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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO – BRIGADEIRO




MÍDIAS SOCIAIS COMO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS: A NOVA RELAÇÃO
                 ENTRE EMPRESA E CONSUMIDOR.




                                          ALINE SOUSA DE MOURA
                                  LILIAN JENIFER MACHADO MISSÃO




                          São Paulo
                            2012
CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO – BRIGADEIRO




MÍDIAS SOCIAIS COMO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS: A NOVA RELAÇÃO
                 ENTRE EMPRESA E CONSUMIDOR.




             Trabalho de conclusão de curso apresentada como exigência
             parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração de
             Empresas do Centro Universitário Anhanguera Educacional de São
             Paulo – Campus Brigadeiro, na área de concentração/ disciplina de
             Marketing, sob a orientação do(a) Profº. Adm. Esp. Clóvis José de
             Grazia.




             ALINE SOUSA DE MOURA
             LILIAN JENIFER MACHADO MISSÃO




                       São Paulo – junho - 2012
MOURA, Aline Sousa de; MISSÃO, Lilian Jenifer Machado
Mídias Sociais como Oportunidade de Negócios: a nova relação entre empresa e
   Consumidor / Aline Moura; Lilian Jenifer Machado Missão. São Paulo: 2012.
     SOBREN


             Bibliografia.


             1. Mídias Sociais. 2. Redes Sociais. 3. Marketing Digital. 4.
Consumidor. 5. Internet.
Trabalho      de   Conclusão   de   Curso,   defendida   e   aprovada   em
_____/_____/_____, pela Banca Examinadora constituída pelos professores:




           __________________________________________________

         Profº. Esp.



           __________________________________________________

         Profº. Esp.



           __________________________________________________

         Profº. Esp.
DEDICATÓRIA



Dedicamos este trabalho a todos que nos
apoiaram, incentivaram e acreditaram em
nós. E também às pessoas que admiramos,
pois, nos inspiram e nos motivam a ser
persistentes, a não temermos o futuro e a
sempre perseguirmos o que acreditamos.
AGRADEDIMENTOS




          Concluímos o Curso Superior em Administração de Empresas e iniciamos
uma nova etapa em nossas vidas profissionais, onde não encontraremos mãos que nos
puxem para cima. Apenas levamos a certeza de encontrar degraus, os quais
superaremos passo a passo, ritmados e reforçados por aquilo que aprendemos!
          Há tantos a agradecer pela dedicação. Não somente por terem ensinado,
mas por terem nos feito aprender! A palavra mestre, nunca fará justiça aos professores
dedicados, aos quais, sem nominar terão nosso eterno agradecimento!
          Às nossas famílias, que nos momentos de ausência dedicados ao estudo
superior, sempre fizeram entender que o futuro, é feito a partir da constante dedicação
ao presente!
          Aos amigos, que fortaleceram os laços da igualdade, num ambiente de
cooperação e união! Jamais os esqueceremos!
          A todos que contribuem para a disseminação do conhecimento e lutam por
um mundo com mais oportunidade e educação.
          E por fim, agradecemos ao criador da vida, que nos deu a oportunidade de
viver esta, entre tantas outras experiências de aprendizado, crescimento e
desenvolvimento. Obrigada, Deus!
“Aprende que não importa em quantos
  pedaços seu coração foi partido, o mundo
  não pára para que você o conserte. Aprende
  que o tempo não é algo que possa voltar.
  Portanto, plante seu jardim e decorre sua
  alma, em vez de esperar que alguém lhe
  traga flores.”
                        William Shakespeare




RESUMO
O presente estudo evidencia a mudança de perfil de consumo da sociedade
atual em comparação com a do século XX. E estabelece a internet como fator
determinante para isto. O avanço dos meios de comunicação culminou numa
interatividade instantanea. E tornou possível comunicar-se com qualquer lugar do
planeta em tempo real através da internet. A própria internet evoluiu ao longo de sua
existência e hoje recebe o nome de web 2.0 já caminhando para sua versão 3.0. As
funcionalidades da web 2.0 possibilitaram a criação das redes sociais virtuais e das
mídias sociais. Dentro desta esfera surgem a cada dia mais e mais redes unindo
pessoas e organizações com os mais diversos interesses. Os consumidores têm feito
uso das mídias sociais para se informarem sobre produtos e serviços, comparar preços,
buscar indicações, anunciar produtos1, reclamar e elogiar marcas. Mas apesar da força,
crescimento e potencialidade das mídias sociais, muitas empresas ainda não se
conscientizaram da importância de se ter uma estratégia digital. E as que já estão
presentes nas redes e mídias sociais em grande parte não sabem como se posicionar e
muito menos como medir os resultados destas ações. Este projeto pretende esclarecer
como as empresas devem atuar com marketing digital dentro da web 2.0 e em especial
das mídias sociais. E transformar este investimento em retorno para os negócios.




Palavras-chave: 1. Mídias Sociais. 2. Redes Sociais. 3. Marketing Digital. 4.
Consumidor. 5. Internet.




1
 Anúncios no segmento C2C, onde consumidores vendem para outros consumidores. No facebook, por
exemplo, existe uma página destes classificados.
ABSTRACT



            This study reveals the change of current society's consumption profile
compared to the 20th century. And establishes the internet as a determining factor for
this. The advancement of the media culminated in an instantly interactivity. And made it
possible to communicate with any place on the planet in real time via the internet. The
internet itself has evolved throughout its existence and today receives the name of web
2.0 is already moving towards its 3.0 version. Web 2.0 features have enabled the
creation of virtual social networks and social media. Within this sphere arise every day
more and more networks bringing together people and organizations with the most
diverse interests. Consumers have made use of social media to enquire about products
and services, compare prices, find information, advertise products2, complain and
commend marks. But despite the strength, growth and potential of social media, many
companies still are not aware of the importance of having a digital strategy. And those
that are already present in the networks and social media in large part do not know how
to position yourself, let alone how to measure the results of these actions. This project
aims to clarify how businesses should act with digital marketing within the web 2.0 and
social media in particular. And transform this investment in return for the business.




Key words: 1.Social Media. 2. Social Networks. 3. Digital Marketing. 4. Consumer. 5.
Internet.


2
 Ads on C2C segment, where consumers sell to other consumers. On facebook, for example, there is a
page of these sorted.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES




Figura 1- Estrutura da ARPANET.................................................................................................................31
Figura 2 - Infográfico da Internet................................................................................................................33
Figura 3 - A evolução da Internet...............................................................................................................48
Figura 4 - Web 2.0 a primeira evolução da internet...................................................................................48
Figura 5 - A tecnologia promove mudanças sociais rápidas e a sociedade direciona a..............................71
Figura 6 – Capas da Revista Time................................................................................................................72
Figura 7 – Infográfico Colaboração Brasileira.............................................................................................77
Figura 8 – Busca Orgânica X Links Patrocinados.........................................................................................88
Figura 9 - Matriz do ROI..............................................................................................................................92
Figura 10 – Parâmetros para mensuração de ROI......................................................................................94
LISTA DE GRÁFICOS




Gráfico 1 - Evolução do número de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente. Brasil –
segundo trimestre de 2009, segundo trimestre de 2010 e segundo trimestre de 2011.............................42
Gráfico 2 - Audiência de Facebook e Orkut (em milhões de visitantes únicos)..........................................53
Gráfico 3 - Crescimento dos usuários do Facebook no Brasil.....................................................................55
Gráfico 4 - Usuários do Facebook no Brasil por idade................................................................................55
Gráfico 5 - Usuários do Facebook no Brasil por sexo..................................................................................56
Gráfico 6.....................................................................................................................................................62
Gráfico 7.....................................................................................................................................................63
Gráfico 8.....................................................................................................................................................63
Gráfico 9.....................................................................................................................................................64
Gráfico 10...................................................................................................................................................64
Gráfico 11...................................................................................................................................................65
Gráfico 12...................................................................................................................................................65
Gráfico 13...................................................................................................................................................66
Gráfico 14...................................................................................................................................................66
Gráfico 15...................................................................................................................................................67
Gráfico 16...................................................................................................................................................67
Gráfico 17 - A Cauda Longa.........................................................................................................................82
SUMÁRIO




INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................14
CAPÍTULO 1 18
A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR E A TECNOLOGIA NO SÉCULO XX............................................................18
1.1 A sociedade e o consumo.....................................................................................................................18
1.2 A Tecnologia.........................................................................................................................................22
1.2.1 O rádio...............................................................................................................................................23
1.2.2 A Televisão........................................................................................................................................24
1.2.3 Os Computadores..............................................................................................................................27
1.2.4 A Internet..........................................................................................................................................30
CAPÍTULO 2 34
A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR E A TECNOLOGIA NO SÉCULO XXI...........................................................34
2.1 O consumidor no século XXI.................................................................................................................34
2.1.1 A Geração Z.......................................................................................................................................35
2.2 A evolução tecnológica e os hábitos de consumo................................................................................36
2.2.1 Notebooks e Laptops.........................................................................................................................36
2.2.2 O iPod 37
2.2.3 Os Smartphones................................................................................................................................39
2.2.4 A Banda Larga no Brasil.....................................................................................................................40
2.2.5 A Era da Convergência.......................................................................................................................42
CAPÍTULO 3 45
A INTERNET 2.0..........................................................................................................................................45
3.1      Web 2.0............................................................................................................................................45
3.1.1 O conceito 2.0..................................................................................................................................45
3.1.2 Do modelo 1.0 para o 2.0................................................................................................................47
3.2      As Redes Sociais...............................................................................................................................49
3.3      As Mídias Sociais..............................................................................................................................49
3.3.1 You Tube..........................................................................................................................................50
3.3.2 Twitter.............................................................................................................................................50
3.3.3 LinkedIn...........................................................................................................................................51
3.3.4 Orkut 52
3.3.5 Facebook.........................................................................................................................................54
3.3.6 Outras Redes e Mídias Sociais.........................................................................................................57
3.3.7 E-commerce e Compras Coletivas...................................................................................................60
       3.4      Pesquisa...................................................................................................................................62
       CAPITULO 4.........................................................................................................................................69
       A INTELIGÊNCIA DAS MULTIDÕES.......................................................................................................69
       4.1      A inteligência das multidões.....................................................................................................69
       4.2      Co-criação e Crowdsourcing.....................................................................................................73
       4.3      Empowerment do Consumidor................................................................................................78
       CAPÍTULO 5.........................................................................................................................................80
       MÍDIAS SOCIAIS COMO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS....................................................................80
       5.1      Segmentação: O mercado de nicho..........................................................................................80
       5.2      A presença das empresas nas mídias sociais............................................................................84
       5.3      Marketing Digital no Google.....................................................................................................87
       5.3.1 Google AdWords......................................................................................................................87
       5.3.2 Google AdSense.......................................................................................................................89
       5.3.3 Google Analitics.......................................................................................................................90
       5.4      ROI............................................................................................................................................91
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................................95
REFERÊNCIAS..............................................................................................................................................97
ANEXOS....................................................................................................................................................109
14




                                        INTRODUÇÃO



           Com o advento das tecnologias de comunicação e em especial as de
telecomunicações, o mundo passou das interações locais para as interações globais. A
maior parte deste progresso ocorreu durante o século XX. Invenções como o telefone, o
rádio e a televisão, foram se popularizando ao longo deste século, modificando para
sempre a maneira das pessoas se comunicarem, se entreterem e até mesmo de
comprarem.
           Com o crescimento de muitos seguimentos, as empresas começaram a
crescer e a fabricar produtos para as massas. Os jornais, estações de rádio e canais de
televisão passaram a ser veículos de propaganda para as marcas e o consumidor do
século XX passou a ter acesso uma enorme gama de produtos. Os hábitos de consumo
foram se modificando devido à tecnologia, às ofertas de mercado (aspectos financeiro e
político) e aos aspectos sociais. Mas nada afetou tanto o comportamento dos
consumidores como a internet.
           As novas tecnologias e ferramentas da web 2.0 possibilitaram a criação e
popularização das redes e mídias sociais. A cada dia, mais pessoas estão se
conectando com os mais diversos propósitos como: lazer, entretenimento, compras,
trabalho, informações, pesquisas, divulgação de causas, reclamações sobre produtos e
serviços prestados, entre outros. Uma pesquisa realizada pelo IBOPE Nilsen 3 constata
que a internet no Brasil está em amplo crescimento. E outra pesquisa realizada pelo
Social Bakers4 mostra o crescimento espantoso do Facebook no Brasil nos últimos
meses.

3
  IBOPE Nielsen Online, 2011.
Disponívelem:<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?
temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257
907000EC04F>. Acesso em: 22 Abr. 2012 as 19h29.
4
 Socialbakers
Disponível em:< http://www.socialbakers.com/facebook-statistics/brazil>. Acesso em: 03 Maio 2012 as
16h20.
15



             O impacto desta nova cultura digital tem demandado um posicionamento das
empresas e marcas dentro deste meio. E segundo Kotler5,
                       A tarefa do marketing já não é mais tão simples. Os consumidores de hoje são
                       bem informados e podem facilmente comparar várias ofertas de produtos
                       semelhantes. O valor do produto é definido pelo cliente. As preferências dos
                       consumidores são muitíssimo variadas.
             O consumidor de hoje dita as regras e as empresas que desejam manter-se
competitivas devem se adaptar.
             Os consumidores não aceitam mais um tratamento vertical com as
empresas. As mídias sociais oferecem as ferramentas necessárias para tornar os
relacionamentos mais horizontais. E de acordo com Kotler6,
                       À medida que as mídias sociais se tornarem cada vez mais expressivas, os
                       consumidores poderão, cada vez mais, influenciar outros consumidores com
                       suas próprias opiniões e experiências. A influência que a propaganda
                       corporativa tem em moldar o comportamento de compra diminuirá
                       proporcionalmente.
             A problemática gira em torno da modificação do perfil do consumidor após o
advento da internet e a necessidade das empresas se adaptarem a esta nova
realidade.
             O presente estudo objetiva demonstrar que as mídias sociais estão se
convertendo no maior meio de comunicação entre empresas e consumidores. E que
para se manter no mercado as empresas deverão investir no relacionamento com os
clientes e criar oportunidades de negócios dentro das mídias sociais.
       Como objetivos específicos deste trabalho, temos:
             1. A compreensão da mudança do perfil do consumidor devido o surgimento
                da internet e mais especificamente da web 2.0.

             2. A compreensão do que são e como funcionam as redes sociais virtuais e
                as mídias sociais.

             3. A compreensão do perfil do internauta na web 2.0.

             4. Demonstrar como a inteligência das multidões digitais tem afetado a
                sociedade e os negócios.
5
  KOTLER, Philip. Markentig 3.0: As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser
humano. Tradução Ana Beatriz Rodrigues. 4 reimp. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p.4.
6
  KOTLER, Philip. Markentig 3.0: As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser
humano. Tradução Ana Beatriz Rodrigues. 4 reimp. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p.8.
16



           5. Demonstrar as principais oportunidades de negócios geradas pelas mídias
               sociais e web 2.0.

           6. E instruir como formular uma estratégia de marketing digital.

            Para a realização deste projeto foram realizadas análises qualitativas dos
dados coletados de conceitos e teorias de especialistas. De acordo com Traldi e Dias7 a
pesquisa qualitativa “é uma opção para os estudos que buscam os significados que as
pessoas atribuem às suas experiências do mundo social e como as pessoas
compreendem e interpretam esse mundo.”
            E segundo D’Angelo8, a pesquisa qualitativa é apropriada ao prisma
interpretativista, já que visa desenvolver o saber para além de uma perspectiva
simplista que trata o consumo como um episódio peculiarmente utilitarista e racional.
            Tendo em vista que este trabalho se destina ao estudo de estratégias de
marketing digital, a interpretação tem grande relevância, pois, aborda diferentes
conceitos, idéias e objetivos.
            Para fundamentação do trabalho fizemos pesquisas bibliográficas em livros,
revistas, periódicos, artigos (impressos e de internet), sites e blogs especializados.
            Além disso, foi realizada uma pesquisa em forma de questionário com uma
amostra de 50 universitários, com o objetivo de retratar o perfil de internauta destes
estudantes e comparar com as tendências gerais de uso dos mecanismos oferecidos
pela web 2.0 tanto no Brasil como no mundo.
            Os resultados desta pesquisa foram organizados na forma de gráficos que
estão disponíveis no capítulo 3 do referencial teórico deste estudo, junto com a análise
descritiva dos dados coletados.
            A justificativa deste projeto vem do crescimento acelerado da internet e das
mídias sociais e principalmente da importância que estes meios de comunicação têm
no dia a dia da sociedade atual como um todo.

7
 TRALDI, Maria Cristina; DIAS, Reinaldo. Monografia Passo a Passo. ed. Especial. Campinas: Alínea,
2011. P. 35.
8
 D’ANGELO, André. Todo poder aos consumidores: Vivemos a era do empowerment do cliente. E não
se trata de um modismo, 2010. Disponível em:< http://www.amanha.com.br/blogs/93-sr-consumidor--por-
andre-daangelo/878-todo-poder-aos-consumidores>. Acesso em: 22 Mai 2012 as 14h20.
17



           A tecnologia invadiu nossas vidas trazendo facilidades, encurtando
distâncias, otimizando tempo e modificando hábitos.
           Não há hoje canal mais democrático que a internet, onde podemos nos
expressar e trocar informações de todos os tipos. Antigamente somente os grandes
veículos de mídia detinham este poder.
           E dentro deste mundo de possibilidades que a internet representa e onde as
redes sociais se fortalecem, nada mais natural do que encontrarmos as empresas
atuando.
           Entender o comportamento deste consumidor que está surgindo, suas
motivações e hábitos é imprescindível para a criação de estratégias de marketing das
empresas. Todos aqueles que não querem perder espaço de mercado e mais do que
isso, querem fortalecer seus relacionamentos e gerar novos negócios, devem acordar
para esta nova realidade que ditará o futuro das relações comerciais.
18




                                          CAPÍTULO 1




        A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR E A TECNOLOGIA NO SÉCULO XX




                        "Pôr os produtos ao alcance das massas: a era moderna do consumo é
                        condutora de um projeto de democratização do acesso aos bens mercantis."
                                                                                        Lipovetsky



1.1    A sociedade e o consumo



            No decorrer do século XX presenciamos o surgimento de novos aparelhos,
processos e mudanças nos hábitos das pessoas. Devido a estas mudanças notáveis, o
homem de hoje se distancia cada vez mais daquele do início do século passado.
            Segundo Reis Filho9,
                        Hoje na virada do milênio, temos a certeza de que nossas vidas em muito se
                        diferenciam daquelas vividas por nossos avós. Vários objetos dos quais nos
                        rodeamos e não podemos prescindir no cotidiano existem a pouco mais de
                        trinta anos. Mas, para, além disso, a maneira das pessoas pensarem, julgarem
                        e programarem suas vidas também se modificou.
            Entender a evolução da sociedade, do consumo e da tecnologia no século
XX, é essencial para compreendermos o funcionamento destes mesmos aspectos nos
dias de hoje.
            O consumo sempre esteve ligado à evolução e condições da sociedade e a
política vigente da época. Até o início do século XX, por exemplo, não existia um
mercado voltado ao público infantil.




9
 REIS FILHO, Aarão D. (Org.); FERREIRA, J. (Org.); ZENHA, C. (Org.). História do Século XX. 1 ed. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. 3 v. p.118.
19



            Segundo Blayne10, “No ano de 1900, a maioria das crianças em idade escolar
não frequentou a escola nem mesmo por uma semana. Sua colaboração era
necessária nos campos, nas matas, nas casas ou mesmo em minas subterrâneas”.
            Com o início da obrigatoriedade escolar as crianças passaram a consumir
literatura e escritores as usaram como tema. Grandes escritores fizeram nome nesta
época como Júlio Verne11, Charles Dickens12 e o brasileiro Monteiro Lobato13.                      A
educação transformou o cenário infantil. E a segmentação deste público tornou viável
um comércio direcionado a ele.
            Cafeterias e restaurantes começaram a se popularizar e marcaram uma
mudança de hábito drástica. As famílias que sempre tiveram as refeições como o
momento de união familiar e o centro de suas casas girando ao redor da cozinha
começaram a comer na rua. Este hábito deu origem ao fastfood na segunda metade do
século. Que foi impulsionado pela diminuição das famílias e o tempo que se tornava
cada vez mais escasso.14
            O uso do perfume, que em tempos mais remotos foi associado à nobreza e à
realeza e também com fins de sedução, teve seu uso vinculado a uma nova realidade
social. Devido à escassez de água, os trabalhadores depois de um longo dia de
trabalho nas fábricas, usavam perfume para amenizar o odor.
            E graças ao crescimento industrial surgiu a necessidade também crescente
de atividades administrativas e de escritório. Que só foram possíveis graças a
invenções como canetas de ponta de aço, folha de papel carbono, máquina de
datilografia, telefone, calculadora e o barateamento do papel.15
            Outro fator interessante foi a mudança de papel dos animais na sociedade.
10
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 22.
11
  Julio Verne (1828-1905) foi um escritor francês, autor de obras como: Vinte mil léguas submarinas e
Viagem ao centro da terra.
12
  Charles Dickens (1818-1870) foi um escritor inglês, autor de obras como: Oliver Twist e Um conto de
Natal.
13
  Monteiro Lobato (1882-1948) foi um dos grandes nomes da literatura brasileira do século XX. Entre
suas obras encontramos a coleção Sítio do Picapau Amarelo.
14
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 123.
20



           Segundo Blayne16,
                       Gatos eram caçadores de ratos em armazéns e cozinhas. Cães ajudavam na
                       caça e no pastoreio de ovelhas, e as raças de grande porte podiam ser
                       aproveitadas para puxar pequenas carretas. Os huskies e os pôneis da
                       Manchúria viriam a ser empregados no emocionante período de exploração da
                       Antártica [...].
           Estes animais passaram de simples ajudantes a membros das famílias. E a
popularidade dos animais de estimação se tornou tão grande no início do século XX,
que deu origem a personagens de desenhos animados como o Mickey Mouse e Gato
Félix, que serviram de inspiração para muitos outros que foram criados posteriormente.
           Mas a influência dos animais no consumo foi além dos desenhos. Lojas,
produtos e serviços especializados foram criados especialmente para eles.
           Com o surgimento dos automóveis e aviões, vencer as distâncias se tornou
mais fácil e o turismo, como indústria, passou a existir.
           Durante a Primeira Grande Guerra, mulheres trabalharam em fábricas de
armas e munições o que as levou posteriormente a quererem participação nas decisões
políticas e o direito ao voto.
           De acordo com Blayne17,
                       No mundo ocidental, a campanha em prol do voto feminino ganhou força com a
                       guerra. As mulheres argumentavam que trabalhavam nas fábricas de munições
                       e de produtos químicos, que seus filhos, irmãos e namorados ou maridos
                       estavam morrendo no front e ainda assim elas não tinham o direito de votar e
                       decidir pela guerra ou pela paz.
           Este foi o começo da participação feminina no mercado de trabalho e na
política, que aos poucos foi mudando o papel da mulher na sociedade. Esta mudança
foi tão grande que tornou a mulher uma grande consumidora e principal decisória das
compras da casa. E na segunda metade do século esta mulher independente contava
com uma variedade enorme de produtos, roupas, acessórios e serviços voltados
exclusivamente a ela.



15
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 98.
16
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 29.
17
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 64.
21



               Após a Segunda Guerra Mundial surgiram criações de moda, produtos e
invenções incapazes de serem realizadas durante o período antecessor.
               E a respeito disto Blayne diz18,
                           Raramente a história do mundo viu surgirem tantas inovações ou promessas de
                           novidades. O lazer e a vida cotidiana foram sacudidos e mudaram. O
                           gramofone se transformou no toca-discos. A gravação por meio magnético, tão
                           importante para a televisão e os computadores, surgiu a partir de uma antiga
                           invenção dinamarquesa. A grande tela de projeção, chamada de cinemascope,
                           foi instalada em vários cinemas no início da década de 1950. Filmes coloridos
                           se tornaram comuns [...] as roupas econômicas e limitadas do tempo da guerra
                           - desenhadas de modo que se utilizasse o mínimo de tecido possível - foram
                           desafiadas pelos vestidos longos, fluidos e vincados, bem como pelos casacos
                           de cintura marcada do estilista que devolveu a elegância ao vestuário feminino.
               A partir daí se iniciou a era do consumo como a conhecemos hoje.
               Outra característica da sociedade do século XX foi o surgimento da cultura
jovem. Em 1900 eles eram responsáveis por ajudar no sustento da família e ganhavam
mais do que as mulheres que precisavam trabalhar fora. Em 1960 eles se rebelaram,
declararam independência, começaram a sair mais cedo da casa dos pais e não se
importavam mais com suas opiniões. O dinheiro ganho com o próprio trabalho era gasto
por eles. O consumo de drogas e a expressão artística se tornaram caracteríscas desta
faixa etária. São desta época músicos como The Beatles19, Rolling Stones20, Bob
Dylan21 e o artista plástico Andy Warhol22. A partir daí os jovens nunca mais perderam
seu espaço e são hoje grandes consumidores e influenciadores comportamentais.23
               A preocupação com a ecologia surgiu também nesta época, impulsionada
nos EUA pela Guerra do Vietnã e teve muitos jovens como adeptos.
               E ainda segundo Blayne24,

18
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 225.
19
  Banda de rock britânica formada em 1960 por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo
Starr; considerado o grupo mais aclamado da história.
20
  Banda de rock britânica formada em 1962 por Mick Jagger, Keith Richards, Brian Jones, Bill
Wyman e Charlie Watts.
21
     Cantor e compositor americano. Conhecido por suas músicas de estilo folk
22
     Foi um empresário, pintor e cineasta norte-americano. Principal representante da pop-art.
23
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 235.
22



                            Na década de 1960, [...] Alguns observadores começaram a notar os efeitos
                            visíveis e invisíveis das novas máquinas e dos novos produtos químicos. Os
                            pesticidas que combatiam o mosquito transmissor da malária eram então
                            suspeitos de serem extremamente nocivos [...].
               Esta preocupação ecológica foi responsável por diversas mudanças. Como
por exemplo, o CFC25, um dos responsáveis pela destruição da camada de ozônio, que
foi abolido da fabricação de produtos. E o descarte de lixo começou a ser dividido em
orgânico e reciclável.
               O consumo é a engrenagem que move o capitalismo. E sendo ele parte
fundamental do funcionamento desta sociedade, surgiu a necessidade de se criar um
órgão que cuidasse dos interesses dos consumidores e implantasse regras que
ditassem parâmetros para a venda de produtos e serviços. E no Brasil o PROCON26 foi
criado na década de 1970. Outra entidade importante é o IDEC27 criado em 1987. Estes
órgãos são responsáveis pela criação do Código de Defesa do Consumidor, lei 8.078,
sancionada no início dos anos 1990. Lei esta, que veio criar parâmetros e modificar o
relacionamento entre empresas e clientes.



1.2       A Tecnologia



               O século XX foi marcado por diversos avanços tecnológicos na área da
comunicação. E isso não aconteceu por acaso.
               A necessidade de se comunicar devido primeiramente ao avanço mercantil e
posteriormente à revolução industrial, impulsionou a troca de notícias, o que acarretou
na invenção do telégrafo elétrico e seus cabos submarinos, ainda no século XIX. Outro
invento revolucionário desta época é o telefone, que evoluiu muito durante o século XX,



24
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 249.
25
     Cloro flúor carboneto; propelente usado em aerossóis e gás para refrigeradores.
26
     Grupo Executivo de Proteção ao Consumidor.
27
     Instituto de Defesa do Consumidor.
23



com a instalação de grandes redes telefônicas por todo o mundo e chegando hoje a sua
versão mais recente, o celular.
           A importância da telefonia é tão grande, que hoje ela serve de suporte para o
meio de comunicação mais revolucionário desde a invenção da imprensa por
Gutenberg, a internet. Grandiosidade esta que de acordo com a análise de Costella28,
                       No final de 2000, o século vinte e o segundo milênio foram fechados com um
                       bilhão e seiscentos milhões de telefones em operação no mundo, dos quais 650
                       milhões são celulares. A malha telefônica mundial tornou-se, portanto, quase
                       tão importante quanto o ar que se respira. Ela mantém a vitalidade da
                       sociedade humana, transmitindo notícias, promovendo operações comerciais,
                       intercâmbio científico e cultural, etc. E, mais do que tudo, ela serve de suporte à
                       internet.
           Com a invenção da internet no século XX a comunicação alcançou um grau
de rapidez e eficiência nunca antes presenciado pela humanidade.
           Mas antes dela, outros grandes inventos surgiram ao longo deste século,
modificando os hábitos das pessoas e trazendo a comunicação às massas.



1.2.1 O rádio



           Utilizando os mesmos princípios do telégrafo sem fio, usado para o envio de
mensagens através de ondas, o rádio se popularizou na década de 1920 para transmitir
notícias e músicas.
           Sua aderência foi impressionante, pois, em apenas uma década os países
mais influentes e evoluídos do mundo já haviam sido conquistados pela invenção.
           Nos Estados Unidos propagandas e promoções começaram a ser veiculadas
em seus primeiros anos de uso. Isso porque grandes jornais eram donos de algumas
das emissoras e as criaram com o objetivo de alavancar vendas.29
           Com o crescimento acelerado da indústria e do comércio, a necessidade de
canais para a comunicação com o consumidor, fez do rádio um canal ideal. Com o

28
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p.147.
29
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 149.
24



passar do tempo os jornais e revistas foram perdendo grande parte de seus
anunciantes para ele.
            No início, este eletrodoméstico tinha o tamanho de uma cômoda e ficava nas
salas das casas, onde as famílias se reuniam para se entreter e escutar notícias. Com a
evolução da tecnologia, devido principalmente ao surgimento do transistor, foi possível
a redução do tamanho do aparelho. Isso possibilitou a existência de aparelhos portáteis
como os rádios dos carros, walkman, e os radinhos utilizados por torcedores em jogos
esportivos para acompanhar a narração.30
            A demanda devido à audiência de rádios portáteis é tão grande que surgiram
programas voltados especificamente para ela, como programas sobre o trânsito na hora
do rush, nas grandes cidades.



1.2.2 A Televisão



            A idéia da televisão já existia desde o século XIX. Muitos cientistas se
dedicaram à criação do aparelho que seria capaz de transmitir imagens à distância.
Mas foi Paul Nipkow31 que formulou o princípio básico da televisão. O que nada mais
era do que um disco que girava e recebia luz. Os pontos poderiam ter mais ou menos
luminosidade e essas informações luminosas eram convertidas em sinais elétricos.32
            Em Londres no ano de 1926, usando os princípios de Nipkow, John Logie
Baird33 iniciou o primeiro sistema de TV. Este ainda era muito precário e mecânico. A
televisão só se tornou eletrônica pelas mãos de Wladimir Kosma Zworykin 34 que utilizou
30
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 163.
31
  Paul Nipkow (1860-1940) foi um técnico e inventor alemão, conhecido por ter inventado o disco de
Nipkow que deu origem a televisão.
32
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 79.
33
   John Logie Baird (1888-1946) foi um engenheiro escocês; primeiro a construir um sistema de televisão
praticável.
34
   Wladimir Kosma Zworykin (1888-1982) foi um inventor e engenheiro russo, radicado nos EUA; pioneiro
da tecnologia da televisão.
25



o tubo de Braun35 e o iconoscópio36. Este, muito eficiente mostrou que os rumos da
televisão seriam definitivamente eletrônicos.
            E aos poucos a televisão se tornou uma febre. De acordo com Blayne37,
“embora em 1949 houvesse apenas um milhão de televisores nos lares dos Estados
Unidos, em 1959 esse número chegou à marca de 50 milhões - mais do que a soma de
todos os aparelhos do resto do mundo”.
            Junto com a televisão surgiram mudanças de hábito. As famílias começaram
a jantar em frente ao aparelho. O que era uma postura radical, tendo em vista as regras
familiares da época.
            A televisão no início era preta e branca e suas transmissões eram limitadas.
Mas na década de 1960 o lançamento de satélites de comunicação tornou possível a
transmissão ao vivo para todo o planeta.
            Graças aos satélites muitos telespectadores puderam assistir a chegada do
homem à lua, a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio ao vivo e de cenas da
guerra do Vietnã, diariamente assistidas nas casas americanas.38
            A televisão passou a fazer parte do cotidiano das pessoas, tornando-se um
mundo de entretenimento sem sair de casa.
            E nas palavras de Blayne39,
                        A televisão invadiu países inteiros e foi bem recebida, enriquecendo ou
                        alterando quase todas as facetas da vida cotidiana: lazer, esportes, música,
                        religião, política, notícias, culinária, publicidade, educação, brincadeiras de
                        criança e até mesmo o modo de falar e a gramática.




35
  Criado com a finalidade de pesquisar a condutibilidade elétrica pelo pesquisador Karl Ferdinand Braun
(1850-1918).
36
  Sistema de fotocélulas criado por Zworykin o qual ele definia como uma reprodução eletrônica do olho
humano.
37
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 226.
38
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 215.
39
  BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional,
2011. p. 227.
26



           Com o crescimento dos telespectadores, o rádio foi perdendo audiência e as
vendas dos jornais caíram. Segundo Costella40, “Tem sido sempre assim. Os novos
meios de comunicação, mais modernos, reduzem a importância, limitam, deslocam,
mas não matam os seus antecessores mais antigos. Estes sobrevivem, embora
limitadamente”.
           No que diz respeito à parte comercial e jurídica, a tv teve vantagem, pois, já
encontrou uma estrutura pronta criada pelo rádio. Ela conseguiu muitos anúncios
publicitários, roubando uma grande fatia cultivada pelo rádio há anos.
           No Brasil, as transmissões televisivas começaram em 18 de abril de 1950
com a TV Tupi. Como televisão era algo novo por aqui, houve muito improviso de início.
A solução foi recorrer às técnicas utilizadas pelas rádios.41
           Eram poucas as casas que tinham o aparelho no início e por isso a
programação era mais elitizada. Conforme o televisor ficava mais acessível e começava
a ser adquirido pela classe média, a programação se tornou mais popular.
           E por isso Costella afirma42,
                       O aumento do público telespectador forçou a popularizar a programação. Para
                       cativar o maior número, a massa, com sua inevitável heterogeneidade, as
                       emissoras desenterraram os modelos de programas vitoriosos do rádio e os
                       travestiram para o vídeo. Novos ídolos de popularidade emergiram: Silvio
                       Santos, Chacrinha (Abelardo Barbosa), Hebe Camargo, Flávio Cavalcanti[...].
           Nos anos de 1970 as telecomunicações brasileiras receberam investimentos
estatais. Graças a EMBRATEL foi possível à transmissão em cadeia nacional. E com a
inauguração da estação rastreadora de Itaboraí, o Brasil passou se conectar com um
satélite, o que tornou possível assistirmos a chegada do homem à lua.43
           A televisão foi se consagrando por aqui e as telenovelas caíram no gosto do
público nacional. Muitas delas foram exportadas para cerca de 120 países.

40
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 103.
41
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 127.
42
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
ver. e atual pelo autor Campos do Jordão, São Paulo: Editora Mantiqueira, 2002. p. 202.
43
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 203-208.
27



               No final do século XX a televisão estava presente na maioria dos domicílios
onde era possível acessar canais com cobertura local e nacional.
               E para Costella44,
                           O crescimento da televisão no Brasil pode ser retratado, resumidamente, nos
                           seguintes números. No ano 2000 o País contava com 269 estações geradoras e
                           2.591 retransmissoras, as quais estavam presentes em 87,4% dos domicílios,
                           por meio de cerca de 50 milhões de aparelhos receptores domésticos. O
                           faturamento publicitário das emissoras de televisão no primeiro trimestre de
                           2000 ultrapassou um bilhão e meio de dólares.
               Mais uma novidade do final do século XX foram os canais de tv a cabo que
traziam pacotes com canais internacionais e nacionais produzidos especialmente para
assinantes. Era a globalização se fazendo presente também nas transmissões
televisivas. Atrações produzidas e acompanhadas por americanos e europeus começou
a ser consumia também pelo público brasileiro.



1.2.3 Os Computadores



               Antes do século XX foram inventados diversos artefatos para calcular, desde
o ábaco da antiguidade até contadores acionados mecanicamente.
               Contadores como este, comandados por cartões perfurados e utilizados no
recenseamento populacional dos Estados Unidos em 1890, foram responsáveis pela
origem da IBM45 em 1924.
               A primeira geração de computadores abrange as décadas de 1940 e 1950.
Estes computadores foram criados com fins bélicos. O Mark-I desenvolvido por Howard
H. Aiken46 na Universidade de Harvard em parceria com a Marinha dos Estados Unidos
é um exemplo destes computadores, que ainda eram eletromecânicos.
               O primeiro computador eletrônico também data desta época. Em 1945, na
Universidade da Pensilvânia, o ENIAC47 foi construído. Utilizando tecnologia de válvulas
44
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
ver. e atual pelo autor Campos do Jordão, São Paulo: Editora Mantiqueira, 2002. p. 206.
45
     International Business Machine; empresa Americana de informática fundada em 1888.
46
     Howard H. Aiken (1900-1973) foi um engenheiro americano pioneiro da computação.
47
     Electronic Numerical Integrator and Calculator.
28



(18.000 válvulas) o gigante pesava trinta toneladas e ocupava uma área de trinta
metros quadrados.
               John Presper Eckert Jr.48 e John William Mauchly49, os mesmos criadores do
ENIAC criaram na sequência o UNIVAC50, que em 1951 se tornou o primeiro
computador a ser comercializado na história. Foram produzidas 15 unidades.
               Com a construção do IBM 650 em 1954, a IBM resolveu ousar. Ela projetou a
venda de 50 unidades da máquina, o que representava mais do que todos os
computadores existentes na época. Em 1958, 2.000 unidades do modelo já se
espalhavam pelo mundo.51
               Os computadores desta geração eram muito específicos e de acordo com
Costella52,
                           Os primeiros computadores eram programados para uma função específica.
                           Exemplos: tabulação de recenseamento, como foi o caso do primeiro UNIVAC;
                           processamento de folha de pagamento, função do segundo UNIVAC, comprado
                           em 1954 pela General Eletric; realização de cálculos de balística, etc.
               A segunda geração de computadores surgiu após a invenção do transistor
que foi o grande responsável pela redução do tamanho destas máquinas e que também
possibilitou processamentos mais rápidos. Estas máquinas que foram produzidas entre
1955 e 1965, ainda eram restritas a governos, grandes empresas e grandes
universidades e tinham um alto custo.
               Na terceira geração - de 1965 a 1980 - os computadores eram feitos de
circuitos integrados. Com isso reduziram de tamanho, se tornando de porte médio.




48
     John Presper Eckert Jr (1919-1995) foi um inventor americano pioneiro da computação.
49
     John William Mauchly (1907-19800 foi um físico americano pioneiro da computação.
50
     Universal Automatic Computer.
51
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 219.
52
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 220.
29



               O surgimento do chip em 1971 possibilitou a miniaturização dos circuitos.53
               Os computadores se tornaram acessíveis a centros de pesquisas e
universidades menores graças ao barateamento da produção, que começou a ser feita
em maior escala.
               Da primeira para a terceira geração houve uma grande evolução. Um chip
tinha a mesma potência que as 18.000 válvulas do ENIAC.
               O PC54 que conhecemos hoje só passou a existir na quarta geração, de 1980
a 1990. Este modelo consagrado pelo lançamento da IBM em 1981 foi copiado por
diversas empresas e seu design ditou o futuro dos desktops55. Eles se espalharam
rapidamente pelas fábricas, escritórios e escolas, até alcançar os nossos lares, com a
proposta de um uso eventual.56
               Programas como o MS-DOS (1981), o processador de texto Word (1983) e o
sistema operacional Windows 3.0 (1990), da Microsoft de Bill Gates, se tornaram
sucesso de vendas. Segundo Costella57, “só do gerenciador Windows 3.0, que lançou
em 1990, Bill Gates vendeu 50 milhões de cópias e, com tamanha vendagem,
pavimentou uma estrada triunfal para as edições seguintes do mesmo Windows”.
               A quinta geração que começou em 1990 e dura até os dias de hoje, engloba
os computadores conhecidos como Ultra large scale integration58. O que significa que
contamos com processadores mais rápidos e cada vez menores. Assim a indústria
conseguiu reduzir mais ainda o tamanho dos computadores pessoais, transformando-os
em portáteis.



53
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 223.
54
     Personal computer ou computador pessoal.
55
     Computadores de mesa.
56
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 224.
57
  COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 225.
58
     Integração de escala ultra larga.
30



                Apesar de não serem oriundos da década de 1990, os notebooks59 evoluíram
muito durante este período. Chegaram ao final do século XX com compartimento de
DVD60 e acesso a internet sem fio, Wi-Fi61. Porém ainda não eram capazes de rodar os
mesmos aplicativos que um desktop.



1.2.4 A Internet



                Devido a Guerra Fria e toda tensão militar causada por ela entre Estados
Unidos e União Soviética, a agência militar americana ARPA62, preocupada com a
possível inviabilidade de comunicação entre bases militares na hipótese de um
combate, criou uma rede capaz de armazenar dados, chamada ARPANET, em 1969.
                No início a rede era exclusiva para uso militar e conectava centros de
pesquisas de grandes universidades que desenvolviam projetos com fins bélicos.63
                O termo internet foi utilizado pela primeira vez por Vinton Cerf64 e sua equipe
de cientistas em 1971, quando tentavam conectar três redes diferentes.
                Também em meados dos anos 1970 a rede começou a ser utilizada por
universidades menores e a comunidade cientifica como um todo. Primeiramente nos
Estados Unidos e um pouco mais adiante por todo o mundo.




59
     Computador portátil.
60
     Digital Versatile Disk ou Disco Digital Versátil.
61
   Uma marca registrada da Wi-Fi Alliance, que é utilizada por produtos certificados que pertencem à
classe de dispositivos de rede local sem fios.
62
     Advanced Research Project Agency ou Agência de Pesquisa e Projetos Avançados.
63
   KLEINA, Nilton. A história da Internet: pré-década de 60 até anos 80: Foram anos de avanços até a
rede mundial de computadores tornar-se o que é hoje, 2011. Disponível                              em:
<http://www.tecmundo.com.br/infografico/9847-a-historia-da-internet-pre-decada-de-60-ate-anos-80-
infografico-.htm>.       Acesso          em:        16        Dez.        2011        as        18h12.
64
     Matemático e informático americano e um dos fundadores da internet.
31



              Ferramentas importantes foram criadas, como o e-mail, o TCP/IP 65 e a
Usenet66.67
            Já nos anos 1980, com a Guerra Fria se amenizando, a ARPANET se dividiu
em duas: MILNET (militar) e ARPANET (civil). Tornando a internet mais parecida com a
que temos hoje e servindo de base para a World Wide Web - www, criada em 1989.




                                   Figura 1- Estrutura da ARPANET68
            A famosa WWW possibilitou a conexão de milhares de redes e a participação
de cidadãos comuns. Nunca antes na história, um meio de comunicação teve
crescimento tão rápido, como constata Costella69,


65
   Transmition Control Protocol / Internet Protocol ou Protocolo de Controle de transmissão/ Protocolo de
Internet; protocolos responsáveis pela transmissão e endereçamento dos dados.
66
   Espécie de fórum de discussão onde grupos afins eram formados e compartilhavam novidades sobre
os temas escolhidos.
67
   KLEINA, Nilton. A história da Internet: pré-década de 60 até anos 80: Foram anos de avanços até a
rede mundial de computadores tornar-se o que é hoje, 2011. Disponível                             em:
<http://www.tecmundo.com.br/infografico/9847-a-historia-da-internet-pre-decada-de-60-ate-anos-80-
infografico-.htm>. Acesso em: 16 Dez. 2011 as 18h12.
68
   KLEINA, Nilton. A história da Internet: pré-década de 60 até anos 80: Foram anos de avanços até a
rede mundial de computadores tornar-se o que é hoje, 2011. Disponível em:<
http://www.tecmundo.com.br/infografico/9847-a-historia-da-internet-pre-decada-de-60-ate-anos-80-
infografico-.htm>. Acesso em: 16 Dez. 2011 as 18h12.
32



                            [...] 1996, a internet já contava com cinqüenta milhões de internautas no mundo.
                            Foi um crescimento espantoso. Para atingir essa marca de cinqüenta milhões
                            de usuários, a eletricidade havia demorado 46 anos e o automóvel, 55 anos. A
                            internet resolveu o assunto em 5 anos!
                No Brasil, universidades começaram a participar da rede que integrava
universidades americanas na antiga ARPANET, em 1988. E foi criada também neste
ano, em terras tupiniquins, a AlterNex, exclusiva à atividades acadêmicas. Somente em
1992 o Brasil entrou para rede mundial de computadores.70
                Na segunda metade da década de 1990 muitos provedores começaram a
aparecer: UOL71, AOL72, BOL73, IG74, Terra, entre outros. E uma grande parte da
população aguardava a meia noite para se conectar através da linha telefônica. Depois
deste horário apenas um pulso era cobrado. Sem isso muitos não teriam condições de
navegar pela web, tendo em vista os altos valores dos provedores e da conta telefônica
até a chegada da Banda Larga.
                Na época o navegador mais utilizado era o Internet Explorer da Microsoft,
que vinha junto com o sistema operacional Windows. E os sites mais procurados eram
os portais, contendo notícias, salas de bate-papo e e-mail. Foi através deles que a
internet se popularizou por aqui.
                Outros nomes que remetem a época são os sites de busca CADÊ? e Yahoo!,
o aplicativo de mensagens instantâneas ICQ, o site de leilões Arremate.com. e o
compartilhador de músicas Napster.
                E a internet fechou o século XX com mais de 250 milhões de usuários no
mundo. Número impressionante, tendo em vista o seu pouco tempo de existência.




69
   COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed.
rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 233.
70
   BARWINSKI, Luísa. A World Wide Web completa 20 anos, conheça como ela surgiu, 2009. Disponível
em:< http://www.tecmundo.com.br/historia/1778-a-world-wide-web-completa-20-anos-conheca-como-ela-
surgiu.htm>. Acesso em: 16 Dez. 2011 as 23h47
71
     Universo Online.
72
     America Online.
73
     Brasil Online.
74
     Internet Generation.
33




                                  Figura 2 - Infográfico da Internet75




75
   KLEINA, Nilton. A história da Internet: pré-década de 60 até anos 80: Foram anos de avanços até a
rede mundial de computadores tornar-se o que é hoje, 2011. Disponível em:<
http://www.tecmundo.com.br/infografico/9847-a-historia-da-internet-pre-decada-de-60-ate-anos-80-
infografico-.htm>. Acesso em: 16 Dez. 2011 as 18h12.
34




                                       CAPÍTULO 2



       A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR E A TECNOLOGIA NO SÉCULO XXI




                     "Das coisas, esperamos menos que nos classifiquem em relação aos outros e
                     mais que nos permitam ser mais independente e mais móvel, sentir sensações,
                     viver experiências, melhorar nossa qualidade de vida, conservar juventude e
                     saúde."
                                                                                       Lipovetsky



2.1   O consumidor no século XXI



          O consumidor do século XXI é racional, porém, emotivo. Isso porque procura
informações sobre o produto e marca antes de efetuar a compra e leva em
consideração fatores como sustentabilidade e responsabilidade social na hora da
escolha. Pesquisa custo benefício e não deixa de comprar um produto mais caro se lhe
fornecer o que está procurando.76 É aí que entra o fator emocional.
          Criar vínculo entre a compra e a identidade é muito importante para o
consumidor da era atual, pois, ele reafirma sua personalidade por meio de suas
aquisições. Ele também se mostra mais flexível nos dias de hoje, sendo capaz de trocar
uma marca que utiliza há anos por uma nova, simplesmente por esta combinar mais
com ele, ou ser mais tecnológica, ou até mesmo por não ser testada em animais.77




76
  PRADO, Laís. CCSP: Ipobe Mídia. Pesquisa Consumidor do Século XXI, 2008. Disponível
em:<http://ccsp.com.br/ultimas/noticia. php?id=35092>. Acesso em: 17 Dez. 2011 as 16h29.

77
  PRADO, Laís. CCSP: Ipobe Mídia. Pesquisa Consumidor do Século XXI, 2008. Disponível
em:<http://ccsp.com.br/ultimas/noticia.php?id=35092>. Acesso em: 17 Dez. 2011 as 16h29.
35



               Segundo Lipovetsky78, “o consumo é um dos raros fenômenos que
conseguiram modificar os modos de vida, os gostos, as aspirações e os
comportamentos da maioria, em um intervalo de tempo tão curto”.
               A diferença deste consumidor para o do século anterior é a atitude. Ele
conhece e exige seus direitos e quando não está satisfeito faz propaganda negativa das
marcas. Ele sabe o que quer e até mesmo colabora enviando às empresas idéias para
melhorar os produtos e serviços quando elas disponibilizam canais para isso.
               Exigente ele procura qualidade e conforto. E a experiência na hora da
compra ou recebimento do serviço é a peça chave na decisão de retorno.



2.1.1 A Geração Z



               A geração Z compreende os nascidos durante a segunda metade da década
de 90 e a década de 2000. Estas crianças e adolescentes vivem conectados. Muitos
aprenderam a mexer no computador antes mesmo de aprender a escrever. Gostam de
jogos, lêem livros no iPad79 dos pais, participam de redes sociais infantis como o Club
Penguin da Disney e estão sempre com seus iPods80.81
               A era digital é a realidade deles. Costumam ficar conectados 24 horas por
dia em seus celulares. Por serem muito dinâmicos preferem se corresponder por SMS 82
e Instant Messengers83 do que enviar e checar e-mails. E por se adaptarem tão




78
   LIPOVETSKY, Gilles. A Felicidade paradoxal: Ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. Tradução
Maria Lucia Machado. 2 reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 32.
79
   Computador em formato tablet da marca americana Apple.
80
     Tocador de músicas no formato MP3 e vídeos da marca americana Apple.
81
     YURI, Débora. Comportamento: a era dos Z. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 63-67.
82
     Short Message Service ou Serviço de Mensagens Curtas; serviço disponível para telefones celulares.
83
   Aplicativos de mensagens instantâneas usados em computadores e celulares para comunicação
através da internet.
36



rapidamente às novas tecnologias, gostam de dispositivos móveis e interagem muito
bem com eles.84
               Gostam de ser os primeiros a chegar com as novidades. Sabem qual é o
vídeo mais acessado do youtube, têm baixado em seus iPods os últimos lançamentos
musicais e baixam filmes que muitas vezes nem estrearam no cinema.
               Estes novos consumidores gostam de roupas, tênis e celulares de última
geração e também costumam influenciar as compras dos pais.85
               Uma característica interessante desta geração é que fazem diversas
atividades ao mesmo tempo. Enquanto deixam a TV ligada em seu programa favorito,
estão conectados na rede social e escutando música. Mas em contrapartida são muito
dispersos e não conseguem se manter por muito tempo na mesma atividade.
               A preocupação ecológica e a expressão de suas opiniões também são
particularidades destas crianças e adolescentes.86
               De acordo com Shinyashiki87,
                           Entre os fatores que influenciam estes jovens podemos destacar o mundo
                           globalizado, interconectado e extremamente tecnológico em que vivemos. Esse
                           universo cria nas crianças nascidas nas últimas duas décadas características
                           únicas, que definem essa geração tecnológica.
               A importância de se entender o comportamento e hábito desta geração se
deve ao fato de que ela já é consumidora e dentro dos próximos anos se tornará
decisora de grande parte das compras feitas.



2.2       A evolução tecnológica e os hábitos de consumo



2.2.1 Notebooks e Laptops




84
     YURI, Débora. Comportamento: a era dos Z. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 63-67.
85
     YURI, Débora. Comportamento: a era dos Z. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 63-67.
86
     YURI, Débora. Comportamento: a era dos Z. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 63-67.
87
 SHINYASHIKI, Eduardo. A geração Z e o mercado de trabalho. Disponível em:
<http://www.vitrinepublicitaria.net/opiniao.asp?menucodigo=29> Acessado em: 04 Maio 2012 as 21h46.
37



               A mudança de hábito tem andado paralela a evolução tecnológica. No início
deste século vimos os notebooks ou laptops88 tomarem a preferência dos usuários de
PC’s. Hoje em dia muitas pessoas trocaram seus desktops por eles. A mobilidade é
uma das grandes responsáveis, mas mais do que isso, os notebooks elevaram sua
capacidade ao mesmo patamar dos desktops.89
               Estes equipamentos surgidos na década de 1980 pareciam maletas que
pesavam 12 quilos. E já na primeira década do século XXI vimos surgir modelos como
o Macbook Air da Apple, que tem menos de 2cm de espessura e pesa 1,36 quilo e o
netbook, com sua tela de 10 polegadas; podendo ser encontrado também em versões
menores; que nada mais é do que um mini-laptop.
               Em 2008 a venda de notebooks superou a venda de desktops.90



2.2.2 O iPod



               A maneira como escutamos e consumimos música também mudou. Depois
do surgimento do Napster e outros compartilhadores de música no final do século XX, o
primeiro MP3 player91 foi fabricado em 1998: o MPMANF10. Sua capacidade de
armazenamento era de 32MB92, o que seria espaço suficiente para um álbum e custava




88
     Variante para notebook.
89
   PRADA, Rodrigo. A história dos Notebooks: Descubra de onde surgiram e como evoluíram os
computadores portáteis até a atualidade, 2009. Disponível em:< http://www.tecmundo.com.br/2231-a-
historia-dos-notebooks.htm>. Acesso em: 15 Dez. 2011 as 16h25
90
   PRADA, Rodrigo. A história dos Notebooks: Descubra de onde surgiram e como evoluíram os
computadores portáteis até a atualidade, 2009. Disponível em:< http://www.tecmundo.com.br/2231-a-
historia-dos-notebooks.htm>. Acesso em: 15 Dez. 2011 as 16h25
91
   Tocador de música no formato MP3. MP3 foi um dos primeiros tipos de compressão de áudio com
perdas quase imperceptíveis ao ouvido humano.
92
 Megabyte; Unidade de medida de informação equivalente a 1.000.000 de bytes.
38



cerca de US$ 250,00.93 Quase três anos depois o mundo veio a conhecer o que seria o
maior fenômeno de vendas destes aparelhos: o iPod.
               Com um design inovador e apenas um botão, sua capacidade era de 5GB94,
o equivalente a 1000 músicas e custava US$399,00. Em menos de três meses ele
vendeu 125 mil unidades.
               Outros aparelhos similares ao iPod surgiram, inclusive copiando seu design,
mas nenhum conseguiu chegar perto de seu volume de vendas.
               As versões disponíveis no mercado conseguem agradar a todo tipo de
usuário com diversos tamanhos e cores. O iPod Nano que substituiu o Mini é uma
versão reduzida do modelo clássico. O iPod Shuffle é o modelo sem visor e com
funções apenas musicais, sendo o menor MP3 player do mercado. E sua versão mais
moderna e recente é o iPod Touch. Com tela sensível ao toque, nele é possível acessar
internet Wi-Fi, baixar aplicativos na App Store, além de tocar músicas e vídeos. E na
quarta geração, ele ganhou câmera para tirar fotos e filmar em HD.95
               O sucesso destes equipamentos abriu espaço para um novo mercado de
acessórios criados exclusivamente para eles. E diversas empresas começaram a
fabricar capas, caixas de som, cabos adaptadores, carregadores para carros, entre
outros. Em 2010 foram contabilizadas vendas de mais de 269 milhões de iPods no
mundo.
               Para carregar músicas nos iPods e iPhones a Apple criou o reprodutor de
mídia iTunes. Nele é possível armazenar e tocar músicas e vídeos. Dentro do iTunes há
um link para a iTunes Store, onde o usuário pode comprar diversos arquivos de mídia
digital. Loja esta, que desde 2011 tem sua versão brasileira, onde é possível comprar
um álbum por U$9,99 ou até mesmo uma música por U$0,99. Seu acervo é de 20
milhões de músicas entre artistas nacionais e internacionais.


93
  DERKOSKI, Fernando. Primeiro MP3 Player do mundo faz aniversário este mês, 2008. Disponível
em:< http://www.mundonerd.org/gadgets/primeiro-mp3-player-faz-aniversario-este-mes>. Acesso em: 25
Abr. 2012 as 15h13.
94
     Gigabyte; Unidade de medida de informação equivalente a 1.000.000.000 de bytes.
95
  Wikipédia, 2012.
Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/IPod>. Acesso em: 30 Abr. 2012 as 16h49.
39




2.2.3 Os Smartphones



               A Apple se consagrou neste início de século como uma das empresas mais
inovadoras e alcançou o patamar de empresa mais valiosa do mundo em 2011, tirando
o posto da petrolífera Exxon Mobil. Outra empresa que já ocupou esta posição foi o
Walmart, rede de supermercados americana.96 É interessante analisarmos que até
pouco tempo atrás tínhamos ocupando o primeiro lugar da lista uma empresa que
vende produtos básicos para a sobrevivência como comida e artigos de higiene pessoal
e outra da indústria energética, sem a qual o funcionamento da sociedade atual seria
impossível. Ter a Apple ocupando o primeiro lugar da lista retrata a importância e a
grandiosidade do papel da tecnologia nos dias de hoje.
               Em 2007, a Apple lança mais uma vez um aparelho revolucionário e capaz
de mudar o hábito e a maneira como as pessoas interagem como a tecnologia. O
iPhone é um smartphone97 com tela touchscreen98 que funciona como um computador
de mão. Além dos recursos de câmera digital e tocador de música, que já eram
conhecidos na época, o iPhone se conectava à internet Wi-Fi, possuía GSP99 através
do Google maps, gravava e rodava vídeos, entre outras funções.100 Seu design
minimalista, na mesma linha do iPod e sua tela multicolorida de fácil manuseio, chamou
a atenção dos consumidores. Ele foi evoluindo com o tempo e hoje possui funções

96
    RASMUSSEN, Bruna. Apple é a empresa mais valiosa do mundo, 2011. Disponível em:<
http://www.tecmundo.com.br/apple/12309-apple-e-a-empresa-mais-valiosa-do-mundo.htm>. Acesso em:
22 Fev. 2012 as 11h18.
97
  Telefone inteligente; possui funcionalidades avançadas e sistema operacional semelhante ao de um
computador.
98
     Tela sensível ao toque.
99
  Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global; é um sistema de navegação por
satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a sua atual posição, assim como informação horária,
sob todas quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde
que o receptor se encontre no campo de visão de quatro satélites GPS.
100
     SANTANA, Ana Lucia. iPhone – História do telefone da Aplle, 2010. Disponível em:<
http://www.infoescola.com/tecnologia/iphone/>. Acesso em: 22 Fev. 2012 as 11h35.
40



como internet 3G101, vídeo conferência, reconhecimento de voz, e milhares de
aplicativos disponíveis na App Store capazes de personalizá-lo. Mas a história dos
smartphones começa muito antes do aparecimento do iPhone.
               Em 2002 o Blackberry foi lançado no mercado, sendo o primeiro a conter
características de smartphone. Com programas de armazenamento de dados, acesso à
internet Wi-Fi, recursos multimídia e GPS, este celular se popularizou principalmente
entre executivos. Na época existia apenas o modelo com teclado de botões. A partir daí
outras empresas começaram a produzir suas versões inteligentes de celulares. O
Samsung Galaxy que possui sistema operacional Android da Google, é um dos mais
modernos e desejados aparelhos do mercado. Ele tem ganhado espaço e vem
conquistando o público consumidor, que compra diferentes aplicativos através do
Market, sua loja de aplicativos.
               A possibilidade de estar conectado 24 horas por dia, com acesso a sites,
redes sociais, jogos e aplicativos customizados, fez do smartphone um dos grandes
desejos de consumo da era atual.



2.2.4 A Banda Larga no Brasil



               O investimento em infraestrutura de banda larga é fundamental para que
possamos usufruir ao máximo a tecnologia disponível. Tornar a internet acessível a
toda população é um desafio para o governo federal, que promete promover melhorias
significativas nos próximos anos.
               De acordo com o artigo da Revista Proxxima por Bottoni102,
                            O governo federal anunciou recentemente o lançamento do Plano Nacional de
                            Banda Larga (PNBL), que deve massificar o acesso à internet rápida, que hoje
                            é privilégio apenas de 12 milhões de domicílios, ou seja, 21% das famílias de
                            todo o País. Se tiver êxito, o plano do governo deve praticamente quadruplicar
                            esse número em menos de quatro anos, alcançando cerca de 40 milhões de
                            casas até 2014.

101
      É a Terceira geração de padrões e tecnologias para internet de tecnologia móvel.
102
   BOTTONI, Fernanda. Banda Larga: A hora e a vez da broadband tupiniquim. Revista Proxxima, nº 19,
p. 35-38, Jun. 2010.
41



               Apesar de grande parte da população brasileira ainda ter um acesso limitado
e lento, o Brasil ultrapassou o Japão em acessos domiciliares com uma média de 15
horas e 14 minutos de acesso, alcançando assim o primeiro lugar no ranking mundial.103
               Além do crescente uso da internet nos lares, escolas e escritórios, outro meio
que tem se destacado é o uso de dispositivos mobile104 para o acesso. O que se torna
possível graças ao 3G oferecido pelas operadoras de celulares e o Wi-Fi dos
estabelecimentos com roteadores que liberam o sinal para seus clientes.
               Com tantas formas de acesso disponíveis, as pessoas têm passado cada
vez mais tempo conectadas à rede. De acordo com o IBOPE Nilsen105, o acesso à
internet teve crescimento de 20% entre o segundo trimestre de 2009 e 2011, passando
de 64,8 milhões de usuários para 77,8 milhões.




103
   IBOPE Nielsen Online, 2011.
Disponívelem:<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?
temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257
907000EC04F>. Acesso em: 22 Abr. 2012 as 19h29.
104
      Termo utilizado para designar a tecnologia de aparelhos móveis.
105
   IBOPE Nielsen Online, 2011.
Disponívelem:<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?
temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257
907000EC04F>. Acesso em: 22 Abr. 2012 as 19h29.
42




      Gráfico 1 - Evolução do número de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente. Brasil –
            segundo trimestre de 2009, segundo trimestre de 2010 e segundo trimestre de 2011.106




2.2.5 A Era da Convergência



              Mobilidade e acessibilidade à internet se tornaram uma necessidade, o que
justifica o crescimento do consumo de dispositivos móveis. Cada vez mais as pessoas
dependem deles para realizar atividades como transações bancárias, leitura de
notícias, visualização de vídeos, compras e informações sobre produtos e serviços.
              De acordo com Pompilio Roselli, gerente geral para a América latina de
Siano, em entrevista à Revista Proxxima107, a chegada do sinal digital ao Brasil veio
mudar a maneira de se assistir televisão. Foi um grande avanço na mobilidade e na
conectividade. O sinal digital permite a interação entre o telespectador e a programação
das emissoras de TV. Isso tornou possível a participação em uma enquete durante um
programa, utilizando apenas o controle remoto.

106
   Fonte: IBOPE Nielsen Online, 2011.
Disponívelem:<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?
temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257
907000EC04F>. Acesso em: 22 Abr. 2012 as 19h29.
107
   HOVARTH, Sheila. TV Digital: transmissão em diversos canais. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p.
37-43.
43



               Alguns telefones celulares também vêm equipados com receptores do sinal
digital. E hoje também contamos com mini-televisores que cabem na palma da mão,
permitindo aos usuários acesso onde quer que estejam.108
               A convergência entre as mídias tradicionais e digitais cresce a cada dia.
Seriados e programas de TV criam ações promocionais na web, sites com conteúdo
interativo e até mesmo redes sociais exclusivas para os fãs discutirem e darem suas
opiniões sobre as atrações televisivas.
               Os jornais, revistas e livros estão se digitalizando. Durante os últimos quinze
anos a discussão a respeito do futuro da mídia impressa dividiu a opinião de muitos.
Uns achavam que ela estava fadada ao desaparecimento, enquanto outros ainda
acreditavam em seu potencial. Hoje vemos que há público para ambas as mídias,
impressa e digital.109
               Sobre isso o jornalista e professor da City of London University, Adrian
Monck diz: “O declínio dos jornais não tem nada a ver com o jornalismo, mas tudo a ver
com a mudança da sociedade”.110
               As grandes editoras começaram a enxergar a internet como uma grande
aliada e disponibilizam conteúdos nas duas versões. A Editora Abril, por exemplo, além
dos produtos multi-plataforma111, como as revistas Capricho e Você S/A, produz
conteúdo exclusivamente digital, como o portal M de Mulher.
               Segundo Sandra Jimenez, diretora de marketing e mobile Abril Digital, “O
que surge no impresso agora deve ser pensado também em formato digital.”112




108
   HOVARTH, Sheila. TV Digital: transmissão em diversos canais. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p.
37-43.
109
   SATOMAURO, Antônio Carlos. Revistas e Jornais: Mergulho no digital. Revista Proxxima, nº 18, p.
58-62. Maio 2010.
110
    MONCK, Adrian. City of London University apud SAAD, Beth. Estratégias 2.0 para a mídia digital:
internet, informação e comunicação. 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Senac, 2003. p.143.
111
      São conteúdos disponibilizados em diversos tipos de mídia.
112
   SATOMAURO, Antônio Carlos. Revistas e Jornais: Mergulho no digital. Revista Proxxima, nº 18, p.
58-62. Maio 2010.
44



                 Em 2007 foi lançado o leitor de livros digitais Kindle, da Amazon113. Ele
permitiu o armazenamento de diversos livros em um único aparelho. Uma revolução na
forma de ler. Um estudante ao invés de carregar quatro, cinco livros para a aula, terá a
possibilidade de ter todos eles baixados no seu e-reader114, assim, ocupando menos
espaço e carregando menos peso.
                 A recente chegada dos tablets115 no mercado estimulou a convergência.
Tudo começou quando Steve Jobs anunciou em 27 de janeiro de 2010 o lançamento do
iPad. O aparelho com 9,7 polegadas e tela touchscreen, podia ser comprado na versão
de 16G e sem acesso 3G ou na versão de 64G e com acesso 3G.116
                 Durante o evento realizado em São Francisco, nos Estados Unidos, o
fundador da Apple declarou, “Há espaço para uma categoria entre os smartphone e o
notebook. E precisávamos criar algo melhor do que um netbook”117.
                 Com ele é possível escutar músicas, assistir vídeos, acessar a internet e ler
livros digitais. Outro atrativo é o aplicativo iBooks que é mais sofisticado que o Kindle.
Ao entrar nele o usuário acessa uma estante digital com os títulos dos livros baixados.
Ao selecionar algum deles para ler verifica-se que as páginas visualizadas são
semelhantes às originais de papel.118


113
      Empresa Americana de comércio eletrônico.
114
      Leitor digital.
115
   É um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à internet,
organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para
entretenimento com jogos. Sua tela é sensível ao toque.
116
    G1 > Tecnologia – Notícias – Apple apresenta iPad, prancheta digital com acesso a internet. São
Paulo,                          2010.                       Disponível                         em:<
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL14653716174,00APPLE+APRESENTA+IPAD+PRANCHE
TA+DIGITAL+COM+ACESSO+A+INTERNET.html>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h50.
117
    G1 > Tecnologia – Notícias – Apple apresenta iPad, prancheta digital com acesso a internet. São
Paulo,                          2010.                       Disponível                         em:<
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL14653716174,00APPLE+APRESENTA+IPAD+PRANCHE
TA+DIGITAL+COM+ACESSO+A+INTERNET.html>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h50.
118
    G1 > Tecnologia – Notícias – Apple apresenta iPad, prancheta digital com acesso a internet. São
Paulo,                          2010.                       Disponível                         em:<
http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL14653716174,00APPLE+APRESENTA+IPAD+PRANCHE
TA+DIGITAL+COM+ACESSO+A+INTERNET.html>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h50.
45



            Os outros tablets que foram lançados na sequência, como Samsung Galaxy
Tab, o HP Touch Pad e o Motorola Xoom apresentam propostas e funções
semelhantes, mas com alguns diferenciais de sistema, capacidade e qualidade.
            Uma funcionalidade específica do HP Touch Pad mostra bem o grau de
convergência que alcançamos. Com um celular da mesma marca tocando a tela do HP
Touch Pad é possível passar informações contidas nele para o tablet. É a interação dos
equipamentos contribuindo para a unificação dos conteúdos.119




119
   MOURÃO, Vitor. HP TouchPad Brasil: análise completa do novo Tablet da HP, o Touch Pad, 2011.
Disponível em:< http://mynb.com.br/hp-touchpad-brasil-analise-completa-do-novo-tablet-da-hp-o-touch-
pad>. Acesso em: 30 Abr. 2012 as 17h39.
45




                                            CAPÍTULO 3




                                          A INTERNET 2.0




                         "Não existem lugares remotos. Sob a instantaneidade dos circuitos, nada é
                         remoto no tempo e no espaço. Tudo é agora."
                                                                     Take Trinity CBC Television, 1965




3.1     Web 2.0




3.1.1 O conceito 2.0



            Internet 2.0 foi o termo criado em 2004 para descrever a segunda fase da
World Wide Web. Fase esta, que é marcada pelo compartilhamento de informações
entre os internautas e sites. A partir daí a internet se tornou um ambiente mais dinâmico
e colaborativo.120
            O professor Marcelo Coutinho121, especialista em mídia digital, definiu web
2.0 da seguinte forma:
                         [...] conjunto de inovações no software e no hardware que facilitam a troca de
                         informações e mixagem de conteúdo na web. Desta forma, a rede passou a ser
                         uma plataforma de contato entre empresas, entre consumidores, e entre
                         empresas e consumidores. O “coração deste sistema são conteúdos gerados e
120
   Wikipédia, 2012.
Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h37.
121
   COUTINHO, Marcelo. Blogs e comunidades on-line: pesquisa 2.0, Palestra no III Congresso Brasileiro
de Pesquisa – Mercado, Opinião e Mídia da Abep, São Paulo, 2008. Documento de acesso restrito apud
SAAD, Beth. Estratégias 2.0 para a mídia digital: internet, informação e comunicação. 2 ed. rev. e atual.
São Paulo: Senac, 2003.p.149.
46



                         mixados pelos internautas, utilizando diversos programas com o mesmo fim e
                         conectados por outros tipos de aparelhos que não somente computadores de
                         mesa ou laptops. Suas aplicações mais populares são blogs, sites de wikis (nos
                         quais diversas pessoas editam informações, sendo o mais conhecido a
                         Wikipedia), sites de fotografia e vídeo (Flickr, YouTube) e de relacionamento
                         (Orkut, Facebook, MySpace).
            Com a interatividade surgiram novas ferramentas e formas de comunicação
como os Blogs, os wikis, as redes sociais, o Feed - RSS, os mash-up, os tags entre
outros.
            De acordo com Saad,122
                         [...] a web estava produzindo sistemas, aplicativos e ferramentas que cada vez
                         mais municiavam o usuário para ações de comunicação e relacionamento
                         autônomas, sem a intervenção dos conhecidos veículos de mídia para a
                         formação da opinião da sociedade.
            Os wikis são páginas comunitárias na internet que podem ser alteradas por
seus usuários. A Wikipédia é um grande exemplo de wiki. Ela é uma enciclopédia online
colaborativa onde os usuários podem editar e adicionar verbetes. Disponível em
diversos idiomas, o que a diferencia de outras enciclopédias é o conteúdo, que vai além
do mundo acadêmico.123
            Blog, abreviação para Web Log , é uma ferramenta utilizada para a criação
de artigos, os chamados posts, e sua publicação na internet. Os Blogs podem abordar
qualquer assunto e uma grande vantagem é a possibilidade do autor receber
comentários dos leitores na própria matéria. Além disto, os leitores são capazes de
saber a opinião de outros leitores sobre o mesmo assunto.
            Muitos Blogs e outros sites de conteúdo contam hoje com uma ferramenta
chamada RSS – Really Simple Syndication , ou feed , que é utilizada para o envio de e-
mails com um resumo do conteúdo que acabou de ser atualizado pelo site. Assim, o
leitor pode acompanhar seus blogs e sites preferidos sem ter que entrar neles com
freqüência para saber se há novidades ou não.
            Os mash-ups são serviços criados pela combinação de diferentes aplicativos,
visando uma melhoria na sua apresentação. Isso acontece quando encontramos o

122
   SAAD, Beth. Estratégias 2.0 para a mídia digital: internet, informação e comunicação. 2 ed. rev. e
atual. São Paulo: Senac, 2003.p.148.
123
   Wikipédia, 2012.
Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h37.
47



Google maps na página de um site de venda de imóveis para podermos encontrar sua
localização, por exemplo.
            Os tags são palavras-chaves utilizadas em imagens ou textos para
categorizá-los e facilitar sua obtenção por outros usuários. Tendo um objetivo
colaborativo é utilizado em muitas redes sociais.124



3.1.2 Do modelo 1.0 para o 2.0



            Na mudança da web 1.0 para a 2.0 não houve uma ruptura, mas sim uma
mudança de técnicas e ferramentas utilizadas tanto no desenvolvimento quanto na
utilização dela.
            A internet 1.0 era mais tradicional, o produtor do conteúdo interagia pouco
com o receptor, ela era limitada em termos de personalização e possuía um aspecto
predominantemente informativo.
            Na web 2.0 o conteúdo é produzido pelo usuário. A informação é
compartilhada e a interatividade predomina, principalmente através dos diálogos e das
redes sociais.125




124
   TORRES, Claudio. A Bíblia do marketing digital: Tudo o que você queria saber sobre marketing e
publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo. Novatec, 2009. p. 125-133.
125
   SAAD, Beth. Estratégias 2.0 para a mídia digital: internet, informação e comunicação. 2 ed. rev. e
atual. São Paulo: Senac, 2003.p.154-156.
48



                                  Figura 3 - A evolução da Internet126




                         Figura 4 - Web 2.0 a primeira evolução da internet127
            O termo web 3.0 foi criado por John Markoff, jornalista do New York Times.
Esta futura geração da web, que estará representando sua terceira geração, deverá
surgir dentro dos próximos anos.128 Nela os conteúdos online estarão dispostos em
formato semântico e bem mais personalizados para os internautas. Com sites e
aplicativos inteligentes e propagandas e promoções fundamentadas nas pesquisas e
nos comportamentos. Esta nova geração da internet também pode ser chamada de "A
Web Inteligente."




126
   Web 2.0, Web 3.0 e as oportunidades para o governo. TI: Gov. Disponível em: <http: //igov. com. br/
tigov/?p=564>. Acesso em: 16 Abr. 2012 as 19h34.
127
       Hiperbytes   –   Web      2.0   a    primeira   evolução    da     internet. Disponível em:<
http://www.hiperbytes.com.br/inciantes/web-2-0-a-primeira-evolucao-da-internet/>. Acesso em: 23 Abr.
2012 as 19h38.
128
   Wikipédia, 2012.
Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_3.0> Acessado em: 04 Maio 2012 as 22h12.
49




3.2     As Redes Sociais



            Segundo a Wikipédia129, “rede social é uma estrutura composta por pessoas
ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores
e objetivos comuns”.
            As redes sociais virtuais trazem esta estrutura para o mundo online. As
pessoas se conectam através da internet para manterem relacionamentos pessoais,
profissionais e compartilharem interesses.
            Por meio destas redes, pessoas e organizações conseguem manter contato
para trocar informações, resolver problemas e divulgar iniciativas. Com mais rapidez,
abrangência e eficiência.



3.3     As Mídias Sociais



            Ainda segundo a Wikipédia130, “O conceito de mídias sociais (social media)
precede a Internet e as ferramentas tecnológicas - ainda que o termo não fosse
utilizado. Trata-se da produção de conteúdos de forma descentralizada e sem o
controle editorial de grandes grupos. Significa a produção de muitos para muitos”.
            As mídias sociais mudaram a maneira como as pessoas recebem
informações. Estas ferramentas on-line permitem a produção e compartilhamento de
conteúdo por qualquer pessoa que tenha interesse. Algo que há alguns anos era
exclusividade das mídias tradicionais, como o rádio, a televisão e a imprensa.

129
   Wikipédia, 2010.
Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social>. Acesso em: 19 Abr. 2012 as 18h39.

130
   Wikipédia, 2012.
Disponível em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Mídias_sociais>. Acesso em: 03 Maio 2012 as 11h03.
50



            Graças às mídias sociais o conteúdo produzido se tornou mais democrático e
colaborativo. Através desta interação, pessoas com interesses em comum têm a
oportunidade de se conhecerem e se relacionarem.131
            Existem diversos sites e formas de compartilhamento de vídeos, textos,
imagens e áudio na internet. Cada qual com sua proposta. Por existirem uma infinidade
destes sites, abordaremos aqui os mais famosos e utilizados da atualidade no Brasil.



3.3.1 You Tube



            Fundado em fevereiro de 2005, o You Tube é um site que permite que seus
usuários carreguem e compartilhem vídeos online. É possível encontrar hospedado
nele, vídeos caseiros, clips, filmes, reportagens, documentários entre outros. O material
encontrado no YouTube pode ser disponibilizado em blogs e em perfis de redes sociais.
Os membros cadastrados em contas do site podem comentar e classificar os vídeos.
            Atentas ao sucesso do you tube, as empresas têm cada vez mais aberto
contas no site para a divulgação de propaganda, vídeos insitucionais, reportagens,
virais132, entre outros.133 Outro site similar ao you tube que vem crescendo com a
mesma proposta de divulgação gratuita de vídeos é o Vimeo.



3.3.2 Twitter



            Com uma proposta simples e direta, este micro-blog permite postagens de
até 140 caracteres. O usuário cria um perfil com uma descrição curta chamada de Bio e
131
   TORRES, Claudio. A Bíblia do marketing digital: Tudo o que você queria saber sobre marketing e
publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo. Novatec, 2009. p. 111.
132
  Vídeos criados com o intuito de trafegarem pela internet e serem visto pelo maior número de pessoas
possíveis no menor tempo e se tornarem mania.
133
   TORRES, Claudio. A Bíblia do marketing digital: Tudo o que você queria saber sobre marketing e
publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo. Novatec, 2009. p. 84-85.
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Mídias Sociais como Oportunidades de Negócios

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO – BRIGADEIRO MÍDIAS SOCIAIS COMO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS: A NOVA RELAÇÃO ENTRE EMPRESA E CONSUMIDOR. ALINE SOUSA DE MOURA LILIAN JENIFER MACHADO MISSÃO São Paulo 2012
  • 2. CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO – BRIGADEIRO MÍDIAS SOCIAIS COMO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS: A NOVA RELAÇÃO ENTRE EMPRESA E CONSUMIDOR. Trabalho de conclusão de curso apresentada como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas do Centro Universitário Anhanguera Educacional de São Paulo – Campus Brigadeiro, na área de concentração/ disciplina de Marketing, sob a orientação do(a) Profº. Adm. Esp. Clóvis José de Grazia. ALINE SOUSA DE MOURA LILIAN JENIFER MACHADO MISSÃO São Paulo – junho - 2012
  • 3. MOURA, Aline Sousa de; MISSÃO, Lilian Jenifer Machado Mídias Sociais como Oportunidade de Negócios: a nova relação entre empresa e Consumidor / Aline Moura; Lilian Jenifer Machado Missão. São Paulo: 2012. SOBREN Bibliografia. 1. Mídias Sociais. 2. Redes Sociais. 3. Marketing Digital. 4. Consumidor. 5. Internet.
  • 4. Trabalho de Conclusão de Curso, defendida e aprovada em _____/_____/_____, pela Banca Examinadora constituída pelos professores: __________________________________________________ Profº. Esp. __________________________________________________ Profº. Esp. __________________________________________________ Profº. Esp.
  • 5. DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a todos que nos apoiaram, incentivaram e acreditaram em nós. E também às pessoas que admiramos, pois, nos inspiram e nos motivam a ser persistentes, a não temermos o futuro e a sempre perseguirmos o que acreditamos.
  • 6. AGRADEDIMENTOS Concluímos o Curso Superior em Administração de Empresas e iniciamos uma nova etapa em nossas vidas profissionais, onde não encontraremos mãos que nos puxem para cima. Apenas levamos a certeza de encontrar degraus, os quais superaremos passo a passo, ritmados e reforçados por aquilo que aprendemos! Há tantos a agradecer pela dedicação. Não somente por terem ensinado, mas por terem nos feito aprender! A palavra mestre, nunca fará justiça aos professores dedicados, aos quais, sem nominar terão nosso eterno agradecimento! Às nossas famílias, que nos momentos de ausência dedicados ao estudo superior, sempre fizeram entender que o futuro, é feito a partir da constante dedicação ao presente! Aos amigos, que fortaleceram os laços da igualdade, num ambiente de cooperação e união! Jamais os esqueceremos! A todos que contribuem para a disseminação do conhecimento e lutam por um mundo com mais oportunidade e educação. E por fim, agradecemos ao criador da vida, que nos deu a oportunidade de viver esta, entre tantas outras experiências de aprendizado, crescimento e desenvolvimento. Obrigada, Deus!
  • 7. “Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decorre sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.” William Shakespeare RESUMO
  • 8. O presente estudo evidencia a mudança de perfil de consumo da sociedade atual em comparação com a do século XX. E estabelece a internet como fator determinante para isto. O avanço dos meios de comunicação culminou numa interatividade instantanea. E tornou possível comunicar-se com qualquer lugar do planeta em tempo real através da internet. A própria internet evoluiu ao longo de sua existência e hoje recebe o nome de web 2.0 já caminhando para sua versão 3.0. As funcionalidades da web 2.0 possibilitaram a criação das redes sociais virtuais e das mídias sociais. Dentro desta esfera surgem a cada dia mais e mais redes unindo pessoas e organizações com os mais diversos interesses. Os consumidores têm feito uso das mídias sociais para se informarem sobre produtos e serviços, comparar preços, buscar indicações, anunciar produtos1, reclamar e elogiar marcas. Mas apesar da força, crescimento e potencialidade das mídias sociais, muitas empresas ainda não se conscientizaram da importância de se ter uma estratégia digital. E as que já estão presentes nas redes e mídias sociais em grande parte não sabem como se posicionar e muito menos como medir os resultados destas ações. Este projeto pretende esclarecer como as empresas devem atuar com marketing digital dentro da web 2.0 e em especial das mídias sociais. E transformar este investimento em retorno para os negócios. Palavras-chave: 1. Mídias Sociais. 2. Redes Sociais. 3. Marketing Digital. 4. Consumidor. 5. Internet. 1 Anúncios no segmento C2C, onde consumidores vendem para outros consumidores. No facebook, por exemplo, existe uma página destes classificados.
  • 9. ABSTRACT This study reveals the change of current society's consumption profile compared to the 20th century. And establishes the internet as a determining factor for this. The advancement of the media culminated in an instantly interactivity. And made it possible to communicate with any place on the planet in real time via the internet. The internet itself has evolved throughout its existence and today receives the name of web 2.0 is already moving towards its 3.0 version. Web 2.0 features have enabled the creation of virtual social networks and social media. Within this sphere arise every day more and more networks bringing together people and organizations with the most diverse interests. Consumers have made use of social media to enquire about products and services, compare prices, find information, advertise products2, complain and commend marks. But despite the strength, growth and potential of social media, many companies still are not aware of the importance of having a digital strategy. And those that are already present in the networks and social media in large part do not know how to position yourself, let alone how to measure the results of these actions. This project aims to clarify how businesses should act with digital marketing within the web 2.0 and social media in particular. And transform this investment in return for the business. Key words: 1.Social Media. 2. Social Networks. 3. Digital Marketing. 4. Consumer. 5. Internet. 2 Ads on C2C segment, where consumers sell to other consumers. On facebook, for example, there is a page of these sorted.
  • 10. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Estrutura da ARPANET.................................................................................................................31 Figura 2 - Infográfico da Internet................................................................................................................33 Figura 3 - A evolução da Internet...............................................................................................................48 Figura 4 - Web 2.0 a primeira evolução da internet...................................................................................48 Figura 5 - A tecnologia promove mudanças sociais rápidas e a sociedade direciona a..............................71 Figura 6 – Capas da Revista Time................................................................................................................72 Figura 7 – Infográfico Colaboração Brasileira.............................................................................................77 Figura 8 – Busca Orgânica X Links Patrocinados.........................................................................................88 Figura 9 - Matriz do ROI..............................................................................................................................92 Figura 10 – Parâmetros para mensuração de ROI......................................................................................94
  • 11. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Evolução do número de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente. Brasil – segundo trimestre de 2009, segundo trimestre de 2010 e segundo trimestre de 2011.............................42 Gráfico 2 - Audiência de Facebook e Orkut (em milhões de visitantes únicos)..........................................53 Gráfico 3 - Crescimento dos usuários do Facebook no Brasil.....................................................................55 Gráfico 4 - Usuários do Facebook no Brasil por idade................................................................................55 Gráfico 5 - Usuários do Facebook no Brasil por sexo..................................................................................56 Gráfico 6.....................................................................................................................................................62 Gráfico 7.....................................................................................................................................................63 Gráfico 8.....................................................................................................................................................63 Gráfico 9.....................................................................................................................................................64 Gráfico 10...................................................................................................................................................64 Gráfico 11...................................................................................................................................................65 Gráfico 12...................................................................................................................................................65 Gráfico 13...................................................................................................................................................66 Gráfico 14...................................................................................................................................................66 Gráfico 15...................................................................................................................................................67 Gráfico 16...................................................................................................................................................67 Gráfico 17 - A Cauda Longa.........................................................................................................................82
  • 12. SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................14 CAPÍTULO 1 18 A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR E A TECNOLOGIA NO SÉCULO XX............................................................18 1.1 A sociedade e o consumo.....................................................................................................................18 1.2 A Tecnologia.........................................................................................................................................22 1.2.1 O rádio...............................................................................................................................................23 1.2.2 A Televisão........................................................................................................................................24 1.2.3 Os Computadores..............................................................................................................................27 1.2.4 A Internet..........................................................................................................................................30 CAPÍTULO 2 34 A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR E A TECNOLOGIA NO SÉCULO XXI...........................................................34 2.1 O consumidor no século XXI.................................................................................................................34 2.1.1 A Geração Z.......................................................................................................................................35 2.2 A evolução tecnológica e os hábitos de consumo................................................................................36 2.2.1 Notebooks e Laptops.........................................................................................................................36 2.2.2 O iPod 37 2.2.3 Os Smartphones................................................................................................................................39 2.2.4 A Banda Larga no Brasil.....................................................................................................................40 2.2.5 A Era da Convergência.......................................................................................................................42 CAPÍTULO 3 45 A INTERNET 2.0..........................................................................................................................................45 3.1 Web 2.0............................................................................................................................................45 3.1.1 O conceito 2.0..................................................................................................................................45 3.1.2 Do modelo 1.0 para o 2.0................................................................................................................47 3.2 As Redes Sociais...............................................................................................................................49 3.3 As Mídias Sociais..............................................................................................................................49 3.3.1 You Tube..........................................................................................................................................50 3.3.2 Twitter.............................................................................................................................................50 3.3.3 LinkedIn...........................................................................................................................................51
  • 13. 3.3.4 Orkut 52 3.3.5 Facebook.........................................................................................................................................54 3.3.6 Outras Redes e Mídias Sociais.........................................................................................................57 3.3.7 E-commerce e Compras Coletivas...................................................................................................60 3.4 Pesquisa...................................................................................................................................62 CAPITULO 4.........................................................................................................................................69 A INTELIGÊNCIA DAS MULTIDÕES.......................................................................................................69 4.1 A inteligência das multidões.....................................................................................................69 4.2 Co-criação e Crowdsourcing.....................................................................................................73 4.3 Empowerment do Consumidor................................................................................................78 CAPÍTULO 5.........................................................................................................................................80 MÍDIAS SOCIAIS COMO OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS....................................................................80 5.1 Segmentação: O mercado de nicho..........................................................................................80 5.2 A presença das empresas nas mídias sociais............................................................................84 5.3 Marketing Digital no Google.....................................................................................................87 5.3.1 Google AdWords......................................................................................................................87 5.3.2 Google AdSense.......................................................................................................................89 5.3.3 Google Analitics.......................................................................................................................90 5.4 ROI............................................................................................................................................91 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................................95 REFERÊNCIAS..............................................................................................................................................97 ANEXOS....................................................................................................................................................109
  • 14. 14 INTRODUÇÃO Com o advento das tecnologias de comunicação e em especial as de telecomunicações, o mundo passou das interações locais para as interações globais. A maior parte deste progresso ocorreu durante o século XX. Invenções como o telefone, o rádio e a televisão, foram se popularizando ao longo deste século, modificando para sempre a maneira das pessoas se comunicarem, se entreterem e até mesmo de comprarem. Com o crescimento de muitos seguimentos, as empresas começaram a crescer e a fabricar produtos para as massas. Os jornais, estações de rádio e canais de televisão passaram a ser veículos de propaganda para as marcas e o consumidor do século XX passou a ter acesso uma enorme gama de produtos. Os hábitos de consumo foram se modificando devido à tecnologia, às ofertas de mercado (aspectos financeiro e político) e aos aspectos sociais. Mas nada afetou tanto o comportamento dos consumidores como a internet. As novas tecnologias e ferramentas da web 2.0 possibilitaram a criação e popularização das redes e mídias sociais. A cada dia, mais pessoas estão se conectando com os mais diversos propósitos como: lazer, entretenimento, compras, trabalho, informações, pesquisas, divulgação de causas, reclamações sobre produtos e serviços prestados, entre outros. Uma pesquisa realizada pelo IBOPE Nilsen 3 constata que a internet no Brasil está em amplo crescimento. E outra pesquisa realizada pelo Social Bakers4 mostra o crescimento espantoso do Facebook no Brasil nos últimos meses. 3 IBOPE Nielsen Online, 2011. Disponívelem:<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect? temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257 907000EC04F>. Acesso em: 22 Abr. 2012 as 19h29. 4 Socialbakers Disponível em:< http://www.socialbakers.com/facebook-statistics/brazil>. Acesso em: 03 Maio 2012 as 16h20.
  • 15. 15 O impacto desta nova cultura digital tem demandado um posicionamento das empresas e marcas dentro deste meio. E segundo Kotler5, A tarefa do marketing já não é mais tão simples. Os consumidores de hoje são bem informados e podem facilmente comparar várias ofertas de produtos semelhantes. O valor do produto é definido pelo cliente. As preferências dos consumidores são muitíssimo variadas. O consumidor de hoje dita as regras e as empresas que desejam manter-se competitivas devem se adaptar. Os consumidores não aceitam mais um tratamento vertical com as empresas. As mídias sociais oferecem as ferramentas necessárias para tornar os relacionamentos mais horizontais. E de acordo com Kotler6, À medida que as mídias sociais se tornarem cada vez mais expressivas, os consumidores poderão, cada vez mais, influenciar outros consumidores com suas próprias opiniões e experiências. A influência que a propaganda corporativa tem em moldar o comportamento de compra diminuirá proporcionalmente. A problemática gira em torno da modificação do perfil do consumidor após o advento da internet e a necessidade das empresas se adaptarem a esta nova realidade. O presente estudo objetiva demonstrar que as mídias sociais estão se convertendo no maior meio de comunicação entre empresas e consumidores. E que para se manter no mercado as empresas deverão investir no relacionamento com os clientes e criar oportunidades de negócios dentro das mídias sociais. Como objetivos específicos deste trabalho, temos: 1. A compreensão da mudança do perfil do consumidor devido o surgimento da internet e mais especificamente da web 2.0. 2. A compreensão do que são e como funcionam as redes sociais virtuais e as mídias sociais. 3. A compreensão do perfil do internauta na web 2.0. 4. Demonstrar como a inteligência das multidões digitais tem afetado a sociedade e os negócios. 5 KOTLER, Philip. Markentig 3.0: As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Tradução Ana Beatriz Rodrigues. 4 reimp. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p.4. 6 KOTLER, Philip. Markentig 3.0: As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Tradução Ana Beatriz Rodrigues. 4 reimp. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p.8.
  • 16. 16 5. Demonstrar as principais oportunidades de negócios geradas pelas mídias sociais e web 2.0. 6. E instruir como formular uma estratégia de marketing digital. Para a realização deste projeto foram realizadas análises qualitativas dos dados coletados de conceitos e teorias de especialistas. De acordo com Traldi e Dias7 a pesquisa qualitativa “é uma opção para os estudos que buscam os significados que as pessoas atribuem às suas experiências do mundo social e como as pessoas compreendem e interpretam esse mundo.” E segundo D’Angelo8, a pesquisa qualitativa é apropriada ao prisma interpretativista, já que visa desenvolver o saber para além de uma perspectiva simplista que trata o consumo como um episódio peculiarmente utilitarista e racional. Tendo em vista que este trabalho se destina ao estudo de estratégias de marketing digital, a interpretação tem grande relevância, pois, aborda diferentes conceitos, idéias e objetivos. Para fundamentação do trabalho fizemos pesquisas bibliográficas em livros, revistas, periódicos, artigos (impressos e de internet), sites e blogs especializados. Além disso, foi realizada uma pesquisa em forma de questionário com uma amostra de 50 universitários, com o objetivo de retratar o perfil de internauta destes estudantes e comparar com as tendências gerais de uso dos mecanismos oferecidos pela web 2.0 tanto no Brasil como no mundo. Os resultados desta pesquisa foram organizados na forma de gráficos que estão disponíveis no capítulo 3 do referencial teórico deste estudo, junto com a análise descritiva dos dados coletados. A justificativa deste projeto vem do crescimento acelerado da internet e das mídias sociais e principalmente da importância que estes meios de comunicação têm no dia a dia da sociedade atual como um todo. 7 TRALDI, Maria Cristina; DIAS, Reinaldo. Monografia Passo a Passo. ed. Especial. Campinas: Alínea, 2011. P. 35. 8 D’ANGELO, André. Todo poder aos consumidores: Vivemos a era do empowerment do cliente. E não se trata de um modismo, 2010. Disponível em:< http://www.amanha.com.br/blogs/93-sr-consumidor--por- andre-daangelo/878-todo-poder-aos-consumidores>. Acesso em: 22 Mai 2012 as 14h20.
  • 17. 17 A tecnologia invadiu nossas vidas trazendo facilidades, encurtando distâncias, otimizando tempo e modificando hábitos. Não há hoje canal mais democrático que a internet, onde podemos nos expressar e trocar informações de todos os tipos. Antigamente somente os grandes veículos de mídia detinham este poder. E dentro deste mundo de possibilidades que a internet representa e onde as redes sociais se fortalecem, nada mais natural do que encontrarmos as empresas atuando. Entender o comportamento deste consumidor que está surgindo, suas motivações e hábitos é imprescindível para a criação de estratégias de marketing das empresas. Todos aqueles que não querem perder espaço de mercado e mais do que isso, querem fortalecer seus relacionamentos e gerar novos negócios, devem acordar para esta nova realidade que ditará o futuro das relações comerciais.
  • 18. 18 CAPÍTULO 1 A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR E A TECNOLOGIA NO SÉCULO XX "Pôr os produtos ao alcance das massas: a era moderna do consumo é condutora de um projeto de democratização do acesso aos bens mercantis." Lipovetsky 1.1 A sociedade e o consumo No decorrer do século XX presenciamos o surgimento de novos aparelhos, processos e mudanças nos hábitos das pessoas. Devido a estas mudanças notáveis, o homem de hoje se distancia cada vez mais daquele do início do século passado. Segundo Reis Filho9, Hoje na virada do milênio, temos a certeza de que nossas vidas em muito se diferenciam daquelas vividas por nossos avós. Vários objetos dos quais nos rodeamos e não podemos prescindir no cotidiano existem a pouco mais de trinta anos. Mas, para, além disso, a maneira das pessoas pensarem, julgarem e programarem suas vidas também se modificou. Entender a evolução da sociedade, do consumo e da tecnologia no século XX, é essencial para compreendermos o funcionamento destes mesmos aspectos nos dias de hoje. O consumo sempre esteve ligado à evolução e condições da sociedade e a política vigente da época. Até o início do século XX, por exemplo, não existia um mercado voltado ao público infantil. 9 REIS FILHO, Aarão D. (Org.); FERREIRA, J. (Org.); ZENHA, C. (Org.). História do Século XX. 1 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. 3 v. p.118.
  • 19. 19 Segundo Blayne10, “No ano de 1900, a maioria das crianças em idade escolar não frequentou a escola nem mesmo por uma semana. Sua colaboração era necessária nos campos, nas matas, nas casas ou mesmo em minas subterrâneas”. Com o início da obrigatoriedade escolar as crianças passaram a consumir literatura e escritores as usaram como tema. Grandes escritores fizeram nome nesta época como Júlio Verne11, Charles Dickens12 e o brasileiro Monteiro Lobato13. A educação transformou o cenário infantil. E a segmentação deste público tornou viável um comércio direcionado a ele. Cafeterias e restaurantes começaram a se popularizar e marcaram uma mudança de hábito drástica. As famílias que sempre tiveram as refeições como o momento de união familiar e o centro de suas casas girando ao redor da cozinha começaram a comer na rua. Este hábito deu origem ao fastfood na segunda metade do século. Que foi impulsionado pela diminuição das famílias e o tempo que se tornava cada vez mais escasso.14 O uso do perfume, que em tempos mais remotos foi associado à nobreza e à realeza e também com fins de sedução, teve seu uso vinculado a uma nova realidade social. Devido à escassez de água, os trabalhadores depois de um longo dia de trabalho nas fábricas, usavam perfume para amenizar o odor. E graças ao crescimento industrial surgiu a necessidade também crescente de atividades administrativas e de escritório. Que só foram possíveis graças a invenções como canetas de ponta de aço, folha de papel carbono, máquina de datilografia, telefone, calculadora e o barateamento do papel.15 Outro fator interessante foi a mudança de papel dos animais na sociedade. 10 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 22. 11 Julio Verne (1828-1905) foi um escritor francês, autor de obras como: Vinte mil léguas submarinas e Viagem ao centro da terra. 12 Charles Dickens (1818-1870) foi um escritor inglês, autor de obras como: Oliver Twist e Um conto de Natal. 13 Monteiro Lobato (1882-1948) foi um dos grandes nomes da literatura brasileira do século XX. Entre suas obras encontramos a coleção Sítio do Picapau Amarelo. 14 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 123.
  • 20. 20 Segundo Blayne16, Gatos eram caçadores de ratos em armazéns e cozinhas. Cães ajudavam na caça e no pastoreio de ovelhas, e as raças de grande porte podiam ser aproveitadas para puxar pequenas carretas. Os huskies e os pôneis da Manchúria viriam a ser empregados no emocionante período de exploração da Antártica [...]. Estes animais passaram de simples ajudantes a membros das famílias. E a popularidade dos animais de estimação se tornou tão grande no início do século XX, que deu origem a personagens de desenhos animados como o Mickey Mouse e Gato Félix, que serviram de inspiração para muitos outros que foram criados posteriormente. Mas a influência dos animais no consumo foi além dos desenhos. Lojas, produtos e serviços especializados foram criados especialmente para eles. Com o surgimento dos automóveis e aviões, vencer as distâncias se tornou mais fácil e o turismo, como indústria, passou a existir. Durante a Primeira Grande Guerra, mulheres trabalharam em fábricas de armas e munições o que as levou posteriormente a quererem participação nas decisões políticas e o direito ao voto. De acordo com Blayne17, No mundo ocidental, a campanha em prol do voto feminino ganhou força com a guerra. As mulheres argumentavam que trabalhavam nas fábricas de munições e de produtos químicos, que seus filhos, irmãos e namorados ou maridos estavam morrendo no front e ainda assim elas não tinham o direito de votar e decidir pela guerra ou pela paz. Este foi o começo da participação feminina no mercado de trabalho e na política, que aos poucos foi mudando o papel da mulher na sociedade. Esta mudança foi tão grande que tornou a mulher uma grande consumidora e principal decisória das compras da casa. E na segunda metade do século esta mulher independente contava com uma variedade enorme de produtos, roupas, acessórios e serviços voltados exclusivamente a ela. 15 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 98. 16 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 29. 17 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 64.
  • 21. 21 Após a Segunda Guerra Mundial surgiram criações de moda, produtos e invenções incapazes de serem realizadas durante o período antecessor. E a respeito disto Blayne diz18, Raramente a história do mundo viu surgirem tantas inovações ou promessas de novidades. O lazer e a vida cotidiana foram sacudidos e mudaram. O gramofone se transformou no toca-discos. A gravação por meio magnético, tão importante para a televisão e os computadores, surgiu a partir de uma antiga invenção dinamarquesa. A grande tela de projeção, chamada de cinemascope, foi instalada em vários cinemas no início da década de 1950. Filmes coloridos se tornaram comuns [...] as roupas econômicas e limitadas do tempo da guerra - desenhadas de modo que se utilizasse o mínimo de tecido possível - foram desafiadas pelos vestidos longos, fluidos e vincados, bem como pelos casacos de cintura marcada do estilista que devolveu a elegância ao vestuário feminino. A partir daí se iniciou a era do consumo como a conhecemos hoje. Outra característica da sociedade do século XX foi o surgimento da cultura jovem. Em 1900 eles eram responsáveis por ajudar no sustento da família e ganhavam mais do que as mulheres que precisavam trabalhar fora. Em 1960 eles se rebelaram, declararam independência, começaram a sair mais cedo da casa dos pais e não se importavam mais com suas opiniões. O dinheiro ganho com o próprio trabalho era gasto por eles. O consumo de drogas e a expressão artística se tornaram caracteríscas desta faixa etária. São desta época músicos como The Beatles19, Rolling Stones20, Bob Dylan21 e o artista plástico Andy Warhol22. A partir daí os jovens nunca mais perderam seu espaço e são hoje grandes consumidores e influenciadores comportamentais.23 A preocupação com a ecologia surgiu também nesta época, impulsionada nos EUA pela Guerra do Vietnã e teve muitos jovens como adeptos. E ainda segundo Blayne24, 18 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 225. 19 Banda de rock britânica formada em 1960 por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr; considerado o grupo mais aclamado da história. 20 Banda de rock britânica formada em 1962 por Mick Jagger, Keith Richards, Brian Jones, Bill Wyman e Charlie Watts. 21 Cantor e compositor americano. Conhecido por suas músicas de estilo folk 22 Foi um empresário, pintor e cineasta norte-americano. Principal representante da pop-art. 23 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 235.
  • 22. 22 Na década de 1960, [...] Alguns observadores começaram a notar os efeitos visíveis e invisíveis das novas máquinas e dos novos produtos químicos. Os pesticidas que combatiam o mosquito transmissor da malária eram então suspeitos de serem extremamente nocivos [...]. Esta preocupação ecológica foi responsável por diversas mudanças. Como por exemplo, o CFC25, um dos responsáveis pela destruição da camada de ozônio, que foi abolido da fabricação de produtos. E o descarte de lixo começou a ser dividido em orgânico e reciclável. O consumo é a engrenagem que move o capitalismo. E sendo ele parte fundamental do funcionamento desta sociedade, surgiu a necessidade de se criar um órgão que cuidasse dos interesses dos consumidores e implantasse regras que ditassem parâmetros para a venda de produtos e serviços. E no Brasil o PROCON26 foi criado na década de 1970. Outra entidade importante é o IDEC27 criado em 1987. Estes órgãos são responsáveis pela criação do Código de Defesa do Consumidor, lei 8.078, sancionada no início dos anos 1990. Lei esta, que veio criar parâmetros e modificar o relacionamento entre empresas e clientes. 1.2 A Tecnologia O século XX foi marcado por diversos avanços tecnológicos na área da comunicação. E isso não aconteceu por acaso. A necessidade de se comunicar devido primeiramente ao avanço mercantil e posteriormente à revolução industrial, impulsionou a troca de notícias, o que acarretou na invenção do telégrafo elétrico e seus cabos submarinos, ainda no século XIX. Outro invento revolucionário desta época é o telefone, que evoluiu muito durante o século XX, 24 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 249. 25 Cloro flúor carboneto; propelente usado em aerossóis e gás para refrigeradores. 26 Grupo Executivo de Proteção ao Consumidor. 27 Instituto de Defesa do Consumidor.
  • 23. 23 com a instalação de grandes redes telefônicas por todo o mundo e chegando hoje a sua versão mais recente, o celular. A importância da telefonia é tão grande, que hoje ela serve de suporte para o meio de comunicação mais revolucionário desde a invenção da imprensa por Gutenberg, a internet. Grandiosidade esta que de acordo com a análise de Costella28, No final de 2000, o século vinte e o segundo milênio foram fechados com um bilhão e seiscentos milhões de telefones em operação no mundo, dos quais 650 milhões são celulares. A malha telefônica mundial tornou-se, portanto, quase tão importante quanto o ar que se respira. Ela mantém a vitalidade da sociedade humana, transmitindo notícias, promovendo operações comerciais, intercâmbio científico e cultural, etc. E, mais do que tudo, ela serve de suporte à internet. Com a invenção da internet no século XX a comunicação alcançou um grau de rapidez e eficiência nunca antes presenciado pela humanidade. Mas antes dela, outros grandes inventos surgiram ao longo deste século, modificando os hábitos das pessoas e trazendo a comunicação às massas. 1.2.1 O rádio Utilizando os mesmos princípios do telégrafo sem fio, usado para o envio de mensagens através de ondas, o rádio se popularizou na década de 1920 para transmitir notícias e músicas. Sua aderência foi impressionante, pois, em apenas uma década os países mais influentes e evoluídos do mundo já haviam sido conquistados pela invenção. Nos Estados Unidos propagandas e promoções começaram a ser veiculadas em seus primeiros anos de uso. Isso porque grandes jornais eram donos de algumas das emissoras e as criaram com o objetivo de alavancar vendas.29 Com o crescimento acelerado da indústria e do comércio, a necessidade de canais para a comunicação com o consumidor, fez do rádio um canal ideal. Com o 28 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p.147. 29 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 149.
  • 24. 24 passar do tempo os jornais e revistas foram perdendo grande parte de seus anunciantes para ele. No início, este eletrodoméstico tinha o tamanho de uma cômoda e ficava nas salas das casas, onde as famílias se reuniam para se entreter e escutar notícias. Com a evolução da tecnologia, devido principalmente ao surgimento do transistor, foi possível a redução do tamanho do aparelho. Isso possibilitou a existência de aparelhos portáteis como os rádios dos carros, walkman, e os radinhos utilizados por torcedores em jogos esportivos para acompanhar a narração.30 A demanda devido à audiência de rádios portáteis é tão grande que surgiram programas voltados especificamente para ela, como programas sobre o trânsito na hora do rush, nas grandes cidades. 1.2.2 A Televisão A idéia da televisão já existia desde o século XIX. Muitos cientistas se dedicaram à criação do aparelho que seria capaz de transmitir imagens à distância. Mas foi Paul Nipkow31 que formulou o princípio básico da televisão. O que nada mais era do que um disco que girava e recebia luz. Os pontos poderiam ter mais ou menos luminosidade e essas informações luminosas eram convertidas em sinais elétricos.32 Em Londres no ano de 1926, usando os princípios de Nipkow, John Logie Baird33 iniciou o primeiro sistema de TV. Este ainda era muito precário e mecânico. A televisão só se tornou eletrônica pelas mãos de Wladimir Kosma Zworykin 34 que utilizou 30 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 163. 31 Paul Nipkow (1860-1940) foi um técnico e inventor alemão, conhecido por ter inventado o disco de Nipkow que deu origem a televisão. 32 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 79. 33 John Logie Baird (1888-1946) foi um engenheiro escocês; primeiro a construir um sistema de televisão praticável. 34 Wladimir Kosma Zworykin (1888-1982) foi um inventor e engenheiro russo, radicado nos EUA; pioneiro da tecnologia da televisão.
  • 25. 25 o tubo de Braun35 e o iconoscópio36. Este, muito eficiente mostrou que os rumos da televisão seriam definitivamente eletrônicos. E aos poucos a televisão se tornou uma febre. De acordo com Blayne37, “embora em 1949 houvesse apenas um milhão de televisores nos lares dos Estados Unidos, em 1959 esse número chegou à marca de 50 milhões - mais do que a soma de todos os aparelhos do resto do mundo”. Junto com a televisão surgiram mudanças de hábito. As famílias começaram a jantar em frente ao aparelho. O que era uma postura radical, tendo em vista as regras familiares da época. A televisão no início era preta e branca e suas transmissões eram limitadas. Mas na década de 1960 o lançamento de satélites de comunicação tornou possível a transmissão ao vivo para todo o planeta. Graças aos satélites muitos telespectadores puderam assistir a chegada do homem à lua, a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio ao vivo e de cenas da guerra do Vietnã, diariamente assistidas nas casas americanas.38 A televisão passou a fazer parte do cotidiano das pessoas, tornando-se um mundo de entretenimento sem sair de casa. E nas palavras de Blayne39, A televisão invadiu países inteiros e foi bem recebida, enriquecendo ou alterando quase todas as facetas da vida cotidiana: lazer, esportes, música, religião, política, notícias, culinária, publicidade, educação, brincadeiras de criança e até mesmo o modo de falar e a gramática. 35 Criado com a finalidade de pesquisar a condutibilidade elétrica pelo pesquisador Karl Ferdinand Braun (1850-1918). 36 Sistema de fotocélulas criado por Zworykin o qual ele definia como uma reprodução eletrônica do olho humano. 37 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 226. 38 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 215. 39 BLAINEY, Geoffrey. Uma breve história do século XX. 2 ed. São Paulo: Fundamento Educacional, 2011. p. 227.
  • 26. 26 Com o crescimento dos telespectadores, o rádio foi perdendo audiência e as vendas dos jornais caíram. Segundo Costella40, “Tem sido sempre assim. Os novos meios de comunicação, mais modernos, reduzem a importância, limitam, deslocam, mas não matam os seus antecessores mais antigos. Estes sobrevivem, embora limitadamente”. No que diz respeito à parte comercial e jurídica, a tv teve vantagem, pois, já encontrou uma estrutura pronta criada pelo rádio. Ela conseguiu muitos anúncios publicitários, roubando uma grande fatia cultivada pelo rádio há anos. No Brasil, as transmissões televisivas começaram em 18 de abril de 1950 com a TV Tupi. Como televisão era algo novo por aqui, houve muito improviso de início. A solução foi recorrer às técnicas utilizadas pelas rádios.41 Eram poucas as casas que tinham o aparelho no início e por isso a programação era mais elitizada. Conforme o televisor ficava mais acessível e começava a ser adquirido pela classe média, a programação se tornou mais popular. E por isso Costella afirma42, O aumento do público telespectador forçou a popularizar a programação. Para cativar o maior número, a massa, com sua inevitável heterogeneidade, as emissoras desenterraram os modelos de programas vitoriosos do rádio e os travestiram para o vídeo. Novos ídolos de popularidade emergiram: Silvio Santos, Chacrinha (Abelardo Barbosa), Hebe Camargo, Flávio Cavalcanti[...]. Nos anos de 1970 as telecomunicações brasileiras receberam investimentos estatais. Graças a EMBRATEL foi possível à transmissão em cadeia nacional. E com a inauguração da estação rastreadora de Itaboraí, o Brasil passou se conectar com um satélite, o que tornou possível assistirmos a chegada do homem à lua.43 A televisão foi se consagrando por aqui e as telenovelas caíram no gosto do público nacional. Muitas delas foram exportadas para cerca de 120 países. 40 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 103. 41 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 127. 42 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. ver. e atual pelo autor Campos do Jordão, São Paulo: Editora Mantiqueira, 2002. p. 202. 43 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 203-208.
  • 27. 27 No final do século XX a televisão estava presente na maioria dos domicílios onde era possível acessar canais com cobertura local e nacional. E para Costella44, O crescimento da televisão no Brasil pode ser retratado, resumidamente, nos seguintes números. No ano 2000 o País contava com 269 estações geradoras e 2.591 retransmissoras, as quais estavam presentes em 87,4% dos domicílios, por meio de cerca de 50 milhões de aparelhos receptores domésticos. O faturamento publicitário das emissoras de televisão no primeiro trimestre de 2000 ultrapassou um bilhão e meio de dólares. Mais uma novidade do final do século XX foram os canais de tv a cabo que traziam pacotes com canais internacionais e nacionais produzidos especialmente para assinantes. Era a globalização se fazendo presente também nas transmissões televisivas. Atrações produzidas e acompanhadas por americanos e europeus começou a ser consumia também pelo público brasileiro. 1.2.3 Os Computadores Antes do século XX foram inventados diversos artefatos para calcular, desde o ábaco da antiguidade até contadores acionados mecanicamente. Contadores como este, comandados por cartões perfurados e utilizados no recenseamento populacional dos Estados Unidos em 1890, foram responsáveis pela origem da IBM45 em 1924. A primeira geração de computadores abrange as décadas de 1940 e 1950. Estes computadores foram criados com fins bélicos. O Mark-I desenvolvido por Howard H. Aiken46 na Universidade de Harvard em parceria com a Marinha dos Estados Unidos é um exemplo destes computadores, que ainda eram eletromecânicos. O primeiro computador eletrônico também data desta época. Em 1945, na Universidade da Pensilvânia, o ENIAC47 foi construído. Utilizando tecnologia de válvulas 44 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. ver. e atual pelo autor Campos do Jordão, São Paulo: Editora Mantiqueira, 2002. p. 206. 45 International Business Machine; empresa Americana de informática fundada em 1888. 46 Howard H. Aiken (1900-1973) foi um engenheiro americano pioneiro da computação. 47 Electronic Numerical Integrator and Calculator.
  • 28. 28 (18.000 válvulas) o gigante pesava trinta toneladas e ocupava uma área de trinta metros quadrados. John Presper Eckert Jr.48 e John William Mauchly49, os mesmos criadores do ENIAC criaram na sequência o UNIVAC50, que em 1951 se tornou o primeiro computador a ser comercializado na história. Foram produzidas 15 unidades. Com a construção do IBM 650 em 1954, a IBM resolveu ousar. Ela projetou a venda de 50 unidades da máquina, o que representava mais do que todos os computadores existentes na época. Em 1958, 2.000 unidades do modelo já se espalhavam pelo mundo.51 Os computadores desta geração eram muito específicos e de acordo com Costella52, Os primeiros computadores eram programados para uma função específica. Exemplos: tabulação de recenseamento, como foi o caso do primeiro UNIVAC; processamento de folha de pagamento, função do segundo UNIVAC, comprado em 1954 pela General Eletric; realização de cálculos de balística, etc. A segunda geração de computadores surgiu após a invenção do transistor que foi o grande responsável pela redução do tamanho destas máquinas e que também possibilitou processamentos mais rápidos. Estas máquinas que foram produzidas entre 1955 e 1965, ainda eram restritas a governos, grandes empresas e grandes universidades e tinham um alto custo. Na terceira geração - de 1965 a 1980 - os computadores eram feitos de circuitos integrados. Com isso reduziram de tamanho, se tornando de porte médio. 48 John Presper Eckert Jr (1919-1995) foi um inventor americano pioneiro da computação. 49 John William Mauchly (1907-19800 foi um físico americano pioneiro da computação. 50 Universal Automatic Computer. 51 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 219. 52 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 220.
  • 29. 29 O surgimento do chip em 1971 possibilitou a miniaturização dos circuitos.53 Os computadores se tornaram acessíveis a centros de pesquisas e universidades menores graças ao barateamento da produção, que começou a ser feita em maior escala. Da primeira para a terceira geração houve uma grande evolução. Um chip tinha a mesma potência que as 18.000 válvulas do ENIAC. O PC54 que conhecemos hoje só passou a existir na quarta geração, de 1980 a 1990. Este modelo consagrado pelo lançamento da IBM em 1981 foi copiado por diversas empresas e seu design ditou o futuro dos desktops55. Eles se espalharam rapidamente pelas fábricas, escritórios e escolas, até alcançar os nossos lares, com a proposta de um uso eventual.56 Programas como o MS-DOS (1981), o processador de texto Word (1983) e o sistema operacional Windows 3.0 (1990), da Microsoft de Bill Gates, se tornaram sucesso de vendas. Segundo Costella57, “só do gerenciador Windows 3.0, que lançou em 1990, Bill Gates vendeu 50 milhões de cópias e, com tamanha vendagem, pavimentou uma estrada triunfal para as edições seguintes do mesmo Windows”. A quinta geração que começou em 1990 e dura até os dias de hoje, engloba os computadores conhecidos como Ultra large scale integration58. O que significa que contamos com processadores mais rápidos e cada vez menores. Assim a indústria conseguiu reduzir mais ainda o tamanho dos computadores pessoais, transformando-os em portáteis. 53 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 223. 54 Personal computer ou computador pessoal. 55 Computadores de mesa. 56 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 224. 57 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 225. 58 Integração de escala ultra larga.
  • 30. 30 Apesar de não serem oriundos da década de 1990, os notebooks59 evoluíram muito durante este período. Chegaram ao final do século XX com compartimento de DVD60 e acesso a internet sem fio, Wi-Fi61. Porém ainda não eram capazes de rodar os mesmos aplicativos que um desktop. 1.2.4 A Internet Devido a Guerra Fria e toda tensão militar causada por ela entre Estados Unidos e União Soviética, a agência militar americana ARPA62, preocupada com a possível inviabilidade de comunicação entre bases militares na hipótese de um combate, criou uma rede capaz de armazenar dados, chamada ARPANET, em 1969. No início a rede era exclusiva para uso militar e conectava centros de pesquisas de grandes universidades que desenvolviam projetos com fins bélicos.63 O termo internet foi utilizado pela primeira vez por Vinton Cerf64 e sua equipe de cientistas em 1971, quando tentavam conectar três redes diferentes. Também em meados dos anos 1970 a rede começou a ser utilizada por universidades menores e a comunidade cientifica como um todo. Primeiramente nos Estados Unidos e um pouco mais adiante por todo o mundo. 59 Computador portátil. 60 Digital Versatile Disk ou Disco Digital Versátil. 61 Uma marca registrada da Wi-Fi Alliance, que é utilizada por produtos certificados que pertencem à classe de dispositivos de rede local sem fios. 62 Advanced Research Project Agency ou Agência de Pesquisa e Projetos Avançados. 63 KLEINA, Nilton. A história da Internet: pré-década de 60 até anos 80: Foram anos de avanços até a rede mundial de computadores tornar-se o que é hoje, 2011. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/infografico/9847-a-historia-da-internet-pre-decada-de-60-ate-anos-80- infografico-.htm>. Acesso em: 16 Dez. 2011 as 18h12. 64 Matemático e informático americano e um dos fundadores da internet.
  • 31. 31 Ferramentas importantes foram criadas, como o e-mail, o TCP/IP 65 e a Usenet66.67 Já nos anos 1980, com a Guerra Fria se amenizando, a ARPANET se dividiu em duas: MILNET (militar) e ARPANET (civil). Tornando a internet mais parecida com a que temos hoje e servindo de base para a World Wide Web - www, criada em 1989. Figura 1- Estrutura da ARPANET68 A famosa WWW possibilitou a conexão de milhares de redes e a participação de cidadãos comuns. Nunca antes na história, um meio de comunicação teve crescimento tão rápido, como constata Costella69, 65 Transmition Control Protocol / Internet Protocol ou Protocolo de Controle de transmissão/ Protocolo de Internet; protocolos responsáveis pela transmissão e endereçamento dos dados. 66 Espécie de fórum de discussão onde grupos afins eram formados e compartilhavam novidades sobre os temas escolhidos. 67 KLEINA, Nilton. A história da Internet: pré-década de 60 até anos 80: Foram anos de avanços até a rede mundial de computadores tornar-se o que é hoje, 2011. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/infografico/9847-a-historia-da-internet-pre-decada-de-60-ate-anos-80- infografico-.htm>. Acesso em: 16 Dez. 2011 as 18h12. 68 KLEINA, Nilton. A história da Internet: pré-década de 60 até anos 80: Foram anos de avanços até a rede mundial de computadores tornar-se o que é hoje, 2011. Disponível em:< http://www.tecmundo.com.br/infografico/9847-a-historia-da-internet-pre-decada-de-60-ate-anos-80- infografico-.htm>. Acesso em: 16 Dez. 2011 as 18h12.
  • 32. 32 [...] 1996, a internet já contava com cinqüenta milhões de internautas no mundo. Foi um crescimento espantoso. Para atingir essa marca de cinqüenta milhões de usuários, a eletricidade havia demorado 46 anos e o automóvel, 55 anos. A internet resolveu o assunto em 5 anos! No Brasil, universidades começaram a participar da rede que integrava universidades americanas na antiga ARPANET, em 1988. E foi criada também neste ano, em terras tupiniquins, a AlterNex, exclusiva à atividades acadêmicas. Somente em 1992 o Brasil entrou para rede mundial de computadores.70 Na segunda metade da década de 1990 muitos provedores começaram a aparecer: UOL71, AOL72, BOL73, IG74, Terra, entre outros. E uma grande parte da população aguardava a meia noite para se conectar através da linha telefônica. Depois deste horário apenas um pulso era cobrado. Sem isso muitos não teriam condições de navegar pela web, tendo em vista os altos valores dos provedores e da conta telefônica até a chegada da Banda Larga. Na época o navegador mais utilizado era o Internet Explorer da Microsoft, que vinha junto com o sistema operacional Windows. E os sites mais procurados eram os portais, contendo notícias, salas de bate-papo e e-mail. Foi através deles que a internet se popularizou por aqui. Outros nomes que remetem a época são os sites de busca CADÊ? e Yahoo!, o aplicativo de mensagens instantâneas ICQ, o site de leilões Arremate.com. e o compartilhador de músicas Napster. E a internet fechou o século XX com mais de 250 milhões de usuários no mundo. Número impressionante, tendo em vista o seu pouco tempo de existência. 69 COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao satélite: História dos meios de comunicação. 5 ed. rev. e atual. São Paulo: Mantiqueira, 2002. p. 233. 70 BARWINSKI, Luísa. A World Wide Web completa 20 anos, conheça como ela surgiu, 2009. Disponível em:< http://www.tecmundo.com.br/historia/1778-a-world-wide-web-completa-20-anos-conheca-como-ela- surgiu.htm>. Acesso em: 16 Dez. 2011 as 23h47 71 Universo Online. 72 America Online. 73 Brasil Online. 74 Internet Generation.
  • 33. 33 Figura 2 - Infográfico da Internet75 75 KLEINA, Nilton. A história da Internet: pré-década de 60 até anos 80: Foram anos de avanços até a rede mundial de computadores tornar-se o que é hoje, 2011. Disponível em:< http://www.tecmundo.com.br/infografico/9847-a-historia-da-internet-pre-decada-de-60-ate-anos-80- infografico-.htm>. Acesso em: 16 Dez. 2011 as 18h12.
  • 34. 34 CAPÍTULO 2 A EVOLUÇÃO DO CONSUMIDOR E A TECNOLOGIA NO SÉCULO XXI "Das coisas, esperamos menos que nos classifiquem em relação aos outros e mais que nos permitam ser mais independente e mais móvel, sentir sensações, viver experiências, melhorar nossa qualidade de vida, conservar juventude e saúde." Lipovetsky 2.1 O consumidor no século XXI O consumidor do século XXI é racional, porém, emotivo. Isso porque procura informações sobre o produto e marca antes de efetuar a compra e leva em consideração fatores como sustentabilidade e responsabilidade social na hora da escolha. Pesquisa custo benefício e não deixa de comprar um produto mais caro se lhe fornecer o que está procurando.76 É aí que entra o fator emocional. Criar vínculo entre a compra e a identidade é muito importante para o consumidor da era atual, pois, ele reafirma sua personalidade por meio de suas aquisições. Ele também se mostra mais flexível nos dias de hoje, sendo capaz de trocar uma marca que utiliza há anos por uma nova, simplesmente por esta combinar mais com ele, ou ser mais tecnológica, ou até mesmo por não ser testada em animais.77 76 PRADO, Laís. CCSP: Ipobe Mídia. Pesquisa Consumidor do Século XXI, 2008. Disponível em:<http://ccsp.com.br/ultimas/noticia. php?id=35092>. Acesso em: 17 Dez. 2011 as 16h29. 77 PRADO, Laís. CCSP: Ipobe Mídia. Pesquisa Consumidor do Século XXI, 2008. Disponível em:<http://ccsp.com.br/ultimas/noticia.php?id=35092>. Acesso em: 17 Dez. 2011 as 16h29.
  • 35. 35 Segundo Lipovetsky78, “o consumo é um dos raros fenômenos que conseguiram modificar os modos de vida, os gostos, as aspirações e os comportamentos da maioria, em um intervalo de tempo tão curto”. A diferença deste consumidor para o do século anterior é a atitude. Ele conhece e exige seus direitos e quando não está satisfeito faz propaganda negativa das marcas. Ele sabe o que quer e até mesmo colabora enviando às empresas idéias para melhorar os produtos e serviços quando elas disponibilizam canais para isso. Exigente ele procura qualidade e conforto. E a experiência na hora da compra ou recebimento do serviço é a peça chave na decisão de retorno. 2.1.1 A Geração Z A geração Z compreende os nascidos durante a segunda metade da década de 90 e a década de 2000. Estas crianças e adolescentes vivem conectados. Muitos aprenderam a mexer no computador antes mesmo de aprender a escrever. Gostam de jogos, lêem livros no iPad79 dos pais, participam de redes sociais infantis como o Club Penguin da Disney e estão sempre com seus iPods80.81 A era digital é a realidade deles. Costumam ficar conectados 24 horas por dia em seus celulares. Por serem muito dinâmicos preferem se corresponder por SMS 82 e Instant Messengers83 do que enviar e checar e-mails. E por se adaptarem tão 78 LIPOVETSKY, Gilles. A Felicidade paradoxal: Ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. Tradução Maria Lucia Machado. 2 reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 32. 79 Computador em formato tablet da marca americana Apple. 80 Tocador de músicas no formato MP3 e vídeos da marca americana Apple. 81 YURI, Débora. Comportamento: a era dos Z. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 63-67. 82 Short Message Service ou Serviço de Mensagens Curtas; serviço disponível para telefones celulares. 83 Aplicativos de mensagens instantâneas usados em computadores e celulares para comunicação através da internet.
  • 36. 36 rapidamente às novas tecnologias, gostam de dispositivos móveis e interagem muito bem com eles.84 Gostam de ser os primeiros a chegar com as novidades. Sabem qual é o vídeo mais acessado do youtube, têm baixado em seus iPods os últimos lançamentos musicais e baixam filmes que muitas vezes nem estrearam no cinema. Estes novos consumidores gostam de roupas, tênis e celulares de última geração e também costumam influenciar as compras dos pais.85 Uma característica interessante desta geração é que fazem diversas atividades ao mesmo tempo. Enquanto deixam a TV ligada em seu programa favorito, estão conectados na rede social e escutando música. Mas em contrapartida são muito dispersos e não conseguem se manter por muito tempo na mesma atividade. A preocupação ecológica e a expressão de suas opiniões também são particularidades destas crianças e adolescentes.86 De acordo com Shinyashiki87, Entre os fatores que influenciam estes jovens podemos destacar o mundo globalizado, interconectado e extremamente tecnológico em que vivemos. Esse universo cria nas crianças nascidas nas últimas duas décadas características únicas, que definem essa geração tecnológica. A importância de se entender o comportamento e hábito desta geração se deve ao fato de que ela já é consumidora e dentro dos próximos anos se tornará decisora de grande parte das compras feitas. 2.2 A evolução tecnológica e os hábitos de consumo 2.2.1 Notebooks e Laptops 84 YURI, Débora. Comportamento: a era dos Z. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 63-67. 85 YURI, Débora. Comportamento: a era dos Z. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 63-67. 86 YURI, Débora. Comportamento: a era dos Z. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 63-67. 87 SHINYASHIKI, Eduardo. A geração Z e o mercado de trabalho. Disponível em: <http://www.vitrinepublicitaria.net/opiniao.asp?menucodigo=29> Acessado em: 04 Maio 2012 as 21h46.
  • 37. 37 A mudança de hábito tem andado paralela a evolução tecnológica. No início deste século vimos os notebooks ou laptops88 tomarem a preferência dos usuários de PC’s. Hoje em dia muitas pessoas trocaram seus desktops por eles. A mobilidade é uma das grandes responsáveis, mas mais do que isso, os notebooks elevaram sua capacidade ao mesmo patamar dos desktops.89 Estes equipamentos surgidos na década de 1980 pareciam maletas que pesavam 12 quilos. E já na primeira década do século XXI vimos surgir modelos como o Macbook Air da Apple, que tem menos de 2cm de espessura e pesa 1,36 quilo e o netbook, com sua tela de 10 polegadas; podendo ser encontrado também em versões menores; que nada mais é do que um mini-laptop. Em 2008 a venda de notebooks superou a venda de desktops.90 2.2.2 O iPod A maneira como escutamos e consumimos música também mudou. Depois do surgimento do Napster e outros compartilhadores de música no final do século XX, o primeiro MP3 player91 foi fabricado em 1998: o MPMANF10. Sua capacidade de armazenamento era de 32MB92, o que seria espaço suficiente para um álbum e custava 88 Variante para notebook. 89 PRADA, Rodrigo. A história dos Notebooks: Descubra de onde surgiram e como evoluíram os computadores portáteis até a atualidade, 2009. Disponível em:< http://www.tecmundo.com.br/2231-a- historia-dos-notebooks.htm>. Acesso em: 15 Dez. 2011 as 16h25 90 PRADA, Rodrigo. A história dos Notebooks: Descubra de onde surgiram e como evoluíram os computadores portáteis até a atualidade, 2009. Disponível em:< http://www.tecmundo.com.br/2231-a- historia-dos-notebooks.htm>. Acesso em: 15 Dez. 2011 as 16h25 91 Tocador de música no formato MP3. MP3 foi um dos primeiros tipos de compressão de áudio com perdas quase imperceptíveis ao ouvido humano. 92 Megabyte; Unidade de medida de informação equivalente a 1.000.000 de bytes.
  • 38. 38 cerca de US$ 250,00.93 Quase três anos depois o mundo veio a conhecer o que seria o maior fenômeno de vendas destes aparelhos: o iPod. Com um design inovador e apenas um botão, sua capacidade era de 5GB94, o equivalente a 1000 músicas e custava US$399,00. Em menos de três meses ele vendeu 125 mil unidades. Outros aparelhos similares ao iPod surgiram, inclusive copiando seu design, mas nenhum conseguiu chegar perto de seu volume de vendas. As versões disponíveis no mercado conseguem agradar a todo tipo de usuário com diversos tamanhos e cores. O iPod Nano que substituiu o Mini é uma versão reduzida do modelo clássico. O iPod Shuffle é o modelo sem visor e com funções apenas musicais, sendo o menor MP3 player do mercado. E sua versão mais moderna e recente é o iPod Touch. Com tela sensível ao toque, nele é possível acessar internet Wi-Fi, baixar aplicativos na App Store, além de tocar músicas e vídeos. E na quarta geração, ele ganhou câmera para tirar fotos e filmar em HD.95 O sucesso destes equipamentos abriu espaço para um novo mercado de acessórios criados exclusivamente para eles. E diversas empresas começaram a fabricar capas, caixas de som, cabos adaptadores, carregadores para carros, entre outros. Em 2010 foram contabilizadas vendas de mais de 269 milhões de iPods no mundo. Para carregar músicas nos iPods e iPhones a Apple criou o reprodutor de mídia iTunes. Nele é possível armazenar e tocar músicas e vídeos. Dentro do iTunes há um link para a iTunes Store, onde o usuário pode comprar diversos arquivos de mídia digital. Loja esta, que desde 2011 tem sua versão brasileira, onde é possível comprar um álbum por U$9,99 ou até mesmo uma música por U$0,99. Seu acervo é de 20 milhões de músicas entre artistas nacionais e internacionais. 93 DERKOSKI, Fernando. Primeiro MP3 Player do mundo faz aniversário este mês, 2008. Disponível em:< http://www.mundonerd.org/gadgets/primeiro-mp3-player-faz-aniversario-este-mes>. Acesso em: 25 Abr. 2012 as 15h13. 94 Gigabyte; Unidade de medida de informação equivalente a 1.000.000.000 de bytes. 95 Wikipédia, 2012. Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/IPod>. Acesso em: 30 Abr. 2012 as 16h49.
  • 39. 39 2.2.3 Os Smartphones A Apple se consagrou neste início de século como uma das empresas mais inovadoras e alcançou o patamar de empresa mais valiosa do mundo em 2011, tirando o posto da petrolífera Exxon Mobil. Outra empresa que já ocupou esta posição foi o Walmart, rede de supermercados americana.96 É interessante analisarmos que até pouco tempo atrás tínhamos ocupando o primeiro lugar da lista uma empresa que vende produtos básicos para a sobrevivência como comida e artigos de higiene pessoal e outra da indústria energética, sem a qual o funcionamento da sociedade atual seria impossível. Ter a Apple ocupando o primeiro lugar da lista retrata a importância e a grandiosidade do papel da tecnologia nos dias de hoje. Em 2007, a Apple lança mais uma vez um aparelho revolucionário e capaz de mudar o hábito e a maneira como as pessoas interagem como a tecnologia. O iPhone é um smartphone97 com tela touchscreen98 que funciona como um computador de mão. Além dos recursos de câmera digital e tocador de música, que já eram conhecidos na época, o iPhone se conectava à internet Wi-Fi, possuía GSP99 através do Google maps, gravava e rodava vídeos, entre outras funções.100 Seu design minimalista, na mesma linha do iPod e sua tela multicolorida de fácil manuseio, chamou a atenção dos consumidores. Ele foi evoluindo com o tempo e hoje possui funções 96 RASMUSSEN, Bruna. Apple é a empresa mais valiosa do mundo, 2011. Disponível em:< http://www.tecmundo.com.br/apple/12309-apple-e-a-empresa-mais-valiosa-do-mundo.htm>. Acesso em: 22 Fev. 2012 as 11h18. 97 Telefone inteligente; possui funcionalidades avançadas e sistema operacional semelhante ao de um computador. 98 Tela sensível ao toque. 99 Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global; é um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a sua atual posição, assim como informação horária, sob todas quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde que o receptor se encontre no campo de visão de quatro satélites GPS. 100 SANTANA, Ana Lucia. iPhone – História do telefone da Aplle, 2010. Disponível em:< http://www.infoescola.com/tecnologia/iphone/>. Acesso em: 22 Fev. 2012 as 11h35.
  • 40. 40 como internet 3G101, vídeo conferência, reconhecimento de voz, e milhares de aplicativos disponíveis na App Store capazes de personalizá-lo. Mas a história dos smartphones começa muito antes do aparecimento do iPhone. Em 2002 o Blackberry foi lançado no mercado, sendo o primeiro a conter características de smartphone. Com programas de armazenamento de dados, acesso à internet Wi-Fi, recursos multimídia e GPS, este celular se popularizou principalmente entre executivos. Na época existia apenas o modelo com teclado de botões. A partir daí outras empresas começaram a produzir suas versões inteligentes de celulares. O Samsung Galaxy que possui sistema operacional Android da Google, é um dos mais modernos e desejados aparelhos do mercado. Ele tem ganhado espaço e vem conquistando o público consumidor, que compra diferentes aplicativos através do Market, sua loja de aplicativos. A possibilidade de estar conectado 24 horas por dia, com acesso a sites, redes sociais, jogos e aplicativos customizados, fez do smartphone um dos grandes desejos de consumo da era atual. 2.2.4 A Banda Larga no Brasil O investimento em infraestrutura de banda larga é fundamental para que possamos usufruir ao máximo a tecnologia disponível. Tornar a internet acessível a toda população é um desafio para o governo federal, que promete promover melhorias significativas nos próximos anos. De acordo com o artigo da Revista Proxxima por Bottoni102, O governo federal anunciou recentemente o lançamento do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que deve massificar o acesso à internet rápida, que hoje é privilégio apenas de 12 milhões de domicílios, ou seja, 21% das famílias de todo o País. Se tiver êxito, o plano do governo deve praticamente quadruplicar esse número em menos de quatro anos, alcançando cerca de 40 milhões de casas até 2014. 101 É a Terceira geração de padrões e tecnologias para internet de tecnologia móvel. 102 BOTTONI, Fernanda. Banda Larga: A hora e a vez da broadband tupiniquim. Revista Proxxima, nº 19, p. 35-38, Jun. 2010.
  • 41. 41 Apesar de grande parte da população brasileira ainda ter um acesso limitado e lento, o Brasil ultrapassou o Japão em acessos domiciliares com uma média de 15 horas e 14 minutos de acesso, alcançando assim o primeiro lugar no ranking mundial.103 Além do crescente uso da internet nos lares, escolas e escritórios, outro meio que tem se destacado é o uso de dispositivos mobile104 para o acesso. O que se torna possível graças ao 3G oferecido pelas operadoras de celulares e o Wi-Fi dos estabelecimentos com roteadores que liberam o sinal para seus clientes. Com tantas formas de acesso disponíveis, as pessoas têm passado cada vez mais tempo conectadas à rede. De acordo com o IBOPE Nilsen105, o acesso à internet teve crescimento de 20% entre o segundo trimestre de 2009 e 2011, passando de 64,8 milhões de usuários para 77,8 milhões. 103 IBOPE Nielsen Online, 2011. Disponívelem:<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect? temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257 907000EC04F>. Acesso em: 22 Abr. 2012 as 19h29. 104 Termo utilizado para designar a tecnologia de aparelhos móveis. 105 IBOPE Nielsen Online, 2011. Disponívelem:<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect? temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257 907000EC04F>. Acesso em: 22 Abr. 2012 as 19h29.
  • 42. 42 Gráfico 1 - Evolução do número de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente. Brasil – segundo trimestre de 2009, segundo trimestre de 2010 e segundo trimestre de 2011.106 2.2.5 A Era da Convergência Mobilidade e acessibilidade à internet se tornaram uma necessidade, o que justifica o crescimento do consumo de dispositivos móveis. Cada vez mais as pessoas dependem deles para realizar atividades como transações bancárias, leitura de notícias, visualização de vídeos, compras e informações sobre produtos e serviços. De acordo com Pompilio Roselli, gerente geral para a América latina de Siano, em entrevista à Revista Proxxima107, a chegada do sinal digital ao Brasil veio mudar a maneira de se assistir televisão. Foi um grande avanço na mobilidade e na conectividade. O sinal digital permite a interação entre o telespectador e a programação das emissoras de TV. Isso tornou possível a participação em uma enquete durante um programa, utilizando apenas o controle remoto. 106 Fonte: IBOPE Nielsen Online, 2011. Disponívelem:<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect? temp=6&proj=PortalIBOPE&pub=T&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAE41B62E75E83257 907000EC04F>. Acesso em: 22 Abr. 2012 as 19h29. 107 HOVARTH, Sheila. TV Digital: transmissão em diversos canais. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 37-43.
  • 43. 43 Alguns telefones celulares também vêm equipados com receptores do sinal digital. E hoje também contamos com mini-televisores que cabem na palma da mão, permitindo aos usuários acesso onde quer que estejam.108 A convergência entre as mídias tradicionais e digitais cresce a cada dia. Seriados e programas de TV criam ações promocionais na web, sites com conteúdo interativo e até mesmo redes sociais exclusivas para os fãs discutirem e darem suas opiniões sobre as atrações televisivas. Os jornais, revistas e livros estão se digitalizando. Durante os últimos quinze anos a discussão a respeito do futuro da mídia impressa dividiu a opinião de muitos. Uns achavam que ela estava fadada ao desaparecimento, enquanto outros ainda acreditavam em seu potencial. Hoje vemos que há público para ambas as mídias, impressa e digital.109 Sobre isso o jornalista e professor da City of London University, Adrian Monck diz: “O declínio dos jornais não tem nada a ver com o jornalismo, mas tudo a ver com a mudança da sociedade”.110 As grandes editoras começaram a enxergar a internet como uma grande aliada e disponibilizam conteúdos nas duas versões. A Editora Abril, por exemplo, além dos produtos multi-plataforma111, como as revistas Capricho e Você S/A, produz conteúdo exclusivamente digital, como o portal M de Mulher. Segundo Sandra Jimenez, diretora de marketing e mobile Abril Digital, “O que surge no impresso agora deve ser pensado também em formato digital.”112 108 HOVARTH, Sheila. TV Digital: transmissão em diversos canais. Revista Proxxima, nº 23, out. 2010. p. 37-43. 109 SATOMAURO, Antônio Carlos. Revistas e Jornais: Mergulho no digital. Revista Proxxima, nº 18, p. 58-62. Maio 2010. 110 MONCK, Adrian. City of London University apud SAAD, Beth. Estratégias 2.0 para a mídia digital: internet, informação e comunicação. 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Senac, 2003. p.143. 111 São conteúdos disponibilizados em diversos tipos de mídia. 112 SATOMAURO, Antônio Carlos. Revistas e Jornais: Mergulho no digital. Revista Proxxima, nº 18, p. 58-62. Maio 2010.
  • 44. 44 Em 2007 foi lançado o leitor de livros digitais Kindle, da Amazon113. Ele permitiu o armazenamento de diversos livros em um único aparelho. Uma revolução na forma de ler. Um estudante ao invés de carregar quatro, cinco livros para a aula, terá a possibilidade de ter todos eles baixados no seu e-reader114, assim, ocupando menos espaço e carregando menos peso. A recente chegada dos tablets115 no mercado estimulou a convergência. Tudo começou quando Steve Jobs anunciou em 27 de janeiro de 2010 o lançamento do iPad. O aparelho com 9,7 polegadas e tela touchscreen, podia ser comprado na versão de 16G e sem acesso 3G ou na versão de 64G e com acesso 3G.116 Durante o evento realizado em São Francisco, nos Estados Unidos, o fundador da Apple declarou, “Há espaço para uma categoria entre os smartphone e o notebook. E precisávamos criar algo melhor do que um netbook”117. Com ele é possível escutar músicas, assistir vídeos, acessar a internet e ler livros digitais. Outro atrativo é o aplicativo iBooks que é mais sofisticado que o Kindle. Ao entrar nele o usuário acessa uma estante digital com os títulos dos livros baixados. Ao selecionar algum deles para ler verifica-se que as páginas visualizadas são semelhantes às originais de papel.118 113 Empresa Americana de comércio eletrônico. 114 Leitor digital. 115 É um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à internet, organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para entretenimento com jogos. Sua tela é sensível ao toque. 116 G1 > Tecnologia – Notícias – Apple apresenta iPad, prancheta digital com acesso a internet. São Paulo, 2010. Disponível em:< http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL14653716174,00APPLE+APRESENTA+IPAD+PRANCHE TA+DIGITAL+COM+ACESSO+A+INTERNET.html>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h50. 117 G1 > Tecnologia – Notícias – Apple apresenta iPad, prancheta digital com acesso a internet. São Paulo, 2010. Disponível em:< http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL14653716174,00APPLE+APRESENTA+IPAD+PRANCHE TA+DIGITAL+COM+ACESSO+A+INTERNET.html>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h50. 118 G1 > Tecnologia – Notícias – Apple apresenta iPad, prancheta digital com acesso a internet. São Paulo, 2010. Disponível em:< http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL14653716174,00APPLE+APRESENTA+IPAD+PRANCHE TA+DIGITAL+COM+ACESSO+A+INTERNET.html>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h50.
  • 45. 45 Os outros tablets que foram lançados na sequência, como Samsung Galaxy Tab, o HP Touch Pad e o Motorola Xoom apresentam propostas e funções semelhantes, mas com alguns diferenciais de sistema, capacidade e qualidade. Uma funcionalidade específica do HP Touch Pad mostra bem o grau de convergência que alcançamos. Com um celular da mesma marca tocando a tela do HP Touch Pad é possível passar informações contidas nele para o tablet. É a interação dos equipamentos contribuindo para a unificação dos conteúdos.119 119 MOURÃO, Vitor. HP TouchPad Brasil: análise completa do novo Tablet da HP, o Touch Pad, 2011. Disponível em:< http://mynb.com.br/hp-touchpad-brasil-analise-completa-do-novo-tablet-da-hp-o-touch- pad>. Acesso em: 30 Abr. 2012 as 17h39.
  • 46.
  • 47. 45 CAPÍTULO 3 A INTERNET 2.0 "Não existem lugares remotos. Sob a instantaneidade dos circuitos, nada é remoto no tempo e no espaço. Tudo é agora." Take Trinity CBC Television, 1965 3.1 Web 2.0 3.1.1 O conceito 2.0 Internet 2.0 foi o termo criado em 2004 para descrever a segunda fase da World Wide Web. Fase esta, que é marcada pelo compartilhamento de informações entre os internautas e sites. A partir daí a internet se tornou um ambiente mais dinâmico e colaborativo.120 O professor Marcelo Coutinho121, especialista em mídia digital, definiu web 2.0 da seguinte forma: [...] conjunto de inovações no software e no hardware que facilitam a troca de informações e mixagem de conteúdo na web. Desta forma, a rede passou a ser uma plataforma de contato entre empresas, entre consumidores, e entre empresas e consumidores. O “coração deste sistema são conteúdos gerados e 120 Wikipédia, 2012. Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h37. 121 COUTINHO, Marcelo. Blogs e comunidades on-line: pesquisa 2.0, Palestra no III Congresso Brasileiro de Pesquisa – Mercado, Opinião e Mídia da Abep, São Paulo, 2008. Documento de acesso restrito apud SAAD, Beth. Estratégias 2.0 para a mídia digital: internet, informação e comunicação. 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Senac, 2003.p.149.
  • 48. 46 mixados pelos internautas, utilizando diversos programas com o mesmo fim e conectados por outros tipos de aparelhos que não somente computadores de mesa ou laptops. Suas aplicações mais populares são blogs, sites de wikis (nos quais diversas pessoas editam informações, sendo o mais conhecido a Wikipedia), sites de fotografia e vídeo (Flickr, YouTube) e de relacionamento (Orkut, Facebook, MySpace). Com a interatividade surgiram novas ferramentas e formas de comunicação como os Blogs, os wikis, as redes sociais, o Feed - RSS, os mash-up, os tags entre outros. De acordo com Saad,122 [...] a web estava produzindo sistemas, aplicativos e ferramentas que cada vez mais municiavam o usuário para ações de comunicação e relacionamento autônomas, sem a intervenção dos conhecidos veículos de mídia para a formação da opinião da sociedade. Os wikis são páginas comunitárias na internet que podem ser alteradas por seus usuários. A Wikipédia é um grande exemplo de wiki. Ela é uma enciclopédia online colaborativa onde os usuários podem editar e adicionar verbetes. Disponível em diversos idiomas, o que a diferencia de outras enciclopédias é o conteúdo, que vai além do mundo acadêmico.123 Blog, abreviação para Web Log , é uma ferramenta utilizada para a criação de artigos, os chamados posts, e sua publicação na internet. Os Blogs podem abordar qualquer assunto e uma grande vantagem é a possibilidade do autor receber comentários dos leitores na própria matéria. Além disto, os leitores são capazes de saber a opinião de outros leitores sobre o mesmo assunto. Muitos Blogs e outros sites de conteúdo contam hoje com uma ferramenta chamada RSS – Really Simple Syndication , ou feed , que é utilizada para o envio de e- mails com um resumo do conteúdo que acabou de ser atualizado pelo site. Assim, o leitor pode acompanhar seus blogs e sites preferidos sem ter que entrar neles com freqüência para saber se há novidades ou não. Os mash-ups são serviços criados pela combinação de diferentes aplicativos, visando uma melhoria na sua apresentação. Isso acontece quando encontramos o 122 SAAD, Beth. Estratégias 2.0 para a mídia digital: internet, informação e comunicação. 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Senac, 2003.p.148. 123 Wikipédia, 2012. Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia>. Acesso em: 30 Mar. 2012 as 16h37.
  • 49. 47 Google maps na página de um site de venda de imóveis para podermos encontrar sua localização, por exemplo. Os tags são palavras-chaves utilizadas em imagens ou textos para categorizá-los e facilitar sua obtenção por outros usuários. Tendo um objetivo colaborativo é utilizado em muitas redes sociais.124 3.1.2 Do modelo 1.0 para o 2.0 Na mudança da web 1.0 para a 2.0 não houve uma ruptura, mas sim uma mudança de técnicas e ferramentas utilizadas tanto no desenvolvimento quanto na utilização dela. A internet 1.0 era mais tradicional, o produtor do conteúdo interagia pouco com o receptor, ela era limitada em termos de personalização e possuía um aspecto predominantemente informativo. Na web 2.0 o conteúdo é produzido pelo usuário. A informação é compartilhada e a interatividade predomina, principalmente através dos diálogos e das redes sociais.125 124 TORRES, Claudio. A Bíblia do marketing digital: Tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo. Novatec, 2009. p. 125-133. 125 SAAD, Beth. Estratégias 2.0 para a mídia digital: internet, informação e comunicação. 2 ed. rev. e atual. São Paulo: Senac, 2003.p.154-156.
  • 50. 48 Figura 3 - A evolução da Internet126 Figura 4 - Web 2.0 a primeira evolução da internet127 O termo web 3.0 foi criado por John Markoff, jornalista do New York Times. Esta futura geração da web, que estará representando sua terceira geração, deverá surgir dentro dos próximos anos.128 Nela os conteúdos online estarão dispostos em formato semântico e bem mais personalizados para os internautas. Com sites e aplicativos inteligentes e propagandas e promoções fundamentadas nas pesquisas e nos comportamentos. Esta nova geração da internet também pode ser chamada de "A Web Inteligente." 126 Web 2.0, Web 3.0 e as oportunidades para o governo. TI: Gov. Disponível em: <http: //igov. com. br/ tigov/?p=564>. Acesso em: 16 Abr. 2012 as 19h34. 127 Hiperbytes – Web 2.0 a primeira evolução da internet. Disponível em:< http://www.hiperbytes.com.br/inciantes/web-2-0-a-primeira-evolucao-da-internet/>. Acesso em: 23 Abr. 2012 as 19h38. 128 Wikipédia, 2012. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_3.0> Acessado em: 04 Maio 2012 as 22h12.
  • 51. 49 3.2 As Redes Sociais Segundo a Wikipédia129, “rede social é uma estrutura composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns”. As redes sociais virtuais trazem esta estrutura para o mundo online. As pessoas se conectam através da internet para manterem relacionamentos pessoais, profissionais e compartilharem interesses. Por meio destas redes, pessoas e organizações conseguem manter contato para trocar informações, resolver problemas e divulgar iniciativas. Com mais rapidez, abrangência e eficiência. 3.3 As Mídias Sociais Ainda segundo a Wikipédia130, “O conceito de mídias sociais (social media) precede a Internet e as ferramentas tecnológicas - ainda que o termo não fosse utilizado. Trata-se da produção de conteúdos de forma descentralizada e sem o controle editorial de grandes grupos. Significa a produção de muitos para muitos”. As mídias sociais mudaram a maneira como as pessoas recebem informações. Estas ferramentas on-line permitem a produção e compartilhamento de conteúdo por qualquer pessoa que tenha interesse. Algo que há alguns anos era exclusividade das mídias tradicionais, como o rádio, a televisão e a imprensa. 129 Wikipédia, 2010. Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social>. Acesso em: 19 Abr. 2012 as 18h39. 130 Wikipédia, 2012. Disponível em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Mídias_sociais>. Acesso em: 03 Maio 2012 as 11h03.
  • 52. 50 Graças às mídias sociais o conteúdo produzido se tornou mais democrático e colaborativo. Através desta interação, pessoas com interesses em comum têm a oportunidade de se conhecerem e se relacionarem.131 Existem diversos sites e formas de compartilhamento de vídeos, textos, imagens e áudio na internet. Cada qual com sua proposta. Por existirem uma infinidade destes sites, abordaremos aqui os mais famosos e utilizados da atualidade no Brasil. 3.3.1 You Tube Fundado em fevereiro de 2005, o You Tube é um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos online. É possível encontrar hospedado nele, vídeos caseiros, clips, filmes, reportagens, documentários entre outros. O material encontrado no YouTube pode ser disponibilizado em blogs e em perfis de redes sociais. Os membros cadastrados em contas do site podem comentar e classificar os vídeos. Atentas ao sucesso do you tube, as empresas têm cada vez mais aberto contas no site para a divulgação de propaganda, vídeos insitucionais, reportagens, virais132, entre outros.133 Outro site similar ao you tube que vem crescendo com a mesma proposta de divulgação gratuita de vídeos é o Vimeo. 3.3.2 Twitter Com uma proposta simples e direta, este micro-blog permite postagens de até 140 caracteres. O usuário cria um perfil com uma descrição curta chamada de Bio e 131 TORRES, Claudio. A Bíblia do marketing digital: Tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo. Novatec, 2009. p. 111. 132 Vídeos criados com o intuito de trafegarem pela internet e serem visto pelo maior número de pessoas possíveis no menor tempo e se tornarem mania. 133 TORRES, Claudio. A Bíblia do marketing digital: Tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo. Novatec, 2009. p. 84-85.