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DESAFIOS PARA AS
  EMPRESAS E DILEMAS
     DA INOVAÇÃO

                   Mario Sergio Salerno
Depto de Enga de Produção, Laboratório de Gestão da Inovação, Poli/USP


                    Open Innovation Seminar 2010
                   São Paulo, 1º.de novembro de 2010

                                    Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Idéias Inspiradoras
Inovação como estratégia
  Inovação e diferenciação de produtos no primeiro plano das estratégias
  empresariais de sucesso

Inovação como processo organizado e gerenciável
  Modelos correntes são procedurais
     Focam no processo de desenvolvimento de produto ou no P&D como sequência de
     atividades; aderência a inovações incrementais
     Não abordam questões organizacionais, trabalho, nem lidam bem com incerteza alta

Inovação = f (organização e gestão geral da empresa)
  Qualidade da organização como diferencial
     P&D constante conjugado com organização aberta ao aprendizado leva a
     melhores resultados (Jensen et al, 2007)
     Flexibilidade, autonomia, redes, aprendizagem, competência/ conhecimento
  Qualidade da gestão como diferencial  Cultura, valores, sistemas de incitação

                                        Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Desenvolvimento
Base em projeto Fapesp e grounded theory
  Estudo de casos múltiplos / situação atual
      39 empresas no Brasil, 1 na França, mais de 50 projetos
      Transnacionais, grandes brasileiras, pequenas e médias, start ups,
      empresas de serviços de engenharia, telecomunicações, indústria, ICTs
Abordar / discutir organização e gestão da inovação conforme
contingências dos projetos
  Identificar contingências
  Identificar relações entre contingências
  Identificar esquemas organizacionais que permitem / facilitam projetos de
  inovação
      Foco na “qualidade” da organização e da gestão
Projeto de inovação  mais amplo do que processo de
desenvolvimento do produto
  Incitação / esquemas organizacionais que antecedem o “registro” da ideia
  Além da comercialização: ciclo de vida de produto, plataforma, tecnologias
                                       Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Modelos de Inovação/GDP
Alguns modelos buscam entender o processo de
inovação para ajudar em sua gestão
Muitos focam em P&D ou projeto de produto
  Funil de desenvolvimento
  Silos de tecnologia / plataformas tecnológicas
  Engenharia simultânea, times de desenvolvimento
  Todos os esquemas ditos enxutos (lean)
  PMBok, escritório de projetos
Mas é preciso dar conta da dinâmica sistêmica da
inovação, da geração de idéia à venda do produto,
e antes,e ao redor,e fora,e além....
                           Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Modelos Consagrados:
 Stage-gates (Cooper) / Funil (Clark e Wheelwright)




Projeto de produto como processo estruturado, independente do projeto
“Gates” predefinidos: decisões para/continua
Voltado para inovações incrementais, para produtos-mercados “conhecidos”
Decisões estruturadas a partir de índices tipo ROI, VPL, lucratividade etc.
Pressupõe fluxo “contínuo” de projetos semelhantes (ref. avaliação/gestão)
Independe (não aborda) organização e mobilização de recursos para fazer
o processo “andar”
                                   Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Cadeia de Valor da Inovação
     Hansen e Birkinshaw (2007)




                     Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Cadeia de Valor da Inovação
Empresas são diferentes, projetos idem
Nem todas as empresas que inovam têm P&D
constante e estruturado
  Inovação não é função apenas de P,D&E
Literatura aponta “qualidade da organização” como
fator diferencial para inovação
Nem tudo que é novo para o mercado é ruptura de
mercado, pode ser substituto (ex.: lâmpadas „eletrônicas‟)
Projetos de ruptura e incrementais têm processo,
organização e critérios de gestão diferentes

                              Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Cadeia de Valor da Inovação
Empresas são valor da inovação assume formas e ferramentas
    1. A cadeia de
                   diferentes, projetos idem
       de organização e de gestão conforme determinadas
Nem contingências (parâmetros). É preciso têm P&D
       todas as empresas que inova identificá-las.
constante e estruturadoda cadeia de valor expandida da
    2. Um modelo de gestão
Literatura aponta “qualidade da organização” como e
       inovação, envolvendo questões estratégicas, operacionais
fator diferenciadororganizacionais e decisórios, apresenta
       seus substratos
                        para inovação
       variações conforme os parâmetros do projeto de inovação
Nem (contingências) e conforme a articulação entre os parâmetros
       tudo que é novo para o mercado é ruptura de
       (configuração).
mercado, pode ser substituto (ex.: lâmpadas „eletrônicas‟)
    3. É possível desenvolver modelo genérico, abstrato, de gestão
Projetos de ruptura e incrementais têm processo,
       da cadeia de valor da inovação que, com contingências,
organização preveja e instrumentalize odiferentes
       explique, e critérios de gestão projeto de sistemas,
Petroquímica eemoda, idem
       ferramentas métodos de organização e gestão dessa
      cadeia.
                                 Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Casos Selecionados
Empresa de cosméticos (vários projetos acompanhados)
    Criou estrutura isolada (“porto seguro”) para desenvolvimento de linha de
    produtos fora de sua tecnologia / produtos tradicionais. Muda a
    organização, os gates e as formas de avaliação do projeto.
   Resultados
    Forte cultura “enquadra” as idéias antes de serem formalizadas.



     preliminares de
Empresa petroquímica 1 (vários projetos acompanhados)
    Dois sistemas: a) muito formalizado, nas unidades de negócios, a partir
    de demanda dos clientes (incremental). Há soft para o registro,

         projeto Fapesp
    acompanhamento e apoio à gestão dos projetos; b) centralizado, com
    desenvolvimento em rede (terceirizado), para projetos de ruptura.
    Avaliação pelo presidente, sem gates / critérios formais.
    Dar sugestões e gerar novos projetos faz parte do sistema de avaliação /
    carreira dos funcionários. Há “corrida” por testar idéias antes de serem
    registradas no soft, para aumentar possibilidade de sucesso (do autor...).
    Desregrado, congestiona laboratórios.
    2 entradas – geração de ideais substituída por demanda de clientes
                                       Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Casos Selecionados
Empresa petroquímica
   Dois sistemas:
   a) Muito formalizado, nas unidades de negócios, a partir de
   demanda de clientes (incremental). Avaliação tradicional de
   portfólio (ROI, VPL etc.). Software comercial apoio à gestão
   dos projetos (padronizado).
   b) Centralizado, com desenvolvimento em rede (terceirizado),
   para projetos de ruptura. Avaliação pelo Presidente, sem
   critérios formais. Conflitos para decidir sobre portfólio; busca
   de modelagem por opções reais.
   Dar sugestões e gerar novos projetos faz parte do sistema de
   avaliação / carreira dos funcionários.
   Há “corrida” por testar idéias antes de serem registradas no
   soft, para aumentar possibilidade de sucesso (do autor...).
   A organização não considera esse “contrabando”
       há conflitos, congestionamento de laboratórios
                                 Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Casos Selecionados
Empresa metalúrgica
   Especializada em embalagens, com forte cultura de
   participação (não demite funcionários, não os bonifica por
   sugestão, mas o salário é diferenciado) para colher
   propostas de melhorias de produto e processo, o que levou a
   patentes comercializadas no exterior.

  Caso mais significativo: primeiro se verificou viabilidade
  técnica (protótipo feito por ferramenteiro), depois a comercial
  (protótipo de baixo custo).

   As pessoas têm liberdade para propor, buscar, construir
   protótipos, arriscar, pois sabem que dificilmente serão
   punidas: a postura da direção e o histórico atestam.
                                Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Casos Selecionados
Empresas de caminhões
   Produto customizado x padrão (na formatação do modelo de negócios)
   Forte enga de produto x enga instável (tentativa de centralizar na matriz com pouco sucesso)
   APQP mais para controle de prazos do que para qualidade; fornecedor antecipa
   especificações para cumprir prazos

Empresa de cosméticos
 Criou estrutura isolada (“porto seguro”) para desenvolvimento de linha de
 produtos fora de sua tecnologia / produtos tradicionais.
 Muda a organização, os gates e as formas de avaliação do projeto.
 Forte cultura “enquadra” as idéias antes de serem formalizadas.
Empresa de confecções
 Com 25 funcionários, tem equipe de estilo para criar diferenciação.
 Proprietária voltada para parcerias externas. 4 coleções por ano.
 Busca volume produzindo para marcas tradicionais. Excelente sistema de
 gestão da empresa (custos, PCP etc), fora do padrão para tal tipo de em-
 presa. Projetos “próprios” seguem por avaliação da dona, que consulta
 externos para design, criação de marca etc.; “congelados” devido a projetos
 por demanda para grifes (desenvolvimento e fabricação) / sobrevivência
                                                Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Casos Selecionados
Empresas de base tecnológicas (spin offs acadêmicos)
    Armadilhas biológicas para dengue: mudança de modelo de negócios /
   venda produto  venda serviço localização focos
    Produto inicial acontece quase que por acaso... 2º nem sempre vem...
Empresa produtos veterinários / agropecuária
    Desenvolvimento fundamentalmente baseado em ideias externas.
    Pessoas e entidades oferecem projetos; tamanho da oferta levou-os a
    sistema de cadastro pela internet. Assim lançaram nova molécula, novas
    dosagens, produtos novos para o mercado mundial.
    Sistema de gestão é organizado e flexível o suficiente para aproveitar
    boas oportunidades mesmo que eu elas fujam do script
Empresa de telecomunicações na Europa
    Tem P&D para desenvolvimento básico (plataformas de soft) e outra
    estrutura para desenvolvimento de produtos, formalmente ligada a
    marketing. Projeto “começa” quando equipes dessa 2a estrutura
    conseguem clientes nas demais unidades.
    Isso leva a intensas negociações e desenvolvimentos anteriores à
    formalização, com equipes dispersas em diversos países.
    Às vezes, plataformas desenvolvidas no P&D não são usadas, e outras
    são criadas, caracterizando uma espécie de “selecionismo” interno.
                                     Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Contingências / Parâmetros
1)Ciclo de vida do produto                5) Trajetória tecnológica
 Carro ≠ moda                                   Ruptura tecn ≠ ruptura de mercado
2)Tipo de conhecimento                          a) Tecnologias maduras
                                                b) Adaptação tecnologias conhecidas
  hegemônico e grau de                          c) Integração de tecnologias nascentes
  sua codificação                               d) Desenvolvimento / integração de
 Científico x prático                              tecnologias inexistentes
 Codificado x tácito
                                          6) Característica do Produto
3)Características do                        Novo p/ empresa ≠ novo p/ mundo ≠ pedido cliente
  mercado                                       a) Incremento em produtos existentes
 Alguns produtos são realmente                  b) Nova família ou novo produto
 novos, (não substitutivos), outros não         c) Nova plataforma
 Diferenciação:
   a) Mercado maduro                      7) Posição na cadeia/rede
   b) Em formação / em mutação            Forn.MP Bens interm.Finais  Cliente final
   c) Inexistente                                 Provedor de serviços

4)Dispêndio total do projeto              8) Conceito do produto e
                                              modelo de negócios
                                           Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Ciclo de vida do
                           produto
     Mercado:                                                          Produto:
      Maduro;                                                      Melhorias;
   Em Formação;                                                   Nova família;
   Em Ampliação;                                                 Nova plataforma
    Inexistente                                         a) Produto novo p/ empresa
                                                        b) Pedido de cliente /
                                                           desenv. a partir de pré-existente

 Trajetória
Tecnológica:                                                               Conhecimento
Tec maduras;                                                               hegemônico e
  Adaptação;                                                                grau de sua
  Integração;                                                               codificação
 Inexistentes



                                                                    Posição na cadeia
                                                                         de valor
       Dispêndio                                                     Fornecedor → Indústria →
          total                                                      Atacado/Varejo → Cliente
                                                                              Final
                   Conceito do produto
                                Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Os casos sugerem melhorias no
modelo inicial da cadeia de valor




                  Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Os casos sugerem melhorias no
modelo inicial da cadeia de valor
 Relativização da linearidade dos elos e subelos
    Há retroalimentações, paralelização
    Há projetos que “pulam” etapas

 Há atividades antes e depois dos elos de H&B
    Predesenvolvimento da ideia; esquemas de incitação à geração de ideias
    Esquema informacional e de pós-desenvolvimento
    Realimentação pós-comercialização; mudança tb no modelo de negócios

 Projetos gerados a pedido  ideia básica é dado (geração?)

 Open innovation ao longo de toda a cadeia (incluindo pré e pós)

 “Mercados” de ideias, capitais, talentos, negócios
  apoiam e viabilizam iniciativas; “contrabando” oficializado
                                       Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Os casos sugerem melhorias no
modelo inicial da rede de valor
Relativização da linearidade dos elos e subelos
   Há retroalimentações, paralelização
   Há projetos que “pulam” etapas

Há atividades antes e depois dos elos de H&B
   Predesenvolvimento da ideia; esquemas de incitação à geração de ideias
   Esquema informacional e de pós-desenvolvimento
   Realimentação pós-comercialização; mudança tb no modelo de negócios

Projetos gerados a pedido  ideia básica é dado (geração?)

Open innovation ao longo de toda a cadeia (incluindo pré e pós)

“Mercados” de ideias, capitais, talentos, negócios
 apoiam e viabilizam iniciativas; “contrabando” oficializado
                                      Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Tipo de análise
   Incitação; prefinanciamento                       Idéias    para seleção:          Dissemina-
 (teste prévio da ideia de ideia);    Subelos    chegam pré-     financeira             ção na
 “contrabando”, “mercados”de            não        tratadas?    (ROI etc.) x           empresa
idéias, talentos, financiamento”;     sequen-    Esquema de   “visão”. Papéis        pode se dar
    cultura, sistema de RH etc.      ciais nem      triagem:   de Marketing,         também nos           Pós-comercialização:
                                     excluden-   quem, como,        P&D,                 elos
                                        tes       instâncias.    Produção             anteriores           Retroalimentação,
                                                                                                            formalização de
   Esquemas pré-cadastro                                                                                 plataformas, memória
      formal de ideias.                                                                                 técnica, aprendizagem
                                                                                                          de uso. Feed back a
  Distinção entre criação de                                                                                    partir de
  novo negócio X projeto de                                                                                usuários/clientes
      adaptação de algo                                                                                 principais: adaptações
     existente à demanda                                                                                    ou mudanças de
    formulada por cliente                                                                              conceito, especificação,
                                                                                                              atributos etc.




Substrato: esquema de organização e gestão que suporta as decisões, incita as pessoas e
               possibilita aproveitar oportunidades, recursos, criar valor

                                                                                  Cuidado: novo produto
                                           Pano de fundo:
                                                                                      pode se ligar a
                                      estrutura de competição
                                       na indústria / negócio                      outra/nova indústria /
                                                                                          negócio
 Cadeia de valor expandida da inovação na empresa – topologia reformulada
                                                           Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Substrato de organização e gestão que dá
              vida à cadeia:
 o que sustenta o processo de inovação?

Inovação como estratégia
Inovação explicitada na estratégia
  Compromisso e prática da alta direção e da média
  gerência
    Atos cotidianos, mais do que banners e discursos
  Esquemas de organização e gestão compatíveis
    Organização flexível, relativização da hierarquia rígida
    Trabalho em equipe com autonomia favorece inovação
    Autonomia para gerir tempo favorece inovação
    “Mercado” de talentos
         Pagar pelos talentos
         Desenvolver o talento de todos
                                           Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Substrato de organização e gestão que dá
              vida à cadeia:
 o que sustenta o processo de inovação?

Organizar para inovar
  Necessidade de flexibilidade, integração e “rede” para
  aproveitar oportunidades ou criá-las
    Flexibilidade em operações internas e na relação com “externos”
  Criar e gerir redes de entidades e pessoas externas para
  captar/explorar/criar oportunidades
  Desenvolver sistema “aberto” de gestão de conhecimento
  Articulação de três formas de trabalho:
                              individual, em equipe e em rede


                                   Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Substrato de organização e gestão que dá
              vida à cadeia:
 o que sustenta o processo de inovação?
Gestão do processo de inovação
  Integrado na empresa, fruto da dinâmica geral da empresa
     P.ex., não existe participação “por decreto”
  Critérios de decisão conforme o tipo de projeto
     Contingências são relevantes
     Esquemas para inovação incremental e esquemas para inovação
     radical
          Inovação radical não pode ser “medida”por indicadores de inovação
           incremental
     Empresas iniciantes têm planejamento muito mais complexo
     (não simplificado, como sugere senso comum)
  Prever não retornos para projetos  parte do “preço a pagar”
                                      Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Substrato de organização e gestão que dá
              vida à cadeia:
 o que sustenta o processo de inovação?

Pessoas são chave (óbvio, mas...)
  São as pessoas que inovam, mas seus limites são
  colocados pelo esquema de organização e gestão
  Inovação x necessidade de incitar pessoas a inovarem
    Gestão da e pela competência: capacidade de um indivíduo
    dominar uma situação complexa e evolutiva (Zarifian, 2001)
         tomar iniciativa / assumir responsabilidade
         assumir objetivos de desempenho, agir e responsabilizar-se
         mas, ser recompensado por isso (óbvio, mas...)




                                  Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
O que mais o LGI-Poli-PRO está
          fazendo?
       Pesquisa, projetos,cursos e eventos em
Organizar para inovar / gestão da inovação
   Desempenho relativo das empresas cf inovação e organização
   Modelos de gestão estratégica da inovação (cf contingências)
   Gestão do conhecimento, gestão de desenvolvimento de produtos, gestão da
   tecnologia de informação
Extensionismo inovador: análise da cadeia de valor da inovação e seus
gargalos em empresas, e sugestão de ações (convênio com prefeituras)
Cursos de Gestão Estratégica da Inovação
   Graduação (5o ano), pós-graduação, extensão (modular, de 8 a 40h)
Observatório da Inovação e Competitividade (IEA-USP)
    www.observatoriodainovacao.org            ou   www.iea.usp.br
   Mobit: políticas para inovação nas empresas em 7 países
       EUA, Canadá, França, UK, Finlândia, Irlanda, Japão.
   Políticas públicas para inovação (ex.: PME, setor automotivo, naval, petróleo etc.)
   Estudos quantitativos (com Ipea, bases do IBGE e outras)
                                            Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
DESAFIOS PARA AS
EMPRESAS E DILEMAS
OBRIGADO!
   DA INOVAÇÃO
    msalerno@usp.br
   www.pro.poli.usp.br
    tel. (11) 3091 5363

             Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
Contingências / Parâmetros
1) Tempo de ciclo de vida do produto. Para
    diferenciar projetos conforme a duração do produto, o que
    possibilita distinguir entre a cadeia automotiva e a de
    vestuário, por exemplo.
                                                                        6) Produto.
2) Tipo de conhecimento hegemônico, e                                      Melhorias / Nova família / Nova Plataforma
   grau de sua codificação. Conhecimento                                   Dois casos:
    formalizado (científico, tecnológico) X projetos baseados               i) quando a empresa não tem experiência prévia em dado tipo
    em conhecimento tácito.                                                de produto, tendendo a tornar o projeto mais cuidadoso;
                                                                           ii) quando o produto / serviço é pedido de cliente e é
3) Mercado. Maduro, Em Ampliação, Em Formação,                             desenvolvido a partir de produto / serviço preexistente – há
    Inexistente – este, via produtos que “criam mercado”, via              desenvolvimento, mas ao menos as fases de geração de
    produtos que não substituem outros diretamente (ex.:                   idéias e de seleção tendem a ser muito diferentes de quando
    walkman, post it). Projetos que criam mercado são de difícil           se trata de um produto completamente novo.
    avaliação pelos métodos usuais de retorno, projeção de
    mercado etc., uma vez que não há dados históricos em
    que se apoiar.                                                      7) Posição na cadeia de valor.
4) Trajetória tecnológica. Diferenciação entre                             Fornecedor → Indústria → Atacado/Varejo → Cliente Final
    tecnologias Maduras, Adaptação de Tecnologias Familiares –             Em outras palavras, maior ou menor proximidade do
    algumas tecnologias novas ou com novas características,                consumidor final. Supõe-se que produtos de consumo
    Integração de novas tecnologias já existentes, Integração de           produtivo, como autopeças, tenham maior formalização e
    tecnologias inexistentes no início do projeto Esse último levaria      controle (inclusive externo) devido às exigências dos clientes,
    a produtos baseados em tecnologias radicalmente                        que são empresas, muitas vezes de grande porte.
    inovadoras, mas que podem substituem produtos
    existentes, encaixando-se numa dada trajetória de                   8) Conceito do produto.
    mercado (projetos que abrem trajetória tecnológica, mas                Podemos definir conceito como a descrição do objetivo e do
    não abrem trajetória de mercado). O CD é um exemplo de                 conjunto de funções de um produto. Projetos de
    produto que abre trajetória tecnológica, mas se insere no              desenvolvimento de novos produtos podem estar relacionados:
    mercado substituindo os LPs (assim, há dados históricos                i) com a criação de novo conceito para produto existente;
    para análises de tamanho de mercado, preços, retorno                   ii) com a criação de novo conceito via novo produto
    etc).                                                                  iii) com a melhoria do conceito de produto existente.
5) Dispêndio total para a realização do                                    Cada um dos três casos mencionados pode eventualmente
   projeto considerando toda a cadeia Supõe-se que                         possuir contingências diferentes para o processo de gestão da
                                                                           cadeia de valor da inovação. Por exemplo, melhorar o conceito
    projetos que envolvam substanciais somas de recursos                   de produto existente tende, a priori, a ser menos demandante
    obtenham maior atenção gerencial, sendo mais                           do que criar conceito de um produto que não existe.
    formalizados. Há correlação com o tempo de
    desenvolvimento e como tempo de ciclo de vida do
    produto.
                                                                         Mario Sergio Salerno   Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção

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Apresentação Niklas Walhberg | OIS 2011 | Seminário 23/11
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Apresentação Niklas Berglin | OIS 2011 | Seminário 23/11
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Apresentação Lourdes Casanova | OIS 2011 | Seminário - 23/11
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Patrocinadores e realização de evento sobre desafios e dilemas da inovação para empresas

  • 1. Patrocinadores: Máster e Colaboração Platinum Gold Silver Instituição participante Blue Realização:
  • 2. DESAFIOS PARA AS EMPRESAS E DILEMAS DA INOVAÇÃO Mario Sergio Salerno Depto de Enga de Produção, Laboratório de Gestão da Inovação, Poli/USP Open Innovation Seminar 2010 São Paulo, 1º.de novembro de 2010 Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 3. Idéias Inspiradoras Inovação como estratégia Inovação e diferenciação de produtos no primeiro plano das estratégias empresariais de sucesso Inovação como processo organizado e gerenciável Modelos correntes são procedurais Focam no processo de desenvolvimento de produto ou no P&D como sequência de atividades; aderência a inovações incrementais Não abordam questões organizacionais, trabalho, nem lidam bem com incerteza alta Inovação = f (organização e gestão geral da empresa) Qualidade da organização como diferencial P&D constante conjugado com organização aberta ao aprendizado leva a melhores resultados (Jensen et al, 2007) Flexibilidade, autonomia, redes, aprendizagem, competência/ conhecimento Qualidade da gestão como diferencial  Cultura, valores, sistemas de incitação Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 4. Desenvolvimento Base em projeto Fapesp e grounded theory Estudo de casos múltiplos / situação atual 39 empresas no Brasil, 1 na França, mais de 50 projetos Transnacionais, grandes brasileiras, pequenas e médias, start ups, empresas de serviços de engenharia, telecomunicações, indústria, ICTs Abordar / discutir organização e gestão da inovação conforme contingências dos projetos Identificar contingências Identificar relações entre contingências Identificar esquemas organizacionais que permitem / facilitam projetos de inovação Foco na “qualidade” da organização e da gestão Projeto de inovação  mais amplo do que processo de desenvolvimento do produto Incitação / esquemas organizacionais que antecedem o “registro” da ideia Além da comercialização: ciclo de vida de produto, plataforma, tecnologias Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 5. Modelos de Inovação/GDP Alguns modelos buscam entender o processo de inovação para ajudar em sua gestão Muitos focam em P&D ou projeto de produto Funil de desenvolvimento Silos de tecnologia / plataformas tecnológicas Engenharia simultânea, times de desenvolvimento Todos os esquemas ditos enxutos (lean) PMBok, escritório de projetos Mas é preciso dar conta da dinâmica sistêmica da inovação, da geração de idéia à venda do produto, e antes,e ao redor,e fora,e além.... Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 6. Modelos Consagrados: Stage-gates (Cooper) / Funil (Clark e Wheelwright) Projeto de produto como processo estruturado, independente do projeto “Gates” predefinidos: decisões para/continua Voltado para inovações incrementais, para produtos-mercados “conhecidos” Decisões estruturadas a partir de índices tipo ROI, VPL, lucratividade etc. Pressupõe fluxo “contínuo” de projetos semelhantes (ref. avaliação/gestão) Independe (não aborda) organização e mobilização de recursos para fazer o processo “andar” Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 7. Cadeia de Valor da Inovação Hansen e Birkinshaw (2007) Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 8. Cadeia de Valor da Inovação Empresas são diferentes, projetos idem Nem todas as empresas que inovam têm P&D constante e estruturado Inovação não é função apenas de P,D&E Literatura aponta “qualidade da organização” como fator diferencial para inovação Nem tudo que é novo para o mercado é ruptura de mercado, pode ser substituto (ex.: lâmpadas „eletrônicas‟) Projetos de ruptura e incrementais têm processo, organização e critérios de gestão diferentes Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 9. Cadeia de Valor da Inovação Empresas são valor da inovação assume formas e ferramentas 1. A cadeia de diferentes, projetos idem de organização e de gestão conforme determinadas Nem contingências (parâmetros). É preciso têm P&D todas as empresas que inova identificá-las. constante e estruturadoda cadeia de valor expandida da 2. Um modelo de gestão Literatura aponta “qualidade da organização” como e inovação, envolvendo questões estratégicas, operacionais fator diferenciadororganizacionais e decisórios, apresenta seus substratos para inovação variações conforme os parâmetros do projeto de inovação Nem (contingências) e conforme a articulação entre os parâmetros tudo que é novo para o mercado é ruptura de (configuração). mercado, pode ser substituto (ex.: lâmpadas „eletrônicas‟) 3. É possível desenvolver modelo genérico, abstrato, de gestão Projetos de ruptura e incrementais têm processo, da cadeia de valor da inovação que, com contingências, organização preveja e instrumentalize odiferentes explique, e critérios de gestão projeto de sistemas, Petroquímica eemoda, idem ferramentas métodos de organização e gestão dessa cadeia. Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 10. Casos Selecionados Empresa de cosméticos (vários projetos acompanhados) Criou estrutura isolada (“porto seguro”) para desenvolvimento de linha de produtos fora de sua tecnologia / produtos tradicionais. Muda a organização, os gates e as formas de avaliação do projeto. Resultados Forte cultura “enquadra” as idéias antes de serem formalizadas. preliminares de Empresa petroquímica 1 (vários projetos acompanhados) Dois sistemas: a) muito formalizado, nas unidades de negócios, a partir de demanda dos clientes (incremental). Há soft para o registro, projeto Fapesp acompanhamento e apoio à gestão dos projetos; b) centralizado, com desenvolvimento em rede (terceirizado), para projetos de ruptura. Avaliação pelo presidente, sem gates / critérios formais. Dar sugestões e gerar novos projetos faz parte do sistema de avaliação / carreira dos funcionários. Há “corrida” por testar idéias antes de serem registradas no soft, para aumentar possibilidade de sucesso (do autor...). Desregrado, congestiona laboratórios. 2 entradas – geração de ideais substituída por demanda de clientes Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 11. Casos Selecionados Empresa petroquímica Dois sistemas: a) Muito formalizado, nas unidades de negócios, a partir de demanda de clientes (incremental). Avaliação tradicional de portfólio (ROI, VPL etc.). Software comercial apoio à gestão dos projetos (padronizado). b) Centralizado, com desenvolvimento em rede (terceirizado), para projetos de ruptura. Avaliação pelo Presidente, sem critérios formais. Conflitos para decidir sobre portfólio; busca de modelagem por opções reais. Dar sugestões e gerar novos projetos faz parte do sistema de avaliação / carreira dos funcionários. Há “corrida” por testar idéias antes de serem registradas no soft, para aumentar possibilidade de sucesso (do autor...). A organização não considera esse “contrabando”  há conflitos, congestionamento de laboratórios Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 12. Casos Selecionados Empresa metalúrgica Especializada em embalagens, com forte cultura de participação (não demite funcionários, não os bonifica por sugestão, mas o salário é diferenciado) para colher propostas de melhorias de produto e processo, o que levou a patentes comercializadas no exterior. Caso mais significativo: primeiro se verificou viabilidade técnica (protótipo feito por ferramenteiro), depois a comercial (protótipo de baixo custo). As pessoas têm liberdade para propor, buscar, construir protótipos, arriscar, pois sabem que dificilmente serão punidas: a postura da direção e o histórico atestam. Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 13. Casos Selecionados Empresas de caminhões Produto customizado x padrão (na formatação do modelo de negócios) Forte enga de produto x enga instável (tentativa de centralizar na matriz com pouco sucesso) APQP mais para controle de prazos do que para qualidade; fornecedor antecipa especificações para cumprir prazos Empresa de cosméticos Criou estrutura isolada (“porto seguro”) para desenvolvimento de linha de produtos fora de sua tecnologia / produtos tradicionais. Muda a organização, os gates e as formas de avaliação do projeto. Forte cultura “enquadra” as idéias antes de serem formalizadas. Empresa de confecções Com 25 funcionários, tem equipe de estilo para criar diferenciação. Proprietária voltada para parcerias externas. 4 coleções por ano. Busca volume produzindo para marcas tradicionais. Excelente sistema de gestão da empresa (custos, PCP etc), fora do padrão para tal tipo de em- presa. Projetos “próprios” seguem por avaliação da dona, que consulta externos para design, criação de marca etc.; “congelados” devido a projetos por demanda para grifes (desenvolvimento e fabricação) / sobrevivência Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 14. Casos Selecionados Empresas de base tecnológicas (spin offs acadêmicos)  Armadilhas biológicas para dengue: mudança de modelo de negócios / venda produto  venda serviço localização focos  Produto inicial acontece quase que por acaso... 2º nem sempre vem... Empresa produtos veterinários / agropecuária Desenvolvimento fundamentalmente baseado em ideias externas. Pessoas e entidades oferecem projetos; tamanho da oferta levou-os a sistema de cadastro pela internet. Assim lançaram nova molécula, novas dosagens, produtos novos para o mercado mundial. Sistema de gestão é organizado e flexível o suficiente para aproveitar boas oportunidades mesmo que eu elas fujam do script Empresa de telecomunicações na Europa Tem P&D para desenvolvimento básico (plataformas de soft) e outra estrutura para desenvolvimento de produtos, formalmente ligada a marketing. Projeto “começa” quando equipes dessa 2a estrutura conseguem clientes nas demais unidades. Isso leva a intensas negociações e desenvolvimentos anteriores à formalização, com equipes dispersas em diversos países. Às vezes, plataformas desenvolvidas no P&D não são usadas, e outras são criadas, caracterizando uma espécie de “selecionismo” interno. Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 15. Contingências / Parâmetros 1)Ciclo de vida do produto 5) Trajetória tecnológica Carro ≠ moda Ruptura tecn ≠ ruptura de mercado 2)Tipo de conhecimento a) Tecnologias maduras b) Adaptação tecnologias conhecidas hegemônico e grau de c) Integração de tecnologias nascentes sua codificação d) Desenvolvimento / integração de Científico x prático tecnologias inexistentes Codificado x tácito 6) Característica do Produto 3)Características do Novo p/ empresa ≠ novo p/ mundo ≠ pedido cliente mercado a) Incremento em produtos existentes Alguns produtos são realmente b) Nova família ou novo produto novos, (não substitutivos), outros não c) Nova plataforma Diferenciação: a) Mercado maduro 7) Posição na cadeia/rede b) Em formação / em mutação Forn.MP Bens interm.Finais  Cliente final c) Inexistente Provedor de serviços 4)Dispêndio total do projeto 8) Conceito do produto e modelo de negócios Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 16. Ciclo de vida do produto Mercado: Produto: Maduro; Melhorias; Em Formação; Nova família; Em Ampliação; Nova plataforma Inexistente a) Produto novo p/ empresa b) Pedido de cliente / desenv. a partir de pré-existente Trajetória Tecnológica: Conhecimento Tec maduras; hegemônico e Adaptação; grau de sua Integração; codificação Inexistentes Posição na cadeia de valor Dispêndio Fornecedor → Indústria → total Atacado/Varejo → Cliente Final Conceito do produto Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 17. Os casos sugerem melhorias no modelo inicial da cadeia de valor Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 18. Os casos sugerem melhorias no modelo inicial da cadeia de valor Relativização da linearidade dos elos e subelos Há retroalimentações, paralelização Há projetos que “pulam” etapas Há atividades antes e depois dos elos de H&B Predesenvolvimento da ideia; esquemas de incitação à geração de ideias Esquema informacional e de pós-desenvolvimento Realimentação pós-comercialização; mudança tb no modelo de negócios Projetos gerados a pedido  ideia básica é dado (geração?) Open innovation ao longo de toda a cadeia (incluindo pré e pós) “Mercados” de ideias, capitais, talentos, negócios  apoiam e viabilizam iniciativas; “contrabando” oficializado Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 19. Os casos sugerem melhorias no modelo inicial da rede de valor Relativização da linearidade dos elos e subelos Há retroalimentações, paralelização Há projetos que “pulam” etapas Há atividades antes e depois dos elos de H&B Predesenvolvimento da ideia; esquemas de incitação à geração de ideias Esquema informacional e de pós-desenvolvimento Realimentação pós-comercialização; mudança tb no modelo de negócios Projetos gerados a pedido  ideia básica é dado (geração?) Open innovation ao longo de toda a cadeia (incluindo pré e pós) “Mercados” de ideias, capitais, talentos, negócios  apoiam e viabilizam iniciativas; “contrabando” oficializado Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 20. Tipo de análise Incitação; prefinanciamento Idéias para seleção: Dissemina- (teste prévio da ideia de ideia); Subelos chegam pré- financeira ção na “contrabando”, “mercados”de não tratadas? (ROI etc.) x empresa idéias, talentos, financiamento”; sequen- Esquema de “visão”. Papéis pode se dar cultura, sistema de RH etc. ciais nem triagem: de Marketing, também nos Pós-comercialização: excluden- quem, como, P&D, elos tes instâncias. Produção anteriores Retroalimentação, formalização de Esquemas pré-cadastro plataformas, memória formal de ideias. técnica, aprendizagem de uso. Feed back a Distinção entre criação de partir de novo negócio X projeto de usuários/clientes adaptação de algo principais: adaptações existente à demanda ou mudanças de formulada por cliente conceito, especificação, atributos etc. Substrato: esquema de organização e gestão que suporta as decisões, incita as pessoas e possibilita aproveitar oportunidades, recursos, criar valor Cuidado: novo produto Pano de fundo: pode se ligar a estrutura de competição na indústria / negócio outra/nova indústria / negócio Cadeia de valor expandida da inovação na empresa – topologia reformulada Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 21. Substrato de organização e gestão que dá vida à cadeia: o que sustenta o processo de inovação? Inovação como estratégia Inovação explicitada na estratégia Compromisso e prática da alta direção e da média gerência Atos cotidianos, mais do que banners e discursos Esquemas de organização e gestão compatíveis Organização flexível, relativização da hierarquia rígida Trabalho em equipe com autonomia favorece inovação Autonomia para gerir tempo favorece inovação “Mercado” de talentos  Pagar pelos talentos  Desenvolver o talento de todos Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 22. Substrato de organização e gestão que dá vida à cadeia: o que sustenta o processo de inovação? Organizar para inovar Necessidade de flexibilidade, integração e “rede” para aproveitar oportunidades ou criá-las Flexibilidade em operações internas e na relação com “externos” Criar e gerir redes de entidades e pessoas externas para captar/explorar/criar oportunidades Desenvolver sistema “aberto” de gestão de conhecimento Articulação de três formas de trabalho: individual, em equipe e em rede Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 23. Substrato de organização e gestão que dá vida à cadeia: o que sustenta o processo de inovação? Gestão do processo de inovação Integrado na empresa, fruto da dinâmica geral da empresa P.ex., não existe participação “por decreto” Critérios de decisão conforme o tipo de projeto Contingências são relevantes Esquemas para inovação incremental e esquemas para inovação radical  Inovação radical não pode ser “medida”por indicadores de inovação incremental Empresas iniciantes têm planejamento muito mais complexo (não simplificado, como sugere senso comum) Prever não retornos para projetos  parte do “preço a pagar” Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 24. Substrato de organização e gestão que dá vida à cadeia: o que sustenta o processo de inovação? Pessoas são chave (óbvio, mas...) São as pessoas que inovam, mas seus limites são colocados pelo esquema de organização e gestão Inovação x necessidade de incitar pessoas a inovarem Gestão da e pela competência: capacidade de um indivíduo dominar uma situação complexa e evolutiva (Zarifian, 2001)  tomar iniciativa / assumir responsabilidade  assumir objetivos de desempenho, agir e responsabilizar-se  mas, ser recompensado por isso (óbvio, mas...) Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 25. O que mais o LGI-Poli-PRO está fazendo? Pesquisa, projetos,cursos e eventos em Organizar para inovar / gestão da inovação Desempenho relativo das empresas cf inovação e organização Modelos de gestão estratégica da inovação (cf contingências) Gestão do conhecimento, gestão de desenvolvimento de produtos, gestão da tecnologia de informação Extensionismo inovador: análise da cadeia de valor da inovação e seus gargalos em empresas, e sugestão de ações (convênio com prefeituras) Cursos de Gestão Estratégica da Inovação Graduação (5o ano), pós-graduação, extensão (modular, de 8 a 40h) Observatório da Inovação e Competitividade (IEA-USP) www.observatoriodainovacao.org ou www.iea.usp.br Mobit: políticas para inovação nas empresas em 7 países EUA, Canadá, França, UK, Finlândia, Irlanda, Japão. Políticas públicas para inovação (ex.: PME, setor automotivo, naval, petróleo etc.) Estudos quantitativos (com Ipea, bases do IBGE e outras) Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 26. DESAFIOS PARA AS EMPRESAS E DILEMAS OBRIGADO! DA INOVAÇÃO msalerno@usp.br www.pro.poli.usp.br tel. (11) 3091 5363 Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção
  • 27. Contingências / Parâmetros 1) Tempo de ciclo de vida do produto. Para diferenciar projetos conforme a duração do produto, o que possibilita distinguir entre a cadeia automotiva e a de vestuário, por exemplo. 6) Produto. 2) Tipo de conhecimento hegemônico, e Melhorias / Nova família / Nova Plataforma grau de sua codificação. Conhecimento Dois casos: formalizado (científico, tecnológico) X projetos baseados i) quando a empresa não tem experiência prévia em dado tipo em conhecimento tácito. de produto, tendendo a tornar o projeto mais cuidadoso; ii) quando o produto / serviço é pedido de cliente e é 3) Mercado. Maduro, Em Ampliação, Em Formação, desenvolvido a partir de produto / serviço preexistente – há Inexistente – este, via produtos que “criam mercado”, via desenvolvimento, mas ao menos as fases de geração de produtos que não substituem outros diretamente (ex.: idéias e de seleção tendem a ser muito diferentes de quando walkman, post it). Projetos que criam mercado são de difícil se trata de um produto completamente novo. avaliação pelos métodos usuais de retorno, projeção de mercado etc., uma vez que não há dados históricos em que se apoiar. 7) Posição na cadeia de valor. 4) Trajetória tecnológica. Diferenciação entre Fornecedor → Indústria → Atacado/Varejo → Cliente Final tecnologias Maduras, Adaptação de Tecnologias Familiares – Em outras palavras, maior ou menor proximidade do algumas tecnologias novas ou com novas características, consumidor final. Supõe-se que produtos de consumo Integração de novas tecnologias já existentes, Integração de produtivo, como autopeças, tenham maior formalização e tecnologias inexistentes no início do projeto Esse último levaria controle (inclusive externo) devido às exigências dos clientes, a produtos baseados em tecnologias radicalmente que são empresas, muitas vezes de grande porte. inovadoras, mas que podem substituem produtos existentes, encaixando-se numa dada trajetória de 8) Conceito do produto. mercado (projetos que abrem trajetória tecnológica, mas Podemos definir conceito como a descrição do objetivo e do não abrem trajetória de mercado). O CD é um exemplo de conjunto de funções de um produto. Projetos de produto que abre trajetória tecnológica, mas se insere no desenvolvimento de novos produtos podem estar relacionados: mercado substituindo os LPs (assim, há dados históricos i) com a criação de novo conceito para produto existente; para análises de tamanho de mercado, preços, retorno ii) com a criação de novo conceito via novo produto etc). iii) com a melhoria do conceito de produto existente. 5) Dispêndio total para a realização do Cada um dos três casos mencionados pode eventualmente projeto considerando toda a cadeia Supõe-se que possuir contingências diferentes para o processo de gestão da cadeia de valor da inovação. Por exemplo, melhorar o conceito projetos que envolvam substanciais somas de recursos de produto existente tende, a priori, a ser menos demandante obtenham maior atenção gerencial, sendo mais do que criar conceito de um produto que não existe. formalizados. Há correlação com o tempo de desenvolvimento e como tempo de ciclo de vida do produto. Mario Sergio Salerno Escola Politécnica da USP – Depto Enga de Produção