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ELISÂNGELA DE JESUS GOMES
ANÁLISE DAS EMENTAS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DAS
UNIVERSIDADES ESTADUAIS DA BAHIA
ILHÉUS
ELISÂNGELA DE JESUS GOMES
ANÁLISE DAS EMENTAS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA UNIVERSIDADE ESTADUAIS DA
BAHIA
MonografiaapresentadaáUniversidade
Estadual de Santa Cruz como instrumentode
avaliaçãoda disciplinapesquisaorientadall,do
curso de graduação emEducação Física.
Orientadora:Prof.ªDr.ªAnaMaria Alvarenga
ILHÉUS
AGRADECIMENTO
Sou grata a minhaorientadora,professoraAnaMaria Alvarenga.Obrigadaporsuaparceria,
sugestões,paciêncianaconfecçãodeste trabalho.A minhafamíliapeloapoioconstante
durante toda a graduação.Ao meuesposopelaparceriae compreensão.
RESUMO
Este trabalhoapresentaa análise dasementas,bemcomo,ofluxogramadoscursosde
Educação Física das UniversidadesEstaduaisdaBahia,como objetivode analisarcomoa
educaçãoinfantil é tratadanas ementasdoscursosselecionados, investigarquantassãoas
disciplinasque tratamsobre educaçãofísicainfantil emcadapropostacurriculare qual carga
horáriaa elasdestinadasnoscursosde licenciatura.
Palavras– chaves: : Educação Física infantil,licenciatura,ementas.
INTRODUÇÃO
Desde a Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira, de 1996, a Educação
Física infantil é considerada “componente curricular obrigatório da educação
básica”(Art.26º LDB 9.394/96). Outros aportes legais como, Estatuto da criança
e do adolescente, Plano Nacional de educação, no Referencial Pedagógico-
Curricular estão estabelecidos a fim de assegurar o primeiro nível de
escolarização dessas crianças em fase inicial.
Trabalhos de pesquisa envolvendo a área de educação infantil vêm crescendo
em larga escala com intuito de ampliar o conhecimento e melhorar o trabalho
com indivíduos dessa faixa etária. O papel da escola e do professor é de
grande importância na aprendizagem do aluno. Nesse sentido, a formação
inicial precisa estar adequada a processos de construção de competência
técnica e compromisso politico condizentes com objetivos da educação para a
infância, deve-se pensar que tipo de profissional se quer formar, quais as
competências técnicas profissionais são necessárias na sua formação.
Inicialmente trataremos do papel fundamental da educação física na educação
infantil, enquanto atividade que auxilia no desenvolvimento motor, social,
psíquico e afetivo.
Em segundo momento, discutir os conteúdos das ementas dos cursos, mais
especificamente as disciplinas que tratam sobre a educação infantil.
A carga horária destinada a essas disciplinas é uma parte importante, uma vez
que a mesma trás implicações na formação. Por fim, discutir a relação estrutura
curricular e formação para atuação.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Educação Física infantil nos currículos de formação das
Universidades Estaduais da Bahia
Orientador: Ana Maria Alvarenga
Orientando:Elisângela Gomes
Tempo de execução: 6 meses
Local de execução: Ilhéus - Ba
Ilhéus 03/06/2014
RESUMO
O presente estudo trata sobre a análise da carga horraria destinada a formação
da educação física infantil nos currículos de licenciatura em Educação Física nas
Universidades Estaduais na Bahia. São doisos objetivos da pesquisa: (1)
investigar quantas são as disciplinas que tratam sobre educação física infantil em
cada proposta curricular e qual carga horária a elas destinadas nos cursos de
licenciatura em Educação Física nas Universidades Estaduais na Bahia (2)
analisar como a educação infantil é tratada nas ementas dos cursos
selecionados. Utilizando as informações disponibilizadas na base de dados do
Ministério de Educação e Cultura do Brasil- MEC,l realizaremos uma varredura
inicial selecionando os currículos de licenciatura analisados. Como processo de
inclusão: cursos ativos de licenciatura das Universidades Estaduais da Bahia. Os
cursos não presenciais, inativos e Parfor não foram incluídos na análise. Após
esse momento, utilizaremos a análise documental para analisar a carga horaria
destinada a educacao fisica infantil, nos curriculos de formacao inicial e as
ementas dos cursos selecionados, seguindo a construção em uma grelha
analítica e a análise de conteúdo (Bardin, 1991).
Palavras-chave: Educação Física infantil, licenciatura, formação
INTRODUÇÃO
Desde a Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira, de 1996, A
Educação Física infantil é considerada “componente curricular obrigatório da
educação básica”(Art.26º LDB 9.394/96). Outros aportes legais estão
estabelecidos a fim de assegurar o primeiro nível de escolarização dessas
crianças em fase inicial,
A Constituição Brasileira de 1988 estabelece legalmente – artigo 208, inciso IV – a
educação em creches e pré-escolas como dever do Estado e direito da criança.
Também o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) contempla o direito da
criança a esse atendimento. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 9.394/96) reconhece a educação infantil como a primeira etapa da
educação básica (título V, capítulo II, seçãoII, artigo 29), tendo “como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade”. A criança de zero a seis
anos também está contemplada no Plano Nacional de Educação, no Referencial
Pedagógico-Curricular para a formação de professores para a educação infantil e
séries iniciais do ensino fundamental e, em especial, no Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). A existência de tal aporte legal não deixa
dúvidas ao propor a configuração da creche e da pré-escola como um (primeiro)
nível oficial da escolarização da criança. (Pinto, 2001)
A importância da educação física na educação infantil se dá ao fato de
proporcionar as crianças dessa faixa etária experiências enriquecedoras que
darão qualidade a experiências futuras, dentro de espaços para socialização,
educação, cultura.
BASEI (2008), da ênfase a importância da Educação Física:
Compreendemos, então, que a Educação Física tem um papel fundamental na
Educação Infantil, pela possibilidade de proporcionar às crianças uma diversidade
de experiências através de situações nas quais elas possam criar, inventar,
descobrir movimentos novos, reelaborar conceitos e ideias sobre o movimento e
suas ações. Além disso, é um espaço para que, através de situações de
experiências – com o corpo, com materiais e de interação social – as crianças
descubram os próprios limites, enfrentem desafios, conheçam e valorizem o
próprio corpo, relacionem-se com outras pessoas, percebam a origem do
movimento, expressem sentimentos, utilizando a linguagem corporal, localizem-
se no espaço, entre outras situações voltadas ao desenvolvimento de suas
capacidades intelectuais e afetivas, numa atuação consciente e crítica. Dessa
forma, essa área do conhecimento poderá contribuir para a efetivação de um
programa de Educação Infantil, comprometido com os processos de
desenvolvimento da criança e com a formação de sujeitos emancipados.
Esse processo de desenvolvimento da criança se concretiza no espaço
escolar, onde os estímulos favorecem diferentes tipos de conhecimento que não
se dá de forma empírica, Saviani (2012, p.14) afirma que: a escola é uma
instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado daí então a
importância do professor como mediador do processo de elevação do
conhecimento empírico da criança, ao conhecimento sistematizado da escola,
como atesta a seguinte afirmação:
Nesse contexto, o professor é o sujeito responsável por interferir no
processo de aprendizagem do aluno, como um mediador entre o aluno o
os objetos/mundo, estimulando e adiantando avanços no
desenvolvimento da criança a partir de uma interferência na zona de
desenvolvimento proximal, ou seja, a partir do conhecimento que aluno
tem e das ferramentas de que dispõe para a realização da atividade, o
professor poderá ajudá-lo a alcançar a zona de desenvolvimento
potencial, tornando-a real, dando sequência ao aspecto espiralado do
processo. (BASEI, 2008).
Nesse sentido, a formação inicial precisa estar adequada a processos de
construção de competência técnica e compromisso politico condizentes com
objetivos da educação para a infância, deve-se pensar que tipo de profissional se
quer formar, quais as competências técnicas profissionais são necessárias na
sua formação.
Pinto (2001) escreve que,
A perspectiva de uma formação inicial crítica exige que rompamos com
a dicotomia teoria–prática, oportunizando a nossos alunos/futuros
professores condições de uma apropriação ampla e crítica da cultura e
do conhecimento. Que eles possam conhecer as teorias e concepções
de infância, escola, sociedade; que compreendam as teorias sobre o
desenvolvimento e a aprendizagem infantil, sobre o jogo e o movimento,
entre tantas outras.
Diante disso, e compreendendo, portanto, a importancia da formacao para
a educacao fisica infantile, pergunta-se: Qual o espaco da Educacao fisica infantil
nos currículos de licenciatura em Educação Física nas Universidades Estaduais
na Bahia?
OBJETIVO
Analisar como a Educacao Fisica infantil e tratada na formação inicial em
Educação Física nas Universidades Estaduais da Bahia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
(1) Identificar quantos cursos de formacao inicial em Educacao Fisica na
Bahia (indicadores geograficos);
(2) Analisar a organização acadêmica dos cursos de formação em Educação Física na
Bahia (indicadores organizacionais);
(3) Analisar a categoria administrativa dos cursos de formação em Educacao Fisica na
Bahia e localizar os de categoria administrativa Publica Estadual;
(4) Identificar quantas são as disciplinas que tratam sobre educação física
infantil em cada proposta curricular
(5) Analisar o percentual de carga horaria destinado a educacao fisica
infntil nos cursos de licenciatura em Educação Física nas Universidades
Estaduais na Bahia
(6) Analisar como a educação infantil é tratada nas ementas dos cursos
selecionados.
JUSTIFICATIVAS
Razões de ordem teórica: construção de conhecimento sobre a formacao em
educacao fisica infantile nos cursos de formacao inicial .
Razões de ordem prática: organização de indicadores de formação na Bahia,
permitindo o fornecimento de subsídios para elaboração de planos estratégicos
para o fortalecimento da formacao na educacao fisica infantile nos cursos de
licenciatura em educação física.
Estado da Arte:
tese capes ler pelo menos os resumos das teses e indicar o que se de
pesquisa sobre efi.
Para compreender como o tema educacao fisica infantile e a formacao
para atuar neste nivel de ensino tem sido tratado, foi realizada uma revisao no
banco de dados teses capes utiizando os seguintes descritores: educacao fisica
infantil, educacao fisica e infancia, educacao fisica para criancas.
Nesta pesquisa encontramos XXXX teses XXXX dissertacoes sobre
educacao fisica infantil.
ANALISAR SOBRE O QUE DIZEM ESTAS TESES E DISSERTACOES –
SELECIONAR AQUELAS QUE TRATAM SOBRE FORMACAO E ANALISAR.
MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de estudo descritivo, do tipo documental, a partir da análise de informações
obtidas no MEC (emec.mec.gov.br) e no website dos cursos de Educação Física da Bahia.
Utilizaremos um conjunto de técnicas e procedimentos de natureza
quantitativa, e qualitativa na realização de uma análise documental.
Para os dadosquantitativos,como controle de qualidade,utilizou-se a revisão dos dados
levantados por dois pesquisadores, sendo um externo ao estudo. Posteriormente, após
correções, os dados foram analisados de forma univariada.
Na analise das ementas que tratam sobre a educação física infantil, como critério de
inclusãoparaseleçãodadisciplina,nocorpoda ementa deveria conter um ou mais dos termos:
infância, criança, infantil, educação de 0 a 5 ou 0 a 06 (ou educação ou educação física que
compreendem de 0 a 06).
Para analise dos dados qualitativos, utilizou-se a tecnica da analise de
conteúdo. O material foi organizado numa grelha analitica e, posteriormente, foi
realizado tratamento dos resultados, inferência e interpretação ( Bardin
2009).
Resultados:
Com base nos objetivos de analisar indicadores, organizacionais, geográficos e a
categoria administrativa dos cursos de Educação Física do Estado da Bahia, observou que:
Há 67 registros de cursos de formação inicial (presencial e a distância) em Educação
Física na Bahia. Desses,trêsestãoextintose outrostrêsestão em fase de extinção. Excluindo
essesseiscursos,constata-se que há61 cursos ematividade, concentrados em 28 instituições
(21 IES privadas=75%) de ensinosuperior(IES),perfazendoumadistribuiçãode 2,17 cursos por
IES. Ressalta-se que,somente a UNEB oferta 21 cursos de Licenciatura em EF (31% do total de
cursos).
Quantoà categoria administrativa,osdadosrevelamque asIESprivadas ofertam mais
da metade doscursos(52%; n=32). De um modo em geral, informações quanto à organização
acadêmica demostram menor proporção de cursos de EF em Centros Universitários (n=04),
seguido por Faculdades (n=25) e Universidades (n=32 cursos; 30 em IES Públicas).
Somente 25% (n=15) de todos os cursos de EF da Bahia são ofertados no grau de
bachareladoe,em sua totalidade, em IES privadas. Entre os 46 cursos do grau de licenciatura
ofertados, 29 (63%) estão alocados em IES públicas.
Com base nos objetivos de analisar a educação física infantil nos cursos de formação
inicial em Educacao Fisica das Universidades Putlicas Estaduais, constatou-se que:
SAO POUCAS AS DISCIPLINAS QUE TRATAM SOBRE EDF INFANTIL, TENDO COMO
REFERENCIA OS CRITERIOS ADOTADOS, CONSTATAMOS AS SEGUINTES DISCIPLINAS:
XXXXXXXXXX(UESC), XXXXXX(UNEB).
ASSIM, PERCEBE-SE QUE OS CURSSOS POSSUEM EM MEDIA XXX DISCIPLINAS, SENDO
QUE, A UNIVERSIDADEXXXX, POSSUI O MAIOR NUMERO E A UNIVERSIDADE XXX, POSSUI O
MENOR NUMERO DE DISCIPLINAS QUE TRATAMDIRETAMENTE DA EFI
XXX% DE CH EH DESTINADA A FORMACAO ESPECIFICA PARA EF NO ENSINO INFANTIL,
ASSIMORGANIZADO NOS CURSOS:
QUADRO
CURSO CHT % CHEFI % CH EST.EFI %
UESC 2700 100 270 10 45
TOTAL
NAS DISCIPLIMAS ELENCADAS, PERCEBEU-SE QUE A EFI INFANTIL E TRATADA DA
SEGUINTE FORMA:
XXXXXXXXXXX.
CONCLUSOES:
EMBORA (OU SEGUINDO A PROPOSTA DE) NECESSIDADE DE FORMACAO (TRAZ
REFERENCIAIS)....A QUANTIDADEDEDISCIPLINASEH(ALTA OU BAIXA) REFENCIAL – DIALOGAR
COMCOM PESQUISAS OUTRAS.
CH
A IMPORTANCIA QUE SE DA ... COMO QUE EH TRATADA NA DISCIPLINA.
METODOLOGIA OU MATERIAL E MÉTODOS
Especificar a metodologia a ser adotada. Descrever o delineamento da pesquisa
(bibliográfica, experimental, estudo de caso, dentre outras). Definir o plano de
amostragem (tipo, tamanho, formas de composição da amostra), coleta de dados
(questionários, formulários, etc.), análise dos dados, etc. Apresentar em
seqüência cronológica a realização do trabalho, permitindo a compreensão e
interpretação dos resultados (máximo 500 palavras).
RESULTADO
CONCLUSOES
Educação Física na educação infantil
O objeto de estudo da educação física é a cultura corporal e o movimento, toda
a estrutura corporal do ser humano foi formada para se movimentar, quando
isso não ocorre por muito tempo, pode-se observar o corpo reagindo em forma
de patologias. A cultura como afirma Merleau-Ponty é o ato, efeito ou modo de
conservar, manter o conjunto de coisas, fatos que tem qualquer ligação entre
si, isso é formado e transformado no interior de representações, o homem tem
a capacidade de produzir cultura e está é o modo de dar sentido, influenciar e
organizar ideias que temos de nós mesmos.
A cultura está presente simultaneamente no processo de desenvolvimento do
homem, isso conduz a uma reflexão e uma nova concepção de corpo como
global e que deve ser explorado nas suas várias faces e utilizando a
diversidade para o crescimento. A educação física com uma nova concepção
de corpo desafia os profissionais a buscar novas estratégias para sua prática
escolar.
O movimento como parte constituinte do corpo, tem função essencial no
processo de desenvolvimento, o movimento está presente em todas as ações,
até as mais básicas, a atividade motora é muito importante no estabelecimento
de relações entre o ser humano em desenvolvimento e o ambiente que o
rodeia. (PELEGRINI e BARELA 1998)
Por muito tempo as crianças eram uma parte esquecida da sociedade, sua
educação não era prioridade, Carvalho (2007) declara que em torno dos
séculos Xlll e XlV houve um despertar para a infância, tendo no continente
europeu sua evolução quando a estrutura social vigente entre os séculos XVl e
XVll causou alterações e sentimentos frente a infância.
No Brasil, podemos ver traços de cuidado com as crianças desde a
colonização, quando o padre José de Anchieta buscou faze-lo no modelo
assistencialista (Del Priore, 1996). Fazendo um percurso histórico é possível vê
o cuidado com as crianças desde o assistencialismo, passando pelo modelo
compensatório ate chegar a um modelo de caráter pedagógico, isso devido aos
vários fatores e aspectos que determinaram tais mudanças,
o papel da mulher na sociedade contemporânea e,
consequentemente, das transformações nos arranjos
familiares que envolvem a proteção, o cuidado e a
educação dos filhos, condições de vida da maioria das
populações nas cidades urbanas e industrializadas, as quais
provocaram grandes mudanças na forma como as crianças
vivem sua infância, evolução das pesquisas sobre o
desenvolvimento infantil, assim como nos estudos que
constatam que a frequência a boas pré-escolas traz
benefícios, para as crianças e suas famílias. ( Fullgraf,
2012, p. )
Várias leis foram aprovadas na busca de beneficiar a criança e a família dentre
elas a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional de 1996 e o Plano Nacional de Educação (2001), ações legais se
destacaram na busca de melhorias no sistema educacional para crianças de 0
a 6 anos, dentre esses Fullgraf 2012 destaca:
Em consonância com a legislação, entre a promulgação da nova
Constituição e a sanção da Lei de Diretrizes e Bases (1988-1996),
o Ministério da Educação desempenhou importante papel ao
formular diretrizes para a educação infantil, publicando
documentos, elaborando referenciais curriculares e realizando
estudos e debates. As posições básicas que foram abrigadas pela
Lei de Diretrizes e Bases já figuravam no documento Política
Nacional de Educação Infantil, elaborado em 1993-1994. Outros
documentos importantes foram os Subsídios para o
credenciamento e funcionamento de instituições de educação
infantil, organizados pelo MEC, com a participação dos
Conselhos Estaduais e Municipais de Educação (1998); Critérios
para um atendimento em creches que respeite os direitos
fundamentais das crianças (1995); e o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (1998), de caráter orientador
(OCDE/UNESCO, 2005).
A Educação Física faz parte desse direito das crianças, contribuindo na
formação integral dos mesmos, nos principais períodos do desenvolvimento
motor e nos processos relacionados as mudanças no comportamento motor.
A educação física proporciona as crianças diversas possibilidades de
experiências com o corpo, materiais e interação social que propiciam a
formação de sujeitos que utilizam a linguagem corporal, numa atuação
consciente e critica partindo para emancipação. (BASEI, 2008)
Nessa perspectiva cabe ao professor de educação física propiciar condições
para um desenvolvimento pleno, promovendo atividades que amplie a pratica
motora da criança, manipulando as restrições (organismo, ambiente e tarefa),
motivando de forma prazerosa a realização das atividades, fornecendo
informações sobre a realização da tarefa e a melhoria da realização da mesma.
Para que o professor possibilite aos seus alunos um desenvolvimento integral,
consciente, crítico, prazeroso dentre outros, se faz necessário uma formação
com aporte teórico e prático que o nortei nas situações reais da profissão,
dando uma base solida onde possa construir saberes que o auxiliará na vida
profissional.
Sendo a educação infantil a porta de entrada das crianças no contexto escolar
e na forma sistematizada dos processos de desenvolvimento, o perfil
profissional dos educadores dessa faixa etária deve incluir saberes para se
trabalhar com essa faixa etária, como funcionam e se desenvolvem os
processos motores, afetivos, psicológicos, físicos dessa faixa etária, quais os
paradigmas nessa área e as abordagens, as pesquisas, problemas e as
questões de inter-relação que uni todos esses processos.
Uma formação inicial que busque orientar os futuros profissionais na
abordagem nos diversos campos que a educação física atua é de fundamental
importância, pensando nisso pesquisamos as ementas dos cursos de formação
inicial em educação física nas instituições de ensino superior da Bahia,
tentando investigar quantas são, as disciplinas que tratam sobre a Educação
Física infantil em cada proposta curricular e qual carga horária á elas
destinadas nos cursos de licenciatura, analisando como a educação infantil é
tratada nas ementas dos cursos selecionados.
Evolução curricular
Sendo o currículo alvo de amplas discursões e reflexões devido ao seu caráter
representativo de uma sociedade, sendo eles o econômico, o político, o
religioso e o social. À medida que a relação de forças entre estes interesses se
modifica, o currículo das escolas sofre o mesmo tipo de influências ou pressões
para modificar-se. Jorge (1993)
É possível encontrar varias definições para o termo currículo. Podemos citar
currículo dizendo ser um curso; conjunto das matérias de um curso escolar;
parte de um curso literário, dicionários Michaelis (2006); currículo como parte
de um curso literário ou as matérias constantes de um curso, Houaiss (2001);
currículo entendido como resultado de um processo histórico e social marcado
pelos conflitos, rupturas e contradições, como lista de disciplinas, processo
que abarca todas as atividades desenvolvidas sob a responsabilidade da
escola; grupo sistemático de cursos ou sequências de matérias necessárias à
graduação; conjunto de experiências que a criança adquire sob a
responsabilidade da escola. Wiggers ();
Uma visão simplória e empírica de currículo pode levar a concebê-lo como
transmissão de conteúdo, como grade curricular de um curso de formação
Benedito et al. (1995). Currículo é muito além,
Quando é definido um currículo, descreve-se a concretização das
funções da própria escola e a forma particular de enfocá-la num
momento histórico e social determinado, para um nível ou modalidade
de educação, numa trama institucional. O currículo de ensino
obrigatório não tem a mesma função que o de uma especialidade
universitária, ou o de uma modalidade de ensino profissional, e isso se
traduz em conteúdos, formas e esquemas de racionalização internas
diferentes, porque é diferente a função social de cada nível e peculiar a
realidade social e pedagógica que se criou historicamente em torno dos
mesmos. (SACRISTAN, 2000 p.15)
Concebendo assim o currículo Wiggers 2012 afirma que a conceituação e
análise do currículo deverão incluir as dimensões dos: currículos
oficial/prescrito/explícito; manifesto; em ação/em curso; oculto e real. Ao se
incluir essas diferentes dimensões curriculares, cria-se a possibilidade de se
entender o currículo como uma prática na qual se articula um conjunto de
elementos: ideias e práticas; intenção e realidade; fantasias e sonhos. Ainda
afirma que essas diferentes concepções de currículo desafia o profissional a
tomar decisões, rompe com o engessamento e com velhas praticas
educacionais.
O ensino superior tem como objetivo formar profissionais, promover cultura,
assegurar serviço de qualidade a sociedade, Tramontin (1996), isso trás no
sentido amplo, diversas implicações na formação profissional .
Após varias criticas aos currículos que apenas visam preparar profissionais
para o mercado de trabalho estudos e debates foram organizados tentando
superar esse modelo de formação, foi então aprovado o Parecer nº 215/87 e da
Resolução nº 03/87, quanto a isso afirma:
No que diz respeito a referenciais curriculares, a Resolução nº 03/87 é
reconhecida como importante e inequívoco avanço por ter assegurado
autonomia e flexibilidade para que as IES pudessem “estabelecer os
marcos conceptuais, os perfis profissionais desejados, elaborar as
ementas, fixar a carga horária para cada disciplina e sua respectiva
denominação, bem como enriquecer o currículo pleno, contemplando
as peculiaridades regionais” (Art. 3º, § 4º), para que pudessem
organizar também os conteúdos em campos de conhecimentos, e
possibilitar um novo tipo de formação – o bacharelado – para além da
licenciatura plena. (GOMES, 2007 p. 21).
Outras propostas e implementações foram desencadeadas, como o Parecer
CNE/CES nº 776/97 que apresentou as orientações para as diretrizes
curriculares dos cursos em nível de graduação plena, Resolução CNE/CP nº
01/1999, Parecer CNE/CP nº 009/2001, Parecer CNE/CES nº 138/2002,
Parecer CNE/CES 0058/2004 que aborda a questão dos portadores de
necessidades especiais.
Na Resolução nº 7, de 31 de março de 2004 o artigo sétimo diz:
Art. 7º Caberá à Instituição de Ensino Superior, na organização curricular do
curso de graduação em Educação Física, articular as unidades de
conhecimento de formação específica e ampliada, definindo as respectivas
denominações, ementas e cargas horárias em coerência com o marco
conceitual e as competências e habilidades almejadas para o profissional que
se pretende formar.
Estudo realizado por GOMES e col.2012, mostra que dos 67 registros de
cursos iniciais (presenciais e a distância), 61 cursos estão em atividade -
concentrados em 28 instituições de Ensino Superior, sendo (21 IES privadas
=75%). Somente 25%(n=15) de todos os cursos de EF da Bahia são ofertados
no grau de bacharelado e, em sua totalidade, em IES privadas, Entre os 46
cursos do grau de licenciatura ofertados, 29(63%) estão em IES públicas. No
entender dos autores háá uma necessidade de revisão dos cursos de
licenciatura em EF da Bahia, tantos das IES públicas quanto privadas.
Há necessidade de oferta de cursos com grau de bacharelado nas IES públicas
para atender interesses de indivíduos interessados nessa formação e, também,
atender a crescente demanda para promoção da atividade física de sujeitos e
coletividades nos mais variados ciclos da vida.
Na educação infantil o currículo não difere muito da formação para o ensino
fundamental, mas, deve possibilitar aos profissionais, “acesso ao conhecimento
produzido na área da educação infantil e da cultura em geral para repensarem
sua prática, se reconstruírem como cidadãos e atuarem na condição de
sujeitos da produção de conhecimento” (BRASIL, 1996, p. 19).
Metodologia
Pesquisa de natureza qualitativa de cunho documental. Levantamos as
ementas dos cursos de licenciatura em Educação Física para configurar
quantas são as disciplinas que tratam sobre a Educação Física infantil em cada
proposta curricular e qual carga horária á elas destinadas nos cursos de
licenciatura, utilizaremos um conjunto de técnicas e procedimentos de natureza
qualitativa na realização de uma análise documental para analisar como a
educação infantil é tratada nas ementas dos cursos selecionados. Para
realização dessa análise utilizaremos a técnica de análise do conteúdo fazendo
a exploração do material e, por fim, o tratamento dos resultados: a inferência e
a interpretação ( Bardin 2009)

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  • 1. ELISÂNGELA DE JESUS GOMES ANÁLISE DAS EMENTAS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS DA BAHIA ILHÉUS
  • 2. ELISÂNGELA DE JESUS GOMES ANÁLISE DAS EMENTAS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA UNIVERSIDADE ESTADUAIS DA BAHIA MonografiaapresentadaáUniversidade Estadual de Santa Cruz como instrumentode avaliaçãoda disciplinapesquisaorientadall,do curso de graduação emEducação Física. Orientadora:Prof.ªDr.ªAnaMaria Alvarenga ILHÉUS
  • 3. AGRADECIMENTO Sou grata a minhaorientadora,professoraAnaMaria Alvarenga.Obrigadaporsuaparceria, sugestões,paciêncianaconfecçãodeste trabalho.A minhafamíliapeloapoioconstante durante toda a graduação.Ao meuesposopelaparceriae compreensão.
  • 4. RESUMO Este trabalhoapresentaa análise dasementas,bemcomo,ofluxogramadoscursosde Educação Física das UniversidadesEstaduaisdaBahia,como objetivode analisarcomoa educaçãoinfantil é tratadanas ementasdoscursosselecionados, investigarquantassãoas disciplinasque tratamsobre educaçãofísicainfantil emcadapropostacurriculare qual carga horáriaa elasdestinadasnoscursosde licenciatura. Palavras– chaves: : Educação Física infantil,licenciatura,ementas.
  • 5. INTRODUÇÃO Desde a Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira, de 1996, a Educação Física infantil é considerada “componente curricular obrigatório da educação básica”(Art.26º LDB 9.394/96). Outros aportes legais como, Estatuto da criança e do adolescente, Plano Nacional de educação, no Referencial Pedagógico- Curricular estão estabelecidos a fim de assegurar o primeiro nível de escolarização dessas crianças em fase inicial. Trabalhos de pesquisa envolvendo a área de educação infantil vêm crescendo em larga escala com intuito de ampliar o conhecimento e melhorar o trabalho com indivíduos dessa faixa etária. O papel da escola e do professor é de grande importância na aprendizagem do aluno. Nesse sentido, a formação inicial precisa estar adequada a processos de construção de competência técnica e compromisso politico condizentes com objetivos da educação para a infância, deve-se pensar que tipo de profissional se quer formar, quais as competências técnicas profissionais são necessárias na sua formação. Inicialmente trataremos do papel fundamental da educação física na educação infantil, enquanto atividade que auxilia no desenvolvimento motor, social, psíquico e afetivo. Em segundo momento, discutir os conteúdos das ementas dos cursos, mais especificamente as disciplinas que tratam sobre a educação infantil. A carga horária destinada a essas disciplinas é uma parte importante, uma vez que a mesma trás implicações na formação. Por fim, discutir a relação estrutura curricular e formação para atuação.
  • 6. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Educação Física infantil nos currículos de formação das Universidades Estaduais da Bahia Orientador: Ana Maria Alvarenga Orientando:Elisângela Gomes Tempo de execução: 6 meses Local de execução: Ilhéus - Ba Ilhéus 03/06/2014
  • 7. RESUMO O presente estudo trata sobre a análise da carga horraria destinada a formação da educação física infantil nos currículos de licenciatura em Educação Física nas Universidades Estaduais na Bahia. São doisos objetivos da pesquisa: (1) investigar quantas são as disciplinas que tratam sobre educação física infantil em cada proposta curricular e qual carga horária a elas destinadas nos cursos de licenciatura em Educação Física nas Universidades Estaduais na Bahia (2) analisar como a educação infantil é tratada nas ementas dos cursos selecionados. Utilizando as informações disponibilizadas na base de dados do Ministério de Educação e Cultura do Brasil- MEC,l realizaremos uma varredura inicial selecionando os currículos de licenciatura analisados. Como processo de inclusão: cursos ativos de licenciatura das Universidades Estaduais da Bahia. Os cursos não presenciais, inativos e Parfor não foram incluídos na análise. Após esse momento, utilizaremos a análise documental para analisar a carga horaria destinada a educacao fisica infantil, nos curriculos de formacao inicial e as ementas dos cursos selecionados, seguindo a construção em uma grelha analítica e a análise de conteúdo (Bardin, 1991). Palavras-chave: Educação Física infantil, licenciatura, formação INTRODUÇÃO Desde a Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira, de 1996, A Educação Física infantil é considerada “componente curricular obrigatório da educação básica”(Art.26º LDB 9.394/96). Outros aportes legais estão estabelecidos a fim de assegurar o primeiro nível de escolarização dessas crianças em fase inicial, A Constituição Brasileira de 1988 estabelece legalmente – artigo 208, inciso IV – a educação em creches e pré-escolas como dever do Estado e direito da criança. Também o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) contempla o direito da criança a esse atendimento. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) reconhece a educação infantil como a primeira etapa da educação básica (título V, capítulo II, seçãoII, artigo 29), tendo “como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade”. A criança de zero a seis anos também está contemplada no Plano Nacional de Educação, no Referencial
  • 8. Pedagógico-Curricular para a formação de professores para a educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental e, em especial, no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). A existência de tal aporte legal não deixa dúvidas ao propor a configuração da creche e da pré-escola como um (primeiro) nível oficial da escolarização da criança. (Pinto, 2001) A importância da educação física na educação infantil se dá ao fato de proporcionar as crianças dessa faixa etária experiências enriquecedoras que darão qualidade a experiências futuras, dentro de espaços para socialização, educação, cultura. BASEI (2008), da ênfase a importância da Educação Física: Compreendemos, então, que a Educação Física tem um papel fundamental na Educação Infantil, pela possibilidade de proporcionar às crianças uma diversidade de experiências através de situações nas quais elas possam criar, inventar, descobrir movimentos novos, reelaborar conceitos e ideias sobre o movimento e suas ações. Além disso, é um espaço para que, através de situações de experiências – com o corpo, com materiais e de interação social – as crianças descubram os próprios limites, enfrentem desafios, conheçam e valorizem o próprio corpo, relacionem-se com outras pessoas, percebam a origem do movimento, expressem sentimentos, utilizando a linguagem corporal, localizem- se no espaço, entre outras situações voltadas ao desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e afetivas, numa atuação consciente e crítica. Dessa forma, essa área do conhecimento poderá contribuir para a efetivação de um programa de Educação Infantil, comprometido com os processos de desenvolvimento da criança e com a formação de sujeitos emancipados. Esse processo de desenvolvimento da criança se concretiza no espaço escolar, onde os estímulos favorecem diferentes tipos de conhecimento que não se dá de forma empírica, Saviani (2012, p.14) afirma que: a escola é uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado daí então a importância do professor como mediador do processo de elevação do conhecimento empírico da criança, ao conhecimento sistematizado da escola, como atesta a seguinte afirmação: Nesse contexto, o professor é o sujeito responsável por interferir no processo de aprendizagem do aluno, como um mediador entre o aluno o os objetos/mundo, estimulando e adiantando avanços no desenvolvimento da criança a partir de uma interferência na zona de desenvolvimento proximal, ou seja, a partir do conhecimento que aluno tem e das ferramentas de que dispõe para a realização da atividade, o professor poderá ajudá-lo a alcançar a zona de desenvolvimento potencial, tornando-a real, dando sequência ao aspecto espiralado do
  • 9. processo. (BASEI, 2008). Nesse sentido, a formação inicial precisa estar adequada a processos de construção de competência técnica e compromisso politico condizentes com objetivos da educação para a infância, deve-se pensar que tipo de profissional se quer formar, quais as competências técnicas profissionais são necessárias na sua formação. Pinto (2001) escreve que, A perspectiva de uma formação inicial crítica exige que rompamos com a dicotomia teoria–prática, oportunizando a nossos alunos/futuros professores condições de uma apropriação ampla e crítica da cultura e do conhecimento. Que eles possam conhecer as teorias e concepções de infância, escola, sociedade; que compreendam as teorias sobre o desenvolvimento e a aprendizagem infantil, sobre o jogo e o movimento, entre tantas outras. Diante disso, e compreendendo, portanto, a importancia da formacao para a educacao fisica infantile, pergunta-se: Qual o espaco da Educacao fisica infantil nos currículos de licenciatura em Educação Física nas Universidades Estaduais na Bahia? OBJETIVO Analisar como a Educacao Fisica infantil e tratada na formação inicial em Educação Física nas Universidades Estaduais da Bahia. OBJETIVOS ESPECÍFICOS (1) Identificar quantos cursos de formacao inicial em Educacao Fisica na Bahia (indicadores geograficos); (2) Analisar a organização acadêmica dos cursos de formação em Educação Física na Bahia (indicadores organizacionais); (3) Analisar a categoria administrativa dos cursos de formação em Educacao Fisica na Bahia e localizar os de categoria administrativa Publica Estadual; (4) Identificar quantas são as disciplinas que tratam sobre educação física infantil em cada proposta curricular (5) Analisar o percentual de carga horaria destinado a educacao fisica infntil nos cursos de licenciatura em Educação Física nas Universidades Estaduais na Bahia (6) Analisar como a educação infantil é tratada nas ementas dos cursos selecionados.
  • 10. JUSTIFICATIVAS Razões de ordem teórica: construção de conhecimento sobre a formacao em educacao fisica infantile nos cursos de formacao inicial . Razões de ordem prática: organização de indicadores de formação na Bahia, permitindo o fornecimento de subsídios para elaboração de planos estratégicos para o fortalecimento da formacao na educacao fisica infantile nos cursos de licenciatura em educação física. Estado da Arte: tese capes ler pelo menos os resumos das teses e indicar o que se de pesquisa sobre efi. Para compreender como o tema educacao fisica infantile e a formacao para atuar neste nivel de ensino tem sido tratado, foi realizada uma revisao no banco de dados teses capes utiizando os seguintes descritores: educacao fisica infantil, educacao fisica e infancia, educacao fisica para criancas. Nesta pesquisa encontramos XXXX teses XXXX dissertacoes sobre educacao fisica infantil. ANALISAR SOBRE O QUE DIZEM ESTAS TESES E DISSERTACOES – SELECIONAR AQUELAS QUE TRATAM SOBRE FORMACAO E ANALISAR. MATERIAL E MÉTODOS Trata-se de estudo descritivo, do tipo documental, a partir da análise de informações obtidas no MEC (emec.mec.gov.br) e no website dos cursos de Educação Física da Bahia. Utilizaremos um conjunto de técnicas e procedimentos de natureza quantitativa, e qualitativa na realização de uma análise documental. Para os dadosquantitativos,como controle de qualidade,utilizou-se a revisão dos dados levantados por dois pesquisadores, sendo um externo ao estudo. Posteriormente, após correções, os dados foram analisados de forma univariada. Na analise das ementas que tratam sobre a educação física infantil, como critério de inclusãoparaseleçãodadisciplina,nocorpoda ementa deveria conter um ou mais dos termos: infância, criança, infantil, educação de 0 a 5 ou 0 a 06 (ou educação ou educação física que compreendem de 0 a 06). Para analise dos dados qualitativos, utilizou-se a tecnica da analise de
  • 11. conteúdo. O material foi organizado numa grelha analitica e, posteriormente, foi realizado tratamento dos resultados, inferência e interpretação ( Bardin 2009). Resultados: Com base nos objetivos de analisar indicadores, organizacionais, geográficos e a categoria administrativa dos cursos de Educação Física do Estado da Bahia, observou que: Há 67 registros de cursos de formação inicial (presencial e a distância) em Educação Física na Bahia. Desses,trêsestãoextintose outrostrêsestão em fase de extinção. Excluindo essesseiscursos,constata-se que há61 cursos ematividade, concentrados em 28 instituições (21 IES privadas=75%) de ensinosuperior(IES),perfazendoumadistribuiçãode 2,17 cursos por IES. Ressalta-se que,somente a UNEB oferta 21 cursos de Licenciatura em EF (31% do total de cursos). Quantoà categoria administrativa,osdadosrevelamque asIESprivadas ofertam mais da metade doscursos(52%; n=32). De um modo em geral, informações quanto à organização acadêmica demostram menor proporção de cursos de EF em Centros Universitários (n=04), seguido por Faculdades (n=25) e Universidades (n=32 cursos; 30 em IES Públicas). Somente 25% (n=15) de todos os cursos de EF da Bahia são ofertados no grau de bachareladoe,em sua totalidade, em IES privadas. Entre os 46 cursos do grau de licenciatura ofertados, 29 (63%) estão alocados em IES públicas. Com base nos objetivos de analisar a educação física infantil nos cursos de formação inicial em Educacao Fisica das Universidades Putlicas Estaduais, constatou-se que: SAO POUCAS AS DISCIPLINAS QUE TRATAM SOBRE EDF INFANTIL, TENDO COMO REFERENCIA OS CRITERIOS ADOTADOS, CONSTATAMOS AS SEGUINTES DISCIPLINAS: XXXXXXXXXX(UESC), XXXXXX(UNEB). ASSIM, PERCEBE-SE QUE OS CURSSOS POSSUEM EM MEDIA XXX DISCIPLINAS, SENDO QUE, A UNIVERSIDADEXXXX, POSSUI O MAIOR NUMERO E A UNIVERSIDADE XXX, POSSUI O MENOR NUMERO DE DISCIPLINAS QUE TRATAMDIRETAMENTE DA EFI XXX% DE CH EH DESTINADA A FORMACAO ESPECIFICA PARA EF NO ENSINO INFANTIL, ASSIMORGANIZADO NOS CURSOS: QUADRO CURSO CHT % CHEFI % CH EST.EFI % UESC 2700 100 270 10 45
  • 12. TOTAL NAS DISCIPLIMAS ELENCADAS, PERCEBEU-SE QUE A EFI INFANTIL E TRATADA DA SEGUINTE FORMA: XXXXXXXXXXX. CONCLUSOES: EMBORA (OU SEGUINDO A PROPOSTA DE) NECESSIDADE DE FORMACAO (TRAZ REFERENCIAIS)....A QUANTIDADEDEDISCIPLINASEH(ALTA OU BAIXA) REFENCIAL – DIALOGAR COMCOM PESQUISAS OUTRAS. CH A IMPORTANCIA QUE SE DA ... COMO QUE EH TRATADA NA DISCIPLINA. METODOLOGIA OU MATERIAL E MÉTODOS Especificar a metodologia a ser adotada. Descrever o delineamento da pesquisa (bibliográfica, experimental, estudo de caso, dentre outras). Definir o plano de amostragem (tipo, tamanho, formas de composição da amostra), coleta de dados (questionários, formulários, etc.), análise dos dados, etc. Apresentar em seqüência cronológica a realização do trabalho, permitindo a compreensão e interpretação dos resultados (máximo 500 palavras). RESULTADO CONCLUSOES
  • 13. Educação Física na educação infantil O objeto de estudo da educação física é a cultura corporal e o movimento, toda a estrutura corporal do ser humano foi formada para se movimentar, quando isso não ocorre por muito tempo, pode-se observar o corpo reagindo em forma de patologias. A cultura como afirma Merleau-Ponty é o ato, efeito ou modo de conservar, manter o conjunto de coisas, fatos que tem qualquer ligação entre si, isso é formado e transformado no interior de representações, o homem tem a capacidade de produzir cultura e está é o modo de dar sentido, influenciar e organizar ideias que temos de nós mesmos. A cultura está presente simultaneamente no processo de desenvolvimento do homem, isso conduz a uma reflexão e uma nova concepção de corpo como global e que deve ser explorado nas suas várias faces e utilizando a diversidade para o crescimento. A educação física com uma nova concepção de corpo desafia os profissionais a buscar novas estratégias para sua prática escolar. O movimento como parte constituinte do corpo, tem função essencial no processo de desenvolvimento, o movimento está presente em todas as ações, até as mais básicas, a atividade motora é muito importante no estabelecimento de relações entre o ser humano em desenvolvimento e o ambiente que o rodeia. (PELEGRINI e BARELA 1998) Por muito tempo as crianças eram uma parte esquecida da sociedade, sua educação não era prioridade, Carvalho (2007) declara que em torno dos séculos Xlll e XlV houve um despertar para a infância, tendo no continente europeu sua evolução quando a estrutura social vigente entre os séculos XVl e XVll causou alterações e sentimentos frente a infância. No Brasil, podemos ver traços de cuidado com as crianças desde a colonização, quando o padre José de Anchieta buscou faze-lo no modelo assistencialista (Del Priore, 1996). Fazendo um percurso histórico é possível vê o cuidado com as crianças desde o assistencialismo, passando pelo modelo compensatório ate chegar a um modelo de caráter pedagógico, isso devido aos vários fatores e aspectos que determinaram tais mudanças, o papel da mulher na sociedade contemporânea e, consequentemente, das transformações nos arranjos familiares que envolvem a proteção, o cuidado e a educação dos filhos, condições de vida da maioria das populações nas cidades urbanas e industrializadas, as quais
  • 14. provocaram grandes mudanças na forma como as crianças vivem sua infância, evolução das pesquisas sobre o desenvolvimento infantil, assim como nos estudos que constatam que a frequência a boas pré-escolas traz benefícios, para as crianças e suas famílias. ( Fullgraf, 2012, p. ) Várias leis foram aprovadas na busca de beneficiar a criança e a família dentre elas a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e o Plano Nacional de Educação (2001), ações legais se destacaram na busca de melhorias no sistema educacional para crianças de 0 a 6 anos, dentre esses Fullgraf 2012 destaca: Em consonância com a legislação, entre a promulgação da nova Constituição e a sanção da Lei de Diretrizes e Bases (1988-1996), o Ministério da Educação desempenhou importante papel ao formular diretrizes para a educação infantil, publicando documentos, elaborando referenciais curriculares e realizando estudos e debates. As posições básicas que foram abrigadas pela Lei de Diretrizes e Bases já figuravam no documento Política Nacional de Educação Infantil, elaborado em 1993-1994. Outros documentos importantes foram os Subsídios para o credenciamento e funcionamento de instituições de educação infantil, organizados pelo MEC, com a participação dos Conselhos Estaduais e Municipais de Educação (1998); Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças (1995); e o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), de caráter orientador (OCDE/UNESCO, 2005). A Educação Física faz parte desse direito das crianças, contribuindo na formação integral dos mesmos, nos principais períodos do desenvolvimento motor e nos processos relacionados as mudanças no comportamento motor. A educação física proporciona as crianças diversas possibilidades de experiências com o corpo, materiais e interação social que propiciam a formação de sujeitos que utilizam a linguagem corporal, numa atuação consciente e critica partindo para emancipação. (BASEI, 2008) Nessa perspectiva cabe ao professor de educação física propiciar condições para um desenvolvimento pleno, promovendo atividades que amplie a pratica
  • 15. motora da criança, manipulando as restrições (organismo, ambiente e tarefa), motivando de forma prazerosa a realização das atividades, fornecendo informações sobre a realização da tarefa e a melhoria da realização da mesma. Para que o professor possibilite aos seus alunos um desenvolvimento integral, consciente, crítico, prazeroso dentre outros, se faz necessário uma formação com aporte teórico e prático que o nortei nas situações reais da profissão, dando uma base solida onde possa construir saberes que o auxiliará na vida profissional. Sendo a educação infantil a porta de entrada das crianças no contexto escolar e na forma sistematizada dos processos de desenvolvimento, o perfil profissional dos educadores dessa faixa etária deve incluir saberes para se trabalhar com essa faixa etária, como funcionam e se desenvolvem os processos motores, afetivos, psicológicos, físicos dessa faixa etária, quais os paradigmas nessa área e as abordagens, as pesquisas, problemas e as questões de inter-relação que uni todos esses processos. Uma formação inicial que busque orientar os futuros profissionais na abordagem nos diversos campos que a educação física atua é de fundamental importância, pensando nisso pesquisamos as ementas dos cursos de formação inicial em educação física nas instituições de ensino superior da Bahia, tentando investigar quantas são, as disciplinas que tratam sobre a Educação Física infantil em cada proposta curricular e qual carga horária á elas destinadas nos cursos de licenciatura, analisando como a educação infantil é tratada nas ementas dos cursos selecionados. Evolução curricular Sendo o currículo alvo de amplas discursões e reflexões devido ao seu caráter representativo de uma sociedade, sendo eles o econômico, o político, o religioso e o social. À medida que a relação de forças entre estes interesses se modifica, o currículo das escolas sofre o mesmo tipo de influências ou pressões para modificar-se. Jorge (1993) É possível encontrar varias definições para o termo currículo. Podemos citar currículo dizendo ser um curso; conjunto das matérias de um curso escolar; parte de um curso literário, dicionários Michaelis (2006); currículo como parte de um curso literário ou as matérias constantes de um curso, Houaiss (2001); currículo entendido como resultado de um processo histórico e social marcado pelos conflitos, rupturas e contradições, como lista de disciplinas, processo que abarca todas as atividades desenvolvidas sob a responsabilidade da escola; grupo sistemático de cursos ou sequências de matérias necessárias à
  • 16. graduação; conjunto de experiências que a criança adquire sob a responsabilidade da escola. Wiggers (); Uma visão simplória e empírica de currículo pode levar a concebê-lo como transmissão de conteúdo, como grade curricular de um curso de formação Benedito et al. (1995). Currículo é muito além, Quando é definido um currículo, descreve-se a concretização das funções da própria escola e a forma particular de enfocá-la num momento histórico e social determinado, para um nível ou modalidade de educação, numa trama institucional. O currículo de ensino obrigatório não tem a mesma função que o de uma especialidade universitária, ou o de uma modalidade de ensino profissional, e isso se traduz em conteúdos, formas e esquemas de racionalização internas diferentes, porque é diferente a função social de cada nível e peculiar a realidade social e pedagógica que se criou historicamente em torno dos mesmos. (SACRISTAN, 2000 p.15) Concebendo assim o currículo Wiggers 2012 afirma que a conceituação e análise do currículo deverão incluir as dimensões dos: currículos oficial/prescrito/explícito; manifesto; em ação/em curso; oculto e real. Ao se incluir essas diferentes dimensões curriculares, cria-se a possibilidade de se entender o currículo como uma prática na qual se articula um conjunto de elementos: ideias e práticas; intenção e realidade; fantasias e sonhos. Ainda afirma que essas diferentes concepções de currículo desafia o profissional a tomar decisões, rompe com o engessamento e com velhas praticas educacionais. O ensino superior tem como objetivo formar profissionais, promover cultura, assegurar serviço de qualidade a sociedade, Tramontin (1996), isso trás no sentido amplo, diversas implicações na formação profissional . Após varias criticas aos currículos que apenas visam preparar profissionais para o mercado de trabalho estudos e debates foram organizados tentando superar esse modelo de formação, foi então aprovado o Parecer nº 215/87 e da Resolução nº 03/87, quanto a isso afirma: No que diz respeito a referenciais curriculares, a Resolução nº 03/87 é reconhecida como importante e inequívoco avanço por ter assegurado autonomia e flexibilidade para que as IES pudessem “estabelecer os marcos conceptuais, os perfis profissionais desejados, elaborar as ementas, fixar a carga horária para cada disciplina e sua respectiva denominação, bem como enriquecer o currículo pleno, contemplando as peculiaridades regionais” (Art. 3º, § 4º), para que pudessem organizar também os conteúdos em campos de conhecimentos, e possibilitar um novo tipo de formação – o bacharelado – para além da licenciatura plena. (GOMES, 2007 p. 21).
  • 17. Outras propostas e implementações foram desencadeadas, como o Parecer CNE/CES nº 776/97 que apresentou as orientações para as diretrizes curriculares dos cursos em nível de graduação plena, Resolução CNE/CP nº 01/1999, Parecer CNE/CP nº 009/2001, Parecer CNE/CES nº 138/2002, Parecer CNE/CES 0058/2004 que aborda a questão dos portadores de necessidades especiais. Na Resolução nº 7, de 31 de março de 2004 o artigo sétimo diz: Art. 7º Caberá à Instituição de Ensino Superior, na organização curricular do curso de graduação em Educação Física, articular as unidades de conhecimento de formação específica e ampliada, definindo as respectivas denominações, ementas e cargas horárias em coerência com o marco conceitual e as competências e habilidades almejadas para o profissional que se pretende formar. Estudo realizado por GOMES e col.2012, mostra que dos 67 registros de cursos iniciais (presenciais e a distância), 61 cursos estão em atividade - concentrados em 28 instituições de Ensino Superior, sendo (21 IES privadas =75%). Somente 25%(n=15) de todos os cursos de EF da Bahia são ofertados no grau de bacharelado e, em sua totalidade, em IES privadas, Entre os 46 cursos do grau de licenciatura ofertados, 29(63%) estão em IES públicas. No entender dos autores háá uma necessidade de revisão dos cursos de licenciatura em EF da Bahia, tantos das IES públicas quanto privadas. Há necessidade de oferta de cursos com grau de bacharelado nas IES públicas para atender interesses de indivíduos interessados nessa formação e, também, atender a crescente demanda para promoção da atividade física de sujeitos e coletividades nos mais variados ciclos da vida. Na educação infantil o currículo não difere muito da formação para o ensino fundamental, mas, deve possibilitar aos profissionais, “acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral para repensarem sua prática, se reconstruírem como cidadãos e atuarem na condição de sujeitos da produção de conhecimento” (BRASIL, 1996, p. 19). Metodologia
  • 18. Pesquisa de natureza qualitativa de cunho documental. Levantamos as ementas dos cursos de licenciatura em Educação Física para configurar quantas são as disciplinas que tratam sobre a Educação Física infantil em cada proposta curricular e qual carga horária á elas destinadas nos cursos de licenciatura, utilizaremos um conjunto de técnicas e procedimentos de natureza qualitativa na realização de uma análise documental para analisar como a educação infantil é tratada nas ementas dos cursos selecionados. Para realização dessa análise utilizaremos a técnica de análise do conteúdo fazendo a exploração do material e, por fim, o tratamento dos resultados: a inferência e a interpretação ( Bardin 2009)