O documento discute as cotas sociais na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Aponta que 59% dos alunos da Ufes são brancos, enquanto 39% são negros ou pardos. Leis como a Lei de Cotas e o Estatuto da Igualdade Racial reservam vagas para estudantes de escola pública e negros. A Ufes adota cotas sociais, mas sem recorte racial, alegando critérios subjetivos para definir raça e que as cotas beneficiariam negros pobres. Uma comissão avalia
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Cotas sociais
1. Cotas Sociais
Segundo dados fornecidos pela Pró-Reitoria de Graduação da Ufes (Prograd), o número de
negros e pardos matriculados na Ufes em 2006 somam 39%, enquanto que o dos brancos
corresponde a 59%. Em cursos como Arquivologia, História, Pedagogia e Biblioteconomia, o
número de alunos negros é superior aos brancos. Já nos cursos mais disputados e
dispendiosos como Medicina, Direito e Engenharia Civil, a presença de brancos é muito
superior.
Para reverter essa situação, muitas delas já adotaram o sistema de cotas raciais,
respaldados pela PL 73/99 (ou Lei de Cotas), que caso seja aprovado, irá reservar 50% das
vagas nas universidades públicas aos estudantes que cursaram o ensino médio em escolas
das redes públicas, e pelo Estatuto da Igualdade Racial (projeto de lei 3.198/2000), que prevê
também uma cota mínima de 20% para o acesso de afro-descendentes a cargos públicos e às
universidades.
Em quase todas as propostas apresentadas ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
(Cepe) da Ufes, a reserva de vagas para negros dentro das cotas sociais esteve presente.
Segundo fontes oficiais da Universidade, o recorte racial não foi feito principalmente por dois
motivos: os critérios para avaliar quem são os afro-descendentes seriam muito subjetivos e
propensos a fraudes e injustiças, e as cotas sociais beneficiariam os negros pobres, uma vez
que grande parte da população negra é de classe baixa. Mas de acordo com a assessoria de
imprensa da universidade, um recorte racial nas reservas de vagas não está totalmente
descartada. A cada dois anos, uma comissão irá avaliar os efeitos das cotas e a necessidade
ou não de alterá-la.
As cotas sociais não são suficientes para garantir a entrada no negro na
universidade. A desigualdade não é apenas econômica, é também racial. E se a
população pobre é majoritariamente negra, se deve por causa de todo um processo
histórico de exclusão direcionada para a comunidade negra, a partir de toda uma
ideologia criada de que o branco é mais bonito, que a sua cultura é mais elevada,
que a sua ciência tem mais validade.
2. Trabalho
De
Sociologia
Alunas: Andressa Duela Valezi e Sâmara Guizum Bensoni
Números: 04 e 30
Serie: 2°A
Professora: Maria Melato
Trabalho referente a: Cotas sociais.