1) O documento discute a restauração do entendimento dos ministérios de apóstolos e profetas na Igreja, que nunca foram cancelados, mas sim foram rejeitados ao longo do tempo.
2) Explica que o ministério apostólico opera sob unção profética e que os profetas ativam os apóstolos para manifestar a autoridade de Jesus.
3) Define "cobertura apostólica" como uma dimensão do ministério apostólico, onde os apóstolos fornecem lideran
1. COBERTURA APOSTÓLICA-PROFÉTICA *
O QUE É e PARA QUÊ – I (Revisado)
Discípulo/apóstolo Silas Quirino de Carvalho
(Da Robusta Revista de Estudos da Escola Brasileira de Treinamento Apostólico e Profético, realizada em 2007*)
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o
próprio Cristo Jesus a principal pedra angular. Efésios 2.20
A uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos,
em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois
operadores de milagres, depois dons de curar,socorro,
governos, variedade de línguas. I Coríntios 12. 28
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados
os vossos pecados, e venham assim os tempos de refrigério
pela presença do Senhor. E envie ele a Jesus, que já dantes foi pregado.
Convém que o céu o contenha até os tempos da restauração de tudo,
dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas desde
o princípio. Atos 3. 19–21
Sede MEUS imitadores, como também eu sou de Cristo.
Apóstolo Paulo, I Coríntios 11.1
Além das coisas exteriores, há o que diariamente pesa sobre
mim, o cuidado de todas as igrejas. II Coríntios 11.28
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Um dos deleites dos que não estão resistindo a Deus, na
RESTAURAÇÃO DE TODAS AS COISAS, como preparação final para a
volta de Jesus, é a experiência com a RESTAURAÇÃO DO
ENTENDIMENTO do apostólico e da realidade permanente dos
ministérios dos apóstolos e profetas na Sua Igreja.
Observe que a restauração é do entendimento, pois este
é que a Igreja perdeu. Nenhum lugar do Novo Testamento diz ou
insinua que Deus suspendeu esses ministérios e a função dos que
os exercem. Antes, pelo contrário: o texto bíblico mostra
categoricamente que esses ministérios estariam ativos até a volta
de Jesus. Reveja Efésios 4.7-13. À luz da Palavra de Deus, hoje só
não entende isso quem decide não entender: seja por conveniência
e/ou em decorrência de FORTALEZAS espirituais (veja I Co 10.4 e 5,
e estude o texto: “O Ministério Apostólico e a Guerra Espiritual
Eficaz no Tempo do Fim” - página 9 da Revista Apóstolos e Profetas
- veja final da pagina 4).
Deus está restaurando é o ENTENDIMENTO e não os
ministérios de apóstolos e profetas, em si, pois se os mesmos tivessem
sido cancelados por Jesus, a Sua Igreja teria ficado sem os
fundamentos estabelecidos por Ele, conforme Efésios 2.20 e,
literalmente, haveria sucumbido ao longo desses dois mil anos.
O que, então, Ele está fazendo, de fato, neste aspecto da
RESTAURAÇÃO de todas as coisas?
Ao restaurar esse entendimento, Ele prossegue é
ATIVANDO aquilo que, num longo processo histórico de apostasia,
os homens/líderes foram rejeitando e destruindo da obra original
de Jesus, neste caso, os dons e os ministérios de apóstolos e
profetas.
E, por que Deus está fazendo esta RESTAURAÇÃO de
entendimento e ATIVANDO esses ministérios e ofícios?
Simplesmente porque, após dois mil anos, já estamos na
“estação profética” da volta de Jesus. Isso também está claro na
profecia de Atos 3.19–21; pois, para a RESTAURAÇÃO DE TODAS
AS COISAS neste tempo, a identidade e ministério apostólico e
profético da Sua Igreja com os ofícios de apóstolos e profetas
são fundamentais. É tão simples assim.
Nesse processo, Deus, em Sua sabedoria e soberania,
restaurou (está restaurando) primeiramente, o profético, porque é
ATRAVÉS do profético que o APÓSTOLICO correspondente à
identidade de Jesus, manifesta-se e opera. E quem executa todas
essas coisas na Igreja e através dela é o ESPÍRITO SANTO.
Observe em Atos 2 que, quando ocorreu o batismo, o
derramamento do Espírito Santo sobre os discípulos que estavam
reunidos, o que foi ativado neles imediatamente e que passou a
fluir abundantemente FOI O PROFÉTICO, conforme a explicação
dada nos versos 16 a 18.
E foi, então, que tudo quanto Jesus lhes havia dado
(inclusive uma determinada “medida” do Espírito Santo, soprando
sobre eles – João 20.21) ensinado e comissionado FOI ATIVADO,
passando a fazer parte da existência deles. Então, A UNÇÃO e a
AUTORIDADE apostólica que Jesus lhes havia dado (João 20.21–23;
Mt 10.1,2; Lc 6.6. 12,13; Lc 9.1,2,6 e 10.17–19) manifestaram-se de
forma extraordinária e entraram definitivamente em operação
conforme os propósitos de Deus até à volta de Jesus.
O que Deus derramou e o que aconteceu em Atos 2 é onde
começa tudo. Aquela “manifestação” pode ocorrer (e é para
ocorrer) tantas vezes quantas forem necessárias (inclusive o próprio
livro de Atos registra isso) até Jesus Cristo voltar, porque aquele foi
o cumprimento do propósito de Deus para os “últimos dias”, que
começaram ali, e hoje, nós estamos no fim dos últimos dias, ou
seja, nos últimos dias “dos últimos dias”.
Portanto, sob operação, manifestação, atuação do
Espírito Santo, “o profético” ativa “o apostólico” e este, em
operação, manifesta o profético que corresponde à
AUTORIDADE APOSTÓLICA de Jesus, e em Seu nome, para ser
cobertura da Igreja, em todas as dimensões e circunstâncias,
dons e ministérios desta, a fim de que a mesma realize,
devidamente, todos os ministérios e comissionamentos de Jesus,
com toda autoridade que há em Seu nome e delegada por Ele
em demonstração do Espírito e de poder (I Co 2.1–4), em cada
geração, preparando a Sua Noiva, até à Sua volta.
A identidade apostólica e o ministério apostólico são de
natureza essencialmente profética e é o mais alto nível da
identidade profética de Jesus concedida à Sua Igreja, através do
DOM e OFÍCIO de apóstolo. Tudo que um apóstolo verdadeiro faz,
na condição de apóstolo, somente torna realidade, no reino
espiritual, sob unção profética do mais elevado nível - a unção
profética de Jesus. Senão, tudo que ele fizer não passará de
estruturas, formas religiosas e/ou manifestação, controle e
exploração das pessoas e congregações, por mais que aparentem
ser “espirituais”, ter autoridade e saber manejar bem as
expressões e chavões. O profético traz o apostólico e este, vindo à
luz, opera no mais alto nível profético com o nome de “autoridade
apostólica”, e às vezes apostólica-profética. E a marca, o sinal
principal de TODO apóstolo ou profeta verdadeiro é o caráter de
Jesus manifesto nele. Confira Mt 7.15-23, Ap 2.2.
Uma vez ativado pelo profético, o ministério apostólico
opera, em nome de Jesus, com autoridade particular superior
no correspondente ao profeta/profético, pois o Senhor colocou
na Igreja, primeiramente apóstolos... I Coríntios 12.28.
2. 2
DEMONSTRAÇÃO DE “COBERTURA APOSTÓLICA”
NAS ESCRITURAS
Embora o ministério e ofício apostólico em si somente
tenham início histórico com a pessoa de Jesus Cristo e para a Sua
Igreja, o seu Corpo na Terra (Efésios 2.20; 4.7–11; I Coríntios 12. 28
- “o apostólico” está vinculado à própria natureza humana de Jesus,
e apóstolos são constituídos por Ele), no Antigo Testamento, o
ministério apostólico é amplamente manifesto. (Mas quem enxerga
isso hoje? Somente os que já fazem parte e estão dentro da
“restauração de todas as coisas”).
Na Antiga Aliança, Moisés é o exemplo mais completo.
Praticamente, o ministério de todos os profetas, em exercício,
mencionados no Antigo Testamento, é de natureza e autoridade
essencialmente apostólica — operavam sob comissão especifica;
eram enviados com plena autoridade — aquela era autoridade de
natureza apostólica, pois Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e
para sempre (Hebreus 13.8).
Desde o início, e em todos os sentidos, o elemento mais
destacado dos 40 anos de ministério de Moisés foi de “cobertura”.
Todos que trabalharam, em qualquer função, junto à nação de
Israel, desde a saída do Egito, estavam sob a liderança de Moisés.
Quando alguém se levantava contra a sua liderança ou supervisão,
Deus punia severamente. Portanto, todos atuaram, e não foram
poucos líderes, junto e sob a cobertura de Moisés. O que está em
Êxodo 18.13–26 e Números 11.11, 12 e de 23–29 são alguns dos
muitos exemplos.
Contudo, sendo o apostólico e o ministério/função de
apóstolo, em sua essência, um ofício de Jesus na e para a Sua
Igreja, é no Novo Testamento que está todo o ensino e
demonstração da sua natureza, dimensão, níveis, funções e
autoridade.
O QUE É COBERTURA APOSTÓLICA?
Agora, com os olhos espirituais do nosso entendimento
mais abertos, por fazermos parte da “restauração de todas as
coisas” que Deus está trazendo à luz, podemos começar entender,
com clareza, e ser parte, de forma ativa ou passiva, do ministério
apostólico de Jesus, na dinâmica funcional de Sua Igreja na Terra.
Cobertura Apostólica é UMA das dimensões e funções apostólica
do ministério de apóstolo. Uma vez que se tenha os “olhos
espirituais” abertos, para enxergar a realidade profética,
profeticamente, passamos a entender a cobertura apostólica, suas
dimensões e como funciona. E, para discernir suas implicações
práticas e funcionais ainda em vigor, basta levantar tudo que está
no Novo Testamento, ensinado, praticado e demonstrado por
JESUS e pelo apóstolo PAULO.
Jesus e o Apóstolo Paulo – Modelos de Cobertura
Apostólica
1ª) Jesus é o Senhor (Ap 1.8, 17, 18; Fp 2.3–11) e nosso
Senhor e Mestre em tudo. É também, o nosso modelo e padrão
para ser, viver e fazer.
Portanto, a primeira e principal fonte para entender o que
é cobertura apostólica é olhando para Jesus em Seu
relacionamento, especialmente com os DOZE (Mateus 10 todo) e
com os setenta (72) enviados por Ele – Lucas 10. E o clímax de tudo
é a Sua súplica comovente em João 17. Aprendamos dEle e com
Ele; vendo-O, estudando e entendendo o Seu ministério na Terra.
2ª) A segunda fonte, em importância, para entender a
cobertura espiritual apostólica e como ela funciona é o apóstolo
Paulo: Sua pessoa e história; seu ministério e todo o seu ensino e
escritos (o texto bíblico), bem como todo o seu relacionamento
com as igrejas vinculadas a ele, com os irmãos em geral, e os que
compunham sua equipe, direta e imediata, e os que eram
nomeados para as igrejas estabelecidas por ele nas cidades e
regiões.
Se alguém questionar que o modelo de Jesus é
impraticável, por Ele ser quem é; então, temos um discípulo –
apóstolo, da mesma natureza e constituição de qualquer outro ser
humano.
Os que querem mesmo entender a função chamada
Cobertura Apostólica (ou mais devidamente Cobertura ESPIRITUAL
Apostólica) do Ministério Apostólico, suas dimensões, seu
funcionamento e suas implicações, basta, com os olhos do
entendimento espiritual abertos, ler, reler e estudar tudo, no Novo
Testamento, relacionado com o apóstolo Paulo, no livro de Atos e
no conteúdo detalhado de TODAS as suas cartas.
Portanto, se você quer de fato saber quem é e o que é um
apóstolo verdadeiro e todos os níveis e áreas de um ministério
apostólico, as fontes e a maneira mais eficiente são com o apóstolo
Paulo. E não se esqueça de que ele nem mesmo foi parte dos
DOZE, que passaram cerca de três anos e meio juntos com Jesus na
Terra. Até a própria conversão dele ocorreu depois do retorno de
Jesus ao Pai.
Um dos clímax desta identidade e cobertura é o que ele
diz e convoca em I Coríntios 11.1: “Sede meus imitadores, como
também eu sou de Cristo.” Veja também 4.16; Filipenses 3.17; I
Tessalonicenses 1.6; II Tessalonicenses 3.9.
Alguns contextos, em particular, para este
entendimento são:
•Atos 20.17–38
•Romanos 1.8–12
•I Coríntios 4.1–31
•II Coríntios 12.1–31 (De fato, as duas cartas aos
Coríntios são tesouros para esse entendimento)
•Filipenses 2.19–30
•Colossenses 4.7–18
•Todo o conteúdo e natureza das cartas a Timóteo e a
Tito.
O Que NÃO É Cobertura Espiritual Apostólica
Entender o que não é, é crucial para ter clareza do que
é.
1º) Não é submissão cega e irresponsável, tendo em
vista a fuga das responsabilidades pessoais ou medo de tomar
decisões inerentes às funções que exerce: buscando, com isso,
transferir para outros, a pretexto de piedade, humildade, ou
cobertura a responsabilidade das decisões que têm que ser da
própria pessoa que recebe a cobertura. (Uma das funções da
cobertura autêntica é o investimento na maturidade dos
cobertos para que se tornem saudáveis, sábios, maduros,
prudentes e cada vez mais qualificados, inclusive,
ultrapassando os seus mentores).
2º) Não é controle, nem exercício de autoritarismo,
qualquer que seja a forma, natureza ou motivos. Autoritarismo
é, em qualquer nível, uma perversão da autoridade e
manifestação de mau caráter. (Cobertura apostólica é de
natureza essencial e fundamentalmente espiritual. As
Escrituras mostram que o Deus Vivo, que é e tem autoridade
absoluta, não trata ninguém com autoritarismo; antes
aconselha, orienta em amor, e deixa toda a responsabilidade de
decisões e conseqüências com o indivíduo. Foi assim com Adão,
Caim, Noé, Abraão, Moisés, Davi, Pedro, Paulo, entre outros...).
3. 3
3º) Não é uma função para “apóstolos” estenderem seus
“ministérios”, seus domínios, suas redes, etc., a fim de se
tornarem conhecidos, famosos, respeitados; ampliarem seus
negócios, e obterem lucros, etc. (Tais motivações e conduta teriam
alguma semelhança com o apóstolo Paulo?).
4º) Não é uma função que se exerce para receber
recompensa financeira, pagamentos ou qualquer outro
tipo de vantagem. É uma distorção absurda os ensinos,
artifícios e manipulações que torcem as Escrituras para
dizerem que “os que estão sob cobertura devem ou têm
que entregar um dízimo ou outros valores aos seus
apóstolos” a fim de terem a prosperidade no ministério e a
bênção de Deus. Mamom é quem está por trás disso. Esse é
um dos indicadores de falsos apóstolos e, alguns têm
extrema habilidade em extrair (extorquir) dinheiro e/ou
bens das pessoas e congregações, usando os mais variados
artifícios “proféticos” e de “profecias” (?), de falsa piedade e
espiritualização dos seus interesses e argumentos.
Isso está por todos os lados no Brasil e em quase
todos os lugares e nações. (É óbvio que ressarcir,
devidamente, despesas que alguém tenha tido para nos
servir é o outro lado da integridade, do caráter de Jesus;
bem como entregar ofertas dignas ao se convidar para vir às
nossas congregações e cidades para missões, operações,
ministrações específicas em nossos ministérios e
congregações. Não fazer isso é desonesto). Contudo, não se
pode pagar absolutamente nada para receber cobertura
apostólica em si mesma, a despeito de quão importante o
tal apóstolo se ache. Ao insinuar isso, o tal já está se
revelando. Estabelecer percentuais com argumentos
espiritualizados de dízimo dos dízimos ou de primícias não
pertence à cobertura apostólica de Jesus.
5º) Não é intrometer-se ou interferir na vida, família,
ministério ou congregação sob sua cobertura sem ser convidado
ou chamado conscientemente. Igualmente, ao insinuar tais
intromissões, já está revelando a sua desqualificação para a função.
(Se alguém, sob cobertura, decide e persiste apostatar-se em
relação a Jesus Cristo como seu Senhor, o apóstolo verdadeiro,
após seguir os passos da Palavra, simplesmente desvincula-se do tal
e cancela as suas funções apostólicas para com o mesmo).
6º) Outras:
A NATUREZA DA “COBERTURA Espiritual APOSTÓLICA”
1º) É de natureza essencialmente espiritual; não é
governamental, nem estrutural.
2º) É de natureza paternal e sacerdotal. Portanto, jamais
se manifesta tendo em vista vantagens pessoais.
3º) É um pacto, uma aliança, uma relação de confiança
mútua e voluntária ativada pelo Novo Mandamento (João 13.34,
35; 15.9–17) como manifestação do amor AGAPE, nos termos de I
Coríntios 13 e da I Carta de João, que se expressa em pureza e
ações concretas de dar e receber.
4º) A cobertura em si opera e se manifesta através:
a - Do levar as cargas uns dos outros;
b - Da oração/intercessão paterno-sacerdotal;
c - Da busca de discernimento espiritual e direção, com
sabedoria espiritual e autoridade, para situações diversas. Sejam
administrativas, familiares, estratégias na e para a congregação e
cidade; situações aflitivas e/ou conflitos de pessoas; discussão de
visão e estratégias; confrontos espirituais com o império das trevas,
e muito mais. Também se relaciona com a experiência de
liderança correspondente ao que está em Provérbios 11.14 e 15.22;
d - Outras.
QUEM pode ou deve RECEBER COBERTURA
APOSTÓLICA?
Quem exerce qualquer um dos CINCO ministérios/ofícios
de Efésios 4.11, em suas mais variadas expressões e manifestações,
e/ou quem exerce qualquer outra função correspondente, seja na
igreja (congregação) e/ou na sociedade e que entenda haver, no
ministério apostólico de apóstolos verdadeiros, sabedoria
espiritual específica dada por Jesus para todas as áreas da vida,
bem como autoridade espiritual correspondente, nos termos da
revelação escrita de Deus. É necessário também, com suficiente
entendimento espiritual do apostólico e dos níveis do ministério
apostólico, querer e buscar a cobertura de um apóstolo, cuja
dimensão do ministério apostólico confiado ao mesmo inclui
COBERTURA APOSTÓLICA, pois esta não é parte da função-
ministério apostólico de todos os apóstolos verdadeiros.
VALIDADE/NECESSIDADE DE
COBERTURA APOSTÓLICA
Há, de fato, alguma validade nisso ou necessidade? Jesus,
porventura, não deu a autoridade do Seu Nome para todos os seus
discípulos? Acaso apóstolo é um superdiscípulo? Durante tantos
séculos, a Igreja não operou de tantas maneiras e nas mais variadas
situações sem ter apóstolos ou cobertura apostólica? A cobertura
apostólica de Jesus não é suficiente? Que “nova” doutrina é essa?
1º) Antes de tudo, temos que ter consciência de que Jesus
nunca suspendeu os apóstolos e seus ministérios ao longo da
História. Mesmo que, com o passar dos anos, os líderes e igrejas
foram perdendo esse entendimento, por razões diversas, na
verdade, em todas as expressões do Corpo de Cristo, esse
ministério tem sido amplamente exercido. Assim que os olhos do
nosso entendimento desta realidade vão sendo abertos,
começamos distinguir autênticos ministérios apostólicos, ao
nosso derredor. Há, não poucos líderes, cuja essência do que fazem
é dar cobertura espiritual apostólica, mesmo que não tenham
consciência disso. Aleluia!
2º) A validade e necessidade do ministério apostólico e de
sua cobertura são cruciais porque foi assim que o Senhor Jesus
estabeleceu o Seu governo, como cabeça do Corpo (Efésios 4.15,
16) para a Sua Igreja na Terra.
3º) Porque no verdadeiro ministério apostólico, através
de discípulos estabelecidos por Jesus neste dom e ofício, HÁ UM
NÍVEL ESPECÍFICO DE AUTORIDADE ESPIRITUAL estabelecido por
Jesus, para operar no reino espiritual, a fim de cobrir e ampliar
funcionalmente, no Seu Reino na Terra, a autoridade inerente dos
Seus discípulos e de Sua Igreja. E isso funciona, sem nenhum
“mistério”, simplesmente por ser uma função de autoridade
espiritual estabelecida por Jesus — conforme I Co 12.28 e outros.
4º) A cobertura, liderança e autoridade espiritual
apostólica são plenamente claras através dos ministérios dos
apóstolos, no livro de Atos e nas cartas do apóstolo Paulo. Esta é a
estrutura funcional básica que Jesus estabeleceu para a Sua Igreja,
diferindo completa e totalmente dos sistemas, técnicas e sabedoria
dos sistemas empresariais terrenos e dos sistemas religiosos, sejam
evangélicos ou não.
A autoridade apostólica conferida por Jesus é crucial ao
enfrentar a guerra espiritual, em níveis mais elevados, envolvendo
certas castas de demônios tais como principados, potestades,
tronos, dominações, príncipes das trevas deste século, hostes
espirituais da maldade, etc. Todos os demônios e o próprio ex-
lúcifer entendem muito bem de autoridade e sabem perfeitamente
4. 4
o que é a autoridade apostólica conferida por Jesus, as dimensões
e implicações dela junto à Sua Igreja na Terra. O que disse e fez o
espírito maligno contra os sete filhos de Ceva, em Atos 19.13–16?
São vários os textos que demonstram tais coisas.
5º) Uma função igualmente extraordinária do apóstolo e
do ministério de apóstolos é ATIVAR OS DONS espirituais e os
ministérios correspondentes. A cobertura espiritual apostólica
potencializa os dons espirituais e manifestações do Espírito Santo
semelhantes às descritas em I Coríntios 12.
RECOMENDAÇÃO: Cuidado com coberturas de
FALSOS APÓSTOLOS
Sempre que Deus está trazendo à luz algo Dele e para os
Seus propósitos, o falso da parte da antiga serpente (Ap 12.9–7)
levanta-se e se antecipa para manifestar-se na frente, a fim de
confundir e desencaminhar as pessoas dos propósitos de Deus. O
diabo é especialista em imitação e falsificação conforme II Coríntios
11.13–15).
Para tal vinculação espiritual de cobertura, temos que
levar muito a sério a recomendação de Jesus aos primeiros
apóstolos em Mateus 10.16: ser simples como as pombas; mas
prudentes como as serpentes.
Igualmente necessitamos imitar os irmãos da Igreja de
Éfeso, que punham à prova apóstolos que se manifestavam entre
eles e descobriam os falsos, mentirosos (Ap 2.2). Cobertura
espiritual é algo amplamente conhecido pelos sistemas religiosos
das trevas, sob comando demoníaco. Os únicos que têm dificuldade
com isso são os “evangélicos”, (porque será?). Contudo, Deus está
restaurando TODAS as coisas – Atos 3.21.
Cobertura espiritual funciona e é coisa seriíssima. Sabendo
ou não, todo "verdadeiro" pastor titular de uma congregação
funciona, no reino espiritual, como cobertura sobre todos que
estão sob a sua liderança.
O caráter e os valores de uma pessoa que legalmente é
cobertura espiritual de uma congregação (igreja) influenciam a
vida individual das pessoas, as famílias e o futuro da congregação.
Se for mau caráter, adúltero, desonesto, mentiroso, etc, mesmo
que ele ensine a pregue com “unção”, é o seu caráter que irá à
frente do que ele ensina ou prega. Estar sob tais coberturas pode
ter conseqüências, inclusive, para as gerações seguintes, os
descendentes.
Cuidado, se você é liderado espiritualmente — não
importando a sua denominação ou estrutura eclesiástica — por
pessoas cujo caráter não corresponde ao de Jesus! Lembra-se do
apóstolo Paulo e do seu caráter e, também, de como confrontou o
próprio apóstolo Pedro? (Gálatas 2.11–17).
À medida que você entender o que Deus está
restaurando e discernir o significado da COBERTURA
ESPIRITUAL APOSTÓLICA e, por isso desejá-la, seja sensato e
prudente.
Ore, e busque, junto com o Espírito Santo, descobrir
apóstolos verdadeiros. Se encontrar algum, não se precipite.
Passe outro tempo orando e verificando se o mesmo manifesta,
amplamente, o caráter de Jesus em todas as áreas; e se é
MANSO e HUMILDE de coração como Jesus (Mateus 11.29);
porque onde há orgulho/soberba os DEMÔNIOS ESTÃO
PRESENTES e no controle, e as Escrituras revelam que mesmo
neste contexto de liderança e especialmente nele: “Deus resiste
aos SOBERBOS/orgulhosos, mas dá GRAÇA aos humildes” (I
Pedro 5.5 e Tiago 4.7,8); e que, “a SOBERBA/orgulho precede a
ruína, e a ALTIVEZ do espírito, a queda” (Provérbios 16.18).
Veja ainda: Salmos 138.6; Isaías 57.15 (também na NVI),
Provérbios 3.33, 34. Saiba, ainda que ao encontrar um apóstolo
verdadeiro e cuja dimensão do seu ministério/função
apostólica inclua COBERTURA, inicialmente, ele não ficará
eufórico com a sua proposta, mas considerará e tratará com
sinceridade e humildade.
Além do mais, no processo de encontrá-lo, busque
também conhecer amplamente o entendimento e
compromisso apostólico que tem, bem como seu caráter, sua
visão, entendimento espiritual das Escrituras, nível profético do
seu ministério, etc. (Por que isso? É devido a grande quantidade
de falsos, mas que se disfarçam até de anjos de luz - II Coríntios
11.13-15). Também, não esqueça de verificar a quem tais
apóstolos prestam conta de suas vidas, conduta e ministério.
E, se após estabelecer aliança de cobertura, com o
passar do tempo, o mesmo começar a apostatar-se e abandonar
o caráter de Jesus; renuncie a aliança, renegue, renuncie, em
nome de Jesus toda a influência espiritual recebida da cobertura
dele e desfaça de tudo que tiver relação com ele.
Não se brinca com cobertura espiritual, especialmente
em dimensão apostólica. Os demônios sabem tudo a esse
respeito e, disfarçados, vivem recrutando e enviando falsos
apóstolos para se infiltrarem no meio do rebanho de Jesus.
“Pelos frutos vos conhecereis”, diz Jesus. Contudo, não pense
em encontrar na Terra, antes de Jesus voltar, alguém que seja
plenamente perfeito, e verifique se a sua busca por “perfeição”,
nos outros, não é uma fuga para encobrir os motivos ocultos
dos seus interesses.
Ora, àquele que é poderoso para vos guardar
de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados
diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador,
por Jesus Cristo nosso Senhor, seja glória, majestade,
domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e
para todo o sempre. Amém. Judas 24 e 25
* Capítulo 21 da Revista Apóstolos e Profetas, da Escola Brasileira de Treinamento Profético e Apostólico, realizada em
Campos, RJ, de 24 a 29 de julho/2007.
Para estudar/refletir sobre as dimensões desta Escola, em andamento no Brasil e de outros aspectos do melhor
entendimento do profético e do apostólico atual, você pode adquirir a Revista, cujo custo é apenas o de produção.
Você pode adquirir também os DVDs da Escola e o livro texto, do Dr. Bill Hamon: “Apóstolos, Profetas e os Moveres
Vindouros de Deus”, que é o principal texto da literatura evangélica a esse respeito. O Dr. Hamon foi um dos ministradores da
Escola.
Contato: Av. Alberto Torres, 932 - Parque Corrientes - Campos, RJ - CEP 28053-587 / Tel.: (22) 2732-4799 / 2732-3840
Fax: (22) 2732- 7742 / (22) 9982-1808 / www.apostolicoprofetico.com.br - E-mail: jehova-shammah@uol.com.br
5. 5
FAÇO UMA COISA NOVA QUE ESTÁ SAINDO A LUZ
Discípulo/apóstolo Silas Quirino de Carvalho
Vede, eu faço uma coisa nova, que está saindo à luz; não a percebeis?
Porei um caminho no deserto, e rios no ermo. (Isaías 43.19)
Como parte central da preparação que Deus está fazendo para esta manifestação, encontra-se o processo de RESTAURAÇÃO da
plena identidade e consciência apostólico-profética da Sua Igreja, a qual foi sendo diluída, no decorrer histórico, a partir do segundo
século.
É esta restauração que levará a Igreja de volta à sua devida identidade apostólica própria, tal como se vê em sua inauguração
visível pelo Espírito Santo, em Atos 2, e nos anos imediatos.
As maravilhas, sinais e prodígios, decorrentes da sua identidade apostólica, vistos naqueles dias, através dos primeiros apóstolos,
serão restaurados para este tempo do fim; e mais: numa proporção maior do que as daqueles dias, porque eles estavam no início dos
últimos dias (Atos 2.16–21), e a nossa geração está no final destes “últimos dias”, dos quais o Senhor fala. Aquela geração despediu-se de
Jesus, que foi elevado às alturas e uma nuvem O recebeu (cf. Atos 1.7–11). E a nossa prepara-se para recebê-Lo em Sua volta, vindo com as
nuvens em poder e grande glória (veja Apocalipse 1.6–8).
É no contexto desta restauração apostólica, a qual fará parte (e já faz em muitos lugares ao redor do mundo) da experiência,
consciência e entendimento de todos os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, que a igreja finalmente irá entender e vivenciar a plenitude
da revelação de Jesus em João 14.12:
Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim também FARÁ AS OBRAS QUE EU FAÇO.
E as fará maiores do que estas, porque eu vou para o Pai.
O que Ele diz em Isaías 43.18 e 19 terá o seu cumprimento final para a última geração. Você faz parte dela?
Há um elemento significativo que é oportuno discernir nesse processo: Para restaurar esta identidade e consciência
apostólica da Igreja, Deus está, primeiramente, restaurando o entendimento espiritual do “apostólico” e os dons e ofícios de
profeta e apóstolos (cf. I Coríntios 12.28; Efésios 4.11, 12 e 20) os quais foram sendo perdidos pela Igreja ao longo dos séculos (veja,
na revista “Tempos da Restauração de Tudo”, da II Clínica Internacional Bíblico-Profética Jehová-Shammah, o estudo “A Segunda Era
Apostólica”, do Dr. Peter Wagner, e nesta revista - Apóstolos e Profetas - o capítulo 14: “O Ressurgimento dos Apóstolos”).
Todos sabem que Deus pôs na igreja PRIMEIRAMENTE apóstolos...(I Co 12.28). Neste tempo, Deus, está restaurando esse
OFÍCIO, tendo em vista, PRIMEIRO, restaurar a consciência e identidade apostólica da Sua Igreja – é através da unção e ofício de
apóstolos e profetas que Deus está restaurando, devidamente, essa identidade apostólica do Seu Corpo.
Nesta etapa, que começou na década de 90 *1, este tem sido o papel principal do exercício do dom e ofício de apóstolo
porque, antes de “ter apóstolos”, a Igreja é que necessita ser apostólica. À medida que isso for ocorrendo, a unção e os
ofícios de apóstolos e profetas serão restaurados e reconhecidos pelas Congregações e crentes que são o Corpo de Cristo, tal como
está no Novo Testamento, até chegar à sua plenitude no desfecho escatológico.
Um apóstolo é, antes de tudo, um discípulo de Jesus Cristo amadurecido, que pertence e é parte da vida da Sua Igreja.
Verdadeiros apóstolos pertencem à Igreja de Cristo, e não a Igreja a eles — são simplesmente expressões da Igreja em ação e atuação
apostólica.
Isto se vê claramente na relação dos apóstolos Paulo e Barnabé com a Igreja de Antioquia (cf. Atos 13.1-4; 14.26-28 e 15.2 – 3), e
com a Igreja de Jerusalém (veja Atos 15.4); também, pela direção e decisão apostólica tomada pela Igreja de Jerusalém a respeito daquela
questão gravíssima – Atos 15. (observe que o apóstolo Tiago, que dirigia aquela assembléia de apóstolos, anciãos e toda a igreja -Atos
15.13 – 22, não era o irmão de João, os quais estavam entre os Doze, pois aquele já havia sido morto por Herodes (cf. Atos 12.1,2).
Portanto, Deus em Sua perfeita sabedoria e propósitos, está restaurando, em nossos dias, a UNÇÃO e
o OFÍCIO de apóstolo, primeiramente tendo em vista a restauração da consciência, identidade e
manifestação APOSTÓLICO-PROFÉTICA da Sua Igreja, e, então, trará a plenitude do “apostólico”
com os sinais necessários para este tempo do fim, com os apóstolos e profetas devidos, para este tempo.
Os que, em nossos dias, têm ouvidos para ouvir o que o Espírito está dizendo às Igrejas, não estão apenas ouvindo isso, mas estão
sendo participantes com Ele desse processo. Ouça o que o Espírito diz às Igrejas e se ofereça, preparando-se para ser um ODRE NOVO
para Jesus encher com o VINHO NOVO que Ele está derramando.
MANIFESTAÇÃO PRÁTICA DO APOSTÓLICO NOS 5 OFÍCIOS DE EFÉSIOS 4.11
Nesta Restauração e Reforma para os últimos tempos, como uma das evidências de que, primeiramente é a IGREJA (a
Congregação) que é apostólica, cujo apostólico se manifesta a partir e através dos DONS e OFÍCIOS referidos em Efésios 4.11, cada um
destes CINCO ofícios, devidamente exercidos sob o comissionamento de Jesus revelado em 4.7,8, é apostólico no exercício do ministério
correspondente, ou seja, todo mestre verdadeiro é um mestre com natureza e dimensão apostólico-profética no exercício do seu ofício. O
mesmo ocorre com pastores, evangelistas, e profetas verdadeiros.
Todo Apóstolo verdadeiro – primeiramente, demonstra o CARÁTER DE CRISTO em níveis muito altos e visíveis tal como
se vê no apóstolo Paulo. Move-se, em variados níveis, em cada uma das dimensões dos demais ofícios e é instrumento do
Espírito Santo para “costurar” a relação entre eles nas congregações locais, dando-lhes a cobertura espiritual devida, bem como
ministrando conselhos e correções que se façam necessários. De igual forma, agirá com relação a outros desdobramentos desses
ofícios para os quais seja reconhecido como apóstolo. O “apostólico”, nos termos bíblicos, e o ofício/ministério do verdadeiro
apóstolo, em todas as áreas e níveis, é de natureza essencialmente profética. Romanos 11.33-36!
*1 (Alguns que anteriormente têm usado este título e outros que o fazem hoje, não são partes desta restauração - a maioria corresponde aos
ODRES VELHOS com outras formas ou expressões). Você pode adquirir esta robusta REVISTA - veja final da página 4.