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FERNANDA ZOMKOWSKI CORRÊA DE ARRUDA
FRAGMENTOS DA FAUNA SUL-MATO-GROSSENSE
NA INTEGRAÇÃO ARTE / ARQUITETURA POR
MEIO DE AZULEJOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CENTRO DE CIÊCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE ARTES VISUAIS - BACHARELADO
Campo Grande – MS
2011
2
FERNANDA ZOMKOWSKI CORRÊA DE ARRUDA
FRAGMENTOS DA FAUNA SUL-MATO-GROSSENSE
NA INTEGRAÇÃO ARTE / ARQUITETURA POR
MEIO DE AZULEJOS
Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Artes
Visuais – Bacharelado da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul como requisito final à obtenção do título de
Bacharel em Artes Visuais.
Orientadora: Profª Maria Alice Porto Rossi.
Campo Grande – MS
2011
3
FERNANDA ZOMKOWSKI CORRÊA DE ARRUDA
FRAGMENTOS DA FAUNA SUL-MATO-GROSSENSE NA
INTEGRAÇÃO ARTE / ARQUITETURA POR MEIO DE AZULEJOS
Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Artes
Visuais – Bacharelado da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul como requisito final à obtenção do título de
Bacharel em Artes Visuais.
Orientadora: Profª Maria Alice Porto Rossi.
Campo Grande, MS 28 de Novembro de 2011.
COMISSÃO EXAMINADORA
_______________________________________________
Profª Maria Alice Porto Rossi
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
_______________________________________________
Profª Dra. Carla Maria Buffo de Cápua
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
_______________________________________________
Profª Ma. Aline Sesti Cerutti
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
4
AGRADECIMENTO
Em primeiro agradeço a Deus por me iluminar e sempre me guiar para o
caminho certo.
Ao meu marido e ao meu filho que aguentaram todos altos e baixos durante
este período final do curso, sempre me ajudando e apoiando.
Aos meus pais que sempre me deram forças e sempre me apoiaram para
que eu fosse até o fim do curso.
A minha sogra que me ajudou muito cuidando do meu filho para que pudesse
vir para a faculdade.
A minha orientadora que sempre me apoiou e me ajudou para que este
trabalho fosse realizado.
Ao Sr. Juscelino da Oficina de Marcenaria do Curso de Artes Visuais da
UFMS, que muito me ajudou nos trabalhos do curso e principalmente no meu
trabalho final.
A todos os amigos, em especial a Érika Santos e Diego Torraca, que sempre
foram meus companheiros um ajudando o outro quando preciso.
A todos os professores que sempre passaram para todos nós seus
conhecimentos.
5
RESUMO
Este relatório é resultado de pesquisas relacionadas ao campo da azulejaria, onde
se fará um estudo sobre os primórdios do azulejo, passando pela azulejaria da
Europa até seu uso no Brasil. Além da sua utilidade como revestimento também irá
mostrar o azulejo como objeto decorativo (uso de painéis), alguns artistas e
arquitetos que usavam e ainda utilizam desta técnica em seus trabalhos. A pesquisa
relaciona questões históricas e culturais para estudar o uso do azulejo como
revestimento integrado na arquitetura do Brasil. O trabalho será desenvolvido em
azulejos manualmente produzidos em massa cerâmica, feitos nos tamanhos de
20x20 cm, onde no final irão formar um painel no tamanho de 40x60 cm. Retratará
fragmentos da beleza de alguns animais da fauna sul-mato-grossense, através do
desenho com o uso de corantes (baixo esmalte) e vidrados (esmalte). Na
metodologia do trabalho será detalhado o modo de fazer o azulejo, seu corte, o
desenho, a pintura e a queima do azulejo. A escolha deste tema tem um significado
muito importante para mim, pois desde o início do curso de Artes Visuais tenho
pensado em retratar no meu trabalho de conclusão de curso algo que remetesse ao
nosso Estado. Não poderia ser melhor representado do que a fauna exuberante que
temos aqui. Ao unir este pensamento com algo em que gosto de trabalhar como a
cerâmica, pensei em transmitir aos azulejos essa idéia. O objetivo deste trabalho é
mostrar a arte da azulejaria integrada com a arquitetura mostrando sua importância
e contribuição para uma estética nacional.
Palavras-chave: cerâmica; azulejaria; objeto decorativo; integrado na arquitetura.
6
ABSTRACT
This report is the result of research on the field of tiling and will study it since the
beginning of the ceramic through its use in Brazil.
I will show in this research how can tiles be used as a decorative object (panels)
besides its use as a covering, and some artists and architects who used and still
using this technique in their work. This research relates historical and cultural
questions to study the use of tiles as a covering object, integrated in the Brazilian
architecture.
A panel will be developed in hand made tiles 20x20cm sized, resulting in a 40x60cm
panel. This work shows the beauty of some animals from Mato Grosso do Sul
fauna, developed from designs using dyes (low enamel) and glass (enamel).
In the methodology of the work will be detailed how to do the tile, its cutting, drawing,
painting and firing.
The chose of this subject was very important to me. Since the beginning of this
course I intent to do something related to our state and their beauties and by joining
that thought to something that I really like to work as ceramic, I try to impress in the
tiles these ideas.
The objective of this work is to show the art of ceramics integrated to architecture
and its importance for a national esthetic.
Keywords: ceramics, tiles, decorative object, integrated architecture.
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................08
2 O AZULEJO.......................................................................................................09
2.1 A origem do azulejo.........................................................................................09
2.2 O azulejo em Portugal.....................................................................................10
2.3 A introdução da azulejaria no Brasil................................................................13
2.4 A fauna sul-mato-grossense............................................................................21
2.5 Artistas sul-mato-grossenses...........................................................................21
3 METODOLOGIA.................................................................................................28
3.1 Processos de criação dos protótipos...............................................................28
3.2 Processos de criação do projeto final..............................................................31
CONCLUSÃO........................................................................................................46
REFERÊNCIAS.....................................................................................................47
CURRICULUM.......................................................................................................49
PORTFÓLIO...........................................................................................................51
8
1 INTRODUÇÃO
Até bem pouco tempo, quando eu me referia ao termo azulejo,
invariavelmente eu estava numa contenda sobre o uso ou não de azulejos em
alguma reforma ou construção de casa. Os azulejos fazem parte de qualquer uma
dessas ações. Lisos, decorados, bastante coloridos ou não, a variedade é
numerosa e interessante. No meu curso de Artes Visuais, o azulejo foi uma
referência muito forte e este relatório é a oportunidade que eu tenho de também
conhecer melhor e divulgar os azulejos desde sua origem na Mesopotâmia, seus
caminhos pela Espanha, Portugal até a azulejaria no Brasil, com sua utilização
inicialmente e tão somente voltada à proteção da umidade nas unidades
imobiliárias.
Mais recentemente os azulejos começaram a ser aplicados levando em
conta a decoração dos ambientes, formando grandes painéis artísticos com
diferentes temáticas e sendo integrados na arquitetura. É oportuno também,
conhecer os grandes artistas, mestres na arte da azulejaria, que levaram aos
nossos ambientes, a beleza e a arte.
9
2 O AZULEJO
2.1 A origem do azulejo
Os significados da palavra azulejo são variados. A maioria das definições
diz que a palavra azulejo é originária do árabe e que significa pequena pedra polida.
O azulejo é uma peça de cerâmica de pouca espessura, quadrada, onde uma de
suas faces é vidrada, resultado da cozedura de um revestimento denominado
esmalte, que se torna impermeável e brilhante.
Algumas das principais características e vantagens do
azulejo são: impermeabilidade adquirida pela aplicação
do esmalte na superfície; resistência ao ataque dos
ácidos, álcalis, umidade e vapores, nas condições
normais de utilização; facilidade de limpeza; ausência de
pintura; facilidade de aplicação; substituição a baixo
custo; possibilidade de ser obtido em diversas cores e
tamanhos, e baixa expansão térmica (EGON; BERG;
SALDANHA DA GAMA, 1972).
Na antiguidade, no período do Antigo Egito e na região da Mesopotâmia, já
era observada a utilização do azulejo. Cavalcanti (1963) presume que entre os
mesopotâmicos a invenção e uso do azulejo não resultaram de causas artísticas,
mas sim de necessidades humanas de proteção contra umidade. Depois, sua
utilização alastrou-se pelo norte da África e Europa penetrando na Península Ibérica
no século XIV pelos mouros, que levam consigo a origem do termo atual. O oriente
islâmico impulsiona a produção de revestimentos parietais pelo contato com a
porcelana chinesa que, pela rota da seda, surge em vários centros artísticos do
próximo oriente. A produção do azulejo cria bases próprias na Espanha e através
de artesãos muçulmanos é desenvolvida a técnica mudéjar1
. Lá, o azulejo atingiu
seu ponto máximo em Andaluzia, região em que foi muito difundido na área
decorativa com motivos geométricos, abstratos e estilizado. Do século XV para o
século XVI o azulejo atinge Portugal, um país com longa experiência na produção
cerâmica. No começo o azulejo era importado da Espanha, depois, com a expulsão
dos mouros, passam a fabricar seus próprios azulejos, libertando-se dos desenhos
mouriscos e andaluzes, aos quais se submetia em decorrência da importação.
1
Mudéjar – técnica cerâmica onde são desenvolvidos desenhos geométricos e vegetalistas nos azulejos.
10
2.2 O azulejo em Portugal
Em Portugal, o azulejo, foi um importante suporte de expressão artística por
mais de cinco séculos, onde ele é mais do que um elemento decorativo de pouco
valor. Nele se reflete sua história e o gosto de cada época.
No século XVI a fabricação de azulejos parecia ter acabado na Espanha, foi
então, que através de Sevilha a azulejaria começou a se desenvolver em Portugal.
Os Portugueses começaram a fabricá–los ao seu modo, com a função decorativa,
enfeitando e recobrindo fachadas e interiores de residências e igrejas. Suas formas
de produção eram artesanal, manufatureira e industrial.
Os azulejadores surgiram no século XVII, e foi a partir deste ano que eles
começaram a criar suas próprias estampas, ficando assim, livres de qualquer
influência.
Alcântara (2001) fala do importante papel que a gravura teve na história
dos azulejos. Em Portugal, pintores de azulejos baseavam-se nessas gravuras para
realizarem suas composições. Registravam sobre os trajes típicos, os penteados,
os músicos e seus instrumentos. Estes desenhos podem ser vistos em azulejos que
serviram de suporte a essas gravuras.
Com o terremoto de 1755, Lisboa foi parcialmente destruída. Segundo
Alcântara (1980), foi necessário organização e simplificação da produção de
materiais de construção para a reconstrução da cidade. O azulejo passou por uma
adaptação para se adequar à industrialização.
A partir de 1915 as fábricas começam a surgir em Portugal. Até meados de
1865 foram criadas dez novas fábricas de cerâmica. Desde o aumento da produção
de azulejos em Portugal, este se mostra em função decorativa, mudando as
paisagens das cidades.
O azulejo foi utilizado em outros países europeus, mas nenhum assume a
posição de destaque no universo artístico nacional, a abrangência de aplicação e a
quantidade de produção atingida em Portugal. Ele é uma das expressões
características das artes decorativas portuguesas e um dos elementos claramente
identificadores da linguagem estética nacional.
Podemos encontrar diversos processos de pintura nos azulejos. A técnica
de compartimento é onde cada uma das divisões de um azulejo recebe a aplicação
11
de uma cor esmaltada, impedindo a tinta de escorrer durante o cozimento; na
técnica da corda seca (Fig. 1) são feitos sulcos em que se enchem de óleo de
linhaça e manganês destacando as divisões de cada compartimento, evitando que
as cores se misturem.
Fig.1 – Azulejos de corda-seca: Sala das Pegas.
Fonte: www.pnsintra.imc-ip.pt
Na técnica de aresta são feitos moldes de madeira ou metal gravados com os
desenhos a serem pressionados sobre o barro fresco, fazendo assim a separação
dos esmaltes (Fig. 2). O efeito visual é semelhante ao da corda seca.
12
Fig. 2 – Azulejos de aresta: Capela Palatina.
Fonte: www.pnsintra.imc-ip.pt
A técnica majólica ou maiólica é aquela que permite a pintura direta sobre a peça já
cozida (Fig. 3).
Fig. 3 – Azulejos da técnica majólica ou maiólica.
Fonte: www.canstockphoto.com.br
Em relação aos azulejos que são usados na decoração existem os de
caixilho, padrão, tapete, de figura avulsa e os painéis figurados. Este será estudado
mais detalhadamente para a realização da obra final.
13
2.3 A introdução da azulejaria no Brasil
A arte da azulejaria foi transferida por Portugal para a maioria dos países
que colonizou, entre eles, o Brasil. O uso do azulejo ultrapassou os limites da
própria peça para se apresentar integrado com a arquitetura e o urbanismo.
O azulejo chegou ao Brasil junto com as demais artes (pintura, escultura), e
foi transportado para nós o mesmo gosto, a mesma técnica e os mesmos materiais
de Portugal.
O século XVIII foi um período de grande exportação dos produtos
portugueses para o Brasil, foi nesse século que o Brasil tornou-se grande provedor
de Portugal. Este proporcionou ao Brasil um grande aumento no seu patrimônio
artístico e a presença da azulejaria portuguesa foi muito significativa.
Para Simões (1965), nesse período do século XVIII, o azulejo estava
presentemente ligado à arquitetura. Ele, que estava se tornando indispensável
como elemento decorativo, encontrava outras razões para sua grande aceitação
aqui no Brasil. O clima quente e úmido do litoral brasileiro que dificultava a
conservação e impermeabilização levou os construtores deste século a fazerem uso
do azulejo. Nesse período, o uso do azulejo na arquitetura foi confirmado como uma
tendência normal e tipicamente brasileira. Seu uso era constante em cozinhas e
banheiros (Fig. 4).
Fig. 4 – Imagem de azulejo em banheiro.
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br
14
Durante este século, houve grande variedade de estilos de desenhos e
pinturas em azulejos que refletiam os gostos contemporâneos.
Segundo Cavalcanti (2002) as cidades que mais receberam as fachadas
azulejadas foram Belém, São Luís, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre (Fig. 5).
Fig.5 – Fachada azulejada em São Luís / MA.
Fonte: theurbanearth.wordpress.com
Quando o Brasil deixa de ser colônia e vira república, as novas fachadas do
ecletismo privilegiam a ornamentação em relevo dos estuques, não usando mais o
recobrimento de azulejos. No entanto, o período neocolonial, trouxe de volta a
particularidade brasileira de se revestirem as fachadas com azulejos.
Em 1936, Le Corbusier incentivou o sistema onde a arquitetura deveria
relacionar-se com as artes plásticas. Foi a partir daí que arquitetos começaram a
trabalhar com artistas. A utilização de painéis era pensada desde o início da obra
arquitetônica.
O painel artístico é uma arte que visa à acessibilidade da população. São
obras executadas diretamente em paredes e estão profundamente vinculadas à
15
arquitetura. É uma forma de levar a arte ao povo onde todos têm a possibilidade de
vê-los.
Em boa parte dos edifícios da arquitetura moderna, a cerâmica foi usada nas
fachadas em forma de painéis figurativos. Dentre eles o Clube de Regatas Vasco da
Gama, Fundação Oswaldo Cruz, colégio do Conjunto Residencial Pedregulho e o
prédio do MES (Ministério de Educação e Saúde), no Rio de Janeiro; Praça 19 de
dezembro, em Curitiba; Igreja São Francisco de Assis na Pampulha, em Belo
Horizonte e Orfanato em Cataguases, MG. Os artistas envolvidos eram Cândido
Portinari, Burle Marx, Paulo Rossi Osir, Poty, Anísio Medeiros, Jenner Augusto,
Djanira, Abelardo da Hora e Corbiniano Lins (MORAIS, 1990).
Além do uso do azulejo, Le Corbusier recomendou o uso de outras artes,
como pintura e escultura. A sede do MES (Ministério de Educação e Saúde) foi
premiada com obras de artes de grandes artistas: Cândido Portinari (murais no
gabinete do ministro e desenho de azulejos), esculturas de Celso Antônio, Bruno
Giorge, Jacques Lipchitz e os jardins de Burle Marx.
Portinari realizou também outros painéis em azulejos, como o painel criado
para a igreja de São Francisco de Assis, na Lagoa da Pampulha / BH,
encomendado por Oscar Niemeyer, sendo considerada sua obra mais importante
(Fig. 6).
Fig. 6 – Painel de azulejos na Igreja de São Francisco de Assis.
Artista: Cândido Portinari
Local: Lagoa da Pampulha / BH
Fonte: www.panoramio.com
16
O interior da igreja também tem obras de Portinari. O Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional tombou a igreja como patrimônio da nação brasileira,
para evitar que a obra fosse destruída ou retirada dali (MORAIS, 1988).
O ginásio esportivo da escola Edmundo Bittencourt, do residencial do
Pedregulho, no Rio de Janeiro, recebeu um painel de Portinari na sua parede
externa, cujo tema é: os jogos infantis (Fig. 7 e 8).
Fig. 7 – Painel de azulejos no ginásio esportivo.
Artista: Cândido Portinari
Local: Rio de Janeiro / RJ
Fonte: www.ceramicanorio.com
Fig. 8 – Detalhe do painel.
17
Na fachada da sede da Associação Civil Clube, em Juiz de Fora, onde teria
sido provavelmente a última obra de Portinari (Fig. 9).
Fig. 9 – Painel de azulejos na Associação Civil Clube.
Artista: Cândido Portinari
Dimensão: 435x795 cm
Local: Juiz de Fora / MG
Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br
Portinari criou também outros painéis em obras de Oscar Niemeyer como no
Iate Clube da Pampulha ou residências no Brasil e no exterior.
Oscar Niemeyer é um dos principais inovadores da arquitetura brasileira, e é
um dos arquitetos que solicitava com frequência a colaboração de artistas em suas
obras. Ele é o arquiteto mais lembrado quanto ao tema síntese das artes.
Segundo Morais (1988) “a retomada do azulejo é contemporânea ao esforço
do modernismo brasileiro em atualizar e redescobrir nossas raízes culturais, uma
renovação dentro da tradição”.
O projeto para a criação da cidade de Brasília se diferencia por se preocupar
com a integração arte e arquitetura. Artistas como Athos Bulcão (1918-2008) e
Burle Marx (1909-1994) participaram da criação da cidade junto com o urbanista
Lúcio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer. Para Cavalcanti (2007), houve um
perfeito entrosamento entre os desenhos de Costa, os prédios de Oscar Niemeyer e
18
os artistas convocados para realizarem as esculturas públicas. Concretizando o
ideal modernista de fusão entre arquitetura, urbanismo e artes plásticas.
Em 1945, a convite de Cândido Portinari, Athos Bulcão trabalhou como
assistente na execução do painel de São Francisco de Assis. Após este trabalho,
estagiou com Portinari, onde aprendeu muitas lições importantes como cor e
desenho. No ano de 1957 foi morar em Brasília, a convite de Oscar Niemeyer, para
realizar uma série de colaborações em projetos de integração arte / arquitetura.
Algumas de suas obras foram: os painéis de azulejo na Igrejinha de Nossa Senhora
de Fátima, da 308 – Sul (Fig.10), nos Palácios do Itamaraty (Fig.12) e da Alvorada,
no Brasília Palace, no Congresso Nacional, no Panteão da Pátria e no Palácio
Jaburu.
Fig. 10 – Painel de azulejos na Igrejinha Nossa senhora de Fátima.
Artista: Athos Bulcão.
Dimensão: 525x3945 cm
Local: Brasília / DF
Fonte: claudiaveiroarte.blogspot.com
19
Fig. 11 – Detalhe do painel.
Fonte: fundathos.org.br
Fig. 12 – Painel de azulejos no Palácio do Itamaraty.
Artista: Athos Bulcão.
Local: Brasília / DF
Ano: 1982
Fonte: fundathos.org.br
20
Entre 1971 e 1972, a convite de Oscar Niemeyer, desenvolveu vários projetos
na África e Europa com obras de arte / arquitetura (Fig. 13). Em 1989, começou sua
luta contra o mal de Parkinson. Em 1990, Eduardo Cabral foi o idealizador e
fundador da Fundação Athos Bulcão2
. Sua luta contra a doença terminou em 31 de
Julho de 2008, data do seu falecimento. Athos Bulcão trabalhava com o arquiteto e
a equipe desde o momento da definição do espaço da obra na planta.
Fig. 13 – Painel de azulejos na Sede da Editora Mondadori.
Artista: Athos Bulcão.
Local: Milão / Itália
Ano: 1971
Fonte: fundathos.org.br
Athos Bulcão transfere para sua criação as qualidades de seu
caráter: afabilidade e cordialidade. Seus painéis de azulejos
cumprem função especial em Brasília – cidade, às vezes, inóspita:
aproximam, dialogam, oferecem sombra, proporcionam bem estar;
não são colocados para preencher algum espaço não resolvido,
são pensados desde o início do projeto do edifício (MORAIS, 1998).
Em seus painéis o desenho sempre está no limite da peça, a combinação dos
módulos é aleatória, porém mantém certa uniformidade nas cores e formas. Seu
tema são formas abstratas com motivos geométricos, formas, curvas e
semicírculos, existem poucos motivos com figurativo estilizado.
2
www.fundathos.org.br
21
2.4 A fauna sul-mato-grossense
A fauna do Estado de Mato Grosso do Sul é riquíssima. O pantanal do nosso
Estado é considerado a região com maior densidade faunística das Américas.
Segundo dados do Globo Repórter (27/05/2011), estima-se que há na região
pantanal 665 espécies de aves, 405 de peixes, 95 mamíferos, 162 espécies de
répteis, 40 espécies de anfíbios, e dentre os insetos, são mais de mil espécies de
borboletas. Mesmo assim não é um número fechado, pois a natureza está em
constante crescimento.
Alguns animais estão ameaçados de extinção, é o caso da arara azul. Outros
estão em extinção em outras regiões do país, porém aqui apresentam grandes
populações, é o caso da capivara, tamanduá bandeira, tamanduá mirim, veado
mateiro, lobinho e outros.
Outra grande riqueza do nosso Estado são os rebanhos bovinos e equinos.
2.5 Artistas sul-mato-grossenses
Aqui em Campo Grande alguns artistas retratam a fauna em seus trabalhos,
mas sua representação é feita em outro suporte. O artista Cleir Ávila Ferreira3
retrata a fauna sul-mato-grossense em pinturas feitas nas laterais de altos edifícios
do nosso Estado, fazendo a integração arte / arquitetura. Ele é um artista autodidata
e pinta profissionalmente desde os 18 anos. Iniciou com influência hiperrealista,
onde seu principal tema é a natureza pantaneira. Seu trabalho mural nas laterais
dos edifícios de Campo Grande começou com “Onça Pintada” (50 m de altura e 220
m²) (Fig. 14). Outro mural foi: “Tuiuiús” (40 m de altura e 300 m²) (Fig.15). Além de
outras obras em edifícios (Fig. 16 e 17). Também produz esculturas em grandes
tamanhos com a mesma temática. A obra “Monumento das Araras” (Fig. 18) tem 10
m de altura. No interior do Mato Grosso do Sul são encontradas diversas obras do
artista.
3
www.artenossaterra.xpg.com.br
22
Fig.14 – Painel “Onça Pintada”.
Artista: Cleir Ávila.
Dimensão: 50m de altura
Local: Campo Grande
Fotografia: Fernanda Arruda
23
Fig. 15 – Painel “Tuiuiús”.
Artista: Cleir Ávila.
Dimensão: 40m de altura
Local: Campo Grande
Fotografia: Fernanda Arruda
24
Fig. 16 – Painel “Arara Azul”.
Artista: Cleir Ávila.
Dimensão: 430m²
Local: Campo Grande
Fotografia: Fernanda Arruda
25
Fig. 17 – Painel “Arara Vermelha”.
Artista: Cleir Ávila.
Local: Campo Grande
Fotografia: Fernanda Arruda
26
Fig. 18 - “Monumento das Araras”.
Artista: Cleir Ávila.
Dimensão: 10m de altura
Fonte: Cayres, SMF
Outro artista reconhecido aqui é Humberto Espíndola. Suas pinturas são
feitas em telas onde o tema retratado são principalmente os rebanhos bovinos.
Segundo Figueiredo (1979), ela fala que o artista apropriou e recriou toda uma
simbologia histórica e mágica da bovinocultura, e que não se conteve apenas ao
quadro de cavalete. Utilizou os mais diversos materiais, passou do óleo sobre tela a
tela de arame, desta ao arame farpado, ao ferro, à faca e à marca.
Humberto Espíndola também realiza essa integração arte / arquitetura. Uma
de suas obras públicas foi o painel no Palácio Paiaguás – Centro Político
Administrativo em Cuiabá (Fig. 19). Aqui no Mato Grosso do Sul há um painel
externo no Edifício Salim Kassar, em Corumbá (Fig. 20).
27
Fig. 19 – Palácio Paiáguas.
Artista: Humberto Espíndola.
Dimensão: 371m²
Local: Cuiabá / MT
Ano: 1975
Fonte: Portal Humberto Espíndola4
Fig. 20 – Painel “Bovinocultura”.
Artista: Humberto Espíndola.
Dimensão: 800m²
Local: Corumbá / MS
Ano: 2006
Fonte: Portal Humberto Espíndola
4
www.humbertoespindola.com.br
28
3 METODOLOGIA
3.1 Processos de criação dos protótipos
1º Etapa:
Para a apresentação da pré-banca foi proposto, pela orientadora Maria Alice,
a realização de três protótipos da obra final.
Para esta produção os animais escolhidos foram o tucano, a arara azul e o
tuiuiú. Passei então para o projeto gráfico, onde o desenho realizado foi produzido
no reticulado do quadrado, ou seja, em azulejos (Fig. 21, 22 e 23).
Fig. 21 - Projeto gráfico.
Fig. 22 - Projeto gráfico.
29
Fig. 23 – Projeto gráfico.
Após a finalização dos projetos gráficos foi iniciada a abertura das mantas
para cortar a quantidade necessária de placas para os protótipos. Cada protótipo é
composto por doze placas na medida de 5 x 5 cm.
A massa cerâmica usada foi a Marfim, produzida pelo geólogo Paschoal
Giardulo. A escolha desta massa foi por apresentar cor clara após a queima.
O desenho do projeto gráfico foi aplicado sobre a placa ainda úmida. O
processo de secagem foi em cima de placas de gesso, para que houvesse lenta
absorção da água (Fig. 24).
Fig. 24 - Processo de secagem das placas.
Após a secagem das placas elas foram para a primeira queima a 850ºC. Ao
saírem do forno (queima de biscoito) foi realizada a coloração dos azulejos com
corante mineral (baixo esmalte / BV) (Fig. 25).
30
Fig. 25 - Azulejos coloridos com corante mineral (BV).
Para a fixação dos corantes minerais todos os azulejos foram pulverizados
com vidrado transparente alcalino, que garante que o corante se fixe na peça.
Todos os azulejos devem ficar totalmente cobertos por uma camada fina e uniforme
(Fig. 26).
Fig. 26 - Azulejos esmaltados.
Após a esmaltação eles foram para a segunda queima, a queima do vidrado,
na temperatura de 1040ºC em forno elétrico. Para os protótipos a proposta foi de
montá-los e rejuntá-los (Fig. 27). Porém após colocar o rejunte fiz algumas
observações finais.
31
Fig. 27 - Protótipos queimados e rejuntados.
Nos três protótipos a largura do rejunte ficou muito larga; no tuiuiú a cor
branca do rejunte não combinou, porém deu destaque ao desenho; na arara azul o
tom de azul não era o esperado e o rejunte escureceu muito a peça.
A realização destes protótipos foi uma ótima experiência para que os erros
não se repitam no projeto final.
3.2 Processos de criação do projeto final
2º Etapa
Para a criação dos painéis finais algumas modificações foram realizadas.
No processo de criação dos azulejos, primeiramente foi pensado quais
seriam os animais que estampariam os painéis. Depois de selecionados foram
feitos os projetos gráficos no tamanho final da obra, já dividido por azulejos (Fig. 28,
29, 30, 31 e 32).
32
Fig. 28 – Projeto gráfico das “Garças”.
Fig. 29 – Projeto gráfico do “Tuiuiú”.
33
Fig. 30 – Projeto gráfico do “Tucano”.
Fig. 31 – Projeto gráfico da “Onça pintada”.
34
Fig. 32 – Projeto gráfico da “Arara”.
Após o projeto gráfico dos painéis comecei a produção dos azulejos.
Optei pela massa cerâmica Marfim, produzida pelo geólogo Pascoal
Giardulo, por ser uma massa plástica para queima entre 800 e 1300ºC e que pode
ser usada tanto para moldagem quanto para modelagem, e principalmente por
apresentar uma cor clara após a segunda queima, uma vez que a exploração da
transparência dos corantes e do vidrado seria a condição básica para os efeitos
desejados. A cor de queima vai do marfim claro a 800ºC até marfim a 1200ºC e
cinza clara a 1300ºC, quando está totalmente sintetizada. A retração está entre 14 e
16% a 1300 ºC.
Na produção dos painéis, o início foi de abertura das mantas para cortar as
placas necessárias para a formação dos painéis, cada placa medindo 20 x 20 cm.
Após os cortes foram aplicados os desenhos dos projetos em cada placa (Fig. 33,
34, 35, 36 e 37). Cada painel é composto por seis placas, que foram
cuidadosamente trabalhadas e secas, de modo a minimizar que o processo de
secagem pudesse empená-las, fato muito conhecido dos ceramistas, o desafio da
secagem sem que as placas empenem. Resolvi a questão de empenamento
acomodando as placas com pesos entre peças com placas de gesso que são
porosas, para que houvesse lentamente a absorção da água (Fig. 38).
35
Fig. 33 – “Garças”.
Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica.
Fig. 34 – “Tuiuiú”.
Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica.
36
Fig. 35 – “Tucano”.
Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica.
Fig. 36 – “Onça pintada”
Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica.
37
Fig. 37 – “Arara”.
Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica.
Fig. 38 – Processo de secagem das peças entre placas de gesso.
Após as placas secarem elas foram para a primeira queima a 850ºC em forno
elétrico. Ao saírem do forno (queima de biscoito) foi realizada a coloração dos
azulejos usando corante mineral (baixo esmalte / BV) (Fig. 39, 40, 41, 42 e 43). As
placas foram coloridas uma a uma, e após o término de cada painel foi retirado o
excesso com o auxílio de um pincel.
38
Fig. 39 – “Garças”.
Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV).
Fig. 40 – “Tuiuiú”.
Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV).
39
Fig. 41 – “Tucano”.
Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV).
Fig. 42 – “Onça pintada”.
Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV).
40
Fig. 43 – “Arara”.
Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV).
Para a fixação dos corantes minerais todos os azulejos foram pulverizados
com vidrado transparente de chumbo, que garante a transparência incolor. O
vidrado faz com que o corante se fixe na peça, uma vez que os corantes não
possuem fundentes em sua composição. O vidrado é uma suspensão aguada de
materiais insolúveis misturados muito finos, que são aplicados em peças cerâmicas
para formar uma cobertura. Quando os materiais são levados a determinadas
temperaturas, fundem e quando a peça esfria aparece a camada vítrea.
As peças devem ficar totalmente cobertas pelo vidrado, com uma camada
fina e uniforme, pois o acumulo de vidrado pode interferir no resultado final da
coloração (Fig. 44). Durante o processo de pulverização dos painéis: “Tucano”,
“Garças” e “Onça pintada” foi utilizado um pulverizador manual. Para os dois últimos
painéis: “Tuiuiú” e “Arara” não havia mais pulverizadores que não entupissem e
mãos que aguentassem. Foi então usado um compressor com a pistola de
pulverização, que realizou o processo de pulverizar muito mais rápido e prático.
41
Fig. 44 – Peças sendo esmaltadas com pulverizador manual.
Após a esmaltação das peças elas foram novamente ao forno para a
segunda queima que é a queima do vidrado, na temperatura aproximadamente de
1100ºC, uma vez que a mufla elétrica da oficina de cerâmica encontra-se com
problemas no registro de temperatura do pirômetro.
Quando as peças saíram do forno constatei que algumas placas dos
seguintes painéis: “Tuiuiú”, “Tucano”, “Onça” e “Arara” estavam manchadas com a
cor branca. Em um primeiro momento pensei que o fato delas estarem um pouco
esbranquiçadas era devido à esmaltação. Depois de relembrar todo procedimento
desde a coloração com os corantes minerais, percebi que o motivo era devido ao
momento em que foi retirado o excesso do corante com o pincel. Pois um resquício
da cor branca estava em cima das devidas placas, o que após colocar o vidrado
apenas a fixou mais ainda.
Nas fotos a seguir (Fig. 45, 46, 47, 48 e 49) o resultado final dos azulejos.
42
Fig.45 – “Garças”.
Painel final esmaltado.
Fig. 46 – “Tuiuiú”.
Painel final esmaltado.
43
Fig. 47 – “Tucano”.
Painel final esmaltado.
Fig. 48 – “Onça pintada”.
Painel final esmaltado.
44
Fig. 49 – “Arara”.
Painel final esmaltado.
Como a intenção deste relatório são os painéis artísticos em
integração arte / arquitetura, as fotos abaixo (Fig. 50, 51 e 52) mostram como ficaria
os painéis inseridos em obras arquitetônicas.
Fig. 50 – Painel de azulejos “Arara” em integração arte / arquitetura.
45
Fig. 51 – Todos os painéis inseridos em uma obra arquitetônica.
Fig. 52 – Painel de azulejos “Garças” em integração arte/ arquitetura.
46
CONCLUSÃO
Durante o desenvolvimento deste trabalho observei como nunca havia
observado antes, a beleza que os painéis têm. O contraste que dão ao interagirem
com uma obra arquitetônica é muito interessante.
Quando comecei o estudo sobre os painéis não tinha muito conhecimento,
muito menos que a maioria dos painéis eram usados na integração arte /
arquitetura. Ao pesquisar e estudar para desenvolver este trabalho fiquei admirada
com tanta beleza.
Estava certa do trabalho que queria realizar, porém sabia que seria bem
trabalhoso. O tema já estava decidido, sempre quis representar algo que remetesse
ao nosso Estado. E o suporte também, seriam os azulejos!
Os azulejos foram todos feitos artesanalmente, formando cinco painéis de
tamanhos reduzidos representando a fauna sul-mato-grossense.
A realização primeiramente dos protótipos serviu para que eu conhecesse
melhor os materiais e para fazer eventuais mudanças. Os desenhos foram
repensados e alguns animais foram substituídos por outros. Outra alteração foi a
retirada do rejunte, o que deu ao painel mais leveza.
O resultado final foi satisfatório. As tonalidades obtidas após a queima foram
as desejadas. Apenas um pequeno acidente de percurso, imperceptível antes da
queima, podendo ser visto somente após a esmaltação.
Foi uma experiência muito boa, pois além de saber mais sobre a história de
alguns painéis também pude aprender um pouco mais sobre o manuseio da massa
cerâmica, seu processo de secagem, de coloração e de queima. Os erros que
aconteceram serviram para minha aprendizagem.
A intenção dos painéis é fazer a integração arte / arquitetura e com isso levar
ao público um pouco da arte da azulejaria em painéis artísticos.
47
REFERÊNCIAS
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Janeiro: Fontana - Fundaçao Luiz La Saigne, 1980.
______. Azulejo documento de nossa cultura. In: MARIA, Cristina VerezaLodi Dias.
(Org.). Patrimônio azulejar brasileiro: aspectos históricos e de conservação.
Brasília: Ministério da Cultura, 2001.p. 27-73.
AMARAL, Carmem. Azulejaria portuguesa em Belém (PA): História, estética e
significado. Disponível em:
<http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/azulejaria_portuguesa.pdf >
acessado em 14/04/2011
BULCÃO, Athos. Biografia. Disponível em: <http://www.biografia.inf.br/athos-
bulcao-artista-plastico.html> acessado em 23/03/2011
CAYRES, Sandra M. F. ; ABREU, Vanja M. Prates. Arte da nossa terra – Cleir Ávila.
Disponível em: < http://www.artenossaterra.xpg.com.br/> acessado em 16/06/2011.
CAVALCANTI, Caros. História das artes: curso elementar I. Pré história-
Antiguidade. Rio de Janeiro: J. Ozon, 1963.
______. O azulejo na arquitetura civil de Pernambuco, século XIX. São Paulo:
Metalivros, 2002.
CAVALCANTI, Lauro; EL – DAHDAH, Farès. A doce revolução de Oscar
Niemeyer. Rio de Janeiro: 19 Design e Editora Ltda, 2007.
EGON, Antônio T.; BERG, Maria Sampaio Tavares; SALDANHA DA GAMA, Ségio.
Considerações sobre a utilização do azulejo no Brasil. Construção em São Paulo,
São Paulo, n. 1296, p. 37, 1972.
ENCICLOPÉDIA, Itaú. Azulejo. Disponível em: <http://itaucultural.org.br>.
Acessado em 25/04/2011.
ENCICLOPÉDIA, Itaú. Artes Aplicadas. Disponível em: http://itaucultural.org.br.
Acessado em 25/04/2011.
48
ESPINDOLA, Humberto. Portal Humberto Espíndola. Disponível em:
<http://www.humbertoespindola.com.br/> acessado em 17/06/2011
FIGUEIRA, Beto. Azulejaria. Disponível em:
<http://azulejosazulejaria.blogspot.com/> acessado em 06/05/2011
FIGUEIREDO, Aline. Artes Plásticas no Centro-Oeste. Cuiabá, Edições UFMT /
MACP, 1979.
GLOBO, Rede. Pantanal Brasileiro. Disponível em: < http://g1.globo.com/globo-
reporter/noticia/2011/05/enchente-fortalece-e-renova-vida-do-pantanal-
brasileiro.html> acessado em 28/05/2011
LADEIRA, Leonardo. Patrimônio Histórico. Disponível em:
<http://www.rioecultura.com.br/coluna_patrimonio/coluna_patrimonio.asp?patrim_co
d=16> acessado em: 23/03/2011
MANCINI, Alexandre. Painéis. Disponível em:
<http://alexandremancini.tumblr.com/> acessado em 08/05/2011
MORAIS, Frederico. Azulejaria Contemporânea no Brasil – Volume II. São Paulo:
Editoração Publicações e Comunicações Ltda, 1988.
______. Azulejaria Contemporânea no Brasil – Volume II. São Paulo: Editoração
Publicações e Comunicações Ltda, 1990.
______. Humanizador dos espaços de Brasília. Jornal de Brasília, Brasília, 2 jul.
1998. Edição extra: Athos Bulcão 80 anos.
SIMÕES, João Miguel dos Santos. Azulejaria portuguesa no Brasil (1500-1822).
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1965.
49
Fernanda Zomkowski Corrêa de Arruda
DADOS PESSOAIS
Data de nascimento: 06/12/1985
Campo Grande / MS
Celular: (67) 8464-4505
e-mail: fer_zca@hotmail.com
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Curso: Artes Visuais (Bacharelado)
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / UFMS
Ano de conclusão: 2011
Duração normal do curso em anos: 4 anos
Curso: Arquitetura e Urbanismo – Incompleto
Universidade: UNIDERP
Situação: Trancado com dois anos cursados
EXPERIÊNCIA
 Estágio Extra-Curricular nas Lojas Sertão – Setor de Revestimentos
ATIVIDADES TÉCNICO-CIENTÍFICAS
 Curso avançado de informática de Auto Cad 2000 – Com carga
horária total de 30 horas
 Curso básico de fotografia – Com carga horária total de 6 horas aula
 Curso Avançado de Paisagismo – Com carga horária total de 26 horas
aula
 Curso Avançado de Tear
 Participação da exposição coletiva de escultura: Assemblage /
UFMS
 Participação da exposição coletiva de escultura: Cabeças / UFMS
 Participação da exposição coletiva de escultura: Produção Seriada /
UFMS
 Participação da exposição coletiva de escultura: Concreto Celular /
UFMS
 Participação do Ciclo de Debates Arte Agora – Tema: “Sem
Fronteiras: O artista do MS fora do MS.” - 2º edição 2010 / SESC
50
 Participação do Ciclo de Debates Arte Agora – Tema: “Uma
possibilidade de Processo Criativo Coletivo em Dança Contemporânea:
ME=MORAR.”- 3º edição 2010 / SESC
 Participação do Ciclo de Debates Arte Agora – Tema: “Arte profissão
possível: Ex-alunos do Curso de Artes Visuais – UFMS.” - 4º edição
2010 / SESC
 Participação do Ciclo de Debates Arte Agora – Tema: Arte
Contemporânea na Sala de Aula – Arte na Escola – MS.” – 5º edição
2010 / SESC
CONHECIMENTO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
 Inglês: Nível Básico
CONHECIMENTO EM INFORMÁTICA
 Microsoft Word, Power Point, Internet, Auto Cad 2000, Adobe Photoshop
51
PORTFÓLIO
FRAGMENTOS DA FAUNA SUL-MATO-GROSSENSE NA INTEGRAÇÃO ARTE /
ARQUITETURA POR MEIO DE AZULEJOS
Obra: “Garças”.
Artista: Fernanda arruda
Técnica: cerâmica
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52
Obra: “Tuiuiú”.
Artista: Fernanda Arruda
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Dimensão: 40 cm x 60 cm
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Obra: “Tucano”.
Artista: Fernanda Arruda
Técnica: cerâmica
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Fragmentos da Fauna Sul-Mato-Grossense em Azulejos

  • 1. FERNANDA ZOMKOWSKI CORRÊA DE ARRUDA FRAGMENTOS DA FAUNA SUL-MATO-GROSSENSE NA INTEGRAÇÃO ARTE / ARQUITETURA POR MEIO DE AZULEJOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE ARTES VISUAIS - BACHARELADO Campo Grande – MS 2011
  • 2. 2 FERNANDA ZOMKOWSKI CORRÊA DE ARRUDA FRAGMENTOS DA FAUNA SUL-MATO-GROSSENSE NA INTEGRAÇÃO ARTE / ARQUITETURA POR MEIO DE AZULEJOS Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Artes Visuais – Bacharelado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul como requisito final à obtenção do título de Bacharel em Artes Visuais. Orientadora: Profª Maria Alice Porto Rossi. Campo Grande – MS 2011
  • 3. 3 FERNANDA ZOMKOWSKI CORRÊA DE ARRUDA FRAGMENTOS DA FAUNA SUL-MATO-GROSSENSE NA INTEGRAÇÃO ARTE / ARQUITETURA POR MEIO DE AZULEJOS Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Artes Visuais – Bacharelado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul como requisito final à obtenção do título de Bacharel em Artes Visuais. Orientadora: Profª Maria Alice Porto Rossi. Campo Grande, MS 28 de Novembro de 2011. COMISSÃO EXAMINADORA _______________________________________________ Profª Maria Alice Porto Rossi UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL _______________________________________________ Profª Dra. Carla Maria Buffo de Cápua UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL _______________________________________________ Profª Ma. Aline Sesti Cerutti UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • 4. 4 AGRADECIMENTO Em primeiro agradeço a Deus por me iluminar e sempre me guiar para o caminho certo. Ao meu marido e ao meu filho que aguentaram todos altos e baixos durante este período final do curso, sempre me ajudando e apoiando. Aos meus pais que sempre me deram forças e sempre me apoiaram para que eu fosse até o fim do curso. A minha sogra que me ajudou muito cuidando do meu filho para que pudesse vir para a faculdade. A minha orientadora que sempre me apoiou e me ajudou para que este trabalho fosse realizado. Ao Sr. Juscelino da Oficina de Marcenaria do Curso de Artes Visuais da UFMS, que muito me ajudou nos trabalhos do curso e principalmente no meu trabalho final. A todos os amigos, em especial a Érika Santos e Diego Torraca, que sempre foram meus companheiros um ajudando o outro quando preciso. A todos os professores que sempre passaram para todos nós seus conhecimentos.
  • 5. 5 RESUMO Este relatório é resultado de pesquisas relacionadas ao campo da azulejaria, onde se fará um estudo sobre os primórdios do azulejo, passando pela azulejaria da Europa até seu uso no Brasil. Além da sua utilidade como revestimento também irá mostrar o azulejo como objeto decorativo (uso de painéis), alguns artistas e arquitetos que usavam e ainda utilizam desta técnica em seus trabalhos. A pesquisa relaciona questões históricas e culturais para estudar o uso do azulejo como revestimento integrado na arquitetura do Brasil. O trabalho será desenvolvido em azulejos manualmente produzidos em massa cerâmica, feitos nos tamanhos de 20x20 cm, onde no final irão formar um painel no tamanho de 40x60 cm. Retratará fragmentos da beleza de alguns animais da fauna sul-mato-grossense, através do desenho com o uso de corantes (baixo esmalte) e vidrados (esmalte). Na metodologia do trabalho será detalhado o modo de fazer o azulejo, seu corte, o desenho, a pintura e a queima do azulejo. A escolha deste tema tem um significado muito importante para mim, pois desde o início do curso de Artes Visuais tenho pensado em retratar no meu trabalho de conclusão de curso algo que remetesse ao nosso Estado. Não poderia ser melhor representado do que a fauna exuberante que temos aqui. Ao unir este pensamento com algo em que gosto de trabalhar como a cerâmica, pensei em transmitir aos azulejos essa idéia. O objetivo deste trabalho é mostrar a arte da azulejaria integrada com a arquitetura mostrando sua importância e contribuição para uma estética nacional. Palavras-chave: cerâmica; azulejaria; objeto decorativo; integrado na arquitetura.
  • 6. 6 ABSTRACT This report is the result of research on the field of tiling and will study it since the beginning of the ceramic through its use in Brazil. I will show in this research how can tiles be used as a decorative object (panels) besides its use as a covering, and some artists and architects who used and still using this technique in their work. This research relates historical and cultural questions to study the use of tiles as a covering object, integrated in the Brazilian architecture. A panel will be developed in hand made tiles 20x20cm sized, resulting in a 40x60cm panel. This work shows the beauty of some animals from Mato Grosso do Sul fauna, developed from designs using dyes (low enamel) and glass (enamel). In the methodology of the work will be detailed how to do the tile, its cutting, drawing, painting and firing. The chose of this subject was very important to me. Since the beginning of this course I intent to do something related to our state and their beauties and by joining that thought to something that I really like to work as ceramic, I try to impress in the tiles these ideas. The objective of this work is to show the art of ceramics integrated to architecture and its importance for a national esthetic. Keywords: ceramics, tiles, decorative object, integrated architecture.
  • 7. 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...................................................................................................08 2 O AZULEJO.......................................................................................................09 2.1 A origem do azulejo.........................................................................................09 2.2 O azulejo em Portugal.....................................................................................10 2.3 A introdução da azulejaria no Brasil................................................................13 2.4 A fauna sul-mato-grossense............................................................................21 2.5 Artistas sul-mato-grossenses...........................................................................21 3 METODOLOGIA.................................................................................................28 3.1 Processos de criação dos protótipos...............................................................28 3.2 Processos de criação do projeto final..............................................................31 CONCLUSÃO........................................................................................................46 REFERÊNCIAS.....................................................................................................47 CURRICULUM.......................................................................................................49 PORTFÓLIO...........................................................................................................51
  • 8. 8 1 INTRODUÇÃO Até bem pouco tempo, quando eu me referia ao termo azulejo, invariavelmente eu estava numa contenda sobre o uso ou não de azulejos em alguma reforma ou construção de casa. Os azulejos fazem parte de qualquer uma dessas ações. Lisos, decorados, bastante coloridos ou não, a variedade é numerosa e interessante. No meu curso de Artes Visuais, o azulejo foi uma referência muito forte e este relatório é a oportunidade que eu tenho de também conhecer melhor e divulgar os azulejos desde sua origem na Mesopotâmia, seus caminhos pela Espanha, Portugal até a azulejaria no Brasil, com sua utilização inicialmente e tão somente voltada à proteção da umidade nas unidades imobiliárias. Mais recentemente os azulejos começaram a ser aplicados levando em conta a decoração dos ambientes, formando grandes painéis artísticos com diferentes temáticas e sendo integrados na arquitetura. É oportuno também, conhecer os grandes artistas, mestres na arte da azulejaria, que levaram aos nossos ambientes, a beleza e a arte.
  • 9. 9 2 O AZULEJO 2.1 A origem do azulejo Os significados da palavra azulejo são variados. A maioria das definições diz que a palavra azulejo é originária do árabe e que significa pequena pedra polida. O azulejo é uma peça de cerâmica de pouca espessura, quadrada, onde uma de suas faces é vidrada, resultado da cozedura de um revestimento denominado esmalte, que se torna impermeável e brilhante. Algumas das principais características e vantagens do azulejo são: impermeabilidade adquirida pela aplicação do esmalte na superfície; resistência ao ataque dos ácidos, álcalis, umidade e vapores, nas condições normais de utilização; facilidade de limpeza; ausência de pintura; facilidade de aplicação; substituição a baixo custo; possibilidade de ser obtido em diversas cores e tamanhos, e baixa expansão térmica (EGON; BERG; SALDANHA DA GAMA, 1972). Na antiguidade, no período do Antigo Egito e na região da Mesopotâmia, já era observada a utilização do azulejo. Cavalcanti (1963) presume que entre os mesopotâmicos a invenção e uso do azulejo não resultaram de causas artísticas, mas sim de necessidades humanas de proteção contra umidade. Depois, sua utilização alastrou-se pelo norte da África e Europa penetrando na Península Ibérica no século XIV pelos mouros, que levam consigo a origem do termo atual. O oriente islâmico impulsiona a produção de revestimentos parietais pelo contato com a porcelana chinesa que, pela rota da seda, surge em vários centros artísticos do próximo oriente. A produção do azulejo cria bases próprias na Espanha e através de artesãos muçulmanos é desenvolvida a técnica mudéjar1 . Lá, o azulejo atingiu seu ponto máximo em Andaluzia, região em que foi muito difundido na área decorativa com motivos geométricos, abstratos e estilizado. Do século XV para o século XVI o azulejo atinge Portugal, um país com longa experiência na produção cerâmica. No começo o azulejo era importado da Espanha, depois, com a expulsão dos mouros, passam a fabricar seus próprios azulejos, libertando-se dos desenhos mouriscos e andaluzes, aos quais se submetia em decorrência da importação. 1 Mudéjar – técnica cerâmica onde são desenvolvidos desenhos geométricos e vegetalistas nos azulejos.
  • 10. 10 2.2 O azulejo em Portugal Em Portugal, o azulejo, foi um importante suporte de expressão artística por mais de cinco séculos, onde ele é mais do que um elemento decorativo de pouco valor. Nele se reflete sua história e o gosto de cada época. No século XVI a fabricação de azulejos parecia ter acabado na Espanha, foi então, que através de Sevilha a azulejaria começou a se desenvolver em Portugal. Os Portugueses começaram a fabricá–los ao seu modo, com a função decorativa, enfeitando e recobrindo fachadas e interiores de residências e igrejas. Suas formas de produção eram artesanal, manufatureira e industrial. Os azulejadores surgiram no século XVII, e foi a partir deste ano que eles começaram a criar suas próprias estampas, ficando assim, livres de qualquer influência. Alcântara (2001) fala do importante papel que a gravura teve na história dos azulejos. Em Portugal, pintores de azulejos baseavam-se nessas gravuras para realizarem suas composições. Registravam sobre os trajes típicos, os penteados, os músicos e seus instrumentos. Estes desenhos podem ser vistos em azulejos que serviram de suporte a essas gravuras. Com o terremoto de 1755, Lisboa foi parcialmente destruída. Segundo Alcântara (1980), foi necessário organização e simplificação da produção de materiais de construção para a reconstrução da cidade. O azulejo passou por uma adaptação para se adequar à industrialização. A partir de 1915 as fábricas começam a surgir em Portugal. Até meados de 1865 foram criadas dez novas fábricas de cerâmica. Desde o aumento da produção de azulejos em Portugal, este se mostra em função decorativa, mudando as paisagens das cidades. O azulejo foi utilizado em outros países europeus, mas nenhum assume a posição de destaque no universo artístico nacional, a abrangência de aplicação e a quantidade de produção atingida em Portugal. Ele é uma das expressões características das artes decorativas portuguesas e um dos elementos claramente identificadores da linguagem estética nacional. Podemos encontrar diversos processos de pintura nos azulejos. A técnica de compartimento é onde cada uma das divisões de um azulejo recebe a aplicação
  • 11. 11 de uma cor esmaltada, impedindo a tinta de escorrer durante o cozimento; na técnica da corda seca (Fig. 1) são feitos sulcos em que se enchem de óleo de linhaça e manganês destacando as divisões de cada compartimento, evitando que as cores se misturem. Fig.1 – Azulejos de corda-seca: Sala das Pegas. Fonte: www.pnsintra.imc-ip.pt Na técnica de aresta são feitos moldes de madeira ou metal gravados com os desenhos a serem pressionados sobre o barro fresco, fazendo assim a separação dos esmaltes (Fig. 2). O efeito visual é semelhante ao da corda seca.
  • 12. 12 Fig. 2 – Azulejos de aresta: Capela Palatina. Fonte: www.pnsintra.imc-ip.pt A técnica majólica ou maiólica é aquela que permite a pintura direta sobre a peça já cozida (Fig. 3). Fig. 3 – Azulejos da técnica majólica ou maiólica. Fonte: www.canstockphoto.com.br Em relação aos azulejos que são usados na decoração existem os de caixilho, padrão, tapete, de figura avulsa e os painéis figurados. Este será estudado mais detalhadamente para a realização da obra final.
  • 13. 13 2.3 A introdução da azulejaria no Brasil A arte da azulejaria foi transferida por Portugal para a maioria dos países que colonizou, entre eles, o Brasil. O uso do azulejo ultrapassou os limites da própria peça para se apresentar integrado com a arquitetura e o urbanismo. O azulejo chegou ao Brasil junto com as demais artes (pintura, escultura), e foi transportado para nós o mesmo gosto, a mesma técnica e os mesmos materiais de Portugal. O século XVIII foi um período de grande exportação dos produtos portugueses para o Brasil, foi nesse século que o Brasil tornou-se grande provedor de Portugal. Este proporcionou ao Brasil um grande aumento no seu patrimônio artístico e a presença da azulejaria portuguesa foi muito significativa. Para Simões (1965), nesse período do século XVIII, o azulejo estava presentemente ligado à arquitetura. Ele, que estava se tornando indispensável como elemento decorativo, encontrava outras razões para sua grande aceitação aqui no Brasil. O clima quente e úmido do litoral brasileiro que dificultava a conservação e impermeabilização levou os construtores deste século a fazerem uso do azulejo. Nesse período, o uso do azulejo na arquitetura foi confirmado como uma tendência normal e tipicamente brasileira. Seu uso era constante em cozinhas e banheiros (Fig. 4). Fig. 4 – Imagem de azulejo em banheiro. Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br
  • 14. 14 Durante este século, houve grande variedade de estilos de desenhos e pinturas em azulejos que refletiam os gostos contemporâneos. Segundo Cavalcanti (2002) as cidades que mais receberam as fachadas azulejadas foram Belém, São Luís, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre (Fig. 5). Fig.5 – Fachada azulejada em São Luís / MA. Fonte: theurbanearth.wordpress.com Quando o Brasil deixa de ser colônia e vira república, as novas fachadas do ecletismo privilegiam a ornamentação em relevo dos estuques, não usando mais o recobrimento de azulejos. No entanto, o período neocolonial, trouxe de volta a particularidade brasileira de se revestirem as fachadas com azulejos. Em 1936, Le Corbusier incentivou o sistema onde a arquitetura deveria relacionar-se com as artes plásticas. Foi a partir daí que arquitetos começaram a trabalhar com artistas. A utilização de painéis era pensada desde o início da obra arquitetônica. O painel artístico é uma arte que visa à acessibilidade da população. São obras executadas diretamente em paredes e estão profundamente vinculadas à
  • 15. 15 arquitetura. É uma forma de levar a arte ao povo onde todos têm a possibilidade de vê-los. Em boa parte dos edifícios da arquitetura moderna, a cerâmica foi usada nas fachadas em forma de painéis figurativos. Dentre eles o Clube de Regatas Vasco da Gama, Fundação Oswaldo Cruz, colégio do Conjunto Residencial Pedregulho e o prédio do MES (Ministério de Educação e Saúde), no Rio de Janeiro; Praça 19 de dezembro, em Curitiba; Igreja São Francisco de Assis na Pampulha, em Belo Horizonte e Orfanato em Cataguases, MG. Os artistas envolvidos eram Cândido Portinari, Burle Marx, Paulo Rossi Osir, Poty, Anísio Medeiros, Jenner Augusto, Djanira, Abelardo da Hora e Corbiniano Lins (MORAIS, 1990). Além do uso do azulejo, Le Corbusier recomendou o uso de outras artes, como pintura e escultura. A sede do MES (Ministério de Educação e Saúde) foi premiada com obras de artes de grandes artistas: Cândido Portinari (murais no gabinete do ministro e desenho de azulejos), esculturas de Celso Antônio, Bruno Giorge, Jacques Lipchitz e os jardins de Burle Marx. Portinari realizou também outros painéis em azulejos, como o painel criado para a igreja de São Francisco de Assis, na Lagoa da Pampulha / BH, encomendado por Oscar Niemeyer, sendo considerada sua obra mais importante (Fig. 6). Fig. 6 – Painel de azulejos na Igreja de São Francisco de Assis. Artista: Cândido Portinari Local: Lagoa da Pampulha / BH Fonte: www.panoramio.com
  • 16. 16 O interior da igreja também tem obras de Portinari. O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombou a igreja como patrimônio da nação brasileira, para evitar que a obra fosse destruída ou retirada dali (MORAIS, 1988). O ginásio esportivo da escola Edmundo Bittencourt, do residencial do Pedregulho, no Rio de Janeiro, recebeu um painel de Portinari na sua parede externa, cujo tema é: os jogos infantis (Fig. 7 e 8). Fig. 7 – Painel de azulejos no ginásio esportivo. Artista: Cândido Portinari Local: Rio de Janeiro / RJ Fonte: www.ceramicanorio.com Fig. 8 – Detalhe do painel.
  • 17. 17 Na fachada da sede da Associação Civil Clube, em Juiz de Fora, onde teria sido provavelmente a última obra de Portinari (Fig. 9). Fig. 9 – Painel de azulejos na Associação Civil Clube. Artista: Cândido Portinari Dimensão: 435x795 cm Local: Juiz de Fora / MG Fonte: portaldoprofessor.mec.gov.br Portinari criou também outros painéis em obras de Oscar Niemeyer como no Iate Clube da Pampulha ou residências no Brasil e no exterior. Oscar Niemeyer é um dos principais inovadores da arquitetura brasileira, e é um dos arquitetos que solicitava com frequência a colaboração de artistas em suas obras. Ele é o arquiteto mais lembrado quanto ao tema síntese das artes. Segundo Morais (1988) “a retomada do azulejo é contemporânea ao esforço do modernismo brasileiro em atualizar e redescobrir nossas raízes culturais, uma renovação dentro da tradição”. O projeto para a criação da cidade de Brasília se diferencia por se preocupar com a integração arte e arquitetura. Artistas como Athos Bulcão (1918-2008) e Burle Marx (1909-1994) participaram da criação da cidade junto com o urbanista Lúcio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer. Para Cavalcanti (2007), houve um perfeito entrosamento entre os desenhos de Costa, os prédios de Oscar Niemeyer e
  • 18. 18 os artistas convocados para realizarem as esculturas públicas. Concretizando o ideal modernista de fusão entre arquitetura, urbanismo e artes plásticas. Em 1945, a convite de Cândido Portinari, Athos Bulcão trabalhou como assistente na execução do painel de São Francisco de Assis. Após este trabalho, estagiou com Portinari, onde aprendeu muitas lições importantes como cor e desenho. No ano de 1957 foi morar em Brasília, a convite de Oscar Niemeyer, para realizar uma série de colaborações em projetos de integração arte / arquitetura. Algumas de suas obras foram: os painéis de azulejo na Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima, da 308 – Sul (Fig.10), nos Palácios do Itamaraty (Fig.12) e da Alvorada, no Brasília Palace, no Congresso Nacional, no Panteão da Pátria e no Palácio Jaburu. Fig. 10 – Painel de azulejos na Igrejinha Nossa senhora de Fátima. Artista: Athos Bulcão. Dimensão: 525x3945 cm Local: Brasília / DF Fonte: claudiaveiroarte.blogspot.com
  • 19. 19 Fig. 11 – Detalhe do painel. Fonte: fundathos.org.br Fig. 12 – Painel de azulejos no Palácio do Itamaraty. Artista: Athos Bulcão. Local: Brasília / DF Ano: 1982 Fonte: fundathos.org.br
  • 20. 20 Entre 1971 e 1972, a convite de Oscar Niemeyer, desenvolveu vários projetos na África e Europa com obras de arte / arquitetura (Fig. 13). Em 1989, começou sua luta contra o mal de Parkinson. Em 1990, Eduardo Cabral foi o idealizador e fundador da Fundação Athos Bulcão2 . Sua luta contra a doença terminou em 31 de Julho de 2008, data do seu falecimento. Athos Bulcão trabalhava com o arquiteto e a equipe desde o momento da definição do espaço da obra na planta. Fig. 13 – Painel de azulejos na Sede da Editora Mondadori. Artista: Athos Bulcão. Local: Milão / Itália Ano: 1971 Fonte: fundathos.org.br Athos Bulcão transfere para sua criação as qualidades de seu caráter: afabilidade e cordialidade. Seus painéis de azulejos cumprem função especial em Brasília – cidade, às vezes, inóspita: aproximam, dialogam, oferecem sombra, proporcionam bem estar; não são colocados para preencher algum espaço não resolvido, são pensados desde o início do projeto do edifício (MORAIS, 1998). Em seus painéis o desenho sempre está no limite da peça, a combinação dos módulos é aleatória, porém mantém certa uniformidade nas cores e formas. Seu tema são formas abstratas com motivos geométricos, formas, curvas e semicírculos, existem poucos motivos com figurativo estilizado. 2 www.fundathos.org.br
  • 21. 21 2.4 A fauna sul-mato-grossense A fauna do Estado de Mato Grosso do Sul é riquíssima. O pantanal do nosso Estado é considerado a região com maior densidade faunística das Américas. Segundo dados do Globo Repórter (27/05/2011), estima-se que há na região pantanal 665 espécies de aves, 405 de peixes, 95 mamíferos, 162 espécies de répteis, 40 espécies de anfíbios, e dentre os insetos, são mais de mil espécies de borboletas. Mesmo assim não é um número fechado, pois a natureza está em constante crescimento. Alguns animais estão ameaçados de extinção, é o caso da arara azul. Outros estão em extinção em outras regiões do país, porém aqui apresentam grandes populações, é o caso da capivara, tamanduá bandeira, tamanduá mirim, veado mateiro, lobinho e outros. Outra grande riqueza do nosso Estado são os rebanhos bovinos e equinos. 2.5 Artistas sul-mato-grossenses Aqui em Campo Grande alguns artistas retratam a fauna em seus trabalhos, mas sua representação é feita em outro suporte. O artista Cleir Ávila Ferreira3 retrata a fauna sul-mato-grossense em pinturas feitas nas laterais de altos edifícios do nosso Estado, fazendo a integração arte / arquitetura. Ele é um artista autodidata e pinta profissionalmente desde os 18 anos. Iniciou com influência hiperrealista, onde seu principal tema é a natureza pantaneira. Seu trabalho mural nas laterais dos edifícios de Campo Grande começou com “Onça Pintada” (50 m de altura e 220 m²) (Fig. 14). Outro mural foi: “Tuiuiús” (40 m de altura e 300 m²) (Fig.15). Além de outras obras em edifícios (Fig. 16 e 17). Também produz esculturas em grandes tamanhos com a mesma temática. A obra “Monumento das Araras” (Fig. 18) tem 10 m de altura. No interior do Mato Grosso do Sul são encontradas diversas obras do artista. 3 www.artenossaterra.xpg.com.br
  • 22. 22 Fig.14 – Painel “Onça Pintada”. Artista: Cleir Ávila. Dimensão: 50m de altura Local: Campo Grande Fotografia: Fernanda Arruda
  • 23. 23 Fig. 15 – Painel “Tuiuiús”. Artista: Cleir Ávila. Dimensão: 40m de altura Local: Campo Grande Fotografia: Fernanda Arruda
  • 24. 24 Fig. 16 – Painel “Arara Azul”. Artista: Cleir Ávila. Dimensão: 430m² Local: Campo Grande Fotografia: Fernanda Arruda
  • 25. 25 Fig. 17 – Painel “Arara Vermelha”. Artista: Cleir Ávila. Local: Campo Grande Fotografia: Fernanda Arruda
  • 26. 26 Fig. 18 - “Monumento das Araras”. Artista: Cleir Ávila. Dimensão: 10m de altura Fonte: Cayres, SMF Outro artista reconhecido aqui é Humberto Espíndola. Suas pinturas são feitas em telas onde o tema retratado são principalmente os rebanhos bovinos. Segundo Figueiredo (1979), ela fala que o artista apropriou e recriou toda uma simbologia histórica e mágica da bovinocultura, e que não se conteve apenas ao quadro de cavalete. Utilizou os mais diversos materiais, passou do óleo sobre tela a tela de arame, desta ao arame farpado, ao ferro, à faca e à marca. Humberto Espíndola também realiza essa integração arte / arquitetura. Uma de suas obras públicas foi o painel no Palácio Paiaguás – Centro Político Administrativo em Cuiabá (Fig. 19). Aqui no Mato Grosso do Sul há um painel externo no Edifício Salim Kassar, em Corumbá (Fig. 20).
  • 27. 27 Fig. 19 – Palácio Paiáguas. Artista: Humberto Espíndola. Dimensão: 371m² Local: Cuiabá / MT Ano: 1975 Fonte: Portal Humberto Espíndola4 Fig. 20 – Painel “Bovinocultura”. Artista: Humberto Espíndola. Dimensão: 800m² Local: Corumbá / MS Ano: 2006 Fonte: Portal Humberto Espíndola 4 www.humbertoespindola.com.br
  • 28. 28 3 METODOLOGIA 3.1 Processos de criação dos protótipos 1º Etapa: Para a apresentação da pré-banca foi proposto, pela orientadora Maria Alice, a realização de três protótipos da obra final. Para esta produção os animais escolhidos foram o tucano, a arara azul e o tuiuiú. Passei então para o projeto gráfico, onde o desenho realizado foi produzido no reticulado do quadrado, ou seja, em azulejos (Fig. 21, 22 e 23). Fig. 21 - Projeto gráfico. Fig. 22 - Projeto gráfico.
  • 29. 29 Fig. 23 – Projeto gráfico. Após a finalização dos projetos gráficos foi iniciada a abertura das mantas para cortar a quantidade necessária de placas para os protótipos. Cada protótipo é composto por doze placas na medida de 5 x 5 cm. A massa cerâmica usada foi a Marfim, produzida pelo geólogo Paschoal Giardulo. A escolha desta massa foi por apresentar cor clara após a queima. O desenho do projeto gráfico foi aplicado sobre a placa ainda úmida. O processo de secagem foi em cima de placas de gesso, para que houvesse lenta absorção da água (Fig. 24). Fig. 24 - Processo de secagem das placas. Após a secagem das placas elas foram para a primeira queima a 850ºC. Ao saírem do forno (queima de biscoito) foi realizada a coloração dos azulejos com corante mineral (baixo esmalte / BV) (Fig. 25).
  • 30. 30 Fig. 25 - Azulejos coloridos com corante mineral (BV). Para a fixação dos corantes minerais todos os azulejos foram pulverizados com vidrado transparente alcalino, que garante que o corante se fixe na peça. Todos os azulejos devem ficar totalmente cobertos por uma camada fina e uniforme (Fig. 26). Fig. 26 - Azulejos esmaltados. Após a esmaltação eles foram para a segunda queima, a queima do vidrado, na temperatura de 1040ºC em forno elétrico. Para os protótipos a proposta foi de montá-los e rejuntá-los (Fig. 27). Porém após colocar o rejunte fiz algumas observações finais.
  • 31. 31 Fig. 27 - Protótipos queimados e rejuntados. Nos três protótipos a largura do rejunte ficou muito larga; no tuiuiú a cor branca do rejunte não combinou, porém deu destaque ao desenho; na arara azul o tom de azul não era o esperado e o rejunte escureceu muito a peça. A realização destes protótipos foi uma ótima experiência para que os erros não se repitam no projeto final. 3.2 Processos de criação do projeto final 2º Etapa Para a criação dos painéis finais algumas modificações foram realizadas. No processo de criação dos azulejos, primeiramente foi pensado quais seriam os animais que estampariam os painéis. Depois de selecionados foram feitos os projetos gráficos no tamanho final da obra, já dividido por azulejos (Fig. 28, 29, 30, 31 e 32).
  • 32. 32 Fig. 28 – Projeto gráfico das “Garças”. Fig. 29 – Projeto gráfico do “Tuiuiú”.
  • 33. 33 Fig. 30 – Projeto gráfico do “Tucano”. Fig. 31 – Projeto gráfico da “Onça pintada”.
  • 34. 34 Fig. 32 – Projeto gráfico da “Arara”. Após o projeto gráfico dos painéis comecei a produção dos azulejos. Optei pela massa cerâmica Marfim, produzida pelo geólogo Pascoal Giardulo, por ser uma massa plástica para queima entre 800 e 1300ºC e que pode ser usada tanto para moldagem quanto para modelagem, e principalmente por apresentar uma cor clara após a segunda queima, uma vez que a exploração da transparência dos corantes e do vidrado seria a condição básica para os efeitos desejados. A cor de queima vai do marfim claro a 800ºC até marfim a 1200ºC e cinza clara a 1300ºC, quando está totalmente sintetizada. A retração está entre 14 e 16% a 1300 ºC. Na produção dos painéis, o início foi de abertura das mantas para cortar as placas necessárias para a formação dos painéis, cada placa medindo 20 x 20 cm. Após os cortes foram aplicados os desenhos dos projetos em cada placa (Fig. 33, 34, 35, 36 e 37). Cada painel é composto por seis placas, que foram cuidadosamente trabalhadas e secas, de modo a minimizar que o processo de secagem pudesse empená-las, fato muito conhecido dos ceramistas, o desafio da secagem sem que as placas empenem. Resolvi a questão de empenamento acomodando as placas com pesos entre peças com placas de gesso que são porosas, para que houvesse lentamente a absorção da água (Fig. 38).
  • 35. 35 Fig. 33 – “Garças”. Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica. Fig. 34 – “Tuiuiú”. Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica.
  • 36. 36 Fig. 35 – “Tucano”. Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica. Fig. 36 – “Onça pintada” Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica.
  • 37. 37 Fig. 37 – “Arara”. Desenho em baixo relevo sobre as placas úmidas de cerâmica. Fig. 38 – Processo de secagem das peças entre placas de gesso. Após as placas secarem elas foram para a primeira queima a 850ºC em forno elétrico. Ao saírem do forno (queima de biscoito) foi realizada a coloração dos azulejos usando corante mineral (baixo esmalte / BV) (Fig. 39, 40, 41, 42 e 43). As placas foram coloridas uma a uma, e após o término de cada painel foi retirado o excesso com o auxílio de um pincel.
  • 38. 38 Fig. 39 – “Garças”. Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV). Fig. 40 – “Tuiuiú”. Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV).
  • 39. 39 Fig. 41 – “Tucano”. Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV). Fig. 42 – “Onça pintada”. Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV).
  • 40. 40 Fig. 43 – “Arara”. Painel colorido com corantes minerais (baixo esmalte/BV). Para a fixação dos corantes minerais todos os azulejos foram pulverizados com vidrado transparente de chumbo, que garante a transparência incolor. O vidrado faz com que o corante se fixe na peça, uma vez que os corantes não possuem fundentes em sua composição. O vidrado é uma suspensão aguada de materiais insolúveis misturados muito finos, que são aplicados em peças cerâmicas para formar uma cobertura. Quando os materiais são levados a determinadas temperaturas, fundem e quando a peça esfria aparece a camada vítrea. As peças devem ficar totalmente cobertas pelo vidrado, com uma camada fina e uniforme, pois o acumulo de vidrado pode interferir no resultado final da coloração (Fig. 44). Durante o processo de pulverização dos painéis: “Tucano”, “Garças” e “Onça pintada” foi utilizado um pulverizador manual. Para os dois últimos painéis: “Tuiuiú” e “Arara” não havia mais pulverizadores que não entupissem e mãos que aguentassem. Foi então usado um compressor com a pistola de pulverização, que realizou o processo de pulverizar muito mais rápido e prático.
  • 41. 41 Fig. 44 – Peças sendo esmaltadas com pulverizador manual. Após a esmaltação das peças elas foram novamente ao forno para a segunda queima que é a queima do vidrado, na temperatura aproximadamente de 1100ºC, uma vez que a mufla elétrica da oficina de cerâmica encontra-se com problemas no registro de temperatura do pirômetro. Quando as peças saíram do forno constatei que algumas placas dos seguintes painéis: “Tuiuiú”, “Tucano”, “Onça” e “Arara” estavam manchadas com a cor branca. Em um primeiro momento pensei que o fato delas estarem um pouco esbranquiçadas era devido à esmaltação. Depois de relembrar todo procedimento desde a coloração com os corantes minerais, percebi que o motivo era devido ao momento em que foi retirado o excesso do corante com o pincel. Pois um resquício da cor branca estava em cima das devidas placas, o que após colocar o vidrado apenas a fixou mais ainda. Nas fotos a seguir (Fig. 45, 46, 47, 48 e 49) o resultado final dos azulejos.
  • 42. 42 Fig.45 – “Garças”. Painel final esmaltado. Fig. 46 – “Tuiuiú”. Painel final esmaltado.
  • 43. 43 Fig. 47 – “Tucano”. Painel final esmaltado. Fig. 48 – “Onça pintada”. Painel final esmaltado.
  • 44. 44 Fig. 49 – “Arara”. Painel final esmaltado. Como a intenção deste relatório são os painéis artísticos em integração arte / arquitetura, as fotos abaixo (Fig. 50, 51 e 52) mostram como ficaria os painéis inseridos em obras arquitetônicas. Fig. 50 – Painel de azulejos “Arara” em integração arte / arquitetura.
  • 45. 45 Fig. 51 – Todos os painéis inseridos em uma obra arquitetônica. Fig. 52 – Painel de azulejos “Garças” em integração arte/ arquitetura.
  • 46. 46 CONCLUSÃO Durante o desenvolvimento deste trabalho observei como nunca havia observado antes, a beleza que os painéis têm. O contraste que dão ao interagirem com uma obra arquitetônica é muito interessante. Quando comecei o estudo sobre os painéis não tinha muito conhecimento, muito menos que a maioria dos painéis eram usados na integração arte / arquitetura. Ao pesquisar e estudar para desenvolver este trabalho fiquei admirada com tanta beleza. Estava certa do trabalho que queria realizar, porém sabia que seria bem trabalhoso. O tema já estava decidido, sempre quis representar algo que remetesse ao nosso Estado. E o suporte também, seriam os azulejos! Os azulejos foram todos feitos artesanalmente, formando cinco painéis de tamanhos reduzidos representando a fauna sul-mato-grossense. A realização primeiramente dos protótipos serviu para que eu conhecesse melhor os materiais e para fazer eventuais mudanças. Os desenhos foram repensados e alguns animais foram substituídos por outros. Outra alteração foi a retirada do rejunte, o que deu ao painel mais leveza. O resultado final foi satisfatório. As tonalidades obtidas após a queima foram as desejadas. Apenas um pequeno acidente de percurso, imperceptível antes da queima, podendo ser visto somente após a esmaltação. Foi uma experiência muito boa, pois além de saber mais sobre a história de alguns painéis também pude aprender um pouco mais sobre o manuseio da massa cerâmica, seu processo de secagem, de coloração e de queima. Os erros que aconteceram serviram para minha aprendizagem. A intenção dos painéis é fazer a integração arte / arquitetura e com isso levar ao público um pouco da arte da azulejaria em painéis artísticos.
  • 47. 47 REFERÊNCIAS ALCÂNTARA, Dora. Azulejos portugueses em São Luís do Maranhão . Rio De Janeiro: Fontana - Fundaçao Luiz La Saigne, 1980. ______. Azulejo documento de nossa cultura. In: MARIA, Cristina VerezaLodi Dias. (Org.). Patrimônio azulejar brasileiro: aspectos históricos e de conservação. Brasília: Ministério da Cultura, 2001.p. 27-73. AMARAL, Carmem. Azulejaria portuguesa em Belém (PA): História, estética e significado. Disponível em: <http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/azulejaria_portuguesa.pdf > acessado em 14/04/2011 BULCÃO, Athos. Biografia. Disponível em: <http://www.biografia.inf.br/athos- bulcao-artista-plastico.html> acessado em 23/03/2011 CAYRES, Sandra M. F. ; ABREU, Vanja M. Prates. Arte da nossa terra – Cleir Ávila. Disponível em: < http://www.artenossaterra.xpg.com.br/> acessado em 16/06/2011. CAVALCANTI, Caros. História das artes: curso elementar I. Pré história- Antiguidade. Rio de Janeiro: J. Ozon, 1963. ______. O azulejo na arquitetura civil de Pernambuco, século XIX. São Paulo: Metalivros, 2002. CAVALCANTI, Lauro; EL – DAHDAH, Farès. A doce revolução de Oscar Niemeyer. Rio de Janeiro: 19 Design e Editora Ltda, 2007. EGON, Antônio T.; BERG, Maria Sampaio Tavares; SALDANHA DA GAMA, Ségio. Considerações sobre a utilização do azulejo no Brasil. Construção em São Paulo, São Paulo, n. 1296, p. 37, 1972. ENCICLOPÉDIA, Itaú. Azulejo. Disponível em: <http://itaucultural.org.br>. Acessado em 25/04/2011. ENCICLOPÉDIA, Itaú. Artes Aplicadas. Disponível em: http://itaucultural.org.br. Acessado em 25/04/2011.
  • 48. 48 ESPINDOLA, Humberto. Portal Humberto Espíndola. Disponível em: <http://www.humbertoespindola.com.br/> acessado em 17/06/2011 FIGUEIRA, Beto. Azulejaria. Disponível em: <http://azulejosazulejaria.blogspot.com/> acessado em 06/05/2011 FIGUEIREDO, Aline. Artes Plásticas no Centro-Oeste. Cuiabá, Edições UFMT / MACP, 1979. GLOBO, Rede. Pantanal Brasileiro. Disponível em: < http://g1.globo.com/globo- reporter/noticia/2011/05/enchente-fortalece-e-renova-vida-do-pantanal- brasileiro.html> acessado em 28/05/2011 LADEIRA, Leonardo. Patrimônio Histórico. Disponível em: <http://www.rioecultura.com.br/coluna_patrimonio/coluna_patrimonio.asp?patrim_co d=16> acessado em: 23/03/2011 MANCINI, Alexandre. Painéis. Disponível em: <http://alexandremancini.tumblr.com/> acessado em 08/05/2011 MORAIS, Frederico. Azulejaria Contemporânea no Brasil – Volume II. São Paulo: Editoração Publicações e Comunicações Ltda, 1988. ______. Azulejaria Contemporânea no Brasil – Volume II. São Paulo: Editoração Publicações e Comunicações Ltda, 1990. ______. Humanizador dos espaços de Brasília. Jornal de Brasília, Brasília, 2 jul. 1998. Edição extra: Athos Bulcão 80 anos. SIMÕES, João Miguel dos Santos. Azulejaria portuguesa no Brasil (1500-1822). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1965.
  • 49. 49 Fernanda Zomkowski Corrêa de Arruda DADOS PESSOAIS Data de nascimento: 06/12/1985 Campo Grande / MS Celular: (67) 8464-4505 e-mail: fer_zca@hotmail.com FORMAÇÃO ACADÊMICA Curso: Artes Visuais (Bacharelado) Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / UFMS Ano de conclusão: 2011 Duração normal do curso em anos: 4 anos Curso: Arquitetura e Urbanismo – Incompleto Universidade: UNIDERP Situação: Trancado com dois anos cursados EXPERIÊNCIA  Estágio Extra-Curricular nas Lojas Sertão – Setor de Revestimentos ATIVIDADES TÉCNICO-CIENTÍFICAS  Curso avançado de informática de Auto Cad 2000 – Com carga horária total de 30 horas  Curso básico de fotografia – Com carga horária total de 6 horas aula  Curso Avançado de Paisagismo – Com carga horária total de 26 horas aula  Curso Avançado de Tear  Participação da exposição coletiva de escultura: Assemblage / UFMS  Participação da exposição coletiva de escultura: Cabeças / UFMS  Participação da exposição coletiva de escultura: Produção Seriada / UFMS  Participação da exposição coletiva de escultura: Concreto Celular / UFMS  Participação do Ciclo de Debates Arte Agora – Tema: “Sem Fronteiras: O artista do MS fora do MS.” - 2º edição 2010 / SESC
  • 50. 50  Participação do Ciclo de Debates Arte Agora – Tema: “Uma possibilidade de Processo Criativo Coletivo em Dança Contemporânea: ME=MORAR.”- 3º edição 2010 / SESC  Participação do Ciclo de Debates Arte Agora – Tema: “Arte profissão possível: Ex-alunos do Curso de Artes Visuais – UFMS.” - 4º edição 2010 / SESC  Participação do Ciclo de Debates Arte Agora – Tema: Arte Contemporânea na Sala de Aula – Arte na Escola – MS.” – 5º edição 2010 / SESC CONHECIMENTO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA  Inglês: Nível Básico CONHECIMENTO EM INFORMÁTICA  Microsoft Word, Power Point, Internet, Auto Cad 2000, Adobe Photoshop
  • 51. 51 PORTFÓLIO FRAGMENTOS DA FAUNA SUL-MATO-GROSSENSE NA INTEGRAÇÃO ARTE / ARQUITETURA POR MEIO DE AZULEJOS Obra: “Garças”. Artista: Fernanda arruda Técnica: cerâmica Dimensão: 40 cm x 60 cm Ano: 2011
  • 52. 52 Obra: “Tuiuiú”. Artista: Fernanda Arruda Técnica: cerâmica Dimensão: 40 cm x 60 cm Ano: 2011
  • 53. 53 Obra: “Tucano”. Artista: Fernanda Arruda Técnica: cerâmica Dimensão: 40 cm x 60 cm Ano: 2011
  • 54. 54 Obra: “Onça pintada”. Artista: Fernanda Arruda Técnica: cerâmica Dimensão: 60 cm x 40 cm Ano: 2011
  • 55. 55 Obra: “Arara”. Artista: Fernanda Arruda Técnica: cerâmica Dimensão: 40 cm x 60 cm Ano: 2011