposto, em que a vida modifica, de fato, o seu meio ambiente, tem sido relativamente breve. Apenas dentro do momento de tempo representado pelo século presente é que uma espécie – o Homem – adquiriu capacidade significativa para alterar a natureza do seu mundo.” (CARSON, 1962. op.cit., p.15) Por volta dos anos 70, em todo o mundo levantaram-se muitas manifestações populares em favor da natureza. O uso exacerbado dos recursos naturais, levando quase ao esgotamento destes recursos, a poluição dos três elementos naturais essenciais à vida (água, terra e ar), estava deixando claro e a olhos nus que estes recursos são findáveis, pensamento que até então parecia não existir. Isto levou à preocupação dos governantes mundiais. Estava claro que era necessária uma reeducação mundial, a fim de compreender o meio ambiente e sua utilização de forma equilibrada.
  • 13. 13 Nos anos 80 ocorre a popularização da “Educação Ambiental - EA” no mundo; hoje, mais do que uma realidade, EA tornou-se uma grande necessidade mundial (GUIMARÃES, 1995). A Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) – instituída pela Lei nº 9.795/99 – e seu decreto de regulamentação em 2002 com o objetivo de contribuir e acelerar o processo de institucionalização da Educação Ambiental no Brasil, cujo marco inicial, pelo menos para o ensino formal, foi a Lei nº 6.938/81, a qual, ao instituir a Política Nacional de Meio Ambiente, determinou a inclusão da EA em todos os níveis de ensino. (BARBOSA, 2008) A Lei nº 9.795/99 sobre Educação Ambiental apresenta os objetivos fundamentais dessa nova forma de educação. Entre eles, o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. (BARBOSA, 2008)
  • 14. 14 OBJETIVO GERAL Elaborar uma avaliação dos alunos e ex-alunos, questionando a distância entre os dois pontos: ensinamento e aprendizado. Analisar de forma quantitativa e qualitativa o desempenho dos professores quanto ao ensinamento de Educação Ambiental, através do modelo indicado pela Lei nº 9.795/99. Refletir quanto ao entendimento dos professores sobre a Educação Ambiental. Expor a concepção dos professores do que é o Meio Ambiente.
  • 15. 15 JUSTIFICATIVA Este trabalho vem estimular a discussão sobre o consenso que a educação ambiental deve estar presente em todos os espaços que educam o cidadão (REIGOTA, 1996). Neste pensamento, a escola deve ser aproveitada também como espaço fundamental à prática da educação ambiental. Atualmente este trabalho vem sendo dirigido de maneira interdisciplinar e transversal, onde educadores dentro da sua formação acadêmica especifica tentam abordar subjetivamente o tema EA. “Para que a transversalidade da transmissão dos conhecimentos funcione é mister que o corpo docente esteja conscientizado. Será que está?” (SÉGUIN, 2000, p.67). O cuidado com o meio ambiente, e tudo que dele depende, não é apenas uma pensamento para preservação do verde, ou conservação do solo, nem somente para vermos animais “bonitinhos” passeando em seu habitat natural. Vai muito além de ensinamentos vagos, e superficiais. Necessita de uma visão do todo. Tudo o que envolve a atividade do “feijão plantado no algodão com água”, tem que ser analisado e repassado de forma clara e objetiva, numa linguagem coerente e especifica do grupo, por idade, e região em que se está explicando tal fato. Capra (2005, p.27), argumenta da seguinte forma: Na horta aprendemos sobre os ciclos alimentares e integramos os ciclos naturais aos nossos ciclos de plantio, cultivo, colheita, compostagem, e reciclagem. Através desta pratica, aprendemos ainda que a horta como um todo esteja inserida em sistemas maiores que também são redes vivas, com seus próprios ciclos. Os ciclos alimentares interagem com esses ciclos maiores – o ciclo da água, o ciclo das estações, e assim por diante -, que são os filamentos da rede planetária da vida. [...] Na horta, observamos o ciclo de vida de um organismo – nascimento, crescimento, maturação, decadência e morte – e o surgimento da nova geração. Através da horta experimentamos o crescimento e o desenvolvimento a cada dia. Na verdade, a compreensão do crescimento e do desenvolvimento é essencial não apenas para a horta, mas também para a educação. Enquanto as crianças aprendem que seu trabalho na horta escolar mudam de acordo com o desenvolvimento e o amadurecimento das plantas, os métodos de ensino do professor e todo o seu discurso na sala de aula mudam com o desenvolvimento e o amadurecimento dos alunos.
  • 16. 16 A germinação é um ato envolvente do ciclo da vida, a princípio simples para um entendimento juvenil, porém se esmiuçado e apresentado de maneira cativante, fará com que o aluno tenha um ponto de vista mais elaborado sobre o assunto. A educação ambiental é um modo de formar cidadãos pensantes, não de forma egoísta, mas preocupados com tudo a sua volta e principalmente com a sociedade atual e seu futuro. Desta forma os professores estão instruindo com propriedade, dentro do espaço/tempo de aula, os alunos quanto à educação ambiental? Ou caberia à matéria específica sobre Educação Ambiental, a fim de tratar o assunto com muito mais peculiaridade e importância?
  • 17. 17 MATERIAL E MÉTODOS Foram elaborados dois questionários, em ANEXO A: destinado aos alunos e ex- alunos e, em ANEXO B: para os professores (CAMARGO, 2003). As questões são interligadas, com o intuito de analisar o processo de ensinamento e aprendizado quanto à matéria Educação Ambiental. Dentro do Município do Rio de Janeiro existem 160 (cento e sessenta) bairros. A área de atuação desta pesquisa foi limitada a 4 (quatro) bairros (Fig.1):  Bangu, com 428.035 habitantes (IBGE, 2010), situado na Zona Oeste da cidade. Sua classe socioeconômica é muito diversificada, desde áreas muito pobres até locais predominantes de classe média alta. Em 2009 contava com 29.627 alunos matriculados no ensino fundamental, inseridos num universo de 47 escolas da rede pública municipal de ensino, segundo dados obtidos através da Secretaria Municipal de Educação.  Jacarepaguá, bairro divido entre classe média baixa e alta, com uma população de 572.617 habitantes (IBGE, 2010), pertencente à Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a SME em 2009, o bairro Jacarepaguá contava com 10.205 alunos matriculados no ensino fundamental, em 10 escolas.  Penha, bairro da Zona Norte da cidade, habitado por 185.716 pessoas (IBGE, 2010). Em suas 10 escolas de ensino fundamental, estão matriculados 7.782 alunos. As classes média e classe média baixa são predominantes neste bairro.  Realengo, bairro vizinho de Bangu, com 243.006 habitantes de classe média baixa. A SME contabilizou 20.585 alunos em 33 escolas de ensino fundamental, no ano de 2009.
  • 18. 18 Fig.1 – Mapa do Município do Rio de Janeiro dividido em bairros Fonte: Secretaria Municipal de Urbanismo do município do Rio de Janeiro. Partes dos dados obtidos foram de alunos que aguardavam a abertura dos portões a fim de realizar a segunda etapa da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), no domingo, 23 de Outubro de 2011. Também com os pais que acompanhavam os alunos para a realização daquela prova. A faixa etária dos alunos e ex-alunos pesquisados varia entre 7 anos e 72 anos de idade. Independente de escolaridade foi aplicado o questionário a 40 entrevistados, dos quais 24 são estudantes em vários níveis de escolaridade, das escolas públicas e particulares, e dos 16 restantes, em nível fundamental 2 concluíram e 2 abandonaram, em nível médio 8 concluíram e 1 abandonou os estudos, em nível superior 2 são concluintes e 1 abandonou. O questionário direcionado a 10 (dez) professores de diversas especialidades vai elucidar o seu entendimento quanto à matéria Educação Ambiental, e o ensinamento deste assunto aos alunos.
  • 19. 19 ESPECIFICAÇÃO DA METODOLOGIA Conforme informações obtidas pelo site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, Censo 2010), no ano de recenseamento o município do Rio de Janeiro contava com um total de 5,940.224 habitantes, deste número havia 1,202.367 estudantes matriculados da pré-escola ao ensino médio. Onde 128.983 alunos estavam inscritos na pré- escola, 809.884 alunos do ensino fundamental, e 263.500 cursando o ensino médio (Fig.2). Fig.2 – Mostra quantitativa de alunos matriculados no Municipio do Rio de Janeiro, estado do Rio de janeiro e Brasil, nos níveis pré escolar, fundamental e médio. Fonte: IBGE cidades, 2010
  • 20. 20 Uma das opções para obtenção de dados foi a divisão dos entrevistados por três faixas etárias e escolaridade. Os entrevistados com faixa etária entre 7 e 14 anos de idade, estão assim dimensionados para expor o método de ensino atual de Educação Ambiental, após termos mais de uma década da criação da Lei 9.795/99. Estas crianças terão nascido entre o ano de 1997 e 2004. Os entrevistados com faixa etária de 15 a 30 anos de idade, são aqueles nascidos entre os anos 1981 e 1996. Na década de 80 o termo Educação Ambiental foi muito divulgado em todos os meios de comunicação. Além de alguns dos entrevistados, todos os seus professores teriam vivenciado a Rio-Eco92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, reforçando as recomendações sobre Educação Ambiental, em principio seriam pessoas capazes de ter um ponto de vista aprimorado sobre Educação Ambiental, podendo repassar tal ensinamento para os alunos. A faixa etária acima dos 30 anos de idade são pessoas adultas, vivenciaram de fato os eventos relatados no parágrafo anterior. De acordo com as respostas, estes entrevistados estão entre os nascidos em 1939 e 1980. Seu aprendizado escolar a respeito de Educação Ambiental é anterior a promulgação da Lei 9.9795/99. “Apesar de a literatura registrar que já se ouvia falar em educação ambiental desde meados da década de 60, o reconhecimento internacional desse fazer educativo como uma estratégia para se construir sociedades sustentáveis remonta a 1975, quando se instituiu o Programa Internacional de Educação Ambiental, sob os auspícios da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). E sobretudo dois anos depois, em 1977, quando realizou-se a Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, conhecida como Conferência de Tbilisi, momento que se consolidou o PIEA (Programa Internacional de EA) e se estabeleceram as finalidades, os objetivos, os princípios orientadores e as estratégias para a promoção da educação ambiental” (PRONEA, 2003).
  • 21. 21 RESULTADOS DA FAIXA ETÁRIA ENTRE 7 E 14 ANOS DE IDADE Uma das opções para obtenção de dados foi a divisão dos entrevistados por três faixas etárias e escolaridade. Quatorze entrevistados, equivalente a 35% dos 40, estavam entre 7 e 14 anos de idade (Fig.3). São todos alunos matriculados do ensino fundamental significando 1,72% de 809.884 alunos neste nível (Fig.4). Fig.3 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: quantidade de entrevistados e a idade correspondente. Fig.4 - Gráfico demonstrativo de resultado da pesquisa: grau de escolaridade na faixa etária de 7 a 14 anos de idade.
  • 22. 22 Dentre estes 14 alunos do ensino fundamental, 12 responderam já ter ouvido falar sobre Educação Ambiental (86%), 2 assinalaram que não (14%). Sobre a participação em atividades de EA, 9 responderam positivamente (64,3%), quando 5 dentre os 14 alunos nunca tiveram atividades de EA (35,7%). Quanto ao meio de ensinamento sobre EA, das 7 alternativas do questionário, onde era possível assinalar mais de uma opção, os alunos destacaram a ESCOLA com 36,7%, seguido pela TELEVISÃO que obteve 16,7%, logo depois a INTERNET com 13,3%, e as REVISTAS, LIVROS e JORNAIS cada uma destas opções foram marcadas com 10%, e as REDES SOCIAIS que teve 3,3% do total (Fig.5). Fig.5 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: meio a qual ouviram sobre Educação Ambiental, com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 7 a 14 anos.
  • 23. 23 Sobre a forma de entendimento do tema Educação Ambiental: 41,2% assimilam como uma melhoria para a qualidade de vida; 29,4% como interação do ser humano com a natureza; 23,5% responderam que são ensinamentos para preservação da natureza, e apenas 5,9% pensam a Educação Ambiental como conhecimento dos problemas para soluções ambientais (Fig.6). Fig.6 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: modo de compreensão do tema Educação Ambiental, com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 7 a 14 anos. A compreensão a respeito do meio ambiente, foi respondida de forma aberta, não se tratava de uma pergunta de múltipla escolha. O resultado foi que dos 14 alunos entrevistados 6 responderam que meio ambiente é a natureza, 3 não sabem o que é meio ambiente, 2 disseram que é o local onde vivemos, 2 responderam que são todos os seres, 1 escreveu que é ter cuidado com a natureza ( Fig.7). Fig.7 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: compreensão do que é Meio Ambiente, com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 7 a 14 anos.
  • 24. 24 RESULTADOS DA FAIXA ETÁRIA ENTRE 15 E 30 ANOS DE IDADE Quinze entrevistados, equivalente a 37,5% dos 40, na faixa etária entre 15 e 30 anos de idade (Fig.8). Nove são estudantes matriculados, dos quais seis participam do ensino médio e três estudam no nível superior de ensino (Fig.9). Fig.8 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: quantidade de entrevistados e a idade correspondente. Fig.9 - Gráfico demonstrativo de resultado da pesquisa: grau de escolaridade na faixa etária de 15 a 30 anos de idade. Entre os 15 entrevistados 14 já ouviram falar sobre Educação Ambiental (93,3%), 1 assinalou que nunca havia ouvido sobre EA (6,7%). Sobre participação em atividades de EA, 12 responderam sim (80%), e 3 nunca participaram de nenhuma atividade de EA (20%).
  • 25. 25 O resultado das questões fechadas de múltipla escolha, sobre o meio em que ouviram falar sobre Educação Ambiental nos mostra que treze entre quinze entrevistados têm a ESCOLA como o maior meio de propagação deste assunto, tendo 27,7%; a TELEVISÃO é o segundo meio que propaga mais a EA 21,3%; REVISTAS, JORNAIS e REDES SOCIAIS cada uma com 8,5%; LIVROS com 6,4% do total (Fig.10). Fig.10 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: meio a qual ouviram sobre Educação Ambiental, com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 15 a 30 anos. Para o entendimento do tema Educação Ambiental os entrevistados, entre 15 e 30 anos de idade, 28,6% responderam que tanto é aprender mais do assunto afim de obter uma melhor qualidade de vida como também é um ensinamento para preservação da natureza, 23,8% responderam que serve para a interação do homem com a natureza, e 19% compreendem EA como conhecimento dos problemas para soluções ambientais ( Fig.11). Fig.11 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: modo de compreensão do tema Educação Ambiental, com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 15 a 30 anos.
  • 26. 26 Para cinco dos quinze entrevistados desta faixa etária o meio ambiente significa o lugar onde vivemos, também outros cinco disseram que é cuidar da natureza, quatro entendem que são todos os seres, e um afirmou que meio ambiente é a natureza (Fig.12). Fig.12 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: compreensão do que é Meio Ambiente, com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária de 15 a 30 anos.
  • 27. 27 RESULTADOS DA FAIXA ETÁRIA ACIMA DOS 30 ANOS DE IDADE Onze entrevistados, equivalente a 27,5% dos 40, na faixa etária acima dos 30 anos de idade (Fig.13), apenas 1 é estudante cursando o nível superior (Fig.14). Fig.13 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: quantidade de entrevistados e a idade correspondente. Fig.14 - Gráfico demonstrativo de resultado da pesquisa: grau de escolaridade na faixa etária acima de 30 anos de idade Todos os entrevistados desta faixa etária ouviram falar sobre Educação Ambiental, 5 já participou de alguma atividade sobre EA (45,5%), 6 não tiveram a oportunidade ainda de participar de atividade sobre EA (54,5%).
  • 28. 28 A TELEVISÃO é o maior meio de propagação (32,4%) de Educação Ambiental entre os entrevistados acima de 30 anos de idade, assim mostra o resultado da entrevista (Fig.15). A INTERNET (14,7%) é o segundo meio a qual os entrevistados desta faixa etária são abordados com o tema EA. A ESCOLA, REVISTAS e JORNAIS são o terceiro meio pelos quais aprendem sobre EA (11,8% cada). Por fim os LIVROS e as REDES SOCIAIS com números iguais na abordagem sobre o assunto EA (8,8%). Fig.15 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: meio a qual ouviram sobre Educação Ambiental, com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária acima de 30 anos. O entendimento de Educação Ambiental para as pessoas acima de 30 anos que foram entrevistadas é de igual valor (35,7%) na interação do ser humano com natureza e como ensinamento para preservação da natureza. Também responderam em valores iguais (14,3%), mostrando EA como conhecimento dos problemas para soluções ambientais e o aprendizado para uma melhor qualidade de vida ( Fig.16). Fig.16 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: modo de compreensão do tema Educação Ambiental, com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária acima de 30 anos.
  • 29. 29 A maioria dos entrevistados responderam que meio ambiente significa cuidar da natureza, num total de 5 dos 11 entrevistados. Do restante, 2 responderam que meio ambiente são todos os seres, 2 compreendem como o local onde vivemos, e 2 entendem como a natureza (Fig.17). Fig.17 - Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: compreensão do que é Meio Ambiente, com quantidade de entrevistados e percentual, na faixa etária acima de 30 anos.
  • 30. 30 ASPECTOS GERAIS DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL O Município do Rio de Janeiro, conforme dados do Censo IBGE-2010, conta com um efetivo de 34.190 professores de ensino fundamental e 16.106 professores da rede de ensino médio (Fig.18). Tanto o Município como todo o território nacional quando referido a educação é regido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDBE. Fig.18 – Corpo docente do Municipio do Rio de Janeiro, estado do Rio de Janeiro e Brasil, nos níveis pré escolar, fundamental e médio. Fonte: IBGE cidades, 2010 Toda legislação pode ser aprimorada. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, criada em 1996 vem redesenhando o sistema educacional em todos os níveis (LDBE, 1996).
  • 31. 31 Dentro das disposições da Lei 9.394/96, mostra que a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum e indispensável para o exercício da cidadania, dando-lhe meios para progredir no trabalho e estudos posteriores. Com duração de nove anos, iniciando-se aos seis anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante a compreensão do ambiente natural e social, inclusive (LDBE, Art.22 e 32, 1996). Os currículos do ensino fundamental e médio têm uma base nacional comum, podendo ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Estes currículos devem abranger obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil (LDBE, Art.26, 1996). A finalidade do ensino médio e a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental (LDBE, Art.35, 1996).
  • 32. 32 RESULTADOS DA PESQUISA COM PROFESSORES A pesquisa (ANEXO B) foi realizada com 10 professores de diversas áreas de ensino, buscando elucidar o entendimento e desempenho dos professores no que refere ao ensino do tema Educação Ambiental, sob o formato da nº Lei 9.795/99. Todos os professores entrevistados responderam positivo quanto a produção de atividades de Educação Ambiental junto aos alunos. Abaixo quadro demonstrativo sobre o desempenho dos professores quanto ao tema Educação Ambiental: Entendimento sobre Atividades que produz Formação Matéria que leciona Educação Ambiental sobre EA com os alunos Preservação ambiental para Reciclagem, uma qualidade de vida desenvolvimento Psicologia Ensino Fundamental melhor. sustentável. Reciclagem, descarte do Serve para preservar e cuidar lixo, não fazer Pedagogia Ensino Fundamental do planeta. queimadas. É ter cuidado com resíduos e Patologia Diagnóstico Bucal e o descarte correto dos Descarte correto dos Bucodental Estomatologia materiais manipulados. resíduos. Geografia, Sociologia e Dinâmica de grupo sobre Ciências sociais Psicologia É um paliativo. o mundo industrializado. Mostra a interação do É a interação do homem com homem e a natureza a natureza, a fim de preservar dentro dos períodos História História hoje e o futuro. históricos. É importante para conscientizar sobre a preservação e nosso futuro Textos, vídeos e debates História História no planeta. dentro da História. Utilizar de forma sustentável a fim de preservar os recursos Geografia Geografia naturais. Material reciclável. Conscientizar quanto a Letras Inglês preservação da natureza. Debates, murais e filmes. Matemática Matemática Otimização dos recursos. Palestras. Plantar árvores perto de Biologia, Física, Deve ser iniciada em família, riachos auxiliando a Biologia Química e Ciências. continuando na escola. mata ciliar. Quadro demonstrativo resultante da pesquisa de campo junto aos professores.
  • 33. 33 Quando questionados sobre os principais assuntos de ensinamento dentro do tema EA, a maioria dos professores (32,1%) respondeu que é para os alunos aprenderem sobre o assunto a fim de terem uma melhor qualidade de vida, como demonstra o gráfico abaixo (Fig.19): Fig.19 – Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: prioridade de assunto dentro do tema EA Para a maioria dos professores entrevistados (5) o Meio Ambiente é o local onde vivemos. Quatro responderam que se trata do universo onde estão todos os seres, por fim um dos dez entrevistados disse que é especificamente a natureza (Fig.20). Fig.20 – Gráfico demonstrativo de resultado de pesquisa: O que é Meio Ambiente?
  • 34. 34 O artigo elaborado por Pereira e Terzi tece um comentário sobre os aspectos gerais da Lei de Educação Ambiental: O conceito de Educação Ambiental é oriundo da Lei 9.795/99, que impõe sua obrigatoriedade no ensino formal. Conforme o art. 1°, entende-se por Educação Ambiental “[...] os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. “Pelo que se depreende do art.1°, a Educação Ambiental pode ser compreendida em qualquer modalidade educacional que busque ensinar o respeito, conservação e preservação do meio, não se restringindo apenas ao ensino formal. Porém, a sociedade carrega uma percepção equivocada da instrução sobre o meio ambiente, transferindo não raras vezes tal “múnus” apenas aos pais e professores”. (PEREIRA & TERZI, 2009, p.176.) Como bem ressalta Milaré (2004, p. 612): “[...] a tarefa de educar não compete somente à família e à escola: cabe a toda sociedade, representada por seus diversos seguimentos [...]”. Trata-se de dever cogente que não mais pode continuar ao esmero de uns poucos, pois a repercussão do desleixo para com o ambiente apenas tem contribuído para sua depredação. Assim, tem-se que o conceito de Educação Ambiental deve ser visto de forma estendida, não apenas voltado para o respeito e preservação do meio ambiente natural, pois o meio ambiente, conforme explicitado, compreende muito mais do que a conservação da fauna e flora nativas; aprofunda-se em questões pertinentes à própria convivência do ser humano em sociedade, e na interação que tem com todo o planeta (PEREIRA & TERZI, 2009).
  • 35. 35 Ainda dentro do mesmo artigo abre-se um espaço elucidativo sobre o Meio Ambiente. Para a maioria das pessoas, meio ambiente diz respeito apenas à fauna, flora e parte da natureza relativa às florestas, matas, bosques... Com base em Aurélio (2004), pode-se ver que o ambiente é tudo aquilo “[...] que cerca ou envolve os seres vivos ou as coisas, por todos os lados”. Nesse mesmo contexto, a Enciclopédia Encarta (2001) define meio ambiente como o “[...] conjunto de elementos abióticos (energia solar, solo, água e ar) e bióticos (organismos vivos) que integram a fina camada da Terra chamada biosfera, sustentáculo e lar dos seres vivos.” É oportuna a conceituação de Milaré (2004, p. 78), que traz as definições de meio ambiente em sentido estrito e amplo. Na visão estrita, o meio ambiente “[...] nada mais é do que a expressão do patrimônio natural, e as relações com e entre os seres vivos” (2004, p. 78). A visão ampla, também adotada no contexto desse trabalho, engloba o conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais em interação, propiciando o desenvolvimento equilibrado da vida em todas suas formas. Ainda há a definição dada pela lei 6.938/81, relativa à Política Nacional do Meio Ambiente (PNAMA), que o vê como “[...] o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas suas formas” (art. 3º, I). A legislação pátria vem tendendo cada vez mais à acepção de meio ambiente considerada da forma supracitada, a qual permite entender que o mundo não se resume àquilo de que se está mais próximo, ou numa diminuta teia de espaços típicos; ele é uma plenitude de locais e situações que jamais se esgotam no experienciado pelo homem, e por isso nunca pode ser de ávida depredação (PEREIRA & TERZI, 2009).
  • 36. 36 CONCLUSÃO A Educação Ambiental é um modo de aprendizagem permanente, e deve estar inserido em todas as etapas da vida. Em conjunto com esferas governamentais e privadas no intuito de fortalecer o progresso consciente. Segundo Reigota (1998), a EA aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos. A Educação Ambiental pode assumir “uma parte ativa de um processo intelectual, constantemente a serviço da comunicação, do entendimento e da solução de problemas” (VIGOTSKY, 2000). O professor Pedro Jacobi (2002) em seu artigo examina: E o que tem sido feito em termos de educação ambiental? A grande maioria das atividades é feita dentro de uma modalidade formal. Os temas predominantes são lixo, proteção do verde, uso e degradação dos mananciais, ações para conscientizar a população em relação à poluição do ar. A educação ambiental que tem sido desenvolvida no país é muito diversa, e a presença dos órgãos governamentais como articuladores, coordenadores e promotores de ações é ainda muito restrita. O grande salto de qualidade tem sido feito pelas ONGs e organizações comunitárias, que tem desenvolvido ações não formais centradas principalmente na população infantil e juvenil. A lista de ações é interminável e essas referências são indicativas de práticas inovadoras preocupadas em incrementar a co- responsabilidade das pessoas em todas as faixas etárias e grupos sociais quanto à importância de formar cidadãos cada vez mais comprometidos com a defesa da vida. Nesse universo de complexidades precisa ser situado o aluno, cujos repertórios pedagógicos devem ser amplos e interdependentes, visto que a questão ambiental é um problema híbrido, associado a diversas dimensões humanas. Os professores devem estar cada vez mais preparados para reelaborar as informações que recebem, e dentre elas, as ambientais, a fim de poderem transmitir e decodificar para os alunos a expressão dos significados sobre o meio ambiente e a ecologia nas suas múltiplas determinações e intersecções. A ênfase deve ser a capacitação para perceber as relações entre as áreas e como um todo, enfatizando uma formação local/global, buscando marcar a necessidade de enfrentar a lógica da exclusão e das desigualdades. A educação ambiental deve destacar os problemas ambientais que decorrem da desordem e degradação da qualidade de vida nas cidades e regiões.
  • 37. 37 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AURÉLIO. 2004. O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, versão digital. Corresponde à 3ª. edição, 1ª. impressão da Editora Positivo, revista e atualizada do Aurélio Século XXI, O Dicionário da Língua Portuguesa. BARBOSA, Luciano Chagas. Políticas Públicas de Educação Ambiental numa sociedade de risco: tendências e desafios no Brasil. Sociólogo da Secad/MEC; Especialista em Políticas Públicas da Educação, 2008 BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental - Temas Transversais. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Fundamental, 1998. CAMARGO, Suzi Claudia Giusti & BRANCO, Joaquim Olinto. A Educação Ambiental na visão dos professores de Ciências Naturais, Humanas e Linguagem, Balneário Camboriú, SC, 2003. CAPRA, Fritjof. Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento / coordenação André Trigueiro; prefácio Marina Silva – Campinas, SP; Armazém do Ipê (Autores Associados), 2005 CARSON, Raquel Louise. Primavera Silenciosa. 1962. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1969 ENCARTA. 2001. Microsoft do Brasil. Enciclopédia Encarta 2001. São Paulo (SP, Brasil): Microsoft do Brasil, 2001. GUIMARÃES, Mauro. A Dimensão Ambiental na Educação. Campinas,SP: Papirus,1995- (Coleção Magistério:formação e trabalho pedagógico). IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Fonte: As informações são oriundas de pesquisas e levantamentos correntes do IBGE e dados de outras instituições, como Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, Ministério da Educação e do Desporto - INEP/MEC; Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, Ministério da Saúde - DATASUS/MS; Tribunal Superior Eleitoral - TSE; Banco Central do Brasil - BACEN/MF, Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério da Fazenda - STN/MF e Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN/MJ. JACOBI, Pedro. Educação Ambiental Cidadania e Sustentabilidade, SP, 2002. LDBE, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, 1996 – Lei Darcy Ribeiro, 1996 – Lei nº 9.394/96. MILARÉ, Edis. Direito do Ambiente. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
  • 38. 38 PEREIRA, Pedro H. S. & TERZI, Alex M. Filosofia e Educação Ambiental: o desafio da contextualização do paradigma biocêntrico nas salas de aula. In: PEREIRA, Pedro H. S. (org. et. al.). Atas da XI Semana de Filosofia da UFSJ. São João Del Rei: SEGRA, 2009. ISBN: 978-85-88414-49-5. PRONEA, Programa Nacional de Educação Ambiental. Diretoria de Educação Ambiental / Ministério do Meio Ambiente, 2003. REIGOTA, Marcos. Meio Ambiente e Representação Social. São Paulo: Questões da Nossa Época, n° 41, Cortez, 1996. REIGOTA, Marcos. Desafios à educação ambiental escolar. In: JACOBI, P. et al. (orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: SMA, 1998. p.43- 50. SÉGUIN. Elida. O Direito Ambiental: nossa casa planetária. Rio de janeiro: Forense, 2000. P.67. VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. Martins Fontes: São Paulo, 2000.
  • 39. 39 PESQUISA DE CAMPO ANEXO A TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GESTÃO AMBIENTAL Nome: Idade: Escolaridade: Você já ouviu falar em Educação Ambiental? ( )SIM ( )NÃO Se ouviu, foi através de quais meios? ( ) televisão ( ) internet ( ) escola ( ) revistas ( ) livros ( ) jornal ( ) redes sociais Já participou de alguma atividade sobre Educação Ambiental? ( )SIM ( )NÃO Qual o seu entendimento sobre Educação Ambiental: ( ) interação do ser humano com a natureza ( ) ensinamentos para preservação da natureza ( ) conhecimento dos problemas para soluções ambientais ( ) aprender sobre o assunto para ter uma melhor qualidade de vida O que é meio ambiente? Autorizo as informações acima para o trabalho de conclusão de curso de Gestão Ambiental.
  • 40. 40 PESQUISA DE CAMPO ANEXO B TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GESTÃO AMBIENTAL Nome: Formação: Matéria que leciona: Qual o seu entendimento sobre Educação Ambiental: Produz junto aos alunos alguma atividade sobre Educação Ambiental? ( )SIM ( )NÃO Se produz alguma atividade sobre EA, enumere os itens abaixo por níveis prioritários de ensinamento sobre o assunto: ( ) interação do ser humano com a natureza ( ) ensinamentos para preservação da natureza ( ) conhecimento dos problemas para soluções ambientais ( ) aprender sobre o assunto para ter uma melhor qualidade de vida Qual tipo de atividade você produz ou já produziu com os alunos: O que é meio ambiente? Autorizo as informações acima para o trabalho de conclusão de curso de Gestão Ambiental.