O documento discute o surgimento e expansão do Islamismo. Apresenta questões sobre os fundamentos do Islamismo, as seitas dentro da religião (Sunitas e Xiitas), a Hégira e a fuga de Maomé para Medina, e a expansão árabe-muçulmana para a Europa Ocidental durante a Idade Média.
Questões de vestibular sobre o mundo islâmico (especialmente medieval)
1. História
Professor José Knust
2º Bimestre de 2014 - Lista de Exercícios 1
Surgimento e expansão do Islamismo
1. (UFJF) O islamismo, religião fundada por Maomé e de grande importância na Unidade Árabe, tem como fundamento:
a) A concepção do islamismo vinculado exclusivamente aos árabes, não podendo ser professado pelos povos inferiores.
b) O culto dos santos e profetas através de imagens e ídolos.
c) O monoteísmo, influência do cristianismo e do judaísmo, observado por Maomé entre os povos que seguiam essas religiões.
d) O politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses, dos quais o principal é Alá.
e) O princípio da aceitação dos desígnios de Alá em vida e a negação de uma vida pós-morte.
2. (Vunesp) O islamismo, ideologia difundida a partir da Alta Idade Média em que o poder político confunde- se com o poder religioso, era dotado de certa heterogeneidade, o que pode ser constatado na existência de seitas rivais como:
a) Cristãos e Muezins
b) Politeístas e Monoteístas
c) Sunitas e Cristãos
d) Sunitas e Xiitas
e) Xiitas e Politeístas
3. (FGV-SP) A hégira, um dos eventos mais importantes do islamismo e que marca o início do calendário islâmico, corresponde:
a) À entrada triunfal de Maomé em Meca em 630.
b) À fuga de Maomé e seus seguidores de Meca para Medina.
c) À revelação de Maomé que lhe foi transmitida pelo arcanjo Gabriel.
d) Ao casamento de Maomé com uma rica viúva, dona de camelos.
e) Ao grande incêndio da Caaba em Meca em 615.
4. (UEFS) Em relação ao islamismo, pode-se afirmar:
a) O renascimento cultural do mundo islâmico baseou- se no abandono dos dogmas maometanos e na assimilação completa da cultura e das técnicas ocidentais.
b) A riqueza trazida pelo petróleo tem permitido a unidade entre os países árabes e a melhoria da qualidade de vida de sua população, consequência da política redistributiva de renda.
c) A coesão religiosa dos muçulmanos possibilitou que o Império Romano do Oriente rechaçasse as invasões bárbaras, tornando o Império Bizantino o centro irradiador do islamismo.
d) O fanatismo religioso e as práticas rituais bárbaras e primitivas, inerentes ao islamismo, contribuíram para impedir uma maior expansão da religião islâmica.
e) Os atentados de 11/09/2001 contribuíram para o ocidente associar genericamente o terrorismo aos árabes islâmicos, demonstrando uma postura egocêntrica e preconceituosa em relação aos muçulmanos.
5. (UEFS) adaptada
“Depois de passar a tocha que ajudou a iluminar a Era das Trevas na Europa, os árabes entraram num longo e agitado sono, do qual só agora começam a despertar. Desde a Segunda Guerra Mundial, libertos por fim de séculos de domínio estrangeiro, abençoados com os recursos trazidos pelo petróleo e agora aproveitando a tecnologia ocidental, os povos árabes, há tanto tempo divididos, mais uma vez buscam a unidade. Nahda, assim os árabes chamam essa renascença. Até agora não passa de um sentimento, um começo, um espírito que se nota no mundo árabe. ‘A época dos impérios passou’, comentou certa noite um amigo de Meca. ‘Mas com certeza iremos, com a permissão de Alá, reflorescer de novo, unificados por nossa religião, cultura e língua.’ E contou a história do cético que provocou Maomé sobre a promessa islâmica de ressurreição: ‘Que poder seria capaz de trazer o homem de volta à vida, depois de transformado em ossos e pó?’ ‘O mesmo que criou o homem a partir da argila’, respondeu imperturbável o Profeta.
(BELT, 2001, p. 143).
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre a civilização muçulmana, pode-se afirmar:
a) Os países muçulmanos defendem, na atualidade, o restabelecimento do império islâmico e o domínio dos povos cristãos ocidentais.
b) A dominação europeia sobre o mundo muçulmano, no contexto da Segunda Guerra Mundial, deveu-se ao apoio desses povos à Alemanha hitlerista.
c) A “era de ouro muçulmana”, a partir do século VIII, deu subsídios a grandes avanços técnicos, filosóficos, culturais e científicos na sociedade europeia.
d) A Europa só conseguiu superar o obscurantismo medieval, a ignorância e a ausência de produção filosófica e cultural a partir da dominação muçulmana.
e) A unidade religiosa dos muçulmanos possibilitou que, durante a dominação imperialista, suas fronteiras políticas e divisões étnicas e culturais fossem respeitadas pelos europeus.
2. 6. (UEMS) A história do Mediterrâneo é a história das migrações populacionais e da circulação de valores de culturas diferentes. Sobre a expansão árabe, a partir da unificação islâmica na Idade Média, é correto afirmar:
a) A doutrina islâmica não permitiu a criação de um Estado teocrático.
b) O Jihad, ou guerra santa, foi usado como justificativa para o expansionismo árabe.
c) Conquistadores não permitiam que os povos conquistados continuassem a praticar sua fé.
d) Medina tornou-se o centro das peregrinações islâmicas.
e) Iatreb era o centro das peregrinações islâmicas, onde se localiza a Caaba, o monumento sagrado dos muçulmanos.
7. (UPE) Sobre a cultura islâmica, analise atentamente as afirmativas abaixo.
I. A cultura islâmica afirmou-se pela sua religiosidade e pela falta de descoberta em outras áreas da produção cultural.
II. A interação da cultura islâmica com a ocidental trouxe contribuições importantes e renovadoras.
III. As conquistas territoriais dos árabes atingiram territórios do continente europeu.
IV. As divisões internas do islamismo causaram disputas políticas que ainda permanecem na sociedade contemporânea.
V. Não há semelhanças entre o islamismo e o cristianismo.
Após a análise, conclui-se que:
a) todas as afirmativas acima estão corretas;
b) apenas as afirmativas I e V estão incorretas;
c) apenas as afirmativas III, IV e V estão corretas;
d) apenas a alternativa V está incorreta;
e) apenas a afirmativa III está incorreta.
8. (UNESP) “Quando Maomé fixou residência em Yatreb, teve início uma fase decisiva na vida do Profeta, em seu empenho de fazer triunfar uma nova religião. A cidade de Yatreb, que doravante seria chamada de Medinat al-Nabi (Medina, a cidade do Profeta), tornou- se a sede ativa de uma comunidade da qual Maomé era o chefe espiritual e temporal.” (Roberto Mantran, Expansão muçulmana). Essa mudança para Medina, que assinalou o início da era muçulmana, ficou conhecida como:
A - Xiismo;
B - Sunismo;
C - Islamismo;
D - Hégira;
E - Copta.
9: (UFPR) adaptada
Sobre a expansão árabe-muçulmana em território da Europa Ocidental, durante a Idade Média, é incorreto afirmar:
a) Tal expansão foi efetuada, em grande parte, durante a dinastia Omíada, e também se estendeu para a Ásia Central e África do Norte.
b) Com a conquista da Península Ibérica, foi destruído o Reino Visigodo em 711, mas o avanço islâmico para o interior do continente europeu foi contido em 732, quando o Exército Franco, sob o comando de Carlos Martel, derrotou os muçulmanos na Batalha de Poitiers.
c) A Ilha da Sicília e o sul da Itália também foram áreas de expansão dos bárbaros islamizados da África do Norte.
d) A expansão para o Ocidente, iniciada pelos árabes, teve grande importância cultural, pois realizou a integração de elementos orientais e ocidentais.
e) Com a expulsão dos muçulmanos da Europa Ocidental, foram eliminados todos os vestígios culturais árabes deste continente.
10. A pregação de Maomé fez-se inicialmente em Meca, e atemorizou os coraixitas, guardiões da Caaba e beneficiados com o comércio caravaneiro. A principal preocupação de Maomé foi:
a) Destruir o predomínio comercial em Meca, em benefício da cidade de Medina, que o adotou.
b) Promover uma aliança entre as cidades árabes para combater os beduínos, que vivam na pilhagem e impediam o desenvolvimento comercial.
c) Estabelecer uma doutrina sincrética, que pudesse ser assimilada tanto pelos beduínos do deserto, como por cristãos e principalmente judeus.
d) Desenvolver uma doutrina que promovesse a unificação religiosa, favorecendo a unidade política, necessária para superação das grandes dificuldades dos árabes.
e) Criar condições para o expansionismo árabe que possibilitasse o enriquecimento dos povos beduínos, marginalizados no deserto.
11. (Fuvest) Os movimentos fundamentalistas, que tudo querem subordinar à lei islâmica (Sharia), são hoje muito ativos em vários países da África, do Oriente Médio e da Ásia. Eles tiveram a sua origem histórica:
a) no desenvolvimento do Islamismo, durante a Antiguidade, na Península Arábica;
b) na expansão da civilização árabe, durante a Idade Média, tanto a Ocidente quanto a Oriente;
c) na derrocada do Socialismo, depois do fim da União Soviética, no início dos anos noventa;
d) no estabelecimento do Império Turco-Otomano, com base em Istambul, durante a Idade Moderna;
e) na ocupação do mundo árabe pelos europeus, entre a segunda metade do século XIX e a primeira do século XX.