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                                                        PUBVET, V. 2 , N. 32 , Ago 2 , ISSN 1982-1263, 2008

                                           Utilização de uréia como fonte de
                                           nitrogênio não protéico (NNP) para
                                           ruminantes
                                           Texto de PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.
                                           Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=309>.



                                             Anexos:   Clique aqui para baixar.




             Antonio Eustáquio Filho1, Paulo Eduardo Ferreira dos Santos1 e Sandra Mari Yamamoto2

 1
     Zootecnista – Mestrando Em Produção de Ruminantes/UESB
 2
  Zootecnista – Professora adjunta do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Vale do S
 Francisco/ UNIVASF


 Resumo


 O uso de fontes alternativas de proteína na alimentação de ruminantes é importante, uma vez que fontes
 convencionais são concorrentes com a alimentação humana. A uréia destaca-se como fonte de nitrog
 não-protéico, sendo bastante utilizada na alimentação animal, apesar de sofrer limitações devido
 baixa aceitabilidade, sua segregação quando misturada com outros ingredientes e sua alta toxicidade, que
 agravada pela elevada solubilidade no rúmen. A digestão dos ruminantes envolve constante atividade
 simbiótica dos microrganismos ruminais com hospedeiro, que são altamente susceptíveis às altera
 meio, afetando não só a extensão da degradação dos componentes dos alimentos, mas tamb
 quantidades e proporções dos produtos resultantes da ação destes. A amiréia funciona como um complexo
 de liberação lenta, podendo reduzir a toxicidade potencial, e melhorando a aceitabilidade e utiliza
 concentrados à base de uréia. As exigências protéicas de ruminantes são atendidas mediante absor
 intestinal de aminoácidos. O conhecimento da ingestão de alimentos, por ser o principal fator a afetar o
 desempenho e a eficiência produtiva do animal, é necessário para a formulação de dietas, a predi
 desempenho animal e o planejamento e controle do sistema de produção. O objetivo dessa revis
 abordar fatores relacionados com a ingestão de matéria seca, digestibilidade, eficiência microbiana, uso de
 uréia protegida (Amiréia), quantidade mínima e máxima de NNP para síntese de proteína microbiana e
 nitrogênio perdido na urina através da uréia para produção de carne e leite de ruminantes.


 Palavras-chave: consumo, rúmen, uréia protegida


 Abstract


 The use of alternative sources of protein in feed for ruminants is important, as conventional sources are
 competing with the human food. The urea stands out as a source of no protein nitrogen, and is used in
 animal feed, despite suffering limitations due to its low acceptability, its segregation when mixed with other
 ingredients and its high toxicity, which is exacerbated by the high solubility in the rumen. The digestion of
 ruminants involves constant activity of the symbiotic host with ruminal microorganisms, which are highly
 susceptible to changes in the environment, affecting not only the extent of degradation of the components
 of food, but also the quantities and proportions of products resulting from such action. The starea serves as
 a complex of slow release and may reduce the potential toxicity, and improving the acceptability and use of
 concentrated based on urea. The protein requirements of ruminants are met by intestinal absorption of
 amino acids. Knowledge of the ingestion of food, to be the main factor to affect the performance and
 efficiency of livestock production, it is necessary to formulate diets, the prediction of animal performance
 and planning and control of the production system. The purpose of this review and address factors related to
 the intake of dry matter digestibility, microbial efficiency, use of urea protected (starea), minimum and
 maximum quantity of NNP for synthesis of microbial protein in the urine and nitrogen lost through the
 production of urea for milk and meat from ruminants.


 Keywords: consumption, rumen, urea protected



 1. Introdução

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          A utilização de fontes alternativas de proteína na alimentação de ruminantes é importante, uma vez
 que fontes convencionais são concorrentes com a alimentação humana. A uréia destaca-se como fonte de
 nitrogênio não-protéico, sendo bastante utilizada na alimentação desses animais, apesar de sofrer limita
 devido à sua baixa aceitabilidade, sua segregação quando misturada com outros ingredientes e sua alta
 toxicidade, que é agravada pela elevada solubilidade no rúmen.
          Os microrganismos do rúmen têm capacidade de transformar o nitrogênio da dieta em prote
 boa qualidade, por meio de microrganismos presentes no rúmen. O nitrogênio tanto pode vir de prote
 verdadeiras (Ex.: farelo de soja, farelo de algodão, forragens, outros) quanto de alguns compostos
 inorgânicos (compostos nitrogenados não-proteicos), como uréia, biureto e ácido úrico.
          A substituição das fontes convencionais de proteína pela uréia se torna possível em virtude da
 capacidade dos microrganismos ruminais de converter NNP em proteína de alto valor biológico. A capacidade
 das bactérias para utilizarem o nitrogênio não-proteico (NNP) vai depender, primariamente, da quantidade e
 do nível de degradação da energia fornecida ao animal (carboidratos) e da capacidade de crescimento da
 população de microrganismos, mas existe um limite para o crescimento microbiano, o qual, teoricamente,
 depende da ingestão de energia.
          Quando a uréia alcança o rúmen, ela é rapidamente desdobrada em amônia e CO2 pela enzima
 urease, produzida pelos microrganismos ruminais. A amônia presente no rúmen, resultante da ur
 outra fonte protéica, é utilizada pelos microrganismos para a síntese de sua própria proteína até
 seus requerimentos, determinados pela disponibilidade de carboidratos fermentáveis. A amônia em excesso
 é absorvida pela parede do rúmen e, no fígado, é convertida a uréia. Esta conversão custa ao animal 12
 kcal/g de nitrogênio (VAN SOEST, 1994). A excreção de uréia representa elevado custo biológico e desvio de
 energia para a manutenção das concentrações corporais de nitrogênio em níveis não tóxicos (PAIX
 2006).
          Entretanto, maiores níveis de inclusão de uréia têm sido utilizados sem que haja comprometimento
 do desempenho dos animais (VALADARES FILHO et al., 2004). Dessa forma, o nível máximo de inclus
 uréia nas rações e seus efeitos sobre a síntese microbiana, o consumo, a degrabilidade da dieta, o ganho de
 peso e as características de carcaça ainda não estão totalmente definidos.
          A uréia pode ser considerada uma alternativa interessante, principalmente no período das secas,
 quando as forrageiras apresentam baixas taxas de crescimento e baixos níveis de proteína. A utiliza
 uréia é viável economicamente, visto que a proteína é o ingrediente de maior custo unitário nas ra
 uréia apresenta baixo custo quando comparado a outras fontes de proteína, como o farelo de soja.
          O objetivo dessa revisão e abordar fatores relacionados com a ingestão de maté
 digestibilidade, eficiência microbiana, uso de uréia protegida (Amiréia), quantidade mínima e m
 NNP para síntese de proteína microbiana e nitrogênio perdido na urina através da uréia para produ
 carne e leite de ruminantes.



 2. Revisão de literatura


 2.1.Ingestão de Matéria Seca


          A ingestão de matéria seca (IMS) é importante critério para avaliação de dietas, especialmente para
 vacas de alta produção. Nem sempre é possível atender aos requerimentos de energia para animais de alta
 produção com IMS limitante, resultando em perda de peso e, conseqüentemente, redução na produ
 IMS depende de muitas variáveis, incluindo peso vivo, nível de produção de leite, estádio da lacta
 condições ambientais, fatores psicogênicos e de manejo, histórico de alimentação, condição corporal e tipo e
 qualidade dos ingredientes da ração, particularmente forragens (NATIONAL RESEARCH COUNCIL
 1988).
          Mertens (1992) afirmou que os pontos críticos para se estimar o consumo são as limitações relativas
 ao animal, ao alimento e às condições de alimentação. Quando a densidade energética da raçã
 (baixa concentração de fibra), em relação às exigências do animal, o consumo será limitado pela demanda
 energética. Para rações de densidade energética baixa (alto teor de fibra), o consumo será limitado pelo
 efeito de enchimento. Se houver disponibilidade limitada de alimentos, o enchimento e a demanda de
 energia não seriam importantes para predizer o consumo.
          A uréia no rúmem é prontamente hidrolisada resultando na liberação de amônia, sendo utilizada
 como fonte de nitrogênio (N) para o crescimento dos microrganismos, transformando, assim, o que era
 uréia em proteína microbiana. Esses microorganismos são utilizados como alimentos por outros
 microorganismos, que o engolfam, ou escapam do rúmem. Escapando do rúmem eles passam a fazer parte
 da dieta dos animais, sendo digeridos normalmente. No intestino delgado são amplamente aproveitados,
 sendo responsáveis pela maior parte da nutrição protéica do ruminante a pasto.
          De acordo com o NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC (1989), a ingestão de matéria seca (IMS)
 caracterizada como importante critério na formulação de dietas para vacas de alta produção. Segundo


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        Sniffen et al. (1993), a capacidade dos animais de consumir alimentos em quantidades suficientes
 para alcançar suas exigências de mantença e produção é um dos fatores mais importantes em sistemas de
 alimentação, em grande parte dependentes de volumosos.
        Segundo Van Soest (1994), o controle da ingestão de alimentos é o resultado de vários mecanismos
 inter-relacionados, que são integrados na resposta final de alimentação. A IMS é controlada por fatores
 fisiológicos de curto e longo prazo, em que o controle é realizado pelo balanço nutricional da dieta,
 especificamente relacionada à manutenção do equilíbrio energético, por fatores físicos, que estão associados
 à capacidade de distensão do próprio rúmen, e por fatores psicogênicos, que envolvem a resposta do animal
 a fatores inibidores ou estimuladores relacionados ao alimento e, ou, ao ambiente (SNIFFEN et al., 1993;
 MERTENS, 1994; e VAN SOEST, 1994).
        Holter et al. (1968) verificaram que a uréia fornecida até o nível de 2,5% em misturas de
 concentrados não apresentou efeitos prejudiciais significativos no consumo de alimento, em sua
 digestibilidade ou na produção de leite.
        Comparando uma ração constituída por uréia, sabugo de milho e outros subprodutos com outra ra
 composta por silagem de milho, alfafa, milho e farelo de soja, Peyton e Conrad (1982), citados por L
 (1984), observaram que o consumo de MS das duas dietas foi igual, porém os animais que receberam a
 primeira ração produziram menos leite, com menor teor de gordura e proteína que os animais alimentados
 com a outra ração.


 2.2.Digestibilidade


        A digestão dos ruminantes envolve constante atividade simbiótica dos microrganismos ruminais com
 hospedeiro, que são altamente susceptíveis às alterações do meio, afetando não só a extens
 degradação dos componentes dos alimentos, mas também as quantidades e proporções dos produtos
 resultantes da ação destes.
       O principal fator limitante para digestão da fibra é o baixo teor de nitrogênio amoniacal (N
 devido à menor atividade bacteriana (SATTER; SLYTER, 1974; HOOVER; STOKES, 1991). De acordo com
 Church (1990), a maioria das bactérias é capaz de usar o N-NH3 como única fonte de nitrogênio, devendo,
 portanto a dieta conter concentrações adequadas no rúmen, maximizando a atividade microbiana.
      A associação entre composição química e o potencial de degradação dos alimentos vai determinar o
 maior ou menor crescimento microbiano e produção de ácidos graxos voláteis no rúmen, que s
 principais fontes de proteína e energia para bovinos, respectivamente (CHURCH, 1990).
      O nível 2 do sistema Cornell Net Carbohydrate and Protein System- CNCPS (FOX et al., 2000) integrou
 as taxas de degradação das diferentes frações de carboidratos e proteínas na síntese de prote
 microbiana, fermentação ruminal e fluxo de nutrientes para absorção intestinal. A proteína é fracionada na
 fração A (solúvel, nitrogênio não protéico, NNP); fração B1 (solúvel rapidamente degradada no rumen);
 fração B2 ( fração solúvel, com degradação intermediaria no rúmen); fração B3 ( insolúvel, lentamente
 degradada no rúmen); e a Fração C (indigestível durante sua permanência no trato gastrintestinal). O n
 2 aplicou não só o conceito da proteína metabolizável (proteína microbiana + proteína não-degrad
 rúmen) que chega ao duodeno, mas a qualidade desta proteína varia com o perfil de aminoácidos.
      Paixão et al. (2006) não encontraram diferenças de peso em animais com media de 1,1 a 1,2Kg/dia,
 com a substituição total da proteína do farelo de soja pelo nitrogênio não protéico da uréia, não afetando o
 consumo e a digestibilidade dos nutrientes estudados, exceto extrato etéreo (EE).
 O menor valor de pH estimado com 75% de concentrado, às 7,46 horas após alimentação foi de 5,76 mas
 não foi suficientemente baixo para comprometer a eficiência de síntese microbiana e a digestibilidade
 ruminal da FDN. Contudo, Hoover (1986) revelou redução na síntese bacteriana e na digestibilidade ruminal
 de FDN, quando o pH foi inferior a 6,2.
 Os pesquisadores têm buscado cada vez mais o controle de liberação de N oriundo da uréia, a fim de
 permitir maior sincronização com a degradabilidade dos carboidratos, sendo estes mais aproveitados pelas
 bactérias ruminais, aumentando a eficiência e o fluxo de proteína microbiana, reduzindo as necessidades de
 fontes protéicas verdadeiras e conseqüentemente melhorando o desempenho animal.
        Quando a taxa de degradação de proteína excede a de carboidratos, grandes quantidades de
 nitrogênio podem ser perdidas. A degradação dos nutrientes é determinada pela competição entre a taxa de
 degradação e passagem, e o conhecimento de ambas é necessário para estimar as quantidades de energia e
 de compostos nitrogenados disponíveis no rúmen (RUSSEL et al., 1992).
        As taxas de passagem da digesta ruminal foram 0,059; 0,053; 0,073; 0,068; e 0,041.h
 respectivamente, quando os animais receberam rações com 25,0; 37,5; 50,0; 62,5; e 75,0% de
 concentrado. Estes valores foram, em média, de 0,059.h-1, que se encontram próximos ao valor de 0,05.h
 1, citado pelo ARC (1984) como ótimo para animais em crescimento. Os valores também são semelhantes
 aos 0,065; 0,081; 0,064; 0,049; e 0,046.h-1, média de 0,061.h-1, encontrados por Dias (1999), que
 trabalhou com os mesmos níveis de concentrado nas rações de novilhos F1 Limousin x Nelore. Entretanto,
 Carvalho et al. (1997b) verificaram taxa de passagem média de 0,035.h-1 e valores de 0,035; 0,036;
 0,038; 0,033; e 0,035.h-1, respectivamente, para as rações com níveis de 20,0; 32,5; 45,0; 57,5; e 70,0%


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       concentrado, adicionado ao feno de capim-elefante.
       Tedeschi; Fox e Russel (2000) concluíram que a inclusão no modelo CNPS do balanço de nitrog
 no rúmen melhorou as estimativas para ganho de peso e consumo de matéria seca de bovinos de corte.
       A extensão da degradação protéica no rúmen e determinada pela atividade proteolítica microbiana,
 taxa de reciclagem no rúmen e oportunidade de acesso do microrganismo ao nutriente, determinada pela
 permanência do alimento no rúmen (NRC, 1985).


 2.3.Eficiência Microbiana


       Os microrganismos do rúmen têm a capacidade de transformar o nitrogênio da dieta em prote
 boa qualidade, por meio de microrganismos presentes no rúmen. A eficiência de síntese de prote
 microbiana no rúmen depende dos efeitos da fermentação ruminal sobre a degradação e sincroniza
 componentes dos alimentos e sobre a síntese de compostos a serem utilizados pelo hospedeiro atrav
 absorção ruminal e intestinal (HOOVER; STKES, 1986). Isto determina a melhor ou pior capacidade de
 conversão do alimento em produto animal (carne e leite).
       A capacidade das bactérias para utilizarem o nitrogênio não-proteico (NNP) vai depender,
 primariamente, da quantidade e do nível de degradação da energia fornecida ao animal (carboidratos) e da
 capacidade de crescimento da população de microrganismos, mas existe um limite para o crescimento
 microbiano, o qual, teoricamente, depende da ingestão de energia.
       As bactérias celulolíticas usam praticamente apenas nitrogênio amoniacal como fonte nitrog
 sua capacidade fermentativa são menores na ausência de N-NH3, uma vez que sua capacidade de usar N na
 forma de aminoácidos e peptídeos é bastante reduzida. As bactérias amilolíticas crescem mais rapidamente
 utilizando cerca de 60% de peptídeos e aminoácidos e 34% de nitrogênio amoniacal como fontes de N para
 seu crescimento (RUSSELL et al., 1992). Alem disso, as bactérias que degradam o amido, pectina ou
 açucares são capazes de continuar a degradação do substrato mesmo quando o N é limitante no meio
 (RUSSELL et al., 1992). Dessa forma, a concentração de N-NH3 é dependente da degradabilidade da fonte
 protéica, da disponibilidade de carboidratos e do equilíbrio entre sua produção e utiliza
 microrganismos (SATTER; ROFFLER, 1979; NOCEK; RUSSELL, 1988).
       Quando a uréia alcança o rúmen, ela é rapidamente desdobrada em amônia e CO2 pela enzima
 uréase, produzida pelas bactérias. A amônia presente no rúmen, resultante da uréia ou de outra fonte
 protéica, é utilizada pelos microrganismos para a síntese de sua própria proteína. Para que isso ocorra,
 essencial a presença de uma fonte de energia (celulose das forragens ou amido do milho, por exemplo),
 formando a chamada proteína microbiana.
       O valor médio de 41,70 gramas de nitrogênio microbiano por quilograma de matéria org
 degradável no rúmen (g Nmic/kgMODR) foi 30,31% superior ao apresentado pelo ARC (1984),
 Nmic/kgMODR. Já Valadares et al. (1997b), trabalhando com novilhos zebus alimentados com 55% de feno
 de capim-elefante e 45% de concentrado, encontraram valor médio de 36,9 g Nmic/kgMODR e Dias (1999)
 encontrou valor de 35,17 g Nmic/kgMODR, trabalhando com os mesmos animais e níveis de concentrado
 nas rações deste experimento.
       A eficiência média, em g Nmic/kgCHODR, foi de 41,09. Revisando dados de trabalhos brasileiros,
 Valadares Filho (1995) verificou variação na eficiência microbiana de 25,65 a 36,5 g Nmic/kgCHODR e valor
 médio de 33,4 g Nmic/kgCHODR.
       A eficiência microbiana expressa em grama de matéria seca microbiana por quilograma de
 carboidrato degradado no rúmen (g MSmic/kgCHODR), encontrada neste experimento, igual a 472,44,
 encontra-se   próxima   à   média   de   observações    descritas    por   Valadares    Filho   (1995),
 MSmic/kgCHODR, porém ainda é superior à citada pelo CNCPS (RUSSELL et al., 1992), 400g
 MSmic/kgCHODR. O elevado valor para a eficiência de síntese microbiana, em função do CHODR, pode ser
 atribuído a valores de cinzas das bactérias isoladas no rúmen relativamente altos, que superestimam a
 produção de MS bacteriana e conseqüentemente a eficiência microbiana. Quando expressa na forma
 utilizada pelo NRC (1996), ou seja, em função da concentração de NDT, a eficiência microbiana m
 encontrada neste trabalho foi igual a 16,02 g PBmic/100 gNDT, enquanto o sistema considera valor fixo de
 13 g PBmic/100gNDT.
       Sniffen   e   Robison   (1987)     verificaram   crescimento    microbiano       máximo    em   dietas   com
 aproximadamente 70% de volumoso, atribuindo esses resultados às melhores condições de pH e aos
 melhores meios para colonização.
       A eficiência microbiana expressa de diferentes formas não foi influenciada pelos n
 concentrados. Segundo Oldham (1984), existe maior eficiência de crescimento microbiano em n
 consumo alimentar mais elevados, devido à maior taxa de remoção de microrganismos do r
 conseqüentemente, à maior síntese bacteriana, quando os animais recebem essas dietas. Cardoso (2000)
 não verificou diferença na ingestão de MS entre os cinco níveis de concentrado das rações experimentais,
 que possivelmente explica a ausência de efeito dos níveis de concentrado sobre a eficiência de s
 microbiana.
       Valadares et al. (1997b), ao variarem o nível de PB na ração de novilhos zebus (7 a 14,5% de PB),


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        encontraram pH mínimo de 6,30, às 9,59 horas após a alimentação e com 14,5% PB na raçã
        Os valores de pH estimados sob efeito de rações e tempos de coleta após alimentação (0, 2, 4, 6 e 8
 horas) variaram de 5,76 a 6,83, equivalentes a valores citados por Owens e Goetsch (1988), que
 encontraram valores de pH de 6,5 a 5,5 em rações contendo acima de 70% de alimentos concentrados na
 MS.


 2.4.Uso de Uréia Protegida (Amiréia)


        A amiréia é o produto obtido pela extrusão de uma mistura de amido e uréia, sob condiçõ
 temperatura e pressão, levando à gelatinização do amido (BARTLEY e DEYOE, 1975; TEIXEIRA et al.,
 1988b). Segundo os autores, nesse tipo de processamento, o grânulo de amido é gelatinizado e a ur
 modificada de uma estrutura cristalina para uma forma não-cristalina, sendo a maior parte das estruturas
 não-cristalinas encontradas dentro da porção gelatinizada, tornando-a mais palatável que misturas n
 processada de grão e uréia, melhorando a aceitabilidade do concentrado. De acordo com Stiles et al.
 (1970), a extrusão provoca a incorporação da uréia na estrutura do amido, o que promove melhora na
 aceitabilidade do concentrado.
        Nesse contexto, a amiréia apresenta melhores características de manuseio, produzindo excelentes
 misturas ao ser incorporada na ração, já que, pelo processo de extrusão, ocorre redução no alto teor de
 higroscopicidade produzida pela uréia (BARTLEY e DEYOE, 1975).
        A amiréia funciona como um complexo de liberação lenta, podendo reduzir a toxicidade potencial, e
 melhorando a aceitabilidade e utilização de concentrados à base de uréia. A liberação gradual de am
 permite aos microrganismos do rúmen uma síntese contínua de proteína. Esse fato foi evidenciado por
 Helmer et al. (1970), que em experimento in vitro, verificaram concentrações (mg/100ml) maiores de
 proteína microbiana e menores de amônia no fluído ruminal, o que pode ser conseqüência do aumento na
 eficiência dos microrganismos em usar a amiréia como substrato na produção de proteínas. O mesmo
 resultado foi observado por Maia et al. (1987a), os quais estimaram a síntese de proteína microbiana in
 vitro, tendo como substrato quatro misturas de raspa de mandioca integral com uréia, processadas ou n
 com quatro níveis de equivalente protéico (44, 39, 29 e 24%). A síntese protéica com base na amir
 superior (2,5 a 3 vezes) em relação à mistura não processada.
        A síntese protéica também foi maior na mistura com maior equivalente protéico. Além disso, o amido
 gelatinizado que compõe a amiréia diminui as perdas de amônia a partir do rúmen, já que sua taxa de
 fermentação é sincronizada com a taxa de degradação da proteína (ou uréia). Quando o suprimento de
 carboidratos disponíveis no rúmen aumenta, há mais energia para induzir à síntese de proteína microbiana e
 à utilização de amônia (RUSSEL, 1992).
        Visto que a amiréia é produzida pela extrusão do amido mais uréia, esse processo pode aumentar a
 digestibilidade do amido, por meio da gelatinização (HARMAN e HARPER, 1974), aliado a uma libera
 lenta da amônia, o que reduz a velocidade de hidrólise no rúmen, produzindo mais nitrogênio microbiano
 (STILES et al., 1970).
        A degradabilidade da matéria seca e da proteína bruta da amiréia 45S foi avaliada em vacas da ra
 Holandesa, num experimento feito por Teixeira, Delgado e Corrêa (1992), em que as fontes de amido
 utilizadas no processo foram o milho e a raspa de mandioca, nas formas moída, quebrada e inteira. A
 degradabilidade média da matéria seca e da proteína bruta das misturas contendo milho foram inferiores
 (56,6% e 87,4%) às das misturas contendo raspa de mandioca (69,7% e 93,0%). Não foram observadas
 diferenças significativas entre as formas físicas do milho e raspa.
        Em outro experimento conduzido por Teixeira et al. (1991), foram utilizados carneiros fistulados no
 rúmen para avaliar a degradabilidade da proteína e a taxa de degradação in situ da amiréia 45S (obtida
 baseando-se diferentes fontes de amido) e dos farelos de soja e algodão. Os resultados obtidos para
 degradabilidade e taxa de degradação foram, respectivamente: raspa de mandioca + uréia (85,8%;
 49,1%), sorgo + uréia (81,8%; 24,0%), milho + uréia (78,6%; 20,9%), farinha de mandioca + ur
 (56,2%; 78,3%), farelo de algodão (2,3%; 63,2%) e farelo de soja (1,6% ; 40,5%). Os autores conclu
 que as amostras contendo uréia apresentaram valores de degradabilidade mais elevados.
        No aspecto nutricional, a amiréia é classificada como um suplemento nitrogenado, em que
 praticamente todo o nitrogênio é oriundo da uréia, ou seja, de uma fonte de nitrogênio não-proté
 Dessa maneira, o uso da amiréia está restrito ao nível de nitrogênio não-protéico na dieta dos animais
 ruminantes. As exigências nutricionais diárias estabelecidas como proteína bruta podem ser atendidas em
 torno de 33 a 35% por fontes de nitrogênio solúvel e mesmo por NNP, devidamente sincronizados com a
 disponibilidade de energia, para uma melhor eficiência na síntese de proteína no rúmen. Assim, por se tratar
 de um produto com liberação lenta de amônia, pode-se utilizá-la na dieta dos ruminantes, visando
 maximização e uso adequado do ecossistema ruminal. É necessário uma adequada alimentação dos animais,
 quanto aos níveis de energia, minerais e carboidratos solúveis, proporcionando a maximiza
 crescimento microbiano no rúmen, ideal para a manutenção da saúde do animal, e, conseqüentemente, um
 aumento no consumo de matéria seca, maior crescimento e produção. O nível de amiréia a ser usado nas
 dietas eqüivaleria à quantidade necessária para atender às exigências de nitrogênio solúvel ou NNP. A


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        literatura
        tem mostrado a viabilidade de se usar amiréia em dietas de bezerro (as), novilhas, vacas secas,
 vacas em lactação, bovinos de corte em pastejo, nas fases de cria, recria e terminação, cavalos e coelhos. A
 amiréia pode ser utilizada em rações concentradas, como componente dessas dietas, em sal mineral e
 misturas múltiplas.
        A suplementação protéica é muito importante para a bovinocultura de corte, em que os animais s
 criados em regime de pastejo, necessitando de nutrientes que a pastagem não fornece em quantidades
 suficientes para uma boa conversão alimentar e ganho de peso, o que resulta em lucros para o criador.
        Com o objetivo de avaliar a utilização da amiréia 150S como suplemento protéico para bovinos em
 pastejo de Brachiaria decumbens, Teixeira et al. (1998) utilizaram 125 animais mestiços e castrados,
 distribuídos em cinco tratamentos, que se baseavam na suplementação com sal mineral e sal mineral com
 uréia, uréia + raspa de mandioca, amiréia 150S (1:1) e amiréia 150S (1:2). O ganho de peso dos animais
 foi 227,7; 275,9; 264,9; 244,1 e 412,2 g/dia/animal para os tratamentos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente,
 concluindo os autores que a amiréia 150S é eficiente na suplementação de bovinos de corte em pastejo. Por
 outro lado, para animais em regime de confinamento, as rações fornecidas são oriundas da combina
 diferentes alimentos, mas o custo dos concentrados dificulta a prática; portanto, esse fato implica na
 procura de ingredientes que proporcionem combinação adequada com maior economia.
        Os farelos protéicos naturais, como os de algodão, soja, amendoim e girassol, são eficientes na
 suplementação protéica, mas possuem a desvantagem de ter custo mais elevado por unidade de nitrog
 que as fontes de nitrogênio não-protéico, como a uréia e amiréia. Também com objetivo de avaliar o
 desempenho de bovinos, porém, em confinamento, Seixas et al. (1999) utilizaram rações suplementadas
 com concentrados protéicos à base de farelo de algodão, uréia ou amiréia, tendo como volumoso a silagem
 de
        milho. O confinamento teve duração de 80 dias, e não foram observadas diferenças no ganho em
 peso vivo diário, conversão alimentar, ingestão de matéria seca, ingestão de proteína bruta e convers
 protéica, no período total. O uso de amiréia em confinamento de bovinos pode ser uma alternativa para a
 melhoria no desempenho animal, em especial nos primeiros 40 dias de confinamento.
        No Brasil, a maioria dos bezerros de origem leiteira ainda não é utilizada para o corte, sendo
 sacrificada ao nascer, desperdiçando-se uma fonte de renda. O grande potencial do bezerro proveniente do
 rebanho leiteiro, para produção de carne, deixa de ser explorado pelos produtores, com a finalidade de
 poupar o leite produzido na propriedade, destinando-o à venda. Os bezerros, ao nascimento, s
 considerados pré-ruminantes e permanecem nessa condição até a desmama. Algumas técnicas de manejo
 têm antecipado a idade de transformação dos animais em ruminantes, e isso tem permitido a utiliza
 alimentos que normalmente são usados para animais adultos, especialmente a uréia, como pode ser
 comprovado em vários trabalhos de pesquisas realizadas (NELSON, 1970; VEIRA e MACLEOD, 1980).
        Nas condições brasileiras, a criação de bezerros de rebanhos leiteiros baseia-se, principalmente, na
 alimentação com concentrados, cuja fração protéica tem um alto custo. Torna-se, pois, importante dispor de
 alternativas viáveis com vistas a minimizar o custo, promovendo o aproveitamento de bezerros oriundos de
 rebanhos leiteiros para produção de carne.
        Teixeira et al. (2000) avaliaram o desempenho de bezerros machos leiteiros, com idade inicial de 21
 dias, alimentados com dietas à base de amiréia 45S. Os tratamentos testados visavam à substitui
 e 100%) do farelo de soja no concentrado, por amiréia 45S ou raspa de mandioca + uréia. O ganho de peso
 diário, o consumo de concentrado, o consumo de volumoso e a conversão alimentar dos bezerros foram
 semelhantes entre as diferentes fontes de proteína (nitrogênio). Os autores concluíram que a utiliza
 amiréia 45S, em níveis de até 17,4% do concentrado, não afeta as características de desempenho,
 demonstrando ser uma fonte protéica viável, quando comparada ao farelo de soja, no aproveitamento do
 macho leiteiro para produção de carne. Não se encontram na literatura, ainda, dados de experimentos
 realizados com bezerras criadas para leite.
        As demandas mais altas de proteína no leite, em relação aos outros constituintes, têm aumentado a
 importância da proteína dietética e do suprimento energético para o animal e para a população microbiana
 ruminal. A proteína microbiana supre de 59 a 81% do total de proteína verdadeira que chega ao duodeno de
 vacas leiteiras. Ela contém uma média de 66% de nitrogênio total e, é rica na maioria dos amino
 essenciais para síntese da proteína do leite. Os aminoácidos lisina e metionina são considerados, em muitas
 rações, os mais limitantes para a produção de leite. As concentrações de lisina e metionina na prote
 microbiana são 6,9 e 4,12% respectivamente. Esses valores são mais altos que aqueles de alguns
 suplementos protéicos ricos em lisina, e são duas vezes mais altos que os suplementos prot
 considerados ricos em metionina (MABJEESH et al., 1997).
        Assim, a alimentação de bovinos leiteiros deve ser manejada de forma a aumentar a efici
 utilização do nitrogênio ou amônia pelos microrganismos do rúmen. Fundamentando-se nisso, Teixeira,
 Oliveira e Barcelos (1991) avaliaram o desempenho de vacas leiteiras em lactação, alimentadas com dietas
 contendo diferentes fontes protéicas: farelo de algodão, farelo de soja, amiréia 29S e amiréia 44S. Os
 autores concluíram que a ingestão de matéria seca e proteína, produção de leite corrigida ou não para 4%
 de gordura e o teor de gordura no leite não diferiram entre os tratamentos, sugerindo-se, com base nesses


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       resultados, a possibilidade da utilização de amiréia 44S ou 29S na dieta de vacas leiteiras, sem
 problemas de desempenho e aceitabilidade das dietas.
       Um fator que deve ser considerado segundo Van Soest (1994) e que produtos da reação de Maillard
 podem aparecer na fração solúvel da proteína e serem absorvidos, mas não são metabolizados e s
 excretados na urina, sendo que a maioria destes compostos passa direto pelos intestinos, saindo nas fezes.
 Isto pode acontecer devido há possibilidade de ocorrer reações de Maillard no procedimento de fabrica
 da amiréia.


 2.5.Quantidade Mínima e Máxima de NNP para Síntese de Proteína Microbiana


       As exigências protéicas de ruminantes são atendidas mediante absorção intestinal de amino
 As principais fontes de aminoácidos são a proteína microbiana, que supre acima de 50% dos amino
 absorvidos, e a proteína não-degradada no rúmen digestível no intestino delgado (PNDR digest
 (SNIFFEN e ROBINSON, 1987; MERCHEN e BOURQUIN, 1994; e VALADARES FILHO, 1997).
       Embora vários dados de eficiência sejam expressos com base do NDT ou da MODR,
 observar que a maioria dos microrganismos é incapaz de crescer somente com proteínas e lipídeos, como
 fonte de energia, sendo os carboidratos a principal fonte (RUSSELL et al., 1992). Ainda, o uso de efici
 estática, pelo NRC (1985), ignora os requerimentos de energia de mantença dos microrganismos ruminais.
        Segundo Satter e Slyter (1974), níveis de nitrogênio amoniacal ruminal entre 2 e 5 mg/dl n
 restringem a digestão da matéria orgânica da dieta. Leng (1999) definiu que para condições tropicais, a
 dose mínima de concentração de nitrogênio amoniacal no fluido ruminal seria de 10 mg/dl.
       A concentração mínima de N-NH3 necessária para se manter máxima taxa de crescimento microbiano
 varia em função da fermentabilidade da dieta. SATTER e SLYTER (1974) e PRESTON (1986) revelaram que
 concentrações de amônia inferiores a 5,0 mg de N-NH3/100mL de fluido ruminal limitam a atividade de
 bactérias celulolíticas do rúmen, diminuindo a síntese microbiana. Normalmente, a concentração de am
 ruminal varia com o tempo decorrido da alimentação, o local de amostragem no rúmen, o balan
 proteína e energia na dieta, solubilidade e o nível de proteína da ração (EARDMAN et al., 1986).
       De acordo com Chase Jr e Hibberd (1987) valores próximos e abaixo do mínimo exigido por Satter e
 Slyter (1974), trabalhando com animais recebendo forragem com 4,2% de PB, o grupo controle apresentou
 2,2 mg/dl, enquanto que a inclusão de 1; 2 e 3 Kg de milho a dieta como suplemento energético provocou a
 redução na concentração de nitrogênio amoniacal para 1,12; 0,88 e 0,61 mg/dl, respectivamente (CHASE
 Jr; HIBBERD 1987).
       Nível de consumo, tempo após a alimentação e natureza da dieta têm efeito direto sobre o pH do
 rúmen. A manutenção do pH dentro de limites fisiológicos relaciona-se à capacidade de produção de agentes
 tamponantes (sais de carbonatos) e à constante remoção de ácidos graxos voláteis (absorção no r
 (VAN SOEST, 1994). O pH e a taxa de passagem são os modificadores químicos e físicos mais importantes
 da fermentação ruminal e influenciam diretamente o fluxo de N para o duodeno e a eficiência de s
 microbiana.
       Os valores médios diários de consumo de compostos nitrogenados (N); fluxos de N
 amoniacal (N-NH3) e N não-amoniacal (NNA) no abomaso e íleo; N bacteriano no abomaso (Nbact);
 excreções fecais e urinárias de N (N-fecal, N-urinário); e balanço de N (BN) encontram-se na tabela 2.
       Não houve efeito dos níveis de concentrados nas rações sobre os fluxos de N-Total, N-NH3, NNA e
 NMic no abomaso, sendo obtidos valores médios de 106,40; 5,42; 100,98; e 85,69 g/dia, respectivamente.
 O fluxo de N bacteriano representou 84,86% do fluxo médio de NNA para o abomaso.
       Valores de fluxo de N bacteriano, expressos em porcentagem do fluxo duodenal de NNA, variaram de
 71,63 a 89,82%; o menor valor encontrado neste experimento está próximo de 73,6%, observado por
 Klusmeyer et al. (1990), porém superior aos 48,4 e 52,8% relatados por Berchielli et al. (1995) e 58,11 e
 65,11% verificados por Dias (1999).
       As concentrações de N-NH3 ruminal não foram alteradas pelos níveis de concentrado nas ra
 uma vez que todas as dietas apresentaram quantidades semelhantes de PB, com média de 11,63% PB na
 MS da ração (CARDOSO, 2000). Valadares et al. (1997b) e Dias (1999) encontraram resposta linear para
 concentração de N-NH3, com o nível de concentrado, possivelmente devido à elevação nos teores de PB das
 rações. Já Carvalho et al. (1997b) observaram redução na concentração de N-NH3 ruminal, com o aumento
 dos níveis de concentrados das rações, decorrente da maior disponibilidade de energia no rúmen, quando se
 elevou a quantidade de concentrado da dieta.
       A concentração máxima de amônia de 17,56 mg/100 mL foi estimada às 2,77 horas ap
 alimentação, apresentando-se próxima à relatada por Carvalho et al. (1997b), Ladeira (1997) e Dias
 (1999), que encontraram máxima concentração de amônia entre 2,90 e 3,19 horas após o arra
 dos animais. Os valores encontrados para as concentrações de amônia neste trabalho foram superiores a
 3,3 e 8,0 mg/100mL de fluido ruminal, sugerido por Hoover (1986), para se ter máxima síntese microbiana
 e digestão da MO no rúmen, respectivamente.
       Quanto aos níveis de substituição, a recomendação tradicionalmente adotada pela maioria dos
 pesquisadores é a de que o NNP pode substituir até 33% do nitrogênio protéico da dieta de ruminantes


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        (VELLOSO, 1984). Tem-se sugerido ainda limitar a quantidade de uréia em até 1,0% na MS total da
 dieta (HADDAD, 1984).



 2.6.Nitrogênio Perdido na Urina Através da Uréia


        Existe ainda a uréia endógena (produzida no metabolismo animal), que é sintetizada no f
 próprio animal. Nesse processo, a amônia proveniente da degradação da proteína ou da uréia ingerida
 absorvida pela parede do rúmen e chega ao fígado pela veia porta. No fígado, essa amônia é convertida
 uréia. Parte dessa uréia volta ao rúmen, parte vai para a saliva e parte é excretada pela urina. Esse
 processo é conhecido como “ciclo da uréia”.
        Os dados de consumo de nitrogênio (N), N nas fezes, N na urina, N retido e o valor biol
 proteína em rações contendo fontes de nitrogênio estão apresentados na tabela 3.
        O tratamento com uréia proporcionou uma maior (P<0,05) retenção de N (g/d ou % do N
 consumido), que ocorreu principalmente, devido a menor excreção de N proporcional na urina. Calculando
 se as proporções de N urinário em relação ao consumo total de N, obtêm-se os resultados de 40,9; 30,7 e
 46,4% para farelo de soja, uréia e amiréia, respectivamente, ou seja, os tratamentos com farelo de soja e
 amiréia excretaram 10,2 e 15,7 unidades percentuais, respectivamente, mais N na urina proporcionalmente
 ao N consumido que o tratamento com uréia, o que levou a um maior (P<0,05) valor biológico da prote
 no tratamento com uréia, pois aumentou retenção de N no tratamento com uréia, pois aumentou a reten
 de N neste tratamento uma vez que o N nas fezes não diferiu (P>0,10) entre os tratamentos.
        Resultado similar da retenção de N em porcentagem do N consumido foi observado por Silva et al.
 (1994), em ovinos alimentados com farelo de soja, uréia e amiréia. No entanto, Knaus et al. (2001) n
 observaram diferenças entre o farelo de soja e uréia no N urinário (57,5 e 54,1 g/d respectivamente) e no
 valor biológico da proteína (45,5 e 46,3% respectivamente), em novilhos alimentados com raçã
 proporção de concentrado.
        O maior (P<0,05) valor biológico da proteína do tratamento com uréia quando comparado ao farelo
 de soja e amiréia, pode ter sido devido a uma maior síntese de proteína microbiana (maior PDR), a qual
 apresenta um melhor perfil de aminoácidos.
        Salman et al. (1997) observaram uma maior excreção de N na urina no tratamento com amir
 (7,7g/d) em relação ao farelo de algodão (4,8 g/d), sendo ambos similares a do tratamento com ur
 (6,5g/d), em ovinos.
        A excreção de N na urina foi, em média, de 35,51 g/dia e 0,46 g/kg0,75. Possivelmente, a excre
 de nitrogênio na urina não variou, em conseqüência de o consumo de PB não ter sido alterado. Conforme
 Van Soest (1994), a excreção de N na urina foi maior, devido aos maiores níveis de PB na ração e
 ingestão de N pelo animal.
        A retenção de N, independente do modo como foi expressa, aumentou linearmente com os n
 concentrado nas rações. O comportamento linear observado neste experimento concorda com o encontrado
 por Valadares et al. (1997a) e Dias (1999). O balanço de nitrogênio (BN) positivo em todos os n
 concentrado das rações experimentais, indicando adequado balanceamento de proteína e energia nas dietas
 e ausência de mobilização de reservas corporais, mesmo quando a ração continha maior propor
 volumoso.


 2.7.Proteína Bruta (PNDR/PDR)


        A produtividade de ruminantes depende de sua habilidade para consumir e obter energia dos
 alimentos disponíveis (ALLEN, 1996). O conhecimento da ingestão de alimentos, por ser o principal fator a
 afetar o desempenho e a eficiência produtiva do animal, é necessário para a formulação de dietas, a
 predição do desempenho animal e o planejamento e controle do sistema de produção.
        Segundo o NRC (2001), estimativas precisas da ingestão de MS são necessárias para evitar sub ou
 superalimentação e aumentar a eficiência alimentar, promovendo o uso eficiente de nutrientes.
 Características físicas e químicas dos ingredientes dietéticos e suas interações – conteúdo de fibra, facilidade
 de hidrólise do amido e da fibra, fragilidade e tamanho de partículas, produtos de fermentação das silagens,
 quantidade e degradação ruminal da proteína dietética – podem ter grande efeito na IMS de vacas lactantes
 (ALLEN, 2000).
        Após o conhecimento da composição química, a estimativa dos valores de digestibilidade
 reconhecidamente essencial para determinar o valor nutritivo dos alimentos (VALADARES FILHO et al.,
 2000). Segundo Pereira et al. (2005 a, b), a digestibilidade dos nutrientes é um dos componentes b
 na determinação da energia dos alimentos para produção de leite, ou seja, energia líquida de lacta
 energia metabolizável (EM), energia digestível (ED) ou NDT. Entretanto, existe uma complexa rela
 proteína dietética e energia e a quantidade de proteína utilizada pelo animal (BRODERICK, 2003). O
 suprimento de proteína em quantidade e qualidade, observando suas relações com os demais ingredientes
 dietéticos, é muito importante, pois a proteína é o segundo nutriente limitante em dietas para ruminantes,


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          de modo que as fontes protéicas podem ser consideradas o ingrediente mais oneroso na formula
 de dietas para vacas lactantes, em virtude de seu grande requerimento e do elevado custo de fontes
 tradicionais, como o farelo de soja.
          A substituição do farelo soja por fontes protéicas alternativas sem o comprometimento do
 desempenho dos animais pode ser uma alternativa viável para reduzir os custos com alimenta
 rebanho leiteiro. Por isso, cresce o interesse por parte dos pesquisadores quanto à utilização de ur
 farelo de algodão em dietas para vacas em lactação, de modo que o potencial de incorporaçã
 ingredientes em dietas para animais ruminantes requer cuidado, planejamento, avaliação e estudo. Ra
 formuladas com ingredientes alternativos devem ser eficientes, seguras e econômicas para permitir o
 mesmo desempenho produtivo de animais alimentados com dietas tradicionais (PINA et al., 2006).
          Em sistemas intensivos de produção de leite, nos quais são explorados animais de elevado potencial
 produtivo e, conseqüentemente, com elevados níveis de requerimento de nutrientes, o concentrado tem
 maior participação no custo de produção de leite (FERREIRA, 2002).
          Os consumos de PDR e PNDR sugeridos pelo NRC (2001) para vacas com peso médio de
 produção de leite com gordura corrigida de 25 kg/dia foram de 1,74 e 1,20 kg/dia, respectivamente. As
 dietas com farelo de soja + 5% de uréia/sulfato de amônia (1,73 e 1,20) e farelo de algodão 28% de PB
 (1,69 e 1,44) foram as que promoveram consumos mais próximos dos recomendados por esse conselho,
 enquanto a farelo de soja (1,47 e 1,59) e a farelo de algodão 38% PB (1,56 e 1,67) resultaram em
 consumos de PDR inferiores e de PNDR superiores aos sugeridos pelo NRC (2001).
       Provavelmente essa redução no teor de PB do leite das vacas alimentadas com a dieta farelo de
 algodão 38% PB seja explicada pela ausência de farelo de soja nessa dieta, pois, segundo Schwab, citado
 por Santos et al. (1998), a síntese de proteína do leite é sensível ao perfil de aminoácidos na digesta
 duodenal e o perfil de aminoácidos do farelo de soja é inferior somente ao da proteína microbiana e ao da
 proteína da farinha de peixe. Assim, a redução no teor de PB do leite pode ser decorrente do menor valor
 biológico da proteína do farelo de algodão em relação ao de soja.
          Segundo Blackwelder et al. (1998), o farelo de algodão possui menor concentração de lisina e
 metionina em relação ao de soja. Esses autores encontraram diferença significativa na concentra
 plasmática de lisina (57,9 e 50,2   mol), mas não na de metionina (17,7 e 17,1    mol) em vacas alimentadas
 com farelos de soja e algodão, respectivamente. Entretanto, não encontraram diferença significativa no teor
 protéico do leite (3,14 e 3,18%), confirmando a sugestão de Coopock et al. (1987) de que a diferen
 os farelos de soja e de algodão poderia ser atribuída aos teores de lisina.
          Os limites de conversão do nitrogênio alimentar para nitrogênio no leite não são claramente
 definidos. Na tentativa para estabelecer essa eficiência de conversão, foram avaliados 334 tratamentos,
 provenientes de 62 pesquisas, sendo determinado valor médio de 0,270. São diversos os fatores que afetam
 a eficiência de utilização de N. Entre eles, destacam-se o cruzamento, a ordem de lactação, o est
 lactação, o conteúdo de proteína do leite, a fonte de carboidratos e a quantidade e qualidade da prote
 dietética (CHASE, 2003).
          De acordo Pina et al. (2006) a utilização de 40% de concentrado com 5% de uréia/ sulfato de am
 na MS na dieta de vacas produzindo 25 kg de leite por dia não influenciou os parâmetros digestivos nem a
 produção e composição do leite. O farelo de algodão com 38% de PB pode substituir integralmente o farelo
 de soja quando utilizada silagem de milho como volumoso na proporção de 60% da MS da dieta total.


 3.Considerações Finais


          Aumentos na oferta de concentrado resultam em maior consumo de energia e em maior ganho de
 peso. A adição de níveis crescentes de NNP, em substituição à proteína verdadeira, reduziu o consumo de
 nutrientes, porém, não foi observado efeito sobre as digestibilidades de MS. A utilização de dietas com
 níveis crescentes de proteína degradável no rúmen, associada à fonte de amido de alta degradabilidade
 ruminal influenciou a digestibilidade in vitro da MS, comprovando a possibilidade de existência de um n
 de sincronização da liberação de nitrogênio e energia no rúmen que permita maior digestibilidade ruminal da
 dieta.
          Com o aumento dos níveis dietéticos de PB, as digestibilidades totais da maioria dos nutrientes
 elevaram-se, enquanto a eficiência microbiana expressa em g Nmic/kg MODR e em g PBmic
 diminuiu. O pH e a concentração ruminal de amônia foram influenciados cubicamente pelo aumento do teor
 de proteína na dieta.
          A digestibilidade intestinal, o perfil de aminoácidos dos suplementos protéicos deve ser considerado
 para formulação de dietas para animais de elevado desempenho. Embora alguns sistemas de adequa
 dietas para ruminantes considerem que a PNDR apresenta digestibilidade intestinal constante, os resultados
 encontrados neste estudo sugerem que esta é variável.
          Novos estudos devem ser realizados, utilizando-se outras fontes energéticas e principalmente de
 volumosos, assim como a avaliação de amiréia quanto ao nitrogênio reciclado e à taxa de absor
 amônia no rúmen, produção de microrganismos, proteína no leite, uréia no leite, características de carca
 em bovinos, entre outras variáveis de igual importância.


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  Sobre o Artigo
  PUBVET, V. 2 , N. 32 , Ago 2 , ISSN 1982-1263, 2008   .


  Informações Bibliográficas.
    Conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cient
  publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: Eustáquio Filho, A., Santos, P.E.F. e
  Yamamoto, S.M.     Utilização de uréia como fonte de nitrogênio não protéico (NNP) para ruminantes
  PUBVET, Londrina, V. 2, N. 32, Ago 2, 2008 . Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?
  id=309>. Acesso em: 08 set. 2008.

  Sobre o autor para correspondência.

                   Antônio Eustáquio Filho
                   Zootecnista formado pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), P
                   Graduando em Zootecnia/Produção de Ruminantes, pela Universidade Estadual do
                   Sudoeste da Bahia (UESB). Pessoa que busca sempre seus objetivos sem atropelar
                   ninguém.

                     E-mail do autor.




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Uso de uréia em ruminantes

  • 1. PUBVET - Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Página 1 de 13 PUBVET, V. 2 , N. 32 , Ago 2 , ISSN 1982-1263, 2008 Utilização de uréia como fonte de nitrogênio não protéico (NNP) para ruminantes Texto de PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=309>. Anexos: Clique aqui para baixar. Antonio Eustáquio Filho1, Paulo Eduardo Ferreira dos Santos1 e Sandra Mari Yamamoto2 1 Zootecnista – Mestrando Em Produção de Ruminantes/UESB 2 Zootecnista – Professora adjunta do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Vale do S Francisco/ UNIVASF Resumo O uso de fontes alternativas de proteína na alimentação de ruminantes é importante, uma vez que fontes convencionais são concorrentes com a alimentação humana. A uréia destaca-se como fonte de nitrog não-protéico, sendo bastante utilizada na alimentação animal, apesar de sofrer limitações devido baixa aceitabilidade, sua segregação quando misturada com outros ingredientes e sua alta toxicidade, que agravada pela elevada solubilidade no rúmen. A digestão dos ruminantes envolve constante atividade simbiótica dos microrganismos ruminais com hospedeiro, que são altamente susceptíveis às altera meio, afetando não só a extensão da degradação dos componentes dos alimentos, mas tamb quantidades e proporções dos produtos resultantes da ação destes. A amiréia funciona como um complexo de liberação lenta, podendo reduzir a toxicidade potencial, e melhorando a aceitabilidade e utiliza concentrados à base de uréia. As exigências protéicas de ruminantes são atendidas mediante absor intestinal de aminoácidos. O conhecimento da ingestão de alimentos, por ser o principal fator a afetar o desempenho e a eficiência produtiva do animal, é necessário para a formulação de dietas, a predi desempenho animal e o planejamento e controle do sistema de produção. O objetivo dessa revis abordar fatores relacionados com a ingestão de matéria seca, digestibilidade, eficiência microbiana, uso de uréia protegida (Amiréia), quantidade mínima e máxima de NNP para síntese de proteína microbiana e nitrogênio perdido na urina através da uréia para produção de carne e leite de ruminantes. Palavras-chave: consumo, rúmen, uréia protegida Abstract The use of alternative sources of protein in feed for ruminants is important, as conventional sources are competing with the human food. The urea stands out as a source of no protein nitrogen, and is used in animal feed, despite suffering limitations due to its low acceptability, its segregation when mixed with other ingredients and its high toxicity, which is exacerbated by the high solubility in the rumen. The digestion of ruminants involves constant activity of the symbiotic host with ruminal microorganisms, which are highly susceptible to changes in the environment, affecting not only the extent of degradation of the components of food, but also the quantities and proportions of products resulting from such action. The starea serves as a complex of slow release and may reduce the potential toxicity, and improving the acceptability and use of concentrated based on urea. The protein requirements of ruminants are met by intestinal absorption of amino acids. Knowledge of the ingestion of food, to be the main factor to affect the performance and efficiency of livestock production, it is necessary to formulate diets, the prediction of animal performance and planning and control of the production system. The purpose of this review and address factors related to the intake of dry matter digestibility, microbial efficiency, use of urea protected (starea), minimum and maximum quantity of NNP for synthesis of microbial protein in the urine and nitrogen lost through the production of urea for milk and meat from ruminants. Keywords: consumption, rumen, urea protected 1. Introdução http://www.pubvet.com.br/impressao.php?id=309 8/9/2008
  • 2. PUBVET - Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Página 2 de 13 A utilização de fontes alternativas de proteína na alimentação de ruminantes é importante, uma vez que fontes convencionais são concorrentes com a alimentação humana. A uréia destaca-se como fonte de nitrogênio não-protéico, sendo bastante utilizada na alimentação desses animais, apesar de sofrer limita devido à sua baixa aceitabilidade, sua segregação quando misturada com outros ingredientes e sua alta toxicidade, que é agravada pela elevada solubilidade no rúmen. Os microrganismos do rúmen têm capacidade de transformar o nitrogênio da dieta em prote boa qualidade, por meio de microrganismos presentes no rúmen. O nitrogênio tanto pode vir de prote verdadeiras (Ex.: farelo de soja, farelo de algodão, forragens, outros) quanto de alguns compostos inorgânicos (compostos nitrogenados não-proteicos), como uréia, biureto e ácido úrico. A substituição das fontes convencionais de proteína pela uréia se torna possível em virtude da capacidade dos microrganismos ruminais de converter NNP em proteína de alto valor biológico. A capacidade das bactérias para utilizarem o nitrogênio não-proteico (NNP) vai depender, primariamente, da quantidade e do nível de degradação da energia fornecida ao animal (carboidratos) e da capacidade de crescimento da população de microrganismos, mas existe um limite para o crescimento microbiano, o qual, teoricamente, depende da ingestão de energia. Quando a uréia alcança o rúmen, ela é rapidamente desdobrada em amônia e CO2 pela enzima urease, produzida pelos microrganismos ruminais. A amônia presente no rúmen, resultante da ur outra fonte protéica, é utilizada pelos microrganismos para a síntese de sua própria proteína até seus requerimentos, determinados pela disponibilidade de carboidratos fermentáveis. A amônia em excesso é absorvida pela parede do rúmen e, no fígado, é convertida a uréia. Esta conversão custa ao animal 12 kcal/g de nitrogênio (VAN SOEST, 1994). A excreção de uréia representa elevado custo biológico e desvio de energia para a manutenção das concentrações corporais de nitrogênio em níveis não tóxicos (PAIX 2006). Entretanto, maiores níveis de inclusão de uréia têm sido utilizados sem que haja comprometimento do desempenho dos animais (VALADARES FILHO et al., 2004). Dessa forma, o nível máximo de inclus uréia nas rações e seus efeitos sobre a síntese microbiana, o consumo, a degrabilidade da dieta, o ganho de peso e as características de carcaça ainda não estão totalmente definidos. A uréia pode ser considerada uma alternativa interessante, principalmente no período das secas, quando as forrageiras apresentam baixas taxas de crescimento e baixos níveis de proteína. A utiliza uréia é viável economicamente, visto que a proteína é o ingrediente de maior custo unitário nas ra uréia apresenta baixo custo quando comparado a outras fontes de proteína, como o farelo de soja. O objetivo dessa revisão e abordar fatores relacionados com a ingestão de maté digestibilidade, eficiência microbiana, uso de uréia protegida (Amiréia), quantidade mínima e m NNP para síntese de proteína microbiana e nitrogênio perdido na urina através da uréia para produ carne e leite de ruminantes. 2. Revisão de literatura 2.1.Ingestão de Matéria Seca A ingestão de matéria seca (IMS) é importante critério para avaliação de dietas, especialmente para vacas de alta produção. Nem sempre é possível atender aos requerimentos de energia para animais de alta produção com IMS limitante, resultando em perda de peso e, conseqüentemente, redução na produ IMS depende de muitas variáveis, incluindo peso vivo, nível de produção de leite, estádio da lacta condições ambientais, fatores psicogênicos e de manejo, histórico de alimentação, condição corporal e tipo e qualidade dos ingredientes da ração, particularmente forragens (NATIONAL RESEARCH COUNCIL 1988). Mertens (1992) afirmou que os pontos críticos para se estimar o consumo são as limitações relativas ao animal, ao alimento e às condições de alimentação. Quando a densidade energética da raçã (baixa concentração de fibra), em relação às exigências do animal, o consumo será limitado pela demanda energética. Para rações de densidade energética baixa (alto teor de fibra), o consumo será limitado pelo efeito de enchimento. Se houver disponibilidade limitada de alimentos, o enchimento e a demanda de energia não seriam importantes para predizer o consumo. A uréia no rúmem é prontamente hidrolisada resultando na liberação de amônia, sendo utilizada como fonte de nitrogênio (N) para o crescimento dos microrganismos, transformando, assim, o que era uréia em proteína microbiana. Esses microorganismos são utilizados como alimentos por outros microorganismos, que o engolfam, ou escapam do rúmem. Escapando do rúmem eles passam a fazer parte da dieta dos animais, sendo digeridos normalmente. No intestino delgado são amplamente aproveitados, sendo responsáveis pela maior parte da nutrição protéica do ruminante a pasto. De acordo com o NATIONAL RESEARCH COUNCIL - NRC (1989), a ingestão de matéria seca (IMS) caracterizada como importante critério na formulação de dietas para vacas de alta produção. Segundo http://www.pubvet.com.br/impressao.php?id=309 8/9/2008
  • 3. PUBVET - Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Página 3 de 13 Sniffen et al. (1993), a capacidade dos animais de consumir alimentos em quantidades suficientes para alcançar suas exigências de mantença e produção é um dos fatores mais importantes em sistemas de alimentação, em grande parte dependentes de volumosos. Segundo Van Soest (1994), o controle da ingestão de alimentos é o resultado de vários mecanismos inter-relacionados, que são integrados na resposta final de alimentação. A IMS é controlada por fatores fisiológicos de curto e longo prazo, em que o controle é realizado pelo balanço nutricional da dieta, especificamente relacionada à manutenção do equilíbrio energético, por fatores físicos, que estão associados à capacidade de distensão do próprio rúmen, e por fatores psicogênicos, que envolvem a resposta do animal a fatores inibidores ou estimuladores relacionados ao alimento e, ou, ao ambiente (SNIFFEN et al., 1993; MERTENS, 1994; e VAN SOEST, 1994). Holter et al. (1968) verificaram que a uréia fornecida até o nível de 2,5% em misturas de concentrados não apresentou efeitos prejudiciais significativos no consumo de alimento, em sua digestibilidade ou na produção de leite. Comparando uma ração constituída por uréia, sabugo de milho e outros subprodutos com outra ra composta por silagem de milho, alfafa, milho e farelo de soja, Peyton e Conrad (1982), citados por L (1984), observaram que o consumo de MS das duas dietas foi igual, porém os animais que receberam a primeira ração produziram menos leite, com menor teor de gordura e proteína que os animais alimentados com a outra ração. 2.2.Digestibilidade A digestão dos ruminantes envolve constante atividade simbiótica dos microrganismos ruminais com hospedeiro, que são altamente susceptíveis às alterações do meio, afetando não só a extens degradação dos componentes dos alimentos, mas também as quantidades e proporções dos produtos resultantes da ação destes. O principal fator limitante para digestão da fibra é o baixo teor de nitrogênio amoniacal (N devido à menor atividade bacteriana (SATTER; SLYTER, 1974; HOOVER; STOKES, 1991). De acordo com Church (1990), a maioria das bactérias é capaz de usar o N-NH3 como única fonte de nitrogênio, devendo, portanto a dieta conter concentrações adequadas no rúmen, maximizando a atividade microbiana. A associação entre composição química e o potencial de degradação dos alimentos vai determinar o maior ou menor crescimento microbiano e produção de ácidos graxos voláteis no rúmen, que s principais fontes de proteína e energia para bovinos, respectivamente (CHURCH, 1990). O nível 2 do sistema Cornell Net Carbohydrate and Protein System- CNCPS (FOX et al., 2000) integrou as taxas de degradação das diferentes frações de carboidratos e proteínas na síntese de prote microbiana, fermentação ruminal e fluxo de nutrientes para absorção intestinal. A proteína é fracionada na fração A (solúvel, nitrogênio não protéico, NNP); fração B1 (solúvel rapidamente degradada no rumen); fração B2 ( fração solúvel, com degradação intermediaria no rúmen); fração B3 ( insolúvel, lentamente degradada no rúmen); e a Fração C (indigestível durante sua permanência no trato gastrintestinal). O n 2 aplicou não só o conceito da proteína metabolizável (proteína microbiana + proteína não-degrad rúmen) que chega ao duodeno, mas a qualidade desta proteína varia com o perfil de aminoácidos. Paixão et al. (2006) não encontraram diferenças de peso em animais com media de 1,1 a 1,2Kg/dia, com a substituição total da proteína do farelo de soja pelo nitrogênio não protéico da uréia, não afetando o consumo e a digestibilidade dos nutrientes estudados, exceto extrato etéreo (EE). O menor valor de pH estimado com 75% de concentrado, às 7,46 horas após alimentação foi de 5,76 mas não foi suficientemente baixo para comprometer a eficiência de síntese microbiana e a digestibilidade ruminal da FDN. Contudo, Hoover (1986) revelou redução na síntese bacteriana e na digestibilidade ruminal de FDN, quando o pH foi inferior a 6,2. Os pesquisadores têm buscado cada vez mais o controle de liberação de N oriundo da uréia, a fim de permitir maior sincronização com a degradabilidade dos carboidratos, sendo estes mais aproveitados pelas bactérias ruminais, aumentando a eficiência e o fluxo de proteína microbiana, reduzindo as necessidades de fontes protéicas verdadeiras e conseqüentemente melhorando o desempenho animal. Quando a taxa de degradação de proteína excede a de carboidratos, grandes quantidades de nitrogênio podem ser perdidas. A degradação dos nutrientes é determinada pela competição entre a taxa de degradação e passagem, e o conhecimento de ambas é necessário para estimar as quantidades de energia e de compostos nitrogenados disponíveis no rúmen (RUSSEL et al., 1992). As taxas de passagem da digesta ruminal foram 0,059; 0,053; 0,073; 0,068; e 0,041.h respectivamente, quando os animais receberam rações com 25,0; 37,5; 50,0; 62,5; e 75,0% de concentrado. Estes valores foram, em média, de 0,059.h-1, que se encontram próximos ao valor de 0,05.h 1, citado pelo ARC (1984) como ótimo para animais em crescimento. Os valores também são semelhantes aos 0,065; 0,081; 0,064; 0,049; e 0,046.h-1, média de 0,061.h-1, encontrados por Dias (1999), que trabalhou com os mesmos níveis de concentrado nas rações de novilhos F1 Limousin x Nelore. Entretanto, Carvalho et al. (1997b) verificaram taxa de passagem média de 0,035.h-1 e valores de 0,035; 0,036; 0,038; 0,033; e 0,035.h-1, respectivamente, para as rações com níveis de 20,0; 32,5; 45,0; 57,5; e 70,0% http://www.pubvet.com.br/impressao.php?id=309 8/9/2008
  • 4. PUBVET - Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Página 4 de 13 concentrado, adicionado ao feno de capim-elefante. Tedeschi; Fox e Russel (2000) concluíram que a inclusão no modelo CNPS do balanço de nitrog no rúmen melhorou as estimativas para ganho de peso e consumo de matéria seca de bovinos de corte. A extensão da degradação protéica no rúmen e determinada pela atividade proteolítica microbiana, taxa de reciclagem no rúmen e oportunidade de acesso do microrganismo ao nutriente, determinada pela permanência do alimento no rúmen (NRC, 1985). 2.3.Eficiência Microbiana Os microrganismos do rúmen têm a capacidade de transformar o nitrogênio da dieta em prote boa qualidade, por meio de microrganismos presentes no rúmen. A eficiência de síntese de prote microbiana no rúmen depende dos efeitos da fermentação ruminal sobre a degradação e sincroniza componentes dos alimentos e sobre a síntese de compostos a serem utilizados pelo hospedeiro atrav absorção ruminal e intestinal (HOOVER; STKES, 1986). Isto determina a melhor ou pior capacidade de conversão do alimento em produto animal (carne e leite). A capacidade das bactérias para utilizarem o nitrogênio não-proteico (NNP) vai depender, primariamente, da quantidade e do nível de degradação da energia fornecida ao animal (carboidratos) e da capacidade de crescimento da população de microrganismos, mas existe um limite para o crescimento microbiano, o qual, teoricamente, depende da ingestão de energia. As bactérias celulolíticas usam praticamente apenas nitrogênio amoniacal como fonte nitrog sua capacidade fermentativa são menores na ausência de N-NH3, uma vez que sua capacidade de usar N na forma de aminoácidos e peptídeos é bastante reduzida. As bactérias amilolíticas crescem mais rapidamente utilizando cerca de 60% de peptídeos e aminoácidos e 34% de nitrogênio amoniacal como fontes de N para seu crescimento (RUSSELL et al., 1992). Alem disso, as bactérias que degradam o amido, pectina ou açucares são capazes de continuar a degradação do substrato mesmo quando o N é limitante no meio (RUSSELL et al., 1992). Dessa forma, a concentração de N-NH3 é dependente da degradabilidade da fonte protéica, da disponibilidade de carboidratos e do equilíbrio entre sua produção e utiliza microrganismos (SATTER; ROFFLER, 1979; NOCEK; RUSSELL, 1988). Quando a uréia alcança o rúmen, ela é rapidamente desdobrada em amônia e CO2 pela enzima uréase, produzida pelas bactérias. A amônia presente no rúmen, resultante da uréia ou de outra fonte protéica, é utilizada pelos microrganismos para a síntese de sua própria proteína. Para que isso ocorra, essencial a presença de uma fonte de energia (celulose das forragens ou amido do milho, por exemplo), formando a chamada proteína microbiana. O valor médio de 41,70 gramas de nitrogênio microbiano por quilograma de matéria org degradável no rúmen (g Nmic/kgMODR) foi 30,31% superior ao apresentado pelo ARC (1984), Nmic/kgMODR. Já Valadares et al. (1997b), trabalhando com novilhos zebus alimentados com 55% de feno de capim-elefante e 45% de concentrado, encontraram valor médio de 36,9 g Nmic/kgMODR e Dias (1999) encontrou valor de 35,17 g Nmic/kgMODR, trabalhando com os mesmos animais e níveis de concentrado nas rações deste experimento. A eficiência média, em g Nmic/kgCHODR, foi de 41,09. Revisando dados de trabalhos brasileiros, Valadares Filho (1995) verificou variação na eficiência microbiana de 25,65 a 36,5 g Nmic/kgCHODR e valor médio de 33,4 g Nmic/kgCHODR. A eficiência microbiana expressa em grama de matéria seca microbiana por quilograma de carboidrato degradado no rúmen (g MSmic/kgCHODR), encontrada neste experimento, igual a 472,44, encontra-se próxima à média de observações descritas por Valadares Filho (1995), MSmic/kgCHODR, porém ainda é superior à citada pelo CNCPS (RUSSELL et al., 1992), 400g MSmic/kgCHODR. O elevado valor para a eficiência de síntese microbiana, em função do CHODR, pode ser atribuído a valores de cinzas das bactérias isoladas no rúmen relativamente altos, que superestimam a produção de MS bacteriana e conseqüentemente a eficiência microbiana. Quando expressa na forma utilizada pelo NRC (1996), ou seja, em função da concentração de NDT, a eficiência microbiana m encontrada neste trabalho foi igual a 16,02 g PBmic/100 gNDT, enquanto o sistema considera valor fixo de 13 g PBmic/100gNDT. Sniffen e Robison (1987) verificaram crescimento microbiano máximo em dietas com aproximadamente 70% de volumoso, atribuindo esses resultados às melhores condições de pH e aos melhores meios para colonização. A eficiência microbiana expressa de diferentes formas não foi influenciada pelos n concentrados. Segundo Oldham (1984), existe maior eficiência de crescimento microbiano em n consumo alimentar mais elevados, devido à maior taxa de remoção de microrganismos do r conseqüentemente, à maior síntese bacteriana, quando os animais recebem essas dietas. Cardoso (2000) não verificou diferença na ingestão de MS entre os cinco níveis de concentrado das rações experimentais, que possivelmente explica a ausência de efeito dos níveis de concentrado sobre a eficiência de s microbiana. Valadares et al. (1997b), ao variarem o nível de PB na ração de novilhos zebus (7 a 14,5% de PB), http://www.pubvet.com.br/impressao.php?id=309 8/9/2008
  • 5. PUBVET - Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Página 5 de 13 encontraram pH mínimo de 6,30, às 9,59 horas após a alimentação e com 14,5% PB na raçã Os valores de pH estimados sob efeito de rações e tempos de coleta após alimentação (0, 2, 4, 6 e 8 horas) variaram de 5,76 a 6,83, equivalentes a valores citados por Owens e Goetsch (1988), que encontraram valores de pH de 6,5 a 5,5 em rações contendo acima de 70% de alimentos concentrados na MS. 2.4.Uso de Uréia Protegida (Amiréia) A amiréia é o produto obtido pela extrusão de uma mistura de amido e uréia, sob condiçõ temperatura e pressão, levando à gelatinização do amido (BARTLEY e DEYOE, 1975; TEIXEIRA et al., 1988b). Segundo os autores, nesse tipo de processamento, o grânulo de amido é gelatinizado e a ur modificada de uma estrutura cristalina para uma forma não-cristalina, sendo a maior parte das estruturas não-cristalinas encontradas dentro da porção gelatinizada, tornando-a mais palatável que misturas n processada de grão e uréia, melhorando a aceitabilidade do concentrado. De acordo com Stiles et al. (1970), a extrusão provoca a incorporação da uréia na estrutura do amido, o que promove melhora na aceitabilidade do concentrado. Nesse contexto, a amiréia apresenta melhores características de manuseio, produzindo excelentes misturas ao ser incorporada na ração, já que, pelo processo de extrusão, ocorre redução no alto teor de higroscopicidade produzida pela uréia (BARTLEY e DEYOE, 1975). A amiréia funciona como um complexo de liberação lenta, podendo reduzir a toxicidade potencial, e melhorando a aceitabilidade e utilização de concentrados à base de uréia. A liberação gradual de am permite aos microrganismos do rúmen uma síntese contínua de proteína. Esse fato foi evidenciado por Helmer et al. (1970), que em experimento in vitro, verificaram concentrações (mg/100ml) maiores de proteína microbiana e menores de amônia no fluído ruminal, o que pode ser conseqüência do aumento na eficiência dos microrganismos em usar a amiréia como substrato na produção de proteínas. O mesmo resultado foi observado por Maia et al. (1987a), os quais estimaram a síntese de proteína microbiana in vitro, tendo como substrato quatro misturas de raspa de mandioca integral com uréia, processadas ou n com quatro níveis de equivalente protéico (44, 39, 29 e 24%). A síntese protéica com base na amir superior (2,5 a 3 vezes) em relação à mistura não processada. A síntese protéica também foi maior na mistura com maior equivalente protéico. Além disso, o amido gelatinizado que compõe a amiréia diminui as perdas de amônia a partir do rúmen, já que sua taxa de fermentação é sincronizada com a taxa de degradação da proteína (ou uréia). Quando o suprimento de carboidratos disponíveis no rúmen aumenta, há mais energia para induzir à síntese de proteína microbiana e à utilização de amônia (RUSSEL, 1992). Visto que a amiréia é produzida pela extrusão do amido mais uréia, esse processo pode aumentar a digestibilidade do amido, por meio da gelatinização (HARMAN e HARPER, 1974), aliado a uma libera lenta da amônia, o que reduz a velocidade de hidrólise no rúmen, produzindo mais nitrogênio microbiano (STILES et al., 1970). A degradabilidade da matéria seca e da proteína bruta da amiréia 45S foi avaliada em vacas da ra Holandesa, num experimento feito por Teixeira, Delgado e Corrêa (1992), em que as fontes de amido utilizadas no processo foram o milho e a raspa de mandioca, nas formas moída, quebrada e inteira. A degradabilidade média da matéria seca e da proteína bruta das misturas contendo milho foram inferiores (56,6% e 87,4%) às das misturas contendo raspa de mandioca (69,7% e 93,0%). Não foram observadas diferenças significativas entre as formas físicas do milho e raspa. Em outro experimento conduzido por Teixeira et al. (1991), foram utilizados carneiros fistulados no rúmen para avaliar a degradabilidade da proteína e a taxa de degradação in situ da amiréia 45S (obtida baseando-se diferentes fontes de amido) e dos farelos de soja e algodão. Os resultados obtidos para degradabilidade e taxa de degradação foram, respectivamente: raspa de mandioca + uréia (85,8%; 49,1%), sorgo + uréia (81,8%; 24,0%), milho + uréia (78,6%; 20,9%), farinha de mandioca + ur (56,2%; 78,3%), farelo de algodão (2,3%; 63,2%) e farelo de soja (1,6% ; 40,5%). Os autores conclu que as amostras contendo uréia apresentaram valores de degradabilidade mais elevados. No aspecto nutricional, a amiréia é classificada como um suplemento nitrogenado, em que praticamente todo o nitrogênio é oriundo da uréia, ou seja, de uma fonte de nitrogênio não-proté Dessa maneira, o uso da amiréia está restrito ao nível de nitrogênio não-protéico na dieta dos animais ruminantes. As exigências nutricionais diárias estabelecidas como proteína bruta podem ser atendidas em torno de 33 a 35% por fontes de nitrogênio solúvel e mesmo por NNP, devidamente sincronizados com a disponibilidade de energia, para uma melhor eficiência na síntese de proteína no rúmen. Assim, por se tratar de um produto com liberação lenta de amônia, pode-se utilizá-la na dieta dos ruminantes, visando maximização e uso adequado do ecossistema ruminal. É necessário uma adequada alimentação dos animais, quanto aos níveis de energia, minerais e carboidratos solúveis, proporcionando a maximiza crescimento microbiano no rúmen, ideal para a manutenção da saúde do animal, e, conseqüentemente, um aumento no consumo de matéria seca, maior crescimento e produção. O nível de amiréia a ser usado nas dietas eqüivaleria à quantidade necessária para atender às exigências de nitrogênio solúvel ou NNP. A http://www.pubvet.com.br/impressao.php?id=309 8/9/2008
  • 6. PUBVET - Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Página 6 de 13 literatura tem mostrado a viabilidade de se usar amiréia em dietas de bezerro (as), novilhas, vacas secas, vacas em lactação, bovinos de corte em pastejo, nas fases de cria, recria e terminação, cavalos e coelhos. A amiréia pode ser utilizada em rações concentradas, como componente dessas dietas, em sal mineral e misturas múltiplas. A suplementação protéica é muito importante para a bovinocultura de corte, em que os animais s criados em regime de pastejo, necessitando de nutrientes que a pastagem não fornece em quantidades suficientes para uma boa conversão alimentar e ganho de peso, o que resulta em lucros para o criador. Com o objetivo de avaliar a utilização da amiréia 150S como suplemento protéico para bovinos em pastejo de Brachiaria decumbens, Teixeira et al. (1998) utilizaram 125 animais mestiços e castrados, distribuídos em cinco tratamentos, que se baseavam na suplementação com sal mineral e sal mineral com uréia, uréia + raspa de mandioca, amiréia 150S (1:1) e amiréia 150S (1:2). O ganho de peso dos animais foi 227,7; 275,9; 264,9; 244,1 e 412,2 g/dia/animal para os tratamentos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente, concluindo os autores que a amiréia 150S é eficiente na suplementação de bovinos de corte em pastejo. Por outro lado, para animais em regime de confinamento, as rações fornecidas são oriundas da combina diferentes alimentos, mas o custo dos concentrados dificulta a prática; portanto, esse fato implica na procura de ingredientes que proporcionem combinação adequada com maior economia. Os farelos protéicos naturais, como os de algodão, soja, amendoim e girassol, são eficientes na suplementação protéica, mas possuem a desvantagem de ter custo mais elevado por unidade de nitrog que as fontes de nitrogênio não-protéico, como a uréia e amiréia. Também com objetivo de avaliar o desempenho de bovinos, porém, em confinamento, Seixas et al. (1999) utilizaram rações suplementadas com concentrados protéicos à base de farelo de algodão, uréia ou amiréia, tendo como volumoso a silagem de milho. O confinamento teve duração de 80 dias, e não foram observadas diferenças no ganho em peso vivo diário, conversão alimentar, ingestão de matéria seca, ingestão de proteína bruta e convers protéica, no período total. O uso de amiréia em confinamento de bovinos pode ser uma alternativa para a melhoria no desempenho animal, em especial nos primeiros 40 dias de confinamento. No Brasil, a maioria dos bezerros de origem leiteira ainda não é utilizada para o corte, sendo sacrificada ao nascer, desperdiçando-se uma fonte de renda. O grande potencial do bezerro proveniente do rebanho leiteiro, para produção de carne, deixa de ser explorado pelos produtores, com a finalidade de poupar o leite produzido na propriedade, destinando-o à venda. Os bezerros, ao nascimento, s considerados pré-ruminantes e permanecem nessa condição até a desmama. Algumas técnicas de manejo têm antecipado a idade de transformação dos animais em ruminantes, e isso tem permitido a utiliza alimentos que normalmente são usados para animais adultos, especialmente a uréia, como pode ser comprovado em vários trabalhos de pesquisas realizadas (NELSON, 1970; VEIRA e MACLEOD, 1980). Nas condições brasileiras, a criação de bezerros de rebanhos leiteiros baseia-se, principalmente, na alimentação com concentrados, cuja fração protéica tem um alto custo. Torna-se, pois, importante dispor de alternativas viáveis com vistas a minimizar o custo, promovendo o aproveitamento de bezerros oriundos de rebanhos leiteiros para produção de carne. Teixeira et al. (2000) avaliaram o desempenho de bezerros machos leiteiros, com idade inicial de 21 dias, alimentados com dietas à base de amiréia 45S. Os tratamentos testados visavam à substitui e 100%) do farelo de soja no concentrado, por amiréia 45S ou raspa de mandioca + uréia. O ganho de peso diário, o consumo de concentrado, o consumo de volumoso e a conversão alimentar dos bezerros foram semelhantes entre as diferentes fontes de proteína (nitrogênio). Os autores concluíram que a utiliza amiréia 45S, em níveis de até 17,4% do concentrado, não afeta as características de desempenho, demonstrando ser uma fonte protéica viável, quando comparada ao farelo de soja, no aproveitamento do macho leiteiro para produção de carne. Não se encontram na literatura, ainda, dados de experimentos realizados com bezerras criadas para leite. As demandas mais altas de proteína no leite, em relação aos outros constituintes, têm aumentado a importância da proteína dietética e do suprimento energético para o animal e para a população microbiana ruminal. A proteína microbiana supre de 59 a 81% do total de proteína verdadeira que chega ao duodeno de vacas leiteiras. Ela contém uma média de 66% de nitrogênio total e, é rica na maioria dos amino essenciais para síntese da proteína do leite. Os aminoácidos lisina e metionina são considerados, em muitas rações, os mais limitantes para a produção de leite. As concentrações de lisina e metionina na prote microbiana são 6,9 e 4,12% respectivamente. Esses valores são mais altos que aqueles de alguns suplementos protéicos ricos em lisina, e são duas vezes mais altos que os suplementos prot considerados ricos em metionina (MABJEESH et al., 1997). Assim, a alimentação de bovinos leiteiros deve ser manejada de forma a aumentar a efici utilização do nitrogênio ou amônia pelos microrganismos do rúmen. Fundamentando-se nisso, Teixeira, Oliveira e Barcelos (1991) avaliaram o desempenho de vacas leiteiras em lactação, alimentadas com dietas contendo diferentes fontes protéicas: farelo de algodão, farelo de soja, amiréia 29S e amiréia 44S. Os autores concluíram que a ingestão de matéria seca e proteína, produção de leite corrigida ou não para 4% de gordura e o teor de gordura no leite não diferiram entre os tratamentos, sugerindo-se, com base nesses http://www.pubvet.com.br/impressao.php?id=309 8/9/2008
  • 7. PUBVET - Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Página 7 de 13 resultados, a possibilidade da utilização de amiréia 44S ou 29S na dieta de vacas leiteiras, sem problemas de desempenho e aceitabilidade das dietas. Um fator que deve ser considerado segundo Van Soest (1994) e que produtos da reação de Maillard podem aparecer na fração solúvel da proteína e serem absorvidos, mas não são metabolizados e s excretados na urina, sendo que a maioria destes compostos passa direto pelos intestinos, saindo nas fezes. Isto pode acontecer devido há possibilidade de ocorrer reações de Maillard no procedimento de fabrica da amiréia. 2.5.Quantidade Mínima e Máxima de NNP para Síntese de Proteína Microbiana As exigências protéicas de ruminantes são atendidas mediante absorção intestinal de amino As principais fontes de aminoácidos são a proteína microbiana, que supre acima de 50% dos amino absorvidos, e a proteína não-degradada no rúmen digestível no intestino delgado (PNDR digest (SNIFFEN e ROBINSON, 1987; MERCHEN e BOURQUIN, 1994; e VALADARES FILHO, 1997). Embora vários dados de eficiência sejam expressos com base do NDT ou da MODR, observar que a maioria dos microrganismos é incapaz de crescer somente com proteínas e lipídeos, como fonte de energia, sendo os carboidratos a principal fonte (RUSSELL et al., 1992). Ainda, o uso de efici estática, pelo NRC (1985), ignora os requerimentos de energia de mantença dos microrganismos ruminais. Segundo Satter e Slyter (1974), níveis de nitrogênio amoniacal ruminal entre 2 e 5 mg/dl n restringem a digestão da matéria orgânica da dieta. Leng (1999) definiu que para condições tropicais, a dose mínima de concentração de nitrogênio amoniacal no fluido ruminal seria de 10 mg/dl. A concentração mínima de N-NH3 necessária para se manter máxima taxa de crescimento microbiano varia em função da fermentabilidade da dieta. SATTER e SLYTER (1974) e PRESTON (1986) revelaram que concentrações de amônia inferiores a 5,0 mg de N-NH3/100mL de fluido ruminal limitam a atividade de bactérias celulolíticas do rúmen, diminuindo a síntese microbiana. Normalmente, a concentração de am ruminal varia com o tempo decorrido da alimentação, o local de amostragem no rúmen, o balan proteína e energia na dieta, solubilidade e o nível de proteína da ração (EARDMAN et al., 1986). De acordo com Chase Jr e Hibberd (1987) valores próximos e abaixo do mínimo exigido por Satter e Slyter (1974), trabalhando com animais recebendo forragem com 4,2% de PB, o grupo controle apresentou 2,2 mg/dl, enquanto que a inclusão de 1; 2 e 3 Kg de milho a dieta como suplemento energético provocou a redução na concentração de nitrogênio amoniacal para 1,12; 0,88 e 0,61 mg/dl, respectivamente (CHASE Jr; HIBBERD 1987). Nível de consumo, tempo após a alimentação e natureza da dieta têm efeito direto sobre o pH do rúmen. A manutenção do pH dentro de limites fisiológicos relaciona-se à capacidade de produção de agentes tamponantes (sais de carbonatos) e à constante remoção de ácidos graxos voláteis (absorção no r (VAN SOEST, 1994). O pH e a taxa de passagem são os modificadores químicos e físicos mais importantes da fermentação ruminal e influenciam diretamente o fluxo de N para o duodeno e a eficiência de s microbiana. Os valores médios diários de consumo de compostos nitrogenados (N); fluxos de N amoniacal (N-NH3) e N não-amoniacal (NNA) no abomaso e íleo; N bacteriano no abomaso (Nbact); excreções fecais e urinárias de N (N-fecal, N-urinário); e balanço de N (BN) encontram-se na tabela 2. Não houve efeito dos níveis de concentrados nas rações sobre os fluxos de N-Total, N-NH3, NNA e NMic no abomaso, sendo obtidos valores médios de 106,40; 5,42; 100,98; e 85,69 g/dia, respectivamente. O fluxo de N bacteriano representou 84,86% do fluxo médio de NNA para o abomaso. Valores de fluxo de N bacteriano, expressos em porcentagem do fluxo duodenal de NNA, variaram de 71,63 a 89,82%; o menor valor encontrado neste experimento está próximo de 73,6%, observado por Klusmeyer et al. (1990), porém superior aos 48,4 e 52,8% relatados por Berchielli et al. (1995) e 58,11 e 65,11% verificados por Dias (1999). As concentrações de N-NH3 ruminal não foram alteradas pelos níveis de concentrado nas ra uma vez que todas as dietas apresentaram quantidades semelhantes de PB, com média de 11,63% PB na MS da ração (CARDOSO, 2000). Valadares et al. (1997b) e Dias (1999) encontraram resposta linear para concentração de N-NH3, com o nível de concentrado, possivelmente devido à elevação nos teores de PB das rações. Já Carvalho et al. (1997b) observaram redução na concentração de N-NH3 ruminal, com o aumento dos níveis de concentrados das rações, decorrente da maior disponibilidade de energia no rúmen, quando se elevou a quantidade de concentrado da dieta. A concentração máxima de amônia de 17,56 mg/100 mL foi estimada às 2,77 horas ap alimentação, apresentando-se próxima à relatada por Carvalho et al. (1997b), Ladeira (1997) e Dias (1999), que encontraram máxima concentração de amônia entre 2,90 e 3,19 horas após o arra dos animais. Os valores encontrados para as concentrações de amônia neste trabalho foram superiores a 3,3 e 8,0 mg/100mL de fluido ruminal, sugerido por Hoover (1986), para se ter máxima síntese microbiana e digestão da MO no rúmen, respectivamente. Quanto aos níveis de substituição, a recomendação tradicionalmente adotada pela maioria dos pesquisadores é a de que o NNP pode substituir até 33% do nitrogênio protéico da dieta de ruminantes http://www.pubvet.com.br/impressao.php?id=309 8/9/2008
  • 8. PUBVET - Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Página 8 de 13 (VELLOSO, 1984). Tem-se sugerido ainda limitar a quantidade de uréia em até 1,0% na MS total da dieta (HADDAD, 1984). 2.6.Nitrogênio Perdido na Urina Através da Uréia Existe ainda a uréia endógena (produzida no metabolismo animal), que é sintetizada no f próprio animal. Nesse processo, a amônia proveniente da degradação da proteína ou da uréia ingerida absorvida pela parede do rúmen e chega ao fígado pela veia porta. No fígado, essa amônia é convertida uréia. Parte dessa uréia volta ao rúmen, parte vai para a saliva e parte é excretada pela urina. Esse processo é conhecido como “ciclo da uréia”. Os dados de consumo de nitrogênio (N), N nas fezes, N na urina, N retido e o valor biol proteína em rações contendo fontes de nitrogênio estão apresentados na tabela 3. O tratamento com uréia proporcionou uma maior (P<0,05) retenção de N (g/d ou % do N consumido), que ocorreu principalmente, devido a menor excreção de N proporcional na urina. Calculando se as proporções de N urinário em relação ao consumo total de N, obtêm-se os resultados de 40,9; 30,7 e 46,4% para farelo de soja, uréia e amiréia, respectivamente, ou seja, os tratamentos com farelo de soja e amiréia excretaram 10,2 e 15,7 unidades percentuais, respectivamente, mais N na urina proporcionalmente ao N consumido que o tratamento com uréia, o que levou a um maior (P<0,05) valor biológico da prote no tratamento com uréia, pois aumentou retenção de N no tratamento com uréia, pois aumentou a reten de N neste tratamento uma vez que o N nas fezes não diferiu (P>0,10) entre os tratamentos. Resultado similar da retenção de N em porcentagem do N consumido foi observado por Silva et al. (1994), em ovinos alimentados com farelo de soja, uréia e amiréia. No entanto, Knaus et al. (2001) n observaram diferenças entre o farelo de soja e uréia no N urinário (57,5 e 54,1 g/d respectivamente) e no valor biológico da proteína (45,5 e 46,3% respectivamente), em novilhos alimentados com raçã proporção de concentrado. O maior (P<0,05) valor biológico da proteína do tratamento com uréia quando comparado ao farelo de soja e amiréia, pode ter sido devido a uma maior síntese de proteína microbiana (maior PDR), a qual apresenta um melhor perfil de aminoácidos. Salman et al. (1997) observaram uma maior excreção de N na urina no tratamento com amir (7,7g/d) em relação ao farelo de algodão (4,8 g/d), sendo ambos similares a do tratamento com ur (6,5g/d), em ovinos. A excreção de N na urina foi, em média, de 35,51 g/dia e 0,46 g/kg0,75. Possivelmente, a excre de nitrogênio na urina não variou, em conseqüência de o consumo de PB não ter sido alterado. Conforme Van Soest (1994), a excreção de N na urina foi maior, devido aos maiores níveis de PB na ração e ingestão de N pelo animal. A retenção de N, independente do modo como foi expressa, aumentou linearmente com os n concentrado nas rações. O comportamento linear observado neste experimento concorda com o encontrado por Valadares et al. (1997a) e Dias (1999). O balanço de nitrogênio (BN) positivo em todos os n concentrado das rações experimentais, indicando adequado balanceamento de proteína e energia nas dietas e ausência de mobilização de reservas corporais, mesmo quando a ração continha maior propor volumoso. 2.7.Proteína Bruta (PNDR/PDR) A produtividade de ruminantes depende de sua habilidade para consumir e obter energia dos alimentos disponíveis (ALLEN, 1996). O conhecimento da ingestão de alimentos, por ser o principal fator a afetar o desempenho e a eficiência produtiva do animal, é necessário para a formulação de dietas, a predição do desempenho animal e o planejamento e controle do sistema de produção. Segundo o NRC (2001), estimativas precisas da ingestão de MS são necessárias para evitar sub ou superalimentação e aumentar a eficiência alimentar, promovendo o uso eficiente de nutrientes. Características físicas e químicas dos ingredientes dietéticos e suas interações – conteúdo de fibra, facilidade de hidrólise do amido e da fibra, fragilidade e tamanho de partículas, produtos de fermentação das silagens, quantidade e degradação ruminal da proteína dietética – podem ter grande efeito na IMS de vacas lactantes (ALLEN, 2000). Após o conhecimento da composição química, a estimativa dos valores de digestibilidade reconhecidamente essencial para determinar o valor nutritivo dos alimentos (VALADARES FILHO et al., 2000). Segundo Pereira et al. (2005 a, b), a digestibilidade dos nutrientes é um dos componentes b na determinação da energia dos alimentos para produção de leite, ou seja, energia líquida de lacta energia metabolizável (EM), energia digestível (ED) ou NDT. Entretanto, existe uma complexa rela proteína dietética e energia e a quantidade de proteína utilizada pelo animal (BRODERICK, 2003). O suprimento de proteína em quantidade e qualidade, observando suas relações com os demais ingredientes dietéticos, é muito importante, pois a proteína é o segundo nutriente limitante em dietas para ruminantes, http://www.pubvet.com.br/impressao.php?id=309 8/9/2008
  • 9. PUBVET - Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Página 9 de 13 de modo que as fontes protéicas podem ser consideradas o ingrediente mais oneroso na formula de dietas para vacas lactantes, em virtude de seu grande requerimento e do elevado custo de fontes tradicionais, como o farelo de soja. A substituição do farelo soja por fontes protéicas alternativas sem o comprometimento do desempenho dos animais pode ser uma alternativa viável para reduzir os custos com alimenta rebanho leiteiro. Por isso, cresce o interesse por parte dos pesquisadores quanto à utilização de ur farelo de algodão em dietas para vacas em lactação, de modo que o potencial de incorporaçã ingredientes em dietas para animais ruminantes requer cuidado, planejamento, avaliação e estudo. Ra formuladas com ingredientes alternativos devem ser eficientes, seguras e econômicas para permitir o mesmo desempenho produtivo de animais alimentados com dietas tradicionais (PINA et al., 2006). Em sistemas intensivos de produção de leite, nos quais são explorados animais de elevado potencial produtivo e, conseqüentemente, com elevados níveis de requerimento de nutrientes, o concentrado tem maior participação no custo de produção de leite (FERREIRA, 2002). Os consumos de PDR e PNDR sugeridos pelo NRC (2001) para vacas com peso médio de produção de leite com gordura corrigida de 25 kg/dia foram de 1,74 e 1,20 kg/dia, respectivamente. As dietas com farelo de soja + 5% de uréia/sulfato de amônia (1,73 e 1,20) e farelo de algodão 28% de PB (1,69 e 1,44) foram as que promoveram consumos mais próximos dos recomendados por esse conselho, enquanto a farelo de soja (1,47 e 1,59) e a farelo de algodão 38% PB (1,56 e 1,67) resultaram em consumos de PDR inferiores e de PNDR superiores aos sugeridos pelo NRC (2001). Provavelmente essa redução no teor de PB do leite das vacas alimentadas com a dieta farelo de algodão 38% PB seja explicada pela ausência de farelo de soja nessa dieta, pois, segundo Schwab, citado por Santos et al. (1998), a síntese de proteína do leite é sensível ao perfil de aminoácidos na digesta duodenal e o perfil de aminoácidos do farelo de soja é inferior somente ao da proteína microbiana e ao da proteína da farinha de peixe. Assim, a redução no teor de PB do leite pode ser decorrente do menor valor biológico da proteína do farelo de algodão em relação ao de soja. Segundo Blackwelder et al. (1998), o farelo de algodão possui menor concentração de lisina e metionina em relação ao de soja. Esses autores encontraram diferença significativa na concentra plasmática de lisina (57,9 e 50,2 mol), mas não na de metionina (17,7 e 17,1 mol) em vacas alimentadas com farelos de soja e algodão, respectivamente. Entretanto, não encontraram diferença significativa no teor protéico do leite (3,14 e 3,18%), confirmando a sugestão de Coopock et al. (1987) de que a diferen os farelos de soja e de algodão poderia ser atribuída aos teores de lisina. Os limites de conversão do nitrogênio alimentar para nitrogênio no leite não são claramente definidos. Na tentativa para estabelecer essa eficiência de conversão, foram avaliados 334 tratamentos, provenientes de 62 pesquisas, sendo determinado valor médio de 0,270. São diversos os fatores que afetam a eficiência de utilização de N. Entre eles, destacam-se o cruzamento, a ordem de lactação, o est lactação, o conteúdo de proteína do leite, a fonte de carboidratos e a quantidade e qualidade da prote dietética (CHASE, 2003). De acordo Pina et al. (2006) a utilização de 40% de concentrado com 5% de uréia/ sulfato de am na MS na dieta de vacas produzindo 25 kg de leite por dia não influenciou os parâmetros digestivos nem a produção e composição do leite. O farelo de algodão com 38% de PB pode substituir integralmente o farelo de soja quando utilizada silagem de milho como volumoso na proporção de 60% da MS da dieta total. 3.Considerações Finais Aumentos na oferta de concentrado resultam em maior consumo de energia e em maior ganho de peso. A adição de níveis crescentes de NNP, em substituição à proteína verdadeira, reduziu o consumo de nutrientes, porém, não foi observado efeito sobre as digestibilidades de MS. A utilização de dietas com níveis crescentes de proteína degradável no rúmen, associada à fonte de amido de alta degradabilidade ruminal influenciou a digestibilidade in vitro da MS, comprovando a possibilidade de existência de um n de sincronização da liberação de nitrogênio e energia no rúmen que permita maior digestibilidade ruminal da dieta. Com o aumento dos níveis dietéticos de PB, as digestibilidades totais da maioria dos nutrientes elevaram-se, enquanto a eficiência microbiana expressa em g Nmic/kg MODR e em g PBmic diminuiu. O pH e a concentração ruminal de amônia foram influenciados cubicamente pelo aumento do teor de proteína na dieta. A digestibilidade intestinal, o perfil de aminoácidos dos suplementos protéicos deve ser considerado para formulação de dietas para animais de elevado desempenho. Embora alguns sistemas de adequa dietas para ruminantes considerem que a PNDR apresenta digestibilidade intestinal constante, os resultados encontrados neste estudo sugerem que esta é variável. Novos estudos devem ser realizados, utilizando-se outras fontes energéticas e principalmente de volumosos, assim como a avaliação de amiréia quanto ao nitrogênio reciclado e à taxa de absor amônia no rúmen, produção de microrganismos, proteína no leite, uréia no leite, características de carca em bovinos, entre outras variáveis de igual importância. http://www.pubvet.com.br/impressao.php?id=309 8/9/2008
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