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A representação da Paraíba
Personagens
Paraíba – em busca das suas raízes.
Índia - afirmando ser o maior símbolo de representação da paraíba e construtora da identidade
paraibana.
Quilombola - dizendo-se contribuidora para a formação identitária e o crescimento financeiro
paraibano
Professora do Pibid - Que se propõe a desvendar o mistério, que se esconde por trás da história
da Paraíba, nas aulas do PIBID.
Cena única
[Paraíba chega no auditório perguntando ao público quem foram seus antepassados]
Paraíba - Olá pessoal, meu nome é Paraíba, não me perguntem porque, não sei quem são meus
pais. Só sei que tenho 430 anos de vida, mas não me lembro do meu passado, talvez a idade
tenha apagado minhas lembranças. Só sei agora o que falam de mim nos monumentos pelas
cidades e nos jornais. Disseram ontem que eu possuo o maior índice de assassinato de negros,
que tenho milhões de analfabetos morando em minha casa, que uma de minhas cidades faz o
maior são João do mundo e que a seca é hoje uma ameaça para os meus filhos. Mas não sei como
cheguei a isso, por que essas coisas acontecem aqui. Será que alguém sabe me explicar de onde
eu vim?
[longa pausa, a Paraíba espera que o público a ajude e responda ao seu indagamento, em
seguida toca a música indígena Maracanade, na voz da Índia Tikuna Weena Miguel.Quando a
música para entra a índia]
Índia – (entrando segura de si) Eu sou sua mãe, fui eu quem ensinou tudo que você sabe hoje,
fui eu quem colocou seu nome, do tupi, pa’ra, rio, e a’iba, ruim, impraticável., eu, como
guerreira que sou, lutei bravamente para que você crescesse humilde e valente, mas um dia
vieram uns homens de cor pálida, enviados de anhangá, e disseram que você não era mais minha
filha, te levaram pra oca deles e fizeram de mim e de seu povo escravos. Nos levaram parra os
campos de milho, feijão e algodão, as mulheres eram suas cozinheiras e os homens seus peões,
fizeram com que nosso povo se dividisse e lutasse uns contra os outros. O nosso povo é guerreiro
e lutamos para que não nos dominassem, mas anhangá venceu e nosso povo foi dizimado, hoje
sua mãe só pode estar aqui porque o espírito dela e de seu povo permanece vivo nos
monumentos erguidos por tupã pelo estado.
[Paraíba olha comovida para a índia, mas toca a música "orun aiye", da banda Duppy, de tema
africano, e ao final da música entra a quilombola exigido seus direitos]
Quilombola – Sinhá Paraíba, vacuncé, também é minha fia, eu fui sua ama de leite, quando
sequestraram vacuncé de sua mãe índia, fui eu quem cuidou de você, do aiyé ao orun, eu
trabalhei em baixo do chicote nos campos e no comércio enquanto tinha forças, e durmi ao
relento com você no colo, sob o manto do Senhor do Bomfim, te lavei nas aguás de Iemanjá
quando o meu sangue escorreu por teu corpo. Axé vacuncé não tivesse sido criada por mim e
mãe índia tivesse cuidado docé, mas os senhores e senhoras da casa grande, acharam melhor ser
donos de tudo que era seu. Quando não aguentava mais apanhar fugi com os meus para um lugar
distante, que chamamos quilombo, mas fomos cassados, por ordem das Iya-mi Oxorongás, e a
maioria de nosso povo morreu de fome e sede amarrado mum tronco no meio do mato, os que
conseguiram fugir vivem com os seus até hoje nos quilombos, mas são ameaçados todo dia pelo
povo da casa grande. Dizem que nós não fizemos nada pra sinhá crescer e hoje ninguém lembra
da gente, só riem quando a gente diz que também te criou.
[Paraíba fica confusa e pede ajuda para professora do pibid]
Paraíba – Por favor moça, me ajude a descobrir quem está falando a verdade, preciso descobrir
qual a minha verdadeira história!
Autora: Roberta Tiburcio Barbosa
Gênero: Peça teatral

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Peça teatral representação da paraíba

  • 1. A representação da Paraíba Personagens Paraíba – em busca das suas raízes. Índia - afirmando ser o maior símbolo de representação da paraíba e construtora da identidade paraibana. Quilombola - dizendo-se contribuidora para a formação identitária e o crescimento financeiro paraibano Professora do Pibid - Que se propõe a desvendar o mistério, que se esconde por trás da história da Paraíba, nas aulas do PIBID. Cena única [Paraíba chega no auditório perguntando ao público quem foram seus antepassados] Paraíba - Olá pessoal, meu nome é Paraíba, não me perguntem porque, não sei quem são meus pais. Só sei que tenho 430 anos de vida, mas não me lembro do meu passado, talvez a idade tenha apagado minhas lembranças. Só sei agora o que falam de mim nos monumentos pelas cidades e nos jornais. Disseram ontem que eu possuo o maior índice de assassinato de negros, que tenho milhões de analfabetos morando em minha casa, que uma de minhas cidades faz o maior são João do mundo e que a seca é hoje uma ameaça para os meus filhos. Mas não sei como cheguei a isso, por que essas coisas acontecem aqui. Será que alguém sabe me explicar de onde eu vim? [longa pausa, a Paraíba espera que o público a ajude e responda ao seu indagamento, em seguida toca a música indígena Maracanade, na voz da Índia Tikuna Weena Miguel.Quando a música para entra a índia] Índia – (entrando segura de si) Eu sou sua mãe, fui eu quem ensinou tudo que você sabe hoje, fui eu quem colocou seu nome, do tupi, pa’ra, rio, e a’iba, ruim, impraticável., eu, como guerreira que sou, lutei bravamente para que você crescesse humilde e valente, mas um dia vieram uns homens de cor pálida, enviados de anhangá, e disseram que você não era mais minha filha, te levaram pra oca deles e fizeram de mim e de seu povo escravos. Nos levaram parra os campos de milho, feijão e algodão, as mulheres eram suas cozinheiras e os homens seus peões,
  • 2. fizeram com que nosso povo se dividisse e lutasse uns contra os outros. O nosso povo é guerreiro e lutamos para que não nos dominassem, mas anhangá venceu e nosso povo foi dizimado, hoje sua mãe só pode estar aqui porque o espírito dela e de seu povo permanece vivo nos monumentos erguidos por tupã pelo estado. [Paraíba olha comovida para a índia, mas toca a música "orun aiye", da banda Duppy, de tema africano, e ao final da música entra a quilombola exigido seus direitos] Quilombola – Sinhá Paraíba, vacuncé, também é minha fia, eu fui sua ama de leite, quando sequestraram vacuncé de sua mãe índia, fui eu quem cuidou de você, do aiyé ao orun, eu trabalhei em baixo do chicote nos campos e no comércio enquanto tinha forças, e durmi ao relento com você no colo, sob o manto do Senhor do Bomfim, te lavei nas aguás de Iemanjá quando o meu sangue escorreu por teu corpo. Axé vacuncé não tivesse sido criada por mim e mãe índia tivesse cuidado docé, mas os senhores e senhoras da casa grande, acharam melhor ser donos de tudo que era seu. Quando não aguentava mais apanhar fugi com os meus para um lugar distante, que chamamos quilombo, mas fomos cassados, por ordem das Iya-mi Oxorongás, e a maioria de nosso povo morreu de fome e sede amarrado mum tronco no meio do mato, os que conseguiram fugir vivem com os seus até hoje nos quilombos, mas são ameaçados todo dia pelo povo da casa grande. Dizem que nós não fizemos nada pra sinhá crescer e hoje ninguém lembra da gente, só riem quando a gente diz que também te criou. [Paraíba fica confusa e pede ajuda para professora do pibid] Paraíba – Por favor moça, me ajude a descobrir quem está falando a verdade, preciso descobrir qual a minha verdadeira história! Autora: Roberta Tiburcio Barbosa Gênero: Peça teatral