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       DIGITALIZAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA DA OFICINA
        GUAIANASES DE GRAVURA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

                     Maria Mercedes Otero1, Vildeane Borba2, Neuman Silva3
              1
                  Professora Adjunta do Departamento de Ciência da Informação, UFPE, Recife, PE
          2
              Professora Assistente do Departamento de Ciência da Informação, UFPE, Recife, PE
                               3
                                   Graduanda em Biblioteconomia, UFPE, Recife, PE

RESUMO

Este trabalho descreve o relato da experiência de Digitalização dos Documentos Históricos da
Oficina Guaianases de Gravura (OGG), apresentando as tecnologias, métodos e os metadados
utilizados, visando a preservação do acervo e sua disponibilização em meio digital na internet,
colaborando para a iniciativa de acesso livre. A metodologia abordada descreve os padrões
adotados para a digitalização dos documentos, sua descrição através da utilização do padrão de
metadados Dublin core e a construção de banco de dados em sua maior parte referencial
disponibilizado no site www.ufpe.br/guaianases. Os resultados apresentam a digitalização de 2202
imagens distribuídas em 27 tipologias documentais. Cerca de 80% do acervo se encontra
disponibilizada em banco de dados referencial e 20% em banco de dados com suas respectivas
imagens. Pretende-se com esta iniciativa incentivar projetos replicáveis e comunidades de prática
que desenvolvam pesquisas na área da democratização da informação, colaborando para a
preservação da memória e ampliação do acesso à informação por meio da web.

Palavras-chave: Digitalização; Oficina Guaianases de Gravura; Preservação; Acesso Livre.

ABSTRACT

This paper describes the experience report digitization of Historical Documents Oficina
Guaianases de Gravura (OGG), presenting the technology, methods and metadata used in order
to preserve the collection and its availability in digital media on the internet, adding to the initiative
open access. The methodology discussed describes the standards adopted for the digitization of
documents, their description using the Dublin Core metadata standard and the construction of
database for the most part references on the website www.ufpe.br/Guaianases. The results show a
scan of 2202 images divided into 27 types documentary. About 80% of the collection is available in
database referential and 20% in databases with their respective images. It is intended to
encourage this initiative replicable projects and communities of practice to develop research in the
democratization of information, helping to preserve the memory and increase access to information
through the web.

Keywords: Digitization; Oficina Guaianases de Gravura; Preservation; Open Access.
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1 Introdução


      Este relato de experiência refere-se ao Projeto de Extensão “Digitalização da
documentação histórica da Oficina Guaianases de Gravura” que é o desdobramento de
um Projeto de maior amplitude denominado “Arte e Tecnologia: cuidando da memória”,
financiado pela Petrobrás e concluído em 2008.

                      O projeto “Arte e tecnologia: cuidando da memória” teve como objetivo preservar,
                      conservar e divulgar a coleção de litogravuras da Oficina Guaianases,
                      organizando o arquivo de gravuras e dando tratamento digital ao acervo, para
                      disponibilizá-lo à comunidade acadêmica e ao público em geral. (CARVALHO;
                      OTERO; BARBOSA, 2006, p. 134)


      A Oficina Guaianases de Gravura (OGG) foi uma casa-editora dedicada à prática
de gravura artística, especialmente a litogravura que consolidou-se como uma entidade
produtora de reconhecimento nacional. Dentro da história das artes plásticas
pernambucana, tornou-se um movimento de expressão nacional que durou vinte anos
(1974-1995).
      Em 1995 a Oficina encerrou suas atividades e seus sócios fundadores doaram à
UFPE 2.030 litogravuras produzidas de 1975 a 1995, formando a Coleção Histórica da
Oficina Guaianases de Gravura disponibilizadas na Biblioteca Joaquim Cardoso (BJC) da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no site www.ufpe.br/guaianases.
Acompanhava a doação um arquivo com toda documentação burocrática produzida pela
OGG entre 1979 e 1995. Esta documentação, gerada durante 15 anos e transferida para
a Biblioteca Joaquim Cardozo, agregou mais informações à referida Coleção.
      São aproximadamente 2.202 documentos, divididos em 27 tipologias documentais,
distribuídos em 727 títulos. Esses documentos são frágeis, boa parte se encontra
impressa em papel jornal, o que compromete a conservação e inviabiliza a consulta ao
documento original.
      Partindo do princípio de que a responsabilidade das bibliotecas é preservar e
divulgar seus acervos, o projeto atendeu a duas preocupações básicas: preservação e
difusão. Estas nortearam tanto os princípios de preservação quanto à escolha das
tecnologias digitais e outras mídias, para divulgar eficientemente os documentos.
3




      A preservação, primeira preocupação, foi condição necessária para deter as
alterações e danos em função do tempo, do clima e do manuseio. Tornou-se imperativo a
preservação para aumentar a expectativa de duração do acervo. A difusão, segunda
preocupação do projeto, orientada pela política da democratização da cultura e
universalização do acesso, priorizou, sem desprezar outras mídias, a disponibilização na
Internet de parte da documentação que, divulgada virtualmente, torna-se um instrumento
para a pesquisa, estudo e ensino das artes plásticas.
      Sendo assim dentro da política do Departamento de Ciência da Informação (DCI)
da UFPE, que consiste na preservação da memória através da utilização de
procedimentos tecnológicos, a solução encontrada foi a digitalização para preservação e
a construção de um banco de dados referencial de todos os documentos, para maior
divulgação.
      Este artigo tem o propósito de descrever a experiência de digitalização e
divulgação online da documentação produzida pela OGG, com a finalidade de criar um
instrumento facilitador de pesquisa e produção de trabalhos sobre artes plásticas em
Pernambuco, área carente de estudos, análises e publicações, principalmente no que diz
respeito aos movimentos das artes plásticas do século XX.


2 Revisão de Literatura

      O ambiente global reconfigurou-se no pós-guerra centrando as preocupações no
ambiente da informação, da comunicação e do conhecimento. Uma das marcas deste
período é o fenômeno da explosão documentária que teve como efeito mais evidente a
expansão da produção científica e tecnológica, e conseqüentemente, da elevação do
volume dos registros desta produção. Surge então uma nova ordem mundial centrada nos
processos     de   produção,   controle,   organização,   transformação,   disseminação,
preservação e uso da informação.
      Neste contexto, a tecnologia cumpriu um papel de grande envergadura. A
capacidade viabilizada pela informática de se representar os produtos do conhecimento
em meio digital e ainda, as possibilidades de transmissão e recepção de dados, voz,
4




imagens e uma variedade dos novos conteúdos como livros, imagens em movimento,
música neste novo ambiente, são talvez a marca mais forte deixada pela tecnologia do
século XX.
      Estas inovações acarretaram profundas mudanças que condicionam desde a forma
de se produzir bens e recursos intelectuais, até o modo como os indivíduos e a sociedade
se relacionam. Neste contexto, é visível o crescimento de bibliotecas e acervos em meio
digital com o propósito de facilitar o acesso, gestão e disseminação de informações.
      O desenvolvimento de bancos de dados, bibliotecas digitais ou virtuais e
repositórios possibilita maior agilidade de comunicação, reduzindo esforços, acarretando
a precisão dos resultados obtidos e, sobretudo, ampliando fronteiras nas possibilidades
de acesso e disseminação de informação em todo o mundo. Os avanços tecnológicos
trazem benefícios incalculáveis para o acesso, a disseminação e a preservação da
informação, com o propósito de atender as exigências atuais de acesso e intercâmbio da
informação.
      Neste sentido, o movimento mundial pelo acesso livre à informação, é decorrente
das dificuldades de acesso encontradas pela comunidade científica no modelo tradicional
de publicação, no qual, editores científicos comerciais com os direitos autorais
patrimoniais, atribuem altos preços, além de impor barreiras de permissão sobre
publicações de resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos, o que limita a
visibilidade e a circulação do conhecimento científico. Dessa forma, “o sistema de
comunicação tradicional limita, mais do que expande, a disponibilidade e legibilidade da
maior parte da pesquisa científica” (JOHNSON, 2002).
       Com o advento da Internet e das novas tecnologias de informação e comunicação
tornou-se possível a implantação de repositórios e bibliotecas digitais, resultando numa
queda nos preços de equipamentos de processamento de dados e num interesse
crescente por softwares livre e pelo modelo Open Archives.          “O advento da Web,
entretanto, trouxe uma solução ao seu alcance. É agora possível divulgar os resultados
de investigadores do mundo livremente, sem custos, a todos os outros pesquisadores -
Open Access”. (SWAN, 2008, p. 160).
5




      O movimento em favor do acesso livre à informação científica possibilitou
mudanças de paradigmas na comunicação científica. O termo Open Acess segundo
Ferreira et al (2008) significa “o acesso digital livre para materiais acadêmicos,
principalmente artigos revisados entre os pares, mas também outros tipos de conteúdo
digital que os autores pretendem fazer livremente, disponível para todos os usuários on-
line”. Este novo modelo não contesta os periódicos impressos e assinados, mas defende
que cópias dos resultados de pesquisas científicas financiadas com recursos públicos
possam estar disponíveis para qualquer interessado, sem nenhum custo.
      Juntamente com o Movimento do acesso aberto, outras vertentes defendem a
democratização da informação como é visualizada na iniciativa dos open archives,
arquivos abertos, que surgiu na Convenção de Santa Fé, Novo México, em outubro de
1999. A convenção estabeleceu aspectos objetivando chegar à interoperabilidade, foram
eles a definição de um conjunto mínimo de metadados, a concordância no uso de uma
sintaxe comum XML, para transportar e representar dados e a definição de um protocolo
comum para extrair dados.
      Além da Convenção de Santa Fé, houve outros movimentos importantes em favor
do livre acesso à informação científica. As duas principais declarações sobre o acesso
livre são a Iniciativa do Acesso Livre de Budapeste e a Declaração de Berlim. A primeira
surgiu a partir de uma reunião convocada em Budapeste pelo Open Society Institute
(OSI), em 2001 com o propósito de acelerar o progresso do esforço internacional para
fazer com que os artigos de investigação em toda área acadêmica estivessem disponíveis
de forma gratuita na internet. A Declaração de Berlim, em 2005, defende a idéia de que a
difusão do conhecimento:

                    não [se dá] apenas através do método clássico, mas também, e cada vez mais,
                    através do paradigma do acesso livre via Internet. Nós definimos o acesso livre
                    como uma fonte universal do conhecimento humano e do patrimônio cultural que
                    foi aprovada pela comunidade científica.


      No Brasil, podemos citar o Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre à
Informação Científica que foi lançado pelo IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em
Ciência e Tecnologia), em 2005, promovendo a produção e disseminação da produção
6




científica brasileira em consonância com o paradigma do livre acesso à informação, no
estabelecimento de uma política nacional de acesso livre à informação científica
buscando apoio da comunidade científica.
      O conceito da Iniciativa de Arquivos Abertos representa o anseio da comunidade
científica em formar um fórum aberto para aprimorar o desempenho do atual modelo de
comunicação científica. Ele visa também formar um repositório de informações que
disponibilize na web, de forma pública e gratuita, as contribuições submetidas diretamente
para os autores. (CUNHA; MACCARTHY, 2005, p.34).
      A base da iniciativa é o protocolo OAI-PMH (Open Archives Initiative Protocol for
Metadata Harvesting) que permite compartilhar seus metadados, ou seja, informações
que descrevem o conteúdo dos registros. Os metadados do protocolo seguem o padrão
Dublin Core, um conjunto de quinze elementos essenciais e vinte e sete de refinamento.
      Os participantes da iniciativa são divididos em Provedores de Dados, que mantêm
repositórios de documentos digitais que implementam o protocolo como forma de expor
os metadados de seus documentos, e Provedores de Serviços, que oferecem buscas a
estes metadados ou outros serviços que visam agregar valor à iniciativa.
      A iniciativa OAI (http://www.openarchives.org/) desenvolve e promove padrões de
interoperabilidade entre repositórios digitais que visam facilitar a difusão eficiente de
conteúdos. A OAI constitui, portanto, um marco na área do tratamento e disseminação da
informação em geral e, principalmente, na área da comunicação científica. Essa iniciativa
proporcionou a construção, implantação e manutenção de diversos repositórios de acesso
livre, assim como o surgimento de diversas ferramentas de software para a construção e
manutenção de repositórios.


3 Materiais e Métodos

     O projeto foi desenvolvido na BJC da UFPE, e contempla toda a documentação da
OGG que possui 2.202 documentos. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a
análise documental; digitalização dos documentos, utilizando-se de técnicas de
digitalização como resolução, compressão, tamanho do arquivo, cores, e mídias de
7




gravação; tratamento das imagens, através do software de edição de imagens Adobe
Photoshop CS2; indexação dos trabalhos, utilizando-se o padrão de metadados Dublin
Core e a alimentação dos dados através do CLIO, software livre desenvolvido pelo
Laboratório de Tecnologia do Conhecimento (LIBER) para gestão de acervos, de uso
público e gratuito.
     A análise documental foi realizada através da intervenção fundamental onde foram
analisados e agrupados todos os documentos de acordo com suas características e
dimensões. As características foram analisadas de acordo com sua tipologia documental:
apostila; atas; autorizações e contratos; balancetes; certificados; convites; catálogos;
currículos; documentos funcionais; declarações; lista de endereços, ficha de identificação
e gravuras; fichas de inscrição; fotografias; lista de jornalistas; lista de museus; lista de
materiais; ordem de serviço; pautas de exposição; normas de exposição; propostas de
sócio; recorte de jornal; relação de gravuras; recibos; solicitações; tabelas de impressão,
e a dimensão dos documentos definiu o equipamento indicado para digitalização dos
dados que foi o Scanner. Segundo o Conselho Nacional de Arquivos (2010, p. 6) “a
digitalização [...] é dirigida ao acesso, difusão e preservação do acervo documental” e
pode ser definida como:

                      [...] um processo de conversão dos documentos arquivísticos em formato
                      digital, que consiste em unidades de dados binários, denominadas de bits -
                      que são 0 (zero) e 1 (um), agrupadas em conjuntos de 8 bits (binary digit)
                      formando um byte, e com os quais os computadores criam, recebem,
                      processam, transmitem e armazenam dados. (2010, p.5)

       Em cada projeto de digitalização de acervos é necessário que se definam os
requisitos e diretrizes básicas de qualidade de imagem antes de sua execução. O intuito
principal desta pesquisa se vincula a importância da democratização da informação, com
o propósito de prover subsídios para o acesso.
       Neste sentido foram determinados requisitos de digitalização de imagens quanto a
sua resolução, profundidade de bits, compressão de formato de imagem, conversão,
armazenamento, descrição dos dados e alimentação em banco de dados. Todo o
processo de digitalização foi realizado em Scanners semi profissionais, com resolução de
300 d.p.i – dots per inch, ou (pontos por polegada), colorido.
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      O processo de descrição dos dados foi realizado através da utilização do
metadados Dublin Core no Sistema CLIO. O padrão de metadados Dublin Core é um
padrão capaz de descrever diversificadas coleções documentais que vão de acervos
arquivísticos e bibliográficos até objetos tridimensionais e eventos. O Dublin Core é um
padrão de metadados mantido pela Dublin Core Metadata Initiative e suas especificações
são autorizadas pelos padrões ISO 15836-2003 e NISO Z39.85-2001, que autorizam a
descrição documental com qualidade.
      O nome "Dublin" se refere a Dublin, Ohio, U.S., onde o trabalho se originou de um
workshop sediado em 1995 pela Online Computer Library Center (OCLC) e o termo
"Core" se refere ao fato de que o conjunto de elementos de metadados é uma lista básica,
mas expansível. Uma de suas características é a simplicidade na descrição dos recursos,
permitindo seu uso por não especialistas, o entendimento semântico universal dos
elementos e seu escopo internacional e extensível, com o intuito de atender as
especificidades de diferentes contextos e a customização de elementos.
      Criado sob o amparo da Universidade Federal de Pernambuco e vinculado e
formado por pesquisadores do seu Departamento de Ciência da Informação, o
Laboratório LIBER – Tecnologia do Conhecimento vem desenvolvendo, em ambiente
controlado, ferramentas que permitem o gerenciamento e disponibilização de conteúdos
em formato digital. Seu objetivo é realizar o resgate, a restauração e a digitalização de
documentos, e sua posterior disponibilização através da Internet, tornando cada
computador conectado à rede uma porta sem fronteiras para a memória nacional.
      Dentre seus projetos, o LIBER criou e vem aperfeiçoando um software de gestão
de informação denominado CLIO. Este sistema surgiu a partir de um convênio entre a
Fundação Joaquim Nabuco e a Universidade Federal de Pernambuco, através do LIBER.
      A primeira versão do CLIO foi lançada em 2005 reunindo recursos de recuperação
da informação, descrição em Metadados, e protocolo OAI - Open Archives Initiative. Trata-
se de um software livre desenvolvido com recursos públicos para uso público e gratuito,
com capacidade para gerenciamento de documentos multimídia (texto, imagem, vídeo e
áudio).
9




4 Resultados Parciais/Finais

         O Acervo da Oficina Guaianases de Gravura está constituído de 27 tipologias
documentais realizado através da análise documental e suas respectivas descrições (Ver
Tabela 1). O quantitativo total de folhas digitalizadas foi de 2202 imagens, com um espaço
de aproximadamente 68GB para armazenamento de dados (Ver tabela 2).
      A documentação foi descrita na sua totalidade, complementando o bando de dados da
OGG, através do site www.liber.ufpe.br/guaianases. Apenas 20% do acervo está
disponibilizado com suas respectivas imagens, e 80% está descrito referencialmente no
banco de dados em razão dos direitos autorais, ficando sua consulta digital e impressa
disponibilizada na Biblioteca Joaquim Cardoso no Centro de Artes de Comunicação da
UFPE.
         Os metadados utilizados foram descritos de acordo o padrão Dublin Core e
abrangeram Titulo, Criador (Autor), Assunto, Resumo, Palavras-chave, lugar, data,
descrição, extensão, formato e proveniência. (Ver Tabela 3).


                           Tabela 1: Tipologia Documental X Descrição da Documentação da OGG

          TIPOLOGIA                                                             DESCRIÇÃO
 1
                          Apostila com normas e práticas da Litogravura dando exemplo de técnicas aplicadas e como executar o processo de
       Apostilas          polimento, e materiais utilizados neste procedimento.
 2
       Atas               Atas de freqüência de alunos nos cursos de Pintura oferecidos pela OGG.
 3
                          Autorizações de diversas naturezas, desde a dispensa de funcionários, doação de alguma gravura pela OGG, retirada de
       Autorizações e     dinheiro por funcionário não pertencente a tesouraria para fins de compra de material à contratos com artistas na
       Contratos          participação no desenvolvimento de exposições.
 4
       Balancetes         Balancete das contas pertencentes a OGG, com título da conta, saldo atual e anterior, débito, depósito e crédito.
 5                        Catálogos de exposições realizadas pela OGG, com imagens e escritos sobre cada exposição. Alguns convites foram
       Catálogos          encontrados.
 6
       Certificados       Certificados de cursos realizados por pessoas na OGG, em iniciações e práticas da Litogravura.
 7
       Currículos         Currículos de artistas pertencentes a OGG, com descrição de todas as obras, exposições e pinturas realizados por eles.
 8     Declarações e      Sobre retirada, posse de material de litogravura, participação no quadro de sócio da OGG, como também comunicados de
       Comunicados        estágios realizados pela OGG.
 9     Documentação de    Documentação de admissão e demissão dos funcionários da OGG, contendo, cadastro, exames, raio x, depósito em contas
       Funcionários       do INSS.
 10    Endereços          Relação de todos os artistas participantes da OGG, em ordem alfabética.
 11    Fichas de
       Identificação da   Fichas cadastrais das gravuras pertencentes ao acervo da OGG, com os campos de autor, título, data, dimensão e papel de
       Gravuras           cada gravura.
10




12
                                Fichas com: nome,endereço, profissão, experiência e como o participante tomou conhecimento dos cursos oferecidos pela
     Fichas de Inscrição        OGG.
13
                                Fotografias de exposições, de artistas em atuação, de pessoas ligadas aos mesmos, algumas com dedicatórias, outras
     Fotografias                apenas com data e local, ou como foram feitas as peças reproduzidas nas fotografias.
14   Licença do                 Vário boletos de pagamento de licença de funcionamento da OGG. Todos datados, carimbados e com valores referentes a
     Funcionamento              cada mês.
15   Listas de Jornalistas e    Listagem de jornalistas do estado de Pernambuco e outros estados com nome, endereço e telefones de cada e dos museus
     Museus                     de Pernambuco em ordem alfabética por municípios.
16   Lista de Materiais
     Diversos                   Lista com nome de artistas tendo ao lado materiais utilizados por ele e listas com nomes e valores manuscritas.
17
                                Correspondências de variada natureza desde o nascimento do filho de um artista participante da OGG, à acontecimentos
     Ofícios e                  ocorridos nas oficinas da OGG, ofícios com regulamentos de exposições e notificando o envio de algo, como catálogos
     Correspondências           para algum artista ou funcionário da OGG.
18
     Ordens de Serviços         Serviços realizados nas oficinas e sede da OGG, pela Celpe, Compesa e outros órgãos.
19
     Pautas de Exposições       Pautas com a relação de artistas, obras e o que se realizaria durante cada exposição.
20   Planilhas de Edição,
     Editais e Normas de
     Exposição                  Várias ordem de serviços com o nome de cada artista, formato da obra, cópias, cor e valor de cada processo realizado.
21                              Proposta de se associar a OGG, assinada e datada pelo respectivo artista, com dados e endereço do mesmo. Seguindo a
     Propostas de Sócios        indicação de cada.
22   Recibos                    Vários recibos datados e carimbados, Relação anual de informação sociais (RAIS). Todos ordenados por datas.
23                              Recortes em sua maioria de exposições realizadas pela OGG, de artistas participantes, e artigos citando a OGG e suas
     Recortes de Jornais        funções.
24
     Relação de Gravuras        Relação de gravuras doadas ou dadas como brindes em exposições a OGG, por artistas participantes. Sendo conferidas e
     doadas e Brindes           assinadas pelo conferente.
25   Solicitações e             Solicitações, termos de responsabilidades, de algum órgão a OGG, referente a diversos assuntos desde o requerimento de
     Declarações                extrato de FGTS à responsabilidade por perdas e roubo ou danos a obras transportadas para exposições.
26
     Tabelas de Impressão       Documentos com regras e normas de tiragens avulsas realizadas pela OGG, com preços estipulados por cada tiragem.
     e Normas de Edição         Também consta documentos com normas e regras para tiragens feitas por artistas participantes da OGG.
27                              Pasta contém depósitos de banco, movimentação de contas referentes a OGG, e relações manuscritas sobre os mesmos
     Movimento de Caixa         movimentos seguindo uma ordem mensal.
                                              Fonte: Tabela elaborada pelas autoras, 2010.


                               Tabela 2: Quantitativo de documentos x espaço de armazenamento da OGG

                                        TIPOLOGIA                                        QUANTIDADE             ESPAÇO ARMAZENADO
      1   Apostilas                                                                           43                      1,21 GB
      2   Atas                                                                                 4                       120 MB
      3   Autorizações e Contratos                                                            43                      1,44 GB
      4   Balancetes                                                                          99                      2,50 GB
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      6   Certificados                                                                        22                       443 MB
      7   Currículos                                                                         252                      7,04 GB
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     11   Fichas de Identificação da Gravuras                                                152                      3,99 GB
     12   Fichas de Inscrição                                                                38                       1,06 GB
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     16   Lista de Materiais Diversos                                                        57                       1,57 GB
     17   Ofícios e Correspondências                                                         145                      5,57 GB
     18   Ordens de Serviços                                                                 62                       3,18 GB
     19   Pautas de Exposições                                                                5                        141 MB
     20   Planilhas de Edição, Editais e Normas de Exposição                                  75                      3,85 GB
11




    21  Propostas de Sócios                                                         116                  5,67 GB
    22  Recibos                                                                      65                  3,63 GB
    23  Recortes de Jornais                                                          83                  4,06 GB
    24  Relação de Gravuras doadas e Brindes                                         8                   354 MB
    25  Solicitações e Declarações                                                   8                   425 MB
    26  Tabelas de Impressão e Normas de Edição                                      51                  2,69 GB
    27  Movimento de Caixa                                                          131                  3,13 GB
    TOTAL                                                                          2.202                 68,47GB
                                          Fonte: Tabela elaborada pelas autoras, 2010.


                            Tabela 3: Metadados utilizados na descrição do acervo da OGG
        METADADOS                    TIPO                                      DEFINIÇÃO
  Título                             Básico       Título dado documento.
  Criador (Autor)                    Básico       Responsável pela produção do conteúdo do recurso.
  Assunto                            Básico       Assunto do conteúdo do objeto digital.
  Resumo                          Refinamento     Resumo do conteúdo do trabalho.
  Palavras-chave                       -          Termos indexadores sobre o conteúdo do trabalho.
  Lugar                              Básico       Lugar onde o recurso foi editado.
  Data                               Básico       Data associada com a criação ou disponibilização do objeto digital.
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                                                  documento, como estado físico.
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  Proveniência                     Refinamento        Informação sobre modificações na posse ou custódia do trabalho desde
                                                      sua criação. Estas informações são significantes para sua autenticidade,
                                                      integridade e interpretação.
                                         Fonte: Tabela elaborada pelas autoras, 2010.



5 Considerações Parciais/Finais

       Devido ao desenvolvimento das tecnologias de informação, o sistema de
comunicação foi se transformando. Cada vez mais sente-se a necessidade do acesso à
informação de forma rápida e segura. O surgimento do periódico científico eletrônico foi o
início das transformações no sistema formal de comunicação científica.
       Atualmente, o movimento do livre acesso ao conhecimento tem sido foco de grande
interesse de diversas áreas do conhecimento, principalmente da Ciência da Informação. A
Iniciativa do Acesso Livre de Budapeste, a Declaração de Berlim e o Manifesto Brasileiro
de Apoio ao Acesso Livre à Informação Científica, são exemplos desse interesse mundial.
       Essas iniciativas, baseadas no protocolo OAI-PMH, proporcionaram a construção,
implantação e manutenção de diversos repositórios de acesso livre, assim como o
surgimento de diversas ferramentas de software para a construção e manutenção de
repositórios.
       Considera-se que a digitalização é uma ferramenta tecnológica que contribui e
12




facilita o acesso e a divulgação de documentos, contribuindo para o acesso aberto e a
democratização da informação em meio digital. Neste sentido, deve-se levar em
consideração a preservação digital através da formulação de diretrizes, modelos
conceituais e práticos, a fim de minimizar os efeitos da obsolescência tecnológica e a vida
útil de suportes físicos digitais garantindo a perenidade de informações e tornado-as
acessíveis para futuras gerações.


6 Referências

CARVALHO, M. A.; OTERO, M. M. D. F.; BARBOSA, J. P. Acesso e preservação da “Coleção
Oficina Guaianases de Gravura”. Inf. & Soc.:Est., v.16, n.2, p.133-137, jul./dez. 2006.


CONARQ. Recomendações para digitalização de documentos arquivísticos permanentes. 2010.
Disponível                                             em:                                            <
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/recomendaes_para_a_digitalizao.pdf
>. Acesso em: 10 maio 2010.


CUNHA, Murilo Bastos da; McCarthy, Cavan. Estado atual das bibliotecas digitais no Brasil. In:
MARCONDES, Carlos H. (Org.) et al. Bibliotecas Digitais: saberes e práticas. Salvador, Brasília:
UFBA; IBICT, 2005. p. 25-53.


FERREIRA, M. et al. Carrots and Sticks: Some Ideas on How to Create a Successful Institutional
Repository.    D-Lib    Magazine,     v.   14,    n.1/2,     Jan./Fev.   2008.   Disponível     em:   <
http://www.dlib.org/dlib/january08/ferreira/01ferreira.html>. Acesso em: 05 mar. 2010.

JOHNSON, Richard K. Partnering with faculty to enhance scholarly communication. D-Lib
Magazine, v. 8, n. 11, nov. 2002. Disponível em:
http://www.dlib.org/dlib/november02/johnson/11johnson.html. Acesso em: 23 mar. 2010.

SWAN, A. Why Open Access for Brazil? Liins em Revista, v. 4, n. 2, 2008. Disponível em:
<http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/article/viewFile/279/166>. Acesso em: 20 abr. 2010.

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Publicação sobre Guainases de Gravuras

  • 1. 1 DIGITALIZAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA DA OFICINA GUAIANASES DE GRAVURA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Maria Mercedes Otero1, Vildeane Borba2, Neuman Silva3 1 Professora Adjunta do Departamento de Ciência da Informação, UFPE, Recife, PE 2 Professora Assistente do Departamento de Ciência da Informação, UFPE, Recife, PE 3 Graduanda em Biblioteconomia, UFPE, Recife, PE RESUMO Este trabalho descreve o relato da experiência de Digitalização dos Documentos Históricos da Oficina Guaianases de Gravura (OGG), apresentando as tecnologias, métodos e os metadados utilizados, visando a preservação do acervo e sua disponibilização em meio digital na internet, colaborando para a iniciativa de acesso livre. A metodologia abordada descreve os padrões adotados para a digitalização dos documentos, sua descrição através da utilização do padrão de metadados Dublin core e a construção de banco de dados em sua maior parte referencial disponibilizado no site www.ufpe.br/guaianases. Os resultados apresentam a digitalização de 2202 imagens distribuídas em 27 tipologias documentais. Cerca de 80% do acervo se encontra disponibilizada em banco de dados referencial e 20% em banco de dados com suas respectivas imagens. Pretende-se com esta iniciativa incentivar projetos replicáveis e comunidades de prática que desenvolvam pesquisas na área da democratização da informação, colaborando para a preservação da memória e ampliação do acesso à informação por meio da web. Palavras-chave: Digitalização; Oficina Guaianases de Gravura; Preservação; Acesso Livre. ABSTRACT This paper describes the experience report digitization of Historical Documents Oficina Guaianases de Gravura (OGG), presenting the technology, methods and metadata used in order to preserve the collection and its availability in digital media on the internet, adding to the initiative open access. The methodology discussed describes the standards adopted for the digitization of documents, their description using the Dublin Core metadata standard and the construction of database for the most part references on the website www.ufpe.br/Guaianases. The results show a scan of 2202 images divided into 27 types documentary. About 80% of the collection is available in database referential and 20% in databases with their respective images. It is intended to encourage this initiative replicable projects and communities of practice to develop research in the democratization of information, helping to preserve the memory and increase access to information through the web. Keywords: Digitization; Oficina Guaianases de Gravura; Preservation; Open Access.
  • 2. 2 1 Introdução Este relato de experiência refere-se ao Projeto de Extensão “Digitalização da documentação histórica da Oficina Guaianases de Gravura” que é o desdobramento de um Projeto de maior amplitude denominado “Arte e Tecnologia: cuidando da memória”, financiado pela Petrobrás e concluído em 2008. O projeto “Arte e tecnologia: cuidando da memória” teve como objetivo preservar, conservar e divulgar a coleção de litogravuras da Oficina Guaianases, organizando o arquivo de gravuras e dando tratamento digital ao acervo, para disponibilizá-lo à comunidade acadêmica e ao público em geral. (CARVALHO; OTERO; BARBOSA, 2006, p. 134) A Oficina Guaianases de Gravura (OGG) foi uma casa-editora dedicada à prática de gravura artística, especialmente a litogravura que consolidou-se como uma entidade produtora de reconhecimento nacional. Dentro da história das artes plásticas pernambucana, tornou-se um movimento de expressão nacional que durou vinte anos (1974-1995). Em 1995 a Oficina encerrou suas atividades e seus sócios fundadores doaram à UFPE 2.030 litogravuras produzidas de 1975 a 1995, formando a Coleção Histórica da Oficina Guaianases de Gravura disponibilizadas na Biblioteca Joaquim Cardoso (BJC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no site www.ufpe.br/guaianases. Acompanhava a doação um arquivo com toda documentação burocrática produzida pela OGG entre 1979 e 1995. Esta documentação, gerada durante 15 anos e transferida para a Biblioteca Joaquim Cardozo, agregou mais informações à referida Coleção. São aproximadamente 2.202 documentos, divididos em 27 tipologias documentais, distribuídos em 727 títulos. Esses documentos são frágeis, boa parte se encontra impressa em papel jornal, o que compromete a conservação e inviabiliza a consulta ao documento original. Partindo do princípio de que a responsabilidade das bibliotecas é preservar e divulgar seus acervos, o projeto atendeu a duas preocupações básicas: preservação e difusão. Estas nortearam tanto os princípios de preservação quanto à escolha das tecnologias digitais e outras mídias, para divulgar eficientemente os documentos.
  • 3. 3 A preservação, primeira preocupação, foi condição necessária para deter as alterações e danos em função do tempo, do clima e do manuseio. Tornou-se imperativo a preservação para aumentar a expectativa de duração do acervo. A difusão, segunda preocupação do projeto, orientada pela política da democratização da cultura e universalização do acesso, priorizou, sem desprezar outras mídias, a disponibilização na Internet de parte da documentação que, divulgada virtualmente, torna-se um instrumento para a pesquisa, estudo e ensino das artes plásticas. Sendo assim dentro da política do Departamento de Ciência da Informação (DCI) da UFPE, que consiste na preservação da memória através da utilização de procedimentos tecnológicos, a solução encontrada foi a digitalização para preservação e a construção de um banco de dados referencial de todos os documentos, para maior divulgação. Este artigo tem o propósito de descrever a experiência de digitalização e divulgação online da documentação produzida pela OGG, com a finalidade de criar um instrumento facilitador de pesquisa e produção de trabalhos sobre artes plásticas em Pernambuco, área carente de estudos, análises e publicações, principalmente no que diz respeito aos movimentos das artes plásticas do século XX. 2 Revisão de Literatura O ambiente global reconfigurou-se no pós-guerra centrando as preocupações no ambiente da informação, da comunicação e do conhecimento. Uma das marcas deste período é o fenômeno da explosão documentária que teve como efeito mais evidente a expansão da produção científica e tecnológica, e conseqüentemente, da elevação do volume dos registros desta produção. Surge então uma nova ordem mundial centrada nos processos de produção, controle, organização, transformação, disseminação, preservação e uso da informação. Neste contexto, a tecnologia cumpriu um papel de grande envergadura. A capacidade viabilizada pela informática de se representar os produtos do conhecimento em meio digital e ainda, as possibilidades de transmissão e recepção de dados, voz,
  • 4. 4 imagens e uma variedade dos novos conteúdos como livros, imagens em movimento, música neste novo ambiente, são talvez a marca mais forte deixada pela tecnologia do século XX. Estas inovações acarretaram profundas mudanças que condicionam desde a forma de se produzir bens e recursos intelectuais, até o modo como os indivíduos e a sociedade se relacionam. Neste contexto, é visível o crescimento de bibliotecas e acervos em meio digital com o propósito de facilitar o acesso, gestão e disseminação de informações. O desenvolvimento de bancos de dados, bibliotecas digitais ou virtuais e repositórios possibilita maior agilidade de comunicação, reduzindo esforços, acarretando a precisão dos resultados obtidos e, sobretudo, ampliando fronteiras nas possibilidades de acesso e disseminação de informação em todo o mundo. Os avanços tecnológicos trazem benefícios incalculáveis para o acesso, a disseminação e a preservação da informação, com o propósito de atender as exigências atuais de acesso e intercâmbio da informação. Neste sentido, o movimento mundial pelo acesso livre à informação, é decorrente das dificuldades de acesso encontradas pela comunidade científica no modelo tradicional de publicação, no qual, editores científicos comerciais com os direitos autorais patrimoniais, atribuem altos preços, além de impor barreiras de permissão sobre publicações de resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos, o que limita a visibilidade e a circulação do conhecimento científico. Dessa forma, “o sistema de comunicação tradicional limita, mais do que expande, a disponibilidade e legibilidade da maior parte da pesquisa científica” (JOHNSON, 2002). Com o advento da Internet e das novas tecnologias de informação e comunicação tornou-se possível a implantação de repositórios e bibliotecas digitais, resultando numa queda nos preços de equipamentos de processamento de dados e num interesse crescente por softwares livre e pelo modelo Open Archives. “O advento da Web, entretanto, trouxe uma solução ao seu alcance. É agora possível divulgar os resultados de investigadores do mundo livremente, sem custos, a todos os outros pesquisadores - Open Access”. (SWAN, 2008, p. 160).
  • 5. 5 O movimento em favor do acesso livre à informação científica possibilitou mudanças de paradigmas na comunicação científica. O termo Open Acess segundo Ferreira et al (2008) significa “o acesso digital livre para materiais acadêmicos, principalmente artigos revisados entre os pares, mas também outros tipos de conteúdo digital que os autores pretendem fazer livremente, disponível para todos os usuários on- line”. Este novo modelo não contesta os periódicos impressos e assinados, mas defende que cópias dos resultados de pesquisas científicas financiadas com recursos públicos possam estar disponíveis para qualquer interessado, sem nenhum custo. Juntamente com o Movimento do acesso aberto, outras vertentes defendem a democratização da informação como é visualizada na iniciativa dos open archives, arquivos abertos, que surgiu na Convenção de Santa Fé, Novo México, em outubro de 1999. A convenção estabeleceu aspectos objetivando chegar à interoperabilidade, foram eles a definição de um conjunto mínimo de metadados, a concordância no uso de uma sintaxe comum XML, para transportar e representar dados e a definição de um protocolo comum para extrair dados. Além da Convenção de Santa Fé, houve outros movimentos importantes em favor do livre acesso à informação científica. As duas principais declarações sobre o acesso livre são a Iniciativa do Acesso Livre de Budapeste e a Declaração de Berlim. A primeira surgiu a partir de uma reunião convocada em Budapeste pelo Open Society Institute (OSI), em 2001 com o propósito de acelerar o progresso do esforço internacional para fazer com que os artigos de investigação em toda área acadêmica estivessem disponíveis de forma gratuita na internet. A Declaração de Berlim, em 2005, defende a idéia de que a difusão do conhecimento: não [se dá] apenas através do método clássico, mas também, e cada vez mais, através do paradigma do acesso livre via Internet. Nós definimos o acesso livre como uma fonte universal do conhecimento humano e do patrimônio cultural que foi aprovada pela comunidade científica. No Brasil, podemos citar o Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre à Informação Científica que foi lançado pelo IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), em 2005, promovendo a produção e disseminação da produção
  • 6. 6 científica brasileira em consonância com o paradigma do livre acesso à informação, no estabelecimento de uma política nacional de acesso livre à informação científica buscando apoio da comunidade científica. O conceito da Iniciativa de Arquivos Abertos representa o anseio da comunidade científica em formar um fórum aberto para aprimorar o desempenho do atual modelo de comunicação científica. Ele visa também formar um repositório de informações que disponibilize na web, de forma pública e gratuita, as contribuições submetidas diretamente para os autores. (CUNHA; MACCARTHY, 2005, p.34). A base da iniciativa é o protocolo OAI-PMH (Open Archives Initiative Protocol for Metadata Harvesting) que permite compartilhar seus metadados, ou seja, informações que descrevem o conteúdo dos registros. Os metadados do protocolo seguem o padrão Dublin Core, um conjunto de quinze elementos essenciais e vinte e sete de refinamento. Os participantes da iniciativa são divididos em Provedores de Dados, que mantêm repositórios de documentos digitais que implementam o protocolo como forma de expor os metadados de seus documentos, e Provedores de Serviços, que oferecem buscas a estes metadados ou outros serviços que visam agregar valor à iniciativa. A iniciativa OAI (http://www.openarchives.org/) desenvolve e promove padrões de interoperabilidade entre repositórios digitais que visam facilitar a difusão eficiente de conteúdos. A OAI constitui, portanto, um marco na área do tratamento e disseminação da informação em geral e, principalmente, na área da comunicação científica. Essa iniciativa proporcionou a construção, implantação e manutenção de diversos repositórios de acesso livre, assim como o surgimento de diversas ferramentas de software para a construção e manutenção de repositórios. 3 Materiais e Métodos O projeto foi desenvolvido na BJC da UFPE, e contempla toda a documentação da OGG que possui 2.202 documentos. Os procedimentos metodológicos utilizados foram a análise documental; digitalização dos documentos, utilizando-se de técnicas de digitalização como resolução, compressão, tamanho do arquivo, cores, e mídias de
  • 7. 7 gravação; tratamento das imagens, através do software de edição de imagens Adobe Photoshop CS2; indexação dos trabalhos, utilizando-se o padrão de metadados Dublin Core e a alimentação dos dados através do CLIO, software livre desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia do Conhecimento (LIBER) para gestão de acervos, de uso público e gratuito. A análise documental foi realizada através da intervenção fundamental onde foram analisados e agrupados todos os documentos de acordo com suas características e dimensões. As características foram analisadas de acordo com sua tipologia documental: apostila; atas; autorizações e contratos; balancetes; certificados; convites; catálogos; currículos; documentos funcionais; declarações; lista de endereços, ficha de identificação e gravuras; fichas de inscrição; fotografias; lista de jornalistas; lista de museus; lista de materiais; ordem de serviço; pautas de exposição; normas de exposição; propostas de sócio; recorte de jornal; relação de gravuras; recibos; solicitações; tabelas de impressão, e a dimensão dos documentos definiu o equipamento indicado para digitalização dos dados que foi o Scanner. Segundo o Conselho Nacional de Arquivos (2010, p. 6) “a digitalização [...] é dirigida ao acesso, difusão e preservação do acervo documental” e pode ser definida como: [...] um processo de conversão dos documentos arquivísticos em formato digital, que consiste em unidades de dados binários, denominadas de bits - que são 0 (zero) e 1 (um), agrupadas em conjuntos de 8 bits (binary digit) formando um byte, e com os quais os computadores criam, recebem, processam, transmitem e armazenam dados. (2010, p.5) Em cada projeto de digitalização de acervos é necessário que se definam os requisitos e diretrizes básicas de qualidade de imagem antes de sua execução. O intuito principal desta pesquisa se vincula a importância da democratização da informação, com o propósito de prover subsídios para o acesso. Neste sentido foram determinados requisitos de digitalização de imagens quanto a sua resolução, profundidade de bits, compressão de formato de imagem, conversão, armazenamento, descrição dos dados e alimentação em banco de dados. Todo o processo de digitalização foi realizado em Scanners semi profissionais, com resolução de 300 d.p.i – dots per inch, ou (pontos por polegada), colorido.
  • 8. 8 O processo de descrição dos dados foi realizado através da utilização do metadados Dublin Core no Sistema CLIO. O padrão de metadados Dublin Core é um padrão capaz de descrever diversificadas coleções documentais que vão de acervos arquivísticos e bibliográficos até objetos tridimensionais e eventos. O Dublin Core é um padrão de metadados mantido pela Dublin Core Metadata Initiative e suas especificações são autorizadas pelos padrões ISO 15836-2003 e NISO Z39.85-2001, que autorizam a descrição documental com qualidade. O nome "Dublin" se refere a Dublin, Ohio, U.S., onde o trabalho se originou de um workshop sediado em 1995 pela Online Computer Library Center (OCLC) e o termo "Core" se refere ao fato de que o conjunto de elementos de metadados é uma lista básica, mas expansível. Uma de suas características é a simplicidade na descrição dos recursos, permitindo seu uso por não especialistas, o entendimento semântico universal dos elementos e seu escopo internacional e extensível, com o intuito de atender as especificidades de diferentes contextos e a customização de elementos. Criado sob o amparo da Universidade Federal de Pernambuco e vinculado e formado por pesquisadores do seu Departamento de Ciência da Informação, o Laboratório LIBER – Tecnologia do Conhecimento vem desenvolvendo, em ambiente controlado, ferramentas que permitem o gerenciamento e disponibilização de conteúdos em formato digital. Seu objetivo é realizar o resgate, a restauração e a digitalização de documentos, e sua posterior disponibilização através da Internet, tornando cada computador conectado à rede uma porta sem fronteiras para a memória nacional. Dentre seus projetos, o LIBER criou e vem aperfeiçoando um software de gestão de informação denominado CLIO. Este sistema surgiu a partir de um convênio entre a Fundação Joaquim Nabuco e a Universidade Federal de Pernambuco, através do LIBER. A primeira versão do CLIO foi lançada em 2005 reunindo recursos de recuperação da informação, descrição em Metadados, e protocolo OAI - Open Archives Initiative. Trata- se de um software livre desenvolvido com recursos públicos para uso público e gratuito, com capacidade para gerenciamento de documentos multimídia (texto, imagem, vídeo e áudio).
  • 9. 9 4 Resultados Parciais/Finais O Acervo da Oficina Guaianases de Gravura está constituído de 27 tipologias documentais realizado através da análise documental e suas respectivas descrições (Ver Tabela 1). O quantitativo total de folhas digitalizadas foi de 2202 imagens, com um espaço de aproximadamente 68GB para armazenamento de dados (Ver tabela 2). A documentação foi descrita na sua totalidade, complementando o bando de dados da OGG, através do site www.liber.ufpe.br/guaianases. Apenas 20% do acervo está disponibilizado com suas respectivas imagens, e 80% está descrito referencialmente no banco de dados em razão dos direitos autorais, ficando sua consulta digital e impressa disponibilizada na Biblioteca Joaquim Cardoso no Centro de Artes de Comunicação da UFPE. Os metadados utilizados foram descritos de acordo o padrão Dublin Core e abrangeram Titulo, Criador (Autor), Assunto, Resumo, Palavras-chave, lugar, data, descrição, extensão, formato e proveniência. (Ver Tabela 3). Tabela 1: Tipologia Documental X Descrição da Documentação da OGG TIPOLOGIA DESCRIÇÃO 1 Apostila com normas e práticas da Litogravura dando exemplo de técnicas aplicadas e como executar o processo de Apostilas polimento, e materiais utilizados neste procedimento. 2 Atas Atas de freqüência de alunos nos cursos de Pintura oferecidos pela OGG. 3 Autorizações de diversas naturezas, desde a dispensa de funcionários, doação de alguma gravura pela OGG, retirada de Autorizações e dinheiro por funcionário não pertencente a tesouraria para fins de compra de material à contratos com artistas na Contratos participação no desenvolvimento de exposições. 4 Balancetes Balancete das contas pertencentes a OGG, com título da conta, saldo atual e anterior, débito, depósito e crédito. 5 Catálogos de exposições realizadas pela OGG, com imagens e escritos sobre cada exposição. Alguns convites foram Catálogos encontrados. 6 Certificados Certificados de cursos realizados por pessoas na OGG, em iniciações e práticas da Litogravura. 7 Currículos Currículos de artistas pertencentes a OGG, com descrição de todas as obras, exposições e pinturas realizados por eles. 8 Declarações e Sobre retirada, posse de material de litogravura, participação no quadro de sócio da OGG, como também comunicados de Comunicados estágios realizados pela OGG. 9 Documentação de Documentação de admissão e demissão dos funcionários da OGG, contendo, cadastro, exames, raio x, depósito em contas Funcionários do INSS. 10 Endereços Relação de todos os artistas participantes da OGG, em ordem alfabética. 11 Fichas de Identificação da Fichas cadastrais das gravuras pertencentes ao acervo da OGG, com os campos de autor, título, data, dimensão e papel de Gravuras cada gravura.
  • 10. 10 12 Fichas com: nome,endereço, profissão, experiência e como o participante tomou conhecimento dos cursos oferecidos pela Fichas de Inscrição OGG. 13 Fotografias de exposições, de artistas em atuação, de pessoas ligadas aos mesmos, algumas com dedicatórias, outras Fotografias apenas com data e local, ou como foram feitas as peças reproduzidas nas fotografias. 14 Licença do Vário boletos de pagamento de licença de funcionamento da OGG. Todos datados, carimbados e com valores referentes a Funcionamento cada mês. 15 Listas de Jornalistas e Listagem de jornalistas do estado de Pernambuco e outros estados com nome, endereço e telefones de cada e dos museus Museus de Pernambuco em ordem alfabética por municípios. 16 Lista de Materiais Diversos Lista com nome de artistas tendo ao lado materiais utilizados por ele e listas com nomes e valores manuscritas. 17 Correspondências de variada natureza desde o nascimento do filho de um artista participante da OGG, à acontecimentos Ofícios e ocorridos nas oficinas da OGG, ofícios com regulamentos de exposições e notificando o envio de algo, como catálogos Correspondências para algum artista ou funcionário da OGG. 18 Ordens de Serviços Serviços realizados nas oficinas e sede da OGG, pela Celpe, Compesa e outros órgãos. 19 Pautas de Exposições Pautas com a relação de artistas, obras e o que se realizaria durante cada exposição. 20 Planilhas de Edição, Editais e Normas de Exposição Várias ordem de serviços com o nome de cada artista, formato da obra, cópias, cor e valor de cada processo realizado. 21 Proposta de se associar a OGG, assinada e datada pelo respectivo artista, com dados e endereço do mesmo. Seguindo a Propostas de Sócios indicação de cada. 22 Recibos Vários recibos datados e carimbados, Relação anual de informação sociais (RAIS). Todos ordenados por datas. 23 Recortes em sua maioria de exposições realizadas pela OGG, de artistas participantes, e artigos citando a OGG e suas Recortes de Jornais funções. 24 Relação de Gravuras Relação de gravuras doadas ou dadas como brindes em exposições a OGG, por artistas participantes. Sendo conferidas e doadas e Brindes assinadas pelo conferente. 25 Solicitações e Solicitações, termos de responsabilidades, de algum órgão a OGG, referente a diversos assuntos desde o requerimento de Declarações extrato de FGTS à responsabilidade por perdas e roubo ou danos a obras transportadas para exposições. 26 Tabelas de Impressão Documentos com regras e normas de tiragens avulsas realizadas pela OGG, com preços estipulados por cada tiragem. e Normas de Edição Também consta documentos com normas e regras para tiragens feitas por artistas participantes da OGG. 27 Pasta contém depósitos de banco, movimentação de contas referentes a OGG, e relações manuscritas sobre os mesmos Movimento de Caixa movimentos seguindo uma ordem mensal. Fonte: Tabela elaborada pelas autoras, 2010. Tabela 2: Quantitativo de documentos x espaço de armazenamento da OGG TIPOLOGIA QUANTIDADE ESPAÇO ARMAZENADO 1 Apostilas 43 1,21 GB 2 Atas 4 120 MB 3 Autorizações e Contratos 43 1,44 GB 4 Balancetes 99 2,50 GB 5 Catálogos 318 8,67 GB 6 Certificados 22 443 MB 7 Currículos 252 7,04 GB 8 Declarações e Comunicados 36 1,00 GB 9 Documentação de Funcionários 26 404 MB 10 Endereços 101 2,24 GB 11 Fichas de Identificação da Gravuras 152 3,99 GB 12 Fichas de Inscrição 38 1,06 GB 13 Fotografias 183 1,75 GB 14 Licença do Funcionamento 16 167 MB 15 Listas de Jornalistas e Museus 63 1,68 GB 16 Lista de Materiais Diversos 57 1,57 GB 17 Ofícios e Correspondências 145 5,57 GB 18 Ordens de Serviços 62 3,18 GB 19 Pautas de Exposições 5 141 MB 20 Planilhas de Edição, Editais e Normas de Exposição 75 3,85 GB
  • 11. 11 21 Propostas de Sócios 116 5,67 GB 22 Recibos 65 3,63 GB 23 Recortes de Jornais 83 4,06 GB 24 Relação de Gravuras doadas e Brindes 8 354 MB 25 Solicitações e Declarações 8 425 MB 26 Tabelas de Impressão e Normas de Edição 51 2,69 GB 27 Movimento de Caixa 131 3,13 GB TOTAL 2.202 68,47GB Fonte: Tabela elaborada pelas autoras, 2010. Tabela 3: Metadados utilizados na descrição do acervo da OGG METADADOS TIPO DEFINIÇÃO Título Básico Título dado documento. Criador (Autor) Básico Responsável pela produção do conteúdo do recurso. Assunto Básico Assunto do conteúdo do objeto digital. Resumo Refinamento Resumo do conteúdo do trabalho. Palavras-chave - Termos indexadores sobre o conteúdo do trabalho. Lugar Básico Lugar onde o recurso foi editado. Data Básico Data associada com a criação ou disponibilização do objeto digital. Descrição Básico Descrição do trabalho, que deve incluir informações adicionais ao documento, como estado físico. Extensão Refinamento Tamanho do arquivo como o número de páginas, duração. Formato Básico Formato do arquivo, da mídia física. (PDF, CD, DVD, 300KB, 20MB). Proveniência Refinamento Informação sobre modificações na posse ou custódia do trabalho desde sua criação. Estas informações são significantes para sua autenticidade, integridade e interpretação. Fonte: Tabela elaborada pelas autoras, 2010. 5 Considerações Parciais/Finais Devido ao desenvolvimento das tecnologias de informação, o sistema de comunicação foi se transformando. Cada vez mais sente-se a necessidade do acesso à informação de forma rápida e segura. O surgimento do periódico científico eletrônico foi o início das transformações no sistema formal de comunicação científica. Atualmente, o movimento do livre acesso ao conhecimento tem sido foco de grande interesse de diversas áreas do conhecimento, principalmente da Ciência da Informação. A Iniciativa do Acesso Livre de Budapeste, a Declaração de Berlim e o Manifesto Brasileiro de Apoio ao Acesso Livre à Informação Científica, são exemplos desse interesse mundial. Essas iniciativas, baseadas no protocolo OAI-PMH, proporcionaram a construção, implantação e manutenção de diversos repositórios de acesso livre, assim como o surgimento de diversas ferramentas de software para a construção e manutenção de repositórios. Considera-se que a digitalização é uma ferramenta tecnológica que contribui e
  • 12. 12 facilita o acesso e a divulgação de documentos, contribuindo para o acesso aberto e a democratização da informação em meio digital. Neste sentido, deve-se levar em consideração a preservação digital através da formulação de diretrizes, modelos conceituais e práticos, a fim de minimizar os efeitos da obsolescência tecnológica e a vida útil de suportes físicos digitais garantindo a perenidade de informações e tornado-as acessíveis para futuras gerações. 6 Referências CARVALHO, M. A.; OTERO, M. M. D. F.; BARBOSA, J. P. Acesso e preservação da “Coleção Oficina Guaianases de Gravura”. Inf. & Soc.:Est., v.16, n.2, p.133-137, jul./dez. 2006. CONARQ. Recomendações para digitalização de documentos arquivísticos permanentes. 2010. Disponível em: < http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/recomendaes_para_a_digitalizao.pdf >. Acesso em: 10 maio 2010. CUNHA, Murilo Bastos da; McCarthy, Cavan. Estado atual das bibliotecas digitais no Brasil. In: MARCONDES, Carlos H. (Org.) et al. Bibliotecas Digitais: saberes e práticas. Salvador, Brasília: UFBA; IBICT, 2005. p. 25-53. FERREIRA, M. et al. Carrots and Sticks: Some Ideas on How to Create a Successful Institutional Repository. D-Lib Magazine, v. 14, n.1/2, Jan./Fev. 2008. Disponível em: < http://www.dlib.org/dlib/january08/ferreira/01ferreira.html>. Acesso em: 05 mar. 2010. JOHNSON, Richard K. Partnering with faculty to enhance scholarly communication. D-Lib Magazine, v. 8, n. 11, nov. 2002. Disponível em: http://www.dlib.org/dlib/november02/johnson/11johnson.html. Acesso em: 23 mar. 2010. SWAN, A. Why Open Access for Brazil? Liins em Revista, v. 4, n. 2, 2008. Disponível em: <http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/article/viewFile/279/166>. Acesso em: 20 abr. 2010.