O documento discute as características e estrutura de editoriais em jornais. Apresenta que editoriais geralmente ocupam espaço fixo em duas ou mais colunas nas primeiras páginas internas e são demarcados por bordas ou tipos diferentes. Também descreve que editoriais devem apresentar o tema no primeiro parágrafo, contextualizá-lo e apresentar dados no segundo, analisar motivações e dar exemplos no terceiro, e concluir de forma crítica no quarto sem ser impressionista.
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Estrutura e características dos editoriais
1.
2. Estrutura
A página editorial tem um estilo que acompanha
as tendências do jornal, o próprio „estilo‟ ou
“design” do jornal. Esse „estilo‟ é
equilibrado, denso ou leve, conforme a linha do
veículo.”
Geralmente, grandes jornais reservam um
espaço predeterminado para os editoriais em
duas ou mais colunas, logo nas primeiras
páginas internas.
Os boxes (quadros) dos editoriais são
normalmente demarcados com uma borda ou
tipos diferentes, para marcar claramente que
aquele texto é opinativo, e não informativo.
3. Estratégia de construção de um Editorial
Como qualquer matéria jornalística, tem início na captação de informações concretas, que se dá
pelo acompanhamento do que acontece no nosso meio e no mundo, e por uma apurada
percepção do que é tema de relevância no momento.
Parágrafo 1 - Apresentação do tema (situando o leitor) e já com um posicionamento
pontuado. Usar linguagem objetiva e vocabulário acessível.
Parágrafo 2 - Contextualização do tema, e indicativos concretos do
problema, apresentando dados reais, verossímeis. Mais uma vez, posicionamento
sobre o assunto.
Parágrafo 3 - Análise das possíveis motivações que tornam o tema relevante, com
argumentos de autoridade ( opinião de especialistas que reforcem credibilidade da
matéria), justificativas que reforcem o posicionamento apresentado e exemplos
concretos que ilustrem a argumentação.
Parágrafo 4 – Caráter conclusivo, apresentando o posicionamento crítico final, sem
ser impressionista. É preciso extremo cuidado para não construir editoriais
moralistas. Expor o que há de concreto, o que motiva essa afirmação, esse
posicionamento.
A conclusão do Editorial, principalmente, não deve esquecer o que motivou a
opinião, o que se afirmou no início, sem fugir do assunto. O bom arremate opinativo
é aquele que retoma o tema e traz uma projeção, aponta para uma solução, indica um
caminho ancorado em exemplos concretos.
4. Características do Editorial
Editoriais maiores e mais analíticos são chamados de artigos de fundo.
O profissional da redação encarregado de redigir os editoriais é chamado
de editorialista.
Na chamada "grande imprensa", os editoriais são apócrifos — isto
é, nunca são assinados por ninguém em particular.
A linguagem é formal, argumentativa, mantendo o seu autor geralmente
anônimo (embora se possa encontrar editoriais assinados).
O vocabulário do editorial costuma ser objetivo, as frases empregadas
são curtas e não muito complexas.
Os ―articuladores discursivos‖ estão sempre presentes e são
responsáveis pela coesão do texto, dessa forma garantem o rigor lógico
da argumentação e do encadeamento das idéias.
São produzidos por um grupo de editores, separados por assunto –
política, economia, meio-ambiente... – e nem sempre todos entram em
consenso sobre o tema, embora as discrepâncias nunca sejam graves.