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Andrei Tarkovsky




Pesquisa de Autor
Unidade Curricular: Produção Audiovisual I
Corpo Docente: Pedro Colaço Rosário
Comunicação e Multimédia 11/12
José Vitor Martins
Nº 41084
Biografia
•   Filho do poeta russo Arseni Tarkovski, autor de muitos dos poemas recitados em seus filmes, nasceu
    em 1932. Tendo se formado em Geologia, abandona a profissão para se dedicar ao cinema, iniciando
    a sua carreira ao entrar no Instituto Central de Cinema da URSS (VGKI) em 1956. Em 1960 dirige seu
    primeiro filme um média metragem de 44 minutos ( O Rolo Compressor e O Violinista) e em 1962
    ganha o Leão de Ouro do Festival de Veneza com o seu segundo trabalho, A Infância de Ivan.
•   Com o ambicioso filme Andrey Rublev (1966), sobre a vida do famoso pintor russo, o realizador
    apresenta características que formariam a base principal de seu cinema: intimista, conciso e com boa
    atenção para os detalhes.
•   Em 1972 lança Solaris, um complexo filme misto de ficção científica e drama existencial, com
    discretas citações do filme 2001: Uma odisséia no espaço, de Stanley Kubrick. Esse filme é
    considerado por muitos seu melhor trabalho.
•   Seus filmes posteriores, O espelho (1974), filme com altos traços autobiográficos e principalmente
    Stalker (1979), apesar de apresentarem a boa qualidade do director, são prejudicados pela forte
    censura existente na URSS.
•   Desiludido com o controle exercido sobre o seu trabalho, Tarkovski decide sair da URSS em 1983.
    Nesse mesmo ano lança Nostalgia. Ainda, depois de Nostalgia, filmaria O Sacrifício.
•   De personalidade irritadiça e muitas vezes angustiada, o realizador sempre recusou qualquer tipo de
    influência e controle sobre o seu trabalho. Sua obra é marcada por um profundo sentido espiritual, e
    seu compromisso com a arte ficou marcado em seu livro Esculpir o Tempo, obra essencial a todos os
    amantes da sétima arte.
•   Morreu em Paris de cancro no pulmão em 1986.
• Quando questionado a explicar o sentido de seus filmes, Andrei Tarkovski,
  respondia com a seguinte metáfora: "Você olha um relógio. Ele funciona,
  mostra as horas. Você tenta compreender como ele funciona e o
  desmonta. Ele não anda mais. E no entanto essa é a única maneira de
  compreender..."
• Tarkovski passou a vida montando e desmontando "relógios" na tentativa
  de compreender o funcionamento da vida e do espírito dos homens.
• Nove filmes em 26 anos de carreira parecem pouco aos olhos da
  estatística. Mas a escala grandiosa da obra de Andrei Tarkovski não se
  mede por números.
• Em Esculpir o Tempo, seu livro de reflexões sobre arte e cinema, ele
  comparou o trabalho do director ao de um escultor que, “guiado pela
  visão interior de sua futura obra, elimina tudo o que não faz parte dela.”
• O seu cinema tem essa qualidade essencial das obras perfeitas: o que não
  está ali é excesso.
Filmografia
O Rolo Compressor e o Violinista - 1961
• Direção: Andrei Tarkovsky
• Roteiro: Andrei Tarkovsky, Andrey Konchalovskiy, S. Bakhmetyeva (história)
• Gênero: Drama
• Origem: União Soviética
• Duração: 46 minutos
• Tipo: Média-metragem




 Sinopse

 Conta uma história de amizade entre um menino violinista e um operador de rolo compressor.
 Em O Rolo Compressor e o Violinista (Katok i Skripka, 1961) Sasha é um menino que mora em
 Moscou e sempre é perseguido pelos outros garotos do prédio, que pretendem destruir o
 violino dele. Em frente ao edifício, dois rolos compressores asfaltam a rua. Um dirigido por uma
 mulher, que sempre se insinua para o motorista da outra máquina. Sasha desenvolve uma
 amizade com Sergei, o motorista, que corresponde e defende o garoto dos ataques dos outros
 garotos. Sasha e Sergei, um pequeno artista e um trabalhador braçal, estabelecem uma ligação
 de companheirismo à margem das vidas de ambos
A Infância de Ivan - 1962

• Direção: Andrei Tarkovsky
• Roteiro: Vladimir Bogomolov, Mikhail Papava, Andrei
Tarkovsky, Andrey Konchalovskiy
• Gênero: Drama/Guerra
• Origem: União Soviética
• Duração: 95 minutos
• Tipo: Longa-metragem
Ganhador do Leão de Ouro em Veneza.



Sinopse

Durante a segunda Grande Guerra, os russos tentavam combater a investida nazista ao seu
território. Nas frentes soviéticas, Ivan, um garoto órfão de 12 anos, trabalha como um
espião, podendo atravessar as fronteiras alemãs para obter informação sem ser visto, e vive
sob os cuidados de três oficiais russos. Mas, após inúmeras missões, e com um desgaste
físico cada vez maior, os oficiais resolvem poupar Ivan, mandando-o para a escola militar.
Andrei Rublev - 1969

• Direção: Andrei Tarkovsky
• Roteiro: Andrei Tarkovsky, Andrey Konchalovskiy
• Gênero: Drama/Guerra/Histórico
• Origem: União Soviética
• Duração: 205 minutos
• Tipo: Longa-metragem




 Sinopse

 A Rússia do século XV passa por um período turbulento, o povo sofre injustiças e
 está fragilizado pela fome. Nesse cenário, acompanhamos um pouco da vida do
 pintor Andrei Rublev, que mais tarde abandonaria seu ofício para dedicar-se a
 Deus.
Solaris - 1972

• Direção: Andrei Tarkovsky
• Roteiro: Stanislaw Lem (romance), Fridrikh
Gorenshtein, Andrei Tarkovsky
• Gênero: Drama/Ficção Científica
• Origem: União Soviética
• Duração: 165 minutos
• Tipo: Longa-metragem




Sinopse

Solaris é um planeta distante, que vem sendo constantemente estudado há décadas, e cujo mistério
sobre seu oceano ainda não foi esclarecido, nem seus efeitos. Por falta de interesse e resultados, a
solarística está morrendo; aliado a isto, os membros na estação espacial que orbita o planeta estão
sendo afetados pelo oceano. Por conta disto, o psicólogo Kelvin - conhecido de um dos doutores da
solarística e amigo de um dos tripulantes - é mandado para a estação para averiguar a situação. Lá,
ele percebe aos poucos que Solaris é, mais que um planeta, um espelho da alma.
O Espelho - 1975

• Direção: Andrei Tarkovsky
• Roteiro: Aleksandr Misharin, Andrei Tarkovsky
• Gênero: Drama
• Origem: União Soviética
• Duração: 108 minutos
• Tipo: Longa-metragem




Sinopse
O mais autobiográfico trabalho do director Andrei Tarkovsky, onde o garoto Alexéi
passa pelos mesmos problemas, alegrias e desgraças que o director passou, só que
na tela. É um estudo da vida espiritual do homem contemporâneo, suas buscas e
resoluções.
Stalker - 1979
• Direção: Andrei Tarkovsky
• Roteiro: Arkadiy Strugatskiy (romance e roteiro), Boris
Strugatskiy (romance e roteiro)
• Gênero: Ficção Científica/Suspense
• Origem: União Soviética
• Duração: 163 minutos
• Tipo: Longa-metragem




 Sinopse

 Após a suposta queda de meteoritos numa região do planeta, essa região adquire
 propriedades estranhas e é chamada de Zona. Dentro da Zona, diz a lenda ter o Quarto, que
 seria um lugar onde todos os seus desejos são realizados. Temendo que a população invada a
 Zona à procura do Quarto, o exército a isola, mas eles próprios não têm coragem de entrar
 nela. Apenas alguns poucos, chamados Stalkers, têm habilidade suficiente para entrar e
 sobreviver lá dentro. Um dia, um escritor famoso e um físico contratam um Stalker para os
 guiarem ao Quarto, sem exactamente saber o que procuram.
Nostalgia - 1983

• Direção: Andrei Tarkovsky
• Roteiro: Andrei Tarkovsky, Tonino Guerra
• Gênero: Drama
• Origem: Itália/Rússia
• Duração: 125 minutos
• Tipo: Longa-metragem




Sinopse

Jornada mística do poeta russo Andrei Gorchakov à Itália em busca de um novo modo de vida.
Depois de 3 meses, viajando em companhia de Eugenia, uma atriz italiana, chegam a um
pequeno vilarejo ao norte da Itália. Frustrado e deprimido por ainda não ter encontrado seu
caminho, Gorchakov mergulha em seu passado, isolando-se em impenetrável silêncio.
O Sacrifício - 1986

• Direção: Andrei Tarkovsky
• Roteiro: Andrei Tarkovsky
• Gênero: Drama
• Origem: França/Reino Unido/Suécia
• Duração: 149 minutos
• Tipo: Longa-metragem




Sinopse
Família burguesa sueca celebra o aniversário do patriarca Alexander (Erland
Josephson), escritor e actor aposentado. Esta celebração será marcada para o resto
da vida de cada membro da família: na televisão anuncia-se uma catástrofe
nuclear. A crise familiar é alimentada pelo desespero, dúvida, angústia física e
moral de cada um.
A Tecnica de Andrei Tarkovsky
Filmes de Tarkovsky são caracterizados por temas metafísicos, extremamente longos, e imagens
memoráveis ​de beleza excepcional. Motivos recorrentes são sonhos, memória, da infância, água corrente
acompanhada por fogo, dentro de chuva, reflexões, levitação, e os personagens reaparecem em primeiro
plano de longos movimentos de deslizamento da câmara. Ele disse uma vez “ uma pessoa com um
ambiente que não tem limites, confrontando-o com um número incontável de pessoas que passam por
perto dele e longe, relacionando uma pessoa para o mundo inteiro, que é o significado do cinema”

Tarkovsky incluiu cenas de levitação em vários de seus filmes, mais notavelmente Solaris. Para ele, essas
cenas possuem grande poder e são usados ​para o seu valor fotogénico e inexplicável magia.
Água, nuvens, e as reflexões foram usados ​por ele para sua beleza surreal e valor fotogénico, bem
como o seu simbolismo, como as ondas ou água corrente.

Sinos e velas também são símbolos frequentes. Estes são símbolos da visão cinematográfica, e som, e
filme de Tarkovsky frequentemente tem temas de auto-reflexão.

Tarkovsky desenvolveu uma teoria de cinema que ele chamou de "esculpir o tempo". Por isso ele quis
dizer que a característica única de cinema como um meio de se levar a nossa experiência do tempo e
alterá-lo. Cenas de filmes inéditos transcreve tempo em tempo real. Ao usar tomadas longas e cortes
de poucos em seus filmes, ele teve como objectivo dar aos espectadores uma sensação de passagem
do tempo, perdido, e a relação de um momento no tempo para outro.
Até, inclusive, seu filme O Espelho, Tarkovsky concentrou seus trabalhos cinematográficos em explorar
esta teoria. Depois de The Mirror, ele anunciou que iria concentrar o seu trabalho na exploração das
unidades dramáticas propostas por Aristóteles: uma acção concentrada, acontecendo em um
lugar, dentro da extensão de um único dia.

Vários dos filmes de Tarkovsky tem sequências de cores ou preto e branco, incluindo, por
exemplo, Andrei Rublev, que apresenta um epílogo em cores de pinturas de ícones religiosos, bem
como Solaris, O Espelho e Stalker, que apresentam sequências monocromáticas e sépia.
Em 1966, numa entrevista realizada pouco depois de concluir Andrei Rublev, Tarkovsky alegou que no
dia a dia não se percebe conscientemente as cores, na maioria das vezes.
Daí a cor do filme deve ser usada principalmente para enfatizar certos momentos, mas não todo o
tempo e que esta distrai o espectador.
Para ele, os filmes a cores são como pinturas ou fotografias em movimento, que são demasiado bonita
para ser uma representação realista da vida.
Estatua de Andrei Tarkovsky na
entrada do Gerasimov Institute
of Cinematography
Influências
Tarkovsky tornou-se um director de cinema durante a década de 1950, um período durante o
qual a sociedade soviética abriu as portas a filmes estrangeiros, literatura e música.

Tarkovsky teve então permissão para ver filmes de directores europeus, americanos e
japoneses, uma experiência que influenciou a sua maneira de pensar e criar os seus próprios
filmes.
Seu professor e mentor na escola de cinema, Mikhail Romm, permitiu que
seus alunos tivessem liberdade, criando um estilo próprio e independente.

Tarkovsky foi, de acordo com Shavkat Abdusalmov, um colega na escola de cinema, um
fascinado por filmes japoneses.

Ele ficou surpreso pela forma como cada personagem na tela é excepcional e como os
eventos colidíamos, como um samurai cortando o pão com sua espada são elevados para algo
especial e colocar no centro das atenções.

Tarkovsky também manifestou interesse na arte de Haiku e sua capacidade de
criar "imagens de tal forma que elas não significam nada além de si mesmos."
WebGrafia
http://www.cineplayers.com/perfil.php?id=11858

http://www.imdb.pt/name/nm0001789/

http://www.imdb.com/name/nm0001789/

http://en.wikipedia.org/wiki/Andrei_Tarkovsky

http://www.filmref.com/directors/dirpages/tarkovsky.html

http://www.grupoestacao.com.br/arquivo/mat1999/festival/catalogo/tarkovsky.html

http://www.youtube.com/watch?v=lFtNG1wZ4zU

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Andrei Tarkovsky

  • 1. Andrei Tarkovsky Pesquisa de Autor Unidade Curricular: Produção Audiovisual I Corpo Docente: Pedro Colaço Rosário Comunicação e Multimédia 11/12 José Vitor Martins Nº 41084
  • 2. Biografia • Filho do poeta russo Arseni Tarkovski, autor de muitos dos poemas recitados em seus filmes, nasceu em 1932. Tendo se formado em Geologia, abandona a profissão para se dedicar ao cinema, iniciando a sua carreira ao entrar no Instituto Central de Cinema da URSS (VGKI) em 1956. Em 1960 dirige seu primeiro filme um média metragem de 44 minutos ( O Rolo Compressor e O Violinista) e em 1962 ganha o Leão de Ouro do Festival de Veneza com o seu segundo trabalho, A Infância de Ivan. • Com o ambicioso filme Andrey Rublev (1966), sobre a vida do famoso pintor russo, o realizador apresenta características que formariam a base principal de seu cinema: intimista, conciso e com boa atenção para os detalhes. • Em 1972 lança Solaris, um complexo filme misto de ficção científica e drama existencial, com discretas citações do filme 2001: Uma odisséia no espaço, de Stanley Kubrick. Esse filme é considerado por muitos seu melhor trabalho. • Seus filmes posteriores, O espelho (1974), filme com altos traços autobiográficos e principalmente Stalker (1979), apesar de apresentarem a boa qualidade do director, são prejudicados pela forte censura existente na URSS. • Desiludido com o controle exercido sobre o seu trabalho, Tarkovski decide sair da URSS em 1983. Nesse mesmo ano lança Nostalgia. Ainda, depois de Nostalgia, filmaria O Sacrifício. • De personalidade irritadiça e muitas vezes angustiada, o realizador sempre recusou qualquer tipo de influência e controle sobre o seu trabalho. Sua obra é marcada por um profundo sentido espiritual, e seu compromisso com a arte ficou marcado em seu livro Esculpir o Tempo, obra essencial a todos os amantes da sétima arte. • Morreu em Paris de cancro no pulmão em 1986.
  • 3. • Quando questionado a explicar o sentido de seus filmes, Andrei Tarkovski, respondia com a seguinte metáfora: "Você olha um relógio. Ele funciona, mostra as horas. Você tenta compreender como ele funciona e o desmonta. Ele não anda mais. E no entanto essa é a única maneira de compreender..." • Tarkovski passou a vida montando e desmontando "relógios" na tentativa de compreender o funcionamento da vida e do espírito dos homens. • Nove filmes em 26 anos de carreira parecem pouco aos olhos da estatística. Mas a escala grandiosa da obra de Andrei Tarkovski não se mede por números. • Em Esculpir o Tempo, seu livro de reflexões sobre arte e cinema, ele comparou o trabalho do director ao de um escultor que, “guiado pela visão interior de sua futura obra, elimina tudo o que não faz parte dela.” • O seu cinema tem essa qualidade essencial das obras perfeitas: o que não está ali é excesso.
  • 4. Filmografia O Rolo Compressor e o Violinista - 1961 • Direção: Andrei Tarkovsky • Roteiro: Andrei Tarkovsky, Andrey Konchalovskiy, S. Bakhmetyeva (história) • Gênero: Drama • Origem: União Soviética • Duração: 46 minutos • Tipo: Média-metragem Sinopse Conta uma história de amizade entre um menino violinista e um operador de rolo compressor. Em O Rolo Compressor e o Violinista (Katok i Skripka, 1961) Sasha é um menino que mora em Moscou e sempre é perseguido pelos outros garotos do prédio, que pretendem destruir o violino dele. Em frente ao edifício, dois rolos compressores asfaltam a rua. Um dirigido por uma mulher, que sempre se insinua para o motorista da outra máquina. Sasha desenvolve uma amizade com Sergei, o motorista, que corresponde e defende o garoto dos ataques dos outros garotos. Sasha e Sergei, um pequeno artista e um trabalhador braçal, estabelecem uma ligação de companheirismo à margem das vidas de ambos
  • 5. A Infância de Ivan - 1962 • Direção: Andrei Tarkovsky • Roteiro: Vladimir Bogomolov, Mikhail Papava, Andrei Tarkovsky, Andrey Konchalovskiy • Gênero: Drama/Guerra • Origem: União Soviética • Duração: 95 minutos • Tipo: Longa-metragem Ganhador do Leão de Ouro em Veneza. Sinopse Durante a segunda Grande Guerra, os russos tentavam combater a investida nazista ao seu território. Nas frentes soviéticas, Ivan, um garoto órfão de 12 anos, trabalha como um espião, podendo atravessar as fronteiras alemãs para obter informação sem ser visto, e vive sob os cuidados de três oficiais russos. Mas, após inúmeras missões, e com um desgaste físico cada vez maior, os oficiais resolvem poupar Ivan, mandando-o para a escola militar.
  • 6. Andrei Rublev - 1969 • Direção: Andrei Tarkovsky • Roteiro: Andrei Tarkovsky, Andrey Konchalovskiy • Gênero: Drama/Guerra/Histórico • Origem: União Soviética • Duração: 205 minutos • Tipo: Longa-metragem Sinopse A Rússia do século XV passa por um período turbulento, o povo sofre injustiças e está fragilizado pela fome. Nesse cenário, acompanhamos um pouco da vida do pintor Andrei Rublev, que mais tarde abandonaria seu ofício para dedicar-se a Deus.
  • 7. Solaris - 1972 • Direção: Andrei Tarkovsky • Roteiro: Stanislaw Lem (romance), Fridrikh Gorenshtein, Andrei Tarkovsky • Gênero: Drama/Ficção Científica • Origem: União Soviética • Duração: 165 minutos • Tipo: Longa-metragem Sinopse Solaris é um planeta distante, que vem sendo constantemente estudado há décadas, e cujo mistério sobre seu oceano ainda não foi esclarecido, nem seus efeitos. Por falta de interesse e resultados, a solarística está morrendo; aliado a isto, os membros na estação espacial que orbita o planeta estão sendo afetados pelo oceano. Por conta disto, o psicólogo Kelvin - conhecido de um dos doutores da solarística e amigo de um dos tripulantes - é mandado para a estação para averiguar a situação. Lá, ele percebe aos poucos que Solaris é, mais que um planeta, um espelho da alma.
  • 8. O Espelho - 1975 • Direção: Andrei Tarkovsky • Roteiro: Aleksandr Misharin, Andrei Tarkovsky • Gênero: Drama • Origem: União Soviética • Duração: 108 minutos • Tipo: Longa-metragem Sinopse O mais autobiográfico trabalho do director Andrei Tarkovsky, onde o garoto Alexéi passa pelos mesmos problemas, alegrias e desgraças que o director passou, só que na tela. É um estudo da vida espiritual do homem contemporâneo, suas buscas e resoluções.
  • 9. Stalker - 1979 • Direção: Andrei Tarkovsky • Roteiro: Arkadiy Strugatskiy (romance e roteiro), Boris Strugatskiy (romance e roteiro) • Gênero: Ficção Científica/Suspense • Origem: União Soviética • Duração: 163 minutos • Tipo: Longa-metragem Sinopse Após a suposta queda de meteoritos numa região do planeta, essa região adquire propriedades estranhas e é chamada de Zona. Dentro da Zona, diz a lenda ter o Quarto, que seria um lugar onde todos os seus desejos são realizados. Temendo que a população invada a Zona à procura do Quarto, o exército a isola, mas eles próprios não têm coragem de entrar nela. Apenas alguns poucos, chamados Stalkers, têm habilidade suficiente para entrar e sobreviver lá dentro. Um dia, um escritor famoso e um físico contratam um Stalker para os guiarem ao Quarto, sem exactamente saber o que procuram.
  • 10. Nostalgia - 1983 • Direção: Andrei Tarkovsky • Roteiro: Andrei Tarkovsky, Tonino Guerra • Gênero: Drama • Origem: Itália/Rússia • Duração: 125 minutos • Tipo: Longa-metragem Sinopse Jornada mística do poeta russo Andrei Gorchakov à Itália em busca de um novo modo de vida. Depois de 3 meses, viajando em companhia de Eugenia, uma atriz italiana, chegam a um pequeno vilarejo ao norte da Itália. Frustrado e deprimido por ainda não ter encontrado seu caminho, Gorchakov mergulha em seu passado, isolando-se em impenetrável silêncio.
  • 11. O Sacrifício - 1986 • Direção: Andrei Tarkovsky • Roteiro: Andrei Tarkovsky • Gênero: Drama • Origem: França/Reino Unido/Suécia • Duração: 149 minutos • Tipo: Longa-metragem Sinopse Família burguesa sueca celebra o aniversário do patriarca Alexander (Erland Josephson), escritor e actor aposentado. Esta celebração será marcada para o resto da vida de cada membro da família: na televisão anuncia-se uma catástrofe nuclear. A crise familiar é alimentada pelo desespero, dúvida, angústia física e moral de cada um.
  • 12. A Tecnica de Andrei Tarkovsky Filmes de Tarkovsky são caracterizados por temas metafísicos, extremamente longos, e imagens memoráveis ​de beleza excepcional. Motivos recorrentes são sonhos, memória, da infância, água corrente acompanhada por fogo, dentro de chuva, reflexões, levitação, e os personagens reaparecem em primeiro plano de longos movimentos de deslizamento da câmara. Ele disse uma vez “ uma pessoa com um ambiente que não tem limites, confrontando-o com um número incontável de pessoas que passam por perto dele e longe, relacionando uma pessoa para o mundo inteiro, que é o significado do cinema” Tarkovsky incluiu cenas de levitação em vários de seus filmes, mais notavelmente Solaris. Para ele, essas cenas possuem grande poder e são usados ​para o seu valor fotogénico e inexplicável magia.
  • 13. Água, nuvens, e as reflexões foram usados ​por ele para sua beleza surreal e valor fotogénico, bem como o seu simbolismo, como as ondas ou água corrente. Sinos e velas também são símbolos frequentes. Estes são símbolos da visão cinematográfica, e som, e filme de Tarkovsky frequentemente tem temas de auto-reflexão. Tarkovsky desenvolveu uma teoria de cinema que ele chamou de "esculpir o tempo". Por isso ele quis dizer que a característica única de cinema como um meio de se levar a nossa experiência do tempo e alterá-lo. Cenas de filmes inéditos transcreve tempo em tempo real. Ao usar tomadas longas e cortes de poucos em seus filmes, ele teve como objectivo dar aos espectadores uma sensação de passagem do tempo, perdido, e a relação de um momento no tempo para outro. Até, inclusive, seu filme O Espelho, Tarkovsky concentrou seus trabalhos cinematográficos em explorar esta teoria. Depois de The Mirror, ele anunciou que iria concentrar o seu trabalho na exploração das unidades dramáticas propostas por Aristóteles: uma acção concentrada, acontecendo em um lugar, dentro da extensão de um único dia. Vários dos filmes de Tarkovsky tem sequências de cores ou preto e branco, incluindo, por exemplo, Andrei Rublev, que apresenta um epílogo em cores de pinturas de ícones religiosos, bem como Solaris, O Espelho e Stalker, que apresentam sequências monocromáticas e sépia. Em 1966, numa entrevista realizada pouco depois de concluir Andrei Rublev, Tarkovsky alegou que no dia a dia não se percebe conscientemente as cores, na maioria das vezes. Daí a cor do filme deve ser usada principalmente para enfatizar certos momentos, mas não todo o tempo e que esta distrai o espectador. Para ele, os filmes a cores são como pinturas ou fotografias em movimento, que são demasiado bonita para ser uma representação realista da vida.
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  • 16. Estatua de Andrei Tarkovsky na entrada do Gerasimov Institute of Cinematography
  • 17. Influências Tarkovsky tornou-se um director de cinema durante a década de 1950, um período durante o qual a sociedade soviética abriu as portas a filmes estrangeiros, literatura e música. Tarkovsky teve então permissão para ver filmes de directores europeus, americanos e japoneses, uma experiência que influenciou a sua maneira de pensar e criar os seus próprios filmes. Seu professor e mentor na escola de cinema, Mikhail Romm, permitiu que seus alunos tivessem liberdade, criando um estilo próprio e independente. Tarkovsky foi, de acordo com Shavkat Abdusalmov, um colega na escola de cinema, um fascinado por filmes japoneses. Ele ficou surpreso pela forma como cada personagem na tela é excepcional e como os eventos colidíamos, como um samurai cortando o pão com sua espada são elevados para algo especial e colocar no centro das atenções. Tarkovsky também manifestou interesse na arte de Haiku e sua capacidade de criar "imagens de tal forma que elas não significam nada além de si mesmos."