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1
FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC GOIÁS
BRUNA ROSA
JEAN NASCIMENTO
PAULO VICTOR
CARTÕES POSTAIS DO MOVIMENTO CULTURAL GOIANO
GOIÂNIA
2010
2
BRUNA ROSA
JEAN NASCIMENTO
PAULO VICTOR
CARTÕES POSTAIS DO MOVIMENTO CULTURAL GOIANO
Monografia apresentada à Faculdade de
Tecnologia Senac Goiás como requisito
parcial à obtenção do título Tecnólogo em
Design Gráfico.
Orientador: Prof. Felipe Chalfun.
GOIÂNIA
2010
3
FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC GOIÁS
BRUNA ROSA
JEAN NASCIMENTO
PAULO VICTOR
CARTÕES POSTAIS DO MOVIMENTO CULTURAL GOIANO
Monografia aprovada em ____/____/____ para obtenção do título de Tecnólogo em
Desing Gráfico
Banca Examinadora:
_______________________________________
Professor(a) Orientador(a)
_______________________________________
Professor(a) de Monografia
_______________________________________
Professor(a) Convidado(a)
4
Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pois sem
ele nada teria acontecido. Aos nossos pais, irmãos e amigos
que nos fizeram acreditar que era possível chegar até aqui.
Aos que contiveram nossas lágrimas nos momentos em que
o medo e o desespero tomaram conta. Nossa gratidão será
eterna a todos!
Bruna, Jean e Paulo Victor
5
AGRADECIMENTOS
Aos professores do curso de Design Gráfico que durante os momentos de
constante ensino e "feedbacks" só ajudaram na produção de todo trabalho.
Bruna, Jean e Paulo Victor
6
"Tudo que era guardado à chave
permanecia novo por mais tempo,
mas meu propósito não era
conservar o novo, e sim renovar o
velho.
Walter Benjamin
1984
7
RESUMO
O turismo cultural tem sido aclamado pelos governos e pela sociedade como
uma das principais características do patrimônio do país. Percebemos que
atualmente no estado de Goiás há uma deficiência em produtos voltados para a
divulgação deste tipo de turismo.
Esta pesquisa propõe o desenvolvimento de metodologia para criação de
cartões postais que despertem a vontade de aquisição por este tipo de mídia e que
contribua para o desenvolvimento e a oferta de produtos de turismo cultural
autêntico, principalmente, a promoção da diversidade cultural goiana, valorizando as
identidades culturais locais.
Palavras-chave: Turismo cultural. Cartão postal. Fogaréu. Cavalhadas - Goiás.
8
ABSTRACT
Cultural tourism has been hailed by governments and society as a to one of the
main features of the heritage of the country. We realize that today in the state of
Goiás exist a deficiency in products for the dissemination of this type of tourism.
This research proposes the development of methodology for creating postcards
that will awaken the interest the acquisition for this kind of media and contribute to
the development and supply of authentic cultural tourism products, mainly, the
promotion of cultural diversity Goias, valuing the identities cultural sites.
Keywords: Cultural tourism. Postcard. Fogaréu. Cavalhadas - Goiás.
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10
2 O TURISMO CULTURAL NO ESTADO DE GOIAS........................................ 12
3 O CARTÃO POSTAL COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO...............................
3.1 A HISTORIA ....................................................................................................
14
14
3.2 O CARTÃO POSTAL COMO RECURSO MNEMÔNICO................................ 15
3.3 O CARTÃO POSTAL E SEU VALOR AFETIVO 15
3.4 O CARTÃO POSTAL COMO MÍDIA PUBLICITÁRIA ATUAL..........................
4 METODOLOGIA...............................................................................................
16
5 A ESCOLHA DOS EVENTOS E ATRAÇÕES CULTURAIS............................ 21
5.1 CIDADE DE GOIÁS ......................................................................................... 21
5.1.1 Fogaréu......................................................................................................... 22
5.1.2 Arquitetura................................................................................................... 23
5.2 CAVALHADAS DE PIRENÓPOLIS.................................................................. 23
5.3 GOIÂNIA ......................................................................................................... 23
6 INICIANDO OS NOVOS POSTAIS..................................................................
6.1 O OBJETIVO DA FOTOGRAFIA NO CONTEXTO DO CARTÃO POSTAL...
24
6.1.1 Fotografias arquitetonicas ........................................................................ 25
6.1.2 Fotografias da procissão do fogareu........................................................ 25
6.1.3 Fotografia das cavalhadas e rodeio.......................................................... 26
6.2 DIAGRAMAÇÃO ............................................................................................. 26
6.3 TESTES E GERAÇAO DE ALTERNATIVAS ..................................................
6.4 TIPOGRAFIA....................................................................................................
28
6.5 LAYOUT FINAIS...............................................................................................
7 ACABAMENTO GRAFICO................................................................................
35
38
8 CONCUSÃO......................................................................................................
REFERÊNCIAS..................................................................................................
41
APÊNDICES....................................................................................................... 43
14
18
24
25
31
40
10
1 INTRODUÇÃO
Assim como em outros estados brasileiros, Goiás vem desenvolvendo ações
voltadas para o turismo, se inserindo cada vez mais no turismo empresarial e no
ecoturismo, com o intuito de ampliar cada vez mais produtos dentro deste segmento
de mercado. Percebeu-se que há uma necessidade de se programar ações
conjuntas, planejadas e geridas entre as áreas de turismo e de cultura.
O ponto inicial para captação de turistas está na divulgação de atrativos que
agucem a curiosidade dos turistas para uma determinada região, a principal forma
encontrada para realizar esta comunicação em órgãos do ramo turístico com seus
clientes é através da exposição de imagens do lugar ou evento que se pretender
vende. Alguns suportes são utilizados para esta comunicação, a variação é de
acordo com o ambiente onde será anunciado.
Após algumas visitações a estes pontos de vendas, percebemos que na
maioria das agencias e empresas de transporte cartazes e folders são utilizados; Já
em aeroportos e rodoviárias o uso mais evidente é de banners e painéis. Mas com
toda a informação em que se tem nos lugares onde são expostas essas peças se
torna difícil a memorização de detalhes, lugares precisos e datas quando se refere
ao movimento cultural do lugar visitado poderíamos considerar que são peças
momentâneas.
Partindo deste ponto de analise optamos por trabalhar com uma peça gráfica,
que pudesse ser levada pelo turista, mas que alem da informação causasse um
vinculo afetivo, prendendo aquela peça por mais tempo a que a recolheu.
O objeto de pesquisa escolhido para ser trabalhado se trata de uma das
peças gráficas mais antigas e eficientes, em seu tempo de grade comercialização,
dentro do contexto do turismo: o cartão postal.
O principal objetivo deste projeto é desenvolver uma metodologia para criação
de novos layouts de cartão postal, que serviram para divulgar o turismo cultural do
estado, visto que atualmente, não há uma real dedicação para a criação do mesmo.
A valorização da fotografia e a informação das manifestações culturais do estado
serão elementos principais para o direcionamento do projeto.
O inicio do processo começa com um estudo desde o surgimento do cartão
postal até a sua condição atual, levantando dados para compreender quais motivos
11
que levaram ao desinteresse por sua aquisição, condições que o causaram sua
defasagem como mídia de comunicação eficiente.
O primeiro passo foi à definição de algumas manifestações culturais do
estado que possuem aspecto ímpar, como: o fogaréu de Goiás Velho, sua
arquitetura, cavalhadas em Pirenópolis e o Rodeio Show em Goiânia, com isso
captando os parâmetros corretos para definição dos ícones de cada evento a serem
fotografados
Após analise das fotografias e layouts atualmente aplicados nos postais,
determinou-se o que ficaria e o que seria modificado. Com toda pesquisa feita,
objetivos colocados em pauta e justificativa, supõe-se que foi desenvolvido uma
forma competente para criação desta peça gráfica e a melhor forma para trabalhar
com o cartão postal.
Assim, inserindo o cartão postal dentro da divulgação do turismo cultural do
estado, garantindo a comunicação expressa na peça, sendo um adicional,
juntamente com outras peças gráficas que tem o mesmo foco, essa ação conjunta
poderá fazer com que o mesmo mantenha seu valor como mídia de comunicação.
12
2 O TURISMO CULTURAL NO ESTADO DE GOIÁS
Segundo dados do último levantamento no setor turístico do país, realizado
pela EMBRATUR, entre os anos de 2006 e 2008, no estado de Goiás, houve um
crescimento significativo na criação de novos meios de hospedagem, agências de
turismo, transportadoras turísticas que deixa o estado em destaque na região centro-
oeste. Qualifica ainda mais a sua estrutura para o turismo e reforça a necessidade
de uma melhor divulgação dentro e fora do estado.
A agência Goiás Turismo, ministrada pelo governo do estado, desenvolve
trabalhos de exposição em feiras nacionais de turismo e eventos empresariais de
outros estados, este trabalho tem como foco principal divulgar o turismo empresarial
e o ecoturismo. Em paralelo o órgão do governo responsável pela manutenção da
cultura do estado, a Agepel, entra com leis de incentivo, apoiando alguns eventos
que acontecem na capital e cidades do interior; Como também desenvolve um
trabalho junto às empresas aqui instaladas para valorizar o ambiente cultural do
estado, com o intuito de reduzir impostos paras as empresas que se tornarem
parceiras dos projetos. Estas ações visam facilitar e dar condições para que os
eventos aconteçam, mantendo o circuito de eventos culturais vivos.
Atualmente em Goiás os projetos gráficos utilizado pelas duas agências são:
folders, postais publicitários e livretos, que seguem um padrão de informações, no
qual consiste em mostrar as belezas naturais; Um resumo das cidades históricas e
seus eventos culturais, abordando como um todo o potencial do estado nestas
áreas, utilizando desses atrativos para conectar com o foco principal do seu trabalho
que é a divulgação do turismo empresarial, deixando um espaço significativo na
divulgação do turismo doméstico.
13
Figura 1: Postais publicitários da Goiás Turismo
Mesmo com todo esse empenho, nenhuma das duas agências do estado tem
um projeto direcionado e específico que visa divulgar esses movimentos culturais,
restringindo o conhecimento dos mesmos para quem está fora do estado.
Sendo assim o projeto visa aproveitar a capitação dos turistas dos tipos de
turismo em que o estado foca atualmente para divulgar os aspectos culturais. Diante
da falta de um projeto gráfico específico para divulgação da cultura do estado, a fim
de valorizar o turismo cultural goiano foi decido pesquisar a melhor forma de garantir
esta divulgação em ação conjunta com empresas do seguimento no estado, tais
como as agências de turismo, hotéis, pousada, restaurantes entre outros.
14
Após análise dos possíveis meios de comunicação impressa utilizadas
atualmente, o que chamou a atenção foi os cartões postais, um meio de
comunicação com um tempo de vida útil maior, se comparado a outras mídias
impressas utilizadas em campanhas publicitárias, já que o valor desta peça gráfica
se dá no vínculo afetivo que envolve o postal com o seu receptor. Enquanto a
mensagem escrita transmite a emoção do remetente, a imagem gravada no postal
reforça esse sentimento.
3 O CARTÃO POSTAL COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO
3.1 A HISTÓRIA
Os postais, quando surgiram em 1869, não tinham a aparência atual com
imagens na frente e espaço para recados no verso: eram conhecidos como
“bilhetes-postais” que não possuíam fotografias. Opostkarten, lançado por
Emmanuel Hermann em 1869, media 12 x 8,5 cm e não trazia fotografias ou
ilustrações. Eles tinham como único adereço o selo postal impresso sobre o cartão
cor creme com a inscrição. O “bilhete-postal” consistia numa carta menor, na qual o
uso do envelope era dispensado, ficando um dos lados reservado à mensagem e o
outro ao endereço.
Figura 2: Bilhete postal de 1953
15
Um meio de comunicação que permite a troca de mensagens breves, ao
passar do tempo foi acrescido de imagens, os postais tiveram uma importante
referência visual e precursores dos modernos meios de comunicação atualmente
utilizados.
3.2 O CARTÃO POSTAL COMO RECURSO MNEMÔNICO
Pode-se considerar o turista como colecionador de imagens; Elas são pontos
fundamentais na decisão de um roteiro de viagem, seguindo esse raciocínio
podemos entender que “toda paisagem pode ser turística, depende apenas do seu
observador e de como ele interpreta o sentido de cada paisagem”. (BARRETO,
2002).
As paisagens oferecidas nas viagens, só existem em relação à sociedade,
elas não existem propriamente ditas, como um dado da natureza. É a ação social
que dá sentido às paisagens, não o contrário. O cartão postal tende a reforçar os
principais lugares ou manifestações turísticas de um determinado local e auxilia,
após a viagem, na distinção do local visitado que se torna uma referência no término
da viagem ou um indicativo para quem ainda não conheceu o lugar.
Os ícones de um determinado ponto turístico ou cena cultural quando bem
representados através da fotografia em um cartão postal podem despertar a
curiosidade, como também, aguçar a expectativa nas pessoas que não conhecem o
lugar ou evento mostrado na imagem; Fortalecendo o interesse no determinado
assunto e ainda aliar-se a narrativa de quem visitou o lugar ou manifestação exibido
no postal.
3.3 O CARTÃO POSTAL E SEU VALOR AFETIVO
Todos têm memórias recentes ou antigas, um simples exercício de lembrar-se
dos fatos ou uma relação subjetiva entre o que vivemos e o que guardamos
conosco. No caso dos postais, memória parece ser aquilo que se guarda em
“caixinhas” e coleciona-se como se fossem miscelâneas de tudo que se vive. Pelo
apego à história do seu tempo, há momentos vividos com pessoas queridas, muitas
recordações do passado. A própria constituição da memória é feita de lembranças e
16
esquecimentos, nos postais se vê o que não tem mais e mata a saudade. Eles
representam as histórias que se vive e se lembra, a cada vez que as fotos são
vistas, elas se transformam em mensagens vivas do passado ao alcance de quem
as aprecia. Seja um ser histórico; o passado sempre o acompanhará, não poderá
abandoná-lo e até mesmo evitar que isto aconteça. "No seio do cotidiano - nos diz o
historiador francês J. Le Goff (Historias e Memórias, 1988) - há uma realidade que
se manifesta de forma completamente diferente do que acontecem nas outras
perspectivas históricas: a memória... história de que trata revela-nos o sentimento de
duração, nas coletividades e nos indivíduos, o sentimento daquilo que muda bem
como daquilo que permanece a própria percepção da história". O cartão postal leva
ao cotidiano de outrora, mesmo aquele que não se vive: o que ajuda a sentir esta
percepção da história, de certa forma, dá condição para imaginar até aquilo que não
se chega a viver, lugares e eventos que foram enviados em pedaços de papel e com
o tempo começa a fazer parte das lembranças como algo realmente vivido.
3.4 O CARTÃO POSTAL COMO MÍDIA PUBLICITÁRIA ATUAL
Comparando o cartão-postal com as mídias convencionais, nota-se que a
relação de intimidade que se estabelece entre ele e seu receptor contribuem para
dar uma nova dimensão à mensagem, ampliando o tempo de permanência da
mesma. Os cartões postais se estabelecem como uma alternativa por não
apresentarem, como as mídias convencionais, problemas com a redução do impacto
da mensagem devido à dispersão do próprio meio ou do receptor. Assim, o fato de
estarem inseridos no contexto de um público-alvo segmentado, expostos em locais
estratégicos que remetem ao público a sensação de momentos agradáveis e serem
voluntariamente escolhidos por ele, reforça o caráter mnemônico desta mídia e sua
função principal de perpetuar a mensagem por um tempo superior ao possibilitado
pelas mídias convencionais eletrônicas. São artefatos diretamente envolvidos com o
turismo, apresentando as belezas do patrimônio de uma cidade, podendo estimular
um turista a desejar conhecer a localidade, a retornar para uma já conhecida, além
de servir como fonte de recordações de momentos vividos.
Com toda a tecnologia agregada à internet, o mercado do cartão postal sofreu
algumas modificações quanto a sua comercialização, percebe-se a redução na
aquisição deste produto; Atualmente o cartão postal tem sido utilizado como mídia
17
complementar, em ação conjunta com outras peças gráficas nas campanhas
publicitárias para divulgação de empresas, produtos e eventos, assim esta forma de
utilização do postal permitiu que mantivesse o seu valor como mídia de
comunicação.
No estado de Goiás sua comercialização acontece nos sítios históricos das
cidades do interior, em sua grande maioria nas lojas de artesanatos; Já na capital a
comercialização é mais discreta, foi possível encontrá-los em poucas bancas de
revistas do centro, nas ruas principais, como Anhanguera e Goiás, lojas de
souvenires do aeroporto e a rodoviária. O ponto de vendas dispõe de uma pequena
variação de itens e seus assuntos são voltados apenas para paisagens da capital.
Para compreender melhor a comercialização atual do cartão postal
realizaram-se pesquisas com pessoas de várias regiões do país, que tem o hábito
de viajar e interesse no turismo cultural. Ao todo foram colhidos dados de cinqüenta
e cinco pessoas no Brasil, trinta através da internet via Orkut, Twitter e e-mail, dez
feitas pessoalmente nas cidades de Goiás, durante a procissão do fogaréu e quinze
durante as cavalhadas em Pirenópolis.
Obtiveram-se dados com as pessoas entrevistadas numa faixa etária de 20 a
55 anos que tem hábitos de realizarem viagens a passeio; Iniciou-se a pesquisa
perguntando se costumavam ter interesse pelo turismo cultural da cidade visitada,
90% responderam que costumam se interessar pela cultura da cidade e fazem
visitações a sítios históricos e eventos culturais, destes apenas 15% compram
postais após a visitação de um centro histórico, a grande maioria se limita a registrar
a visitação apenas em suas câmeras. Já 85% dos entrevistados pegariam cartões
postais dos referentes sítios históricos visitados se os encontrassem distribuídos
gratuitamente em hotéis e restaurantes, antes ou após a visitação, destes 60%
enviariam a outras pessoas. Quando perguntado pelo interesse em colecionar
postais 35% responderam que tem hábitos de colecionar mesmo que não os tenham
recebidos de alguém. A grande maioria 65% guarda postal por dois motivos: 55%
pelo valor sentimental com quem os mandaram e 45% pela fotografia do postal.
Após a primeira pesquisa percebe-se outra forma de trabalhar com o cartão
postal, já que o mesmo vem ganhando destaque como mídia publicitária, onde vem
se mantendo significativo no mercado e bem aceito pelas empresas, tanto do ramo
turístico como de outros segmentos.
18
Uma segunda pesquisa foi realizada dentro do assunto de comercialização
dos postais. Entrevistas com empresários que atuam no ramo de agências de
turismo, hotéis, pousadas e restaurantes regionais, sendo um total de doze
empresas na capital e oito no interior.
Quando questionado sobre a utilização de cartões postais publicitários como
mídia de divulgação 80% dos entrevistados afirmaram que já fizeram uso do postal
para divulgar sua empresa, destes 90% acharam eficiente o meio utilizado e
percebeu um retorno positivo, 90% voltariam a utilizar o serviço e disponibilizariam
um local em seus estabelecimentos para exposição dos postais. Quando cogitado a
possibilidade de disponibilizar em sua web sites, uma página com cartões postais
eletrônicos, 70% dos entrevistados se recusou a tal serviço.
Observando a limitação da comercialização direta com o consumidor final,
decidiu-se trabalhar com o cartão postal publicitário, que teria uma área reservada
em seu verso para anúncio de uma empresa patrocinadora.
Os mesmos serão distribuídos gratuitamente em pontos estratégicos, como hotéis,
pousadas, shoppings aeroportos, rodoviárias e restaurantes das cidades que tem
seu turismo divulgado pelas agências do governo do estado.
4 METODOLOGIA
Através de análise dos cartões-postais existentes na capital e no interior que
se mostrou um campo fértil para a investigação de diversos problemas relacionados
divulgação do turismo cultural de Goiás.
A pesquisa de campo sobre os postais atualmente comercializados no estado
foi realizada em pontos de vendas de cartões na capital, nas cidades dos eventos
em questão, rodoviária, aeroporto, hotéis e agências de turismo, permitindo
encontrar alguns problemas que existe nos atuais cartões postais.
Descobriu-se que não há uma preocupação com a definição de um layout
nos cartões que possuem o mesmo tema, como também são restritas as
informações sobre as imagens utilizadas. A tipografia é usada de forma aleatória, na
maioria se faz o uso de tipografias serifadas sobrepostas na imagem, mantendo-se
apenas um padrão na tipografia e elementos gráficos utilizado no verso do postal.
19
Figura 3: Postais de Goiânia|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Fotografias em primeiro plano, realçando o fundo com o objeto central. A
maioria dentro da composição em L e S, sendo o L utilizado nas paisagens dos
parques com finalidade e transmitir a sensação de tranqüilidade; Composições em S
nas paisagens dos sítios históricos, proporcionando a visualização da imagem mais
ativamente.
Os postais da Capital possuem fotografias com predominância da cor verde,
evocando saúde e vitalidade uma pretensão em ostentar a imagem de
“capital mais arborizada do Brasil".
Nos postais das cidades de Goiás e Pirenópolis a fotografia e rica em tons
alaranjados, marrons e amarelos que reforçam a idéia de cidade antiga, histórica.
Podemos tomar como exemplo os tons alaranjados na iluminação das ruas que tem
o intuito de relembrara o hábito antigo de utilizar lampiões na iluminação de vias
publica e residenciais.
20
Figura 4: Postais da cidade de Goiás Turismo||
Com esta analise dos cartões postais foi possível definir o que deveria ser
modificado e quais recursos necessários para a criação de uma comunicação
eficiente dentro da linguagem dos cartões postais e o desenvolvimento de um layout
eficiente para dar suporte a esta comunicação.
O projeto começa, na sua fundamentação teórica, com uma abordagem
sobre a imagem e o signo. Podemos considerá-los peças fundamentais da
21
construção cognitiva, já que boa parte da informação do homem chega até ele
através de imagens, “A cognição é um conceito geral que alcança todas as formas
de conhecimento, incluídos a percepção, o raciocínio e o julgamento (Chaplin,
1985)”. Procuramos buscar nos símbolos de cada movimento cultural abordado os
vestígios de memória que possam ser legitimados e validados pelos receptores para
ter fun
nto da fotografia exposta no cartão
postal
aioria das manifestações e a
arquitet
se restringir a
apreciação da fotografia, indo além do simples registro do evento
A ESCOLHA DOS EVENTOS E ATRAÇÕES CULTURAIS
5.1 CIDADE DE GOIÁS
cionalidade social.
Partindo da analise de imagens de fácil leitura e que tenha uma forte
referencia com cada evento, facilitando a compreensão do tema de cada movimento
cultural. A estrutura do postal teria apoio com a definição de um layout que
acomodasse a fotografia como destaque principal na peça gráfica mas que
permitisse atribuição de cores ao fundo, o que também realçaria a fotografia, e de
texto com uma curta explicação sobre o mome
como também sobre o evento abordado.
A escolha da tipografia teria como base a utilizada pela igreja católica, em
seus documentos, no século XVIII, já que a m
ura abordada têm ligação com esta religião.
Eliminando de utilização de fotografias panorâmicas, levando em conta
principalmente o estudo das técnicas utilizadas pela fotografia, como cor,
perspectiva enquadramento, impressão de movimento e enquadramento dinâmico,
pois o objetivo principal é “transportar” o observador para a atmosfera do evento,
afim de aguçar a curiosidade sobre o assunto, não apenas
5
Escolhemos trabalhar com a divulgação da cidade de Goiás por dois motivos
em especifico, a procissão do Fogaréu, que é um dos principais movimentos
culturais do estado, e por sua arquitetura barroco-colonial original, patrimônio
arquitetônico do Século XVIII encontrado nos principais monumentos da cidade,
juntamente com grande quantidade de riquíssima arte sacra nas seculares igrejas e
nos museus. Assim poderíamos criar uma ligação única voltada para o apelo
22
religioso que o turismo cultural geralmente faz, cidades como Ouro Preto e Olinda
utilizam das obras religiosas como atrativo na sua divulgação e aproveitam para
incluir neste outros fatores importantes da cidade como a musicalidade, poesia e
ventos que fogem do tema religioso.
5.1.1 Fogaréu
s e a rapidez dos
farrico
agem incluído em seu roteiro o que reforçará o valor
mnem
sua historia” (Clovis carvalho Britto, Livro
Luzes & Trevas Kelley Cristina Carneiro).
e
Evento religioso realizado durante as celebrações da semana santa na cidade
de Goiás; Iniciada a meia noite de quarta-feira com a iluminação pública apagada e
ao som dos tambores, sai da porta do museu de artes sacra da boa morte, na praça
principal; Segue rapidamente desordenada ate as escadarias da igreja de N.Sª. do
Rosário onde encontra a mesa da última ceia já dispersa. O destaque na
sonorização da procissão fica a cargo da fanfarra com tambores, acelerando os
passos da multidão. Esse ritmo descompassado junto com a beleza plástica da
procissão torna a cerimônia rica em detalhes. A escuridão, as tocha
cos remetem os participantes em geral a um clima medieval.
Utilizaremos o ícone do evento como destaque dentro do contexto da
fotografia para representar a procissão do fogaréu no cartão postal, o farricoco que
alem de ícone da procissão também se tornou símbolo da cidade. Alem do colorido
dos homens encapuzados e sua beleza plástica o farricoco está presente apenas na
procissão da cidade de Goiás, Pois é a única procissão deste assunto que ainda
mantém esse person
ônico do postal.
“A procissão do fogaréu e seus personagem símbolo, o farricoco, constituem
em latente exemplo de patrimônio imaterial, justamente por caráter de narrativa
critica, ou seja, por ser transmitido de geração em geração e constantemente
recriado em função do seu ambiente e da
23
5.1.2 Arquitetura
ial. Deixamos apenas
uso da tipografia para fazer uma sutil referencia ao art déco.
5.2 CAVALHADAS DE PIRINÓPOLIS
ada ano que passa a tradição atrai um número expressivo de turistas à
cidade
do ritual,
cando esses três icones como destaque dentro do contexto da fotografia
5.3 GOIÂNIA
Mesmo a capital tendo um valor arquitetônico conhecido em todo pais, por
suas construções art déco não encontramos nenhum trabalho de apoio a visitação
destas construções na capital, como guias de turismo ou abordagem de agências
para estas construções. Assim optamos por utilizar a imagem das igrejas da cidade
de Goiás, por ter um apelo cultural muito forte, seja por sua data de fundação, já que
a maioria das pessoas associa antiguidade como algo cultural, como também pela
historia das suas construções e a capacidade que o centro turístico tem de
possibilitar praticamente uma viagem no tempo do Brasil colon
o
Como cidade turística Pirenópolis se destaca por suas cachoeiras, seu sítio
histórico e a estrutura turística da cidade para acomodar bem os visitantes. Mas em
termos de manifestação popular voltado para a cultura da cidade nada e tão forte
quanto às cavalhadas, que acontece durante a Festa do Divino Espirito Santo, é
uma das mais importantes manifestações culturais do Brasil, e considerada uma das
mais luxuosas do mundo. Simboliza a luta entre Mouros e Cristãos, alegrada por
mascarados com faces de boi e onça: na crença popular, significa o afastamento do
mal. A c
.
As cavalhadas nos permite trabalhar com três postais de temas distintos , pois
esta manifestação concentra como destaque os Mouros, os Cristãos e os
Mascarados, cada um com sua beleza peculiar e sua importância dentro
fi
Diante da divulgação já existente da capital para o turismo empresarial,
decidimos explorar o rodeio show que acontece em Goiânia. Manifestação cultural
que está inserido no maior evento empresarial do estado que é a Exposição
24
Agropecuária de Goiás, uma boa oportunidade para divulgarmos a tradição desta
cultura, que está presente em todo o estado em feiras deste tipo. Aproveitando
também a ligação que a musica sertaneja tem com os rodeios, já que estamos
trabalhando dentro do apelo emocional e a musicalidade forte do estado ajudar
nesta construção de sentimento entre o evento, o turista e o cartão postal.
INICIANDO OS NOVOS CARTÕES POSTAIS
6.1 OBJETIVO DA FOTOGRAFIA NO CONTEXTO DO CARTÃO POSTAL
as
mensa
arranjo cultural
ideoló
ala por si só, é necessário que as perguntas sejam feitas”
(MAUAD 1996, p 10).
6
Para avaliar um documento visual é necessário atentar para alguns
pressupostos básicos e inerentes à própria história: expressão e conteúdo, tempo e
espaço, percepção e interpretação. “A noção de espaço como chave de leitura d
gens visuais, devido à natureza deste tipo de texto” (MAUAD 1996, p. 14).
É de extrema importância conseguir transmitir através da fotografia todo o
valor emocional e cultural de cada evento e atração cultural registrada através da
fotografia, pois a fotografia atua desde a captação do postal pelo turista quando
exposto em um local especifico até o desejo de guardá-lo por quem o recebe. O
entrosamento entre o ícone, o momento fotografado e seu evento é que vai garantir
a melhor imagem para registrar o momento responsável por transmitir toda emoção,
a plástica e seus valores dentro da manifestação cultural. Mauad reforça essa
afirmação citando Mirian Moreira Leite: “toda captação da mensagem manifestada
se dá através de arranjos espaciais. A fotografia é uma redução, um
gico do espaço geográfico num determinado instante” (p. 14).
Nos eventos escolhido para serem fotografados, tentamos analisá-los em três
planos: o cenário (e seu movimento), o objeto (o ícone a ser fotografado) e a pose (o
momento em que é fotografado dentro do evento). Já situada a cronologia da foto e
seu contexto histórico partiremos para abordagem do documento em si, observando
que “a imagem não f
25
6.1.1 Fotografias arquitetônicas
resultados, mesmo que fossem de lugares já conhecidos e
visitad
opo das igrejas, por
exemp
ciso inclinar para realizar a
foto, o
s
que já
ra arquiteturas
[...]” afirma John Hedgecoe em O novo manual da fotografia (pag.36).
.1.2 Fotografias da Procissão do Fogaréu
spaciais”
juntam
oderá ficar na dúvida
até conseguir definir com clareza a forma espacial dos objetos.
Nas fotografias de arquitetura, foi tirado o máximo da luz natural variando
bastante os ângulos da câmera, para que se obtivesse um bom ponto de vista das
fotos e uma boa composição. Desta forma houve uma considerável variedade de
fotografias com bons
os por turistas.
Como as construções da cidade de Goiás Velho são em geral grandes e
algumas cercadas por casa, comércios e outros edifícios, foi necessário fotografar a
uma curta distância e nem sempre se obtinha um resultado que enquadrasse toda a
estrutura. Era sempre preciso reclinar-se para trás para que o t
lo, fosse fotografado, o resultado também foi satisfatório.
Algumas fotos foram preenchidas no primeiro plano, desta forma, já conduz a
visão direta ao objeto fotografado e mais uma vez foi pre
utras deram a impressão de parecerem verticais.
O espaço ao redor das arquiteturas foi aproveitado, ás vezes era viável uma
distância para que não só a igreja aparecesse mais também o que havia ao lado ou
atrás. Ao fotografar a arquitetura, foi essencial focar no detalhe, mesmo que fossem
a uma pequena estrutura, destaques para contornos e combinações de cor,
imperceptíveis em fotos panorâmicas. O grande objetivo disso foi minimizar as
imagens das igrejas conhecidas, causando um interesse maior para com aquele
visitaram a cidade e claro, não descartando a idéia de atrais turistas novos.
Durante todo o período a iluminação teve suas interferências, ou seja, do
tempo e da qualidade da luz do sol. “Não existe iluminação perfeita pa
6
Devido à baixa quantidade de luz, houve dificuldades para a realização das
fotos, a luz gerou sombras e isso fez com que os resultados fossem “e
ente com o desenho dos objetos e toda a paisagem de Goiás Velho.
Os farricocos em algumas fotos podem ser identificados pela sua sombra e
contorno, quem observa a foto, somente em alguns instantes p
26
As tochas foram elementos essenciais na iluminação durante as fotos, pois,
mesmo que incidindo indiretamente no rosto dos farricocos, elas iluminavam parte
do mesmo, permitindo o aparecimento de sombras o que ajudou bastante no
trabalho de luz e sombra.
Composição fotográfica com base nas linhas alongadas, chamando a atenção
dos olhos para um ponto de convergência, assim a diversidade das linhas e ângulos
causariam a excitação e a confusão características reais da procissão do fogaréu.
A fotografia de tamanho menor chamará aqui de foto de apoio, servirá para
mostrar um pouco da beleza plástica dos farricocos, mas se manteve dentro do
clima de confusão e movimento da procissão.
Para a aplicação da foto central foi necessário a utilização de uma foto que foi
cedida por Tom Jorge, que não é um fotógrafo profissional, porém, a qualidade da
mesma chegou a tal ponto. Foi preciso buscar outras fotos com amadores, pois, os
resultados das fotos não alcançaram nosso principal objetivo, “transportar” o
observador para o ritual da procissão.
6.1.3 Fotografias das Cavalhadas e Rodeio
A captura da riqueza dos detalhes das vestimentas dos cavaleiros e dos
adornos de seus cavalos seria algo fundamental no registro das fotografias. O
primeiro ponto para garantir a captura dos personagens, seria uma boa focalização
junto à escolha por fotografar com um fundo simples. Isso daria ao motivo ênfase e
boas condições de visualização dos detalhes.
O maior desafio para se manter dentro desses parâmetros era conseguir
fotografar o momento de parada dos cavaleiros em um lugar que fosse possível
manterem o fundo sem muita informação e ao mesmo tempo, conseguir sombra nas
áreas descobertas no corpo e encobrindo a face dos mesmos, fazendo com que o
corpo fosse elemento principal na composição e ocultando a identidade do
personagem.
Os registros das fotos principais seguem um roteiro junto com as fotos de
apoio, com ajuda do texto para melhor compreender a composição da cena.
O postal dos mouros, cavaleiro vermelho, tem sua foto principal com o
cavaleiro parado e da foto de apoio em movimento. Seguindo a mesma ordem de
apresentação das cavalhadas, são os mouros que entram primeiro no campo de
27
batalha, apenas observam o território do inimigo e logo em seguida fazem o primeiro
ataque.
Os Cristãos já entram em ataque contra os mouros, após este ato eles param
em seu território para aguardar a reação do inimigo. Por isso expomos a fotografia
principal com o cavaleiro em movimento.
Já os mascarados nem dispõem de uma seqüência em sua apresentação,
entram de forma aleatória, sempre antes do inicio da batalha, sua desordem serve
como protesto pela forma “burguesa” em que se é apresentado as cavalhadas. Eles
são do lado do povo, do baixo clero, assim a cena registrada no postal não poderia
ser diferente do mascarado conduzindo uma bela moça com seu vestido vermelho,
cor que representando a paixão do povo pela magia do evento.
Os mesmos parâmetros foram adotados para fotografar o rodeio, modificando
a composição de fundo simples para primeiro plano, dando foco principal tanto nas
fotos com movimento quanto nas estáticas.
Composição em primeiro plano, a fim de dar equilíbrio aos elementos,
utilizamos as imagens das pessoas para realçar o chapéu na cena, a intenção desta
composição foi de tornar o chapéu índice da oração que e feita em todos os rodeios
antes do inicio da competição, pois isso a imagem das pessoas ao fundo servem
para reforçar este momento, onde um dos peões esta de joelho. Esta cena também
nos permite encaixar a tipografia escolhida para os demais postais dentro do
contexto dos rodeios, pois não fugiríamos do assunto religioso.
A foto de apoio da continuidade, seguindo a idéia de roteiro dos eventos,
mostrando a cena que acontece após a oração.
6.2 DIAGRAMAÇÃO
A diagramação e a peça chave para diferenciação dos novos postais quando
comparado aos existentes, podemos perceber que o principal problema nos postais
atuais e o descuido com a diagramação dos elementos gráficos que compõe o
cartão postal.
Cada postal deve possuir características próprias e únicas, devido a fatores
como direcionamento ao evento-alvo, conteúdo e necessidades gráficas diversas.
No entanto, mesmo com essa individualidade de cada um dos cartões postais, foram
28
definidos alguns parâmetros de união entre eles, com a intenção de que pudessem
ser identificados como partes de uma coleção. Os elos foram definidos como sendo:
• Capa composta de duas ou mais imagens, sendo uma central ocupando a
maior área e as outras de apoio, delimitado a área que será utilizada para o
texto sobre fundo chapado.
• Cor do fundo extraída do motivo principal do postal, desde que consiga
realçar ainda mais a fotografia e seu sentido.
• Uso de fontes serifadas para os textos e título.
• Formato Fechado: 15 X10 cm e vice-versa.
Essas definições serviriam para nortear as primeiras amostragens de layout,
evitando uma possível perca de identidade momentânea entre as peças.
6.3 TESTES E GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS
Nas primeiras composições foram buscadas melhores disposições para
as fotografias, titulo e texto, analisando qual seria a melhor forma de
evidenciar a fotografia sem ofuscar as demais informações, como também
analisar o melhor posicionamento para composição dos futuros eventos a
serem fotografados, determinando uma pré-marcação das poses na
fotografia.
29
Figura 5:Geração de alternativas para layout
Após a geração de alternativas (figura 5), optou-se pelo uso de 2 tipos
de grid, ficando um para os postais na vertical e outro para os na horizontal e
um verso padrão para todos os postais. Definido o posicionamento de todos
os elementos gráfico passamos para os testes de espaçamento entre eles,
peso e composição geral do postal, como também testes de impressão.
O verso do postal seria composto de fluxograma, indicando os
principais pontos turísticos juntamente com o percurso dos locais onde se
realiza o evento de cada tema abordado, logo abaixo local destinado para
inclusão do anuncio empresarial e por fim áreas para serem utilizadas pelo
usuário, com a escrita da mensagem, e pelos correios.
As cores ficariam a cargo das registradas em cada fotografia, seria
colhido amostra sempre das fotografias maiores, esse procedimento definiria
a cor utilizada no fundo. Utilizamos este procedimento já que os próprios
eventos utilizam de cores para separar seus figurantes, se analisarmos as
cavalhadas há uma divisão própria do evento, mouros de vermelho e os
cristãos de azul, os mascarados deixamos a cargo da melhor fotografia
registrada. O trabalho minucioso ficou na escolha de tonalidade desta cor,
30
deveria ser a medida certa a fim de realçar a fotografia, não entrando em
conflito ou sobressaindo mais que ela.
31
Figura 6: Variações de layouts de postais
6.4 TIPOGRAFIA
A pesquisa para escolher a tipografia começou a partir da premissa de
que a mesma deveria ter sua identidade relacionada com o tema das
manifestações culturais. Todos os temas escolhidos para os postais têm um
relação forte com a igreja católica, inclusive o de arquitetura; Seria necessária
uma tipologia que fizesse relação com os escritos da igreja católica do século
XVIII, pois tanto as cavalhadas como o fogaréu aconteceram no estado de
32
Goiás neste século. Tomamos por base a tipografia empregada na capa de
uma coletânea de documentos da igreja católica. Imagem abaixo:
Figura 7: Fundo1
do século XVIII: BREVIARIUM ROMANUM
Biblioteca e arquivo de José Pacheco Pereira.
Uma tipografia romana que se acomodasse ao tema dos postais e seu
conteúdo histórico, mas que se encaixasse com uma proposta de layout mais
moderna e limpa, encontramos fontes que foram recentemente desenvolvidas
com base em antigas romanas, mantiveram suas principais características
mesmo num traço mais sofisticado, “... um tipo romano mesmo com formas
antigas ainda vive nas formas novas (Brighurt, 1992)”.
1.fundo refere-se a um conjunto de documentos, independente de sua forma ou suporte, organicamente produzido e/ou
acumulado e utilizado por um indivíduo, família ou entidade coletiva no decurso das suas atividades e funções.
33
A primeira tipografia testada na frente dos postais foi a IbarraReal
Regular, as características de forma desta tipografia tinha uma forte
semelhança com a tipografia da imagem acima citada, a semelhança estava
na orelha, arco, terminal e serifa.
Figura 8: Tipografia IbarraReal Regular|||||||||||||||||||
Desenvolvida no século XVIII por Francisco Javier de Santiago
Palomares, utilizada por Joaquín Ibarra para sua edição de Dom Quixote 1780
No primeiro teste de impressão percebemos uma deficiência desta
tipografia, quando impressa em offset, que dispõe a letra na superfície do
papel, e o uso de cores chapadas no fundo onde, houve a perda das serifas
mais finas e o estreitamento dos traços mais finos da tipografia.
Optamos por uma tipografia mais pesada, com serifas indefinidas e
avolumada, tentando assegurar a legibilidade durante a impressão. Mantendo
o mesmo critério de escolha, foram realizados testes com mais dois tipos, a
Adobe Jenson quem tem um corpo mais pesado e a Ingleby Regular,
desenvolvida por David Escurriola Igleby, essas duas tipografias baseiam-se
nas punções do impressor francês Nicolas Jenson.
Figura 9: Tipografia Adobe Jenson
34
Figura 10: Tipografia Ingleby Regular
Por fim decidimos aplicar a Ingleby Regular, por sua forma mais sua
suave e traços mais definidos, pois a Adobe Jenson deixou uma peso
excessivo para aplicação no tamanho de fonte determinado para frente dos
postais.
Já para a tipografia o verso dos postais utilizaremos a IbarraReal por não
se diferencia de forma bruscas das traços da Ingleby Regular. Nos testes foi
possível verificar a sua legibilidade por dois fatores, os versos serão
impressos monocromáticos em fundo branco, assim o contraste da tipografia
em preto com o fundo branco e suas linhas mais delicadas garantirá uma
melhor legibilidade para uma massa de texto utilizada no verso.
35
6.5 LAYOUT FINAL
Após a conclusão do registro fotográfico de todos os eventos escolhidos para
este projeto, foi possível finalizar todos os layouts.
36
37
Figura 11: Layouts finais
38
A próxima etapa seria uma pesquisa comparativa entre os postais que são
comercializados atualmente em Goiás com os novos postais. O questionário foi
composto de três perguntas objetivas e uma subjetiva.
A pesquisa foi realizada com quarenta pessoas na cidade de Goiânia, quando
questionado quais dos dois postais agradavam mais: 95% afirmaram gostar mais do
layout desenvolvido neste projeto, A segunda pergunta visa descobiri se o projeto
teria alcançado um dos seus objetivos, que é despertar o interesse por comprar ou
recolher o postal para enviá-lo, se tornando eficiente para a divulgação da cultura do
estado, a resposta obtida foi que 65% comprariam os novos postais e 98%
recolheriam o postal, se distribuído gratuitamente, e o enviaria. A pergunta subjetiva
ficou a cargo de colher informações sobre o que agrada mais nos novos postais, as
respostas nos dariam uma dimensão do impacto que a mudança no layout provocou
como também saber o principal item que fez com que despertasse novamente o
interesse pelos postais, a maioria das respostas girou em torno da utilização de cor
relacionada à fotografia, roteiro das fotografias e a organização das informações no
postal.
7 ACABAMENTO GRÁFICO
A impressão que melhor se adéqua ao projeto, considerando qualidade e
custo, é a impressão Off-set, devido à delicada superfície da chapa de impressão
(pouca resistência ao atrito) a impressão off-set é um processo gráfico indireto, ou
seja, a chapa só recebe a tinta nas áreas de grafismo, após esta ter saído do tinteiro
e ser distribuída e estratificada por uma série de rolos. A escolha do papel deve
levar em conta, além do aspecto estético e do preço final. Sendo o sistema off-set
escolhido para realizar a impressão dos postais e de extrema importância certa na
hora da escolha do papel, o mesmo deve ter uma boa resistência superficial, a fim
de evitar o "arrancamento" (remoção de pedaços da superfície do papel durante a
impressão, que ocorre quando a força de arranque, ou pega, da tinta é maior do que
a resistência da superfície do papel).
Após algumas pesquisas nos livros relacionados de acabamento gráfico e
consultas com alguns profissionais de gráficas sobre os melhores tipos de papel
para impressão, nos informaram a utilizar o papel cartão do tipo Triplex 300g, a
presença uma terceira camada denominada intermediária, sendo as camadas
39
interna e externa de polpa química branqueada e a intermediária de polpa química
ou polpa reciclada não-branqueada. Além da boa aparência, devido às camadas
serem todas de polpa branqueada, também apresentar boa resistência mecânica e
seu semi brilho confere a uma maior qualidade á impressão.
Para reforçar o apelo visual dos postais será atribuído a impressão o uso de
cor especial e acabamento em verniz U.V. na frente do postal, para dar maior brilho
e aumentar a sua durabilidade, e no verso impressão monocromática, onde sua
superfície e porosa facilitando a penetração da tinta já que sofrerá anotações.
40
8 CONCLUSÃO
Foi importante perceber que a pesquisa e o projeto de design não
necessariamente devem ser desenvolvidos seguindo metodologias ríspidas e
universais; É necessário ser flexível para adaptar melhor o trabalho as suas reais
necessidades. Outro fator importante foi o conhecimento sobre as manifestações
culturais o que acrescentou muito no âmbito pessoal como também serviu de
aprimoramento nas técnicas de fotografia, conseguir registrar sentimentos com
certeza foi nosso maior desafio.
A pesquisa teórica cumpriu satisfatoriamente o objetivo de captar novas
informações sobre todos os pontos abordados nesse projeto, além da área
fotográfica, como a parte de tipografia, diagramação, produção gráfica, e otimização
de processos, assim conseguimos alcançar os objetivos proposto neste projeto.
Espera-se que o material resultante deste trabalho sirva de fonte de
informação que assuntos relacionados sejam explorados de maneira cada vez mais
ampla e por mais pessoas, tornando fotografia uma parte ainda maior do cotidiano
do estudante de design, especialmente desta instituição.
41
REFERÊNCIAS
LUCK, Heloisa. Metodologia de projetos: uma ferramenta de planejamento e
gestão. Petropolis: Vozes, 2003.
Estatísticas básicas do turismo. Embratur.
Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/dadosefatos>. Acesso em: 28 abr. 2010.
BARRETO, M. Iniciação ao estudo do turismo. São Paulo: Papirus, 2002.
GONTIJO, J. A importância da paisagem na atividade turística. Revista Turismo,
Pará, jun. 2004.
MAUAD, A.M. Através da Imagem: fotografia e história. Interfaces, v.1, n.2, dez.
1996. Tempo.
GASTAL, Susana. Turismo, imagens e imaginários. São Paulo: Aleph, 2005.
JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. São Paulo: Cornaccia, 2007.
RUSCHMANN, Doris. Turismo no Brasil: análises e tendências. São Paulo: Aleph,
2007.
KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. São Paulo: Ateliê
Editorial,1999.
MAUL, Dianna. Valor emocional: criando fortes vínculos emocionais com seus
clientes. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
LABATE, Beatriz. A experiência do "viajante-turista" na contemporaneidade. In:
SERRANO, Célia; BRUHNS, Heloísa; LUCHIARI, Maria (Orgs.). Olhares
contemporâneos sobre o turismo. 2 ed. Campinas: Papirus, 2000.
42
SONTAG, Susan. Sobre fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
VENTURINI, Carolina. Cartão-postal: o tempo de uma cidade. Revista Lato&Sensu,
Belém, v.2, n.3, p.90-92, 2001.
HELLER, Eva. Psicología del color: como actúam los colores sobre los
sentimientos y La razón. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2004.
COLLARO, Antonio Celso. Projeto gráfico: teoria e prática da diagramação. São
Paulo: Sumus, 2000.
BRINGHURST, Robert. Elementos do estilo tipográfico. São Paulo: Cosac Naify,
2005.
43
APÊNDICES
Apêndice A
Pesquisa com pessoas que tem o habito de realizar viagens por motivo turístico
1 – Você tem interesse na compra e/ou coleciona cartões postais?
( ) Sim
( ) Não
2 – Costuma guardar/enviar postais distribuídos gratuitamente em locais como hotéis e
agencias de turismo?
( ) Sim
( ) Não
3 – Nas suas viagens você costuma se interessar pelo turismo cultural da cidade destino?
( ) Sim
( ) Não
4 – Após conhecer um sitio histórico ao algum tipo de movimentação cultural da cidade
destino interessa-se por guardar como recordação um postal referente ao mesmo?
( ) Sim
( ) Não
5 – O que faz você guardar um postal?
44
Apêndice B
Pesquisa com empresas sobre Cartões Postais Publicitários com distribuição
Gratuita.
1 - Se voce ja utilizou este tipo de serviço?
( ) Sim
( ) Não
2 - Se a resposta for positiva, achou eficiente em anunciar nos cartões postais?
( ) Sim
( ) Não
3 - Você voltaria a anunciar (ou anunciaria pela primeira vez)?
( ) Sim
( ) Não
4 - Costuma fazer anuncios da sua empresa onde?
Revistas
Jornais
Sites de busca
Telelistas
5 - Você disponibilizaria uma página do seu site para hospedar cartões postais para
download e envio on line?
45
Apêndice C
Pesquisa comparativa dos layout dos novos postais.
Nome:
Idade:
Naturalidade:
Quais dos postais lhe agrada mais?
( ) Postal Atual
( ) Postal do projeto
Você compraria o postal (Caso a resposta seja postal do projeto)?
( ) Sim
( ) Não
Você recolheria se distribuído gratuitamente?
( ) Sim
( ) Não
O que lhe agrada mais nos novos postais?

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Cartões postais do movimento cultural goiano

  • 1. 1 FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC GOIÁS BRUNA ROSA JEAN NASCIMENTO PAULO VICTOR CARTÕES POSTAIS DO MOVIMENTO CULTURAL GOIANO GOIÂNIA 2010
  • 2. 2 BRUNA ROSA JEAN NASCIMENTO PAULO VICTOR CARTÕES POSTAIS DO MOVIMENTO CULTURAL GOIANO Monografia apresentada à Faculdade de Tecnologia Senac Goiás como requisito parcial à obtenção do título Tecnólogo em Design Gráfico. Orientador: Prof. Felipe Chalfun. GOIÂNIA 2010
  • 3. 3 FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC GOIÁS BRUNA ROSA JEAN NASCIMENTO PAULO VICTOR CARTÕES POSTAIS DO MOVIMENTO CULTURAL GOIANO Monografia aprovada em ____/____/____ para obtenção do título de Tecnólogo em Desing Gráfico Banca Examinadora: _______________________________________ Professor(a) Orientador(a) _______________________________________ Professor(a) de Monografia _______________________________________ Professor(a) Convidado(a)
  • 4. 4 Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pois sem ele nada teria acontecido. Aos nossos pais, irmãos e amigos que nos fizeram acreditar que era possível chegar até aqui. Aos que contiveram nossas lágrimas nos momentos em que o medo e o desespero tomaram conta. Nossa gratidão será eterna a todos! Bruna, Jean e Paulo Victor
  • 5. 5 AGRADECIMENTOS Aos professores do curso de Design Gráfico que durante os momentos de constante ensino e "feedbacks" só ajudaram na produção de todo trabalho. Bruna, Jean e Paulo Victor
  • 6. 6 "Tudo que era guardado à chave permanecia novo por mais tempo, mas meu propósito não era conservar o novo, e sim renovar o velho. Walter Benjamin 1984
  • 7. 7 RESUMO O turismo cultural tem sido aclamado pelos governos e pela sociedade como uma das principais características do patrimônio do país. Percebemos que atualmente no estado de Goiás há uma deficiência em produtos voltados para a divulgação deste tipo de turismo. Esta pesquisa propõe o desenvolvimento de metodologia para criação de cartões postais que despertem a vontade de aquisição por este tipo de mídia e que contribua para o desenvolvimento e a oferta de produtos de turismo cultural autêntico, principalmente, a promoção da diversidade cultural goiana, valorizando as identidades culturais locais. Palavras-chave: Turismo cultural. Cartão postal. Fogaréu. Cavalhadas - Goiás.
  • 8. 8 ABSTRACT Cultural tourism has been hailed by governments and society as a to one of the main features of the heritage of the country. We realize that today in the state of Goiás exist a deficiency in products for the dissemination of this type of tourism. This research proposes the development of methodology for creating postcards that will awaken the interest the acquisition for this kind of media and contribute to the development and supply of authentic cultural tourism products, mainly, the promotion of cultural diversity Goias, valuing the identities cultural sites. Keywords: Cultural tourism. Postcard. Fogaréu. Cavalhadas - Goiás.
  • 9. 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10 2 O TURISMO CULTURAL NO ESTADO DE GOIAS........................................ 12 3 O CARTÃO POSTAL COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO............................... 3.1 A HISTORIA .................................................................................................... 14 14 3.2 O CARTÃO POSTAL COMO RECURSO MNEMÔNICO................................ 15 3.3 O CARTÃO POSTAL E SEU VALOR AFETIVO 15 3.4 O CARTÃO POSTAL COMO MÍDIA PUBLICITÁRIA ATUAL.......................... 4 METODOLOGIA............................................................................................... 16 5 A ESCOLHA DOS EVENTOS E ATRAÇÕES CULTURAIS............................ 21 5.1 CIDADE DE GOIÁS ......................................................................................... 21 5.1.1 Fogaréu......................................................................................................... 22 5.1.2 Arquitetura................................................................................................... 23 5.2 CAVALHADAS DE PIRENÓPOLIS.................................................................. 23 5.3 GOIÂNIA ......................................................................................................... 23 6 INICIANDO OS NOVOS POSTAIS.................................................................. 6.1 O OBJETIVO DA FOTOGRAFIA NO CONTEXTO DO CARTÃO POSTAL... 24 6.1.1 Fotografias arquitetonicas ........................................................................ 25 6.1.2 Fotografias da procissão do fogareu........................................................ 25 6.1.3 Fotografia das cavalhadas e rodeio.......................................................... 26 6.2 DIAGRAMAÇÃO ............................................................................................. 26 6.3 TESTES E GERAÇAO DE ALTERNATIVAS .................................................. 6.4 TIPOGRAFIA.................................................................................................... 28 6.5 LAYOUT FINAIS............................................................................................... 7 ACABAMENTO GRAFICO................................................................................ 35 38 8 CONCUSÃO...................................................................................................... REFERÊNCIAS.................................................................................................. 41 APÊNDICES....................................................................................................... 43 14 18 24 25 31 40
  • 10. 10 1 INTRODUÇÃO Assim como em outros estados brasileiros, Goiás vem desenvolvendo ações voltadas para o turismo, se inserindo cada vez mais no turismo empresarial e no ecoturismo, com o intuito de ampliar cada vez mais produtos dentro deste segmento de mercado. Percebeu-se que há uma necessidade de se programar ações conjuntas, planejadas e geridas entre as áreas de turismo e de cultura. O ponto inicial para captação de turistas está na divulgação de atrativos que agucem a curiosidade dos turistas para uma determinada região, a principal forma encontrada para realizar esta comunicação em órgãos do ramo turístico com seus clientes é através da exposição de imagens do lugar ou evento que se pretender vende. Alguns suportes são utilizados para esta comunicação, a variação é de acordo com o ambiente onde será anunciado. Após algumas visitações a estes pontos de vendas, percebemos que na maioria das agencias e empresas de transporte cartazes e folders são utilizados; Já em aeroportos e rodoviárias o uso mais evidente é de banners e painéis. Mas com toda a informação em que se tem nos lugares onde são expostas essas peças se torna difícil a memorização de detalhes, lugares precisos e datas quando se refere ao movimento cultural do lugar visitado poderíamos considerar que são peças momentâneas. Partindo deste ponto de analise optamos por trabalhar com uma peça gráfica, que pudesse ser levada pelo turista, mas que alem da informação causasse um vinculo afetivo, prendendo aquela peça por mais tempo a que a recolheu. O objeto de pesquisa escolhido para ser trabalhado se trata de uma das peças gráficas mais antigas e eficientes, em seu tempo de grade comercialização, dentro do contexto do turismo: o cartão postal. O principal objetivo deste projeto é desenvolver uma metodologia para criação de novos layouts de cartão postal, que serviram para divulgar o turismo cultural do estado, visto que atualmente, não há uma real dedicação para a criação do mesmo. A valorização da fotografia e a informação das manifestações culturais do estado serão elementos principais para o direcionamento do projeto. O inicio do processo começa com um estudo desde o surgimento do cartão postal até a sua condição atual, levantando dados para compreender quais motivos
  • 11. 11 que levaram ao desinteresse por sua aquisição, condições que o causaram sua defasagem como mídia de comunicação eficiente. O primeiro passo foi à definição de algumas manifestações culturais do estado que possuem aspecto ímpar, como: o fogaréu de Goiás Velho, sua arquitetura, cavalhadas em Pirenópolis e o Rodeio Show em Goiânia, com isso captando os parâmetros corretos para definição dos ícones de cada evento a serem fotografados Após analise das fotografias e layouts atualmente aplicados nos postais, determinou-se o que ficaria e o que seria modificado. Com toda pesquisa feita, objetivos colocados em pauta e justificativa, supõe-se que foi desenvolvido uma forma competente para criação desta peça gráfica e a melhor forma para trabalhar com o cartão postal. Assim, inserindo o cartão postal dentro da divulgação do turismo cultural do estado, garantindo a comunicação expressa na peça, sendo um adicional, juntamente com outras peças gráficas que tem o mesmo foco, essa ação conjunta poderá fazer com que o mesmo mantenha seu valor como mídia de comunicação.
  • 12. 12 2 O TURISMO CULTURAL NO ESTADO DE GOIÁS Segundo dados do último levantamento no setor turístico do país, realizado pela EMBRATUR, entre os anos de 2006 e 2008, no estado de Goiás, houve um crescimento significativo na criação de novos meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas que deixa o estado em destaque na região centro- oeste. Qualifica ainda mais a sua estrutura para o turismo e reforça a necessidade de uma melhor divulgação dentro e fora do estado. A agência Goiás Turismo, ministrada pelo governo do estado, desenvolve trabalhos de exposição em feiras nacionais de turismo e eventos empresariais de outros estados, este trabalho tem como foco principal divulgar o turismo empresarial e o ecoturismo. Em paralelo o órgão do governo responsável pela manutenção da cultura do estado, a Agepel, entra com leis de incentivo, apoiando alguns eventos que acontecem na capital e cidades do interior; Como também desenvolve um trabalho junto às empresas aqui instaladas para valorizar o ambiente cultural do estado, com o intuito de reduzir impostos paras as empresas que se tornarem parceiras dos projetos. Estas ações visam facilitar e dar condições para que os eventos aconteçam, mantendo o circuito de eventos culturais vivos. Atualmente em Goiás os projetos gráficos utilizado pelas duas agências são: folders, postais publicitários e livretos, que seguem um padrão de informações, no qual consiste em mostrar as belezas naturais; Um resumo das cidades históricas e seus eventos culturais, abordando como um todo o potencial do estado nestas áreas, utilizando desses atrativos para conectar com o foco principal do seu trabalho que é a divulgação do turismo empresarial, deixando um espaço significativo na divulgação do turismo doméstico.
  • 13. 13 Figura 1: Postais publicitários da Goiás Turismo Mesmo com todo esse empenho, nenhuma das duas agências do estado tem um projeto direcionado e específico que visa divulgar esses movimentos culturais, restringindo o conhecimento dos mesmos para quem está fora do estado. Sendo assim o projeto visa aproveitar a capitação dos turistas dos tipos de turismo em que o estado foca atualmente para divulgar os aspectos culturais. Diante da falta de um projeto gráfico específico para divulgação da cultura do estado, a fim de valorizar o turismo cultural goiano foi decido pesquisar a melhor forma de garantir esta divulgação em ação conjunta com empresas do seguimento no estado, tais como as agências de turismo, hotéis, pousada, restaurantes entre outros.
  • 14. 14 Após análise dos possíveis meios de comunicação impressa utilizadas atualmente, o que chamou a atenção foi os cartões postais, um meio de comunicação com um tempo de vida útil maior, se comparado a outras mídias impressas utilizadas em campanhas publicitárias, já que o valor desta peça gráfica se dá no vínculo afetivo que envolve o postal com o seu receptor. Enquanto a mensagem escrita transmite a emoção do remetente, a imagem gravada no postal reforça esse sentimento. 3 O CARTÃO POSTAL COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO 3.1 A HISTÓRIA Os postais, quando surgiram em 1869, não tinham a aparência atual com imagens na frente e espaço para recados no verso: eram conhecidos como “bilhetes-postais” que não possuíam fotografias. Opostkarten, lançado por Emmanuel Hermann em 1869, media 12 x 8,5 cm e não trazia fotografias ou ilustrações. Eles tinham como único adereço o selo postal impresso sobre o cartão cor creme com a inscrição. O “bilhete-postal” consistia numa carta menor, na qual o uso do envelope era dispensado, ficando um dos lados reservado à mensagem e o outro ao endereço. Figura 2: Bilhete postal de 1953
  • 15. 15 Um meio de comunicação que permite a troca de mensagens breves, ao passar do tempo foi acrescido de imagens, os postais tiveram uma importante referência visual e precursores dos modernos meios de comunicação atualmente utilizados. 3.2 O CARTÃO POSTAL COMO RECURSO MNEMÔNICO Pode-se considerar o turista como colecionador de imagens; Elas são pontos fundamentais na decisão de um roteiro de viagem, seguindo esse raciocínio podemos entender que “toda paisagem pode ser turística, depende apenas do seu observador e de como ele interpreta o sentido de cada paisagem”. (BARRETO, 2002). As paisagens oferecidas nas viagens, só existem em relação à sociedade, elas não existem propriamente ditas, como um dado da natureza. É a ação social que dá sentido às paisagens, não o contrário. O cartão postal tende a reforçar os principais lugares ou manifestações turísticas de um determinado local e auxilia, após a viagem, na distinção do local visitado que se torna uma referência no término da viagem ou um indicativo para quem ainda não conheceu o lugar. Os ícones de um determinado ponto turístico ou cena cultural quando bem representados através da fotografia em um cartão postal podem despertar a curiosidade, como também, aguçar a expectativa nas pessoas que não conhecem o lugar ou evento mostrado na imagem; Fortalecendo o interesse no determinado assunto e ainda aliar-se a narrativa de quem visitou o lugar ou manifestação exibido no postal. 3.3 O CARTÃO POSTAL E SEU VALOR AFETIVO Todos têm memórias recentes ou antigas, um simples exercício de lembrar-se dos fatos ou uma relação subjetiva entre o que vivemos e o que guardamos conosco. No caso dos postais, memória parece ser aquilo que se guarda em “caixinhas” e coleciona-se como se fossem miscelâneas de tudo que se vive. Pelo apego à história do seu tempo, há momentos vividos com pessoas queridas, muitas recordações do passado. A própria constituição da memória é feita de lembranças e
  • 16. 16 esquecimentos, nos postais se vê o que não tem mais e mata a saudade. Eles representam as histórias que se vive e se lembra, a cada vez que as fotos são vistas, elas se transformam em mensagens vivas do passado ao alcance de quem as aprecia. Seja um ser histórico; o passado sempre o acompanhará, não poderá abandoná-lo e até mesmo evitar que isto aconteça. "No seio do cotidiano - nos diz o historiador francês J. Le Goff (Historias e Memórias, 1988) - há uma realidade que se manifesta de forma completamente diferente do que acontecem nas outras perspectivas históricas: a memória... história de que trata revela-nos o sentimento de duração, nas coletividades e nos indivíduos, o sentimento daquilo que muda bem como daquilo que permanece a própria percepção da história". O cartão postal leva ao cotidiano de outrora, mesmo aquele que não se vive: o que ajuda a sentir esta percepção da história, de certa forma, dá condição para imaginar até aquilo que não se chega a viver, lugares e eventos que foram enviados em pedaços de papel e com o tempo começa a fazer parte das lembranças como algo realmente vivido. 3.4 O CARTÃO POSTAL COMO MÍDIA PUBLICITÁRIA ATUAL Comparando o cartão-postal com as mídias convencionais, nota-se que a relação de intimidade que se estabelece entre ele e seu receptor contribuem para dar uma nova dimensão à mensagem, ampliando o tempo de permanência da mesma. Os cartões postais se estabelecem como uma alternativa por não apresentarem, como as mídias convencionais, problemas com a redução do impacto da mensagem devido à dispersão do próprio meio ou do receptor. Assim, o fato de estarem inseridos no contexto de um público-alvo segmentado, expostos em locais estratégicos que remetem ao público a sensação de momentos agradáveis e serem voluntariamente escolhidos por ele, reforça o caráter mnemônico desta mídia e sua função principal de perpetuar a mensagem por um tempo superior ao possibilitado pelas mídias convencionais eletrônicas. São artefatos diretamente envolvidos com o turismo, apresentando as belezas do patrimônio de uma cidade, podendo estimular um turista a desejar conhecer a localidade, a retornar para uma já conhecida, além de servir como fonte de recordações de momentos vividos. Com toda a tecnologia agregada à internet, o mercado do cartão postal sofreu algumas modificações quanto a sua comercialização, percebe-se a redução na aquisição deste produto; Atualmente o cartão postal tem sido utilizado como mídia
  • 17. 17 complementar, em ação conjunta com outras peças gráficas nas campanhas publicitárias para divulgação de empresas, produtos e eventos, assim esta forma de utilização do postal permitiu que mantivesse o seu valor como mídia de comunicação. No estado de Goiás sua comercialização acontece nos sítios históricos das cidades do interior, em sua grande maioria nas lojas de artesanatos; Já na capital a comercialização é mais discreta, foi possível encontrá-los em poucas bancas de revistas do centro, nas ruas principais, como Anhanguera e Goiás, lojas de souvenires do aeroporto e a rodoviária. O ponto de vendas dispõe de uma pequena variação de itens e seus assuntos são voltados apenas para paisagens da capital. Para compreender melhor a comercialização atual do cartão postal realizaram-se pesquisas com pessoas de várias regiões do país, que tem o hábito de viajar e interesse no turismo cultural. Ao todo foram colhidos dados de cinqüenta e cinco pessoas no Brasil, trinta através da internet via Orkut, Twitter e e-mail, dez feitas pessoalmente nas cidades de Goiás, durante a procissão do fogaréu e quinze durante as cavalhadas em Pirenópolis. Obtiveram-se dados com as pessoas entrevistadas numa faixa etária de 20 a 55 anos que tem hábitos de realizarem viagens a passeio; Iniciou-se a pesquisa perguntando se costumavam ter interesse pelo turismo cultural da cidade visitada, 90% responderam que costumam se interessar pela cultura da cidade e fazem visitações a sítios históricos e eventos culturais, destes apenas 15% compram postais após a visitação de um centro histórico, a grande maioria se limita a registrar a visitação apenas em suas câmeras. Já 85% dos entrevistados pegariam cartões postais dos referentes sítios históricos visitados se os encontrassem distribuídos gratuitamente em hotéis e restaurantes, antes ou após a visitação, destes 60% enviariam a outras pessoas. Quando perguntado pelo interesse em colecionar postais 35% responderam que tem hábitos de colecionar mesmo que não os tenham recebidos de alguém. A grande maioria 65% guarda postal por dois motivos: 55% pelo valor sentimental com quem os mandaram e 45% pela fotografia do postal. Após a primeira pesquisa percebe-se outra forma de trabalhar com o cartão postal, já que o mesmo vem ganhando destaque como mídia publicitária, onde vem se mantendo significativo no mercado e bem aceito pelas empresas, tanto do ramo turístico como de outros segmentos.
  • 18. 18 Uma segunda pesquisa foi realizada dentro do assunto de comercialização dos postais. Entrevistas com empresários que atuam no ramo de agências de turismo, hotéis, pousadas e restaurantes regionais, sendo um total de doze empresas na capital e oito no interior. Quando questionado sobre a utilização de cartões postais publicitários como mídia de divulgação 80% dos entrevistados afirmaram que já fizeram uso do postal para divulgar sua empresa, destes 90% acharam eficiente o meio utilizado e percebeu um retorno positivo, 90% voltariam a utilizar o serviço e disponibilizariam um local em seus estabelecimentos para exposição dos postais. Quando cogitado a possibilidade de disponibilizar em sua web sites, uma página com cartões postais eletrônicos, 70% dos entrevistados se recusou a tal serviço. Observando a limitação da comercialização direta com o consumidor final, decidiu-se trabalhar com o cartão postal publicitário, que teria uma área reservada em seu verso para anúncio de uma empresa patrocinadora. Os mesmos serão distribuídos gratuitamente em pontos estratégicos, como hotéis, pousadas, shoppings aeroportos, rodoviárias e restaurantes das cidades que tem seu turismo divulgado pelas agências do governo do estado. 4 METODOLOGIA Através de análise dos cartões-postais existentes na capital e no interior que se mostrou um campo fértil para a investigação de diversos problemas relacionados divulgação do turismo cultural de Goiás. A pesquisa de campo sobre os postais atualmente comercializados no estado foi realizada em pontos de vendas de cartões na capital, nas cidades dos eventos em questão, rodoviária, aeroporto, hotéis e agências de turismo, permitindo encontrar alguns problemas que existe nos atuais cartões postais. Descobriu-se que não há uma preocupação com a definição de um layout nos cartões que possuem o mesmo tema, como também são restritas as informações sobre as imagens utilizadas. A tipografia é usada de forma aleatória, na maioria se faz o uso de tipografias serifadas sobrepostas na imagem, mantendo-se apenas um padrão na tipografia e elementos gráficos utilizado no verso do postal.
  • 19. 19 Figura 3: Postais de Goiânia||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Fotografias em primeiro plano, realçando o fundo com o objeto central. A maioria dentro da composição em L e S, sendo o L utilizado nas paisagens dos parques com finalidade e transmitir a sensação de tranqüilidade; Composições em S nas paisagens dos sítios históricos, proporcionando a visualização da imagem mais ativamente. Os postais da Capital possuem fotografias com predominância da cor verde, evocando saúde e vitalidade uma pretensão em ostentar a imagem de “capital mais arborizada do Brasil". Nos postais das cidades de Goiás e Pirenópolis a fotografia e rica em tons alaranjados, marrons e amarelos que reforçam a idéia de cidade antiga, histórica. Podemos tomar como exemplo os tons alaranjados na iluminação das ruas que tem o intuito de relembrara o hábito antigo de utilizar lampiões na iluminação de vias publica e residenciais.
  • 20. 20 Figura 4: Postais da cidade de Goiás Turismo|| Com esta analise dos cartões postais foi possível definir o que deveria ser modificado e quais recursos necessários para a criação de uma comunicação eficiente dentro da linguagem dos cartões postais e o desenvolvimento de um layout eficiente para dar suporte a esta comunicação. O projeto começa, na sua fundamentação teórica, com uma abordagem sobre a imagem e o signo. Podemos considerá-los peças fundamentais da
  • 21. 21 construção cognitiva, já que boa parte da informação do homem chega até ele através de imagens, “A cognição é um conceito geral que alcança todas as formas de conhecimento, incluídos a percepção, o raciocínio e o julgamento (Chaplin, 1985)”. Procuramos buscar nos símbolos de cada movimento cultural abordado os vestígios de memória que possam ser legitimados e validados pelos receptores para ter fun nto da fotografia exposta no cartão postal aioria das manifestações e a arquitet se restringir a apreciação da fotografia, indo além do simples registro do evento A ESCOLHA DOS EVENTOS E ATRAÇÕES CULTURAIS 5.1 CIDADE DE GOIÁS cionalidade social. Partindo da analise de imagens de fácil leitura e que tenha uma forte referencia com cada evento, facilitando a compreensão do tema de cada movimento cultural. A estrutura do postal teria apoio com a definição de um layout que acomodasse a fotografia como destaque principal na peça gráfica mas que permitisse atribuição de cores ao fundo, o que também realçaria a fotografia, e de texto com uma curta explicação sobre o mome como também sobre o evento abordado. A escolha da tipografia teria como base a utilizada pela igreja católica, em seus documentos, no século XVIII, já que a m ura abordada têm ligação com esta religião. Eliminando de utilização de fotografias panorâmicas, levando em conta principalmente o estudo das técnicas utilizadas pela fotografia, como cor, perspectiva enquadramento, impressão de movimento e enquadramento dinâmico, pois o objetivo principal é “transportar” o observador para a atmosfera do evento, afim de aguçar a curiosidade sobre o assunto, não apenas 5 Escolhemos trabalhar com a divulgação da cidade de Goiás por dois motivos em especifico, a procissão do Fogaréu, que é um dos principais movimentos culturais do estado, e por sua arquitetura barroco-colonial original, patrimônio arquitetônico do Século XVIII encontrado nos principais monumentos da cidade, juntamente com grande quantidade de riquíssima arte sacra nas seculares igrejas e nos museus. Assim poderíamos criar uma ligação única voltada para o apelo
  • 22. 22 religioso que o turismo cultural geralmente faz, cidades como Ouro Preto e Olinda utilizam das obras religiosas como atrativo na sua divulgação e aproveitam para incluir neste outros fatores importantes da cidade como a musicalidade, poesia e ventos que fogem do tema religioso. 5.1.1 Fogaréu s e a rapidez dos farrico agem incluído em seu roteiro o que reforçará o valor mnem sua historia” (Clovis carvalho Britto, Livro Luzes & Trevas Kelley Cristina Carneiro). e Evento religioso realizado durante as celebrações da semana santa na cidade de Goiás; Iniciada a meia noite de quarta-feira com a iluminação pública apagada e ao som dos tambores, sai da porta do museu de artes sacra da boa morte, na praça principal; Segue rapidamente desordenada ate as escadarias da igreja de N.Sª. do Rosário onde encontra a mesa da última ceia já dispersa. O destaque na sonorização da procissão fica a cargo da fanfarra com tambores, acelerando os passos da multidão. Esse ritmo descompassado junto com a beleza plástica da procissão torna a cerimônia rica em detalhes. A escuridão, as tocha cos remetem os participantes em geral a um clima medieval. Utilizaremos o ícone do evento como destaque dentro do contexto da fotografia para representar a procissão do fogaréu no cartão postal, o farricoco que alem de ícone da procissão também se tornou símbolo da cidade. Alem do colorido dos homens encapuzados e sua beleza plástica o farricoco está presente apenas na procissão da cidade de Goiás, Pois é a única procissão deste assunto que ainda mantém esse person ônico do postal. “A procissão do fogaréu e seus personagem símbolo, o farricoco, constituem em latente exemplo de patrimônio imaterial, justamente por caráter de narrativa critica, ou seja, por ser transmitido de geração em geração e constantemente recriado em função do seu ambiente e da
  • 23. 23 5.1.2 Arquitetura ial. Deixamos apenas uso da tipografia para fazer uma sutil referencia ao art déco. 5.2 CAVALHADAS DE PIRINÓPOLIS ada ano que passa a tradição atrai um número expressivo de turistas à cidade do ritual, cando esses três icones como destaque dentro do contexto da fotografia 5.3 GOIÂNIA Mesmo a capital tendo um valor arquitetônico conhecido em todo pais, por suas construções art déco não encontramos nenhum trabalho de apoio a visitação destas construções na capital, como guias de turismo ou abordagem de agências para estas construções. Assim optamos por utilizar a imagem das igrejas da cidade de Goiás, por ter um apelo cultural muito forte, seja por sua data de fundação, já que a maioria das pessoas associa antiguidade como algo cultural, como também pela historia das suas construções e a capacidade que o centro turístico tem de possibilitar praticamente uma viagem no tempo do Brasil colon o Como cidade turística Pirenópolis se destaca por suas cachoeiras, seu sítio histórico e a estrutura turística da cidade para acomodar bem os visitantes. Mas em termos de manifestação popular voltado para a cultura da cidade nada e tão forte quanto às cavalhadas, que acontece durante a Festa do Divino Espirito Santo, é uma das mais importantes manifestações culturais do Brasil, e considerada uma das mais luxuosas do mundo. Simboliza a luta entre Mouros e Cristãos, alegrada por mascarados com faces de boi e onça: na crença popular, significa o afastamento do mal. A c . As cavalhadas nos permite trabalhar com três postais de temas distintos , pois esta manifestação concentra como destaque os Mouros, os Cristãos e os Mascarados, cada um com sua beleza peculiar e sua importância dentro fi Diante da divulgação já existente da capital para o turismo empresarial, decidimos explorar o rodeio show que acontece em Goiânia. Manifestação cultural que está inserido no maior evento empresarial do estado que é a Exposição
  • 24. 24 Agropecuária de Goiás, uma boa oportunidade para divulgarmos a tradição desta cultura, que está presente em todo o estado em feiras deste tipo. Aproveitando também a ligação que a musica sertaneja tem com os rodeios, já que estamos trabalhando dentro do apelo emocional e a musicalidade forte do estado ajudar nesta construção de sentimento entre o evento, o turista e o cartão postal. INICIANDO OS NOVOS CARTÕES POSTAIS 6.1 OBJETIVO DA FOTOGRAFIA NO CONTEXTO DO CARTÃO POSTAL as mensa arranjo cultural ideoló ala por si só, é necessário que as perguntas sejam feitas” (MAUAD 1996, p 10). 6 Para avaliar um documento visual é necessário atentar para alguns pressupostos básicos e inerentes à própria história: expressão e conteúdo, tempo e espaço, percepção e interpretação. “A noção de espaço como chave de leitura d gens visuais, devido à natureza deste tipo de texto” (MAUAD 1996, p. 14). É de extrema importância conseguir transmitir através da fotografia todo o valor emocional e cultural de cada evento e atração cultural registrada através da fotografia, pois a fotografia atua desde a captação do postal pelo turista quando exposto em um local especifico até o desejo de guardá-lo por quem o recebe. O entrosamento entre o ícone, o momento fotografado e seu evento é que vai garantir a melhor imagem para registrar o momento responsável por transmitir toda emoção, a plástica e seus valores dentro da manifestação cultural. Mauad reforça essa afirmação citando Mirian Moreira Leite: “toda captação da mensagem manifestada se dá através de arranjos espaciais. A fotografia é uma redução, um gico do espaço geográfico num determinado instante” (p. 14). Nos eventos escolhido para serem fotografados, tentamos analisá-los em três planos: o cenário (e seu movimento), o objeto (o ícone a ser fotografado) e a pose (o momento em que é fotografado dentro do evento). Já situada a cronologia da foto e seu contexto histórico partiremos para abordagem do documento em si, observando que “a imagem não f
  • 25. 25 6.1.1 Fotografias arquitetônicas resultados, mesmo que fossem de lugares já conhecidos e visitad opo das igrejas, por exemp ciso inclinar para realizar a foto, o s que já ra arquiteturas [...]” afirma John Hedgecoe em O novo manual da fotografia (pag.36). .1.2 Fotografias da Procissão do Fogaréu spaciais” juntam oderá ficar na dúvida até conseguir definir com clareza a forma espacial dos objetos. Nas fotografias de arquitetura, foi tirado o máximo da luz natural variando bastante os ângulos da câmera, para que se obtivesse um bom ponto de vista das fotos e uma boa composição. Desta forma houve uma considerável variedade de fotografias com bons os por turistas. Como as construções da cidade de Goiás Velho são em geral grandes e algumas cercadas por casa, comércios e outros edifícios, foi necessário fotografar a uma curta distância e nem sempre se obtinha um resultado que enquadrasse toda a estrutura. Era sempre preciso reclinar-se para trás para que o t lo, fosse fotografado, o resultado também foi satisfatório. Algumas fotos foram preenchidas no primeiro plano, desta forma, já conduz a visão direta ao objeto fotografado e mais uma vez foi pre utras deram a impressão de parecerem verticais. O espaço ao redor das arquiteturas foi aproveitado, ás vezes era viável uma distância para que não só a igreja aparecesse mais também o que havia ao lado ou atrás. Ao fotografar a arquitetura, foi essencial focar no detalhe, mesmo que fossem a uma pequena estrutura, destaques para contornos e combinações de cor, imperceptíveis em fotos panorâmicas. O grande objetivo disso foi minimizar as imagens das igrejas conhecidas, causando um interesse maior para com aquele visitaram a cidade e claro, não descartando a idéia de atrais turistas novos. Durante todo o período a iluminação teve suas interferências, ou seja, do tempo e da qualidade da luz do sol. “Não existe iluminação perfeita pa 6 Devido à baixa quantidade de luz, houve dificuldades para a realização das fotos, a luz gerou sombras e isso fez com que os resultados fossem “e ente com o desenho dos objetos e toda a paisagem de Goiás Velho. Os farricocos em algumas fotos podem ser identificados pela sua sombra e contorno, quem observa a foto, somente em alguns instantes p
  • 26. 26 As tochas foram elementos essenciais na iluminação durante as fotos, pois, mesmo que incidindo indiretamente no rosto dos farricocos, elas iluminavam parte do mesmo, permitindo o aparecimento de sombras o que ajudou bastante no trabalho de luz e sombra. Composição fotográfica com base nas linhas alongadas, chamando a atenção dos olhos para um ponto de convergência, assim a diversidade das linhas e ângulos causariam a excitação e a confusão características reais da procissão do fogaréu. A fotografia de tamanho menor chamará aqui de foto de apoio, servirá para mostrar um pouco da beleza plástica dos farricocos, mas se manteve dentro do clima de confusão e movimento da procissão. Para a aplicação da foto central foi necessário a utilização de uma foto que foi cedida por Tom Jorge, que não é um fotógrafo profissional, porém, a qualidade da mesma chegou a tal ponto. Foi preciso buscar outras fotos com amadores, pois, os resultados das fotos não alcançaram nosso principal objetivo, “transportar” o observador para o ritual da procissão. 6.1.3 Fotografias das Cavalhadas e Rodeio A captura da riqueza dos detalhes das vestimentas dos cavaleiros e dos adornos de seus cavalos seria algo fundamental no registro das fotografias. O primeiro ponto para garantir a captura dos personagens, seria uma boa focalização junto à escolha por fotografar com um fundo simples. Isso daria ao motivo ênfase e boas condições de visualização dos detalhes. O maior desafio para se manter dentro desses parâmetros era conseguir fotografar o momento de parada dos cavaleiros em um lugar que fosse possível manterem o fundo sem muita informação e ao mesmo tempo, conseguir sombra nas áreas descobertas no corpo e encobrindo a face dos mesmos, fazendo com que o corpo fosse elemento principal na composição e ocultando a identidade do personagem. Os registros das fotos principais seguem um roteiro junto com as fotos de apoio, com ajuda do texto para melhor compreender a composição da cena. O postal dos mouros, cavaleiro vermelho, tem sua foto principal com o cavaleiro parado e da foto de apoio em movimento. Seguindo a mesma ordem de apresentação das cavalhadas, são os mouros que entram primeiro no campo de
  • 27. 27 batalha, apenas observam o território do inimigo e logo em seguida fazem o primeiro ataque. Os Cristãos já entram em ataque contra os mouros, após este ato eles param em seu território para aguardar a reação do inimigo. Por isso expomos a fotografia principal com o cavaleiro em movimento. Já os mascarados nem dispõem de uma seqüência em sua apresentação, entram de forma aleatória, sempre antes do inicio da batalha, sua desordem serve como protesto pela forma “burguesa” em que se é apresentado as cavalhadas. Eles são do lado do povo, do baixo clero, assim a cena registrada no postal não poderia ser diferente do mascarado conduzindo uma bela moça com seu vestido vermelho, cor que representando a paixão do povo pela magia do evento. Os mesmos parâmetros foram adotados para fotografar o rodeio, modificando a composição de fundo simples para primeiro plano, dando foco principal tanto nas fotos com movimento quanto nas estáticas. Composição em primeiro plano, a fim de dar equilíbrio aos elementos, utilizamos as imagens das pessoas para realçar o chapéu na cena, a intenção desta composição foi de tornar o chapéu índice da oração que e feita em todos os rodeios antes do inicio da competição, pois isso a imagem das pessoas ao fundo servem para reforçar este momento, onde um dos peões esta de joelho. Esta cena também nos permite encaixar a tipografia escolhida para os demais postais dentro do contexto dos rodeios, pois não fugiríamos do assunto religioso. A foto de apoio da continuidade, seguindo a idéia de roteiro dos eventos, mostrando a cena que acontece após a oração. 6.2 DIAGRAMAÇÃO A diagramação e a peça chave para diferenciação dos novos postais quando comparado aos existentes, podemos perceber que o principal problema nos postais atuais e o descuido com a diagramação dos elementos gráficos que compõe o cartão postal. Cada postal deve possuir características próprias e únicas, devido a fatores como direcionamento ao evento-alvo, conteúdo e necessidades gráficas diversas. No entanto, mesmo com essa individualidade de cada um dos cartões postais, foram
  • 28. 28 definidos alguns parâmetros de união entre eles, com a intenção de que pudessem ser identificados como partes de uma coleção. Os elos foram definidos como sendo: • Capa composta de duas ou mais imagens, sendo uma central ocupando a maior área e as outras de apoio, delimitado a área que será utilizada para o texto sobre fundo chapado. • Cor do fundo extraída do motivo principal do postal, desde que consiga realçar ainda mais a fotografia e seu sentido. • Uso de fontes serifadas para os textos e título. • Formato Fechado: 15 X10 cm e vice-versa. Essas definições serviriam para nortear as primeiras amostragens de layout, evitando uma possível perca de identidade momentânea entre as peças. 6.3 TESTES E GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS Nas primeiras composições foram buscadas melhores disposições para as fotografias, titulo e texto, analisando qual seria a melhor forma de evidenciar a fotografia sem ofuscar as demais informações, como também analisar o melhor posicionamento para composição dos futuros eventos a serem fotografados, determinando uma pré-marcação das poses na fotografia.
  • 29. 29 Figura 5:Geração de alternativas para layout Após a geração de alternativas (figura 5), optou-se pelo uso de 2 tipos de grid, ficando um para os postais na vertical e outro para os na horizontal e um verso padrão para todos os postais. Definido o posicionamento de todos os elementos gráfico passamos para os testes de espaçamento entre eles, peso e composição geral do postal, como também testes de impressão. O verso do postal seria composto de fluxograma, indicando os principais pontos turísticos juntamente com o percurso dos locais onde se realiza o evento de cada tema abordado, logo abaixo local destinado para inclusão do anuncio empresarial e por fim áreas para serem utilizadas pelo usuário, com a escrita da mensagem, e pelos correios. As cores ficariam a cargo das registradas em cada fotografia, seria colhido amostra sempre das fotografias maiores, esse procedimento definiria a cor utilizada no fundo. Utilizamos este procedimento já que os próprios eventos utilizam de cores para separar seus figurantes, se analisarmos as cavalhadas há uma divisão própria do evento, mouros de vermelho e os cristãos de azul, os mascarados deixamos a cargo da melhor fotografia registrada. O trabalho minucioso ficou na escolha de tonalidade desta cor,
  • 30. 30 deveria ser a medida certa a fim de realçar a fotografia, não entrando em conflito ou sobressaindo mais que ela.
  • 31. 31 Figura 6: Variações de layouts de postais 6.4 TIPOGRAFIA A pesquisa para escolher a tipografia começou a partir da premissa de que a mesma deveria ter sua identidade relacionada com o tema das manifestações culturais. Todos os temas escolhidos para os postais têm um relação forte com a igreja católica, inclusive o de arquitetura; Seria necessária uma tipologia que fizesse relação com os escritos da igreja católica do século XVIII, pois tanto as cavalhadas como o fogaréu aconteceram no estado de
  • 32. 32 Goiás neste século. Tomamos por base a tipografia empregada na capa de uma coletânea de documentos da igreja católica. Imagem abaixo: Figura 7: Fundo1 do século XVIII: BREVIARIUM ROMANUM Biblioteca e arquivo de José Pacheco Pereira. Uma tipografia romana que se acomodasse ao tema dos postais e seu conteúdo histórico, mas que se encaixasse com uma proposta de layout mais moderna e limpa, encontramos fontes que foram recentemente desenvolvidas com base em antigas romanas, mantiveram suas principais características mesmo num traço mais sofisticado, “... um tipo romano mesmo com formas antigas ainda vive nas formas novas (Brighurt, 1992)”. 1.fundo refere-se a um conjunto de documentos, independente de sua forma ou suporte, organicamente produzido e/ou acumulado e utilizado por um indivíduo, família ou entidade coletiva no decurso das suas atividades e funções.
  • 33. 33 A primeira tipografia testada na frente dos postais foi a IbarraReal Regular, as características de forma desta tipografia tinha uma forte semelhança com a tipografia da imagem acima citada, a semelhança estava na orelha, arco, terminal e serifa. Figura 8: Tipografia IbarraReal Regular||||||||||||||||||| Desenvolvida no século XVIII por Francisco Javier de Santiago Palomares, utilizada por Joaquín Ibarra para sua edição de Dom Quixote 1780 No primeiro teste de impressão percebemos uma deficiência desta tipografia, quando impressa em offset, que dispõe a letra na superfície do papel, e o uso de cores chapadas no fundo onde, houve a perda das serifas mais finas e o estreitamento dos traços mais finos da tipografia. Optamos por uma tipografia mais pesada, com serifas indefinidas e avolumada, tentando assegurar a legibilidade durante a impressão. Mantendo o mesmo critério de escolha, foram realizados testes com mais dois tipos, a Adobe Jenson quem tem um corpo mais pesado e a Ingleby Regular, desenvolvida por David Escurriola Igleby, essas duas tipografias baseiam-se nas punções do impressor francês Nicolas Jenson. Figura 9: Tipografia Adobe Jenson
  • 34. 34 Figura 10: Tipografia Ingleby Regular Por fim decidimos aplicar a Ingleby Regular, por sua forma mais sua suave e traços mais definidos, pois a Adobe Jenson deixou uma peso excessivo para aplicação no tamanho de fonte determinado para frente dos postais. Já para a tipografia o verso dos postais utilizaremos a IbarraReal por não se diferencia de forma bruscas das traços da Ingleby Regular. Nos testes foi possível verificar a sua legibilidade por dois fatores, os versos serão impressos monocromáticos em fundo branco, assim o contraste da tipografia em preto com o fundo branco e suas linhas mais delicadas garantirá uma melhor legibilidade para uma massa de texto utilizada no verso.
  • 35. 35 6.5 LAYOUT FINAL Após a conclusão do registro fotográfico de todos os eventos escolhidos para este projeto, foi possível finalizar todos os layouts.
  • 36. 36
  • 38. 38 A próxima etapa seria uma pesquisa comparativa entre os postais que são comercializados atualmente em Goiás com os novos postais. O questionário foi composto de três perguntas objetivas e uma subjetiva. A pesquisa foi realizada com quarenta pessoas na cidade de Goiânia, quando questionado quais dos dois postais agradavam mais: 95% afirmaram gostar mais do layout desenvolvido neste projeto, A segunda pergunta visa descobiri se o projeto teria alcançado um dos seus objetivos, que é despertar o interesse por comprar ou recolher o postal para enviá-lo, se tornando eficiente para a divulgação da cultura do estado, a resposta obtida foi que 65% comprariam os novos postais e 98% recolheriam o postal, se distribuído gratuitamente, e o enviaria. A pergunta subjetiva ficou a cargo de colher informações sobre o que agrada mais nos novos postais, as respostas nos dariam uma dimensão do impacto que a mudança no layout provocou como também saber o principal item que fez com que despertasse novamente o interesse pelos postais, a maioria das respostas girou em torno da utilização de cor relacionada à fotografia, roteiro das fotografias e a organização das informações no postal. 7 ACABAMENTO GRÁFICO A impressão que melhor se adéqua ao projeto, considerando qualidade e custo, é a impressão Off-set, devido à delicada superfície da chapa de impressão (pouca resistência ao atrito) a impressão off-set é um processo gráfico indireto, ou seja, a chapa só recebe a tinta nas áreas de grafismo, após esta ter saído do tinteiro e ser distribuída e estratificada por uma série de rolos. A escolha do papel deve levar em conta, além do aspecto estético e do preço final. Sendo o sistema off-set escolhido para realizar a impressão dos postais e de extrema importância certa na hora da escolha do papel, o mesmo deve ter uma boa resistência superficial, a fim de evitar o "arrancamento" (remoção de pedaços da superfície do papel durante a impressão, que ocorre quando a força de arranque, ou pega, da tinta é maior do que a resistência da superfície do papel). Após algumas pesquisas nos livros relacionados de acabamento gráfico e consultas com alguns profissionais de gráficas sobre os melhores tipos de papel para impressão, nos informaram a utilizar o papel cartão do tipo Triplex 300g, a presença uma terceira camada denominada intermediária, sendo as camadas
  • 39. 39 interna e externa de polpa química branqueada e a intermediária de polpa química ou polpa reciclada não-branqueada. Além da boa aparência, devido às camadas serem todas de polpa branqueada, também apresentar boa resistência mecânica e seu semi brilho confere a uma maior qualidade á impressão. Para reforçar o apelo visual dos postais será atribuído a impressão o uso de cor especial e acabamento em verniz U.V. na frente do postal, para dar maior brilho e aumentar a sua durabilidade, e no verso impressão monocromática, onde sua superfície e porosa facilitando a penetração da tinta já que sofrerá anotações.
  • 40. 40 8 CONCLUSÃO Foi importante perceber que a pesquisa e o projeto de design não necessariamente devem ser desenvolvidos seguindo metodologias ríspidas e universais; É necessário ser flexível para adaptar melhor o trabalho as suas reais necessidades. Outro fator importante foi o conhecimento sobre as manifestações culturais o que acrescentou muito no âmbito pessoal como também serviu de aprimoramento nas técnicas de fotografia, conseguir registrar sentimentos com certeza foi nosso maior desafio. A pesquisa teórica cumpriu satisfatoriamente o objetivo de captar novas informações sobre todos os pontos abordados nesse projeto, além da área fotográfica, como a parte de tipografia, diagramação, produção gráfica, e otimização de processos, assim conseguimos alcançar os objetivos proposto neste projeto. Espera-se que o material resultante deste trabalho sirva de fonte de informação que assuntos relacionados sejam explorados de maneira cada vez mais ampla e por mais pessoas, tornando fotografia uma parte ainda maior do cotidiano do estudante de design, especialmente desta instituição.
  • 41. 41 REFERÊNCIAS LUCK, Heloisa. Metodologia de projetos: uma ferramenta de planejamento e gestão. Petropolis: Vozes, 2003. Estatísticas básicas do turismo. Embratur. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/dadosefatos>. Acesso em: 28 abr. 2010. BARRETO, M. Iniciação ao estudo do turismo. São Paulo: Papirus, 2002. GONTIJO, J. A importância da paisagem na atividade turística. Revista Turismo, Pará, jun. 2004. MAUAD, A.M. Através da Imagem: fotografia e história. Interfaces, v.1, n.2, dez. 1996. Tempo. GASTAL, Susana. Turismo, imagens e imaginários. São Paulo: Aleph, 2005. JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. São Paulo: Cornaccia, 2007. RUSCHMANN, Doris. Turismo no Brasil: análises e tendências. São Paulo: Aleph, 2007. KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. São Paulo: Ateliê Editorial,1999. MAUL, Dianna. Valor emocional: criando fortes vínculos emocionais com seus clientes. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LABATE, Beatriz. A experiência do "viajante-turista" na contemporaneidade. In: SERRANO, Célia; BRUHNS, Heloísa; LUCHIARI, Maria (Orgs.). Olhares contemporâneos sobre o turismo. 2 ed. Campinas: Papirus, 2000.
  • 42. 42 SONTAG, Susan. Sobre fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. VENTURINI, Carolina. Cartão-postal: o tempo de uma cidade. Revista Lato&Sensu, Belém, v.2, n.3, p.90-92, 2001. HELLER, Eva. Psicología del color: como actúam los colores sobre los sentimientos y La razón. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2004. COLLARO, Antonio Celso. Projeto gráfico: teoria e prática da diagramação. São Paulo: Sumus, 2000. BRINGHURST, Robert. Elementos do estilo tipográfico. São Paulo: Cosac Naify, 2005.
  • 43. 43 APÊNDICES Apêndice A Pesquisa com pessoas que tem o habito de realizar viagens por motivo turístico 1 – Você tem interesse na compra e/ou coleciona cartões postais? ( ) Sim ( ) Não 2 – Costuma guardar/enviar postais distribuídos gratuitamente em locais como hotéis e agencias de turismo? ( ) Sim ( ) Não 3 – Nas suas viagens você costuma se interessar pelo turismo cultural da cidade destino? ( ) Sim ( ) Não 4 – Após conhecer um sitio histórico ao algum tipo de movimentação cultural da cidade destino interessa-se por guardar como recordação um postal referente ao mesmo? ( ) Sim ( ) Não 5 – O que faz você guardar um postal?
  • 44. 44 Apêndice B Pesquisa com empresas sobre Cartões Postais Publicitários com distribuição Gratuita. 1 - Se voce ja utilizou este tipo de serviço? ( ) Sim ( ) Não 2 - Se a resposta for positiva, achou eficiente em anunciar nos cartões postais? ( ) Sim ( ) Não 3 - Você voltaria a anunciar (ou anunciaria pela primeira vez)? ( ) Sim ( ) Não 4 - Costuma fazer anuncios da sua empresa onde? Revistas Jornais Sites de busca Telelistas 5 - Você disponibilizaria uma página do seu site para hospedar cartões postais para download e envio on line?
  • 45. 45 Apêndice C Pesquisa comparativa dos layout dos novos postais. Nome: Idade: Naturalidade: Quais dos postais lhe agrada mais? ( ) Postal Atual ( ) Postal do projeto Você compraria o postal (Caso a resposta seja postal do projeto)? ( ) Sim ( ) Não Você recolheria se distribuído gratuitamente? ( ) Sim ( ) Não O que lhe agrada mais nos novos postais?