2. 1. A crise pode ser uma oportunidade?
Será que em Portugal (e
neste território) a crise pode
ser uma oportunidade de
mudança…
na forma como se olha o
para o ‘território’?
como se identificam recursos
para o desenvolvimento?
como se mobilizam saberes
e competências?
como se concebem e
implementam políticas
públicas?
como se pensa
colectivamente o futuro?
3. 2. Pode pensar-se a Cultura e Criatividade
a nível local a partir de um projecto?
Pertinência -> A partir de um projecto concreto (CT
ALBA) construir uma ‘agenda local para a cultura e
criatividade’
Oportunidade -> A procura de novos rumos
qualificados para a criação de riqueza e emprego
baseada nos recursos, dinâmicas e saberes locais;
Relevância da metodologia -> de estudo e
inventariação, de envolvimento dos actores locais
e regionais, de criação de espaços de reflexão e
discussão, algo raro num país que tem a tendência a
planear mal os investimentos que realiza;
Exemplo -> dever ser este o contributo que o poder
local pode oferecer ao país num momento de tão
grande dificuldade, um potencial a que
estranhamente temos dado pouca atenção e
importância;
5. O valor da aposta ‘local’
‘More small firms means more jobs'
'The Secret to Job Growth: Think Small’ Harvard Business Review
http://hbr.org/2010/07/the-secret-to-job-growth-think-small/ar/1
6. A importância do local (e do método)
‘Temos de ir caminhando pelas ruas e
conversando com as pessoas para ir à
procura dessas micro-histórias‘
7. 3. Qual o território pertinente para
pensar a cultura e criatividade?
Sub-região Baixo Vouga & Cultura e Criatividade
350.000 habitantes e oito Centros Culturais num raio
de 30 min (Aveiro, Ílhavo, Estarreja, Albergaria, Sever
do Vouga, Águeda e Ovar)
Museus de âmbito nacional (Arte e Ciência)
Vasto conjunto de Associações e Criadores (Música,
Dança, Teatro, Artes Plásticas e Fotografia)
Empresas na área das tecnologias, comunicação e
design (INOVARIA)
Parque Ciência & Inovação UA (TICE)
Eventos de referência (Cerâmica artística, Música
erudita/ do mundo, TEDx, …)
Formação Superior (Comunicação, Arte, Tecnologia,
Cultura, Turismo e Território)
I&D (Tecnologias – SAPO Campus, Etnomusicologia,
Jazz, Artes Performativas, Design & Media, Estudos
Culturais, Estudos Literários, Turismo, Território)
8. 4. Qual a relevância do tema ‘cultura’
no quadro sub-regional?
Uma das três dimensões relevantes da estratégia da Rede
Urbana para a Competitividade e Inovação (CIRA, 2010)
9. 5. Como está a ser pensada a cultura
a nível sub-regional no âmbito RUCI?
Passado…
‘as políticas culturais são timidamente definidas e
raramente articuladas com as restantes políticas de
desenvolvimento local e supra-local’
‘a Cultura tem sido tratada de forma pouco
concertada entre os agentes culturais regionais’
Futuro…
‘o contributo da dimensão cultural [é muito
relevante] para o desenvolvimento das
comunidades’
‘necessário construir o enquadramento favorável à
interiorização dos valores associados à nova visão
da Cultura’ (desenvolvimento social e económico
das comunidades; determinação dos seus valores –
identidade, e aspirações; carácter empreendedor,
inovador e criativo da comunidade)
‘urge reforçar e mobilizar os recursos, … criar
dinâmicas de cooperação … para atingir limiares
de massa crítica institucional…’
10. 5. Como está a ser pensada a cultura a
nível sub-regional?
Ideias fortes
esforço de mobilização e animação dos agentes locais
Dificuldades:
indispensável à construção de parcerias fortes para a
- Desconfiança (exemplo Plataforma
Cultura
divulgação oferta cultural);
orientado trabalho para a coordenação de esforços no - Desconhecimento (Concorrência vs.
sentido de aumentar, diversificar e alargar a novos Complementaridade);
públicos as actividades culturais nesta comunidade - Liderança (poderes públicos vs.
desenvolver e consolidar uma consciência colectiva da ‘mercado’);
memória local quanto ao património material e - Desvalorização do ‘imaterial’ e
expressivo, permitindo a construção de uma identidade dificuldade em valorizar e articular
comum enraizada nas singularidades locais, saberes;
- Comunicar e construir
criar condições para valorizar económica e socialmente
aprendizagens colectivas
as dinâmicas que se pretendem imprimir à cultura na
Comunidade Interurbana de Aveiro
11. 6. Qual o território pertinente para
pensar a cultura e criatividade?
Under this initiative, two large-
scale demonstrators, “European
Creative Districts” may be
launched that
aim at demonstrating the
transformative power of
creative industries for the
rejuvenation of
traditional industrial regions.
For the purposes of this call for
proposals, the term “region”
shall, in principle, refer to NUTS
level 2 territorial units
according to the current NUTS
classification system
http://ec.europa.eu/enterprise/newsroom/cf/_getdocument.cfm?doc_id=7286
12. 6. Qual o território pertinente para
pensar a cultura e criatividade?
13. 7. A cultura e a criatividade, para que
precisamos delas?
Conhecer
Cultura & Criatividade
Identidade & memória
Economia / Indústria CC (produção em série; valor económico)
(Arquitectura, Artes Perfomativas, Artes Visuais e Design, Marketing e Publicidade, Cinema,
Televisão e Rádio, Moda, Música, Novas Tecnologias e Aplicações Digitais)
Em Albergaria-a-Velha/ Aveiro?
Agir
Mapear (Conhecer para Agir)
Objectivos -> Acções
Agenda mobilizadora
Governança da Cultura e criatividade no território pertinente (envolver Actores
(públicos, privados e cívicos) e liderança colaborativa – Autarquias &
Comunidades inter-municipais)
14. 8. Que roteiros de acção precisamos?
As agendas
Agenda para a cultura e criatividade (CM AV);
Agenda local colaborativa pela Retoma (agenda baixo-
custo e alto valor em cidades – movimento Cidades pela
Retoma);
Agenda para o Empreendedorismo nas Indústrias
Criativas (Serralves, IAPMEI e ADDICT);
Agenda Europa 2020 – Community-Led Development
16. 8. Que roteiros de acção precisamos?
Ideias chave da Agenda
• Agenda
• -> projectos e ideias baixo-custo & alto
impacto;
• -> responda de forma qualificada
(incorporando saberes científicos e
locais) à resolução de problemas do
quotidiano das cidades ou à
valorização das suas potencialidades;
• Local
Aliança • -> feito a partir das comunidades e
poderes locais;
por uma • -> enfoque nas cidades, acções
cirúrgicas de execução rápida e visível;
• Colaborativo
Agenda •
• -> cooperação e capacitação;
Retoma
• -> gerar riqueza e emprego;
Local • -> contribuir para a coesão social;
• -> enfoque em temas chave: na ‘todas as cidades têm micro-
economia da cultura, na regeneração e
Colaborativa construção sustentável, na economia histórias que podem fazer
social, no envelhecimento activo, na delas cidades globais’ ‘temos
pela mobilidade sustentável, na
alimentação local ou na relação
de ir caminhando pelas ruas e
conversando com as pessoas
cidade/campo;
para ir à procura dessas micro-
Retoma histórias‘ Saskia Sassen
17. 8. Que roteiros de acção precisamos?
cooperação, capacitação,
partir das comunidades e dos experimentação e aprendizagem;
poderes locais (‘do futuro’);
enfoque em acções cirúrgicas
(na rua, no bairro, ou no
quarteirão) LOCAL gerar riqueza e
COLABORATIVA emprego;
ideias para
transformar as contribuir para
cidades; valorizem a coesão social;
recursos e saberes promover a
(científicos e AGENDA ‘transição’;
locais) em
diferentes
ALIANÇA
domínios:
economia cultural
e criativa,
RETOMA
construção
sustentável,
envelhecimento alinhar
activo, mobilidade movimentos e
sustentável, instituições com
alimentação; interesses
comuns
18. 8. Que roteiros de acção precisamos?
Conferência pretende
-> marcar as linhas de rumo para a
construção de uma Agenda para o
Empreendedorismo nas Indústrias
Criativas.
actividade de agregação e alinhamento
de parcerias, apadrinhada pelo
Secretário de Estado do 1. "Educação Empreendedora e Cultura
Empreendedorismo, Competitividade e Criativa"
Inovação, que visa alinhar parceiros 2. "Ligação entre Criatividade e Economia -
para a criação do ecossistema de apoio Inovação e Internacionalização"
a empreendedores das Indústrias 3. "Plataformas de Apoio ao
Criativas, e constituir as bases de um Empreendedorismo Criativo - Serviços e
plano de acção para os próximos anos Networking"
4. "Financiamento a Projectos Empresariais
Criativos"
19. 8. Que roteiros de acção precisamos?
Aims
encourage local communities to develop
integrated bottom-up approaches where
there is a need to respond to territorial and
local challenges calling for structural change;
build community capacity and stimulate
innovation (including social innovation),
entrepreneurship and capacity for change by
encouraging the development and discovery of
untapped potential from within communities
and territories;
promote community ownership by increasing
participation within communities and build the
sense of involvement and ownership that can
increase the effectiveness of EU policies; and
assist multi-level governance by providing a
route for local communities to fully take part in
shaping the implementation of EU objectives in
all areas.
20. 9. Então o que falta, afinal?
grande incerteza quanto ao futuro (e ansiedade) ->
relevante dinamismo (mas voluntarista, um pouco
fragmentado e desarticulado);
mudança paradigma -> melhor gestão de recursos (públicos
e privados);
falta um esforço de racionalização e concertação das
dinâmicas (local/regional/nacional), assegure coerência
global e propiciar o alinhamento de dinâmicas;
desconfiança inter-pares e desconhecimento (caminhos e
métodos novos) -> neste domínio da ‘cultura e criatividade’,
implica mais e melhor política pública;
a forma como o CT ALBA está a ser concebido é um bom
exemplo disso;
21. Bom
regresso,
CT ALBA!
José Carlos Mota
[jcmota@ua.pt]
Departamento de Ciências Sociais,
Políticas e do Território – Universidade
de Aveiro