O documento descreve um guião para um filme de romance e drama intitulado "O comboio nunca para". A história segue Henrique enquanto relembra o seu relacionamento passado com Violeta, desde o seu primeiro encontro até à sua morte num acidente de carro. O filme explora os sentimentos de Henrique sobre o seu arrependimento por ter deixado Violeta ir embora e por não ter admitido o seu amor por ela antes de ser tarde demais.
1. Título | “The train never stops”
Género | Romance / Drama
Produção | Ana Tavares e Mariana Santos
Atores | (Em fase de procura)
Realizador | Ana Tavares e Mariana Santos
Editor | Ana Tavares e Mariana Santos
Director de Fotografia | Ana Tavares e Mariana Santos
Operador de Câmara | Mariana Santos e Ana Tavares
Guião
Cena 1
Aparecem comboios a passar como início da narrativa e Henrique a sair da estação de
comboios.
Cena 2
Henrique aparece a caminhar observando o chão, as pedras e as árvores à sua volta.
Cena 3
(VOZ DE FUNDO)
Violeta, a minha flor, o meu único amor...
Cena 4
(VOZ DE FUNDO)
Tudo começou com um olhar, um sorriso, uma amizade que
cresceu e se tornou em algo muito maior e mais profundo. Um
sentimento que floresceu no íntimo de nós os dois. É inevitável não me
2. deixar levar por estas sensações de nostalgia cada vez que abro o meu
baú das tuas memórias. Num momento tens tudo e no outro não tens
nada.
Henrique começa a relembrar o seu passado e de Violeta e mostra no seu tom de voz carinho e
alegria. Mostram-se imagens de Vila Real.
Cena 5
(VOZ DE FUNDO)
E pensar que no começo tudo parecia um sonho... Um belo e
puro sonho, em que pela primeira vez levei um estranho murro no
estômago e desejei imensamente conhecer a rapariga daqueles olhos
azuis e daquele sorriso... Meu deus, nunca tinha visto sorriso assim,
era tão único, tão especial... E não sabia o nome dela mas sabia que
teria que fazer parte de mim e que se ia encaixar perfeitamente com o
meu eu... Senti-me tão fraco e inútil naquele momento que me faltou
a coragem de ir ter contigo, congelei por completo... Posso afirmar que
o meu coração deixou de bater no momento em que os nossos olhos
se cruzaram pela primeira vez.
Mas por um impulso natural, levantei-me e fui ter contigo. Não
sabia o que dizer nem como irias reagir, mas tu sentiste a minha
atrapalhação e disseste: “Olá, sou a Violeta.”
Cena 6
(VOZ DE FUNDO)
Imaginaria eu que a partir daquele momento eu iria encontrar
a mulher da minha vida! Ficamos a dar-nos bem, mas não tão bem
como eu gostaria, e fiz muitos esforços que só com o tempo foram
compensados com sorrisos e eventualmente alguns encontros... Ao fim
de algum tempo, éramos capazes de dar a volta ao mundo só para
estarmos 5 minutos juntos, embora continuasses com o teu feitio
difícil de penetrar, como se houvesse sempre um pequeno teste... Mas
adoravas quando eu te surpreendia e cada palavra que saía da tua
boca era para mim como canções de embalar de anjos.
Faz-se uma pausa. Henrique muda a sua disposição ficando novamente com um ar triste e
cabisbaixo.
Cena 7
3. Henrique caminha vagarosamente pelas ruas de Vila Real, com um ar melancólico e pensativo.
Cena 8
(VOZ DE FUNDO)
Até ao dia em que eu duvidei se valia a pena tanto esforço por
uma rapariga e duvidei se aquilo que sentia por ti era amor ou uma
mera ilusão. Sentia-me preso, precisava de espaço e tempo...
Cena 9
(VOZ DE FUNDO)
Comecei a desistir de te fazer feliz com surpresas, de estar
contigo, de te dar apoio... Desisti de ti por um capricho meu enquanto
te via a continuar a lutar pelo “nós”. Mas a tua paciência também não
durou para sempre e acabaste por te afastar de mim. Vi-te a ir embora
e não corri atrás... Esse foi o pior erro da minha vida. Pensei que
esperarias por mim enquanto eu tinha a certeza daquilo que queria...
Cena 10
Henrique caminha pelas ruas de Vila Real. (imagens de paisagens)
Aparecem linhas ferroviárias antigas.
Cena 11
Henrique começa a andar mais acelerado, como se estivesse atrasado para chegar a algum
sítio.
Cena 12
(VOZ DE FUNDO)
Mas ninguém é eterno e quando eu decidi que tinha de te
dizer que eu era teu e tu minha, que eu te amava, já era tarde de
mais... Tão tarde...
4. Cena 13
Henrique caminha pensativo pelos jardins de Vila Real. (imagens de chão, pedras e árvores)
Cena 14
Mostra-se um plano da passagem do tempo do céu.
Cena 15
Henrique chega à porta do cemitério com uma rosa vermelha na mão e pára por breves
segundos.
(VOZ DE FUNDO)
Porque o teu coração já não bate por mim, o teu coração já
não bate por mais ninguém.
Cena 16
Mostram-se imagens de um acidente de carro no IP4.
Cena 17
Henrique entra no cemitério, beija a rosa e pousa-a na campa de Violeta. Depois levanta-se e
sai do cemitério, olhando para o céu com um ar de tristeza e de saudade de Violeta.
(Guião sujeito a alterações.)