2. O QUE É?
• O Sebastianismo é um movimento mítico que se baseia na
crença do regresso de D. Sebastião.
• Surgiu com o assumido falecimento deste rei na batalha de
Alcácer Quibir, em 1578.
• Acreditava-se que o monarca regressaria numa manhã de
cerrado nevoeiro e que iria restaurar a Independência
portuguesa.
3. O SEBASTIANISMO NA OBRA
Na obra, esta crença é mais evidenciada por Telmo, mas
também por Maria e Madalena.
Ao longo das cenas é possível reparar em diversas
menções a D. Sebastião.
Representa a sobreposição do emocional ao
racional, estando o pressentimento e a crença acima da razão.
Representa a incerteza da identidade portuguesa naqueles
tempos.
4. AS PERSONAGENS & O MITO
-
Telmo
- Personagem mais sebástica;
- Nunca deixou de acreditar no regresso do seu amo;
- Mostra-se como a personagem mais sebástica em vários
diálogos com Madalena:
“E és tu, o que andas, continuamente e quase por acinte, a
sustentar essa quimera, a levantar esse fantasma (…)” (I, 2, l. 68)
“ (…) as tuas alusões a esse desgraçado D. Sebastião(…)”
(I, 2, l. 68)
5. - A carta de D. João a D. Madalena mantinha a esperança de
Telmo viva, pois este acreditava veemente no seu regresso:
“«Vivo ou morto» - rezava ela – «vivo ou morto», não me esqueceu
uma letra daquelas palavras; e eu sei que homem era meu amo para as
escrever em vão (…)” (I, 2, l.55)
-
Maria
- Acredita no regresso de D. Sebastião;
“(…) el-rei D. Sebastião, que não morreu e que há de vir, um dia
de névoa muito cerrada(…)” (I, 3, l. 1)
- Quando chega ao palácio de D. João, entusiasma-se com o
retrato de D. Sebastião, e identifica, devido à sua prespicácia D.
João noutro quadro:
“(…) o do meu qerido e amado D. Sebastião.” (II, 1, l. 21)
6. -
Madalena
- É a personagem anti-sebastianista;
- Vive com receio e insegurança devido à possibildiade do
regresso de D. João;
- Aflige-se com a crença sebástica da sua filha Maria.
7. SIMBOLOGIA
- O Sebastianismo tem uma concepção destruidora, pois gera
catástrofe e desgraça
- O mito é representado simbolicamente pelo regresso de D. João
- O incêndio na casa de Manuel de Sousa procurava
“desassombrar” a casa do mito sebástico
- Várias ações passam-se em sextas-feiras , dia em que
desapareceu D. Sebastião e em que regressou D. João